Hiper agia ai partenos Maria, akrantos Mitéra tou Khristos Theos - soson imas!
Batul Lala Marian Wallidat al illah - ʕawnu ni!

Nossos pais e avós foram protestantes, nossos tetravos papistas, as gerações do passado remoto no entanto foram Católicas, apostólicas e ortodoxas, e nós, consagrando todas as forças do intelecto ao estudo da coisas santas e divinas desde a mais tenra idade, reencontramos e resgatamos a fé verdadeira, pura, santa e imaculada dos apóstolos, mártires e padres aos quais foi confiada a palavra divina. E tendo resgatado as raízes históricas de nossa preciosa e vivificante fé não repousaremos por um instante até comunica-la aos que forem dignos, segundo o preceito do Senhor. Esta é a senda da luz e da justiça, lei do amor, da compaixão, da misericórdia e da paz entregue uma única vez aos santos e heróis dos tempos antigos.

João I

João I
O Verbo se fez carne




Hei amigo

Se vc é protestante ou carismático certamente não conhece o canto Ortodoxo entoado pelos Cristãos desde os tempos das catacumbas. Clique abaixo e ouça:

Mantido pelo profo Domingos Pardal Braz:

de pentecostal a ORTODOXO.

Jesus aos apóstolos:

"QUEM VOS OUVE É A MIM QUE OUVE E QUEM VOS REJEITA É A MIM QUE REJEITA."


A CRUZ É UM ESCÂNDALO PARA OS QUE SE PERDEM. MAS PARA OS SANTOS PODER E GLÓRIA DE DEUS.

Total de visualizações de página

Pesquisar este blog

Mostrando postagens com marcador Jurieu. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Jurieu. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

LIVRO PRIMEIRO > Capítulo I - Sessão 11: Divisões a respeito da Escatologia Capítulo D) Reforma protestante e milenarismo

Ao encerrar o capítulo precedente registramos que a Igreja dos Latinos, graças a interpretação oferecida por Agostinho no século V, tal e qual as igrejas Ortodoxas passou a admitir sem maiores dificuldades que o milênio nada mais era do que uma imagem do futuro triunfo da Igreja. Antecipadamente visto, como que por um espelho...

O advento do protestantismo no entanto, com sua insistência sobre o significado literal do texto Bíblico e sua crítica mordaz a igreja antiga inaugurou uma nova ordem, bastante favorável a retomada da superstição milenarista e das crendices apocalípticas.


Em primeiro lugar porque é do homem carnal ocupar-se mais do futuro distante do que do tempo presente que esta em suas mãos transformar.
Em segundo lugar porque a teoria da corrupção da igreja antiga ou de sua apostasia, acha-se em franca oposição a doutrina do triunfalismo eclesiástico.

Em terceiro lugar porque os próprios protestantes tendo em vista o estado de fragmentação de suas 'igrejas' , o triunfo do sectarismo e a paulatina ascensão do materialismo e da indiferença religiosa não podiam deixar de nutrir certo pensamento pessimista com relação ao mundo ou ao gênero humano. É o protestantismo uma sucessão de pessimismos:



  • Pessimismo eclesiológico; marcado pela doutrina da apostasia
  • Pessimismo hamartiologico; marcado pelo poder do Diabo, do mal e do pecado
  • Pessimismo antropológico; marcado pela doutrina da depravação total da natureza
  • Pessimismo soteriológico; marcado pela doutrina do abandono da maior parte do gênero humano ou da predestinação ao castigo
  • Pessimismo cristológico; representado pela afirmação do unitarismo
  • Pessimismo físico; representado pela apresentação de paraíso totalmente imaterial no céu, pelo abandono da plenitude da vida sacramental, pela negação da arte cristã por meio das representações, etc

Diante de tudo isto é perfeitamente compreensível que os sectários protestantes tenham se aproximado mais e mais da teologia apocalíptica elaborada pelos judeus quando estavam sob o domínio temporal doutras nações e que tenham a partir daí formulado as doutrinas ora 'clássicas' do triunfo da apostasia, da tribulação, do catastrofismo, do anti cristo e por fim do milênio miraculoso que é a única gota de esperança nesse imenso mar de desesperação.

De nossa parte. Antes de iniciarmos a crônica desse triste resgate, deixaremos bem claro que todo este pessimismo protestante esta em franca oposição a perspectiva legitimamente Ortodoxa ou Católica que partindo do fenômeno da Encarnação do Verbo, ou da entrada de Deus na História não pode deixar de ser mesmo triunfalista ou otimista e por uma linha de coerência lógica até a necessidade.

Afinal porque Deus viria de encontro ao mundo, que declarou ter amado, para no fim das contas ser derrotado pelo mal, ter de recuar e refugiar-se com sua economia sob as 'nuvens do céu'??? Por que aproximar-se do mundo para em seguida ter de afastar-se dele como se nada tivesse acontecido? Por que encarnar-se para resignar-se a não transformar as estruturas e formas materiais que assumiu contentando-se com uma vitória platônica bastante restrita por sinal?

De nossa parte cremos que o pessimismo protestante esta em franca oposição com este movimento divino pelo qual a condição humana é assumida e incorporada pelo sagrado. Pensamento que este movimento deva ser impactante e não irrelevante...


Tornemos porém ao protestantismo nascente

Apresentando antes de tudo a alegação dos protestantes históricos ou 'ortodoxos' os quais costumam declarar que suas seitas (Luterana, Reformada ou Metodista) combateram desde o princípio a doutrina do milênio

"Condenamos os anabatistas e outros judaizantes que antes da ressurreição dos mortos sustentam que os justos reinarão por mil anos nesta mesma terra." Confissão de Augsburgo art XVII

"Repudiamos o sonho judeu de um milênio, ou idade de ouro na terra, antes do juízo final.Confissão Helvética

O milenarismo não passa duma "Crença infantil e primitiva que sequer merece ser refutada." João Calvino

Th Cramner classifica-o como uma: 'Fábula caduca imaginada pelos antigos judeus."

O contexto da primeira condenação no entanto basta para evidenciar que a facção livre examinista dos anabatistas já havia reeditado a superstição do Reino Milenar nos primórdios da reformação.

De fato um dos primeiros teóricos do milenarismo foi o conhecido pregador anabatista Th Muntzer o qual alias estava persuadido de que seria o responsável pelo advento do Reino Milenal. Todavia como suas hostes foram esmagadas pelos luteranos e ele mesmo morreu amaldiçoando Lutero e reconciliado com o papismo passou o milenarismo a ser a anunciado por um de seus principais discípulos Hans Hut. Segundo este falso profeta e sedutor o reino milenal teria inicio em 1528, ele mesmo no entanto deixou este nosso mundo em 1527.

Melchior Hoffman foi outro reformador anabatista que sustentou a doutrina do Reino Milenal. No entanto após ter conseguido apossar-se da cidade de Munzter tudo quanto seus seguidores puderam obter foi a fome, a peste e a espada. Entrementes era o milenismo sustentado pelos unitários 
Miguel Servet e Matthias Glirius bem como pelo inglês Hugh Latimer.

Deu-lhes razão o exegeta calvinista Johann Alsted cujas obras vertidas para o inglês serviram de inspiração ao clérigo baixo Joseph Mede a partir do qual popularizou-se esta superstição a ponto de em muito pouco tempo atingir os calvinistas franceses das Cevennes e mexer com a cabeça do fanático Jurieu. A partir daí introduziu-se entre os luteranos sob os auspícios de Johann Albrecht Bengel, responsável pela adesão do Conde Zinzendorf e dos moravios ao milenarismo. De modo que ele saiu da Alemanha por iniciativa de um calvinista e passados cem anos atingiu os rigorosos luteranos... 

Da Inglaterra foi o milenismo introduzido nos EUA pelos huguenotes Th Shepard e Cotton Mather e pelo anabatista Roger Willian. E parte deles estava convencida de que instalariam o Reino Milenal naquela terra sem sinos, torres, cruzes e Bispos... Ficando na expectativa de que mais dia menos dia o Cristo descesse das nuvens para cear consigo!

Na Inglaterra foi a fé milenarista foi sustentada com relativo sucesso pelo Dr Daniel Whitby e nos EUA pelo fanático Jonathan Edwards.

Quanto aos conflitos e guerras e catástrofes e outras desgraças escabrosas registradas - apenas em termos gerais como nas Profecias de Nostradamus e nas Profecias de São Malaquias - que deveriam preceder ao milênio foram sucessivamente 'remasterizadas' pelos comentaristas protestantes e acho uma pena que os antigos comentários ao apocalipse não sejam reeditados novamente tendo em vista a maior vergonha daqueles que os compuseram e dos idiotas que perderam seu tempo ledo-os. Uma vez que todos os cometários ao Apocalipse tem prazo de validade!

Leiam os que foram produzidos ao tempo de Cromwell: Filipe II é o anti Cristo; a Espanha a Besta, Cromwell o herói e a sede da quinta monarquia a Inglaterra. Toda protestantada daqueles tempos acreditou nestas tolices como nossa geração engoliu os do professor R N Champlinn ou os do Win Malgo.

No entanto, como os setecentos chegaram sem que um traço daquelas falsas predições tivesse cumprimento chegamos a 1800. A partir daí as coisas mudam por completo: Napoleão Bonaparte é o anti Cristo, a França revolucionária e materialista é a Besta e o milênio situado na Inglaterra ou nas Alemanhas... Foi o ponto de vista de Ch Finney, de Henry Drummond, de David Nevins e de tantos outros que serviram de inspiração a sra E G Withe por exemplo.

No entanto cerca de 1900 o mistifório em torno da Revolução Francesa estava já ultrapassado por que as datas e prazos não podiam mais ser manipulados pelos exegetas fanáticos.

Foi quando estourou (em 1914) a Revolução Russa e meio século depois nova moda exegética em torno da qual só mudavam os nomes. Segundo a versão de 1980 Mikail Gorbatchov seria o anti Cristo, a Besta a antiga URSS ou o PC e o milênio desta vez situado nos EUA igualzinho nos filmes de Holywood, onde os vilões eram os russos e os mocinhos os yankees... Pois bem os comentaristas bíblicos yankees ousaram comentar o Apocalipse em tais termos e em apontar a vinda do Senhor e o inicio do milênio em diversas ocasiões até 2000 e alguma coisa...

Foi até quando protelaram as datas e prazos... E no entanto estamos já em 2016...

De fato a mentalidade protestante tende a encarar qualquer mudança destinada a abalar o conservadorismo como eventos de natureza cósmica ou apocaliptica. E não hesitam associar o fim daquele mundinho tacanho que aspiram ver a todo custo conservado com o fim do mundo real enquanto entidade dinâmica sujeita a múltiplas e sucessivas transformações. Para eles cada crise é indício de um possível fim a ser comemorado...

Foi o ódio teocrático que levou os fanáticos a identificar as grandes revoluções políticas, como sinais dos tempos pelo simples fato de terem promovido, dentre outras coisas, a secularização do poder, o conhecimento científico e novas formas de organização familiar... Tudo quanto eles, presos ao livro, costumam negar e desejam ver destruído.


Assim o fundamentalismo apocaliptico, com sua exegese essencialmente subjetiva e rancorosa, teve de percorrer todo este patético roteiro desde 1640 e pouco i é ao cabo de quase quatrocentos anos! E sequer vou mencionar o tempo que tais homens perderam discutindo e polemizando em torno de cada uma dessas versões ao invés de terem buscado viver o Evangelho no dia a dia! Quantas brigas, querelas, excomunhões e anátemas por nada! Tais os frutos estéreis produzidos pela ressurreição do milenarismo e pela leitura imoderada do Apocalipse!

No próximo artigo descreveremos como o milenarismo enquistou-se de tal modo e maneira entre os sectários estado unidenses a ponto de dar origem a uma nova forma ou tipo de Cristianismo - próprio dos Estados Unidos - o assim chamado dispensacionalismo.




quinta-feira, 6 de novembro de 2008

XXVII - A busca do protestantismo pelo dom divino da Unidade



PROTESTANTISMO - A BUSCA DA UNIDADE PERDIDA...




"Lutero mal acabara de falecer quando o reformado italiano Marco Antonio Varotto, analisando a comunidade protestante de Austerlitz percebeu que estava já cindida entre Luteranos, Calvinistas, Moravios, Anabatistas, Hutteritas, Sabatistas, Unitários, Zwinglianos, Samosatianos e Josefinistas... diante disto tomou novamente o caminho de sua terra natal e regressou as fileiras da Igreja romana." Dicionário de heréticos italianos, Varotto



Diante de fatos tão sinistros como aqueles que apresentamos nos capítulos precedentes os membros mais esclarecidos da nova religião concorreram com seus melhores dotes tendo em vista a implementação da tão sonhada unidade doutrinária. De fato talentos não faltaram a causa protestante...

Bucer foi o primeiro a tentar conciliar luteranos, calvinistas e zwinglianos, seus esforços no entanto foram totalmente baldados, a ponto dele assim exprimir-se:

"Nós evangélicos nos vangloriamos de seguir a palavra de Deus; mas sobre o sentido disputamos antes de seguir; mister seria convir a respeito da verdade do que analisar os palpites deste ou daquele pastor. POIS ELES ESTÃO FIRMADOS SOBRE OPINIÃO PRÓPRIA E NÃO SOBRE A PALAVRA DE DEUS MESMA. Eis porque são incapazes de fazer com que a virtude floresça no coração deste povo... É POR MOÇÃO PURAMENTE HUMANA E NÃO POR OBRA DO ESPÍRITO SANTO QUE ELES APRESENTAM-SE COMO EVANGÉLICOS." I, 171

E numa carta a Calvino:

"Ah meu querido Calvino, Deus não tardará a abandonar nossa igreja por causa do desprezo com que temos tratado sua santa Palavra... QUANTO ÓDIO E VAIDADE NOS SEPARAM. Acaso não nos tem Deus punido pelas afrontas com que ao cabo de tantos anos temos injuriado seu Santo Nome???" Lettrés a Calvin 45

Sucedeu-lhe Jacob Acontius  o qual após analisar todos os símbolos de fé - em seu "Stratagematum Satanae libri octo" - elaborados pelas diversas seitas protestantes, tendo em vista faze-los concordar uns com os outros, acabou por desesperar da unidade de fé e da doutrina sustentando - como Menegoz haveria de fazer três séculos depois - que para salvar-se era suficiente confiar em Cristo como Salvador de nossas almas.

Segundo suas palavras era necessário reduzir ao mínimo a dimensão doutrinária da Igreja para que todas as organizações protestantes chegassem a unidade... diante disto acabou rejeitando tanto a Trindade divina quanto a imortalidade da alma.

De algum modo este autor antecipou o derradeiro estádio atingido pela reformação protestante: o da Unidade na incredulidade ou na descrença atingido no final do décimo oitavo século quando parte dos pastores europeus lançaram os fundamentos do liberalismo teológico

Sucedeu-lhe Pier Paolo Vergerio, o qual em 1553 tentou convencer - sem sucesso - os Luteranos, os Calvinistas e os Moravios a implementarem a Unidade.

"JOHN DURIE ERA UM PASTOR ESCOCÊS QUE EM 1628 FOI FEITO CAPELÃO DOS MERCADORES INGLESES EM ELBING, NA PRÚSSIA. ANGUSTIADO PERANTE AS DISPUTAS RELIGIOSAS QUE OCORRIAM NA ALEMANHA, CONSAGROU TODA SUA VIDA A REALIZAR A TÃO SONHADA UNIÃO ENTRE LUTERANOS E REFORMADOS, SENÃO MESMO DE TODOS OS PROTESTANTES NUMA SIMPLES E COMUM CONFISSÃO DE FÉ BASEADA NO CREDO DOS APÓSTOLOS. MOVIDO POR ESSA IDÉIA ELE VIAJOU PARA TODAS AS PARTES DA EUROPA, DE LONDRES A TRANSILVANIA, DE GENEBRA A ESTOCOLMO. AS IGREJAS DA SUIÇA, INCLUIRAM SUA CAUSA NAS ORAÇÕES, MAS O ESTADO SUECO EXPULSOU-O. HOMEM DE GRANDE SIMPATIA, VAGA TEOLOGIA E POUCO CONHECIMENTO SOBRE NEGÓCIOS ELE PROVOU QUE NO QUE TANGE A CAUSA DA UNIDADE CRISTÃ (leia-se protestante) SENTIMENTO E AFEIÇÃO NÃO BASTAM." Owen chadwick, iden, p 150


No ano de 1630 R Baxter deu a público uma obra intitulada "Concórdia universal" que era na verdade um projeto de união entre as inumeras seitas protestantes. Nem é preciso dizer que tal projeto jamais saiu do papel. Posteriormente nosso homem tentou conciliar gomaristas e os arminianos não obtendo melhores resultados...

Pouco tempo depois Davenant (John + 1641) publicou suas "Prelectiones de duobus capitibus in theologica controversiae" e o "De judice controversiorum primo" tendo em vista realizar o que Baxter não conseguira, ou seja, a união entre os cristãos das mais diversas seitas... As seitas no entanto continuaram a multiplicar-se...

Na França a tentativa de unificação partiu dos ministros Claúdio e Jurieu, pretendendo este último passar por papa e definir quais fossem as doutrinas essencias do Cristianismo... Nem é preciso dizer quão poucos foram aqueles que tomaram a sério sua pretensão de determinar a essência do Cristianismo protestante. Sucedeu-se infalivelmente o que Bossuet havia dito: o protestantismo não só permaneceu cindido em inumeras seitas beligerantes e rivais; como fragmentou-se ainda mais...

No século XVIII a tentativa de acabar com a divisão reinante no corpo do protestantismo partiu do mecânico Jean E E B Orffyré (+1745) que em seu "Resumo de religião Cristã unida" deu a público outro alentado projeto de união... que jamais chegou a ter existência real.

No século XIX foram várias as tentativas de se acabar com o escândalo da divisão:

Cerca de 1810 levantou-se N Grove (+1829) clamando que todas as confissões protestantes haviam apostatado, que a natureza do sacerdócio era universal e que todo crente era ensinado diretamente pelo Espírito Santo. J H Darby, que aderiu a este movimento no ano de 1822 forneceu-lhe o nome de Darbysmo e forjou a ímpia doutrina dispensacionalista.

Foi o darbysmo com sua enfâse na apostasia de todas as agremiações protestantes que preparou o terreno para o mormonismo....

Pouco tempo depois ergueu-se um novo campeão, desta vez entre os batistas, de nome Alexandre Campbell (+1866). Campbell aspirava ardentemente por fim a 'zona' criada por Lutero e acabar com todas as rivalidades e disputas religiosas, desaventuradamente ele apontou o Biblismo, e portanto o livre examinismo como sendo o antidoto frente a tal estado de coisas... como resultado de sua pregação, seus seguidores começaram a encarar todos os outros sectários como heréticos até formarem um partido chamado campbeliano, o qual por sua enfase a respeito da apostasia geral também ajudou a preparar o 'clima' para o desenvolvimento do mormonismo.

Cada brado de 'retorno a Bíblia' e ao livre exame correspondia a um tiro saido pela culatra na medida em que aumentava cada vez mais a confusão reinante...

Na mesma época apareceu Irving, cujas visões narraremos mais adiante, e com o intuito de unir todos os sectários acabou fundando mais uma seita - Método estranho este de se debelar as divisões... - a dos Apóstolos.

Cristiano Egidy tentou primeiro realizar a unidade dos Cristãos, editando a obra "Cristianismo próprio"... depois tentou reformar o luteranismo... até fundar o "Cristianismo Unido" e terminar sua carreira como paladino do racionalismo e da teologia liberal...

Reconhecendo o estado de fragmentação em que jazia o protestantismo parte de seus adeptos congregou-se respectivamente em Londres (1899), Berlim, Genebra, Paris, Estocolmo, Lausanne, etc com o objetivo de acabar com tantos e tão vergonhosos cismas e estabelecer a tão cobiçada unidade credal...

O catecismo publicado - em Londres 1900 - pelos batistas, congregacionalistas, metodistas, calvinistas e bíblicos, acabou sendo regeitado por todas as facções em menos de um ano!

Em Berlim foi estabelecida a "Aliança evangélica" com o objetivo de concretizar a tão esperada união.

Em Genebra foram propostos quatro artigos de fé, todavia não obtiveram a aprovação de todos.

Em Paris diminuiram o número de artigos para três, e, pasme não ousaram aludir nem a Trindade, nem ao pecado, nem a redenção.

Em Estocolmo os delegados tiveram que riscar de sua lista a divindade de Cristo e baixar o número da artigos para dois.

Também aproveitaram a oportunidade - como narra Erasmo Braga, in opus cit pg 94 - para fazer penitência por suas divisões, mas, nem por isso, deixaram de aumenta-las dando origem a novas seitas...

Destarte firmou-se a opinião de Francesco Pucci, Adam Boreel, Hartigveldt e Labadie (dentre outros)  para os quais o batismo era inutil e toda e qualquer doutrina desnecessaria, bastando para ser Cristão o amor ao próximo... eis que já era possivel imaginar - com G. Paleologo - uma união bem mais ampla, entre judeus, muçulmanos e cristãos, afinal enquanto revelação ou doutrina o Cristianismo deixara de existir...

Eis a reta final do livre exame: o nada ou o vazio doutrinário, a única entidade capaz de unir todos os sectários protestantes...

Assim sendo em Lausanne ficou perfeitamente clara a identidade do protestantismo com Babel - "A ação dos pastores, eis a prostituta da Babilônia..." já dizia (em 1588) o jurista protestante Nicholas Vigelius em seu 'Methodus universi juris civilis' - pois os delegados não recearam confesar a uma só voz "Nosso erro permanece, jamais alcançaremos a unidade."

Durante seu dicurso de encerramento, o moderador GERMANO - prelado ortodoxo - não deixou de alfinetar os filhos de Lutero:

"NÓS ORTODOXOS TINHAMOS ESPERANÇA DE QUE AS IGREJAS ESTRANHAS A ORTODOXIA PUDESSEM EFETIVAR, AO MENOS UMA UNIÃO PARCIAL; TANTO MAIS QUE ENTÃO, PARA A IGREJA ORTODOXA, SERIA MAIS FACIL DEBATER SOBRE A FUSÃO COM IGREJAS JÁ REUNIDAS NUMA MESMA FÉ, DO QUE DISCUTIR COM MUITAS IGREJAS, CADA QUAL COM UMA FÉ DIFERENTE."