Hiper agia ai partenos Maria, akrantos Mitéra tou Khristos Theos - soson imas!
Batul Lala Marian Wallidat al illah - ʕawnu ni!

Nossos pais e avós foram protestantes, nossos tetravos papistas, as gerações do passado remoto no entanto foram Católicas, apostólicas e ortodoxas, e nós, consagrando todas as forças do intelecto ao estudo da coisas santas e divinas desde a mais tenra idade, reencontramos e resgatamos a fé verdadeira, pura, santa e imaculada dos apóstolos, mártires e padres aos quais foi confiada a palavra divina. E tendo resgatado as raízes históricas de nossa preciosa e vivificante fé não repousaremos por um instante até comunica-la aos que forem dignos, segundo o preceito do Senhor. Esta é a senda da luz e da justiça, lei do amor, da compaixão, da misericórdia e da paz entregue uma única vez aos santos e heróis dos tempos antigos.

João I

João I
O Verbo se fez carne




Hei amigo

Se vc é protestante ou carismático certamente não conhece o canto Ortodoxo entoado pelos Cristãos desde os tempos das catacumbas. Clique abaixo e ouça:

Mantido pelo profo Domingos Pardal Braz:

de pentecostal a ORTODOXO.

Jesus aos apóstolos:

"QUEM VOS OUVE É A MIM QUE OUVE E QUEM VOS REJEITA É A MIM QUE REJEITA."


A CRUZ É UM ESCÂNDALO PARA OS QUE SE PERDEM. MAS PARA OS SANTOS PODER E GLÓRIA DE DEUS.

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terça-feira, 31 de maio de 2016

LIVRO PRIMEIRO - Capítulo XI> Divisões a respeito da Liberdade, da Graça, da obediência e das obras - Sub capítulo A) Agostinho e o agostinianismo




  1. PANORAMA DESDE AGOSTINHO
  2. PERSPECTIVA ORTODOXA - ARMINIANA OU O QUE?
  3. PONTO DE VISTA DE WESLEY - UMA LIBERDADE RESTAURADA POR DECRETO
  4. PECADO ANCESTRAL - QUE É?
  5. QUESTIONAMENTOS NECESSÁRIOS
  6. O CONFLITO AGOSTINHO/CRISÓSTOMO
  7. O VEREDITO DOS HOMENS BASE 





Agostinho de Hipona


PANORAMA DESDE AGOSTINHO




A partir deste artigo procuraremos descrever cipoal ou balaio de gatos em que os protestantes se meteram quanto as doutrinas do livre arbítrio e da graça de Deus, até terem chegado as vias de fato...

Será uma História longa e, para alguns, quiçá fastidiosa, por isso mesmo talvez seja conveniente retomar nosso dialogo fictício com o protestante...

Ortodoxo: Passemos agora a questão do livre árbitro e da graça de Deus, que é também uma questão crucial - Foi Agostinho quem o disse no livro I da Primeira obra contra Juliano, o abençoado - em torno da qual o protestantismo encontra-se cindido, formando dois grandes grupos, um em oposição ao outro.

protestante: Jamais consegui entender bem essa questão da liberdade e da eleição, alias para mim eleição é aquela votação que acontece de quatro em quatro ou de dois em dois anos rsrsrsrs

Ortodoxo: Desde os tempos de Agostinho, no século IV,  os ocidentais principiaram a discutir sobre este tema e baralhar as coisas, com grave prejuízo da verdade.

Constituía um problema para a igreja latina mesmo antes da reforma protestante, vindo a agravar-se no entanto após seu advento, isto pelo simples fato de seus promotores terem 'impetrado' recurso a Bíblia. Do que resultou uma confusão ainda maior e um delírio de sectarismo que ainda não cessou após meio milênio. E até hoje agostinianos e pelagianos, semi agostinianos e semi pelagianos, calvinistas e arminianos esbatem-se nos domínios da pseudo reforma...

Já o Papa romano - Por não poder conciliar o Agostinianismo com a Tradição da Igreja e as exigências da razão - após muito ter refletido, determinou que os jesuítas e dominicanos ficassem calados e deixassem de abordar este tema, misterioso por definição. Desde então entre os papistas prevaleceu um silêncio obsequioso... A par de diferentes enunciações...

Os protestantes no entanto, a falta de uma autoridade externa e viva, continuaram disputando abertamente e nome do que chamam 'liberdade'. Examinando, interpretando, teorizando, opinando, combatendo, escandalizando e consequentemente, alimentando tanto a incredulidade quanto o ateísmo... Afinal trata-se de um tema bastante especioso, a respeito do qual o papa romano não enganou-se...

A contar de Agostinho temos 1.500 anos anos de disputa, apesar da alentada 'clareza das escrituras'.

A qual não parece ter sido compreendida tanto pelos teólogos papistas, ao cabo de 1000 anos, quanto pelos livre examinadores protestantes em ação desde 1521...

Em termos de escrituras tudo quanto temos visto é um duelo continuo e uma troca sem fim de citações. Como diriam nossos ancestrais uma 'Sangria desatada'.



PERSPECTIVA ORTODOXA - ARMINIANA OU O QUE???





Protestante: Ao que me consta sua igreja é arminiana ou pelagiana não?

OrtodoxoGrotius e outros protestantes ilustres que pela primeira vez investigaram nossa fé ao cabo do décimo sétimo século desta Era, caracterizaram-na e descreveram-na como semi-pelagiana.

Vassilios Papavassiliou em seu brilhante artigo "Pecado original: doutrina ortodoxa ou heresia" destinado a precaver nossos Ortodoxos, em especial os prosélitos e neófitos ou convertidos, contra a perniciosa doutrina agostiniana, é bastante elucidativo neste sentido.

Alias, outra não era a fé da Cristandade primitiva e ante agostiniana segundo o erudito Luterano A. Harnack. 

De minha parte julgo que os citados eruditos aquilataram nossa doutrina com absoluta precisão e que acertaram em cheio.

É a igreja Ortodoxa semi-pelagiana mas de modo algum arminiana pelo simples fato de que o arminianismo é um sistema destinado - Na melhor das hipóteses - a conciliar o agostinianismo com o semi pelagianismo (trata-se portanto de uma solução de compromisso) e que por isso mesmo mantém a falsa doutrina da 'DEPRAVAÇÃO TOTAL'. Neste sentido ele recorda todas as soluções de compromisso elaboradas pela ICAR antes de Trento, nenhuma das quais como disse chegou a condenar a teoria maniqueísta da depravação total.

A igreja ortodoxa não busca semelhante solução de compromisso, mas afirma em alto e bom som que Agostinho afastando-se da Tradição, equivocou-se. Em suma a Ortodoxia não é agostiniana ou gracista, não segue as opiniões do Bispo de Hipona e tem-nas em conta de novidade profana, ela não teme afirmar a reconhecer que o grande teólogo africano errou e que errou gravemente, mesmo porque teólogo ou Bispo algum é infalível.

Por fim TODO LATINO deve estar cônscio de que o agostinianismo não faz parte de nossa tradição e que é supinamente ignorado ou repudiado pelo Oriente em peso. Nem a Igreja Bizantina, nem as igrejas miafisitas dos Coptas e Siríacos e tampouco a antiquíssima igreja nestoriana acompanharam o Bispo de Hipona em suas conclusões.

Nem pode a igreja Ortodoxa deixar de encarar a doutrina da 'massa damnata' (cf Fulgêncio de Ruspe 'De verit praed Liv I col 03) ou da depravação absoluta do gênero humano como maniqueísta e essencialmente herética, nos mesmo termos em que fora descrita pelo douto Bispo de Aeclanum - Julianum!

Os que raciocinam de modo diverso - Alegando um texto em que S Atanásio teria registrado que todas as pessoas não batizadas seriam condenadas e que as crianças não batizadas jamais entrariam no céu - partem de uma falsificação grosseira i é de um pseudo Atanásio. cf Comissão Teológica Internacional - A esperança da Salvação para as crianças que morrem sem Batismo 11






O PONTO DE VISTA DE WESLEY - UMA LIBERDADE RESTAURADA POR DECRETO




Basta dizer que Wesley - Um dos mais zelosos defensores do arminianismo - sustentava que a liberdade deve colaborar tendo em vista a aceitação da mensagem evangélica e da justificação pelo simples fato de ter sido

"Anteriormente restaurada por uma graça preexistente ou preveniente.". 


Compreenda-se que esta reativação da vontade tem seu ponto de partida nos méritos de Jesus Cristo e portanto, que Jesus Cristo mereceu a reativação da vontade livre dos seres humanos. Em suma> O
 próprio exercício da livre vontade é em si mesmo uma graça! Pois do ponto de vista da natureza - Segundo os protestantes, seguidores de Agostinho - após o pecado original o homem teria deixado de ser livre, perdendo não só a faculdade de querer mas até mesmo de compreender as coisas santas. Cristo no entanto, tudo devolve e restaura por meio de seu sacrifício...


Disto resulta que o patriarca do metodismo não era nem pelagiano, nem semi-pelagiano, mas um agostiniano sui generis ou imperfeito pelo simples fato de admitir como inquestionável o dogma blasfemo da corrupção ou depravação total da natureza por ATRIBUIÇÃO OU TRANSFERÊNCIA DO PECADO DE ADÃO... Outro agostinianismo mitigado como tantos e tantos fabricados nas oficinas do Vaticano ou da Sorbonna - Eis tudo quanto temos aqui e isto é o arminianismo. Coisa tímida para nós, mas que basta para exasperar os agostinianos fieis, luteranos e calvinistas levando-os ao paroxismo do ódio.


PECADO ANCESTRAL, QUE É???




Segundo a já citada Comissão Teológica Internacional - A esperança da Salvação para as crianças que morrem sem Batismo (11): "O conceito de uma herança do pecado ou da culpa de Adão, comum a tradição Ocidental era estranha a perspectiva deles i é de nossos padres gregos dado que o pecado apenas podia ser algo livre e pessoal." D. Weaver, “The Exegesis of Romans 5:12 among the Greek Fathers and its Implication for the Doctrine of Original Sin: The 5th - 12th Centuries”, in St. Vladimir’s Theological Quarterly29 (1985) 133-159; 231-257.

Semi pelagianismo é portanto outra coisa. Vai a fonte, que é a doutrina do pecado original ou da transferência de pecados e repudia-a como frívola.

Segundo nossos teóforos padres Clemente, Justino, Origenes, Eusébio, Cirilo, Crisóstomo, Gregório e Damasceno o 'pecado ancestral' - termo exato empregado pela I O - limitou-se a ferir e a fragilizar nossa condição de modo a inserir na ordem do mundo os pecados pessoais ou a inconformidade com a Lei divina.

Mas por que e de que maneira?

De modo geral os padres não explicam e não tentam explicar de que modo o pecado ancestral influenciou nossa conduta tornando-a indesejável e alienando-a face a disposição da Santa Divindade. Orígenes no entanto sugere - e com propriedade cremos nós - que isto se deu por imitação e que as gerações futuras foram sucessivamente imitando a conduta errada de seus ancestrais. Assim o pecado afirmou-se socialmente por meio da endoculturação, penetrando as mentes dos mortais, como exemplo a ser seguido ou 'programa', desde a gestação ou da fase intra uterina. Eis aqui uma sugestão muito mais arrojada do que a doutrina grosseira de Agostinho, cujas fontes remontam ao judaísmo e levam a expiação e a salvação vicária... Claro que Agostinho abriu caminho a todas estas formulações ulteriores, assumidas, mil anos mais tarde pelos reformadores.

Portanto ao opinar que: "O pecado atual NÃO PODE SER TRANSFERIDO do primeiro homem para os outros homens por meio de geração MAS POR IMITAÇÃO." (apud Agostinho 'O mérito, o perdão dos pecados e o Batismo infantil' I,9) Pelágio nada faz além de reproduzir o pensamento origenista e de modo geral grego; enfim Ortodoxo. Não pode o Deus Santo, Justo e Bom, transferir pecados ou culpas porque tal transferência é injusta... E se o protestantismo insiste a respeito é porque mantém a ideia judaica de um deus caprichoso e arbitrário em oposição a correta noção de Deus apreendida pela razão.

A aparição ou surgimento da conduta errada ou do pecado, na ótica dos padres gregos, não foi capaz de destruir por completo a imagem de Deus nos homens pelo simples fato desta imagem ser divina e portanto mais forte que o pecado. Tudo quanto a aparição do pecado pode fazer foi ferir a natureza tornando-a frágil ou enferma. Sem no entanto aniquilar a capacidade da razão ou impossibilitar o execício do livre árbitro. PARA A IGREJA ORTODOXA a opinião segundo a qual os homens, por serem descendentes de Adão, perderam a capacidade racional ou a capacidade da livre vontade é inadmissível. Não temerária ou perigosa mas herética, sacrílega, blasfematória e maniqueísta. TAL NOÇÃO NÃO CORRESPONDE A NOSSA FÉ.

Sem entrar no mérito de Agostinho ter ou não sido herético e em que medida o foi, o AGOSTINIANISMO - i é o sistema teológico formulado por ele - não só pode como deve ser tido em conta de herético pelos Ortodoxos.


QUESTIONAMENTOS NECESSÁRIOS!!!




Admitido que Deus não pudesse controlar os efeitos do pecado como poderia ser Deus??? Caso não desejasse controla-los como poderia ser Santo e Bom???

Como poderia a lei divina e perfeita conceder tamanha força a um princípio oposto a seus desígnios??? Por que raios Deus concederia tão grande poder a um fenômeno que não lhe apraz  -  como o pecado - a ponto de torna-lo Onipotente e de comprometer seus planos? Como poderia o pecado solapar a obra de Deus sem que isto correspondesse a um desígnio mais geral do próprio Deus ou a uma Lei??? E como poderia Deus legislar contra si??? Donde o mal e o pecado tirariam esta força imensa que lhes é atribuída por Agostinho, Lutero e Calvino, a não ser desde Deus que sendo Santo por definição devería odiar ou melhor abominar o mal e o pecado???

Portanto caso você agostiniano, protestante, luterano ou calvinista me diga que o pecado subverteu e anulou por completo a obra e iniciativa divina, que tudo destruiu e tudo corrompeu, que tudo manchou e tudo degradou, que tudo baralhou e subverteu permita-me perguntar-lhe se o pecado agiu aleatoriamente ou se seus efeitos perniciosos foram dispostos pela divindade? Enfim se o pecado operou sem ela e contra ela ou se operou dentro de um esquema geral ordenado e portanto a partir dela e com sua autorização??? Afinal como poderia algo fugir ao controle divino ou frustrar a vontade de Deus? Agora, se todas as coisas que se sucedem dentro de um plano geral por ele fixado, como poderia ficar sendo Bom e Santo? Como poderia abominar o mal e o pecado e ao mesmo tempo promove-los ativamente no mundo que criou???

Caso respondas negativamente devo concluir que haja algum princípio superior a divindade como as parcas ou o destino imaginados pelos antigos gregos??? De fato a presença avassaladora do mal só seria compreensível em semelhante quadro, de modo algum face a existência de um Deus Santo, Bom, Justo e perfeito!

Agora se me responderes que o controle pertence a Deus somente, como deixar de concluir que todas essas hipóteses por meio das quais a santa divindade firma e fortalece o domínio do pecado são irreverentes e blasfemas???
É assente a razão que Deus não poderia desejar o triunfo do pecado e tampouco ser coagido por qualquer poder superior ou externo a si; e portanto que as alegações de Agostinho, Fulgencio, Lucidius, Cesário, Próspero, Goteschalk, Wicliff, Lutero, Calvino, Zanchius Turretini a respeito da matéria são completamente falsas!

Insistimos portanto, em nome de nossa fé Ortodoxa e Católica, que a ação do pecado é meramente externa e apenas num segundo momento, por meio da introjeção - interna. É uma espécie de super ego invertido cuja construção remonta a nossa vida intra uterina. Assim sua presença é sucessivamente externa ou social; ideativa, mental ou potencial e apenas numa fase ulterior, quando o homem adquire maturidade, racionalidade e livre arbítrio, ativada, no pecado pessoal, por definição consciente e livre. Claro que este processo pode ser frustrado, ab initio, nos filhos dos crentes por meio da União com Cristo ou do Batismo. Ficando assim o pecado ancestral, incubado como um virus, sem jamais converter-se em infecção. O que possibilitaria uma vida perfeita e sem pecado.

Nós não conhecemos qualquer doutrina sobre uma infecção espiritual em sentido metafisico ou fetichista... A ponto de transtornar a natureza, como se a natureza fosse algo a parte de Deus e não uma realidade conduzida por suas leis.








S JOÃO CRISÓSTOMO X AGOSTINHO DE HIPONA A RESPEITO DA GRAÇA.




Protestante: Agostinho???

Ortodoxo: Quando Agostinho de Hipona, contaminado pelo maniqueismo, introduziu as teorias da corrupção e do gracismo - e por ext da predestinação particular - no corpo da instituição Cristã, o piedoso e sábio Juliano, Bispo de Eclanum, escreveu-lhe advertindo-o de que, em suas homilias e tratados, S João Crisóstomo - arcebispo de Constantinopla e amigo de Teodoro de Mopsuestia  - protestara veementemente contra elas classificando-as como inovações profanas, ao que Agostinho revidou azedamente nestes termos: 


"Deus não se agrada que João de Constantinopla se oponha ao batismo compulsório das crianças e a graça que guia os que buscam a Cristo."
Ad Julianum I,3

Todavia posteriormente, deu de torcer os textos do Crisóstomo - Exatamente como fazem os protestantes com a escritura - chegando a adicionar a restrição PESSOAIS a famosa frase do Santo Patriarca: 'Embora os nascituros, como sabemos, não tenham pecados.' querendo dizer todo e qualquer pecado, inclusive o suposto pecado imputado por conta de Adão ou original nos termos de Agostinho..Por fim o Bispo de Hipona pos-se a tartamudear que assim fosse estaria o Crisóstomo em estado de oposição a Igreja Universal, logo ele que cujo conhecimento em matéria de grego era bastante precário. cf Pe Hamman 'Santo Agostinho e seu tempo'

Recorreu além disto ao testemunho de Basílio Teodoro; o comentarista, citando-os nominalmente.

Já referimos no capítulo precedente como logo em seguida Teodoro de Mopsuestia - o grande comentarista - veio a liça publicando um libelo a favor de Pelágio e Celestio. Libelo este que foi recebido e louvado por quase todo o episcopado oriental.



Nossa fé é a de Crisóstomo e Teodoro. Gritaram todos todos os padres Ortodoxos e nós com eles.

Tal foi a fé de Todos os padres antigos a respeito da qual julgamos publicar um pequeno (minusculo) testemunho contra os maniqueus do Ocidente:




  1. "Ele fez o homem com o poder de conhecer e de decidir tendo em vista o que é correto, eis porque os homens são inexcusáveis perante ele." S Justino de Roma, o Mártir; I,177
  2. "O homem atinge a perfeição por sua livre escolha. Eis porque o malvado pode ser castigado com toda justiça por sua culpa; do mesmo modo o homem bom e virtuoso merece ser elogiado, pois pelo exercício de sua vontade opta por jamais transgredir os preceitos divinos." Taciano, Mestre dos assírios; II,67
  1. "Nada há que te impeça de assumir outra forma de vida pois o homem é dotado de liberdade. " S Malitão de Sardes; VIII, 754
  2. "Deus fez o homem livre desde o princípio com o poder de determinar sua alma e de obedecer voluntariamente os mandamentos divinos não por compulsão externa pois DEUS NÃO ATUA POR COERÇÃO." S Irineu; I, 518
  3. "Aqueles todos que creem são salvos por adesão voluntária." S Clemente de Alexandria; II, 226
  4. "Crer e obedecer estão em nosso próprio ser." id II,527
  5. "Tal como seu pai Adão o homem é livre podendo obedecer ou resistir." Tertuliano de Cartago, III, 300 sg
  6. "Ele convocou o homem através duma escolha que envolve livre iniciativa e não pode traze-lo a seu serviço forçando-lhe a vontade." S Hipólito Mártir; V,152
  7. "Tal o ensino oficial ministrado pela Igreja, que cada alma racional é dotada de livre vontade... não estamos vergados sob o jugo da necessidade e podemos agir com ou sem razão."  S Origenes de Alexandria; IV, 240
  8. "Porque o homem pode ser punido ou recompensado??? Porque tem em seu poder a capacidade de optar pelo certo ou pelo errado." Novaciano de Roma; V,612
  9. "O ato de crer ou não crer decorre do livre árbitro: por isso diz 'Vida e morte puz diante de ti, para que escolhas a vida.'." S Kiprianos de Cartago V,547
  10. "Deus jamais viola a dadiva do livre árbitro, limita-se a apontar para o melhor caminho. O poder esta no próprio homem que recebe o mandamento; pois é dele que depende fazer o melhor possível segundo sua opção." S Métodio de Olimpia; VI, 632


Referências: PADRES ANTE NICENOS - ed. Alexander Roberts e James Donaldson; 1885-1887; 10 vols. Peabody, Massachusetts: Hendrickson, 1994


A respeito de Cirilo de Alexandria, que as vezes é cotado como agostiniano por alguns, temos o testemunho de Lionel Wickam (cf Rowan Williams Org 'The Making of Orthodoxy: Essays in honour of Henry Chadwick p 211):

"Cirilo certamente não era um agostiniano." 

Desde que apareceu em cena tem sido, o Agostinianismo, uma espécie de muralha ou abismo entre nós Ortodoxos e os ocidentais, sejam eles romanistas ou protestantes. Pois nossa teologia amartiológica e soteriológica procede de Alexandria e não de Hipona...

LIVRO PRIMEIRO - Reflexão sobre as causas da divisão no protestantismo> Biblismo e Livre examinismo







Dedicamos este Capítulo aos ancestrais que dedicaram sua vida a fé Ortodoxa e imaculada, em especial:
  • S Modesto de Jerusalém 
  • S Paulo de Tella
  • Mar Severios de Antakia
  • Filoxeno de Mabug
  • Mar Babai, o bendito
  • Anastas Sinaite
  • S Leôncio de Bizancio
  • Mar Timoteos de Jesusalém
  • Agapios, o cronista
  • Abu Nawas
  • Mar Ciríaco de Takrit
  • Mar Yhaya de Antakia
  • Dionísios Tal Mahre
  • Dionísios Bar Saliba
  • Mar Suleiman de Basra
  • Grigori Bar Hebraeus, Abul Faradje
  • Mikail, Aloho
  • Mar Odeisho de Nyshevan
  • Mar Ishodad de Maruan (Merv)
  • Mar Ebed Yeshue, o grande

    E a tantos quantos morreram na luz da fé Ortodoxa e pura!






Resultado de imagem para livre exame protestantismo




Que te diremos agora oh leitor benevolente e compassivo?

Que já terminamos de compendiar as 'batalhas doutrinais' sucedidas entre os filhos de Lutero no decorrer destes últimos quinhentos anos???

Que já descrevemos suficientemente as infinitas tormentas com que foi abalada a Cristandade após o advento do Sola Scriptura???

Que já narramos todas as misérias experimentadas pela igreja após o triunfo do Biblismo???

Que já podemos depor a pena e repousar de nossos trabalhos???

Oxalá assim o fosse.

E no entanto sequer começamos...

Mas te convidamos a expĺorar conosco os mistérios do neo cristianismo...

Caso tenha coragem acompanhe-nos!


O protestantismo enquanto construção puramente humana.



Afinal no seio do protestantismo - enquanto organização puramente humana - há "Tantas crenças quanto cabeças."


Afinal cada qual lê as mesmas escrituras a sua moda e maneira e não há entendimento mútuo, consenso ou acordo mas discórdia em oposição ao dom divino que é a Unidade - QUE ELES SEJAM UM OH PAI, COMO EU E TU SOMOS UM!

Suspeito seria eu, caso tais palavras fossem minhas. Limito-me a reproduzir o veredito do próprio Lutero, a quem pertence o filho...


Assim o protestantismo não é uma simples crença ou melhor, sequer existe do ponto de vista da Unidade da Verdade.

Que é ele então?

Um amontoado de seitas, crenças ou opiniões opostas a fé da Igreja Episcopal ou Ortodoxa. 


Imaginai um polvo com seus múltiplos tentáculos. Tais os protestantismoS. E é com isto que temos de confrontar-nos! Pois com ousadia, eles, os protestantes, nos atacam.

Grosso modo podemos asseverar que os protestantes não estão de acordo a respeito de qualquer aspecto, ponto ou verdade da doutrina Cristã e consequentemente que a religião de cada um deles é sua própria opinião, juízo ou ponto de vista. Os protestantes creem no que pensam a respeito do livro e assim em seus próprios pensamentos, alto bem diverso do conteúdo do livro.

São múltiplas concepções, individuais, variegadas e opostas a respeito do mesmo Cristianismo. O que não quer dizer que isto seja Cristianismo em si mesmo, objetivamente falando; quero dizer o Cristianismo historicamente relevado, legítimo ou autêntico. Vai grande distância entre o imaginar e o ser ou o imaginar e o saber...





REVELAÇÃO OU ESPECULAÇÃO?


É, ele - o protestantismo - um padrão subjetivo ou solipsista pois afetando extrair a fé da bíblia, seus adeptos nada fazem além de selecionar doutrinas e assim de mutilar a divina Revelação. Eles estão em oposição ao Deus Revelador o qual Revelou, muito claramente, todas as coisas, em Jesus Cristo. Pois quando interpretam forjam seus próprios credos e esses credos cobertos ou revestidos com pedaços do livro são todos humanos e puramente humanos, fruto da atividade humana, do engenho, do artifício, da especulação e não da Revelação comunicada por Deus, a qual deveria ser aceita em sua integralidade ou conjunto, tal e qual foi comunicada.

Nós ortodoxos recebemos a divina Revelação em sua integralidade. Isto quer dizer que nos submetemos ao anúncio feito pela igreja Histórica a partir de uma tradição, que é o mesmo sentido comum, externo e objetivo do livro. É uma questão de coerência e reverência.

O protestante decompõem o anúncio da Igreja e compõem sua própria Revelação... na medida em que se dirige ao livro, buscando compreende-lo ou deduzir os dogmas por meio de um esforço racional, e isto, no mais das vezes sem estar aparelhado, sem compreender as lingua original em que o livro foi escrito, sem ter acesso ao conteúdo original e inspirado, sem ter o mínimo conhecimento a respeito da cultura em que o Verbo encarnado esteve inserido... mal sabendo soletrar ou ler uma tradução... mal conhecendo o vernáculo, a lingua portuguesa, a gramática... E esse homem julga ter acesso ao conhecimento do que chamam bíblia, inclusive do antigo testamento!!! E o protestantismo julga falar seriamente a humanidade!!!???

Mesmo quando nosso 'profeta' diz aceitar toda Bíblia de capa a capa, no há segurança alguma, pois há diversos modos e manerias de se compreender um determinado registro e quem dá o sentido, ao interpretar, é o homem, não Deus... Deus se fez carne para anunciar oralmente, isto é por meio de palavras não escritas. Ele não deixou um livro escrito por si e tampouco ordenou que um livro fosse escrito, escolheu homens, ensinou-lhes e lhes concedeu autoridade para que falassem em seu nome. Estabeleceu um anúncio oral por meio de uma tradição e não um método exegético. Não nos mandou interpretar livros, mandou-nos ouvir homens ou pessoas, a saber, os apóstolos e por extensão os sucessores que eles escolheram e ensinaram comunicando os elementos da revelação, os artigos de fé e o sentido do Evangelho escrito.

Aqui, nos domínios do livre exame, quem dá o sentido é o homem. Mas a compreensão é humana - que é eficiente e boa para o que constituída foi - jamais equivalerá a uma Revelação divina ou sobrenatural, esta apenas absolutamente infalível e confiável, ou seja, acima de qualquer dúvida ou suspeita, tal e qual exige a fé religiosa.

Uma vez que não parte do Deus Revelador, mas da mente carnal e despreparada o protestantismo introduz o elemento da dúvida no terreno da fé. Pois ele não é não pode revindicar ser uma instituição divina constituída pelo Verbo Encarnado Jesus Cristo sobre o fundamento apostólico. Deverá sempre apresentar-se como uma senda aberta pelo esforço humano ao tempo de Lutero. Nem mais nem menos... O protestantismo é uma busca ou investigação; uma inquirição que toma o livro por fundamento. Nada menos equivocado, Jesus não disse aos apóstolos para que fossem buscar, procurar, demandar, investigar... mas que fossem ensinar o que dele haviam ouvido ou recebido. Assim o Cristianismo não é busca ou inquirição, é Revelação ou posse de uma Verdade sobrenaturalmente comunicada por Deus.

Veja só a diferença: O sujeito abre a Bíblia, lê, tira as conclusões e esta é sua fé... sua religião. Pode ser ela qualquer coisa que ele queira menos algo sobrenaturalmente revelado ou comunicado por Deus.


UMA FÉ ANTROPOCÊNTRICA




Daí os Ortodoxos terem pleno direito de perguntar: Sobre que ou quem este homem exerce fé??? No que ele crê? Qual o fundamento de seu credo???

O livro???? A bíblia??? O Santo Evangelho???

De modo algum.

Recorre ao livro, vai certamente a Bíblia - ou melhor a uma tradução sua - põem suas vistas sobre o Evangelho, mas apenas para conjecturar individualmente e conforme suas limitações a respeito do quanto ali esteja escrito. E este trabalho de conjecturar, interpretar, teorizar nada tem de Bíblico, de infalível, de divino, de sagrado... É exercício puramente humano ou natural. 

De modo que cada protestante exerce fé não no livro sagrado mas acima de tudo em sua capacidade para interpreta-lo ou compreede-lo. Crê antes de tudo em suas conclusões, constatações e conjecturas, enfim, em si mesmo. Formula um credo, é obra sua, obra humana. Recebe um Credo... as tradições humanas esgotam-se historicamente com M Lutero e a seita luterana... Nada que remonte de fato, concretamente a Jesus de Nazaré ou a seus apóstolos.

O protestante ao crer que deu com a verdade Bíblica, crê em si mesmo, em sua própria competência, em sua capacidade, em sua habilidade. O que é demasiado é demasiado fácil e lisonjeiro.

Estamos portanto diante duma fé ou religião antropocêntrica i é centrada na atividade investigativa do homem e não na autoridade externa e objetiva de um Deus Revelador.

Salvo engano de nossa parte podemos definir o protestantismo como um exercício exegético ou hermenêutico de cunho naturalista. O que jamais equivalerá a uma auto comunicação divina ou a uma Religião Revelada a exemplo da Ortodoxia que é o sentido próprio, legítimo e autêntico do Testamento comunicado pelos Bispos de geração em geração i é tradicionalmente.

É o episcopado que conserva o sentido unívoco do Evangelho que é a Revelação divina ou a verdade objetivamente comunicada por Deus na História, por meio de uma tradição ininterrupta, a compreensão comum das primeiras gerações, compreensão que procede dos apóstolos. Eles retém a explicação autorizada ou oficial do que esta escrito. Os protestantes que retém? Apreciações individuais... Hipóteses, suspeitas, palpites... Exceto quando firmam-se sobre o texto grego ou original. Quantos do povo no entanto conhecem esse texto grego e inspirado??? Confiando em seus pastores como nós confiamos nos sucessores dos apóstolos ou Bispos adicionam um elemento humano em sua fé... Já dissemos e repetimos a exaustão - Não a qualquer diferença entre confiar no Pastor ou no Padre, se se deve desconfiar de um por que se deveria confiar no outro? Mormente quando este outro não ostenta a legitimidade de provém da sucessão apostólica... Mas os protestantes querem confiar em conclusões exegéticas sacadas por outros. Preferimos confiar na sucessão apostólica.

Assaz conhecido por todos nós - em especial por aqueles que como eu são ex protestantes ou desviados - é o costume protestante de discutir e disputar a exaustão a respeito de absolutamente tudo: Da divindade de nosso amado Mestre, de sua forma, dos sacramentos que instituiu com a finalidade de curar-nos, dos destinatários do Batismo, da natureza da Eucaristia, do processo de salvação, do mundo futuro, dos mitos judaicos, etc Enfim de absolutamente tudo...




UM AREÓPAGO AS AVESSAS!


Ainda aqui são iguaizinhos aos gregos do areópago descritos por Lucas nos Atos dos Apóstolos. Os gregos no entanto discutiam a respeito do mundo visível e da natureza criada e não sobre qualquer coisa revelada por Deus. Eles estavam no caminho certo pois discutiam a respeito do que esta no acesso dos sentidos e da razão, enfim a respeito do que pode ser sabido e discutido naturalmente. Além disto buscavam preparar-se, partindo da evidência e argumentando com propriedade, segundo a forma racional, coisa que nossos sectários supinamente ignoram. Havendo dentre eles quem menospreze a razão e precipite-se no abismo da magia e do fetichismo julgando-se inspirados. Chegam assim ao cúmulo da arrogância afetando superioridade e fingindo saber o que ignoram... Basta fazer-se algumas perguntinhas básicas a respeito da Trindade excelsa ou das categorias de Jesus Cristo que já se embrulham e dão mostras de supina ignorância, em que pese o tal espírito santo que julgam ter engolido com pena e tudo...

É fato estabelecido e inegável que os protestantes discutem em torno duma Revelação sobrenatural, a qual dando por defeituosa e corrompida visam reconstituir. E reconstituir a partir de um recurso que não foi capaz de adquiri-la, i é, da especulação racional. Quem não percebe a miséria do equívoco?



O MÉTODO DIVINO E O MÉTODO HUMANO




Como um conteúdo que não procede da especulação poderia ser restaurado ou restabelecido por ela?

Com o socorro do livro ou do Evangelho escrito?

Acontece que aquele que comunicou a divina Revelação comunicou-a não por meio de um livro qualquer mas por meio da palavra falada... convidando as nações a ouvirem seus representantes, os apóstolos e não a ler ou a interpretar qualquer coisa. De fato o livro do Evangelho, elaborado sob inspiração divina, foi e é um auxílio precioso quando lido nas congregações e comentado pelos apóstolos e seus sucessores, i é, por aqueles que conheciam ou conservaram o sentido. O método divino no entanto foi e é a pregação, firmada na autoridade dos apóstolos. O livro é bom e útil quando compreendido segundo o espírito da comunidade em que foi escrito, torna-se prejudicial quando seu sentido é deturpado por indivíduos em oposição a comunidade ou a tradição.

Pode assim o livro, mesmo sendo inspirado, útil e bom, sofrer abusos, quando desviado a função para que foi constituído - apoiar a pregação apostólica, no sentido de substitui-la ou mesmo de extermina-la. Este abuso foi levado ao extremo pelo protestantismo ao formular o dogma do livre examinismo.

Então já sabemos porque jamais chegaram a qualquer acordo... Embora partam todos do mesmo livro.

Porque adotaram um princípio falacioso, individualista e subjetivo.

Porque a Revelação propriamente dita não partiu do Livro nem foi codificada pelo próprio Deus Revelador mas comunicada por meio da palavra viva e conservada oralmente pela tradição.

Posteriormente a maior parte de seus elementos foi de fato registrada pelos homens base. De modo que o sentido do que foi escrito pelos apóstolos foi mantido ou conservado por uma tradição que se fez também ela escrita, são escritos que interpretam ou dão sentido a outros escritos de modo a eliminar a arbitrariedade humana. Por isso a autoridade dos Bispos é limitada pelo conteúdo destas tradições escritas e eles não podem tirar qualquer coisa de suas cabeças ou adicionar.

Para os protestantes no entanto o livro é demasiado fácil, a ponto de fazer-se compreender por qualquer capiau iletrado da face da terra... Sem necessidade de tradição ou orientação externa.

É abrir a Bíblia, ler para compreender e deduzir um credo... Eis o que dizem e vivem repetindo. De modo que os credos surgem as centenas ou milhares, tal e qual cogumelos na estrumeira após uma chuva...

E cada uma dessas seitas ou 'igrejas' ergue logo a voz para apresentar-se como a única e verdadeira entre milhares de milhares. Quando não ousam declarar a inexistência de qualquer igreja, a unidade e por ext a veracidade de todas elas, adotando modelos epistemológicos grotescos ou falseando pura e simplesmente, a ponto de ignora a diferença entre pão e corpo ou entre sábado e Domingo...

A desunião reinante entre eles no entanto - A qual temos explorado em onze itens - demonstra exatamente o contrário: Que a compreensão do livro não é fácil, que não foi atingida por eles e que eles ainda estão bastante longe de obte-la.



UM MÉTODO FORA DA REALIDADE



Assim o ideal protestante, de restabelecer a verdade - Sobrenaturalmente revelada por meio da Encarnação - a partir de esquemas interpretativos não tem satisfeito as expectativas oferecidas, mas resultado em confusão e encaminhado não poucas pessoas ao ceticismo e a desesperança. 

Nem poderia o engenho humano substituir a excelência do Mistério - da Encarnação - enquanto instrumento de comunicação perfeito adotado pelo Verbo Todo poderoso, nem poderiam as circunstâncias sócio culturais possibilita-lo. Fosse o método protestante mais conforme as condições do gênero humano e Deus mesmo teria escrito um livro, feito com que seus exemplares baixassem magicamente dos céus e entregue a cada um deles a uma dada cultura ao invés de encarnar-se, pregar e constituir emissários...

Acaso não sabia Deus que grande parte da humanidade era constituida por sociedades ou grupos iletrados i é desprovidos de código escrito e portanto incapazes de ler e interpretar livros??? Acaso não deve a mensagem divina adaptar-se a todas as culturas ou ao menos a maior parte delas... A todas as condições e situações??? E quanto aos povos letrados de condições pré lógica (Lucien Levy Bruhl 'A mentalidade primitiva')... E quanto aos pobres, miseráveis, campônios e toda gente analfabeta e mal aparelhada em termos de técnica hermenêutica existente ontem e hoje??? Teriam os povos de ser alfabetizados e instruídos academicamente para ter acesso a divina Revelação? Exigiria que a pobre humanidade se converte-se em curto prazo num campo de técnicos em exegese, doutores, especialistas e teólogos??? Especialmente em se tratando de uma comunicação tão rica e profunda quanto o Cristianismo???




UM MÉTODO E SEUS PÉSSIMOS RESULTADOS




Vejam como o protestantismo adiciona e soma absurdo a absurdo, numa perspectiva totalmente idealista ou romântica, que só podia terminar de dois modos diametralmente diversos: A incredulidade absoluta do racionalismo/liberal ou o fetichismo pentecostal. Ambos são frutos da inoperância do livr exame no sentido de manter ou conservar a divina revelação. Senhores, estamos diante de um método mal formulado ou inadequado - do qual resultou a um lado a negação da fé e do outro uma fé mágica ou supersticiosa ao extremo.


Ainda todos os protestantes afirmem de pés juntos que foram ou são capazes de compreender o livro e de extrair a Verdade divina que contém, as múltiplas e contraditórias interpretações - que chegam a milhares de milhares - evidenciam que suas alegações são equivocadas, pelo simples fato da verdade ser incompatível com a oposição, demandando uniformidade ou acordo em torno de alguma coisa.

E por que acham-se em tão lastimável estado espiritual? Demandando arduamente por aquilo que o Verbo entregou a sua Igreja e que a Igreja nos tem comunicado por meio de sua autoridade.

Porque teem partido dos erros que já assinalamos O biblismo e o livre examinismo, os quais tem em conta de princípios divinos. Em que pesem os resultados. Eis o véu que os separa do santuário.

Lamentavelmente nossos protestantes estão como que anestesiados face a verdade divina. Eles observam a multidão das seitas com seus credos contraditórios e não deduzem absolutamente nada... chegando a encarar tal situação como comum ou mesmo a louva-la. Embora pese sobre ela a condenação formal do Senhor - Todo e qualquer reino dividido perecerá!

O DELÍRIO DA BIBLIOLATRIA




Perece o protestantismo apegado a teoria tosca segundo a qual uma resma de papel é capaz de interpretar a si mesma quando na verdade tem seu significado atribuído pelo leitor, no caso um homem qualquer... Isso mesmo por um homem qualquer.

Sendo viva e dinâmica jamais poderia a Verdade celeste permanecer enclausurada nas páginas de um grimório qualquer sem estar sujeita a sofrer os piores abusos, e corromper-se até desaparecer da face da terra! Em um século seria a Revelação engolida pela multiplicidade das interpretações com sói ocorrer no seio de um protestantismo, espaço completamente devastado pela incredulidade ou dominado pela mais degradantes superstições. (como os mitos judaicos e a teologia da prosperidade).

Interpretação é operação e capacidade intelectual. Logo apanágio próprio dos seres humanos...

Os livros ou textos escritos, no caso, são elementos passivos na dinâmica do processo hermenêutico, i é os objetos a serem decifrados e compreendidos por operação racional/mental que parte do sujeito. Interpretação é isso e nem mesmo a querida Bíblia pode fugir a semelhante definição pelo simples fato de não ser uma pessoa ou um ser humano mas um livro e portanto uma entidade passiva. Nem mesmo o santo e divino Evangelho, que é o mais sublime e mais belo de todos os livros, pode fugir a esta limitação invencível que é própria dos livros e que os torna inadequados enquanto veículos exclusivos da divina revelação.

Aos protestantes em sua loucura só resta antropomorfizar a Bíblia a exemplo dos etíopes que antropomorfizaram o shabat e as tábuas da lei... Ou dos substancialistas (flacianos) que apresentam a RELAÇÃO da graça divina, como uma coisa, objeto ou entidade. Claro que todas estas soluções são absurdas ou ridículas...


ENTRE A VERDADE E A OPINIÃO...




Naturalmente que sendo Una e coerente consigo mesma a Verdade Revelada por Deus exige uma única compreensão sob pena de não ser Verdade. Ela deve formar um conjunto harmonioso e não um amontoado do opiniões disparatadas! Por isso a igreja pode apresentar sua fé como sistema de crenças ou dogmas sistematicamente interligados ou correlacionados  i é como algo orgânico, não o protestantismo, domínio em que aquilo que é afirmado ou reverenciado por um é esculachado por outro em nome do mesmo livro... Onde aquilo que uns adoram como corpo do Verbo outros recebem como mero pão!

É justamente este quesito, perfeita e legitimamente racional, que o sistema protestante não nos pode oferecer. Ficando frustradas nossas melhores expectativas pela multidão de sentidos, verdades, fés, dogmas, opiniões até o delírio.

Opinião querido leitor, vai bem com o cabelo ou a roupa da vizinha, mas não com a verdade eterna... Não com a  religião que exige garantias e fundamentos bem mais sérios e sólidos.



UMA RELIGIÃO DE EXTREMOS



Satisfazem-se com o protestantismo as massas alienadas e fetichistas que demandam apenas por sinais, milagres e prodígios - em termos imediatistas e materiais - fazendo muito pouco caso ou caso algum da Verdade Divina e nada sabendo em termos de Divina Revelação. Tais os típicos clientes do protestantismo tupiniquim, tão folclóricos quando seus ancestrais papistas ou umbandistas. Satisfazem-se com ele aqueles que a exemplo dos liberais europeus ou N americanos que sacrificaram todos os elementos da fé, negando inclusive o conceito de revelação sobrenatural e aderindo a ideologias naturalistas, agnósticas, materialistas ou mesmo ateísticas; mas aspirando manter o 'nome' cristão... O protestantismo, através do livre exame, faculta-lhes tal possibilidade. De não terem fé ou religião alguma e apresentarem-se como protestantes...
A criatura racional e equilibrada no entanto - Quando dignificada pela instrução - a um lado afasta-se do fetichismo e a outro demanda em busca objetos mais elevados, assim pela posse de alguma verdade, pelo conhecimento, pelo alimento da alma, pela virtude, pela vida ética... E aqui o protestantismo nada tem a oferecer-nos de sólido.

A um lado o liberalismo crasso até o unitarismo e a outro o calvinismo com suas fábulas e mitos hebraicos - que nada tem de Cristãos - ou o pentecostalismo com seus tremeliques e profetas... produto da auto e de hétero sugestão associadas a fraude e a manipulação.


QUANDO OS PROFANOS SÃO MAIS SÉRIOS...




Nem se pode compreender que seja facultado a todos os seres humanos, independentemente da condição particular de cada um, o direito de interpretar um livro mesmo em termos profanos e por isso temos críticos literários ou professores de literatura...

Como não pode ser facultado a todos os seres humanos as capacidades de pintar, esculpir, versejar ou compor, a menos que estejam a par das leis ou regras que presidem tais ofícios e nelas se exercitem.

Acaso todos os homens são médicos, juristas, arquitetos, engenheiros, professores???

Portanto como haverão de ser todos peritos em matéria de religião, apóstolos, Bispos, doutores, etc???

O protestantismo todavia insiste morbidamente em seu miserável erro e assevera que qualquer analfabeto funcional é perfeitamente capaz de dar com o sentido da Bíblia ou que qualquer homem medíocre possa deslinda-la sem maiores dificuldades.

Felizmente a Iliada, a Odisséia, a Divina Comédia, o Don Quixote e os Lusíadas ainda não foram expostos a tais abusos, cujo resultado patético vemos... Aqui os poucos que se atrevem a manusea-los buscam compreender o ambiente em que foram escritos, recorrendo aos préstimos da História, da Geografia, da Sociologia, da Psicologia, etc Há seriedade aqui! Coisa que nossos protestantes tem em conta de supérfluo e inconveniente... Afinal, o leitor brasileiro...



A MANHA DO COLPORTOR



É quando chega o colportor - tanto mais exercitado em ler traduções - e dispõe-se a dar lições de Bíblia, palestras, cursinhos...

Embora diga que a Bíblia é auto evidente ou que interpreta a si mesma... lá vão os cursinhos, palestras, escolinhas... a tiracolo; e com elas os credos ou interpretações formulados por lá se sabe quem

E a pobre fica ali bem caladinha em seu mutismo, enquanto o espertalhão vai discursando em seu nome e e oferecendo como divinos os pontos de vista de Lutero, Calvino, Muller, White, Russel, Malacheia, etc

Quanto a nosso tabaréu, vai soletrando o calhamaço e sendo orientado pelo outro... Este vai lhe apontando as verdades e este catando... E vai sendo guiado, enquanto julga estar guiando a si mesmo. Isto quando o instrutor não faz uma 'bela oração' após a qual apresenta-se como iluminado ou profeta.


O ESTADO ABJETO DOS PROSÉLITOS PROTESTANTES



E o fim de tudo é o nosso caipira ou sertanejo aderir as opiniões do instrutor, ao invés de sacar as suas... Segundo ao princípio, aqui abortado, do livre exame. Livre exame aqui limita-se a discordar do papa, da igreja romana ou da igreja Ortodoxa...

E eis que nosso homem tornou-se escravo de um outro homem, em nome de um exame que em tese deveria ser LIVRE... e que ele de modo algum realizou, com o objetivo de formular seu próprio Credo...

Simples e bom - para não dizermos ingênuo - nosso homem não percebe que esta trocando um Sacerdote letrado ou um médium mais ou menos bem informado por alguém cujo nível é idêntico ao seu... E que lhe fornece explicações, dogmas e verdades a granel, tomadas a um terceiro, não poucas vezes a um estrangeiro!!! O protestantismo forma redes de tontos ou imbecis controlados por videntes ou líderes estrangeiros com propósitos políticos (cf Décio Monteiro de Lima 'Os demônios vem do Norte' 1984. É todo um esforço arquitetado com o objetivo de desprender-nos de nossas raízes, afastar-nos de nossas tradições e destruir nossa cultura, em benefício da cultura 'imperial'... Mas isto é já outro assunto.

Assim o caiçara mal informado, via de regra, nada examina ou saca ao livro recebendo exame - e credo - feito, pronto e acabado por intermédio de um sujeito sem credenciais é fato... É assim que se faz protestante por ai, sem tomar consciência do que seja livre exame. Do contrário cada um seria seu próprio pastor e sua própria congregação, jazendo o corpo do protestantismo ainda mais decomposto do que jaz ou completamente atomizado.

Contemplemos pela derradeira vez nosso pobre homem - Ei-lo a embrenhar-se, como prosélito, pela senda da escravidão mais abjeta.

Pois se antes dizia crer na Excelsa Trindade, na Encarnação, nas duas naturezas, no Batismo, na Eucaristia, etc e amar o próximo como a si mesmo para estar em comunhão com seu Senhor agora já não pode comer isto, beber aquilo, vestir-se de tal modo, fumar, dançar, falar tal coisa, fazer tais gestos... Em suma, logo - caso tenha acesso a credos de outras seitas - não saberá mais em que crer além de ter toda sua vida controlada por um sistema opressor.

Virou robô ou marionete. Em nome da doutrina 'emancipadora' do livre exame... Perdeu a Verdade ou a possibilidade de vir a conhece-la mais a fundo e a Liberdade... convertendo-se em projeto de judeu do século VII a C ou de muçulmano salafita...

Quantas vezes não assistimos a semelhante desfecho!!!!??? Dez, vinte, trinta...

Tal o fim do protestantismo...

Pobre homem! Acreditavas tu que o biblismo, o livre exame, o protestantismo, etc te afastando dos padres de Roma te conduziriam ao reino da liberdade e - exatamente como os infelizes habitantes da Genebra calvinista - e agora te achas, preso com grilhões de bronze na mais estreita e escura de todas as masmorras servindo a um charlatão como se fosse o próprio deus e controlado por ele... É como após a expulsão de um Diabo te tornasses pasto de outros sete. E A TUA CONDIÇÃO FICA PIOR QUE A PRIMEIRA, como diz o Sábio Senhor no Livro Sagrado.

sábado, 28 de maio de 2016

LIVRO PRIMEIRO - Capítulo VII > Divisões a respeito da presença real do Senhor da Eucaristia: Sub Capitulo 14 - Disputando sobre cálices e copinhos




Outro 'pomo de discórdia' não menos amargo, caído na Santa Genebra tupiniquim, dizia e diz respeito ao emprego de um único cálice para todos os comungantes ou de diversos calicezinhos individuais... 

Uso, que - Certamente por ódio a igreja romana - vai se tornando cada vez mais comum entre nossos sectários. Manifestando de certo modo o individualismo predominante entre eles... Importa ser diferente da igreja romana, não o preço... OU A VERDADE.

Lamento protestantes fanáticos. 


Os ateus certamente fazem melhor na medida em que negam a existência de Deus enquanto que estais obrigados a afirmar com o Papa romano sua existência. A menos que o Papa esteja enganado e também quanto a divindade de Cristo, a qual professa...

Também os unitários estão a vossa frente posto que comunhão alguma afirma com tanta obstinação a divindade de Cristo ou o atanasianismo quanto a odiada Igreja Ortodoxa, com suas imagens e orações aos Santos... Tão nicena e tão 'idólatra' oh coitada!

E o protestantismo tão puro e tão divino servindo de fundamento ao neo arianismo... sempre em nome, é claro, da Bíblia. Para bom entendedor...





Imaginam os leigos e incautos que tal 'controvérsia' encerrou-se já ao cabo de cem anos... Ledo engano e 'falso enleio' pois em certo site protestante depara-mo-nos com as seguintes palavras e isto a menos de três anos:

"Há algum tempo a questão do cálice único na Santa Ceia tem alimentado 
discussões entre os irmãos pró e contra a utilização do cálice único 
durante o sacramento.



Essa discussão torna-se mais problemática e calorosa quando o assunto é discutido entre membros de diferentes denominações, visto que cada denominação faz como bem entende."


Perseveram pois os biblistas em suas controvérsias e discussões infindáveis a respeito do cálice, como perseveram em suas discussões a respeito do vinho, do sábado, do sangue, da imortalidade, da Trindade e de tudo quanto seja doutrina Cristã, afinal, cada denominação faz como bem entende. COM O ABENÇOADO 'PLACET' DO LIVRE EXAMINISMO!!! É a incerteza da fé...

Não faz cada seita como bem entende por abuso, mas fundamentada num dos princípios basilares do protestantismo!!!

Já nas "Actas do synodo da egreja presbyteriana no Brasil" - 1905 depara-mo-nos com uma consultação feita pela sessão de Minas Gerais a respeito do uso dos tais cálices individuais; a qual, talvez devido ao 'fogo' da questão maçônica (Mais uma) não obteve qualquer resposta.

Seja como for a dita consultação foi reproduzida por diversas 'igrejas' particulares, abrindo caminho para mais um amargo debate entre nossos reformados.

Dez anos depois - em 1913 - durante o 'auge' da discussão; publicou Alvaro Reis (doze anos antes de seu falecimento sucedido em 1925) um ruidoso panfleto em favor do tradicional 'cálice único'.

No dito panfleto empregava ele palavras muito parecidas com as que cem anos mais tarde viriam a ser empregadas pelo ja citado Pr Natalino Gabriel, a respeito da reverência devida ao mistério e da necessidade de não fazer qualquer alteração significativa.

No entanto que fizera o protestantismo no século XVI ao suprimir o toque das campainhas, a elevação dos elementos, a genuflexão, etc senão inovar????


Seja como for pouco faltou para Reis classificar o uso dos cálices individuais como sacrílego, o que no entanto parece estar registrado nas entrelinhas.

O mais curioso no entanto é como o fanático pastor, paladino do anti catolicismo tupiniquim, alude, a tradição, ao 'exemplo histórico da igreja' e a outros critérios típicos da Ortodoxia...

"...Bizâncio, Roma, Wittemberg, Genebra... jamais em qualquer tempo ou lugar é sabido que tenham sido empregados cálices individuais na comunhão... neste ponto toda e qualquer alteração seria desastrosa..." Alvaro Reis 1913

( Ueh mas desde quando houve negação da presença real até Honeos em 1523???? Em Alexandria, Antioquia, Bizancio, Atenas, Roma... ONDE??? - História é coisa que o protestantismo jamais levou em consideração!)


Aos individualistas bastou, como bons livre examinadores que eram, suster teimosamente que a expressão "Único cálice" é livre, devendo ser interpretada 'metafóricamente'... No fim das contas se a presença do Mestre no Sacramento é meramente simbólica ou metafórica por que a expressão 'mesmo cálice' não pode ser meramente simbólica também?


PELO QUE FICOU A ESCRITURA 'TORCIDA' A GOSTO DO FREGUÊS e nada pode fazer em favor de si mesma... Oh coitada!

Tais os belos caminhos do simbolismo porque a Trindade 'simboliza' as relações e operações externas de Deus face ao gênero humano... A Divindade de Jesus a tomada de consciência por parte de Jesus quanto ao 'divino' presente em cada ser humano... Os sacramentos são símbolos que nada produzem ou comunicam... E TODA INSTITUIÇÃO CRISTÃ NÃO PASSA DUMA SOFISTICADA SIMBOLOGIA CABALÍSTICA... Perdendo sua realidade intrínseca.


Abris os olhos e estais JÁ NO PÓRTICO DA ACADÊMIA DE PLATÃO; GUIADOS POR SEU PUPILO DR ZWINGLIO... Na Atenas platônica não em Jerusalém...

E vai o Cristianismo perdendo toda sua consistência ou substância na medida em que o emprego arbitrário da argumentação simbólica permite o esvaziamento de toda realidade contida em seus mistérios. 


E cada um ve-se perfeitamente livre para agir e proceder como quer...  

E JÁ TEREMOS AQUI DOIS CRISTIANISMOS COMPLETAMENTE DISTINTOS: O real ou concreto fiel ao padrão da encarnação, e o simbólico ou alegórico a gosto da religião natural. Partes há do protestantismo histórico que já atingiram semelhante grau de 'evolução'.

Ontem com calicezinhos de metal polido, hoje com COPINHOS DESCARTÁVEIS (ONDE DISSOLVEM Q SUCO DE UVA!!!). Tudo porque a grande e antiga igreja  'corrompida' emprega um único cálice de metal precioso, o qual após ser esvaziado é lavado pelo sacerdote, para que veículo algum da presença do Salvador seja malbaratado... Tal o amor e zelo da verdadeira igreja para com o Sacramento que trás a presença de seu Mestre e fundador. 


Os protestantes no entanto, por ódio a 'Babilônia', porfiam-se em desprestigia-lo, banaliza-lo, vulgariza-lo ao máximo com seus 'artefatos' de botequim...

Assim cada qual produz sua ceia para sua própria memória... 


Umas com adorações, outras sem; umas com suco de uva, outras com vinho; umas com apenas um cálice, outras com calicezinhos individuais; umas aberta, outras restritamente.


CADA QUAL PRODUZ UMA CEIA E UM RITO A SUA IMAGEM E SEMELHANÇA... Embora o Senhor e Mestre de todos tenha oficiado sua ceia dum único modo... Os protestantes no entanto; Por terem posto de lado o critério seguro da Tradição IGNORAM QUAL SEJA ESTE ÚNICO MODO E OFICIAM GRANDE VARIEDADE DE SACRAMENTOS, EUCARISTIAS E CEIAS sempre com algum elemento distinto...

sexta-feira, 27 de maio de 2016

LIVRO PRIMEIRO - Capítulo VII > Divisões a respeito da presença real do Senhor da Eucaristia: Sub Capitulo VII - A inexistência de uma doutrina simbólica da Eucaristia nos primeiros séculos do Cristianismo

"O zwinglianismo procede da mesma fonte que o paganismo, o farisaísmo e o maometismo e seu fim é a destruição da Igreja de Cristo." Schnurrer (luterano) in 'Erlauter d Wurttemberg' 262

"Assim deveis perseverar no ódio as ímpias doutrinas dos zwinglianos e dos calvinistas." J Brenz "Testamento" ann 1570

"Os zwinglianos são os mais infames mentirosos que se arrastam sobre a face da terra juntamente com Ilírico e seus sequazes." J Andraeas







"Quem haveria de rejeitar a literalidade de suas palavras: Este é o meu corpo???" 
Euthymio Zigabeno (século XI)




Se no decorrer do século XVI, zwinglianos e até mesmo calvinistas, ensinavam que as teorias da transubstanciação, da consubstanciação ou da presença real do Senhor no Sacramento haviam sido inventadas pelo papa de Roma durante a baixa Idade média alguns teólogos reformados do tempo presente como Jean-Jacques von Allmen  - muito melhor informados admitem sem maiores problemas a "Presença de três 
concepções sacramentais distintas - simbólica, materialista e realista - durante os primeiros séculos."

Corrige-o acertadamente Klein, admitindo a prevalência do padrão realista ou materialista.


  • Por padrão realista devemos compreender a ideia de um elemento divino, celestial, transcendente, espiritual e real adicionado aos elementos. No caso da Eucaristia ou o Logos i é natureza divina do Salvador ou sua natureza humana post ressurreta, glorificada, espiritualizada, etc
  • Por padrão materialista devemos compreender a ideia de uma transformação ocorrida na substância dos elementos como no caso da transmutação ou como dizem os latinos transubstanciação e consequentemente uma presença física da carne e do sangue de Cristo no Sacramento.
  • Por padrão simbólico compreendemos a ideia dos elementos enquanto pura e simples representação alegórica duma apropriação que se dá internamente pela fé.


A propósito, mesmo antes de Klein, Guaracy Silveira, (pastor metodista) homem de imensa erudição e cultura, havia admitido francamente - em sua obra 'Evangelho, patrologia e razão' -o predomínio não da transubstanciação mas da consubstanciação entre os padres antigos. 

A tal respeito pode-se consultar com máximo proveito os 'Textos eucarísticos primitivos' de Jesus Solano, BAC, verdadeiro monumento historiográfico e científico sobre o sentido da Eucaristia nos primeiros séculos desta Era, ou seja no período patrístico.

Diante disto só nos resta atalhar, acrescentando que Elder algum, no decorrer dos dez primeiros séculos da Era Cristã, limitou-se a fazer uma abordagem puramente simbólica ou alegórica do sacramento, negando sua realidade e reduzindo-o a uma apropriação ou 'degustação' por meio da fé.

Tantos quantos admitiram uma perfeita correspondência simbólica ou tipológica existente entre os elementos do pão e do vinho e as realidades do corpo e do sangue, salientaram da mesma maneira e ao mesmo tempo a presença divina nos elementos. Assim a visão deles é sempre dual e sintética: Símbolo e realidade encontram-se associados.

A natureza fornecendo a relação simbólica e o poder divino de Jesus Cristo adicionando a realidade espiritual.

A variedade ou diferenciação surge quando os padres tentavam explicar o 'modo' ou a maneira porque se dá a presença real do Senhor no Sacramento, explicação, que como já foi dito não é essencial para a igreja Ortodoxa.

Aqui os padres dividem-se propondo uns uma explicação material e miraculosa (Concomitante ou não com a presença dos elementos) e outros uma presença espiritual (e portanto não miraculosa) relativa a natureza divina do Senhor ou a sua natureza humana pós ressuscitada. Havia ainda quem admitisse a conversão do corpo em pão e do sangue em vinho, invertendo a primeira hipótese.

No primeiro caso temos a teorias da transubstanciação e da consubstanciação. No segundo as teorias da aglutinação e do terceiro corpo ou presença virtual, no terceiro a hipótese da Impanação ou Panificação. De modo que a presença real poderá assumir uma conotação demasiado física ou até certo ponto espiritual.

O que jamais ocorrera aos primeiros Cristãos foi encarar a instituição eucarística como simples lanche ou memorial numa perspectiva puramente simbólica, externa e reducionista. Aqui o repto esta feito e desafiamos qualquer lider protestante a demonstrar o contrário.

Entre os cristãos do primeiro milênio ou da Era primitiva a Eucaristia sempre fora encarada como algo divino, celestial, transcendente, sagrado, misterioso; e consequentemente como centro ou foco de toda vida espiritual bem como da própria adoração. Não era algo que ocupasse a margem ou a periferia da fé e do culto, mas algo que servia de base ou fundamento a piedade religiosa como um todo. E tudo girava em torno dela...

Não da Bíblia, não da pregação, não da palavra ou do púlpito, não do sermão e nem mesmo do Santo e Divino Evangelho MAS DA EUCARISTIA, veículo porque JESUS o Emanuel, fazia-se particular e concretamente presente em meio de seu povo dando testemunho tanto de sua condição divina quanto de sua condição humana. Ali estava de corpo presente como verdadeiro homem que tinha sido e miraculosamente presente como Deus eterno que era.


Isto a ponto de Inácio, o Teóforo valer-se de seu testemunho contra os docetas ou seja contra aqueles que negavam a Encarnação do Senhor e sua natureza humana. A estes opunha o 'Mártir' a presença real do Senhor na Eucaristia. E pela presença real do corpo do Senhor no Sacramento dava demonstrado que ele havia tido corpo... Pois não havia quem ousasse negar aquele mistério ou alegorizar.

Assim entre o povo do Oriente, inda que oprimido pelo islã, jamais surgiu ocasião para que a dignidade do Sacramento fosse posta en duvida. Isto talvez devido a intuição - percebida pelo luterano 
Schnurrer DE QUE NEM MOISÉS NEM MAOMÉ ENCONTRAM-SE PRESENTES DE TAL MODO NO JUDAÍSMO OU NO ISLÃ... E portanto de que aquele Jesus era muito mais do que puro e simples homem. 

Retornamos assim a simples ideia de a presença real de Jesus no Sacramento do altar corrobora, reforça e sustenta o padrão niceno atanasiano concernente a sua divindade. Nem poderia este JESUS ser objeto de vida e culto sacramentais SEM SER DIVINO!

E a tese segundo a qual o zwinglianismo - da mesma maneira que o anabatismo - desampara o padrão niceno e a piedade cristã tornando-as vulneráveis e favorecendo num primeiro momento o unitarismo, em seguida ao judaísmo e enfim ao islã. 

Da mesmo maneira como Maomé e os primeiros muçulmanos não eram capazes de explicar como podia o Cristo, sem ser divino, ter nascido de Virgem (enquanto o próprio Maomé nascera de mulher comum) não é possível compreender como seja ele capaz de associar-se aos elementos do pão e do vinho sem ser Deus verdadeiro!

Já aludimos, no artigo precedente, a nosso Santo Pai e Mestre João Damascemo como um dos propugnadores da teoria materialista da transmutação. 

Nem é preciso dizer que era esta a teoria que melhor condizia com a mentalidade rasteira - mágico/fetichista - de um ocidente cuja cultura greco/romana havia sido suplantada pela cultura primitiva e fetichista dos povos bárbaros ou germânicos.

Alimentada pela mentalidade grosseira dos invasores teutônicos, a teologia ocidental não poderia ter deixado de canonizar, como de fato canonizou, a teoria da presença material do Senhor no Sacramento sob a forma transubstancialista.


Foi um monge por sinal (Chamado Pascoal Radbestius, de Corbie) que pela primeira vez - no De Corpore et Sanguine Domini (831) - e em tom bastante presumido, afirmou que durante a liturgia, o mesmo corpo de Cristo que fora concebido, gerado e parido por Maria Santíssima, era verdadeiramente mordido, triturado e engolido pelos Santos. 

Ergueram-se contra ele dois eruditos bastante versados na tradição da Igreja: Rabanus Maur e Ratramnos, (O qual, por acaso, também residia em Corbie) do que resultou a controvérsia estercorária, ainda hoje explorada pelos protestantes contra aqueles que aderem a teoria da transmutação.



St Rabanus Maur

Ademais, alguns protestantes insinuam maliciosamente que tanto Rabanus como Ratramnos teriam questionado a doutrina da presença real do Senhor no Sacramento e partilhado ou melhor antecipado, a opinião despudorada de Zwinglio... 

Tal o esforço colossal empreendido por eles com o o objetivo de detectar ao menos um vestígio de suas opiniões no passado da igreja e criar uma TRADIÇÃO herética paralela ou anti eclesiástica.

Todavia semelhante insinuação carece de todo fundamento. E é sintomático que careça de todo fundamento quando tanto um quanto outro poderiam ter encerrado a questão muito facilmente - e cortando o mal pela raiz - apelando justamente a doutrina simbólica concebida e proposta por Zwinglio...


Donde se infere que se não recorreram a ela foi justamente por ignorarem sua existência ou por parecer-lhes HERÉTICA. Diante disto optaram por ficar divagando em torno das duas teorias concernentes a presença REAL e sustentar as vetustas opiniões sobre a presença espiritual do Senhor no sacramento...

E perfilhando esta senda tudo empreenderam para que Pascoal e seus partidários, compreendessem a presença real do Senhor no sacramento - a qual aludem literal e repetidamente - como uma presença divina ( no sentido da aglutinação) nos elementos ou como EMANAÇÃO do corpo e do sangue glorificados de Nosso Senhor. 
(No sentido do terceiro corpo)  

Logo, até aqui e especialmente aqui não há vestígio que qualquer teoria ou hipótese 'simbólica' que faça petições e empréstimo as alegorias de Platão ou Plotino.





Berengarius, o escolástico


Passados cerca de dois séculos foi a vez de Berengarius de Tours, discípulo de Fulberto de Chartres - outro vulto eminente nos domínios da teologia - assestar armas contra a teoria materialista, então predominante. E é sabido que ele repudiou formalmente e em termos categóricos a doutrina da transubstanciação...


Diante disto os protestantes simbolistas, valendo-se de certas alusões esparsas e duvidosas, costumam apresentar este Berengário como o primeiro zwingliano dos tempos modernos, fazendo remontar o zwinglianismo ao século XI isto é a cerca de mil anos DEPOIS DE CRISTO (!!!) e convertendo este clérigo em herói!!! E para eles que não teem tradição ou História real e isto é uma glória!!!


É bom reparar e insistir nisto: Que os teólogos protestantes são fingidos. Pois afetam imenso desprezo pela História da Igreja e sua sucessão multi secular, pelos antigos, pela tradição, etc enquanto buscam forjar algumas sucessões capazes de conferir a suas novidades profanas o saldo de dois, três ou cinco séculos de existência... E assim exaltam Huss, aclamam Wicliff, glorificam Berengário, ovacionam Pedro Valdo, etc

Quando deviam buscar seus verdadeiros padrinhos em Aerio, Ario, Paulus, Montano, Manes... nos quais encontrariam SUAS RAÍZES ANTI APOSTÓLICAS E ANTI CRISTÃS!!!


Examinemos no entanto o que Berengarius escreveu:

"Como o mesmo corpo de Cristo que está glorificado nos céus poderia estar agora em diversos altares ao mesmo tempo??? NO ENTANTO O PÃO E O VINHO SÃO SINAIS DA PRESENÇA REAL E VERDADEIRA DO CORPO E DO SANGUE DE CRISTO." Ad Lanfranc ou in Caena Domini

O que a meu ver parece remeter a teoria tradicional da aglutinação.

Atualmente a maioria dos estudiosos e críticos inclina-se a crer que ele jamais tenha questionado a doutrina ortodoxa da presença real, mas apenas a teoria materialista da transmutação. 


Subsistiu pois a Santa e preciosa Igreja de Deus durante dezesseis longos séculos sem que qualquer questão fosse suscitada em torno da presença real do Senhor no Sacramento!


EMBORA TIVESSEM SURGIDO DIVERSAS QUERELAS EM TORNO DA PRESENÇA MATERIAL OU DA TRANSMUTAÇÃO/TRANSUBSTANCIAÇÃO.

No entanto, durante toda aquele período Cristão algum havia imaginado ou concebido a simples ideia de que o Sacramento eucarístico não passasse de pão e vinho ordinários cuja ingestão servisse apenas para testemunhar publicamente a fé.