
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
Peroração - Carta aberta aos protestantes de boa vontade

XXXX - falacia protestante

Taí uma boa pergunta para os pastores sabichões responderem:
Quem foi o responsável pela agregação dos livros deuterocanonicos aos protocanonicos?
Pois quem separou uns dos outros pela primeira vez, suprimindo os primeiros, isto sabemos, foi Lonicer no ano da graça de 1526 ou seja a menos de quinhentos anos.
Certamente que os protestantes jamais poderão responder a uma tal pergunta pois o Canon alexandrino foi recebido pela Igreja mesmo em seus primórdios junto com a Septuaginta...
No entanto eles saem a carga: "Todos as cópias e manuscritos da Septuaginta que chegaram até nós foram feitas por cristãos, sendo que as mais antigas pertencem ao século IV. Assim não podeis provar que a Septuaginta empregada por Jesus e por seus apóstolos no primeiro século continha os livros deuterocanônicos."
De minha parte creio que quem não esta em condições de demonstrar ou provar qualquer coisa a tal respeito são justamente os reformados...
E por que?
Porque não passa de mera especulação ou suposição, a qual só poderia ser provada no momento em que fosse encontrado um códice completo da Septuaginta proveniente daquele período ou seja do século primeiro e do qual estivessem fora ou ausentes os livros em questão...
Possuem os protestantes algum códice da Septuaginta que tenha circulado no século I e do qual os deuterocanonicos estivessem fora?
Nem vós - redargue o sectario - ortodoxos possuis um códice da Septuaginta que tenha circulado no século I e ao qual estejam agregados os ditos livros. E sem embargo recebeis tais livros...
Concedamos ao adversário que o ônus da proca caiba sempre aquele que afirma e admitamos que recebemos tais livros como sagrados (a guiza de mera opinião teológica). Nem por isto nossa fé tornasse cega, prescindindo a demonstração.
Pois possuimos algo melhor do que um velho códice da Septuaginta, a saber o testemunho da igreja primitiva, não de Agostinho, nem de Eusébio, nem mesmo de Origenes dos quais todo protestante desconfia - dos rabinos não, dos rabinos que mandaram supliciar nosso Senhor e que depois se reuniram em Jamnia e Iabné com o intuito de anatematizar os apóstolos, destes os protestantes não desconfiam - mas dos padres ante origenianos, ou seja dos apóstolos, dos padres apostólicos - que conviveram com os apóstolos - dos padres apologetas, dos mártires e de todos os Cristãos que FLORESCERAM NOS SÉCULOS II e I separados do Senhor ou dos apóstolos por um espaço de menos de cem anos.
Afinal - como asseveram Jean-Marie Auwers e H. J. de Jonge (in Une autre Russie. Fêtes et rites traditionnels du peuple russe. pp 81) - "É impossivel escrever uma História do canon Judeu sem fazer referência aos padres da Igreja."
Aos protestantes só restará alegar que os sucessores imediatos dos apóstolos ou os padres apostólicos foram os verdadeiros promotores da inovação e os verdadeiros responsáveis pelo obscurecimento da fé.
Já Campanus dizia que desde a morte do derradeiro apóstolo - João, o teólogo (+ cerca de 71 d C) até Lutero não houve nem Espírito Santo, nem doutrina, nem verdade, nem igreja, nem cristãos, nem perdão dos pecados, sobre a face da terra...
SIGA-O QUEM DESEJAR FAZENDO DE JESUS UM FALASTRÃO.
XXXIX - Os grandes códices

Alegar que nem todos estes livros fazem parte dos ditos códices é pura tolice pelo simples fato de sabermos que o exemplar do antigo Testamento encontrado por Tischendorf esta incompleto faltando por sinal diversos livros protocanonicos como Reis, Samuel, Ezequiel, e Daniel além de Ester é clado se não me falha a memória.
Quanto ao do Vaticano é certo que não omite apenas o I e o II livros dos Macabeus mas igualmente o Apocalipse no que concerne ao NT talvez porque o redator duvidasse da canonicidade de ambos, ou, no caso dos Macabeus, por alguma razão analoga aquela que levou Wulfilas a deixar de traduzir os Livros de Samuel e dos Reis para os gôdos temendo que se tornassem ainda mais belicosos e violentos.
Seja como for o testemunho de ambos esta muito mais próximo da teoria alexandrina do que da teoria palestiniana.
O codex Sinaiticus - datado do século V - contem todos os deuterocanonicos admitidos pelos romanistas e mais o quarto livro dos Macabeus.
Ja o Chester Beatty omite apenas o Eclesiastico, embora seu estado seja igualmente fragmentário... contem porém substanciosas parcelas de Enoc. Tais fragmentos pertencem ao século III desta era.
Há ainda o Claromontanus que contem igualmente todos os deuterocanonicos.
O Efraemi por sua vez omite apenas a Sabedoria e o Eclesiástico, mesmo estando incompleto...
Tampouco é verdade que estejam reunidos em apêndices separados e postos no final de cada códice como costumam asseverar os defensores do canon Esdrino.
Trata-se de mais uma informação que não corresponde a verdade dos fatos.
Pois tanto no Vaticano, quanto no Sinaitico e no Alexandrino os deuterocanonicos encontram-se no corpo mesmo das escrituras inspiradas espalhados entre os livros protocanonicos.
Quanto ao Sinaitico por exemplo Tobias, Judite, I e IV Macabeus encontran-se situados entre Ester e Isaias e a Sabedoria e o Eclesiástico entre Cantares e Jó...
"A maneira como os apócrifos (deuterocanonicos) estão inseridos entre os livros evidência que o mesmo valor era atribuido a ambos." Davidson (protestante) in Canon Bíblico
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
XXXVIII - A futilidade das teorias tridentina e agostiniana
Quanto aos armênios, coptas, siriacos, malabares, etiopes, persas, etc tanto pior na medida em que estiveram apartados de ambas as comunhões até o século XIII quando renunciaram as impias doutrinas forjadas pelos discípulos de Mar Nestório e por Eutiques.
Desde então tais Cristandades recobraram a ortodoxia perdida e unidade da fé. Subsistiram no entanto - até o dia de hoje - como unidades administrativas e culturalmente separadas da Cristandade Bizantina e totalmente separadas da organização romana.
No entanto tais igrejas haviam se apartado da comunhão ortodoxa por quase um milênio a contar do quinto século desta nossa era... e militado sob o jugo dos sultões maometanos, os quais por motivos de ordem política impediam que elas comunicassem tanto com os ortodoxos, quanto com os papistas.
É pois impossivel que elas tenham recebido tais livros por mediação do Concilio tridentino e da Igreja papólica e altamente improvavel que lhos tenham recebido por intermédio da Igreja bizantina, mesmo porque o canon de tais igrejas tende a ser mais amplo abarcando grande número de pseudo epigrafes que jamais fizeram parte da Septuaginta, como o Livro de Enoc, os Jubileus, o Testamento dos doze patriarcas, o Baruc siriaco, etc
Diante de tais fatos os protestantes - cujo mestre sempre foi o camaleão - mudaram de fala passando a atribuir a introdução de tais livros no Canon aos esforços de S Agostinho e dos sínodos regionais por ele congregados no Norte da África.
Antes de S Agostinho, ponderam os reformados, o Canon da Septuaginta era idêntico ao Canon palestiniano, como porem S Agostinho ignorava o grego - a ponto de distorcer o sentido da Epistola aos romanos abrindo caminho para as teorias ímpias de Lutero e Calvino - acabou recebendo como canonicos diversos volumes destinados apenas e tão somente a instrução dos catecumenos.
Eis a causa do imbroglio.
E no entanto a lingua de nossas igrejas é o grego e de nossas igrejas irmãs o aramaico.
Nem preciso lembrar aos protestantes que via de regra nós ortodoxos, aludimos ao Bispo de Hipona, sob a alcunha de 'vosso Agostinho' (Cf Marrou 'S Agostinho e o agostinianismo)
De fato S Agostinho é muito raramente citado pelos doutores orientais como Henana, Babawai, Mar Severo, Teodoro de Abu qara, Dionisios Bar Salibi, Tiago de Edessa, Mikail, Ebnassai, Elnataieb, etc e muito mais raramente ainda seguido como môdelo de autoridade ou como arbitro da fé.
S Fócio inclusive, advertiu varias vezes o povo de Jesus Cristo quanto a seus erros e desvios em matéria de fé.
Do mesmo modo que o Concilio de Trento, S Agostinho jamais foi regra para nossas Santas Igrejas de Deus, exceto quando julga de comum acordo com seus pares...
A Igreja ortodoxa não é nem agostiniana nem agostinianista como as organizações romana e protestante.
Supor que Agostinho inventou e sancionou o canon alexandrino é exagerar-lhe a influência e a autoridade.
XXXVII - Reflexões a luz da divindade de Cristo

Agora façamos uma nova pausa e reflitamos.
Jesus Cristo sendo - além de verdadeiro homem - verdadeiro Deus e possuindo pleno conhecimento do presente, do passado e do futuro, conhecia perfeitamente a tendência dos gregos/alexandrinos para alargarem seu Canon, que esta tendência operava ativamente durante os dias de sua vida mortal e que viria a triunfar num futuro bastante próximo, colimando por associar uma série de escritos espúrios e de humana lavra ao escritos de natureza sagrada e por engendrar disputas, confusões e batalhas EM SUA PRÓPRIA IGREJA.
Como vidente e profeta ele bem sabia que sua igreja haveria de seguir seus exemplos e de adotar a versão adotada por si e por seus apóstolos bem como os livros ou o canon pertinente a essa mesma versão...
No entanto mesmo sabendo de tudo isto Jesus empregou a proto Septuaginta e seus apóstolos guiados pelo Espírito Santo a própria Septuaginta...
É indubitavel que o exemplo do Senhor e de seus apóstolos induziu as primeiras geraçõesde Santos a adotarem preferencialmente já a versão, já o canon mais amplo dos judeus gregos... ou seja o canon alexandrino.
Pode-se dizer portanto que a igreja foi levada a receber um canon falso graças ao exemplo do próprio Senhor e de seus apóstolos. Na medida em que deram preferência a uma versão cujo Canon havia sido, estava sendo ou logo haveria de ser modificado.
Acontece que nada disto era absolutamente necessário...
Afinal nosso Salvador bem poderia ter empregado preferencial ou exclusivamente a proto Massorá, já porque seu ministério foi exercido exclusivamente entre os fariseus e palestinianos aditos a ela, o que por sinal teria facilitado bastante o seu ofício entre eles...
Como homem sábio e prudente bastaria ao Senhor ter seguido fielmente a proto Massorá dos hebreus para, através dela, guiar infalivemente os apóstolos e todo seu povo ao canon palestiniano...
Se os apóstolos optaram preferencialmente pela Septuaginta foi segundo o exemplo ou sunnah
سنة do Senhor. Eles seguiram apenas o caminho aberto por ele... segundo as luzes que receberam do Espírito de profecia.
Adotada pela igreja de Cristo a versão massorética do Antigo Testamento, seguir-se-ia naturalmente a adoção do canon massorético, palestiniano ou esdrino tão caro aos nossos protestantes e judaizantes de toda casta.
No entanto o diligente Senhor não fez nada disto, omitiu-se e deixou de fazer tudo quanto deveria ter feito para encaminhar sua igreja a uma noção mais saudável de Canon, cabe-lhe pois a responsabilidade e a culpa por toda esta pandega...
A servir-se da matriz da versão a qual os gregos haviam associado os ditos livros 'apocrifos' Jesus abriu o precedente para que tais livros fossem examinados e canonisados por seu povo.
Pondo - ao menos em parte - a massorá de lado, o Salvador introduziu a confusão no Reino e induziu parte dos Santos a colocarem de lado o Canon massorético.
É justamente esta lógica de ferro que nos leva a pugnar pelo Canon alexandrino: Jesus enquanto Deus verdadeiro sabia que o Canon alexandrino fora ou estava prestes a ser alargado pela adição de uma série de obras.
Mesmo assim ele quiz se servir da matriz da versão alexandrina das escrituras sancionado destarte a superioridade das mesmas com sua divina autoridade e arrastanto consigo o quórum dos doze.
Logo acabou sancionando indiretamente a adição dos escritos acima citados a Escritura canonica, ou, na melhor das hipóteses (para os protestantes) minimizou o impacto desta adição ou associação dando a entender que não significava lá grande coisa e que não deveria atrair ou concentar a atenção dos Cristãos. Pois do contrério teria empregado todas as medidas cautelares possiveis e necessarias tendo em vista a preservação dos seus com relação ao Canon mais largo...
De um modo ou de outro parece que o pensamento do Mestre sobre o assunto não equivalia nem de longe ao pensamento dos protestantes para os quais a associção de tais escritos ao canon palestiniano assume o cárater duma verdadeira desgraça na medida em que serviu de apoio para que a apostasia se instalasse no templo de Deus...
De todo este drama com que os protestantes costumam envolver a questão dos deuterocanônicos parece não haver vestígio algum nos Evangelhos, o que nos leva a crer que a posição de Jesus perante o assunto era tão indiferente quanto a da Igreja Ortodoxa...
Nós, como os apóstolos temos um critério e este critério é pura e simplesmente o uso que Jesus Cristo fez da proto septuaginta bem como o uso que seus apóstolos fizeram da própria em que pesem as adições... Se outros ortodoxos tem escolhido outro critério, sem arvorar qualquer dogma, permenecemos na esfera de nossa liberdade...
No entanto já por ser indiferente a união ou separação das almas com relação a seu Senhor, nem por isto a questão - do canon - é ociosa ou inutil no que diz respeito a perfeição daqueles que estão em Cristo...
Especialmente na medida em que os contrários elevam aos céus tais listas canônicas de origem puramente humana asseverando que é necessário recebe-las sob pena de se perder a salvação...
Diante de tais conjecturas só restam a nossos adversários duas alternativas:
- Afirmar que os livros em questão foram adicionados as escrituras pelo Concílio de Trento, congregado pelos papistas no século XVI
Ou
- Atribuir sua introdução no Canon a S Agostinho de Hipona, justamente o padre que eles protestantes mais prezam e cujos erros em torno da graça costumam a seguir tão servilmente quanto seu Mestre Lutero para quem Agostinho era uma espécie de Super padre da Igreja
Quanto a primeira alternativa pouquíssimos protestantes ousam sustenta-la atualmente pelo simples fato de que a iniciativa (bem como a de regeitar a presença real do Senhor no Sacramento da Eucaristia, a homenagem que tributamos as icones, o pedobatismo, o celibato...) quanto a remoção de tais livros do Canon - onde já se encontravam a muito tempo - partiu de Andreas Rudolph Bodenstein von Karlstadt (1486 – 1541), o qual pelos idos de 1520 elaborou uma monografia contrária a canonicidade dos mesmos, segundo as tradições dos Rabinos, pois era professor de hebraico. Karlstadt foi seguido por J Lonicer, o qual, cerca de 1523, publicou a primeira versão das escrituras em que tais livros eram classificados como APOKRIPHA. ASSIM FOI J. LONICER QUEM REMOVEU TAIS LIVROS PARA UM APÊNDICE LOCALIZADO DEPOIS DO LIVRO DO APOCALIPSE CERCA DE QUINZE ANOS ANTES DA CONVOCAÇÃO DO CONCILIO DE TRENTO PELO PAPA DE ROMA.
Outro impecilho a teoria tridentina do Canon é que nos séculos XVII e XVIII foi constatado pelos viajantes e exploradores europeus que tais livros também faziam parte das Bíblia síriacas, etiopes, armênias, coptas, etiopes e malancares ou seja de todas as Bíblias do universo e não só das Bíblias latinas e/ou bizantinas.
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
XXXVI - A proto Septuaginta do Khumran como fonte
Após as descobertas dos manuscritos do Mar Morto as coisas tornaram-se muito mais claras para nós na medida em que - como veremos mais adiante - os especialistas toparam como uma recensão hebraica das escrituras idêntica a Septuaginta ou - noutras palavras - com uma proto Septuginta.
Esta proto Septuaginta é que foi empregada por Jesus e seus apóstolos, de modo que ao compor o NT eles sequer precisaram traduzir tais citações para o grego, substituindo-as por passagens equivalentes e idênticas da nossa Septuaginta.
Eis porque - é justamente aqui que a teoria miraculosa da Sra Schultz cai por terra - há um perfeito acordo entre os cinco grupos de fragmentos: os de Fouad, os do Khuram, os do Novo Testamento, os dos padres da Igreja e o dos grandes códices a ponto de serem classificados como uma só e mesma família.
Até compreende-se que as citações dos Padres e dos códices Cristãos estivessem baseadas nas citações feitas por Jesus... o que não se compreende de modo algum é como e porque as mesmas citações são bastante similares com as que foram encontradas no Khumran e nos fragmentos de Fouad uma vez que são anteriores ao advento de Cristo e do Cristianismo. Ou será que os redatores dos papiros Fouad e dos fragmentos do Khumran também foram guiados pelo espírito santo a exemplo de Jesus e dos apóstolos?
Uma explicação tanto mais simples e natural impõem-se: Os escritos Cristãos - no que diz repeito aos textos e citações do V T - tomaram por base o Novo Testamento e a Septuaginta enquanto que o Novo Testamento e a Septuaginta correspondem a recensão hebraica encontrada no Khumran, uma espécie de proto Septuaginta.
Eis uma ampla lista de passagens nas quais os redatores do NT optaram por tomar o sentido da Septuaginta contra a proto Massorá:
Enoque andava com Deus e por isso Deus o levou.
Gn 5,24 citado em Hb 11,5
À tua descendência
Gn 12.7 citado em Gal 3,16
Jacob ... adorou, inclinado sobre a extremidade do seu bordão
Gen 47.31 citado em Hb 11,21
Queres matar-me, como fizeste ao egípcio ontem?
Ex 2.14 citado em Atos 7,27-28
Meu nome será publicado nas extremidades da terra
Ex 9.16 citado em Ro 9,16 9,17
Sacerdócio régio
Ex 19.6 citado em 1 Pe 2,9
O Senhor conhece os que são seus
Nu 16.5 citado em 2 Tm 2,19
Adorarás o Senhor teu Deus
Dt 6.13 citado em Mt 4.10 e Lc 4,8
Lançai fora o ímpio de entre vós
Dt 17.7 citado em 1 Cor 5,13
Maldito todo aquele que for pendurado num madeiro.
Dt 21.23 citado em Gl 3,13
Maldito todo aquele que não pratica
Dt 27.26 citado em Gl 3,10
E todos os anjos de Deus o adorem
Dt 32.43 citado em Hb 1,6
Por que se irritam os gentios?
Sl 2.1-2 citado em Atos 4,25-26
A sua garganta é um sepulcro aberto
Sl 5,9 citado em Rm 3,13
Da boca das crianças procede o louvor perfeito
SL 8,2 citado em Mt 21,16
Que é o homem, para que te lembres dele?
Sl 8,4 citado em Hb 2,6
Cuja boca está cheia de maldição e amargura
Sl 10.7 citado em Rm 3,14
Eles estão juntos e se tornam inúteis
Sl 14.1-3 citado em Rm 3,10-12
Tu não deixarás a minha alma no Hades
Sl 16,8 citado em Atos 2,25-28
Seu som saiu em toda a terra
Sl 19.4 citado em Rm 10,18
Eu Anunciarei o teu nome a meus irmãos
Sl 22,22 citado em Hb 2,12
Sacrifício e oferta não quiseste
Sl 40.6-8 citado em Hb 10,8
Para que sejas justificado em tuas palavras
Sl 51,4 citado em Rm 3,4
Deu-lhes pão do céu para comer
Sl 78,24 citado em Jo 6,31
Se ouvirdes a sua voz
Sl 95.7-8 citado em Hb 3,15 e 4,7
E todos eles envelhecerão qual veste
Sl 102.25-27 citado em Hb 1,10-12
Eu acreditei e, portanto, não falo
Sl 116.10 citado em 2 Cor 4,13
O Senhor é meu ajudador
Sl 118.6 citado em 10,6
Há veneno de víboras em seus lábios
Sl140.3 citado em Rm 3,13
O Senhor corrige os que ama
Pr 3.11 citado em Rm12,5-6
Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes
Pr 3.34 citado em Tg 4.6 e 1 Pe 5,5
E se o justo dificilmente se salva que dirá do prevaricador?
Pr 11.31 citado em 1 Pe 4,18
Se o teu inimigo passar fome, alimenta-o!
Pr 25.21-22 citado em Ro 12,20
Se o Senhor dos Exércitos não nos tivesse deixado uma semente
Is 1.9 citado em Ro 9,29
Vós ouvireis, e não entendereis
Is 6.9-10 citado em Atos 28,26-27
Para que não vejam com os olhos ... e eu os cure
Is 6.9-10 citado em Jo 12,40
Eis que a virgem conceberá um filho
Is 7.14 citado em Mt 7,14. 1.23 1,23
Porei nele a minha confiança
Is 8.17 citado em Hb 2,13
Ela é o remanescente que será salvo
Is 10.22-23 citado em Rm 9,27-28
Nele os gentios depositarão suas esperanças
Is 11.10 citado em Rm15,12
Quando eu tirar os seus pecados
Is 27.9 citado em Rm 11,27
Aquele que crê nele não será envergonhado
Is 28.16 citado em Romanos 9,33, 10,11 e 1 Pe 2,6
Eles ensinam doutrinas que são preceitos dos homens
Is 29.13 citado em Mt 15,8-9 e Mc 7,6-7
Eu destruirei a sabedoria dos sábios
Is 29.14 citado em 1 Cor 1,19
Toda a carne verá a salvação de Deus
Is 40.3-5 citado em Lc 3,4-6
A voz que clama no deserto
Is 40.3 citado em Mt 3.3, Mc 1.3 e Jo 1,23
Toda a carne é como a erva
Is 40.6-8 citado em 1 Pd 1,24-25
Quem conheceu a geração do Senhor?
Is 40.13 citado em Rm 11,34 e 1 Cor 2,16
Um povo para o próprio poder de Deus
Is 43.21 citado em 1 Pe 2,9
Diante de mim, todo joelho se dobrará
Is 45.23 citado em Rm 14,11
No tempo oportuno te darei ouvidos
Is 49.8 citado em 2 Cor 6,2
Por vossa causa meu nome é blasfemado entre as nações
Is 52.5 citado em Rm 2,24
Quem acreditou em nossa pregação?
Is 53.1 citado em Jo 12,38
Ele foi levado como a ovelha para o matadouro
Is 53.7-8 citado em Atos 8,32-33
Nem dolo algum se achou em sua boca
Is 53.9 citado em I Pe 2,22
Alegra-te tu, estéril, que não dás à luz
Is 54.1 citado em Gl 4,27
As santas e fiéis bênçãos de Davi
Is 55.3 citado em Atos 13,34
Para pôr em liberdade os oprimidos
Is 58.6 citado em Lucas 4,18
Ele deve afastar a impiedade de Jacob
Is 59.20 citado em Rm 11,26-27
O Espírito do Senhor está sobre mim
Is 61.1-2 citado em Lc 4,18-19
Porei as minhas leis em seu coração
Jer 31.33-34
Vou chamar o meu povo, que não era meu povo.
Os 2,25 citado em Rm 9,25
Quero misericórdia e não sacrifício
Os 6.6 citado em Mt 9,13 e 12,7
Ó morte, onde está teu aguilhão?
Os 13,14 citado em 1 Cor 15,55
Derramarei meu Espírito sobre toda a carne
Jl 2.28-32 citado em Atos 2,17-21
Ergueram o tabernáculo de Moloque
Am 5.25-27 citado em Atos 7,42-43
Reedificarei o tabernáculo de Davi, que está caído
Am 9.11-12 citado em Atos 15,16-17
O justo viverá pela fé
Hab 2.3-4 citado em Rm 10,37
Todas estas passagens demonstram não só que os Apostolos e Evangelistas se serviram da Septuaginta, mas que lhe deram preferênia com relação ao hebraico.
Observemos agora algumas das citações empregadas por Nosso Senhor Jesus Cristo E SUAS DISCREPÂNCIAS COM RELAÇÃO A PROTO MASSORÁ:
Mat 1:23 / Is 7:14 - uma "virgem" engravida - Hebraico: Eis que uma jovem mulher engravida.
Mat 3:3; Mc 1:3; Jo 1:23 / Is 40:3 - "suas veredas" - Hebraico: No ermo uma estrada
Mat 9:13; 12:7 / Os 6:6 - Eu desejo "misericórdia", e não sacrifício. - Hebraico: Eu desejo "bondade", e não sacrifício.
Mat 12:21 / Is 42:4 - Seu nome será a esperança de gentios (ou confiança) - Hebraico: As ilhas aguardarão a sua lei.
Mat 15:9; Mc 7:7 / Is 29:13 - Ensinam doutrinas que são preceitos dos homens - Hebraico: Um mandamento de homens (e não doutrinas).
Mat 21:16 / Sl 8:2 - Da boca das crianças e tiraste tem "louvor perfeito." - Hebraico: Tu tens estabelecido a força.
Mc 7:6-8 – Jesus cita Isaías 29:13 a partir da Septuaginta - "Este povo me honra com os lábios, mas seu coração está longe de mim, em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens."
Lc 3:5-6 / Is 40:4-5 - O que é torto seá endireitado e o irregular aplainado - Hebraico: omite por completo tais palavras.
Lc 4:18 / Is 61:1 - Devolverei a vista aos cegos - Hebraica: Os cativos retirarei da prisão.
Jo 6:31 / Sl 78:24 - Deu-lhes "pão" do céu para comer - Hebraico: Deu-lhes "alimentos" ou "grãos" do céu.
Jo 12:38 / Is 53:1 - Quem acreditou na nossa pregação? - Hebraico: Quem acreditou na nossa mensagem? "
XXXV - Septuaginta ou Massorá, qual o caminho indicado pelo Evangelho?Septuaginta ou Massorá, qual o caminho indicado pelo Evangelho?
Eis uma pergunta crucial, que todos deveriam fazer a si mesmos e procurar responder ao invés de recorrer ao testemunho de sínodos farisaicos como o de Jamnia/Iabné, Josefo, Baba Batra, Mishna, Guemara, etc
Partindo do fato de que nos tempos do Messias Jesus circulavam duas versões da escritura hebraica - a hebraica e a grega (transliteração da hebraica) - é assaz instrutivo averiguar qual das duas foi empregada por Nosso Senhor e por seus apóstolos segundo o testemunho do Novo Testamento.
Certamente que não podemos autorgar a esta pergunta um padrão de exclusividade, conforme Jerônimo de Stridon já fazia observar no seu tempo:
"Fui incentivado, sobretudo, PELO EXEMPLO DOS PRÓPRIOS EVANGELISTAS E APÓSTOLOS EM CUJAS OBRAS ENCONTRAMOS DIVERSAS PASSAGENS DO ANTIGO TESTAMENTO QUE NÃO SE ENCONTRAM EM NOSSA VERSÃO (a Septuaginta). Por exemplo, "Do Egito chamei o meu Filho" (Mt 2,15): "Ele será chamado nazareno" (Ibid. 23): e «Hão-de olhar para Aquele que trespassaram" (Jo 19,37): e "Rios de água viva correrão do seu seio" (João 7.38), e "coisas que o olho não viu, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou o coração do homem, que Deus preparou para aqueles que o amam" (1 Cor. 2,9), E MUITAS OUTRAS PASSAGENS QUE NÃO EXISTEM EM NOSSO REGISTRO. Pedimos pois aos nossos adversários, que nos apontem onde tais palavras estão escritas e porquanto são incapazes de responder, DIZEMOS QUE SE ENCONTRAM NA VERSÃO HEBRAICA. A primeira passagem está em Oséias (11.1), o segundo Isaías (11,1), o terceiro em Zacarias (12.10), a quarta em Provérbios (18.4), o quinto também em Isaías (64,4)." in Apologia II
Disto resulta muito claramente que nossos hagiografos se serviram de ambas as versões ou seja tanto do hebraico quanto da Septuaginta.
Ocorre-nos porem uma segunda pergunta.
Ao empregarem ambas as versões será que o Senhor e seus apóstolos empregaram-nas na mesma medida ou será que alguma das duas reteve a preferência deles sendo citada com maior frequência?
Opção preferencial pela Septuaginta
Num dos manuais Bíblicos da Torre de Vigia nos deparamos com esta singela confissão:
"Das citações contidas nas Escrituras gregas (Novo Testamento) cerca de oitenta e quatro porcento foram extraidas da Septuaginta enquanto que dezesseis porcento foram extraidas do original hebraico."
O que é mais ou menos exato pois dentre as 320 citações dos escritos judaicos com que nos deparamos no Noto Testamento cerca de 268 foram extraidas da Septuaginta enquanto apenas cinquenta ou cinquenta e duas foram extraidas do hebraico, até mesmo o Geisler e o Boettner sabem disto...
Conclusão: A preferência de Jesus, dos apóstolos e dos hagiografos pela Septuaginta salta a vista, especialmente se levarmos em conta que eles viveram na Palestina e que radicaram-se por algum tempo em Jerusalem o principal reduto dos fariseus cuja tendência nacionalista inclinava-se mais para o hebraico e o Canon palestiniano...
Todas as circunstâncias externas, como lingua, tradições, cultura, etc impeliam Jesus e os apóstolos a empregar exclusivamente a Massorá, no entanto...
No entanto mesmo em tais circunstâncias - desfavoráveis - Jesus e seus apóstolos apelaram formalmente ao testemunho da Septuaginta...
Mary Schultz no entanto é terminante: "Jesus e seus apóstolos jamais citaram qualquer Septuaginta mas passagens restauradas ou corrigidas em sua pureza original pelo próprio Espírito Santo."
Isto equivale a dizer que Jesus e os apóstolos fabricaram seus próprios textos como José Smith e a Torre de vigia...
Longe de nós negar que Jesus com a graça do Espírito Santo poderia ter corrigido de 'motu proprio' tanto a versão hebraica, quanto a própria Septuaginta... autoridade certamente não lhe faltava para produzir uma versão infinitamente melhor das escrituras judaicas continuamente profanadas por seus custodiários.
A questão é como os fariseus encarariam uma tal iniciativa da parte de Jesus...
É sabido porém que no tempo do Messias Jesus a Septuaginta ainda era religiosamente recebida mesmo pelos rabinos e sacerdotes de Jerusalem, de modo que eles estavam obrigados a engolir 'a pílula'...
No entanto, caso Jesus desejasse facilitar sua missão, deveria ter feito uso da Massorá, tal e qual os protestantes nos países ortodoxos e papistas empregam versões ortodoxas e papistas...
Todos os fatores de ordem temporal favorecem o emprego da versão santificada pelos rabinos e pastores, JESUS - QUE É O VERBO PLENISCIENTE - NO ENTANTO RECORRE PRIORITARIAMENTE A UMA VERSÃO CUJO CANON HAVIA SIDO ADULTERADO PELOS JUDEUS DE ALEXANDRIA. JUSTAMENTE A EXECRADA VERSÃO EMPREGADA PELAS IGREJAS ORTODOXA E ROMANA...
Teria o Verbo da luz e da verdade optado conscientemente por uma versão corrupta???
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
XXXIV - Novamente Josefo, o Apocalipse de Ezra e o Talmude de Babilônia

Com o intuito de convencerem os incautos de que o Canon das escrituras judaicas havia sido determinado e fechado antes da era Cristã os protestantes costumam fazer grande alarde em torno do testemunho de Josefo, ao qual associam muito frequentemente os testemunhos do Apocalipse de Ezra e do Talmude, mais precisamente do tratado Baba Batra 14b-15a
A um testemunho mais completo e terminanrte de Filon - este sim precioso em se tratando de uma testemunha anterior ou no máximo contemporânea ao Senhor - não podem apelar, pois até onde nos é dado saber ele jamais compoz qualquer lista de livros inspirados e canonicos. (Parece que a Justo de Tibérias também não ocorreu a idéia de publicar uma tal lista, a qual em todo caso não foi mencionada por S Fócio em seu Mirabiblion)
O que eles - os advogados do Canon farisaico - não percebem ou figem não perceber é que ambas as fontes - as três - SÃO POSTERIORES A MORTE DO SENHOR JESUS CRISTO e também ao já referido sínodo de Jamnia/Iabné. O que de pronto anularia o valor das mesmas...
Afinal segundo seus biografos mais abalizados, Josefus (nascido como ele mesmo o declara em sua auto biografia no primeiro ano de Claudio ou seja em 37 d C) faleceu cerca do ano 100 desta era.
Entrementes havia composto: 'As guerras dos judeus' por volta de 75 e 'As antiguidades judaicas' cerca de 94, depois das quais (entre 94 e 99) ou seja cerca de 96/97 compoz seu panfleto contra o historiador Egipcio Apion, no qual fez a dita alusão ao número de livros que a seu ver compunham o Canon judaico.
Portanto a declaração feita por Josefo data de cerca de sessenta anos após a morte de Cristo, de vinte e seis anos após a destruição do templo e de cerca de dezesseis/dez anos após a conferência farisaíca de Jamnia/Iabné.
Já o Apocalipse de Ezra é situado pelos protestantes entre 60 e 100 a C (com média para 80 d C).
Vejamos porém o que nos diz o insuspeito E Renan: "Apareceu este apocalipse no reinado de Nerva." (in As origens do Cristianismo; Vol Os Evangelhos, chardron, pp 186) ou seja entre 96 e 98 a C. Afinal o redator vitupera de página a página a destruição de Jerusalem (ocorrida em 70 d C) e do Templo por Tito. (id, iden)
Após expor com a característica maestria a alegoria da Aguia - concernente a Roma - Renan conclui: "Não é licito duvidar de que tudo isto tenha sido escrito durante o reinado de Nerva." id pp 195
"Quiçá nos derradeiros dias de seu reinado." arremata o brilhante historiador.
Estamos pois diante de um relato composto praticamente na mesma época em que Josefo redigiu o seu 'Contra Apion' e ao qual se aplica a mesma crítica.
Que dizer então do Baba Batra?
Quanto a lista de livros canonicos inserida em Baba Batra 14b 15a - a primeira explicita, pormenorizada e de acordo com o Canon palestianiano canonizado pelos reformadores protestantes - costuma a ser datada do ano 100 ao 300 d C embora alguns protestantes situem-na por volta de 70 - 100.
Parece no entanto ter sido composta entre 120 e 130, muito provavelmente pelos do circulo de Akiba e Bar Kozba, as vésperas da última sedição hebraica...
Continuamos pois no mesmo pé...
Sendo assim como os protestantes ousam apresentar tais listas como probatórias a respeito da vigência de um Canon adrede fixado ANTES DO ADVENTO DO MESSIAS JESUS???
EMBASADOS NUMA DOCUMENTAÇÃO FORMULADA MAIS DE MEIO SÉCULO APÓS O MARTIRIO DO SALVADOR, APÓS A DESTRUIÇÃO DO TEMPLO E A CONFABULAÇÃO DOS RABINOS EM JAMNIA!!!
Bela argumentação pois todos os textos apresentados patenteiam justamente a crença daqueles fariseus e rabinos que supliciaram o fundador da instituição Cristã...
Apesar disto os protestantes se vangloriam de que a validade do canon que seus lideres santificaram, esta embasada no testemunho deles, dos adversários e opositores de Nosso Senhor Jesus Cristo!!!
A miséria de semelhante doutrina salta a vista.
É abominavelmente insana e monstruosa.
Podemos dar por certo e afirmar sem medo de errar que as listas de Josefo, de Ezra e de Berakhot estão na dependencia do sínodo de Jamnia e que este pestilencioso sínodo é a verdadeira fonte de cada uma delas.
Estão pois os protestantes a brindar-nos mais uma vez com as tradições humanas tecidas pelos rabinos em Jamnia/Iabné, inda que ocultas e transfiguradas por trás do grande nome de Josefo, o qual sem embargo era fariseu e amigo de muitos dos rabinos ali congregados.
Nada se afasta do circulo de Akiba, de Aquila e dos sinedristas empenhados em sua polêmica contra o Cristianismo recem fundado.
O pior de tudo no entanto é que as listas de Josefo e de Ezra sequer contem nomes...
02 - Juizes que são os nossos "Arcontes" e os Sofetins dos judeus
03 - Rute
04 - Os dois livros do profeta Samuel
05 - Os livros dos Melaquins a que chamaos Basileus ou Reis
06 - O profeta Ezra/Neemias
07 - O livro das coisas omitidas (dibré hayyamin) a que chamamos de Paralipomene ou Crônicas
08 - O profeta Jó (???)
E depois os profetas posteriores:
09 - Isaias
10 - Jeremias
11 - Ezequiel
12 - Daniel
13 - Os doze profetas menores (Dodekapropheton)
Eis que sobre apenas quatro vagas (04) para Salmos, provérbios, Cantares e Eclesiastes.
Pera lá... e onde ficam Ester e Lamentações???
"Los veintidós libros que menciona Josefo corresponden a la Torá, los Profetas y los Escritos. Son con toda probabilidad los mismos 24 de la Biblia hebrea y el Antiguo Testamento protestante, artificialmente acomodados en su número a las letras del alefato o alfabeto hebreo. Para esto Rut se cuenta con Jueces y Lamentaciones con Jeremías..." pontifica Saravi
Reconheçamos que Saravi é honesto, pois diz: COM TODA PROBABILIDADE... No entanto, no que tange as coisas santas, divinas e celestiais TODA PROBABILIDADE É POUCO Dr Saravi, ou o sr crê absoluta e indubitavelmente ou COM TODA PROBABILIDADE que Jesus ressuscitou dos mortos?
É por este 'provavelmente' ou 'muito provavelmente' que se reconhece a boa fé daqueles protestantes que apesar de toda sua imensa boa vontade e de todos os esforços não conseguiram demonstrar ou provar que Rute e Lamentações eram de fato suplementos de Juizes ou de Jeremias no tempo de Josefo...
A Bíblia de Jerusalem por exemplo não diz absolutamente nada sobre Rute ter sido um dia mero suplemento de Juizes, Abingdon também silencia por completo a respeito e Bewer igualmente. J C Rodrigues (Vol II, p 332) no entanto assevera que foram os tradutores gregos que retiraram o livro de Rute dentre os Megilloths e colocaram-no entre os Juizes e Samuel fazendo dele uma espécie de introdução ou prefácio as estórias dos reis.
O mesmo se diga das Lamentações ou Qinot... que sequer são obra de Jeremias (cf B de Jerusalem) e que por isso acabaram sendo postas no fim do Canon judaico, como Meguilloths, até que mais uma vez os tradutores gregos, dando por certo que haviam sido compostas pelo grande Vate fizeram dela uma espécie de apendice de suas profecias.
Portanto o "COM TODA PROBABILIDADE" do Dr Saravi deve ser encarado francamente por seus confrades como probabilidade alguma.
Isto quer dizer que o Canon de Josefo não bate com o Canon Esdrino/palestiniano.
Sim e daí?
Daí que se houvesse de fato um Canon esdrino consagrado pela tradição imemorial e idêntico ao canon judaico/protestante vigente em seus dias, Josefo, sendo quem foi, não podia ter deixado de ter conhecimento dele e de recebe-lo como tal.
Portanto o simples fato de sua lista canonica estar incompleta é prova manifesta de por volta do ano 97 desta era o tal Canon esdrino pura e simplesmente inexistia embora estivesse próxima já a época de sua elaboração final - ao menos enquanto teoria ou proposta sancionada e imposta apenas no século quinto - sob os auspicios das diretrizes baixadas pelos rabinos em Jamnia/Iabné e cujo resultado é a lista inserida em Baba Batra 14b 15a.
"Os vinte e quatro livros que escreveste primeiro deveis faze-los publicos para que os dignos e indignos possam le-los. JÁ OS OUTROS SETENTA GUARDARAS E RESERVARAS AOS SÁBIOS DO TEU POVO." Ezra XIV,45
É interesante saber porém o que estava escrito pouco acima:
"Então Ezra sob inspiração divina RECOMPOZ A MIKRA E ESCREVEU NOVENTA E QUATRO VOLUMES."
Em tese os vinte quatro livros acima mencionados podem ser identificados com aqueles que compoem o canon palestianiano ( de 39 livros). A tése porém não pode ser comprovada pelo simples fato de que os nomes dos livros não são mencionados.
Poderia ter se sucedido que nosso homem admitisse como publicos aquele número de livros (24) que havia sido mais ou menos acordado em Jamnia, embora talvez um ou outro livro não correspondesse as aspirações do sínodo, afastando-se destarte do Canon palestianiano. É uma probabilidade...
Há diversos exemplos sobre tais permutas nas listas dos padres da Igreja como veremos mais adiante, mormente quanto aos que se aproximavam do Canon palestiano.
Uma lista sem nomes e maiores detalhes é certamente de muito pouco valor...
O mais interesante deste fragmento no entanto é que Segundo Ezra, a escritura divina não estava limitada ou circunscrita a estes vinte e quatro livros reverenciados com exclusividade pelos protestantes...
Tais palavras referem ao costume vigente entre gentios, judeus e mesmo alguns Cristãos primivitos, permitirem que alguns livros fossem lidos por todos e reservarem simultaneamente outros tantos livros (aqui o significado primitivo do termo Apokryphon enquanto MUITO SAGRADO para ser entregue ao público) para serem lidos apenas pelos mais instruidos e dedicados.
Parece ser esta a idéia subjacente no texto de Ezra, o qual por isso mesmo, ao invés de ser arrolado como testemunha a favor do canon palestianiano de 24 (30 ou 66) livros, deveriam ser arrolado como testemunha de um Canon ainda mais longo que o Alexandrino e que abarcasse um grande número de pseudo epigrafes.
Infelizmente - para os apologistas protestantes - tal lista foi publicada cerca de noventa ou mesmo cem anos após a morte de Cristo e a fundação da Igreja, de cinquenta anos após a destruição de Jerusalem por Tito e de quarenta anos após o Sínodo que anatematizou os Cristãos...
Não goza pois de qualquer autoridade entre os servos e adoradores de Jesus Cristo.
Em todo caso se os protestantes recebem-na como autoritativa recebam também tudo quanto o Talmude afirma a respeito de Nosso Senhor: que sua mãe era uma rameira, que ele era um idolatra e feiticeiro, que seduziu o povo de Israel, que os rabinos agiram muito bem mandando crucifica-lo e que ele esta ardendo nas chamas do mítico inferno todo mergulhado em excrementos, porque foi isto que disseram e ensinaram esses magnificos rabinos aos quais eles - os protestantes - frequentemente recorrem com o intuito de aprender sobre o Canon Cristão e de solapar a tradição Cristã.
XXXIII - Filon de Alexandria e o argumento do silêncio
Sabemos no entanto - e a jurisprudência corrobora-o a todo momento - quão fragil é o argumento negativo ou do silêncio...
Jesus por exemplo, calou-se, silenciou, mudo ficou como uma ovelha diante das acusações que os potentados hebreus lançavam contra sí...
"Ele não se defendeu." diz a Escritura...
Segue-se daí que reconheceu ter alguma culpa?
Certamente que não...
Tanto pior se o argumento do silêncio esta embasado numa personagem - como Filo - cuja obra não chegou em sua totalidade ao tempo presente...
extraviando-se ao menos em parte...
PODEM OS PROTESTANTES DEMONSTRAR QUE FILON NÃO CITOU QUALQUER LIVRO DO CANON ALEXANDRINO EM TAIS OBRAS?
Certamente que não...
Imaginemos que certo crítico de arte vai aos EEUU com o intuito de examinar os monumentos daquele pais e que após a viagem compõe diversas monografias sobre cada um deles... Num determinado momento futuro porém sua monografia sobre a estátua da liberdade se perde... produzindo uma lacuna entre seus relatos; acaso esta lacuna bastara para certificar sobre a inexistência ou a 'inferioridade' da dita estatua com relação aos demais monumentos yankees?
Tera razão o Dr Saravi quando afirma que há na obra de Filon mais de 1000 citações de registros pertencentes ao Testamento antigo e todas pertinentes a registros incluidos no Canon Palestiniano?
Na verdade os trabalhos de Filon comportam cerca de 2050 - e não 1000 - citações.
E no entanto ele jamais cita Ezequiel, Ruth, Lamentações, Eclesiastes, Cântico dos Cânticos, Daniel, e Ester. (cf. PR Ackroyd e CA Evans: A História de Cambridge da Bíblia. Dos primórdios até Jerônimo página 148 e The New Schaff-Herzog Encyclopedia of Religious Knowledge, vol. 2, página 117)
Outras fontes igualmente protestantes nos informam que o teologo alexandrino jamais empregou: Juizes, Samuel e Reis. Outra ainda que jamais mencionou os livros dos Paralipomenos ou Crônicas.
São cerca de doze registros omitidos por Filon, quase um terço do total do Testamento antigo. O mais interesante é que o uso de tais livros também não ocorre no Novo Testamento.
Um estudo mais profundo a respeito de onde Filon extraiu suas citações é bastante esclarecedor.
Se considerarmos as 2050 citações feitas por ele, 2000 ou seja cerca de (cerca de 95%) foram retiradas da Lei de Moises ou seja da Tora, do Pentateuco (os cinco primeiros livros da Bíblia), enquanto que 50 citações apenas (cerca de 5%) foram extraidas do resto das escrituras.
Isto reflete a mentalidade mesma de Filon, afinal para ele a Tora significava o ápice ou núcleo central da divina revelação. Todos sabem muito bem que para Filon a Torá gozava de um gráu muito maior de inspiração do que os demais livros da Tanak...
Em suma o silêncio de Filon é demasiado amplo para que sejamos autorizados a inferir qualquer elemento positivo a partir dele. Seria construir castelos de areia sobre o ar...
No entanto seu silêncio não é absoluto, como pretendem os sectários.
Demos a palavra ao erudito protestantes José Carlos Rodrigues:
"O LIVRO OU ALGUM EPÍTOME - II Macabeus - é anterior a Filo, JÁ QUE É REFERIDO POR ELE." in Estudo sobre o velho Testamento II, p 467
XXXII - Prólogo de Eclesiástico: 'Lei, profetas e Salmos' mais um sofisma desfeito

XXXI - Panorama da situação nos primeiros séculos...
Havia pois certa hesitação e certa dúvida a respeito de cerca de dez livros - ou seja de cinco de cada lado - a saber, I Macabeus, I Baruc, Sabedoria, Tobias e Judite a um lado e Cantares, Eclesiastes, Jó, Ester e Ezequiel, a outro; o que perfaz quase vinte por cento do Canon Palestiniano...
Quanto aos demais livros porém, cerca de 60 canonicos e 20 apócrifos, a questão já estava decidida, especialmente quanto aos da primeira categoria, recebidos desde a Era ante Cristã...
E como tais livros constituem por assim dizer a maior parte da Escritura e os protestantes disto se aproveitam para ministrar o falso ensino segundo o Canon já estava plenamente definido e fechado ao tempo do nascimento de Nosso Salvador...
Cerca desse tempo já se começava a falar em algo bastante próximo de sessenta e cinco, sessenta e seis ou sessenta e sete livros, noventa por cento dos quais estavam já definidos para parte dos fariseus, embora um ou outro permanecesse incerto.
Diante de tudo quanto foi dito os protestantes costumam a fazer três objeções básicas: A primeira é que tomando por base o prólogo do Eclesiástico infere-se que o Canon judaico já estava fixado em 132 a C; a segunda, que Filon jamais citou qualquer um dos livros disputados e a terceira é que a lista de Josefo - na qual constam 22 livros - identifica-se perfeitamente com o canon palestianiano de sessenta e seis livros. Alguns dentre eles acrescentam também a lista contida no Apocalipse de Ezra e a lista contida no Talmude da Babilônia.
Nós porém ja adiantamos e afirmamos em alto em bom som que a primeira lista idêntica a do Canon Palestiniano/protestante é justamente aquela que se encontra no Talmude (datando - na melhor das hipóteses para os protestantes - do começo do segundo século desta era) e que nenhuma lista anterior a ela (e portanto ao século II) pode ser identificada indubitavelmente com a do Canon palestiniano/protestante, ficando tais suposições no terreno das conjecturas puramente humanas e faliveis.
XXX - Incertezas dos judeus mesmo após o sínodo de Jamnia
O que certamente sucedeu-se ali foram os primeiros, ainda que tímidos talvez, ataques a Septuaginta e seu Canon, recebido e empregado com vantagem pela totalidade dos Cristãos.
Pois é sabido que cerca de quarenta anos depois - por volta do ano 120 - o rabino Akiba (o mesmo que viria a reconhecer Bar Kozba como Messias em 134) comissionou Aquila, um Cristão apóstata, com o intuito de preparar uma tradução literal das escrituras judaicas para a lingua grega capaz de suplantar o uso da Septuaginta entre os judeus e sustar os avanços da propaganda Cristã.
Foi esta 'tradução', revisão ou correção - que alguns julgam ser uma das matrizes da atual massorá - feita por Aquila sob os auspicios, a principio de Aquiba e depois de Eliezer ben Hircano e Josué ben Ananias, que mereceu as críticas de S Justino e de S Irineu os quais denunciaram-na em alto e bom som como uma verdadeira conspiração e registraram que os rabinos estavam alterando as Santas Escrituras com o intuito de dar combate a fé Cristã...
Mais além trataremos extensamente deste assunto... por ora basta registrar que a canonização e a 'correção' da Massorá foi uma solução muito bem bolada para as dificuldades levantadas quarenta anos antes em Jamnia/Iabné.
Que quaisquer decisões tomadas em Jamnia/Iabné não foram suficientes para fechar o Canon hebraico testifica o próprio Talmude na famosa passagem de Yaddym III, 05 a qual vale a pena citar expressamente:
"Foi dito na assembléia dos sábios: Todas as escrituras sagradas contaminam as mãos, logo Cantares e Eclesiastes contaminam as mãos (ou seja são inspirados)Rabi Judas no entanto respondeu: Cantares certamente contamina as mãos mas Eclesiastes É DISPUTADO... Rabi Akiba respondeu: Não pode haver duvida alguma sobre Cantares, é indubitavel que ele contamina as mãos... PORTANTO SE HÁ ALGUMA DÚVIDA é sobre o Eclesiastes."
Foi somente no século IV todavia que deliberaram: "Os Evangelhos e os demais livros dos heréticos não contaminam as mãos; ao Livro de Ben Sira também não contamina as mãos." (Certamente porque o conteúdo do Eclesiástico - algo próprio da Igreja - é muito mais conforme o espírito de Cristo e de sua santa lei do que o conteúdo de qualquer outro registro judaico)
Podeis encontrar diversas passagens semelhantes espalhadas por todo Talmud.
Sobre Provérbios em Shabbat XXX: "Nossos sábios desejavam retirar provérbios."
Sobre Eclesiastes em Shabbat XXX b: "Os sábios também desejavam retirar Eclesiastes."
Sobre Ezequiel em Shabbat XIII: "Hananias b. Ezequias impediu que Ezequiel fosse retirado."
Sobre o Eclesiastico em Sanhedrin 100b: "Apesar da oposição de nossos mestres este livro foi retirado."
Sobre Ester no mesmo passo.
Segundo S Teodoro de Mopsuestes Jó também era motivo de disputa entre os Rabinos de sua geração.
Segundo o Dr Julio Bewer e o Dr J C Rodrigues as hesitações dos hebreus com relação a estes registros tiveram causas diversas: O eclesiastes por seu tom materialista, em que pesem as derradeiras adições; Cantares devido a seu conteúdo erótico; Jó devido a seu tom de desafio perante a divindade; o livro de Ester porque não faz qualquer menção a Deus; a profecia de Ezequiel porque descreve incorretamente o Templo do Senhor...
No entanto após o quinto século foram todos recebidos.
Não sem algumas acomodaçõezinhas... pois o Eclesiastes teve sua leitura proibida nas sinagogas, Cantares teve seu significado arbitrariamente atribuido as relações existentes entre deus e seu povo ou melhor entre deus e a sinagoga, Jó passou a ter seus discursos compreendidos sob a alcunha de 'resursos literários' ou de 'liberdade poética', a Ester foi atribuido algum significado religioso (além dos Purim é claro) e quanto a Ezequiel determinou-se que - a semelhança de nossa literatura pornográfica - só poderia ser lido pelos maiores de trinta anos e sob a orientação dos rabinos... (Como assevera Jerônimo de Stridon) pouco depois alguns Rabinos inventaram a Kabala o que facilitou ainda mais as coisas na medida em que a cada traço eram atribuidas pencas de ensinamentos e doutrinas espirituais...
domingo, 19 de dezembro de 2010
XXIX - A Canoa furada de Jamnia/Iabné
