Hiper agia ai partenos Maria, akrantos Mitéra tou Khristos Theos - soson imas!
Batul Lala Marian Wallidat al illah - ʕawnu ni!

Nossos pais e avós foram protestantes, nossos tetravos papistas, as gerações do passado remoto no entanto foram Católicas, apostólicas e ortodoxas, e nós, consagrando todas as forças do intelecto ao estudo da coisas santas e divinas desde a mais tenra idade, reencontramos e resgatamos a fé verdadeira, pura, santa e imaculada dos apóstolos, mártires e padres aos quais foi confiada a palavra divina. E tendo resgatado as raízes históricas de nossa preciosa e vivificante fé não repousaremos por um instante até comunica-la aos que forem dignos, segundo o preceito do Senhor. Esta é a senda da luz e da justiça, lei do amor, da compaixão, da misericórdia e da paz entregue uma única vez aos santos e heróis dos tempos antigos.

João I

João I
O Verbo se fez carne




Hei amigo

Se vc é protestante ou carismático certamente não conhece o canto Ortodoxo entoado pelos Cristãos desde os tempos das catacumbas. Clique abaixo e ouça:

Mantido pelo profo Domingos Pardal Braz:

de pentecostal a ORTODOXO.

Jesus aos apóstolos:

"QUEM VOS OUVE É A MIM QUE OUVE E QUEM VOS REJEITA É A MIM QUE REJEITA."


A CRUZ É UM ESCÂNDALO PARA OS QUE SE PERDEM. MAS PARA OS SANTOS PODER E GLÓRIA DE DEUS.

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quinta-feira, 26 de maio de 2016

LIVRO PRIMEIRO - Capítulo II: Divisões a respeito da Santíssima Trindade - Sub Capítulo 06 > Um padrão religioso inconsistente


Neste artigo o estimado leitor encontrará os seguintes tópicos:
  1. Um padrão religioso inconsistente
  2. A falência do livre exame
  3. Igrejas e não doutrinas particulares - Igrejas apostólicas não eram seitas com ensinamentos diferentes
  4. Apelando ao ridículo
  5. Confundido a igreja com o laboratório ou objetivos e métodos distintos!







PADRÃO RELIGIOSO INCONSISTENTE


Nem poderia ser doutro modo pois o intelecto exige não só conteúdo mas também coerência de conteúdo (doutrina), coisa que o protestantismo não lhe pode oferecer.

Diante disto podemos afirmar, e sem medo de errar - em que pese a afirmação do Dr Harnack (O qual obviamente DESDENHAVA A DIVINDADE DE CRISTO!) - que o protestantismo não satisfaz plenamente as exigências da natureza racional tal como foi fixada pela natureza divina... Do ponto de vista da coerência doutrinária nosso protestante está condenado a uma perpétua frustração... É, do ponto de vista da lógica, o protestantismo, uma monstruosidade doutrinal.

Há no entanto uma categoria de protestantes que - a exemplo do Dr Harnack! -  resolveu este problema de modo bastante simples, fácil e cômodo:

Negando a importância de qualquer conteúdo intelectual ou doutrinal no contexto da Revelação divina e consequentemente, arvorando a bandeira do ceticismo; o qual - entre eles - não passa doutra válvula de escape espiritual. Há também aqueles que substituem a verdade eterna pelo fetichismo, correspondendo ao sentido imediatista e grosseiro das massas, assim o pentecostalismo entre nós com sua teologia da prosperidade.


A FALÊNCIA DO LIVRE EXAME!


Uma coisa é certa e seu significado revelador: Parte do protestantismo histórico, fartou-se já do livre exame e tendo constatado que, por intermédio dele, jamais haveria de restabelecer o conteúdo intelectual da fé, optou por desesperar deste conteúdo intelectual e reduzir o Cristianismo a sua dimensão ética.

Implica isto admitir que o protestantismo histórico - cujo escopo era restabelecer a doutrina da Igreja por meio do livre exame - falhou miseravelmente e que o livre exame não é apto para restabelecer a verdade e a unidade supostamente perdidas. A solução no entanto foi lamentável: silenciar sobre a precariedade do livre exame, mutilar a instituição Cristã e minimizar a importância da Verdade e da Unidade.

Em suma, por ser sempre incapaz de reformar a doutrina Cristã o exame particular acabou por conduzir a parte mais capacitada do protestantismo histórico ao desespero absoluto e ao ceticismo crasso. Ceticismo que como veremos sequer poupou a doutrina da Encarnação ou a divindade de Cristo, ora encarado pelo liberais como simples profeta ou mesmo como mito.


Tais as veredas do livre exame!

Pois enquanto os pentecostais endeusam Moisés os liberais desmistificam Jesus!

Seja como for esta suposta e alardeada indiferença ou negatividade em torno de questões e assuntos doutrinais depõe do mesmo modo sobre a falta de Unidade doutrinal no campo do protestante. Na medida em que fica este cada vez  mais dividido e compósito.

Neste caso o relativismo é fruto maduro da diversidade ou da variação doutrinal até a contradição...

E vai o neo cristianismo luterano tombando de abismo em abismo...






IGREJAS PARTICULARES, NÃO DOUTRINAS PARTICULARES!


ProtestantePenso que não haja qualquer motivo para escandalizar-se uma vez que - "As escrituras falam de uma grande variedade de igreja, a igreja de Roma, da igreja de Corinto, das igrejas da Galácia, da igreja de Éfeso, da igreja de Filipos, da igreja de Tessalonica, das sete igreja da Ásia e especialmente a de Jerusalem. Todas essas igrejas ao que me parece eram distintas e independentes." Seymour, iden 39


OrtodoxoQuanto a serem elas administrativamente independentes e juridicamente autônomas (e ainda o são hoje enquanto partes integrantes da Ortodoxia) não pomos dúvida alguma. Antes em oposição a monarquia papal, endossamos e estamos de pleno acordo.

De fato naqueles bons tempos cada apóstolo ou Bispo era monarca supremo na sua diocese! cf Nomocanon de S Th Balsamon. Cabendo aos sínodos e concílios gerais o encargo de, em caso de necessidade (extraordinariamente), disciplinar as nações ou mesmo a Igreja como um todo.

Quanto aos problemas peculiares a cada igreja eram por elas mesmas resolvidos i é pelo Bispo e seu clero, os doutores, presbíteros, diáconos, monges, etc

A pergunta aqui não é se as igrejas apostólicas eram independentes ou autônomas quanto a governação mas se estavam separadas doutrinariamente umas das outras!

Se professavam crenças distintas?

Se ensinavam dogmas contraditórios?

Se cada uma delas apresentava um Cristo diferente, uma salvação diferenciada, um batismo diferente ou uma ceia diferenciada???

Se haviam ali igrejas arminianas e igrejas calvinistas, igrejas atanasianas e igrejas unitárias, igrejas imortalistas e igrejas mortalistas????

Se estavam em desacordo quanto a regra de fé, a sucessão apostólica, a incorruptibilidade da fé, etc???

Se ousavam apresentar-se como a única parcela da Cristandade?

Se fechavam suas portas aos membros das demais igrejas excluindo-os da comunhão?

De minha parte gostaria de saber quando foi que Tomé discordou de Filipe a respeito do dia da adoração ou da ressurreição dos mortos?

Quando Tiago condenou João como idólatra por ter afirmado a divindade do Verbo????

Quando Paulo anatematizou Tiago por este ser sinergista e afirmar que a fé sem obras sendo morta não salva ninguém?

Quando Judas sancionou o pedobatismo e Apolo anatematizou???

Digam o que disserem nossos protestantes - por uma questão de respeito para com os apóstolos e ao Novo Testamento - a Unidade de fé ou acordo doutrinal existente entre tais igrejas apostólicas é algo que salva a vista no Novo Testamento.

De fato eram elas governadas por líderes diferentes mas animadas pela mesma fé comum, pelos mesmos dogmas, pela mesma doutrina. As igrejas eram autônomas mas a fé Ortodoxa Una e presente em cada uma delas. Pelo que não havia dissenção ou variação... Como é característico do neo cristianismo luterânico.

"As igrejas protestantes são igrejas particulares diferentes umas das outras sob diversos aspectos. As igrejas particulares do novo testamento eram secções duma mesma igreja e portanto perfeitamente iguais entre sí." Henrique Brandão. in "Noites com os metodistas". São paulo. A Campos, 1908. Vol I, p 66

Isto quer dizer que separadas pelo espaço, pela cultura e pela autoridade estavam unidas pela posse da mesma Revelação divina. Compreendendo o Evangelho da mesma maneira!

Tal seria o caso das atuais seitas protestantes?

As quais disputam a respeito de praticamente tudo: da Trindade a Ressurreição, passando pela salvação, o número dos sacramentos, a forma do Batismo, o significado da Eucaristia, a Virgindade de Maria Santíssima, a comunhão dos Santos, as preces pelos mortos, a adoração, etc

ProtestanteCertamente não havia discrepância entre eles, mas perfeita unidade e harmonia, conforme esta escrito "Um só Senhor, uma só fé e um só batismo."

ortodoxo: Então leia com bastante atenção esta matéria publicada no "Jornal Batista" (7/1 de 1932) contra o polemista Ernesto L de Oliveira:

"A IGREJA DE ÉFESO TALVEZ SEJA A IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL OU BRASILEIRA, COMO QUEIRA, COM SEU BATISMO INFANTIL, PRESBÍTEROS ANÔMALOS QUE EM CONTRADIÇÃO COM A ESCRITURA NÃO SÃO NEM PASTORES NEM BISPOS, SEU SISTEMA ANTI-BIBLICO DE SÍNODOS E ASSEMBLEIAS GERAIS, SEUS CREDOS MONOLÍTICOS... A IGREJA DE FILADÉLFIA DEVE SER A IGREJA METODISTA DO BRASIL COM SEUS BISPOS QUE SÃO ANTIEVANGELICAMENTE SUPERIORES AOS PASTORES, COM SUAS DOUTRINAS DE APOSTASIA E ARMINIANISMO... OUTRA SERIA ENFIM A IGREJA LUTERANA COM SUA DOUTRINA SEMI-CATÓLICA OU QUASE CATÓLICA DA CONSUBSTANCIAÇÃO, SUA FORNICAÇÃO COM O ESTADO, SEU MANDARINISMO E SUA SEMI-INFIDELIDADE QUANTO A BÍBLIA."



  


APELANDO AO RIDÍCULO


Protestante"Na igreja romana temos também um exemplo do que fica dito, pois que, apesar de ter em seu grêmio Jesuítas, dominicanos, carmelitas, franciscanos, agostinianos e outras inumeráveis ordens religiosas..." Seymour, iden 41

Ortodoxo: Não faço parte da membresia da igreja romana. Sou Ortodoxo, mas não burro e menos ainda idiota.

E assim tenho plena consciência de que todos os afiliados pertencentes as diversas ordens religiosas da Igreja romana estão muito bem ligados uns aos outros pela mesma profissão de fé.

Salvo engano meu jamais ouvi dizer que os barnabitas neguem a SSMa Trindade, que os franciscanos rejeitem a presença real do Senhor na eucaristia ou que os jesuitas neguem a Virgindade perpétua de Maria, muito pelo contrário tenho plena certeza que todos estes institutos religiosos subscrevem a profissão de fé de Pio V ou o Catecismo de Trento.

O que separa as ordens da igreja romana umas das outras são questões de espiritualidade e regime de vida, não de fé ou de doutrina.

Suponhamos porém que as ordens da igreja romana estivessem cindidas quanto a profissão de fé como sustem o amigo, que conclusão deveríamos tirar disto?

Que tanto a igreja romana quanto a protestante são igualmente falsas, apóstatas e corruptas.

Afinal em que e por que os erros e defeitos da igreja - como a discordância em matéria de fé - romana converter-se-iam em acertos ou virtudes no seio do protestantismo.

Acaso a desunião existente entre os papistas anularia a desunião existente entre os protestantes???

Mesmo quando as falsas acusações lançadas contra a igreja papalina pelos advogados do protestantismo fossem verídicas continuaria ele a ser o que é? Um reino dividido e fragmentado pela discórdia. E das cisões porventura existentes na igreja 'mãe' não lhe adviria bem algum!


Por fim, resta-nos declarar que tal acusação não se aplica a Igreja Ortodoxa já porque conta com um único instituto religioso, a ordem basiliana cujos membros não professam doutrina alguma além daquelas que são professadas e cridas pela igreja como um todo.

ProtestanteNão compreendo o que o amigo esta querendo insinuar.

Ortodoxo: Não estou insinuando absolutamente nada, mas afirmando com todas as letras i é em alto e bom som, que no que as discrepâncias existentes entre as diversas agremiações protestantes não se limitam a  espiritualidade ou regime de vida, atingindo em cheio o conteúdo da divina Revelação comunicada por Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo e comprometendo sua dignidade.





CONFUNDINDO A REVELAÇÃO DIVINA COM O LABORATÓRIO!


Protestante: "As mesmas diferenças de idéias são sinal de movimento intelectual e de verdadeira vida... há uma espécie de união que é morte espiritual, porque manifesta a falta de atividade intelectual ou de vida mental. Há também certa desunião que é prova de vida espiritual, pois que demonstra a existência de pensamento e de inteligência ativa... uma unidade perfeita é evidência de morte e não de vida." Seymour. iden.

ortodoxo: Diversidade de opinião associada a esforço intelectual é o que se espera encontrar nas academias, universidades, liceus, centros de pesquisa e noutras tantas organizações de caráter científico cujo escopo é averiguar, descobrir e encontrar - por meio de testes, pesquisas e experiências - as leis que regem este nosso mundo físico ou natural.

Neste caso - em que o objeto ao menos num primeiro momento não é suficientemente claro e distinto (e muito menos dado!) - as discrepâncias, discussões, debates, etc são sumamente benéficos e até necessários conforme asseveram Dilthey, Khun, Popper, Sagan, Medawar e outros.

No terreno da ciência, que é puramente imanente, progressiva e cumulativa, criticidade sempre será um bem ou virtude a ser aplaudida de pé.

Ciência é estado de expectação, de busca, de averiguação e portanto de dinamismo, esforço e movimento. Concentram-se os sentidos sobre determinado objeto, observam-se os fenômenos, exercita-se o intelecto refletindo, constroem-se as hipóteses, travam-se controvérsias em torno delas... Tal o caminho da ciência!




Outro no entanto e completamente distinto é o conceito de Revelação ou comunicação divina, a qual nem terrestre, nem material, nem natural, nem imanente, nem especulativa, nem material, nem empírica, nem progressiva, nem obscura, nem investigativa...

E isto pelo simples fato de que os objetos, da Ciência e da Revelação são absolutamente distintos.

A ciência investiga os fenômenos que caracterizam o mundo material.


Enquanto a Revelação visa informar-nos a respeito daquele mundo espiritual, invisível e imaterial que esta para além do alcance dos sentidos.

A ciência investiga e apreende o quanto esta no acesso da percepção e a Revelação visa comunicar-nos certo conhecimento a respeito do que não podemos perceber.

Assim o que esta no acesso da percepção e da especulação racional de modo algum precisa ser Revelado. Enquanto aquilo que é revelado não pode ser aquilatado a luz da percepção ou da razão.

Resta-nos concluir esclarecendo que o Evangelho de Cristo não é tese de doutorado e que sua igreja é nem mesmo acadêmia ou liceu! Quanto mais uma universidade ou centro de pesquisa como parece supor ,com tanta 'graça', o Dr Seymour...

A Igreja e as instituições culturais acima citadas - sabe-o muito bem o matreiro apologista protestante! - não foram dispostas com a mesma finalidade ou tendo como fim o estudo dos mesmos objetivos. Pelo que encontram-se em campos totalmente distintos.

A Igreja esta voltada para os domínios da transcendência. Já a ciência como acabamos de dizer, para o mundo físico ou natural.

Assim o proceder ou método de cada uma delas.

Aqui o propósito divino, sagrado, celestial e transcendente de conservar incólume os ensinamentos comunicados aos santos Apóstolos uma única vez pelo Senhor Jesus Cristo. Ensinamentos de ordem espiritual, invisível, sobrenatural e supra racional!!!

Aqui no terreno religioso da divina Revelação nada se averígua uma vez que tudo foi previamente comunicado pelo mistério da ENCARNAÇÃO DO VERBO. 

A Igreja não busca ou procura a verdade divina. Não apalpa, não investiga, não espera. Pois recebeu a Verdade eterna como dom divino e perfeito entregue por seu fundador com o objetivo de conserva-lo fielmente ao cabo dos séculos, isto POR VIA DA AUTORIDADE, pautada na sucessão apostólica.

Donde se infere muito logicamente que a manutenção da doutrina revelada não esta na dependência da especulação racional ou de exercícios metafísicos. 


E, menos ainda de experiências e pesquisas como as que são levadas a cabo pelos sodalícios científicos!

 A REVELAÇÃO NEM FOI OBTIDA NEM SE MANTEM PELA ATIVIDADE MENTAL DOS HOMENS MAS POR OPERAÇÃO DA GRAÇA DIVINA!!!

Neste caso a uniformidade ou coesão doutrinal é condição necessária para a revindicação da posse da verdade e como que uma marca posta pelo Salvador misericordioso sobre o corpo daigreja com o objetivo de facilitar sua identificação por parte dos mortais.

Por outro lado não se pode negar que o protestantismo, ensinando os homens a duvidar tanto da igreja papa como da própria igreja Ortodoxa, induziu-os a duvidar primeiramente do mistérios eucarístico e em seguida da divindade de Cristo, a qual nestes tristes tempos chega a ser encarada como 'frioleira digna de velhas beatas'. 

Afinal como poderia aquele que não soube suster a igreja na senda da verdade estar verdadeiramente presente no sacramento?

Agora se não pode estar verdadeiramente presente no Sacramento como pode ser Deus?

Mas o Cristo do protestantismo é um Cristo frágil e limitado...

Cristo que não pode manter a igreja antiga na senda da verdade! Cristo que não pode estar presente no Sacramento... Cristo que não pode...

Logo Cristo que não é Deus!

Outra coisa é o Cristo do Catolicismo.

O qual tendo podido encarnar-se e fazer-se homem perfeito pode manter viva a fé Ortodoxa ao cabo dos séculos, como pode faze-se pão dos crentes e ser Deus do começo ao fim. Dos céus a terra!

Nada no caminho do Catolicismo nos convida a duvidar!

Outra coisa no entanto é o caminho do protestantismo.

Com sua igreja capenga... Reformada pelo Lutero e sua eucaristia natural sob forma de lanche.

Foi por esta via que os protestantes, principiando a duvidar dos apóstolos e da sucessão e da igreja acalentaram dúvidas sobre o sacramento e chegaram a duvidar de toda religião até negarem a imortalidade da alma e a existência do próprio Deus. Pois quem duvida de um elemento da fé põem toda fé em risco!

Nem podia o ceticismo metodológico - empregado com justeza pela pesquisa científica - introduzido pelos reformadores protestantes no seio da religião deixar de converter-se em ceticismo metafísico e vitimar a religiosidade de modo geral.

Principiaram os protestantes a duvidar da igreja até que chegaram a duvidar de praticamente tudo: do Batismo infantil, da presença real, da divindade de Cristo, da imortalidade e enfim da própria Bíblia, do próprio Evangelho, das palavras de Jesus!

É verdade que ainda hoje, e a mais de quinhentos anos, o protestantismo tem se esforçado por ocupar o vazio deixado pela fé da igreja antiga e por substituir as igrejas romana, anglicana e Ortodoxa.



Todavia como poderia ser divino alguém que após ter declarado PERECÍVEL TODO E QUALQUER REINO DIVIDIDO fundasse um reino fragmentado em milhares e milhares de seitas???

LIVRO PRIMEIRO - Capítulo II: Divisões a respeito da Santíssima Trindade - Sub Capítulo 04 > Dispostos a um exame proveitoso





Neste artigo o estimado leitor encontrará os seguintes tópicos:
  1. Dispostos a um exame proveitoso - A excelência do Evangelho
  2. Um exame tosco - EVANGELHO vs Bíblia
  3. Os líderes protestantes deploram a falta de Unidade do Biblismo



Dispostos a um exame proveitoso!


Ortodoxo: Aqui talvez - na medida em que substituamos o termo Bíblia por EVANGELHO - haja alguma esperança de acordo entre nós... Talvez comparando os princípios comuns enunciados pelas seitas com aqueles que se encontram no original grego do Evangelho obtenhamos algum VISLUMBRE DA VERDADE...

ANALISEMOS POIS OS FUNDAMENTOS GERAIS DO PROTESTANTISMO FACE AOS PRINCÍPIOS COMUNS ASSENTES NO EVANGELHO DE CRISTO.

Protestante: Parece até que o amigo nadou, nadou e nadou para morrer na praia tendo aderido ao método preconizado por nós: o livre examinismo.




Ortodoxo: Caso o amigo, que é protestante, resolva aplicar o princípio do livre exame aos fundamentos do protestantismo , partindo da Escritura do Novo Testamento, tendo a mente aberta, voltada sinceramente para a verdade e livre de preconceitos creio que a mim me seja permitido acompanha-lo em tal exame.

Neste caso, havendo empenho e honestidade, estamos justificados pela palavra do divino Mestre: Com quem te pede para caminhar tantas léguas, faz o dobro com ele.

Protestante: Não sei a que preconceitos te referes.

Ortodoxo: Por preconceitos quero dizer a prévia exclusão da hipótese tradicional proposta pela Igreja ortodoxa.

Quanto ao Cristão Ortodoxo medianamente instruído, se por um lado não esta obrigado a examinar os elementos da fé apresentados pela Igreja de Cristo por outro, não possui qualquer motivo que o impeça de realizar tal investigação a luz dos registros inspirados, desde que fazendo uso da lingua em que foram registrados: o grego ou numa interlinear universalmente reconhecida como exata.

Muito pelo contrário, somos levados a crer e a proclamar que um tal exame - equitativo, sóbrio, racional (que parta dos princípios Católicos e Protestantes de modo geral) e acima de tudo EVANGÉLICO - torna-lo-ia ainda mais convicto a respeito da posse da verdade divina. Insistimos no entanto para que sejam excluídas quaisquer traduções ou versões romanas ou protestantes e admitida uma finalidade irrestrita ao texto grego que corresponde ao original sagrado ou a pura palavra de Deus.

Nisto se distingue o exame do Ortodoxo do exame do protestante: O protestante suspeita da Igreja e rompe com ela antes de dar o exame por concluído - afinal nem haviam traduzido e examinado o livro por inteiro e já formavam seitas - enquanto o Ortodoxo parte antes de tudo da 'hipótese' ou o do testemunho da Igreja antes se passar a dúvida ou a suspeita. 

A prudência mesma leva o Ortodoxo a apegar-se firmemente a Fé da Igreja histórica, enquanto a controvérsia Bíblica ainda estiver aberta... e as seitas em disputa!

Ele não considera oportuno abandonar a interpretação comunitária por simples questionamentos em torno deste ou daquele texto obscuro.

E diante da polêmica e da incerteza aposta com a Igreja.






Um exame verdadeiramente produtivo da questão implicaria exatamente isto: Contrapor os principios ou 'solas' do protestantismo as notas revindicadas pelo Catolicismo Ortodoxo, tomando por base o NOVO TESTAMENTO, EM ESPECIAL AS PALAVRAS DE JESUS CRISTO OU SEJA O EVANGELHO.

Um exame evangélico ou neo testamentário sobre os fundamentos do CATOLICISMO ORTODOXO E DO PROTESTANTISMO seria para nós um convite irrecusável, mormente quando iniciado pelos protestantes... OS QUAIS, COMO FOI ADMITIDO PELO AMIGO, TEEM SE CONTENTADO EM TROCAR AS TRADIÇÕES DO PAPA ROMANO PELAS TRADIÇÕES E COMENTÁRIOS DOS PASTORES CUJO MAGISTÉRIO REMONTA A M. LUTERO... O fautor da sedição.




Um exame tosco!


Quanto ao exame vulgar ou rocambolesco segundo o qual deveríamos examinar doutrina por doutrina, interpretação por interpretação (e são tantas), teoria por teoria, a luz da 'Bíblia inteira'; mormente de traduções furadas como J F A ou a TNM DECLINAMOS CONSCIENTEMENTE. A este exame ineficaz não aderimos.

NO ORIGINAL GREGO DOS EVANGELHOS TEMOS A CHAVE MESTRA COM QUE ABRIR E FECHAR A PORTA DA CONTROVÉRSIA.

Assim nosso exame excluíra: a inspiração plenária, as traduções e as doutrinas particulares PARA CONCENTRAR-SE nos princípios fundamentais, no original inspirado e na centralidade Neo Testamentária ou Evangélica.


Devem pois as partes admitir soberania e a excelência do Novo Testamento, em especial do Evangelho e assim absterem-se de recorrer a textos aleatoriamente tomados a qualquer tradução do Antigo Testamento - como a JFA - como é norma e regra nas principais seitas a exemplo da CCB e da AdD. Um exame fundamentado na suposta igualdade entre Novo e o Antigo Testamento ou firmado na ideia corrente de Bíblia una e contínua é inaceitável da parte de qualquer Ortodoxo.

Pois enquanto as mentes dos sectários judaizantes giram em torno de nomes e conceitos como: Eleazar, Jetro, Barzilai, Atalia, Mardoqueu, Odolão... A mente genuinamente Cristã gira em torno de conceitos como TRINDADE, ENCARNAÇÃO, ILUMINAÇÃO, RESSURREIÇÃO, ASCENSÃO, APÓSTOLOS, BATISMO, EUCARISTIA...


Admitidas as distinções - entre princípios gerais e doutrina/ o original sagrado e as traduções / o Antigo e o Novo Testamento/ - fica o caminho limpo e aberto para o diálogo fraterno. Pois sendo o mesmo Jesus Cristo a um só tempo fundador da igreja e objeto dos Evangelhos; é certo que não pode haver discrepância alguma entre os dois veículos, mas concordância segura e certa e perfeita harmonia. 

Naturalmente que admitindo um exame, postulamos um exame sério e criterioso - pautado não só no conhecimento da lingua grega, mas no estudo da cultura em que os escritos inspirados estavam inseridos, nas principais normas de hermenêutica, nas sentenças dos padres e doutores dos primeiros séculos, etc - ao invés de um exame superficial e leviano com base em traduções estúpidas e alegorias imbecis.

O exame do pedreiro, do porteiro, do açougueiro, da passadeira, da copeira... que como dizia Lutero 'Não sabem distinguir as pessoas da Trindade.', não nos interessa...

Agora se o pedreiro, o porteiro, o peixeiro, a passadeira, etc desejarem tornar-se dignos por meio da instrução sólida e vigorosa, são muito bem vindos. POIS TODOS TEM A MESMO CAPACIDADE embora não tenham tido as mesmas chances ou oportunidades.

Então se alguém pretende debater, dialogar e discutir em torno da doutrina Cristã, que se torne digno ou se dignifique pela aplicação ao estudo.

Não estamos dispostos a discutir com quem crê que a última edição revisada da KJV, da JFA ou da TNM, caiu prontinha dos céus, letra por letra...

Feitas as devidas ressalvas contra a mania, frenesi ou delírio de examinar, criticar e julgar superficialmente e sem conhecimento de causa; admitimos que os princípios basilares do protestantismo precisam ser atentamente examinados sob todos os aspectos possíveis, a luz do Novo Testamento e sob o enfoque objetivo tanto da razão quanto da História, pois conforme dizia S João Crisóstomo: É graças a nosso desconhecimento das escrituras que a heresia avança dia após dia.

Já o protestante Munscher dizia que "Quando os protestantes combatem a tradição da igreja nada mais combatem que a História da própria Igreja.". Critica de protestante a protestantes...

& Perrone: "Por mais que os protestantes afetem não fazer caso algum da antiguidade Cristã e até mesmo despreza-la, não podem, sem embargo, enganar a si mesmos quanto a deformidade de um sistema sem quaisquer antecedentes na linha do tempo e que difere substancialmente do sentir comum dos fiéis de todos os séculos anteriores ao aparecimento do protestantismo. 

Trata-se duma revindicação que brota da alma, esta busca pela identidade histórica da fé e é muito difícil sufoca-la; e se é assim tão forte quanto a religiosidade em geral, quanto mais forte não será numa religião positiva e mais ainda naquela que postula a entrada de Deus no seio da História? COMO PODERIA ELA SEM REPUDIAR O TESTEMUNHO DA HISTÓRIA SEM PECAR CONTRA SI MESMO E ACOMETER GRANDE DANO AOS FIÉIS???" 


Admoesto e exorto portanto cada protestante, a ser honesto e sincero consigo mesmo e a 'julgar' cada um dos princípios dogmaticamente estabelecidos por seus líderes espirituais.

Quanto a Ortodoxia, ja dissemos, se por um lado não é necessário examina-la - enquanto instituição histórica fundada pelo Senhor Jesus Cristo - por outro, decreto ou mandamento algum impede seus filhos de faze-lo, tanto se formos solicitados a realiza-lo em comum, acompanhando o exame iniciado por homens de boa vontade, o quais tendo postos seus preconceitos de lado, aspiram pela verdade divina.

O que a fé dispensa, a caridade justifica e a nobreza obriga!

protestanteQue resultará de tão árduo exame????

OrtodoxoCaso os princípios propostos pela instituição X ou N estejam de pleno acordo com a palavra de Cristo consignada nos Evangelhos ela certamente fará jus ao titulo de Cristã e evangélica; por outro lado, caso as doutrinas por ela enunciadas sejam estranhas a este bendito luzeiro ela deverá ser tida em conta de precursora do anti-Cristo, alcova de Satanás e seita abominável. NEM MAIS NEM MENOS...

Protestante: Compreendo.

Ortodoxo: Diga-me cá uma coisa, quantos evangelhos diferentes existem?

Protestante: Segundo creio, embora existam quatro relatos formais - Mateus, Marcos, Lucas e João - eles se completam de uma tal maneira a ponto de formarem único relato espiritual ou Evangelho, de modo que o apóstolo dos gentios pôde escrever:

"Se um anjo descido dos céus nos ensinasse outro evangelho, seria maldito."



ortodoxo: Respondeste bem. De fato podemos dizer 'Evangelho' no singular ao invés de 'evangelhos' se levamos em conta que as quatro narrativas concordam perfeitamente umas com as outras e que não há qualquer discrepância bastante séria ou essencial entre elas.

O que gostaria de saber, no entanto, é se as igrejas que dizem proclamar esse único Evangelho também estão de pleno acordo entre si?



LÍDERES PROTESTANTES REVINDICAM A UNIDADE...







Protestante: De minha parte, julgo que não falte acordo pois "APESAR DA APARENTE DIVERSIDADE DAS "SEITAS" PROTESTANTES, RELATIVAMENTE AOS PONTOS ESSENCIAIS DA FÉ, HÁ ENTRE ELAS MAIS UNIDADE DOUTRINAL QUE NA IGREJA DE ROMA." Ernesto L. de Oliveira. "Roma, a igreja e o anticristo." São Paulo, 2 ed p 94




"EM TORNO DAS QUESTÕES FUNDAMENTAIS FLUTUAM OUTRAS DE ORDEM SECUNDÁRIA, ENCARADAS VARIADAMENTE PELOS DIVERSOS ESPÍRITOS QUE LHAS ESTUDAM." Eduardo C. Pereira in "O problema religioso da América Latina" 1920, 1 ed, p 64




"ESTOU PLENAMENTE CONVENCIDO DE QUE HÁ UMA UNIDADE DE DOUTRINA TÃO ESTREITA NA IGREJA EVANGÉLICA COMO A QUE HÁ NA ROMANA." Seymour "Noites com os romanistas" p 46





"Divergências em matérias não essenciais podem até ser indícios de vitalidade." Schaffin "Nossa crença e a de nossos pais." p 207





Constituindo a Unidade um caráter da verdade é evidente que a Igreja protestante não poderia deixar de revindica-la para si sem abrir mão da verdade. (Jurieu)

Apesar disto "ACREDITO QUE, PELO SIMPLES FATO DE SERMOS HUMANOS, SEMPRE TEREMOS DIFERENÇAS DE OPINIÃO." James Kennedy 'Evangelismo explosivo' pp 96