Hiper agia ai partenos Maria, akrantos Mitéra tou Khristos Theos - soson imas!
Batul Lala Marian Wallidat al illah - ʕawnu ni!

Nossos pais e avós foram protestantes, nossos tetravos papistas, as gerações do passado remoto no entanto foram Católicas, apostólicas e ortodoxas, e nós, consagrando todas as forças do intelecto ao estudo da coisas santas e divinas desde a mais tenra idade, reencontramos e resgatamos a fé verdadeira, pura, santa e imaculada dos apóstolos, mártires e padres aos quais foi confiada a palavra divina. E tendo resgatado as raízes históricas de nossa preciosa e vivificante fé não repousaremos por um instante até comunica-la aos que forem dignos, segundo o preceito do Senhor. Esta é a senda da luz e da justiça, lei do amor, da compaixão, da misericórdia e da paz entregue uma única vez aos santos e heróis dos tempos antigos.

João I

João I
O Verbo se fez carne




Hei amigo

Se vc é protestante ou carismático certamente não conhece o canto Ortodoxo entoado pelos Cristãos desde os tempos das catacumbas. Clique abaixo e ouça:

Mantido pelo profo Domingos Pardal Braz:

de pentecostal a ORTODOXO.

Jesus aos apóstolos:

"QUEM VOS OUVE É A MIM QUE OUVE E QUEM VOS REJEITA É A MIM QUE REJEITA."


A CRUZ É UM ESCÂNDALO PARA OS QUE SE PERDEM. MAS PARA OS SANTOS PODER E GLÓRIA DE DEUS.

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quarta-feira, 25 de maio de 2016

Ortodoxia e protestantismo: aceitar ou não a controvérsia. 01 A melhor propaganda religiosa

Neste artigo o amigo leitor encontrará os seguintes tópicos:
  1. Qual a propaganda religiosa mais excelente?
  2. Anunciando com a vida!
  3. O mau uso da controvérsia religiosa
  4. Capacite-se para defender sua fé!
  5. Pela controvérsia discreta...
  6. A astúcia dos ministros protestantes!
  7. A arrogância dos falsos mestres.
  8. 'Libertando' para escravizar






Ortodoxia, aceitar ou não a controvérsia?
Qual a propaganda religiosa mais excelente?

Que devemos nós, filhos da Ortodoxia e legatários da verdade, fazer quando um protestante qualquer aproxima-se de nós com o intuito de ministrar ensinamentos religiosos e exercer proselitismo?

A resposta para esta pergunta dependerá antes de tudo das circunstâncias, da condição intelectual, da capacidade ou do preparo de cada um.

Evidentemente que não devemos ativar ou provocar qualquer tipo de controvérsia como fazem por vezes os romanos e via de regra os protestantes.

Nada mais deplorável do que sair pelas ruas e praças parando os desconhecidos e indagando qual seja a religião deles com o objetivo de ataca-la. O simples ato de abordar um estranho qualquer por ai com o objetivo de interroga-lo a respeito de suas convicções religiosas basta para denotar má educação. 

Em tais casos é mais do que suficiente despachar os intrometidos declarando que tais assuntos são de natureza íntima ou particular, daqueles que se discute entre as quatro paredes do lar com os parentes e amigos apenas e não com estranhos.

No entanto, mesmo em tais casos, é melhor e mais excelente não ativar qualquer tipo de controvérsia com o intuito de carrear prosélitos.

Pois evangelizar é acima de tudo e antes de tudo praticar e viver a simplicidade do Evangelho dando bom testemunho de Cristo e observando todas as práticas da Igreja.

Assim dar de comer a quem tem fome, dar de beber a quem tem sede, vestir os nus, visitar os encarcerados, acolher os que não teem teto, etc é e sempre será a maneira mais eficiente de anunciar a verdade. Melhor exercer discretamente algum tipo de voluntariado, apoiando concretamente qualquer instituição voltada para a promoção humana do que sair gritando pelas ruas com o catecismo em mãos!

O testemunho da caridade viva e fé operante é anuncio suficiente e perfeito para o Evangelho e posto a cada um de nós... Se você ortodoxo buscar viver o Evangelho integralmente ou em sua plenitude estará anunciando Jesus Cristo da maneira mais excelente ainda que sua compreensão da doutrina seja limitada.

Busque ser sempre justo, fiel, verdadeiro, tolerante, amistoso, jovial, bondoso e compassivo e estarás apresentando o Mestre Jesus com tua vida. Deixe Jesus habitar e viver em ti por meio da abundância de obras virtuosas e teu testemunho não passará desapercebidamente.

Por outro lado se anuncias apenas com a boca, os lábios e as palavras, se mostras amplo e perfeito conhecimento da fé, se polemizas habilmente MAS NÃO VIVES O EVANGELHO, temo que este teu apostolado seja vão e posto apenas para enaltecer o ego.

Aquele que tudo vê em segredo conhece teu orgulho, tua vaidade, tua ambição... te desejo de brilhar aos olhos dos homens, e... 








Melhor maneira de anunciar o Evangelho, com a vida!

Louvada é a paciência do publicano e não sua perícia escriturística. Exaltado o arrependimento sincero de Zaqueu e não sua habilidade teológica. Glorificada a confiança do centurião romano e não seus dotes hermenêuticos...

A Virgem Santa NÃO foi dito pelo Espírito de profecia: Bem aventurada és porque conheces profundamente os mistérios da religião ou da Bíblia; MAS: Bem aventurada és tu que acreditastes na promessa que te foi feita!

Não é pela habilidade com que se disputa em torno dos textos sagrados que seremos julgados mas por nosso posicionamento com relação aos outros. (Mt cap 25)

Não é pela perícia nas escrituras que seremos reconhecidos como discípulos de Cristo mas pelo exercício do amor fraterno. (Jo 13,35)

Não é em função de nossa ciência teológicas que obteremos o título de filhos de Deus mas de nossa recusa em pecar (I Jo 3,9)


A falsa religião confunde a tolerância com a incredulidade e semeia o ódio em  nome de Cristo!



As vãs controvérsias a serviço do ódio!

Dar vezo e seguimento a disputas e controvérsias de caráter público e improvisado é quase sempre inútil, contraproducente e pernicioso na medida em que alimenta apenas a incredulidade de uns e a vaidade de outros, o que em nada edifica a verdadeira piedade. Já foi dito que o azedume romano/protestante é matriz do ceticismo religioso predominante em toda esta parte do mundo e temo que seja verdade.

Uns e outros estando mal orientados colocaram a verdade acima do homem, do amor e da virtude. Coisa excelente e nobre é a verdade, mas quando em seu lugar. A verdade para ser santa deve estar em conexão hierárquica com o amor - que é o dom supremo! I Cor 13,13 - posta a serviço do bem e da justiça e e voltada para a dignidade do homem.

Deverá persuadir o homem e encanta-lo. Mas para encaminha-lo a justiça, ao bem e ao amor!

Protestantes e romanos no entanto mentiram, mataram, roubaram, feriram, trairam e cometeram toda sorte de injustiças em nome da verdade. E assim procedendo mais profanaram-na do que honraram-na.

Então que a verdade jamais nos sirva de pretexto para cometer o mal, i é, para oprimir, excluir, odiar, menosprezar, etc

Tampouco foram os cismáticos, heréticos, infiéis e pagãos que desejam viver em paz e harmonia conosco excluídos do mandamento do amor e do direito  serem respeitados.

Basta dizer que o Samaritano cismático foi classificado como Bom pelo divino Mestre, e o judeu 'ortodoxo' classificado como mau, apesar da exatidão de sua fé e de seu apego a verdade.

Assim em nada nos aproveitaria ser Ortodoxos e maus. E mais nos valeria ser protestantes, honestamente equivocados e bons.

Devemos antes de tudo ser bons, honestos, virtuosos, idôneos, nobres, excelentes, etc e em seguida buscar a correção da fé.

Caso sejamos odiosos e ímpios não nos protegerá a correção da fé. Preservem-nos os céus de tão supersticiosa crença.

Nada, absolutamente nada exime o Cristão de ser bom, menos ainda a posse da verdade. Antes a posse da verdade deveria tornar-nos agradecidos e o sentimentos de gratidão tornar-nos mais humanos, mais solidários, mais benevolentes e aproximar-nos da perfeição.



Se aspira defender a fé principie reservando algum tempo ao estudo do Evangelho e da Tradição da Igreja! Pois ninguém que vai a guerra segue desarmado!

Quando falar sobre a fé????


Chegados a este ponto é bastante possível que o leitor benevolente esteja já a perguntar-se: Então jamais me será lícito anunciar a Ortodoxia ou falar sobre minha fé???

Muito pelo contrário querido leitor, sempre que houver alguma oportunidade tens o dever de anunciar tua fé.

Mas o que é oportunidade, e quando surge?

A oportunidade para anunciar a fé surgirá sempre que algum parente, amigo ou até conhecido mostrar-se interessado por ela a ponto de interrogar-te.

Sempre que interrogado pelas pessoas certas, no local certo e nas circunstâncias certas terás ocasião de encaminhar as pessoas a fé Ortodoxa.

Não nas ruas, apressadamente a estranhos.

Mas aqueles que te conhecem e admiram as tuas qualidades pessoais.

O quais sempre poderão indagar a respeito dos motivos porque procedes assim e assado...

Diante disto sempre poderás responder que assim procedes fundamentado em tuas crenças religiosas, e se teu interlocutor mostrar-se interessado, ai então, expô-las.

Esta evangelização feita no recôndito do lar e provocada pela admiração piedosa, sempre que surgir alguma oportunidade, poderás enceta-la.



Pois é coisa de homem prudente que não espalha as pérolas da verdade entre os porcos e não coisa de fariseus que gritam pelas praças a toque de trombeta.


A questão da controvérsia pública, da polêmica, do diálogo inter religioso.


Agora se apesar disto alguém ainda aspira polemizar ou vindicar a fé quando publicamente atacada pelos heréticos olhe antes para dentro de si mesmo, consulte seu coração e pergunte se é levado a faze-lo por piedade ou vanglória, isto é, para promover-se diante dos outros.

Satisfeito este critério, que é o mais importante, passemos ao seguinte:

Em se tratando de alguém que por máxima falta de tempo e ocupações cotidianas conhece apenas os rudimentos da fé, é aconselhável recusar toda e qualquer discussão com os protestantesCumpre assim rechaçar, com caridade e firmeza a toda e qualquer solicitação da parte deles.

Pois o mesmo Mestre dileto que diz: "Sede amigos como as pombas" diz também "SEDE PRUDENTE COMO AS SERPENTES."

E em se tratando da fé, da verdade e da condição espiritual no além túmulo, há que se ser muito prudente, muito cauteloso. Imitemos pois as serpentes e esgueire-mo-nos por outros caminhos... Recusando-nos a polêmica.



Afinal, pergunta o mesmo Senhor: Quem é que vai a guerra sem aparelhar-se tomando boas armas, couraça, cavalos, carros, e tudo quanto é necessário para o combate?

Seria louco ou idiota quem saísse a guerra sem tais apetrechos. Como mostra-se louco quem sai a polemizar sem sólidos conhecimentos sobre a matéria em questão. Suba pois o homem simples as muralhas, encerre-se na cidadela, refugie-se no castelo e não ouse combater que melhor armado esteja!



Caso não esteja bem preparado recuse-se a discutir sobre sua fé!




Habilidades dos ministros protestantes


Quando não estamos muito bem preparados para resistir-lhes, vindicando nossa fé, a prudência obriga-nos a recuar ou 'fugir'... No campo sagrado da fé não deve haver espaço algum para a temeridade.

Suba pois o homem simples as muralhas, encerre-se na cidadela, refugie-se no castelo e não ouse combater quem melhor armado esteja!

Mesmo porque a maior parte dos sectários são especialmente treinados com o objetivo de confundir os adeptos dos demais credos religiosos, em especial os papistas e por extensão, os ortodoxos.

São exercitados na arte de vencer debates a qualquer custo... Segundo a cartilha do velho Schoepenhauer.

Bastante escolados, os missionários protestantes possuem, adrede reservado, imenso arsenal de passagens bíblicas em geral extraídas, sem qualquer critério, de diversas partes da Escritura; algumas por sinal pessimamente traduzidas e quase sempre fora do contexto. Nem é preciso dizer que em sua luta contra a Igreja de Cristo dão preferência aos textos hebraicos, tomados ao antigo testamento; os quais por sua natureza permanecem alheios as decorrências da Encarnação!

Lançadas contra estudiosos não passam de artilharia inócua e incapaz de produzir o mínimo efeito, sequer provocam ferimentos leves. Produzem no entanto muito barulho, perfeitamente capaz de assustar os simples e indoutos.




A arrogância dos missionários protestantes


Por outro lado, parte desses homens, encarando a si mesmos como inspirados e pregoeiros infalíveis da verdade divina não estão nem um pouco dispostos a ouvir as razões alheias, dialogar, compreender, debater, aprender, etc Mas apenas em salvar nossas pobres almas das garras do rabudo, em dar-nos aulas, oferecer-nos cursos e ensinar-nos.

Não vos enganeis, caríssimos irmãos e irmãs, pois a maior parte dos 'novos apóstolos' que batem a vossas portas ou que gritam em nossas praças não estão dispostos a escutar-vis mas apenas e tão somente a falar ou seja a doutrinar-vos e obter vossa adesão filial. Tudo quanto querem e esperam é promover vossa apostasia e incutir-vos ódio a Igreja antiga cujo caráter supinamente ignoram, recorrendo amiúde a boatos, calúnias, meias verdades, etc

Tem a si mesmos em conta de salvadores e a nós em conta de desgarrados ou perdidos... Pondo-se numa posição de SUPERIORIDADE e arvorando-se em Mestres. 

Sendo assim como pode haver diálogo???

Se encaram a vós como alunos ignorantes e a si mesmos como professores que tudo sabem???

Mesmo sem terem sido escolhidos e comissionados para anunciar a verdade aproximam-se de nós com o intuito de impo-la.

Agora não vejo porque aquele que ensina também não possa aprender e não penso Jesus como mestre da arrogância.

Para eles no entanto aprender com o outro é sempre IMPOSSÍVEL.

Deveis recebe-los???

De modo algum.

E por que?

Porque vivendo dois mil anos depois não foram enviados ou comissionados por Jesus Cristo, remontando o início de sua atividade a 1521, quando passaram a ler o Evangelho a moda de Lutero e a encarar a si mesmos como apóstolos (!!!).

Apóstolos cujos nomes não lemos no Evangelho.

Que todos eles procedam de Lutero, o próprio Lutero reconhece-o:

"É de Lutero que provém Thomas Munzer, os camponeses rebelados, os anabatistas e os sacramentários." Lutero 'Tischreden' Ed Montaigne 1932 pp 90




Seu fanatismo e incoerência

E o que este protestante vem ensinar-vos - Logo ele que não ousa duvidar da JFA! Quanto mais da Bíblia ou da inspiração plenária!!! - é a duvidar da Igreja antiga, repudiar sua fé e odiar a tradição.

Considerai no entanto e antes de tudo que este mesmo protestante que vos incita a duvidar dos ensinamentos ministrados pela mãe Igreja, JAMAIS questiona ou põe em dúvida, por um instante sequer, as interpretações fornecidas por Lutero ou os ensinamentos ministrados pelo pastor analfabeto da seita a que pertence. Ele não nos vem tirar a fé, mas substitui-la por outra bem menos qualificada! 

Para ele a simples ideia da dúvida irreligiosa corresponde a uma sugestão diabólica ou a uma tentação infernal... Não, ele não examina e nem duvida verdadeiramente mas passivamente recebe, mecanicamente reproduz e servilmente transmite as tradições legadas pelos carniceiros: Lutero, Calvino, Zwinglio, et aliae

Assim a dúvida é boa para os episcopais mas não para eles bíblicos; para nós é divina, para eles diabólica!

Ele roga que coloqueis a Igreja histórica de Jesus Cristo a prova e que dela duvideis até perder toda fé; enquanto ele, nem mesmo em sonhos, ousa duvidar do quanto é ensinado pelo 'líder' ou chefe; vidente ou profeta, pastor ou mestre. Ele classifica vossas tradições como ímpias e segue outras tantas tradições. Ele qualifica vossos líderes como ineptos mas recebe o significado da escritura 'sicut' 'Magister dixit'.



segunda-feira, 23 de maio de 2016

Livro da confrontação dos princípios - PREFÁCIO


Neste artigo o benigno leitor encontrará os seguintes tópicos:
  1. Livre examinar o protestantismo - uma proposta coerente.
  2. Questionando as tradições protestantes
  3. No terreno dos princípios fundamentais











CONHECIDO TAMBÉM POR 

+KITAB AL MILAL MASHILIA W GARB+

(luterywa/Kalviniwa): LIVRO DAS SEITAS CRISTÃS OCIDENTAIS> LUTERANA E CALVINISTA.



"ASSIM EXAMINAI TUDO E RETENDE O QUE VOS FOR PROVEITOSO." I Ts 5,21


Convidando os protestantes a livre examinar!


O que temos a propor-te, amigo protestante, é algo muito simples, básico e trivial.

Algo de muito simples, de muito básico e de muito elementar.

Num primeiro instante não nos dispomos a polemizar sobre as doutrinas pertinentes a Cristo, sua missão, o mundo celestial, etc Noutras palavras, sobre tudo quanto é afirmado pela Ortodoxia e geralmente negado pela tradição reformada.

Não...

Pois, neste caso, teríamos que disputar com uma multidão interminável de seitas ou sectários e isto equivaleria entrar num labirinto, sem ter em mãos o fio de Ariadne a mão...

Seria tão fastidioso quanto inútil.

Assim, o apóstolo declara: "Abandonai as contendas e vãs disputações."

Pois as contendas e disputações, mesmo quando a pretexto da ortodoxia ou da pureza doutrinal, não passam de 'obras da carne' destinadas a glorificação da vaidade, do orgulho, do brilho, do amor próprio... E tudo quanto se pretende é usar a Verdade para aparacer, triunfar, humilhar, etc Para promover-se enfim!

Nada mais farisaico, nada mais condenável...

Portanto, caso desejemos iniciar uma conversação polida e edificante, que seja produtiva e fecunda para ambas as partes tomemos um fio que nos possibilite sair do cipoal... Só então avançaremos sem receio na senda da controvérsia... E disto resultará diálogo ameno e proveitoso sobre as coisas divinas.

De fato nossa proposta inicial é a do livre exame.

Nem mais nem menos... O objetivo deste livro outro não é que admoestar cada protestante para que examine séria e vigorosamente os fundamentos e princípios de suas próprias crenças; inclusive a crença basilar na inspiração verbal, plenária ou linear da Bíblia... Isto sob pena de portar-se como um papista e dogmatizar ao invés de examinar, investigar e buscar compreender!

Afinal com que direito vocês criticam os papistas por recusarem-se a examinar a presença real de Jesus na Eucaristia ou na Imaculada Conceição se recusam-se a examinar o biblismo????

Acaso não vivem exortando, a nós ortodoxos - bem como aos anglicanos e papistas - para que exerçamos o livre exame, duvidando de nossa de nossa fé?

Então sejam honestos e principiem duvidando da sua e pondo todas as certezas de lado.

Deem-nos o exemplo.

De minha parte - por experiência - sou levado a crer que a maior parte de vocês protestantes jamais tenha posto em prática ou a prova, a 'causa instrumental' do protestantismo, livre examinando vosso sistema no que possui de específico, característico e peculiar... Não fostes até os fundamentos do protestantismo!

Diante disto como acreditar que o 'produto' oferecido seja bom? Se vocês mesmos não consomem???

Então o princípio de nosso apelo é este: ao invés de instigar os Ortodoxos ponham o livre examinismo em prática e comecem examinando as evidências apresentadas pelo protestantismo.





Ainda as tradições protestantes...


Se vos dais por satisfeitos professando tudo quanto vossos pastores e líderes tem declarado a respeito da Escritura, limitando-se a reproduzir o que costumam ensinar em seus comentários e exposições e deles receber a interpretação autorizada, vos comportais exatamente como os papistas faziam antes do surgimento do vosso Lutero.

Se recebeis de vossos pais a doutrina canonizada pela igreja X, sem jamais ter levado tal doutrina a barra das Escrituras ou se vos limitais a ler as Escrituras em busca de textos com que comprovar vossa fé não sois lá muito bons protestantes e procedeis na verdade como os medievos.

Se antes de ler ou examinar a Bíblia tu ja estavas em posse de um credo, suspeito que tenhas adotado o princípio ortodoxo da autoridade eclesiástica, do magistério ou da tradição.

Se a verdade precede o Exame da escritura não se compreende o porque de vossa reformação.

Não, não sou eu quem o digo. Limito-me a reproduzir a constatação insólita feita pelo Bispo latino de Meaux, Jacques Benigne Bossuet; em meados do século XVII i é cerca de cem anos após o início da vossa reforma.

E no entanto, é sempre bom lembrar, vossa religião começou sem Igreja, sem Clero e sem tradição!

Exatamente. Ao menos durante um lustro Lutero enunciou a existência de uma igreja invisível e conhecida por deus somente, o caráter sacerdotal de todos os fiéis e a condenação inexorável de todas as tradições ou interpretações dadas a Bíblia no curso da História. Dez anos depois Muntzer ainda ousava afirmar que a verdadeira 'palavra' de deus é a palavra interior e quinze anos passados Brunsfield ainda condenava as reuniões feitas em Igrejas de pedra e cal...

Antes disto porém. E já em meados de 1525, quando os 'graciosos príncipes' começaram a assumir, no lugar dos Bispos a direção das igrejas nacionais, havia o mesmo Lutero imprimido um curso totalmente diverso a religião por ele fundada e dado inicio a uma mudança capital. Cinco anos passados e a igreja não só se tornava visível e bem visível novamente - igualzinha a romana - como ganhava o nome de Luterana e - santo deus!!! - um clero igualmente luterano. Sim um novo clero, com pastores, diáconos e tudo mais, numa só palavra: Hierarquia! Autoridade! Magistério!

Tudo quanto o protestantismo nascente viera combater!

Assim, ainda em vida de Lutero e seus pares, surgiu uma tradição protestante, evidenciada pelas Tischreden, as quais são como que uma espécie de Suna do Reformador. Reformador que já não é mero estudante das escrituras ou examinador humano (como em 1521) mas profeta ou oráculo inquestionável do povo alemão!!!

Numa palavra: agora cada igreja oficial tem seu interprete autorizado ou seja seu Papa. Aqui Papa Lutero, ali Papa Zwinglio, acolá Papa Calvino... Mais uma vez não sou eu quem o diz, mas o já citado Th Muntzer!

Coisa estranha esta. Ter aparecido o protestantismo destilando ódio as instituições Católicas em 1521 e estar já meio Católico dez anos depois, isto é, em 1530. Com Igrejas visíveis, oficiais ordenados, rituais, interpretes e, obviamente tradições...

E, passados quatro séculos e meio... Tais tradições permanecem.

Porque qualquer protestante antes de ler sua Bíblia recebeu uma orientação Luterana, Calvinista, Anabatista, etc e Então se você diz que o 'batismo infantil' cerceia a liberdade do nascituro direi com mais razão que esta orientação credal fornecida a criança inviabiliza a futura possibilidade de um exame neutro ou isento.

Pois já não se busca a verdade Bíblica e já não se pretende extrair o credo da pura palavra de deus; mas apenas e tão somente justificar o que foi previamente introduzido na memória.

Diante disto parece-me paradoxal que vocês protestantes nos convidem, a nós Católicos, para que assumamos e ponhamos em prática um princípio a que traíram e puseram de lado por ser imprestável. 

O mais estranho é que tenhais adotado um principio classificado por vosso Lutero como essencialmente Católico - o recurso a autoridade! - e colocado-o a serviço das opiniões luteranas, calvinistas ou zwinglianas...

Diante disto, procedendo 'acriticamente' como os Ortodoxos ou episcopais como ousais instigar-nos para que procedamos 'livremente' como protestantes ou seja duvidando de nossas crenças???

Será que vocês já examinaram imparcialmente e puseram em dúvida os princípios fundamentais de vossa fé?

Temo que não.

Eis porque repito mais uma vez: Temo que vocês protestantes, estejam a oferecer-nos um produto que ainda não testaram... Ou que testaram e não aprovaram.

A menos que tenham livre examinado o livre examinismo não nos amoleis!

Seja como for, caso desejem que abracemos o princípio do livre exame busquem demonstrar que ele é útil, salutar e conveniente pondo-o em prática.

Declinem primeiro da fé protestante. Para que então declinemos da fé Ortodoxa.

Caso não procedam assim, permitam-nos concluir que procedem demagogicamente: servem-se do princípio ortodoxo - recebendo seus líderes como autoridades e as palavras dos reformadores como verdadeiras tradições - a que criticam e esperais que nós nos nos sirvamos de vossos princípios???!!!???

Agora se é mesmo assim estamos autorizados a concluir que nosso princípio é muito superior ao vosso. Do contrário vocês não teriam substituído o livre exame pela tradição assim tão rapidamente ou seja em questão de mísero lustro.


NO TERRENO DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS!


Esclareçamos agora que vem a ser 'princípios fundamentais'.

Por princípios fundamentais não queremos significar qualquer elemento ou artigo do credo Cristão, uma vez que na multiplicidade das seitas creio não haver um item sequer que tenha permanecido incólume, intocável ou acima de qualquer dúvida.

Pouco importa.

Por princípios fundamentais queremos dizer princípios que servem de suporte aos demais princípios ou as concepções que servem de fundamento ao próprio Credo.

As quais sendo fundamentais não são muitas.

E são ao menos formalmente admitidas por todos os grupos pertencentes a determinada família religiosa.

De fato, em que pesem as divergências há um pequeno núcleo de teorias e práticas COMUNS em torno das quais tem orbitado todas as seitas e o pensamento protestante 'conservador' de modo geral, no decorrer destes quase cinco séculos. Como para além da doutrina Ortodoxa propriamente dita há um espírito Católico representado por um pequeno grupo de concepções genéricas admitidas inclusive por papistas e anglicanos.

Quanto aos fundamentos teóricos do protestantismo podemos circunscreve-los a uns poucos princípios canonizados por Lutero já no inicio de sua carreira e acolhidas quase que de imediato com o mesmo empenho e entusiasmo não só pelos primeiros reformadores - Zwinglio, J. Blaurock, J Calvino - mas pelos primeiros adeptos da comunhão protestante.

Convém explicitar ainda que, ao menos formalmente, tais princípios ainda são acatados pela maior parte das confissões protestantes que revindicam para si o título de 'ortodoxas'. Pois são Ortodoxas com relação a tais princípios.

O cerne das ideologias Católica e Protestante

Para além de toda e qualquer definição a respeito do Cristo, da Eucaristia, dos Sacramentos, da Virgem, dos Santos, das representações, etc são estes princípios ou fundamentos teóricos do protestantismo essencialmente ANTI CATÓLICOS.

Cada posicionamento doutrinal do protestantismo 'ortodoxo' reflete justamente esta espécie de acomodação a tais princípios, de que resulta uma afirmação oposta a algum artigo da fé Ortodoxa. Jaz o protestantismo em estado de eterna reforma e indefinição na medida em que tendo rompido improvisadamente com o papismo tem ainda hoje buscado harmonizar seus fundamentos com seu credo e adquirir certa coerência.

As diversas composições no entanto tem sido todas mais ou menos infelizes ja por terem tido os doutores protestantes de sacrificar esta ou aquela parte importante do Credo, já por terem feito pouco caso do princípio.

Já nos referimos que as exigências do mundo e do intelecto fizeram parte do dogma protestante reverter ao Catolicismo, como se pode observar ainda hoje. Mencken numa de suas críticas a religiosidade yankee já fazia observar que tanto mais os protestantes evoluíam intelectual, estética e mesmo socialmente tanto mais aproximavam-se das formas Católicas trocando o calvinismo e anabatismo pelo Metodismo e este pelo anglicanismo até chegarem ao papismo (hoje a Ortodoxia).

De fato as ascensões intelectual, ética, estética, etc possuem lá suas exigências. Muito bem compreendidas por certos ramos do luteranismo, do metodismo e mesmo do calvinismo. Aqui e acolá foi necessário aproximar-se timidamente do catolicismo e assimilar suas formas!

E no entanto por força de seus princípios ortodoxos e do livre exame, e do especialmente do estado de ignorância a que as massas vivem perpetuamente relegadas; este mesmo protestantismo conhece um outro movimento não menos forte e antagônico a este. Refiro-me ao esforço com que as seitas pentecostais e fundamentalistas buscam purificar sua reforma e afastar-se mais e mais dos ideais e formas Católicas.

Este dois movimentos fazem do protestantismo uma espiritualidade paradoxal.

Nele encontrareis tanto pessoas que vivem até certo ponto Catolicamente ou que buscam algo parecido com o Catolicismo e outras tantas pessoas que procuram afastar-se mais e mais do catolicismo numa perspectiva judaizante.

Tornemos no entanto aos princípios fundamentais do Protestantismo buscando esclarecer quais sejam eles.