Hiper agia ai partenos Maria, akrantos Mitéra tou Khristos Theos - soson imas!
Batul Lala Marian Wallidat al illah - ʕawnu ni!

Nossos pais e avós foram protestantes, nossos tetravos papistas, as gerações do passado remoto no entanto foram Católicas, apostólicas e ortodoxas, e nós, consagrando todas as forças do intelecto ao estudo da coisas santas e divinas desde a mais tenra idade, reencontramos e resgatamos a fé verdadeira, pura, santa e imaculada dos apóstolos, mártires e padres aos quais foi confiada a palavra divina. E tendo resgatado as raízes históricas de nossa preciosa e vivificante fé não repousaremos por um instante até comunica-la aos que forem dignos, segundo o preceito do Senhor. Esta é a senda da luz e da justiça, lei do amor, da compaixão, da misericórdia e da paz entregue uma única vez aos santos e heróis dos tempos antigos.

João I

João I
O Verbo se fez carne




Hei amigo

Se vc é protestante ou carismático certamente não conhece o canto Ortodoxo entoado pelos Cristãos desde os tempos das catacumbas. Clique abaixo e ouça:

Mantido pelo profo Domingos Pardal Braz:

de pentecostal a ORTODOXO.

Jesus aos apóstolos:

"QUEM VOS OUVE É A MIM QUE OUVE E QUEM VOS REJEITA É A MIM QUE REJEITA."


A CRUZ É UM ESCÂNDALO PARA OS QUE SE PERDEM. MAS PARA OS SANTOS PODER E GLÓRIA DE DEUS.

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sexta-feira, 27 de maio de 2016

LIVRO PRIMEIRO - Capítulo VII > Divisões a respeito da presença real do Senhor da Eucaristia: Sub Capitulo VIII - O impacto da rebelião luterana

Foi quando apareceu em cena o esposo de Dna Catarina von Bora... fr Martinho Lutero de Eisleben.

Não que ele mesmo tivesse suscitado qualquer questão em torno de tão certa e segura doutrina. Pois aqui conformou-se definitivamente com a tradição e sempre acreditou como qualquer ortodoxo ou papista. Conservando imaculadamente a fé Católica, e isto a ponto de seus próprios continuadores classificarem-no como um monge ou troglodita... Nada mas fácil do que espezinhar leão morto!!! Mas ah se Lutero fosse vivo!!! Com que carinhosos epítetos não brindaria seus 'filhos' assembleianos ou adventistas!

No entanto foi ele que destravou as portas da igreja... ou que 'abriu' as porteiras da doutrina as cogitações individuais pelo simples fato de questionar a autoridade divina e negar a tradição.

Oferecendo a seus ouvintes e continuadores - ANABATISTAS, UNITÁRIOS E ZWINGLIANOS - o 'modus operandi' porque haveriam de justificar muito comodamente suas teorias e opiniões profanas.

Referi-mo-nos obviamente ao 'Sola Scriptura' e ao LIVRE EXAME i é a doutrina segundo a qual todo e qualquer Cristão tem o dever de questionar a pregação da Igreja Histórica e de extrair sua fé diretamente do livro, compreendido de modo geral como uma transposição - humana e falível - para o vernáculo do original inspirado e divino.

Foi da Bíblia ou melhor de suas traduções humanas e falíveis que indivíduos prevenidos contra a Igreja antiga extraíram todas as opiniões exóticas que viriam e vieram a DEBILITAR a fé Cristã e preparar os caminhos da incredulidade, do ateismo, do judaísmo e acima de tudo do islã... 

O primeiro passo para o obscurecimento e eclipse da fé entre os europeus foi a confusão doutrinária produzida pelo livre examinismo e o Biblismo afirmados por Lutero em Worms! Urgia baralhar a pregação de modo a torna-la incompreensível. Foi o que Lutero fez e com maestria.

Principiou nosso agostiniano emitindo algumas dúvidas, meio inocentes, a respeito das indulgências papais, passando logo ao terreno da salvação, da fé e das obras, até chegar aos confins da tradição - cujo testemunho desamparava-o - e da igreja, cuja autoridade desamparava-o.

Arrastado por uma polêmica nem sempre honesta e serena, acuado por Eckius, pego de improviso e enrolando-se cada vez mais não restou ao 'profeta saxão' outra alternativa ou recurso que encastelar-se na tal 'suficiência das escrituras' e no exame particular contra as pretensões do Vaticano. 

Isto sem sequer perceber que a longo prazo laborava contra sua própria autoridade e sabotava a fé ancestral, por ter elaborado e assumido a um princípio corrosivo. E corrosivo porque individual, subjetivo, caprichoso e arbitrário... Por meio do qual a Verdade eterna e a divina Revelação foi substituída pelo conceito de Interpretação...

A tragédia aqui foi que após o Papa, os cardeais, os Bispos, os clérigos, os monges e até mesmo o Concílio Geral terem sido denunciados - como corruptores - pelo filho de Dna Margarida todo e qualquer homem deveria acautelar-se de apresentar a si mesmo como mestre ou líder autorizado da Cristandade... Sobrepondo suas opiniões ou interpretações ao foro do juízo individual.

Assim sendo, quando o próprio - esquecendo de tudo quando havia dito e escrito pouco antes - Lutero ousou faze-lo (Revindicando submissão a sua doutrina e chamando os demais livre examinadores a uniformidade luterana) foi tratado pelos dissidentes ou sectários da mesma maneira como tratara o Papa romano e seus auxiliares ou seja com um adversário da liberdade cristã, usurpador, tirano, déspota, anti cristo, sedutor, hipócrita e falso profeta. 


Isto pelo simples fato de não querer avançar com a dita reforma - que segundo a opinião de muitos era insuficiente - e demolir a uma só vez todos os artigos do credo Católico: Da divindade de Cristo ao Domingo... Por não ter abatido por completo e posto a rés de chão todo edifício da fé Ortodoxa, passou Lutero a ser encarado como inconsequente e leviado pela maior  parte de seus herdeiros espirituais. 

Quando a situação chegou a este ponto anabatistas, zwinglianos unitários declararam a uma só voz estar em posse tanto de exemplares da Bíblia - ou melhor traduções dela - quanto de juízo suficiente para compreende-la. Descartando a mediação, a autoridade ou o auxílio do 'grande reformador'...

Espalhados tantos exemplares da Bíblia entre a parte letrada do povo, tornou-se o 'gigantesco' e 'colossal' M Lutero desnecessário, inútil ou mesmo ameaçador face as pretensões do marceneiro, do sapateiro, do padeiro, do pedreiro, do cavaleiro, etc elevado a condição de Bispo particular ou de 'estudante da Bíblia'.

Pois se ao colossal e divino, e predestinado Lutero parecia haver algumas coisas boas no Catolicismo no no Cristianismo ante reformado, para seus sucessores e continuadores o Catolicismo era pagão e diabólico dos pés a cabeça e o Cristianismo alguma outra coisa, ainda em parte 'ignorada' e desconhecida (!!!). Era Lutero um profeta 'meio católico' ou 'meio pagão' a que estranhamente, o deus protestante, iluminará apenas em parte, deixando-o em parte nas trevas do erro e nas garras do paganismo!

Tal a miséria suprema e eterna da pregação protestante; segundo a qual a verdade é restituída homeopaticamente ou a conta gotas, de modo a amancebar-se provisoriamente com o erro e de conviver perfeitamente com ele... Até que surja outro iluminado e continue a demolição.


Nem podia deixar de ser assim...

Afinal no momento mesmo em que Lutero ganha seu minuto de fama, glória e imortalidade por ter resistido corajosamente ao Imperador e ao Papa em Worms cada indivíduo sente-se estimulado a tomar um exemplar da mesma Bíblia e a dar sua contribuição, arvorando-se em reformador ou árbitro da doutrina Cristã e fazendo avançar esta eterna reforma que jamais chega ao fim. Pelo que surgiu na Europa um número impressionante deles. Ficando pulverizada a divina Revelação.

Por via dessa reforma jamais acaba nada sobre a face da terra será mais instável do que a fé Cristã!!! Nada mais instável, confuso e vulnerável as justas críticas postas pela razão!

Na medida em que cada individuo publica ou edita uma versão distinta da fé ou um tipo diferente de Cristianismo a Unidade e a Verdade estão mortas e enterradas como relíquias de Eras passadas. E fechou-se a porta para o acordo e o entendimento.


Se Lutero ao menos por um instante acreditou ingenuamente que seria capaz de comandar toda essa imensa hoste ou turba de leitores da Bíblia não tardou a perceber que as forças que suscitara e retirara do abismo eram incontroláveis e que sequer podia cogitar a respeito dos rumos que haveriam de tomar.


Na medida em que impossibilitava a afirmação de qualquer tipo de autoridade comum, externa a Bíblia, e consequentemente aos indivíduos. 

Mesmo sem vir a percebe-lo Lutero libertará o individuo e demolirá a comunidade da fé e abatera a verdade até os fundamentos. Tornando-se responsável por obscurecer o conceito de divina Revelação, mantido ciosamente pelo próprio islamismo. Aqui, como já dissemos o conceito de Revelação cede passo ao conceito puramente humano e subjetivo de interpretação... Nada de concreto nos é dado ou oferecido pelo Cristo e entregue pela igreja em termos de doutrina e verdade. Cabendo a cada fiel produzir as suas!

Desde então tudo era possível e todas as doutrinas ulteriores e futuras estavam potencialmente contidas na decisão que tomou. De arvorar um livro como autoridade suprema no âmbito da fé... Quando este livro, e consequentemente a Verdade, a doutrina, a revelação e o Cristianismo tornam-se objeto de juízo por parte do individuo e da razão. A qual em tese todos tem acesso...

Fez-se Lutero tão inútil, como fizera inúteis os Bispos, Padres, clérigos, monges, doutores, pastores, líderes eclesiásticos, etc ao admitir que o simples examinador da Bíblia é autoridade suprema em matéria de fé. Criou igrejas individuais, doutrinas individuais, credos individuais, 'cristianismos' a mancheia e demoliu o padrão divino da autoridade. Convertendo o protestantismo futuro ( a que chamamos histórico) - enquanto eterno retorno ao Catolicismo - numa perpétua mentira!

Emitindo teoria sobre a falibilidade parcial - ou 'meia' apostasia - da Igreja histórica, Lutero facultou aos demais a possibilidade de ampliarem ao máximo o alcance desta falibilidade e de porem em dúvida todos os artigos de fé historicamente afirmados pela Cristandade, assim o batismo infantil, a presença real, a divindade do Senhor, o número dos Sacramentos, a comunhão dos Santos, etc, etc, etc

Nem podia Lutero atalha-los. Pois se a Igreja antiga fundada pelo divino Mestre errará como poderia ele Lutero achar-se completamente a salvo do erro??? Como por em duvida a igreja tiga sem estender a mesma dúvida a nova? Como descrer do romanismo sem descrer igualmente do protestantismo ou do luteranismo? Por que acreditar que o monge alemão era superior ao clero italiano ou latino? Se a igreja anterior fracassará como crer ingenuamente que sua sucessora seria incorruptível? Portanto a dúvida e o ceticismo já ali estavam no berço mesmo do protestantismo a envenena-lo por completo!

E ele não passou de um acordo provisório ou de uma transição da fé ancestral e Católica para a incredulidade moderna. Protestantismo foi solução de compromisso entre a crença e a descrença desde o princípio e jamais deixou de ser encarado pelos sábios mais atilados como curso de introdução ao ateísmo, ao materialismo e a indiferença.

Pois a busca da Unidade e da Verdade através da Bíblia e do engenho humano produz apenas frustração e desengano. Biblismo e livre exame jamais superam a fragmentação, sinal evidente do erro, e o protestantismo jamais satisfaz os apelos da mesma razão, a qual demanda por critério que conduza-a a estabilidade. Evidentemente que estamos falando de 'autoridade' e de tradição enquanto veículos que nos auxiliam a apreender o sentido dos Santos Evangelhos.

Se a Igreja de Cristo equivocou-se como poderia uma reformação encetada e dirigida por homens estar a salvo do erro e do engano, ou imunizada enfim??? 


Se a igreja Católica que remonta aos apóstolos corrompeu-se tão miseravelmente como supor que a sorte do protestantismo fosse diversa?

Em que os profetas alemães do século XVI seriam superiores ao divino Mestre ou a seus apóstolos? 

Portanto se o Mestre e os abençoados apóstolos nada construíram de definitivo ou de perene...

Deveríamos nos contentar em saltar de corrupção em corrupção??? E de nos contentar com meias verdades provisórias???


Não, não há como fugir a esta amarga verdade: Toda dinâmica da reforma protestante, envenenada pelo ceticismo, conduz fatalmente a perda da fé, a apostasia, a angústia e a desolação. Pois priva a pobre humanidade do único aceno com que a divindade ousou agracia-la no curso da História, a saber, da posse de uma Revelação incorruptível, infalivelmente transmitida e consequentemente da posse da Verdade eterna!

E o que resta após isto e apenas busca inútil, interpretação, opinião, conjectura, teoria, achismo, etc

Criticamente falando não podia a Sociedade dar por certa a falsidade das doutrinas tradicionais em torno do Batismo, da Eucaristia, da divindade de Cristo, dos Sacramentos, etc sem concluir pela falsidade do Evangelho, do nascimento virginal, da ressurreição, etc E mergulhar de cabeça e corpo inteiro no pântano da incredulidade...


Nem podia tecer dúvidas a respeito da igreja, custodiaria da Escritura, sem acabar concebendo dúvidas a respeito da própria Escritura. 

E o próprio protestantismo, foi por este caminho, tornando-se liberal até repudiar a doutrina da inspiração... digo do EVANGELHO. Logo ele que fazia tantas galas sobre a falsa doutrina da inspiração plenária ou linear, e elaborou um falso Corão 'cristão'. Chegou aos extremos de pelo liberalismo repudiar a divindade das palavra de Jesus Cristo e por sua 'ortodoxia' vã a misturar a palavra de Jesus Cristo com as palavras de outros tantos escritores até perder sua especificidade e excelência. 

É sintomático que o protestantismo raramente assuma posicionamentos equilibrados. Pois se alguns de seus adeptos repudiam formalmente a autoridade dos Santos Evangelhos ou das palavras de Cristo, a maior parte deles ainda encontra-se presa a ideia de uma Bíblia unitária de gênesis a apocalipse, do que resulta a voz de Cristo perder-se em meio as outras vozes...

É e sempre será uma religião de extremos e de extremistas. De liberais incrédulos e de fanáticos judaizantes, e raramente sai disto sem sair de si e atingir a verdade divina do Catolicismo. 

Um destes degraus que conduziram o mundo ao abismo da negação foi o anabatismo, outro o zwinglianismo, outro o unitarismo, outro o iconoclasmo, outro o sabatismo e assim sucessivamente.

quinta-feira, 26 de maio de 2016

LIVRO PRIMEIRO - Capítulo II: Divisões a respeito da Santíssima Trindade - Sub Capítulo 05 > A lenga lenga dos pontos fundamentais da doutrina protestante

Neste artigo o leitor benevolente encontrará os seguintes artigos:

  1. A lenga lenga dos pontos fundamentais de doutrina
  2. Quando os símbolos de fé não tem valor
  3. Se o juízo de fé é particular...
  4. Nos domínios da Bibliolatria
  5. O que é fundamental para um pode não ser para outro...
  6. Nos confins da loucura
  7. O triunfo da arrogância
  8. Cegos guiando cegos
  9. Isolando certos pontos doutrinais
  10. Tinha de dar mesmo onde deu - No relativismo...
  11. Quando opinar não basta
  12. No atoleiro das contradições
  13. Um posicionamento perigoso.
  14. Chegando aos confins da incerteza




QUEM É QUE DETERMINA OS PONTOS FUNDAMENTAIS DE DOUTRINA???


Ortodoxo: Se assim o é, gostaria que saber - pois tal pergunta ainda não foi respondida pelos Alciatos, Jurieus, Basnages, Oliveiras, Pereiras, Seymores, etc - quem é que determina quantos e quais são esses tais pontos essenciais ou crenças fundamentais do protestantismo??? Quem com sua autoridade e poder constrange todos os livre examinadores a receber determinada doutrina como essencial ou seja, como parte constituitiva da divina Revelação?

Por outro lado não consideramos que a doutrina Cristã ou o conteúdo doutrinário da boa Nova seja simples questão de opinião como sugere o Dr Kennedy... Pois nos Evangelhos jamais damos com Jesus perguntando as multidões: Que pensais vós sobre a Trindade ou a Imortalidade da alma? Qual é vosso ponto de vista? QUAL VOSSA OPINIÃO. Vamos debater???

Em que parte do Evangelho damos com Jesus enviando os apóstolos para que debatam com os gentios ou lhes forneçam opiniões???

Sócrates, o maior de todos os homens segundo Russeau, dialogava ou debatia trocando ideias com seus interlocutores. Jesus não.

Jesus ensinava como quem tinha autoridade ou seja como era arrogante ou divino.

De modo que OPINIÕES, hipóteses, sugestões, palpites ou teorias não vem ao caso do Cristianismo ou da igreja... Alias nada mais refratário a REVELAÇÃO do que opinião...

Nem posso compreender como as Sociedades Bíblicas torrem tantos e tantos milhões de libras com o objetivo de anunciar opiniões...

Com efeito o próprio Dr James Kennedy exorta os missionários protestantes dizendo que evangelizar "Não é questão de ganhar debates ou de perder-se em discussões.".... 

No entanto que fazer com opiniões senão discuti-las???

Caso os protestantes não desejem que suas opiniões e teorias multiformes sejam debatidas ou discutidas ASSUMAM O DESAFIO E UNAM-SE EM TORNO DA VERDADE DIVINA QUE É UNA!!!

No entanto para que possam atingir esta meta devem recorrer a algum tipo de autoridade que transcenda suas individualidades... NESTE CASO QUAL SERÁ ELA???





QUANDO OS SÍMBOLOS SÃO INÚTEIS!


protestante: Os presbiterianos apostam nos símbolos de fé.

Ortodoxo: "A pura doutrina bíblica não pode ser fixada por símbolos... isto contraria o princípio fundamental do protestantismo." Pape 1830; num 51 p 420

"A aceitação de símbolos como regra infalível é crença abominável e supersticiosa." Haurenski p 
296

"Tombou nossa Igreja na superstição aceitando confissões puramente humanas como garantias da Verdade; embora nossos pais tenham crido e ensinado que na Bíblia apenas encontra-se a Verdade suprema." Scheibel

"AS PRETENSÕES DP SÍNODO DE DORDT NÃO ESTÃO DE ACORDO COM OS PRINCÍPIOS DA FÉ PROTESTANTE." De Wette

Afinal os símbolos servem apenas para expressar publicamente qual seja a fé ensinada pela Igreja Histórica e mantida pela sucessão apostólica. Aderimos ao símbolo não pelo símbolo mas tendo em vista a natureza da instituição cuja fé ele pretende exprimir e a idoneidade daqueles que o subscreveram.

Sendo assim um símbolo confeccionado por uma 'igreja' surgida em 1535 e endossado apenas por leigos será sempre um arremedo de símbolo. 

Pois se os calvinistas podem criar símbolos de fé também os anabatistas, cristadelfos, sandemanianos, sabatistas, adventistas, jeovistas, neo ebionitas, etc podem faze-lo... e teremos tantos símbolos quanto cabeças...



Se o juízo é particular ou individual...


protestante: !?!

ortodoxo: Acompanhe-me - Se o fundamento da doutrina é a vontade de cada individuo disto decorre que cabe a cada um determinar quais sejam seus pontos essenciais sem precisar inquietar-se com as opiniões alheias! 

Disto resultam dois FATOS bastante sabidos: 

1) Que cada credo ou símbolo protestante tenha validade restrita a determinada seita

2) A inexistência de doutrinas comuns professadas pelos adeptos do protestantismo em sua totalidade. 

Nem mesmo os princípios gerais ou solas, são unanimemente reconhecidos pela totalidade das organizações protestantes no tempo presente.

Portanto quando qualquer protestante refere-se a certos pontos fundamentais, devemos compreender os tais pontos fundamentais como fundamentais não para todos os examinadores da Bíblia - i é protestantes - mas para si mesmo ou no máximo para a seita a que pertence.

E eles jamais conferem Unidade credal ao protestantismo como um todo. Ficando o protestantismo em posse de diversos credos ou símbolos com seus doutrinas fundamentais.


Agora se determinar o que é essencial ou fundamental não cabe ao individuo, mas a um líder, um sínodo, ou uma organização cai por terra o princípio do livre examinismo - i é a tão alardeada prerrogativa individual de examinar e julgar a doutrina da Igreja - e com ele o edifício do protestantismo. Afinal o padrão comunitário da autoridade é essencialmente Católico. 

Havendo pontos essenciais e anteriores ao exame i é DOGMAS os srs oferecem aos católicos ortodoxos e aos papistas um bem que não possuem...

"LIBERDADE INUTIL essa que nos foi concedida pelos reformadores caso devessemos permanecer escravizados por suas opiniões." Uhlig "In der A K Z" 1830 num 64 p 523

"Sua confissão de fé - a de Lutero - não pode nem deve ser encarada como padrão pelas gerações futuras porque ele fez da livre expansão do espírito da fé como um dos fundamentos da igreja." Von Langsdorf 'Forderungen des wahren teuschen protestantismus'; 1831, p 108

Agora se estão mesmo na posse do direito de interpretar as escrituras a revelia da igreja e de julgar a igreja julgando as Escrituras a quem fica sujeito o individuo? 

Julgada a igreja pela escritura e esta PELO INDIVIDUO, que autoridade resta para além do indivíduo??? O qual fica desde então arvorado como padrão ou critério da fé...

Como aqueles que autorizam o indivíduo a julgar a escritura e a igreja podem exigir dele qualquer tipo de submissão ou obediência?


protestantePenso que o juízo doutrinário fique ao encargo da Bíblia. A bíblia é que determina o que é ou não fundamental.


ABOMINÁVEL IDOLATRIA


"A experiência tem demonstrado que O LIVRO SAGRADO NÃO PODE SERVIR PARA UM PROPÓSITO PARA O QUAL NÃO FOI FEITO. Pode ser que em certas circunstâncias um meio de conversão para algumas pessoas. TODAVIA UM LIVRO, NO FIM DAS CONTAS, NÃO PODE FAZER FRENTE A ASTÚCIA DO ENTENDIMENTO HUMANO."Cardeal Newmann in 'História de minhas ideias religiosas' V

ortodoxo: Com razão foi dito que vocês protestantes atribuem características e capacidades humanas ao livro (existe até mesmo uma publicação protestante intitulada 'A bíblia não é um livro mas uma pessoa' - talvez a quarta pessoa da Santíssima Trindade rsrsrsrs)

Nós no entanto afirmamos que fixação dos principais pontos de doutrina não pode caber a Bíblia, primeiramente porque não sendo um ser humano ou uma pessoa mas livro, não é dotada de capacidade para raciocinar e, consequentemente, para exercer julgamento. 

Homens julgam homens, livros nada julgam...

Ademais porque ela é justamente o objeto sobre o qual o juízo humano é exercido. Sendo assim como poderia ser a um só tempo juiz e réu???? Julgador e coisa julgada??? 

Admitida esta teoria a Bíblia estaria julgando a Bíblia, o livro examinando o livro, a Escritura comentando a Escritura; o que atinge as raias da insanidade...

É certamente o individuo ou homem falível que exerce julgamento sobre as escrituras impondo-lhe um sentido individual, obscurecendo a mensagem divina e poluindo a sagrada Revelação.

E daqui procede a discordância existente entre os diversos intérpretes. 

Pois cada pessoa sendo diferente de todas as outras com sua própria visão de mundo, e seus valores, e seus princípios, tende a compreender distintamente o livro. Assim, a menos que adote um critério hermenêutico eficaz ou assuma o padrão objetivo da tradição lera o livro de maneira peculiar e forjará um tipo de Cristianismo peculiar. 


O que é essencial para alguns indivíduos apenas não pode ser comum a TODOS...


Assim o que é vital, essencial ou fundamental para Jurieu, para Durie, para Campbel, para Irwing ou para E C Pereira, ou para Darby não o será de modo algum para os demais protestantes ou para o protestantismo como um todo.

SERÁ ESSENCIAL OU FUNDAMENTAL SIM MAS A NÍVEL MERAMENTE INDIVIDUAL JAMAIS UNIVERSAL OU A PONTO DE PRODUZIR UMA FÉ COMUM!

Desamparado por qualquer padrão externo e objetivo com Papa, Concilio geral ou Idjima...Isento de qualquer critério, padrão ou norma reguladora exterior ao livro ou ao individuo que o examina o protestantismo não pode deixar de esfarelar-se e de reverter a um aluvião de interpretações arbitrárias fixadas por indivíduos presunçosos.

Podemos definir o protestantismo como uma espiritualidade essencialmente individualista e apontar o éthos individualista como correspondendo ao único elemento comum a todas as seitas!

Admitido o princípio do livre exame, tal e qual foi enunciado por Lutero, Ch T Russel é juiz tão bom quanto Wesley, E G Withe juiz tão capacitado quanto Muntzer, Berg juiz tão aparelhado quanto Zwinglio, RR Soares juiz tão digno quanto Calvino e por ai afora... sendo absurdo supor juiz melhor ou pior... TODOS TEM O DIREITO DE EXAMINAR E DE JULGAR e não podemos saber ou compreender como alguns espertalhões tem se arvorado com instrutores e guias dos demais! 

Fosse o livre examinismo encarado com seriedade por nossos adversários e, protestante algum ousaria apresentar-se como instrutor ou guia de outro protestante ou mesmo 'católico'. A exceção daqueles que sendo perfeitamente estúpidos não foram capazes de compreender seu verdadeiro alcance e extensão e, consequentemente; de fazer valer seus direitos sagrados.

Tal a constatação a que chegara o medico espanhol Miguel Servet, o qual por ter ousado examinar tanto mais livre e desembaraçadamente - levando mesma a sério a palavra 'livre' (a ponto de dar razão a Maomé, Ario e Moisés) - a fé foi mandado tostar a lenha verde por J Calvino...

Não pense o caro leitor que em suas cartas - que ainda se conservam - não tenha o pobre Servet feito alarde de sua liberdade Cristã e pleiteado o direito de interpretar e examinar as Escrituras como bem quisesse e sem quaisquer peias doutrinais.

Fe-lo em alto e bom som, quase que aos gritos.

Calvino e seus sequazes no entanto quase estouraram de tanto rir, e então... Como já disse foi o homem literalmente tostado. Uma calamidade!

Alguns no entanto aprenderam a lição e, desde então jamais cessaram de apresentar Lutero, Calvino Zwinglio como vis demagogos cuja suprema aspiração eram estabelecer um Novo papado... Pelo que passou a dita reformação a ser contínua e já não há uma igreja por assim dizer definitivamente reformada mas um Cristandade em perpétuo estado de reforma ou reformulação.

Parte da reforma reverteu aos princípios do papado enquanto a outra converteu-se em devenir ou fluxo interminável e incessante de opiniões...

Temos aqui um Cristianismo que perdeu seu ponto de equilíbrio e cindiu-se em diversos pólos contrários.

ARROGÂNCIA OU LOUCURA???


Eis porque, temos aqui em São Vicente - SP - uma minúscula seita - composta por meia centena de tontos - sobre cuja entrada foi posta uma placa com os seguintes dizeres: 'FUNDADA PELA VONTADE DE DEUS'. Como se o Infinito Deus não tivesse nada de melhor para fazer do que criar uma nova seita barulhenta com que perturbar os vizinhos enquanto a vacina do câncer fica sempre por descobrir e as criancinhas continuam morrendo de fome na Etiópia! Seria cômica senão trágica a existência de um ser tão preocupado com o pouco e nada preocupado com o muito...

E NO ENTANTO TAMBÉM ESTE PATRIARCA OU PROFETA BÍBLICO DEVE LÁ TER DADO COM SUA VERDADEZINHA... IGNORADA PELOS OUTROS 6.999.999.950 seres humanos destinados aos tormentos do inferno devido ao grande pecado de ignorar sua existência...rsrsrsrsrsrs

Para os luteranos este principiozinho foi o antinomiasmo, para os calvinistas a predestinação, para os anabatistas o batismo de adultos, para Socino o unitarismo, para os adventistas a segunda vinda de Cristo, para os sabatistas o sábado e a dieta, para os jeovistas o nome de Deus e os Jonadabes, para os congregados o véu, para os neopentecostais o dízimo, para o G 12 o acobertamento espiritual, e assim sucessivamente...

E ainda não se descobriu ou restabeleceu tudo!!!

Pelo que vai o 'corpo' do protestantismo assemelhando-se cada vez mais ao corpo daquele infeliz que caiu no moedor de centeio!



Cegos guiando cegos...


Raro o sectário que não costume levar bastante a sério seu papel de juiz e reformador. E mal fica ciente do que seja o 'livre exame' inventado por pai Lutero começa a encarar a si mesmo como árbitro da Cristandade universal.

Afinal livre exame é 'lei' que converte qualquer 'caipira' ou 'tabaréu' em profeta semelhante a Elias ou Jeremias e qualquer Hernandez ou Rodovalho da vida em apóstolo como Pedro e Paulo...

A princípio parece que apenas S Tomé havia passado a esta parte do mundo, segundo diziam os jesuítas, hoje no entanto proliferam apóstolos: Oséias, Caleb, Francisco, Luiz, Bento, etc 

É tomar a Bíblia nas mãos, soletra-la e converter-se em Bispo, padre, diácono...

"Certamente - assevera De Wette sucederão tempos mais calmos e mais ou menos estáveis, mas somente para dar espaço a um novo surto de movimento pois o espírito humano jamais sossega e para ele não há termo final em matéria de especulação." 

"Nada poderia limitar a liberdade de buscarmos a Verdade evangélica dentro da palavra de Deus e de aperfeiçoa-la incessantemente ..." in Tittman

"Não devemos temer novidades não pode haver ponto final na busca pela verdade; não existe qualquer regra fixa de fé fora da Escritura santa." in Schuderoff 'Jahrbucher fur Kircher XXXIII

Tolo aqui é quem opta por ser ovelha devorando as migalhas que caem das mesas desses tais profetas e apóstolos! Quando bem pode ser seu profeta, apóstolo, bispo e papa!!!

Desde que tenha a Bíblia nas mãos e saiba soletra-la!!!



ISOLANDO CERTOS PONTOS DE DOUTRINA.


A par disto há ainda o menosprezo por certos aspectos da vida espiritual que não foram devidamente apreciados pelo fundador da seita e por seus seguidores. Assim para os jeovistas e congregados é indiferente que a adoração comunitária seja executada no sábado com os judeus e adventistas, no domingo com os ortodoxos, romanos e anglicanos, na sexta feira com os muçulmanos, em qualquer outro dia da semana ou em dia algum... Para os adventista no entanto o dia da adoração é a pedra de toque da divina revelação e o mandamento mais saliente das tábuas como asseverou a sra Withe...

Acontece que para os seguidores de Ch T Russel e de L Francescon a opinião da Sra Withe não significa coisa alguma. Profeta entre os sabatistas, entre jeovistas e congregados a Sra White não passa duma ilustre desconhecida ou desmiolada.

Já quanto as teorias de Russel Francescon, os sabatistas riem-se folgadamente delas a exemplo de E C Pereira ou A P dos Reis... É alias de bom tom em tais meios que um escarneça do que é mais sagrado para o outro... E senguem rindo uns dos outros e escarnecendo a doutrina rival, como uma comédia bíblica.

Protestantes há que repudiam a comemoração da Páscoa, a qual no entanto é ciosamente observada pelos luteranos e calvinistas... Outros denunciam o Natal, enquanto outros tantos comemoram-no devotamente... Outros enfim, como os primitivos calvinistas, rejeitam o calendário eclesiástico como um todo.

Não havendo autoridade comum no seio do protestantismo - exceto o livro que sendo objeto do exame não pode ser simultaneamente o juiz (pois caso fosse o juiz não seria examinado livremente pelo individuo) - não se pode falar com propriedade em doutrinas 'comuns' ou a respeito das quais todos os livre exaministas devam estar de acordo sob pena de não serem Cristãos.

"Não existe DOUTRINA QUE POSSA SER CONSIDERADA FUNDAMENTAL NO SEIO DO PROTESTANTISMO." Honinghaus opus cit 69

No momento em que Lutero ou Calvino fixarem-nas por meio de sínodos e símbolos, os livre exaministas lhes dirão:

"Que é um símbolo a não ser cadeias de ferro com que desejais prender as consciências dos verdadeiros protestantes." Ludke 'Von falsigen religionseifer 1767

"Nenhum poder natural tem o direito de elaborar símbolos de fé..." Wieland

Assim quando os anabatistas fixarem outras tantas doutrinas essenciais os sabatistas apelarão ao livro, e o mesmo farão os jeovistas com relação aos adventistas... E jamais chegarão a qualquer acordo ou conclusão sobre qualquer doutrina... E condenar-se-ao uns aos outros em nome de sua interpretação ou melhor em nome do livro que creem ser os únicos a compreender!!!

E se Lutero ou Zwinglio ousarem apontar para este ou aquele texto - límpido e claro - do Evangelho, qualquer anabatista lhes dirá: É o que vos parece ou vossa interpretação, de minha parte COMPREENDO E INTERPRETO DOUTRA MANEIRAS, ASSIM E ASSIM...

Afinal não foi exatamente o mesmo que Lutero respondeu aos servos do papa romano?

No entanto quando Karlstadt optou por exercer seus direitos e por discordar, vejamos o que aconteceu:

"Em karlstadt com sua teimosa insistência a respeito do Livre exame e do direito de Livre examinar uma doutrina. LUTERO VIU A FACE DO ABISMO QUE SE ABRIA E QUE AMEAÇAVA DESTRUIR A DOUTRINA CRISTÃ ATÉ OS FUNDAMENTOS. EIS PORQUE ODIOU A MUNTZER E A ZWINGLIO ACIMA DE TODOS E A TANTOS QUANTOS OPTARAM POR LEVAR ADIANTE SEUS PRINCÍPIOS E MÉTODOS SACRÍLEGOS." Hoeninghaus 

Daí Hoffmann: "Nos observamos sem constrangimento a diversidade da fé professada por nossas igrejas. AFINAL NÃO PODERIA SER DIFERENTE NUMA IGREJA QUE AFIRMA SER LIVRE." Die protestantismus

Aqui a liberdade humana, posta no lugar errado, substituiu a Unidade e a Verdade.

E POR NÃO PODEREM SUPORTAR O JUGO DA AUTORIDADE, SEGUNDO DISPOSTO FOI POR DEUS, APARTARAM-SE OS PROTESTANTES DA VERDADE DIVINAMENTE REVELADA E PERDERAM O DOM DA UNIDADE.



TINHA DE DAR ONDE DEU: DO LIVRE EXAME AO RELATIVISMO CRASSO







Só me resta admitir que Nietzsche ('Só existem interpretações') aprendeu muito bem a lição com os confrades de seu pai (os pastores luteranos).

Pois sempre que citamos um texto qualquer a respeito dos sacramentos, da Virgem, da comunhão dos santos, etc ouvimos infalivelmente o mantra que se arrasta pelos séculos (como se fosse eco de Lutero):  Isto é o que vos parece... A mim no entanto não.

Dali a pouco no entanto torna ele, dizendo com tanto mais cinismo: "Assim sendo devemos ficar com o que a Bíblia diz, ou seja, com o veredito da palavra de deus..."

Dando a entender que a opinião dele a respeito da Bíblia outra coisa não é do que a Bíblia. Naturalmente que isto é supor a imbecilidade do interlocutor...

O qual por vezes é de fato imbecil...

Pois nós temos sempre opiniões ou palpites, ele apenas o significado!!!

Toda parlenga protestante supõe isto: Que devamos substituir a fé comunicada pela Igreja antiga pela interpretação particular de fulano ou beltrano... Do José ou do Toninho, da Ângela ou da Marizinha...

ORTODOXO OU ROMANISTA HÁ NO ENTANTO QUE ENGULA A ISCA...

Tomando a interpretação individual pelo sentido do livro sagrado e a doutrina do Walter pela doutrina de Jesus...


Opiniões não formam religião!


Pape no entanto reconhece que: "Edificar sistemas religiosos sobre OPINIÕES a respeito da Escritura é edificar sobre a areia e não sobre a rocha...in A K Z, 1830 p 171

Afinal a opinião humana a respeito do livro sagrado jamais será o próprio livro.

Agora se você conseguiu compreender a diferença entre a leitura que N e X fazem do Evangelho e o próprio Evangelho.. Se você conseguiu captar a distinção existente entre a compreensão que o RRSoares tem do Livro e o próprio livro... Se logrou perceber que o Testamento é uma coisa e a interpretação atribuída outra coisa... Que entre comentarista e coisa comentada existe um abismo... Você é um privilegiado e esta pronto para saber que o protestantismo não passa duma quimera! 

NA VERDADE AO ACOMPANHAR NOSSOS RACIOCÍNIOS VOCÊ DESCONSTRUIU O PROTESTANTISMO e tornou-se imune a suas cantilenas em torno da Bíblia!

O principal benefício auferido pelo protestantismo e seus defensores resulta da confusão que o bom povo costuma fazer entre ele (o ensino protestante) e o livro i é a Bíblia, tomando uma coisa pela outra. No instante em que você se torna apto para discernir entre as duas coisas: o Evangelho e o que os homens pensam a respeito dele, pronto, está vacinado contra os encantos do neo Cristianismo. 

Diante disto posso exclamar sem temor: AO EVANGELHO! 

Vá ao Evangelho e porfie por localizar em qualquer um deles qualquer um dos SOLAS protestantes! Desafio tá feito, repto tá lançado e se qualquer um dos leitores conseguir demonstrar que um só deles foi de fato ensinado - clara e objetivamente - pelo divino Mestre, faço-me eu mesmo protestante!

"Os protestantes atribuem autoridade ao livro porque não tem coragem de admitir A AUTORIDADE DO INDIVIDUO QUE EXAMINA O LIVRO EM OPOSIÇÃO A LEITURA FEITA PELA IGREJA." Russeau in Cartas da montanha

Tem sido desonesto desde os primórdios o biblismo ao fazer tanto barulho em torno do Livro. Livro que a igreja também possui e lê publicamente em todos os ofícios e cerimônias... Livro que a igreja interpreta, comenta, exalta, glorifica, etc segundo sua tradição... Livro que foi entregue a igreja, conservado, copiado e transmitido por ela!

Não amigo leitor, amigo protestante, o nervo da controvérsia entre Ortodoxia e protestantismo não é o livro ou a Bíblia!!! Não, não o é, nunca foi e jamais o será ou virá a se-lo!!!... O nervo do protestantismo é bem outro, é o tipo de leitura que dele se faz.

Pois enquanto a igreja encarna a leitura histórica do livro numa perspectiva comunitária o protestantismo preconiza a leitura ou a interpretação individual... supondo que cada individuo seja apto para extrair sua fé do livro e para opo-la a fé da igreja...

É pois de todo inutil e sempre inutil berrar aos quatro ventos que 'A ESCRITURA É DIVINA' uma vez que a fé reporta-se sempre a uma leitura executada por homens falíveis. Alias leitura porque o divino torna-se humano e falível. Leitura em que o sagrado cede lugar ao natural ou melhor ao profano... Se a Revelação é uma comunicação sagrada do divino feita aos gênero humano o protestantismo é uma atividade ou labor puramente humano, sempre impotente para dar com a verdade suprema.

Diante de tão trágica verdade só resta a cada protestante ou livre examinador bater o pé e gritar: A Bíblia diz e a Bíblia exige submissão!

A Bíblia diz ou ele faz com que a Bíblia diga??? 

Não, caro leitor, a Bíblia não diz, é ele, o leitor, o comentarista, o intérprete que via de regra força o sentido da Bíblia de modo a faze-la dizer tudo quanto quer!

Neste caso e a Bíblia? Como é que fica a Bíblia???

A Bíblia coitada permanece sempre ali caladinha, muda, silenciosa como uma pedra ou um sarrafo de madeira enquanto o examinador inconsequente fala, discursa e grita em seu nome. Com o intuíto de canonizar, santificar ou divinizar suas próprias opiniões e apresenta-las como indiscutíveis.

E até hoje ainda não invetaram melhor maneira com que ludibriar e enganar os mais simples!


No atoleiro das contradições...


Do que resultam as incontáveis aporias:

Assim Treschow pode dizer que: "O cárater pessoal do demônio é discutível... é necessário falar francamente sobre o assunto." in Der geist des Christenthums 1828

Enquanto Reinhard pondera: "Aqueles que negam a existência pessoal do Demônio estão em oposição a Escritura." in Vorselungen uber die dogmatik, 1812, pp 193

Eis porque "Nós protestantes sequer estamos de acordo a respeito da essência do que seja Cristianismo.admite Blasche na Allg K Z 1830; num 96

"Um afirma que tal doutrina se encontra na Bíblia enquanto outro sustenta que não se encontra PORQUE CADA QUAL LÊ E COMPREENDE DO SEU JEITO." é a constatação de Coste in 'Anhang zu lockes...' 1715

E a necessidade, premente, de se considerar a interpretação Ortodoxa... tendo em vista sua coesão, seu espírito de sistema, sua organicidade, sentido e racionalidade.

O protestantismo todavia "Conhece apenas opiniões, suspeitas, hipóteses... sem oferecer qualquer certeza." declara J G Muller in "Historische untersuchungen" 1801; sendo costume de seus partidários "Tratarem-se uns aos outros como heréticos." Ienaer allg literaturzeitung 1821 n 48


Perigoso inclusive!

Cumpre alertar ainda que este método precipuamente subjetivista constitua uma via de acesso a todas as crenças, fantasias, taras, bizarrices, e monstruosidades que a mente humana seja capaz de conceber e preste-se para justificar todas as espécies de crimes que a maldade humana possa imaginar. Assim o estupro, a guerra, o extermínio de dissidentes religiosos, a caça as bruxas, o infanticídio, a escravidão, o racismo, a homofobia, o machismo, etc tem sido habilmente advogados pelos leitores e examinadores da Bíblia



NOS DOMÍNIOS DA INCERTEZA!!!

Enfim havendo exame há busca e havendo busca ausência...

Ausência. Falta. Carência!

De afirmação, de posse, de verdade...

Os apóstolos comunicaram-nos da Divina Revelação que é o conhecimento da Verdade Eterna.

Os novos apóstolos do protestantismo tem o sinistro prazer de declarar-nos que não estamos em posse da Verdade eterna, mas enganados....

Agora quando lhes perguntamos o que eles tem a nos oferecer em troca...

Ficamos sabendo que nada teem além de interpretações, conjecturas, opiniões, palpites, teorias...

Melhor seria a ilusão da verdade eterna e a aparência da unidade plena!

Afinal que é o protestantismo é em si mesm - como dizia Hegel, e não o Pe Julio Maria (que por parodiar o ilustre filósofo alemão mereceu ser acusado de desonestidade pelo Pr Alvaro Reis) - senão indefinição ou nulidade?






 HEGEL DESONESTO, E NOSSOS PASTORES TUPINIQUINS HONESTÍSSIMOS, EIS ATÉ ONDE VAI A PRETENSÃO DE NOSSOS REFORMADOS...




Schiller - in Geschichte des 30 jahring, 1831, Tomo I, pg 22 - no entanto, não é menos categórico ao afirmar que "A única coisa que une os protestantes é o ódio que sentem pela igreja romana."

"DE DIA PARA DIA SE OUVE SEMPRE MAIS DIZER QUE JÁ NÃO HÁ PONTOS ESSENCIAIS FUNDAMENTAIS..." declarou o profo de teologia C. Doumergue, in Foi et vie. 1922, n 01

"A fé protestante jamais poderá vir a ser determinada, se me perguntas o que é a Igreja te digo que ela ainda não foi terminada..." é o parecer de Von Langsdorf in 'Forderunger des wahren teuschen protestantismus' 1831 pp 108

"Todo aquele que exige uma definição objetiva e fixa de nossa fé, É ESPIRITUALMENTE CATÓLICO e não protestante." ajunta Pape (A  K Z - 1830 num 171 p 1408)



"ASSISTIMOS COM INTERESSE E ATÉ SIMPATIA AS TENTATIVAS FEITAS PARA DETERMINAR CERTO NÚMERO DE DOGMAS IMUTÁVEIS E ABSOLUTOS NUMA OU NOUTRA DAS IGREJAS PROTESTANTES: PARA ISTO TRABALHARAM OS TEÓLOGOS MAIS SUTIS: TODOS FALHARAM... É QUE POR TODA PARTE A TENTATIVA IMPLICA CONTRADIÇÃO." sentenciou A Sabatier. in "Esquisse dune philosophie de la religion" Paris, 1897, p 188



"SE NOS OBJETAM: ESTAIS DIVIDIDOS, QUANTAS CABEÇAS TANTAS DOUTRINAS, RESPONDEMOS: É PURA VERDADE E NÃO QUEREMOS OUTRA COISA." ratifica A. Harnack.

Só nos resta concluir dizendo que quando os Jurieus, Claudios, Seymoures, Migueis Torres, ECPereiras, Oliveiras, etc alardeiam a tal unidade fantasmagórica do protestantismo, estão implicitamente admitindo a importância da unidade no que concerne ao objeto intelectual ou racional da fé e REFORÇANDO A ARGUMENTAÇÃO ORTODOXA!!!






quarta-feira, 25 de maio de 2016

LIVRO PRIMEIRO - Capítulo I - Sub capitulo 03 > "Um método idealista"

Neste artigo aquele que aspira por um conhecimento mais substancioso encontrará os seguintes tópicos:

  1. Um método idealista e ingênuo
  2. Um mau exame...
  3. A confusão doutrinal.
  4. O abandono...
  5. A intervenção secular dos princípes






A doutrina do livre exame não levou em conta as condições materiais da Sociedade


protestante: Precário em que e por que?

ortodoxo: Caso todos os Cristãos fossem chamados a extrair a verdade diretamente das Escrituras ou a provar a fé da Igreja por meio delas, semelhante exame - para ser proveitoso - exigiria deles intenso preparo e dedicação tão grande a ponto de estar obrigados a estudar um grande número de disciplinas (linguas, gramática, hermeneútica, exegese, literatura, lógica, história, geografia, ciências naturais, antropologia, sociologia, psicologia, etc) antes de sair do 'vestíbulo' e acharem-se aptos para atinar como sentido de uma única passagem inspirada!

Seria um esforço tão grande, tão titânico, tão colossal, tão amplo e tão profundo que consumiria décadas de estudo antes que fosse possível auferir um parco número de doutrinas razoavelmente seguras e reconstituir minima parcela da Verdade.

Que alguns poucos sábios e eruditos de vida folgada, enclausurados em seus gabinetes ou bibliotecas possam entregar-se ao luxo de empreender semelhante exame, concedemos sem maiores problemas... Pois é coisa de perito ou especialista.

Outro no entanto, e totalmente distinto é o caso do operário, do artesão, do campônio e da dona de casa cujas vidas, por assim dizer, encontram-se quase que completamente absorvidas pelas ocupações triviais do dia a dia... Assim deixarão eles de viver, de trabalhar, de comer para queimarem suas pestanas diante de coleções e dicionários ou haverão de examinar as pressas, apenas superficialmente e muito mal.



É com plena razão que o protestante Bretschneider assim se expressa: "OS IGNORANTES ESTÃO MORALMENTE OBRIGADOS A RECEBER AS SENTENÇAS E VEREDITOS DOS DOUTORES, OS QUAIS SOMENTE POSSUEM AS CONDIÇÕES NECESSÁRIAS PARA COMPREENDER A BÍBLIA." Dier S Simonismus und Christethum, 1832 p 173

Outra não é a opinião de Krug: "Admito que a palavra escrita para chegar a inteligência mediana e apresentar-se claramente ao intelecto em sua pureza, DEVA PASSAR PELA MEDIAÇÃO DAS INTELIGÊNCIAS HUMANAS MAIS ESCLARECIDAS E DE SER EXPOSTA POR ELAS."

Surpreendentemente Calvino já se lhes havia antecipado e reconhecido que: "A presunção de que não carecemos de mestres e doutores humanos para compreendermos o sentido da Escritura não passa de LOUCA TEMERIDADE." Mons Genoulhiac 'História dos Dogmas' Tomo I, introduc


Afinal como falar em interpretação, sentido, exegese, hermenêutica a quem carece de pão, leite, camisa e sapato!?  

Ao propor a teoria do livre examinismo Lutero simplesmente não levou em consideração as condições reais da vida do povo ou do homem comum mas lançou-se num inconsequente arroubo de idealismo.




Como ex monge recluso que era cometeu ele o erro fatal ade disseminar entre o bom povo um método 'monacal' ou seja adstrito a vida de um monge cuja única ocupação consiste em estudar o livro... Ele certamente foi capaz de constatar que parte dos burgueses era já capaz de executa-lo e pode partilha-lo com seus alunos oriundos das altas rodas. Foi no entanto incapaz de perceber que o povo em geral, mesmo nas grandes cidades, ainda não se achava a altura da tarefa proposta.

Mal sabia ele que um método apropriado para monges reclusos e eruditos ociosos não era adequado a plebe ignara ou as massas incultas...

"Lutero usou o livre exame como uma arma, forjada as pressas, com o único intuito de enfrentar a igreja romana, SEM SABER NO ENTANTO QUE A ARMA TINHA DOIS GUMES." Schuglz 'Was heiszt glauben' 1830 pp 43 "O livre exame foi solução de improviso - confessa Tieftrumk (p 234) - tendo em vista contrariar o papismo."

Por outro lado o exame meticuloso e responsável das escrituras associado a um 'ceticismo metodológico' capaz de por de lado até mesmo os preconceitos 'luteranos', deu tão certo entre estes últimos - os alunos de Lutero - que parte deles (como Pilkeimer, Enser, Friedrich Staphylus, Hollstenius, etc), vindo a constatar que os 'SOLAS' haviam sido canonizados por ele, retornou ao papismo...



As desastrosas consequências de um exame superficial!


O povo no entanto - devido a suas condições - carecendo de pressupostos para tanto examinou muito mal (ou seja superficialmente), fiando-se em traduções espúrias, ignorando os mais elementares princípios da exegese, menosprezando o testemunho da História, etc E disto resultou a formação de inúmeras seitas e a fragmentação da Cristandade. Agradava-lhes no entanto pensar que com tão pouco esforço tocavam a Verdade sem que precisassem curvar-se diante dos Bispos e padres.

Tal e gênese e fundamento do NEO CRISTIANISMO... DO MORALISMO... DO PURITANISMO... DO FUNDAMENTALISMO... DO PENTECOSTALISMO... E DE TODA ESTA RUÍNA ESPIRITUAL que prolonga-se até os dias de hoje alimentando a reação irreligiosa.

Desde então - é o redator da Darmstadt Allg Kirchen zeitung (1831 - n 21) quem o diz - "A doutrina protestante assemelha-se a fisionomia humana: cada qual tem a sua..." 

"Um exame imparcial da instituição protestante mostra que sem dúvida alguma seus princípios atentam contra a Unidade e logo CONTRA A VERDADE."Ulmann in 'In den Theolog Studien und Kritik' 1832 vol II pp 301


Conclusão: O Método estabelecido por Lutero é inoperante tendo em vista a manutenção daquele caráter unionista com que Jesus Cristo desejou expressamente distinguir a Igreja por ele fundada.

Ele não só esfacelou a Cristandade em inúmeros conventículos rivais, como obscureceu a verdade, semeou a confusão nos corações dos fiéis e lançou os fundamentos da apostasia moderna i é da incredulidade generosidade. Pois em menos de um século ninguém mais sabia em que devia crer e a maior parte dos homens ignorava os fundamentos mais remotos da doutrina Cristã como a Encarnação e divindade de Cristo.

"A contradição e a confusão caracterizam nossa pregação evangélica." Khote in 'Concordia die Symbolus' 1830 p 06


Total falta de preparo

Passados cerca de uns cem anos Spinoza - tal e qual Lutero - dispos-se a fornecer um método para o povo.

No entanto a simples leitura de seu texto bem como a ordenação do método preconizado por ele, dão a perceber mais uma vez que a exegese científica não foi feita para o tecelão, o verdureiro, o padeiro, o peixeiro, a diarista, etc

E que eles jamais lograrão obter o legítimo sentido da escritura por semelhante via.

A própria especialização das coisas, comum ao trabalho humano, dispos que no plano religioso ou espiritual os leigos - especialmente as pessoas mais simples - fossem instruídos por sábios e peritos cujas vidas foram consagradas inteiramente a tal gênero de pesquisas como a exemplo dos médicos e juristas. Por isso que os hebreus sempre tiveram rabinos e os ismaelistas Mullas e Ulemas.

Além disto nenhum deles - Lutero ou Spinoza - podia sequer ter imaginado como seria a nova ordem imposta pelo liberalismo econômico. A qual, tornando a condição dos pobres ainda mais precária, dificultou na mesma medida o acesso ao estudo e alimentou a ignorância das massas.

Foi assim que as massas incultas e alienadas vieram a precipitar-se como que em bloco nos braços das seitas e a servirem de pasto a dissidência religiosa, a superstição e ao fanatismo com grande escândalo dos homens prudentes. 

De fato adquiriram elas o direito de ler e de 'interpretar' o livro... Mas não obtiveram a  faculdade de compreende-lo.

O abandono!

Diante disto o próprio Lutero percebendo que já em seu tempo o número dos sectários aumentava em proporção geométrica tomou a infeliz decisão de chamar em seu socorro (ou em socorro de sua doutrina!) - contra eles - o poder do braço secular, isto é, a polícia do grande eleitor.

Polícia com que mandava surrar, expulsar, multar ou mesmo matar os dissidentes ou seja tantos quantos ousavam questionar ou por em dúvida sua missão divina e infalível. Ficando desde então virtualmente abolido o livre exame nas terras luteranas e o luteranismo convertido em igreja.

Do contrário como teria ele contido as forças que libertou ou serenado as massas incultas que aspiravam pela reformação concreta do mundo segundo aquilo que estavam a ler na Bíblia? E que com a Bíblia nas mãos acompanhavam Th Munzer ou Johann de Leyden em suas Cruzadas sociais...

Enquanto a reforma e o livre exame mantiveram-se nos altos domínios da fé e da teoria, tocando apenas a fé da Igreja romana, Lutero, seus colaboradores e os graciosos príncipes limitaram-se a sorrir. Quando no entanto das mudanças religiosas partiu a inspiração por mudanças concretas, materiais, sociais e políticas levadas a cabo pelo ferro e o fogo, puseram-se a temer e a tremer.

Pois aquelas turbas com a Bíblia nas mãos alegavam estar agindo em nome do próprio Deus com cuja vontade deviam conformar-se todos os homens e Sociedades.

Foi quando as massas tiveram de ser massacradas, supliciadas, batidas a pauladas e a farra do livre exame contida em nome da 'ordem' estabelecida. Para tanto foram criadas as igrejas luteranas chefiadas pelos príncipes, fixado um corpo doutrinal, estabelecidos tribunais de fé, etc Exatamente como nos tempos antigos apenas em menos medida e menos rigor moral.


O emprego da força pelos reformadores e príncipes!


"Os reformadores foram unanimes em apelar ao braço secular contra seus concorrentes e pretensos continuadores." Dekan W in 'Protestanten Kirchen' 1828 Februarii


Audin - faz alusão a um certo Ienas que acreditando ser guiado pelo Espírito Santo escreveu um alentado volume contra o luteranismo. Conclusão: foi mandado por a ferros pelo Burgmeister e pouco tempo depois degolado com o 'placet' dos piedosos 'deformadores'...

Tal a atitude do Lutero vitorioso para com Karlstadt, Mutzer e Schwenkfeld... A de Melanchton face aos anabatistas  - de cujo assassinato participou - a de Zwinglio para com Mainz e Blaurock, a de Bullinger para com Gentile, a de Calvino para com Servet, Gruet, Castellio, Bolsec, etc

Afinal a SANHA COM QUE AS MASSAS INCULTAS ENTREGARAM-SE A UMA LEITURA SUPERFICIAL DO LIVRO E CRIARAM SEITAS SOCIALMENTE CONTESTATÓRIAS, SÓ PODE SER CONTIDA PELO BARAÇO E A FOGUEIRA... Isto sob pena de consumir toda Europa e arruina-la por completo como nos tempos das invasões germânicas ou dos albigenses e cátaros.

De fato sob diversos aspectos correspondeu a reforma protestante a uma segunda invasão bárbara a qual só não produziu idênticos estragos porque os radicais foram a tempo mandados supliciar e imolar pelos reformadores, arvorados em interpretes oficiais do livro. 

Os próprios príncipes e eleitores após terem pilhado os bens da igreja antiga e aumentado suas fortunas, passaram a encarar com suma suspeição e temor as menores disputas em torno da fé e isto pelo simples fato de que mexiam com a cabeça dos mais ignorantes, degeneravam em tumulto ou mesmo em convulsões sociais e acabavam resultando em toda espécie de abusos: latrocínios, depredações, assassinatos, etc

Enfim a simples sugestão ou suposição de que cada qual podia extrair princípios não apenas credais mais éticos, políticos e sociais diretamente da Bíblia convulsionou até os fundamentos mais remotos a Sociedade medieval apressando sua completa ruína e preparando a manifestação de um mundo novo, porém nada, nada Cristão e menos ainda humanista.




segunda-feira, 23 de maio de 2016

Livro da confrontação dos princípios - PREFÁCIO IV 'O livre examinismo'

PS.: Para parte dos expositores protestantes Biblismo e livre examinismo foram um só princípio indistinto.



02) O livre examinismo ou direito que cada fiel tem de examinar as escrituras sagradas e de julgar a doutrina anunciada pela igreja. Os em geral não contam este princípio por estar intimamente relacionado com o Sola Scriptura.




A)"NÃO POSSO PERMITIR QUE SE IMPONHAM AS ESCRITURAS REGRAS DE INTERPRETAÇÃO.
É DE NECESSIDADE QUE SE DEIXE LIVRE A PALAVRA DE DEUS, FONTE DONDE MANA TODA LIBERDADE." Martinho Lutero, ep I, p 504



A afirmação do Livre exame enquanto base ou fundamento da pseudo reforma encontra-se até mesmo nos livros didáticos que circulam entre os nossos estudantes do ciclo fundamental.




Quando Lutero enunciou publicamente este princípio o grande Erasmo, exarou este vaticínio: "SE ESTE TEU PRINCÍPIO FOR ADMITIDO A CRISTANDADE SE CONVERTERÁ NUM AMONTOADO DE SEITAS."

Livro da confrontação dos princípios - PREFÁCIO


Neste artigo o benigno leitor encontrará os seguintes tópicos:
  1. Livre examinar o protestantismo - uma proposta coerente.
  2. Questionando as tradições protestantes
  3. No terreno dos princípios fundamentais











CONHECIDO TAMBÉM POR 

+KITAB AL MILAL MASHILIA W GARB+

(luterywa/Kalviniwa): LIVRO DAS SEITAS CRISTÃS OCIDENTAIS> LUTERANA E CALVINISTA.



"ASSIM EXAMINAI TUDO E RETENDE O QUE VOS FOR PROVEITOSO." I Ts 5,21


Convidando os protestantes a livre examinar!


O que temos a propor-te, amigo protestante, é algo muito simples, básico e trivial.

Algo de muito simples, de muito básico e de muito elementar.

Num primeiro instante não nos dispomos a polemizar sobre as doutrinas pertinentes a Cristo, sua missão, o mundo celestial, etc Noutras palavras, sobre tudo quanto é afirmado pela Ortodoxia e geralmente negado pela tradição reformada.

Não...

Pois, neste caso, teríamos que disputar com uma multidão interminável de seitas ou sectários e isto equivaleria entrar num labirinto, sem ter em mãos o fio de Ariadne a mão...

Seria tão fastidioso quanto inútil.

Assim, o apóstolo declara: "Abandonai as contendas e vãs disputações."

Pois as contendas e disputações, mesmo quando a pretexto da ortodoxia ou da pureza doutrinal, não passam de 'obras da carne' destinadas a glorificação da vaidade, do orgulho, do brilho, do amor próprio... E tudo quanto se pretende é usar a Verdade para aparacer, triunfar, humilhar, etc Para promover-se enfim!

Nada mais farisaico, nada mais condenável...

Portanto, caso desejemos iniciar uma conversação polida e edificante, que seja produtiva e fecunda para ambas as partes tomemos um fio que nos possibilite sair do cipoal... Só então avançaremos sem receio na senda da controvérsia... E disto resultará diálogo ameno e proveitoso sobre as coisas divinas.

De fato nossa proposta inicial é a do livre exame.

Nem mais nem menos... O objetivo deste livro outro não é que admoestar cada protestante para que examine séria e vigorosamente os fundamentos e princípios de suas próprias crenças; inclusive a crença basilar na inspiração verbal, plenária ou linear da Bíblia... Isto sob pena de portar-se como um papista e dogmatizar ao invés de examinar, investigar e buscar compreender!

Afinal com que direito vocês criticam os papistas por recusarem-se a examinar a presença real de Jesus na Eucaristia ou na Imaculada Conceição se recusam-se a examinar o biblismo????

Acaso não vivem exortando, a nós ortodoxos - bem como aos anglicanos e papistas - para que exerçamos o livre exame, duvidando de nossa de nossa fé?

Então sejam honestos e principiem duvidando da sua e pondo todas as certezas de lado.

Deem-nos o exemplo.

De minha parte - por experiência - sou levado a crer que a maior parte de vocês protestantes jamais tenha posto em prática ou a prova, a 'causa instrumental' do protestantismo, livre examinando vosso sistema no que possui de específico, característico e peculiar... Não fostes até os fundamentos do protestantismo!

Diante disto como acreditar que o 'produto' oferecido seja bom? Se vocês mesmos não consomem???

Então o princípio de nosso apelo é este: ao invés de instigar os Ortodoxos ponham o livre examinismo em prática e comecem examinando as evidências apresentadas pelo protestantismo.





Ainda as tradições protestantes...


Se vos dais por satisfeitos professando tudo quanto vossos pastores e líderes tem declarado a respeito da Escritura, limitando-se a reproduzir o que costumam ensinar em seus comentários e exposições e deles receber a interpretação autorizada, vos comportais exatamente como os papistas faziam antes do surgimento do vosso Lutero.

Se recebeis de vossos pais a doutrina canonizada pela igreja X, sem jamais ter levado tal doutrina a barra das Escrituras ou se vos limitais a ler as Escrituras em busca de textos com que comprovar vossa fé não sois lá muito bons protestantes e procedeis na verdade como os medievos.

Se antes de ler ou examinar a Bíblia tu ja estavas em posse de um credo, suspeito que tenhas adotado o princípio ortodoxo da autoridade eclesiástica, do magistério ou da tradição.

Se a verdade precede o Exame da escritura não se compreende o porque de vossa reformação.

Não, não sou eu quem o digo. Limito-me a reproduzir a constatação insólita feita pelo Bispo latino de Meaux, Jacques Benigne Bossuet; em meados do século XVII i é cerca de cem anos após o início da vossa reforma.

E no entanto, é sempre bom lembrar, vossa religião começou sem Igreja, sem Clero e sem tradição!

Exatamente. Ao menos durante um lustro Lutero enunciou a existência de uma igreja invisível e conhecida por deus somente, o caráter sacerdotal de todos os fiéis e a condenação inexorável de todas as tradições ou interpretações dadas a Bíblia no curso da História. Dez anos depois Muntzer ainda ousava afirmar que a verdadeira 'palavra' de deus é a palavra interior e quinze anos passados Brunsfield ainda condenava as reuniões feitas em Igrejas de pedra e cal...

Antes disto porém. E já em meados de 1525, quando os 'graciosos príncipes' começaram a assumir, no lugar dos Bispos a direção das igrejas nacionais, havia o mesmo Lutero imprimido um curso totalmente diverso a religião por ele fundada e dado inicio a uma mudança capital. Cinco anos passados e a igreja não só se tornava visível e bem visível novamente - igualzinha a romana - como ganhava o nome de Luterana e - santo deus!!! - um clero igualmente luterano. Sim um novo clero, com pastores, diáconos e tudo mais, numa só palavra: Hierarquia! Autoridade! Magistério!

Tudo quanto o protestantismo nascente viera combater!

Assim, ainda em vida de Lutero e seus pares, surgiu uma tradição protestante, evidenciada pelas Tischreden, as quais são como que uma espécie de Suna do Reformador. Reformador que já não é mero estudante das escrituras ou examinador humano (como em 1521) mas profeta ou oráculo inquestionável do povo alemão!!!

Numa palavra: agora cada igreja oficial tem seu interprete autorizado ou seja seu Papa. Aqui Papa Lutero, ali Papa Zwinglio, acolá Papa Calvino... Mais uma vez não sou eu quem o diz, mas o já citado Th Muntzer!

Coisa estranha esta. Ter aparecido o protestantismo destilando ódio as instituições Católicas em 1521 e estar já meio Católico dez anos depois, isto é, em 1530. Com Igrejas visíveis, oficiais ordenados, rituais, interpretes e, obviamente tradições...

E, passados quatro séculos e meio... Tais tradições permanecem.

Porque qualquer protestante antes de ler sua Bíblia recebeu uma orientação Luterana, Calvinista, Anabatista, etc e Então se você diz que o 'batismo infantil' cerceia a liberdade do nascituro direi com mais razão que esta orientação credal fornecida a criança inviabiliza a futura possibilidade de um exame neutro ou isento.

Pois já não se busca a verdade Bíblica e já não se pretende extrair o credo da pura palavra de deus; mas apenas e tão somente justificar o que foi previamente introduzido na memória.

Diante disto parece-me paradoxal que vocês protestantes nos convidem, a nós Católicos, para que assumamos e ponhamos em prática um princípio a que traíram e puseram de lado por ser imprestável. 

O mais estranho é que tenhais adotado um principio classificado por vosso Lutero como essencialmente Católico - o recurso a autoridade! - e colocado-o a serviço das opiniões luteranas, calvinistas ou zwinglianas...

Diante disto, procedendo 'acriticamente' como os Ortodoxos ou episcopais como ousais instigar-nos para que procedamos 'livremente' como protestantes ou seja duvidando de nossas crenças???

Será que vocês já examinaram imparcialmente e puseram em dúvida os princípios fundamentais de vossa fé?

Temo que não.

Eis porque repito mais uma vez: Temo que vocês protestantes, estejam a oferecer-nos um produto que ainda não testaram... Ou que testaram e não aprovaram.

A menos que tenham livre examinado o livre examinismo não nos amoleis!

Seja como for, caso desejem que abracemos o princípio do livre exame busquem demonstrar que ele é útil, salutar e conveniente pondo-o em prática.

Declinem primeiro da fé protestante. Para que então declinemos da fé Ortodoxa.

Caso não procedam assim, permitam-nos concluir que procedem demagogicamente: servem-se do princípio ortodoxo - recebendo seus líderes como autoridades e as palavras dos reformadores como verdadeiras tradições - a que criticam e esperais que nós nos nos sirvamos de vossos princípios???!!!???

Agora se é mesmo assim estamos autorizados a concluir que nosso princípio é muito superior ao vosso. Do contrário vocês não teriam substituído o livre exame pela tradição assim tão rapidamente ou seja em questão de mísero lustro.


NO TERRENO DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS!


Esclareçamos agora que vem a ser 'princípios fundamentais'.

Por princípios fundamentais não queremos significar qualquer elemento ou artigo do credo Cristão, uma vez que na multiplicidade das seitas creio não haver um item sequer que tenha permanecido incólume, intocável ou acima de qualquer dúvida.

Pouco importa.

Por princípios fundamentais queremos dizer princípios que servem de suporte aos demais princípios ou as concepções que servem de fundamento ao próprio Credo.

As quais sendo fundamentais não são muitas.

E são ao menos formalmente admitidas por todos os grupos pertencentes a determinada família religiosa.

De fato, em que pesem as divergências há um pequeno núcleo de teorias e práticas COMUNS em torno das quais tem orbitado todas as seitas e o pensamento protestante 'conservador' de modo geral, no decorrer destes quase cinco séculos. Como para além da doutrina Ortodoxa propriamente dita há um espírito Católico representado por um pequeno grupo de concepções genéricas admitidas inclusive por papistas e anglicanos.

Quanto aos fundamentos teóricos do protestantismo podemos circunscreve-los a uns poucos princípios canonizados por Lutero já no inicio de sua carreira e acolhidas quase que de imediato com o mesmo empenho e entusiasmo não só pelos primeiros reformadores - Zwinglio, J. Blaurock, J Calvino - mas pelos primeiros adeptos da comunhão protestante.

Convém explicitar ainda que, ao menos formalmente, tais princípios ainda são acatados pela maior parte das confissões protestantes que revindicam para si o título de 'ortodoxas'. Pois são Ortodoxas com relação a tais princípios.

O cerne das ideologias Católica e Protestante

Para além de toda e qualquer definição a respeito do Cristo, da Eucaristia, dos Sacramentos, da Virgem, dos Santos, das representações, etc são estes princípios ou fundamentos teóricos do protestantismo essencialmente ANTI CATÓLICOS.

Cada posicionamento doutrinal do protestantismo 'ortodoxo' reflete justamente esta espécie de acomodação a tais princípios, de que resulta uma afirmação oposta a algum artigo da fé Ortodoxa. Jaz o protestantismo em estado de eterna reforma e indefinição na medida em que tendo rompido improvisadamente com o papismo tem ainda hoje buscado harmonizar seus fundamentos com seu credo e adquirir certa coerência.

As diversas composições no entanto tem sido todas mais ou menos infelizes ja por terem tido os doutores protestantes de sacrificar esta ou aquela parte importante do Credo, já por terem feito pouco caso do princípio.

Já nos referimos que as exigências do mundo e do intelecto fizeram parte do dogma protestante reverter ao Catolicismo, como se pode observar ainda hoje. Mencken numa de suas críticas a religiosidade yankee já fazia observar que tanto mais os protestantes evoluíam intelectual, estética e mesmo socialmente tanto mais aproximavam-se das formas Católicas trocando o calvinismo e anabatismo pelo Metodismo e este pelo anglicanismo até chegarem ao papismo (hoje a Ortodoxia).

De fato as ascensões intelectual, ética, estética, etc possuem lá suas exigências. Muito bem compreendidas por certos ramos do luteranismo, do metodismo e mesmo do calvinismo. Aqui e acolá foi necessário aproximar-se timidamente do catolicismo e assimilar suas formas!

E no entanto por força de seus princípios ortodoxos e do livre exame, e do especialmente do estado de ignorância a que as massas vivem perpetuamente relegadas; este mesmo protestantismo conhece um outro movimento não menos forte e antagônico a este. Refiro-me ao esforço com que as seitas pentecostais e fundamentalistas buscam purificar sua reforma e afastar-se mais e mais dos ideais e formas Católicas.

Este dois movimentos fazem do protestantismo uma espiritualidade paradoxal.

Nele encontrareis tanto pessoas que vivem até certo ponto Catolicamente ou que buscam algo parecido com o Catolicismo e outras tantas pessoas que procuram afastar-se mais e mais do catolicismo numa perspectiva judaizante.

Tornemos no entanto aos princípios fundamentais do Protestantismo buscando esclarecer quais sejam eles.