Hiper agia ai partenos Maria, akrantos Mitéra tou Khristos Theos - soson imas!
Batul Lala Marian Wallidat al illah - ʕawnu ni!

Nossos pais e avós foram protestantes, nossos tetravos papistas, as gerações do passado remoto no entanto foram Católicas, apostólicas e ortodoxas, e nós, consagrando todas as forças do intelecto ao estudo da coisas santas e divinas desde a mais tenra idade, reencontramos e resgatamos a fé verdadeira, pura, santa e imaculada dos apóstolos, mártires e padres aos quais foi confiada a palavra divina. E tendo resgatado as raízes históricas de nossa preciosa e vivificante fé não repousaremos por um instante até comunica-la aos que forem dignos, segundo o preceito do Senhor. Esta é a senda da luz e da justiça, lei do amor, da compaixão, da misericórdia e da paz entregue uma única vez aos santos e heróis dos tempos antigos.

João I

João I
O Verbo se fez carne




Hei amigo

Se vc é protestante ou carismático certamente não conhece o canto Ortodoxo entoado pelos Cristãos desde os tempos das catacumbas. Clique abaixo e ouça:

Mantido pelo profo Domingos Pardal Braz:

de pentecostal a ORTODOXO.

Jesus aos apóstolos:

"QUEM VOS OUVE É A MIM QUE OUVE E QUEM VOS REJEITA É A MIM QUE REJEITA."


A CRUZ É UM ESCÂNDALO PARA OS QUE SE PERDEM. MAS PARA OS SANTOS PODER E GLÓRIA DE DEUS.

Total de visualizações de página

Pesquisar este blog

Mostrando postagens com marcador Presença Real. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Presença Real. Mostrar todas as postagens

sábado, 28 de maio de 2016

LIVRO PRIMEIRO - Capítulo VII > Divisões a respeito da presença real do Senhor da Eucaristia: Sub Capitulo 16 - A volta ao parafuso; zwinglianismo, presença virtual e transubstancialismo no protestantismo hodierno!


Para por fim a esta deprimente narrativa sobre as variadas tendências existentes no seio do protestantismo apenas no que diz respeito a Eucaristia, optamos por divulgar uma pesquisa bastante recente. O objetivo é certificar que as ditas tendências contraditórias e antagônicas permanecem vivas no interior de cada seita e que não perderam sua atualidade.

Encontra-se a dita pesquisa inclusa no artigo "Santa Ceia: uma das mais significativas controvérsias entre os reformadores Lutero, Zwinglio e Calvino." por PEREIRA LOPES & CUNHA FERNANDES in Ciências da Religião - História e sociedade, Vol VI, N 02 - ano 2008


http://www3.mackenzie.br/editora/index.php/cr/article/view/424/250



E vem a corroborar o que sabíamos já por experiência: Que parte dos sectários protestantes (pentecostais e Batistas) acredita num tipo de presença real análogo aquele que é ensinado pela igreja romana ou seja numa espécie de transubstanciação... Enquanto outra parte acredita numa espécie de presença real nos termos propostos pelos antigos padres ou por João Calvino - SENDO TODOS HARTOLATRAS APESAR DA BÍBLIA CLARA E SUFICIENTE! - E uma parte por fim vai dogmatizando em torno do padrão zwigliano, predominante quando o protestantismo foi introduzido em nosso país. 

NEM TER O EVANGELHO DIANTE DAS FUÇAS E MANTER A FARSA ZWINGLIANA PARA SEMPRE!!!

Assim no livro do calvinista norte americano Loraine Boettner, damos com este rasgo: "O cálice representa o vinho... e o pão não era seu corpo." pp 144


Que representa a opinião de Karlstadt, Capiton e Zwinglio... Não a de 'mestre' Calvino... E menos ainda a de 'messer' Lutero... Boettner só é calvinista até a predestinação. Quanto a eucaristia afasta-se de seu Mestre, o qual acerta aqui e erra acolá - APESAR DE LER A BÍBLIA EM GREGO...

Tal nossa experiência na CCB, seita em que fomos criados e em cujo seio depara-mo-nos com as duas teorias contrárias e as duas variantes pertinentes a doutrina da presença real.

A estar certa a pesquisa 21 % dos presbiterianos (Assim o citado Boettner) encaram o sacramento como um memorial ou como elementos simbólicos, enquanto que 79% deles; na esteira de Calvino, encaram o mesmo sacramento como veículo da presença divinaPara a minoria deles há apenas pão enquanto que para a maioria Deus se faz presente no mesmo pão. DIFERENÇA CONSIDERÁVEL ESTA QUE DIZ RESPEITO, como já foi salientado por nós,  A PRESENÇA DIVINA.


Para os batistas com sua 'Sola Scriptura' e fanatismo anti católico tanto pior... pois ao que parece para 6% deles Jesus se faz material e fisicamente presente no Sacramento, enquanto que para 82% os elementos comportam uma presença divina não menos real. Enfim apenas 12% deles pondera com o 'divino' Zwinglio que tudo não passa dum simples repasto... Destarte o que é divino para 88% dos batistas é obreia de farinha para 12%... A diferença aqui também esta entre lanche ou Cristo, nem mais nem menos!


A ADD e a Seita Renascer apresentam praticamente as mesmas variáveis... 


Por nossa conta asseveramos que o mesmo se passa na CCB e na IEDP...


Também dentre estes há quem creia ser o sacramento uma colação de pão e vinho ou um veiculo, seja material ou espiritual, da presença do Deus verdadeiro.


Para uns é algo divino e para outros coisa de padaria!!! E SÃO TODOS PROTESTANTES, na posse do mesmo livro claro, fácil e suficiente rsrsrsrsrsrsrs!!!

E não basta a leitura desse livro para po-los em acordo!

Quando uma classe de meninos de oito anos ouve a historinha da Branca de neve e dos sete anões, não há quem ouse dizer que a maçã foi mordida pelo principe ou que a Branca foi beijada por algum dos anões - No entanto quanto é adulto que lê a Bíblia... Nem mais se sabe se foi Jesus ou o Cirineu que morreu na cruz!!!


Resultado: O que parte deles engole com toda reverência TENDO EM VISTA UMA VERDADEIRA POSSE DE JESUS CRISTO, a outra parte ingere como mero pão e vinho apenas como mera recordação do sacrifício da cruz!!!


E se algum protestante disser que semelhante divisão não deva ser levada muito a sério; nós é que não o levaremos a sério por deixar de considerar a diferença existente entre um simples naco de pão ordinário segundo a natureza e a presença real de Jesus Cristo Nosso Verdadeiro Deus, Rei e Pai. 


E completaremos e arremataremos nossas observações afirmando que uma 'igreja' incapaz de estabelecer concordância ou uniformidade a respeito de tão grande mistério não pode ser a verdadeira igreja edificada por Jesus Cristo sobre a rocha de sua divindade!





RECAPITULANDO:


Quanto a sagrada Eucaristia estão os protestantes cindidos:

  • Quanto a natureza da mesma: se é mero pão ou Cristo Jesus.
  • Se devem empregar vinho ou suco de uva.
  • Se devem utilizar um ou diversos cálices para o vinho.
  • Se a comunhão deve ser ministrada a todos os protestantes ou aos membros da seita somente.

E em quase meio milênio de discussões e polêmicas ainda não chegaram a qualquer acordo a respeito de tais questões.

ENTÃO COM QUE DIREITO DESEJAM ENSINAR AOS CRISTÃOS ORTODOXOS O QUE SEJA CRISTIANISMO???








sexta-feira, 27 de maio de 2016

LIVRO PRIMEIRO - Capítulo VII > Divisões a respeito da presença real do Senhor da Eucaristia: Sub Capitulo 10 - O estratagema de Zwinglio


As coisas no entanto principiaram a mudar de figura quando em 1523 o jurista holandês Cornelisz Hendricxz Hoen (Honeos) - numa carta enviada a Lutero, Melanchton e o círculo de Wittemberg - elencou uma série de argumentos com o intuito de demonstrar que as palavras 'Este é meu corpo' podiam ser compreendidas alegoricamente, como se quisessem dizer 'Isto simboliza o meu corpo'.

Foi ao receber esta carta que Lutero pronunciou as memoráveis palavras: "Que grande golpe daria no papado..." transcritas anteriormente, determinando que a abominável e sacrílega carta fosse queimada (Bela liberdade de interpretação!).

Lamentavelmente, para Lutero, uma cópia dela foi enviada a Zurich, vindo a cair justamente nas mãos de quem? De U Zwinglio eliminando todas as suas dúvidas e hesitações.

Assim o que parecera blasfemo ao protestante alemão, pareceu apetecível, inspirado e divino ao protestante suíço. Verdade de um lado e mentira do outro lado das montanhas, tal o relativismo...

Assim sendo, em 1525, o suíço fez publicar a exposição de Honeos, anexando sua aprovação - e aqui temos o 'imprimatur' protestante rsrsrsrsrsrs -. Desde então, esta teoria, tida em conta de herética pela Igreja nossa mãe e mestra, é que tem prevalecido entre os protestantes.

Como no entanto a gente simples do povo não pudesse compreende-la bem, devido as ilações textuais e sutilezas ficava a teoria antiga e tradicional com larga vantagem. De modo que o Senado de Zurich não se atrevia a julgar a questão, ficando tudo embaralhado.

Diante disto Zwinglio, segundo o costume do tempo, fez publica a narrativa de sua visão ou sonho, tão ridicularizada por papistas, anglicanos, luteranos e até calvinistas.

Segundo a pitoresca narrativa, lá estava o pobre Zwinglio, qual novo Buda, atormentado por diversas dúvidas a respeito do significado do Sacramento, e cogitando debaixo de sua árvore de Bô ou pipal - aqui no caso um frondoso carvalho - quando veio ter com ele um anjo gigantesco (talvez tetraneto do que vizitara Elkaxai no século II ) o qual após toca-lo, revelou-lhe a nova verdade supinamente ignorada pela Cristandade ao cabo de mais de mil anos, a saber, o verdadeiro sentido das palavras eucarísticas.

E foi assim que propagou-se a teoria de Karlstadt e Honeos entre os capiaus da Suíça para o desespero do Dr Lutero. Pois acreditaram quase que de pronto na 'pia fraude'.

Posteriormente, ao dissertarmos sobre a intolerância e instabilidade, características do sistema protestante, teremos ensejo de descrever as memoráveis lutas travadas entre luteranos, calvinistas e zwinglianos em torno deste dogma no decorrer do século XVI. ISTO APESAR DE CADA UMA DAS PARTES TER DIANTE DAS FUÇAS A MESMA BÍBLIA SUFICIENTE, CLARA, LUMINOSA E DE FÁCIL ENTENDIMENTO...

LIVRO PRIMEIRO - Capítulo VII > Divisões a respeito da presença real do Senhor da Eucaristia: Sub Capitulo VII - A inexistência de uma doutrina simbólica da Eucaristia nos primeiros séculos do Cristianismo

"O zwinglianismo procede da mesma fonte que o paganismo, o farisaísmo e o maometismo e seu fim é a destruição da Igreja de Cristo." Schnurrer (luterano) in 'Erlauter d Wurttemberg' 262

"Assim deveis perseverar no ódio as ímpias doutrinas dos zwinglianos e dos calvinistas." J Brenz "Testamento" ann 1570

"Os zwinglianos são os mais infames mentirosos que se arrastam sobre a face da terra juntamente com Ilírico e seus sequazes." J Andraeas







"Quem haveria de rejeitar a literalidade de suas palavras: Este é o meu corpo???" 
Euthymio Zigabeno (século XI)




Se no decorrer do século XVI, zwinglianos e até mesmo calvinistas, ensinavam que as teorias da transubstanciação, da consubstanciação ou da presença real do Senhor no Sacramento haviam sido inventadas pelo papa de Roma durante a baixa Idade média alguns teólogos reformados do tempo presente como Jean-Jacques von Allmen  - muito melhor informados admitem sem maiores problemas a "Presença de três 
concepções sacramentais distintas - simbólica, materialista e realista - durante os primeiros séculos."

Corrige-o acertadamente Klein, admitindo a prevalência do padrão realista ou materialista.


  • Por padrão realista devemos compreender a ideia de um elemento divino, celestial, transcendente, espiritual e real adicionado aos elementos. No caso da Eucaristia ou o Logos i é natureza divina do Salvador ou sua natureza humana post ressurreta, glorificada, espiritualizada, etc
  • Por padrão materialista devemos compreender a ideia de uma transformação ocorrida na substância dos elementos como no caso da transmutação ou como dizem os latinos transubstanciação e consequentemente uma presença física da carne e do sangue de Cristo no Sacramento.
  • Por padrão simbólico compreendemos a ideia dos elementos enquanto pura e simples representação alegórica duma apropriação que se dá internamente pela fé.


A propósito, mesmo antes de Klein, Guaracy Silveira, (pastor metodista) homem de imensa erudição e cultura, havia admitido francamente - em sua obra 'Evangelho, patrologia e razão' -o predomínio não da transubstanciação mas da consubstanciação entre os padres antigos. 

A tal respeito pode-se consultar com máximo proveito os 'Textos eucarísticos primitivos' de Jesus Solano, BAC, verdadeiro monumento historiográfico e científico sobre o sentido da Eucaristia nos primeiros séculos desta Era, ou seja no período patrístico.

Diante disto só nos resta atalhar, acrescentando que Elder algum, no decorrer dos dez primeiros séculos da Era Cristã, limitou-se a fazer uma abordagem puramente simbólica ou alegórica do sacramento, negando sua realidade e reduzindo-o a uma apropriação ou 'degustação' por meio da fé.

Tantos quantos admitiram uma perfeita correspondência simbólica ou tipológica existente entre os elementos do pão e do vinho e as realidades do corpo e do sangue, salientaram da mesma maneira e ao mesmo tempo a presença divina nos elementos. Assim a visão deles é sempre dual e sintética: Símbolo e realidade encontram-se associados.

A natureza fornecendo a relação simbólica e o poder divino de Jesus Cristo adicionando a realidade espiritual.

A variedade ou diferenciação surge quando os padres tentavam explicar o 'modo' ou a maneira porque se dá a presença real do Senhor no Sacramento, explicação, que como já foi dito não é essencial para a igreja Ortodoxa.

Aqui os padres dividem-se propondo uns uma explicação material e miraculosa (Concomitante ou não com a presença dos elementos) e outros uma presença espiritual (e portanto não miraculosa) relativa a natureza divina do Senhor ou a sua natureza humana pós ressuscitada. Havia ainda quem admitisse a conversão do corpo em pão e do sangue em vinho, invertendo a primeira hipótese.

No primeiro caso temos a teorias da transubstanciação e da consubstanciação. No segundo as teorias da aglutinação e do terceiro corpo ou presença virtual, no terceiro a hipótese da Impanação ou Panificação. De modo que a presença real poderá assumir uma conotação demasiado física ou até certo ponto espiritual.

O que jamais ocorrera aos primeiros Cristãos foi encarar a instituição eucarística como simples lanche ou memorial numa perspectiva puramente simbólica, externa e reducionista. Aqui o repto esta feito e desafiamos qualquer lider protestante a demonstrar o contrário.

Entre os cristãos do primeiro milênio ou da Era primitiva a Eucaristia sempre fora encarada como algo divino, celestial, transcendente, sagrado, misterioso; e consequentemente como centro ou foco de toda vida espiritual bem como da própria adoração. Não era algo que ocupasse a margem ou a periferia da fé e do culto, mas algo que servia de base ou fundamento a piedade religiosa como um todo. E tudo girava em torno dela...

Não da Bíblia, não da pregação, não da palavra ou do púlpito, não do sermão e nem mesmo do Santo e Divino Evangelho MAS DA EUCARISTIA, veículo porque JESUS o Emanuel, fazia-se particular e concretamente presente em meio de seu povo dando testemunho tanto de sua condição divina quanto de sua condição humana. Ali estava de corpo presente como verdadeiro homem que tinha sido e miraculosamente presente como Deus eterno que era.


Isto a ponto de Inácio, o Teóforo valer-se de seu testemunho contra os docetas ou seja contra aqueles que negavam a Encarnação do Senhor e sua natureza humana. A estes opunha o 'Mártir' a presença real do Senhor na Eucaristia. E pela presença real do corpo do Senhor no Sacramento dava demonstrado que ele havia tido corpo... Pois não havia quem ousasse negar aquele mistério ou alegorizar.

Assim entre o povo do Oriente, inda que oprimido pelo islã, jamais surgiu ocasião para que a dignidade do Sacramento fosse posta en duvida. Isto talvez devido a intuição - percebida pelo luterano 
Schnurrer DE QUE NEM MOISÉS NEM MAOMÉ ENCONTRAM-SE PRESENTES DE TAL MODO NO JUDAÍSMO OU NO ISLÃ... E portanto de que aquele Jesus era muito mais do que puro e simples homem. 

Retornamos assim a simples ideia de a presença real de Jesus no Sacramento do altar corrobora, reforça e sustenta o padrão niceno atanasiano concernente a sua divindade. Nem poderia este JESUS ser objeto de vida e culto sacramentais SEM SER DIVINO!

E a tese segundo a qual o zwinglianismo - da mesma maneira que o anabatismo - desampara o padrão niceno e a piedade cristã tornando-as vulneráveis e favorecendo num primeiro momento o unitarismo, em seguida ao judaísmo e enfim ao islã. 

Da mesmo maneira como Maomé e os primeiros muçulmanos não eram capazes de explicar como podia o Cristo, sem ser divino, ter nascido de Virgem (enquanto o próprio Maomé nascera de mulher comum) não é possível compreender como seja ele capaz de associar-se aos elementos do pão e do vinho sem ser Deus verdadeiro!

Já aludimos, no artigo precedente, a nosso Santo Pai e Mestre João Damascemo como um dos propugnadores da teoria materialista da transmutação. 

Nem é preciso dizer que era esta a teoria que melhor condizia com a mentalidade rasteira - mágico/fetichista - de um ocidente cuja cultura greco/romana havia sido suplantada pela cultura primitiva e fetichista dos povos bárbaros ou germânicos.

Alimentada pela mentalidade grosseira dos invasores teutônicos, a teologia ocidental não poderia ter deixado de canonizar, como de fato canonizou, a teoria da presença material do Senhor no Sacramento sob a forma transubstancialista.


Foi um monge por sinal (Chamado Pascoal Radbestius, de Corbie) que pela primeira vez - no De Corpore et Sanguine Domini (831) - e em tom bastante presumido, afirmou que durante a liturgia, o mesmo corpo de Cristo que fora concebido, gerado e parido por Maria Santíssima, era verdadeiramente mordido, triturado e engolido pelos Santos. 

Ergueram-se contra ele dois eruditos bastante versados na tradição da Igreja: Rabanus Maur e Ratramnos, (O qual, por acaso, também residia em Corbie) do que resultou a controvérsia estercorária, ainda hoje explorada pelos protestantes contra aqueles que aderem a teoria da transmutação.



St Rabanus Maur

Ademais, alguns protestantes insinuam maliciosamente que tanto Rabanus como Ratramnos teriam questionado a doutrina da presença real do Senhor no Sacramento e partilhado ou melhor antecipado, a opinião despudorada de Zwinglio... 

Tal o esforço colossal empreendido por eles com o o objetivo de detectar ao menos um vestígio de suas opiniões no passado da igreja e criar uma TRADIÇÃO herética paralela ou anti eclesiástica.

Todavia semelhante insinuação carece de todo fundamento. E é sintomático que careça de todo fundamento quando tanto um quanto outro poderiam ter encerrado a questão muito facilmente - e cortando o mal pela raiz - apelando justamente a doutrina simbólica concebida e proposta por Zwinglio...


Donde se infere que se não recorreram a ela foi justamente por ignorarem sua existência ou por parecer-lhes HERÉTICA. Diante disto optaram por ficar divagando em torno das duas teorias concernentes a presença REAL e sustentar as vetustas opiniões sobre a presença espiritual do Senhor no sacramento...

E perfilhando esta senda tudo empreenderam para que Pascoal e seus partidários, compreendessem a presença real do Senhor no sacramento - a qual aludem literal e repetidamente - como uma presença divina ( no sentido da aglutinação) nos elementos ou como EMANAÇÃO do corpo e do sangue glorificados de Nosso Senhor. 
(No sentido do terceiro corpo)  

Logo, até aqui e especialmente aqui não há vestígio que qualquer teoria ou hipótese 'simbólica' que faça petições e empréstimo as alegorias de Platão ou Plotino.





Berengarius, o escolástico


Passados cerca de dois séculos foi a vez de Berengarius de Tours, discípulo de Fulberto de Chartres - outro vulto eminente nos domínios da teologia - assestar armas contra a teoria materialista, então predominante. E é sabido que ele repudiou formalmente e em termos categóricos a doutrina da transubstanciação...


Diante disto os protestantes simbolistas, valendo-se de certas alusões esparsas e duvidosas, costumam apresentar este Berengário como o primeiro zwingliano dos tempos modernos, fazendo remontar o zwinglianismo ao século XI isto é a cerca de mil anos DEPOIS DE CRISTO (!!!) e convertendo este clérigo em herói!!! E para eles que não teem tradição ou História real e isto é uma glória!!!


É bom reparar e insistir nisto: Que os teólogos protestantes são fingidos. Pois afetam imenso desprezo pela História da Igreja e sua sucessão multi secular, pelos antigos, pela tradição, etc enquanto buscam forjar algumas sucessões capazes de conferir a suas novidades profanas o saldo de dois, três ou cinco séculos de existência... E assim exaltam Huss, aclamam Wicliff, glorificam Berengário, ovacionam Pedro Valdo, etc

Quando deviam buscar seus verdadeiros padrinhos em Aerio, Ario, Paulus, Montano, Manes... nos quais encontrariam SUAS RAÍZES ANTI APOSTÓLICAS E ANTI CRISTÃS!!!


Examinemos no entanto o que Berengarius escreveu:

"Como o mesmo corpo de Cristo que está glorificado nos céus poderia estar agora em diversos altares ao mesmo tempo??? NO ENTANTO O PÃO E O VINHO SÃO SINAIS DA PRESENÇA REAL E VERDADEIRA DO CORPO E DO SANGUE DE CRISTO." Ad Lanfranc ou in Caena Domini

O que a meu ver parece remeter a teoria tradicional da aglutinação.

Atualmente a maioria dos estudiosos e críticos inclina-se a crer que ele jamais tenha questionado a doutrina ortodoxa da presença real, mas apenas a teoria materialista da transmutação. 


Subsistiu pois a Santa e preciosa Igreja de Deus durante dezesseis longos séculos sem que qualquer questão fosse suscitada em torno da presença real do Senhor no Sacramento!


EMBORA TIVESSEM SURGIDO DIVERSAS QUERELAS EM TORNO DA PRESENÇA MATERIAL OU DA TRANSMUTAÇÃO/TRANSUBSTANCIAÇÃO.

No entanto, durante toda aquele período Cristão algum havia imaginado ou concebido a simples ideia de que o Sacramento eucarístico não passasse de pão e vinho ordinários cuja ingestão servisse apenas para testemunhar publicamente a fé.

LIVRO PRIMEIRO - Capítulo VII > Divisões a respeito da presença real do Senhor da Eucaristia: Sub Capitulo VI - A batalha entre zwinglianos e calvinistas




Sectarismo protestante


EUCARISTIA: vínculo de amor e unidade entre os Santos espalhados pelos confins da terra


       

Protestante: Hoje porém tanto os luteranos quanto os calvinistas abraçaram a doutrina de Zwinglio.

Ortodoxo: A verdade obriga-nos a expor como e porque no terreno do calvinismo esta assimilação foi patrocinada pelo próprio Calvino, o qual no entanto, internamente e honestamente, abominava a teoria zwingliana e até parece ter morrido angustiado após a aprovação precipitada deste pacto.

Protestante: Se como dizes tu, Calvino abominava a teoria alegórica ou simbólica por que raios teria aconselhado seus pupilos a subscreverem-na???

Ortodoxo: Para compreender a atitude de Calvino e Bucer devemos considerar antes de tudo as circunstâncias externas do protestantismo. Desde 1540 com a adesão de alguns principados alemães cessou a reforma protestante de ganhar terreno na Europa e de expandir-se. O último grande pais conquistado havia sido a Noruega (1537). Desde então o protestantismo por assim dizer 'estacionou'.

Para além disso desde 1540 a igreja romana contava com o apoio da 'Companhia de Jesus' e desde 1545 achava-se aberto o Concílio de Trento. Além disto os príncipes protestantes haviam sido esmagados pelo Imperador e o Interim de Augsburgo havia sido aprovado em 1548.


Internamente achava-se já o protestantismo cindido entre as correntes luterana, calvinista, zwingliana, anabatista e unitária, e já os controversistas romanos principiavam a explorar este estado de caos com relativo sucesso. 

Há trinta anos antes não poucos acreditavam que a nova religião iria suplantar e substituir por completo a antiga e Lutero, morto em 1546, chegara a profetizar o fim do papado. Portanto, para os triunfalistas protestantes a recuperação da Igreja romana, na última década equivalia a suprema desgraça. O Aquiles reformado tinha calcanhares vulneráveis...

Para muitos naquele momento era crucial que a pseudo reforma apresentasse ao menos certa aparência de UNIFORMIDADE ou coesão doutrinal. A ponto de atrair os incautos e imobilizar a reação papista, cujos paladinos principiavam a denunciar os perniciosos resultados do livre exame e a confusão doutrinal reinante nos domínios do protestantismo nascente. Para os lideres protestantes caminhar em direção da Unidade era questão de vida ou morte.

Urgia silenciar a respeito das 'minudências' e sacrificar certas 'verdades' de 'menor calado' em favor certa uniformidade. Pois já os vacilantes começavam a sentir saudades do 'cativeiro do Egito' e a desertar. 

A delicadeza da conjuntura exigia a formulação de pactos e acordos doutrinais em que ambas as partes envolvidas abrissem mão de alguma coisa em termos de 'artigos de fé'. Nos domínios da Reforma protestante, cindida em diversas igrejas rivais (cada uma com sua verdadezinha), a Revelação divina tornou-se logo objeto de acordos diplomáticos, tal e qual a política secular. E os bíblicos negociavam doutrinas como as nações negociam fronteiras. E costuravam suas colchas de retalhos teológicas.

Protestante: No fim das contas que foi que aconteceu?

Ortodoxo: Ao contrário do fanático e obstinado Lutero; Calvino, Bucer e Melanchton esforçaram-se inutilmente para oferecer aos zwinglianos uma fórmula de fé racional e aceitável, indo até onde era possível. Dúzias de símbolos foram confeccionados até as fronteiras da ortodoxia e os confins da ambiguidade tudo com o propósito de contenta-los.

Os zwinglianos no entanto, tal e qual Lutero, permaneciam fixos e irredutíveis a ponto de acusar seus aliados espiritualistas ou virtualistas de cumplicidade para com a hartolatria e o papado. Extremistas que eram permaneciam alheios a qualquer tentativa de negociação... Presença real eles não aceitavam nem sob uma forma 'atenuada' se me é permitido expressar-me assim.

A situação era de tal modo angustiosa que Bucer, tendo achado por bem exilar-se na Inglaterra envolveu-se de imediato numa amarga controvérsia com Pietro Mártir enquanto Melanchton definhava e implorava aos céus o fim de seus amargurados dias (Esta monstruosa crônica pode ser lida tanto em Peucer, quanto em Hospinianus e Chytraeus resumida na 'História das variações protestantes' de Bossuet)

Tudo graças a controvérsia suscitada pelo Sacramento da Eucaristia!

Urgia por termo a tão escandalosa situação antes que a odiada contra reforma avançasse ainda mais e comprometesse a própria existência de um protestantismo fragilizado por tantas divisões.


Esgotadas todas as possibilidades Calvino teve de respirar fundo e pensar friamente, uma vez que já havia mandado torturar e supliciar Jacques Gruet (1547) lenha verde e enfrentado os senadores genebrinos. A par de tudo isto tinha de lidar também com os transfugas italianos, em sua maior parte unitários, mortalistas e libertinos, com os luteranos ortodoxos - igualmente irredutíveis - e enfim com os anabatistas.

Não, seu olhar perscrutador não o enganava. Ou os protestantes superavam aquele miserável estado ou seriam esmagados pelo rolo compressor do papado.

Há muito que Zwinglio havia morrido, após ter atacado os papistas na batalha de Cappel. Fora sucedido pelo amável Hienrich Bullingero qual no entanto recusava-se terminantemente a abrir mão da herança humanista do livre arbítrio; tão cara a seus colaboradores... Herança no entanto que Calvino mal podia tolerar, tendo em conta de pelagiana.

Calvino de sua parte, já havia proclamado o predestinacionismo como dogma fundamental do Cristianismo genebrino, produzindo; consequentemente, outro grande mal estar entre os demais membros da confederação. E malquistando-se igualmente com os de Lausanne...

Tal o 'pão dos filhos' para ele como a 'Sola fide' para Lutero e o simbolismo para os de Zurich. 

Foram dias terríveis para a reformação suíça... Duplamente cindida a respeito da Eucaristia e a Liberdade...

Alguns no entanto conceberam um proposta 'genial': Os de Lausanne, Zurich e demais cidades (zwinglianos) cessariam de atacar o 'dogma horrendo' de Calvino... Enquanto os de Genebra, em troca, receberiam o simbolismo zwingliano, ao menos enquanto opinião tolerável ou possibilidade. Ficando proibida qualquer tipo de controvérsia a respeito de tais pontos.

Deste artificial e astucioso pacto foi que surgiu o reformismo suíço híbrido e disforme quanto a Eucaristia e a Liberdade ou seja a um tempo zwingliano ou simbolista e a outro calvinista ou predestina-
cionista.

Para tanto Calvino e Bullinger assinaram a fórmula do consenso Tigurinus em 1549!!!

Para alguns a assinatura deste pacto significa que Calvino abandonou a teoria da presença real/virtual. Embora a História certifique que sua adesão foi firmada a contragosto e tendo em vista as críticas dos adversários, e as aparências... 

Apesar disso a teoria original ou 'ortodoxa' (sic) da 'presença virtual' tem sido mantida ou resgatada através dos séculos por certos conventículos de teólogos e fiéis mais zelosos, e suportado os mesmos revezes que a teoria blasfema da predestinação.

Outro passo de suma importância nesta direção - zwingliana - foi dado (muito depois) pela Confissão de Westminster, quando a versão calvinista foi anexada ou associada a ideia de apropriação dos méritos do Senhor pela FÉ: "... estão espiritual e realmente presentes a fé dos que creem da ordenança." No entanto a partícula 'realmente' permanece e compromete uma assimilação cabal do simbolismo zwingliano.

No frigir dos ovos porém - quanto aos EUAN e Brasil - a teologia eucarística de Bucer e Calvino (muito mais próxima da tradição patrística) diluiu-se quase que por completo na doutrina zwingliana da NÃO presença ou do simbolismo crasso, a qual veio a tornar-se preponderante mesmo entre os calvinistas como foi demonstrado pelas pesquisas de Kleim. Até onde saibamos, no entanto, ela não engendrou nova seita ou grupo como no âmbito do luteranismo.

Protestante: Ao menos este consenso trouxe paz e unidade as igrejas protestantes?

Ortodoxo: Antes fosse... No entanto mal fora assinado e, como já dissemos, estourou a controvérsia do outro lado da mancha.

Protestante: De que forma?


Ortodoxo: Mal Bucer acabará de por seus pés na Inglaterra ( como professor de alta teologia em Cambridge...) seu colega de Oxford, Pietro Martir de Vermigli, após ter se envolvido numa dura controvérsia (com os papistas) a respeito da presença real, teve a má inspiração de pedir-lhe ajuda.

Todavia como Bucer não partilhava da opinião zwingliana (Escreveu ao amigo Italiano "Não pode haver ceia do Senhor sem o Senhor.") sustentada por Pietro declinou, alegando que "A exposição de tais divergências não auxiliara em nada." a causa da Reforma, acrescentando que não estava: "Obrigado a apresentar-me como partidário do papa, de Lutero ou de Zwinglio a respeito desta questão." e arrematando: "A religião dever servir para edificar o povo no amor e na fé e não para viver criticando a tudo e a todos..."


Além do mais, como lider experimentado que era, ele bem sabia que qualquer controvérsia a respeito da Eucaristia bastaria para cobrir o protestantismo de vergonha expondo-he para o calcanhar aquileu..

Protestante: É parece que na Inglaterra as coisas iam mal...

Ortodoxo: Na Inglaterra somente???

Protestante: Tudo bem espertalhão, onde mais?

Ortodoxo: Todo 'Capitolo 'quarto da História da Reforma na Itália de Th MacCrie é dedicado a consternação produzida pela controvérsia eucarística na recém surgida comunidade protestante italiana. 


Nada mais elucidativo do que ler suas primeiras palavras:

"A primeira questão diz respeito a disputa que desgraçadamente surgiu entre os protestantes italianos e em virtude da qual ficaram divididos entre si a ponto de tornarem-se vulneráveis frente ao inimigo comum.... e ela dizia respeito a presença do Cristo no Sacramento da ceia." p 66


E um trecho de uma das cartas escritas por M Bucer a um neófito italiano:

"Lamento muito meu bom amigo, que Satanas tenha causado um grande prejuízo a religião principiando por meter entre vós a divisão a respeito da questão da Eucaristia. Acaso semelhante notícia não haveria de deixar-me preocupado uma vez que por experiência tenho testemunhado os danos que tem produzido em nossa igreja?.... O deus que invocamos DEUS NÃO É DE DIVISÕES." Id ibd 



Apesar dos apelos de Bucer no entanto a questão tornou-se de primeira ordem entre os protestantes de Veneza devido a sua proximidade com os de Wittemberg. Aos quais Baldassari Altieri envia o seguinte relato:

"Há uma outra questão que neste dias faz pairar sobre nossa igreja a ameaça de ruína iminente. A questão pertinente a ceia do Senhor e suscitada primeiramente na Germânia, eis que agora chegou até nós. E quantos distúrbios não tem causado? Quantas dissenções não tem produzido?... E acaso não constitui ela grave obstáculo a propagação da glória de Cristo???" id p 67


Os venezianos em sua maioria eram pela opinião de Lutero i é favoráveis a presença real. No entanto, a semelhança de Bucer, inclinavam-se a tolerar aqueles que acreditavam de modo diverso a respeito de um tema assim tão profundo e aspiravam viver em paz com os zwinglianos.

O 'inspirado', 'iluminado' e 'divino' Lutero no entanto - e quem o acusa e censura é o Pr MacCrie - aconselhou seus seguidores venezianos a não se deixarem levar por falsas esperanças de conciliação com os 'fanáticos' e 'sacramentários' da Suíça, e declarou em alto e bom som que a doutrina romana da transubstanciação era bem mais tolerável do que o erro abominável de Zwinglio.


Por fim, no ano seguinte enviou uma outra carta aos de Veneza em que apresentava Zwinglio Oecolampadius como "Mestres venenosos e falsos profetas." "Os quais não limitavam-se a disputar sob influxo do erro mas resistiam propositalmente a verdade porque eram instigados por Satanas." Id 69

Isto quanto a Itália.

No entanto mesmo após o Tigurinos houve paz entre os Suíços.


Protestante: O amigo esta mesmo certo disto?

Ortodoxo: Como não se um ano (1556) após Jean Garnier ter sido corrido por Marbach de Strasbourg - sob a acusação de calvinismo - foi a vez do já citado Pietro Martir de Virmigli ser solenemente advertido de que sua presença não seria bem vinda na cidade devido a suas opiniões a respeito do Sacramento??? Só lhe restando retirar-se com o rabo entre as pernas...

Passados três anos - em 1560 - o mesmo Marbach, convidou todos os teólogos e pastores da cidade a assinarem a confissão de Augsburgo. 

No entanto como o sacramentário Zanchius se encontrasse por lá e resistisse Marbach mandou editar e distribuir a seus paroquianos a 'De praesentia corporis Christi em cœno Domini.'' de Heshusius da qual fazia parte um violento 

prefácio denunciando o eleitor Frederico III do Palatinado e 

seus teólogos. 


Zanchius a seu tempo rompeu o silêncio e publicou tanto suas opiniões sobre a Eucaristia quanto sobre a Predestinação associando as teorias de Zwinglio e Calvino... Segundo o modelo do Tigurinus.


Desde então houve guerra aberta entre Zanchius e Marbach, o qual de pronto classificou seus ensinamentos como heréticos, sacrílegos e blasfemos. Era como se Lutero tivesse reencarnado naquele homem!


Devido ao grave escândalo produzido pela disputa foram os dois reformadores persuadidos a tomar por árbitro a Simon Sulzer de Basel.


Simon Sulzer, pupilo de Bucer e Capiton, já havia ele mesmo sido expulso de Berna pelos zwinglianos cerca de 1548 justamente por ter ousado defender a doutrina Luterana da presença real e manter a prática de penitência sacramental.


Após a Morte de Myconius no entanto veio a ser eleito antistete de Basel, para onde havia se retirado 'respirando vingança' contra seus correligionários. 


Alguns anos antes ele havia ousado declarar que "Judeus, turcos, papistas e zwinglianos; são todos inimigos de Deus..." atraindo contra si o ódio de Bullinger...


Foi este homem polêmico que elaborou outro Consenso de Strasbourg (1561) pelo qual Marbach e Zanchius foram reconciliados e a disputa encerrada.


Como no entanto o teor deste consenso pendesse para o luteranismo, afastando-se tanto do zwinglianismo quanto do calvinismo escreveu Bullinger Calvino solicitando que este interferisse. 


Diante disto, a pedido de seu antigo protetor e mestre Zanchius não só retratou-se e fez penitência como retirou-se de Strasbourg. 


Posteriormente Bullinger e Beza trataram de apresentar o consenso de Strasbourg e a confissão de Basel como obras heréticas pelo simples fato de que chocavam-se com as opiniões deles...  TRATAVA-SE ADEMAIS DE UM ANTI TIGURINUS OU DE UM TIGURINUS INVERTIDO.

CONCLUSÃO: Nem na Inglaterra, nem na Itália e tampouco na Suíça houve paz e concórdia entre os reformados mesmo após a assinatura do Tigurinus.

Em todos aqueles países centenas ou milhares de sábios, estudavam as mesmas Escrituras buscando delas extrair a verdade plena. Mas, apesar de sua imensa boa fé e esforço, não puderam chegar a qualquer acordo a respeito de um tema tão importante quanto o significado do Sacramento. Em que uns viam apenas pão e vinho enquanto uns viam a presença real do Deus Todo poderoso, em que pese a 'clareza' e 'luminosidade' da Escritura...

LIVRO PRIMEIRO - Capítulo VII > Divisões a respeito da presença real do Senhor da Eucaristia: Sub Capitulo IV - O posicionamento de Calvino





Protestante: Ouvi alguns pastores comentarem que nossa crença - no mero simbolismo do sacramento -  foi patrocinada por João Calvino sob a alcunha de 'Presença virtual'. Cf Gióia Martins. iden, id.

OrtodoxoO que ouviu não corresponde de modo algum a verdade ou a natureza dos fatos uma vez que a doutrina da presença virtual é tão distinta da teoria da presença simbólica quanto o Oriente do Ocidente e está certamente bem mais próxima da doutrina tradicional -. Cf M. Gesteira Garza "La eucaristia misterio de comunion.". Cristianidad. 1983, ps 513 sgs - na medida em que busca explicar em termos espirituais ou imateriais a mesma 'presença real' repudiada por Zwinglio. Apenas por birra ou conveniência luteranos e papistas folgavam em apresenta-la como zwingliana, tal apresentação no entanto é absolutamente falsa.

ProtestanteComo assim?

Ortodoxo: A doutrina da presença virtual é uma tentativa de traduzir a presença real em termos da presença de um corpo transmudado sem materializa-la por completo - como no caso da transubstanciação - e não uma negação da mesma. O Corpo é associado ao pão só que espiritualizado pela glorificação. Parece além disto encontrar suporte na teoria do tríplice corpo formulada por Honorato de Autun a partir das sentenças de Ambrósio e alguns outros padres.

Segundo esta teoria - que remonta ao reformador strasburguence M. Bucer - Jesus está real, mas não material ou fisicamente presente na Eucaristia (Calvino afirma "Chamo MATÉRIA E SUBSTÂNCIA a CRISTO com sua morte e ressurreição." Institutas IV, 17,11). 

Daí o citado Bucer assim expressar-se na Confissão Tetrapolitana: "Cristo verdadeiramente dá seu verdadeiro corpo e sangue a comer e beber para a nutrição de nossas almas." 

Como o amigo pode perceber muito bem não se trata dum simples pão bento ou mesmo dum pão repleto de graça como os nossos 'eucologia', mas dum veículo natural que porta sobrenaturalmente a humanidade glorificada de Cristo. 

Não é pois um mero símbolo para Calvino.

"Calvino crê na PRESENÇA REAL NA COMUNHÃO. O QUE O SENHOR QUIZ DIZER É QUE LUTERO ACHOU A CONSUBSTANCIAÇÃO E CALVINO NÃO." afirma o Pr Miguel G. Torres (Roma a barra do evangelho. p 122)

"De fato sua teologia conserva o essencial quanto ao mistério da presença." pondera Chaunu (1975) pp 181

Demos a palavra ao próprio Calvino:

"A VERDADE nos é dada com os simbolos e sob os simbolos recebemos VERDADEIRAMENTE O CORPO E O SANGUE DE JESUS CRISTO; ASSIM A CARNE DE JESUS É DISTRIBUIDA NESTE SACRAMENTO... NÓS PROVAMOS TODA SUBSTÂNCIA DE JESUS CRISTO E O RECEBEMOS TODO INTEIRO NA UNIDADE DO CORPO E DO ESPÍRITO E NÃO SE PODE DUVIDAR DE QUE RECEBAMOS SEU PRÓPRIO CORPO E SE HÁ ALGUÉM NO MUNDO QUE RECONHECE SINCERAMENTE ESTA VERDADE SOU EU." Institutas Livro quarto, XVII, 17 e Delucidac expos adm cont Westapah int opusc



Protestante: "Depois de Lutero e Calvino terem interpretado o evangelho de comum acordo em de cada verso, ONDE FICA A DIVERGÊNCIA SOBRE A EUCARISTIA?Iden, id

OrtodoxoEm Zwinglio meu amigo, o qual divergia tanto de Lutero quanto de Calvino - e de Osiander, Molanus, Leidler, Hospinian, Th Beza, Leibnitz, etc - quanto ao significado de um único texto, o da ceia, o qual para azar dos protestantes, demonstraremos ser de importância capital para a fé Cristã.


LIVRO PRIMEIRO - Capítulo VII > Divisões a respeito da presença real do Senhor da Eucaristia: Sub Capitulo II - O posicionamento de Lutero

ProtestanteTais os efeitos da apostasia...

Ortodoxo: Apostasia vírgula meu amigo.

Ou não sabe que Lutero ensinava a doutrina da presença real de Nosso Senhor Jesus Cristo na Eucaristia duma maneira muito próxima a que é ensinada pela igreja romana?

ProtestanteDe onde o amigo tirou semelhante absurdo???

Ortodoxo: Ora, de onde senão dos escritos do próprio Lutero!!!

Protestante: Recuso-me a crer...



Ortodoxo: Ei-lo, "Eu não entro nessa discussão blasfema sobre se é quer dizer "símbolo", e me contento com as palavras do próprio Cristo: este é meu corpo... prove pois que um corpo não é corpo! O Demônio há de sair desses corpos, sim há de sair." no colóquio de Marburgo.


No "Cativeiro de Babilônia": "COM WICLIFF AFIRMO QUE PERMENECE O PÃO E COM OS PAPISTAS QUE O CORPO DE CRISTO ESTA NELE."

& na Confissão de Wittemberg - composta pelo próprio Lutero - o qual assim se exprime: 

"O Verdadeiro corpo e o verdadeiro sangue são distribuídos na Eucaristia & É herética a opinião segundo a qual 'o pão e o vinho são meros símbolos do corpo e do sangue de Cristo'". Confs de Wittemb. Caput Eucaristia pp 15

Protestante: Restos de batina e de crenças fradescas. Gióia Martins.

Ortodoxo: Curioso este método empregado pelos os sectários: primeiro aplaudem, ovacionam e glorificam ao máximo este Lutero (Sempre que esta de acordo com suas próprias crenças) para em seguida - assim que o 'piedoso reformador' pronuncia-se contra qualquer uma delas - abaterem-no e apresenta-lo como semi papista. 

Primeiro ele é profeta, arauto ou emissário de Cristo... Iluminado, dirigido, comissionado, etc pelo próprio Deus e no instante seguinte meio idólatra, algo pagão e aliado do 'anti cristo'. E querem que engulamos uma xaropada dessas!

Quando Lutero referenda suas doutrinas prediletas nossos protestantes erguem-no as supremas alturas e pouco falta para divinizarem-no, todavia quando posiciona-se de comum acordo com a tradição eclesiástica pouco falta para lançarem-no as labaredas flamejantes do inferno junto com os frades, o papa, etc... Neste caso melhor é deixar que o próprio Lutero responda a seus ingratos filhos convertidos de improviso em seus acusadores>

"Confesso que o dr. Karlstadt ou qualquer outro me teria prestado um grande serviço, se, há cinco anos, tivesse provado que no Sacramento só havia pão e vinho . Naquela ocasião tive grandes vexames e lutei e torci por encontrar uma saída, pois vi que com isso podia dar o maior golpe contra o Papado . Também havia dois que eram mais hábeis que o dr. Karlstadt e que não martirizavam tanto as palavras segundo seu próprio parecer. Mas estou preso, não encontro saída. O texto é tão majestoso que com palavras não se deixa tirar da mente ." (De Wette, II-576 e segs.; citado em Lúcio Navarro, A legítima interpretação da Bíblia , Campanha de instrução religiosa Brasil-Portugal, 1958, pág. 448)

Protestante: Acaso não veio nosso reformador a retratar-se posteriormente?

Ortodoxo: Muito pelo contrário, Lutero fez questão de responder aos sacramentários: "Se eu negasse a presença real daria um tremendo golpe no papado, mas, não ouso negar um texto tão claro, o texto mais claro do evangelho, um texto que fala por sí mesmo." e segundo Lienhardt: 

"Malgrado certas reservas Lutero sempre permaneceu ligado a prática de uma adoração de Cristo na Ceia."

Dai Gióia Martins abate-lo"Lutero como frade cria na transubstanciação (errado cria na consubstanciação, em todo caso na presença real), como crente aceita a impanação, AMBAS DOUTRINAS SACRAMENTAIS E VIVIFICADORAS, PORÉM TÃO LONGE DO ENSINO DE JESUS. in "ceia ou missa" Independente, 1962

Enfim é como dissemos, Lutero só é bom mesmo e só serve quando convém... E só conhece a Bíblia quando se trata de atacar a Igreja Romana... Do contrário era tão estúpido, bronco e idiota como qualquer um de nós! Perfeito frade medieval embiocado e tolo, ignorante e ingênuo, beócio e crédulo!!!

E la se vão por água abaixo dos méritos e glórias do herói saxão... 

E temos já o grande reformador do Cristianismo, apóstolo e eleito convertido em miserável hartolatra... Simplesmente patético!!! Mesmo após ter sido escolhido e ensinado por deus, o despadrado alemão continuava a confundi-lo com um pedaço de pão!!! E cultuava, adorava, reverenciava essa 'obréia' de farinha! QUANTA MISÉRIA!!!

E no entanto este Lutero, como bom protestante, não só lia a Bíblia como dizem te-la 'resgatado' e traduzido para o alemão...


Ele encontra a Bíblia ignorada por todos, lê, estuda, traduz, etc e continua adorando pão e vinho!

Sem que sua perícia exegética pudesse salvaguarda-lo de um erro tão primário quanto abominável.

Tanto pior para Jesus o qual teria escolhido - segundo nossos pastores zwinglianos - para consertar sua igreja alguém 'muito mais supersticioso que os hindus, budistas e pagãos.' 

AO QUE PARECE JESUS JAMAIS PRIMOU PELO BOM GOSTO... 

SERÁ QUE ELE NÃO PODERIA TER ESCOLHIDO ALGUÉM PIOR??? 

A dar por certa a opinião dos zwinglianos a igreja bem poderia ter sido reformada por Diopeites, Símaco ou Ramajuna sem que disto resultassem maiores consequências. Afinal, segundo seus próprios sucessores, este Lutero era ainda mais supersticioso do que eles por adorar um miserável pedaço de pão!!!

Cospem os neo protestantes no Catolicismo, e como sempre o escarro cai justamente sobre a face do fundador de sua religião: O Dr Lutero! Sob este aspecto tão idólatra, supersticioso e cego quanto o Papa romano!

E Deus todo poderoso, que lhe iluminava e cochichava ao pé de seu ouvido a cada instante, não pôde ou melhor não quis alerta-lo como reconhece a sra White. Ocultando-lhe parte da verdade divina e mantendo-o sob o jugo aviltante do erro!!!

Não pôde o deus protestante informar seu pupilo? Resta-nos concluir por um deus fraco... Não quis aquele deus informar seu enviado??? Resta-nos concluir por um deus malvado!!!

Basta para consolar-nos o fato de que pouco antes de morrer Messer Lutero tenha mandado restabelecer todos os rituais com que o papismo havia honrado e distinguido o Sacramento, com o intuíto, segundo ele mesmo declara> "De humilhar os malditos sacramentários."

Isto apesar de Melanchton, que propendia a paz e a uma solução nos termos de Bucer e Calvino.

Zwinglio a seu tempo lamentava-se: "Os de Wittemberg tratam-nos como hereges e cismáticos, apóstolos da discórdia e adversários da luz." Eps 438 Ad Lutherum

Todavia aquele que segundo os protestantes restabeleceu a leitura e exame livre da Bíblia sempre clara e auto evidente desce ao túmulo iludido por um dos erros mais grosseiros e clamorosos forjados pelo inferno: A crença segundo a qual Jesus Cristo achava-se dentro de um pedaço de pão.

Resta-nos perguntar aos neo protestantes para onde foi a boa alma de Lutero uma vez que morreu cultuando um naco de pão e adorando um sacramento em que segundo os zwinglianos há apenas farinha de trigo???

Perdeu-se aquela preciosa alma???

Neste caso por que haveríamos de abandonar a fé ortodoxa e adotar as opiniões e crenças de um condenado???

Salvou-se Lutero ainda que adorando o pão e o vinho?

Neste caso por que também nós Ortodoxos não haveríamos de salvar-nos?


Por qualquer ângulo que examinemos a questão podemos dispensar sem maiores problemas a fé protestante e da-la por inútil.