Hiper agia ai partenos Maria, akrantos Mitéra tou Khristos Theos - soson imas!
Batul Lala Marian Wallidat al illah - ʕawnu ni!

Nossos pais e avós foram protestantes, nossos tetravos papistas, as gerações do passado remoto no entanto foram Católicas, apostólicas e ortodoxas, e nós, consagrando todas as forças do intelecto ao estudo da coisas santas e divinas desde a mais tenra idade, reencontramos e resgatamos a fé verdadeira, pura, santa e imaculada dos apóstolos, mártires e padres aos quais foi confiada a palavra divina. E tendo resgatado as raízes históricas de nossa preciosa e vivificante fé não repousaremos por um instante até comunica-la aos que forem dignos, segundo o preceito do Senhor. Esta é a senda da luz e da justiça, lei do amor, da compaixão, da misericórdia e da paz entregue uma única vez aos santos e heróis dos tempos antigos.

João I

João I
O Verbo se fez carne




Hei amigo

Se vc é protestante ou carismático certamente não conhece o canto Ortodoxo entoado pelos Cristãos desde os tempos das catacumbas. Clique abaixo e ouça:

Mantido pelo profo Domingos Pardal Braz:

de pentecostal a ORTODOXO.

Jesus aos apóstolos:

"QUEM VOS OUVE É A MIM QUE OUVE E QUEM VOS REJEITA É A MIM QUE REJEITA."


A CRUZ É UM ESCÂNDALO PARA OS QUE SE PERDEM. MAS PARA OS SANTOS PODER E GLÓRIA DE DEUS.

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domingo, 29 de maio de 2016

LIVRO PRIMEIRO - Capítulo IX> Divisões a respeito da Santíssima Virgem Maria > Sub capitulo 03 - O dogma do defloramento de Maria

Foi por este sinistro labirinto que adentrou Adam Reusner de Mindelheim ouvinte de Schwenckfeld, Hoffmann e outros desorientados...

Este obscuro homem, convencido de que Maria nada tinha em comum com Nosso Senhor Jesus Cristo, concluiu que fora deflorada por José logo após seu casamento.

Temos pois identificado o autor da nova doutrina e o primeiro 'cristão' num período de mil anos, a negar a Virgindade perpétua da Santa e Imaculada Mãe de Nosso Deus Jesus Cristo. Colombo pode descobrir um novo mundo, Reusner o defloramento de Maria... E enquanto uns descobrem coisas excelentes outros descobrem apenas porqueiras.

"Virgem antes do parto, no parto e após o parto." é o que confessavam unanimemente os antigos...

"Cremos que foi deflorada por José após o parto."
exclamam os herdeiros de Schwenckfeld, Hoffmann e Reusner...

Agora sabendo que os anabatistas repudiam como falsas as lições cristológicas de Schwenckfeld, Hoffmann e Reusner cumpre perguntar-lhes por que tendo o 'espirito' revelado a tais homens a intimidade de Maria e José, deixou de revelar-lhes uma Cristologia sadia permitindo que continuassem a blasfemar contra o dogma da Encarnação até o fim de seus dias???

Que deus é este que revela um cisco e passa em silêncio sobre um Everest inteiro???

Para que serviria a humanidade saber que Maria e José copularam e ignorar a realidade da Encarnação de Cristo, mistério que todos os primeiros 'deformadores' adversários da Virgindade Perpétua, repudiaram e alto e bom som???

Por outro lado, caso o novo dogma não tenha sido sobrenaturalmente revelado a Reusner e Sternberger, mas apenas naturalmente deduzido a partir da leitura da Bíblia; cabe perguntar por que não foi igualmente deduzido ou captado por Lutero, Zwinglio, Calvino, Bucer, Oecolampadius, Bulinger, Myconius, Osiander, Amsdorf, Flacius, Eber, Lambert, Melanchton, Pomeranus, Brenz, Lang, Jonas, Cruciger, Gallus, Spamgenberg, Menzel, Beza, Sulzer, Marbach, Vadianus, Bibliander, Pietro martir, Zanchius, Curione, Servet, etc, etc, etc e outros centos de livre examinadores que enxamearam a Europa durante a primeira quadra do décimo sexto século e aos quais não faltava Bíblia???

Pobres protestantes. Começam apresentando Lutero, Zwinglio Calvino como 'gênios imortais' da religião para no fim das contas admitir que não passavam de uns parvos, tontos, palermas, otários, idiotas, imbecis, estúpidos, etc incapazes de compreender a Bíblia fácil e auto evidente e de darem com o óbvio... Que a Virgem Maria deixou de ser Virgem após o casamento... Mas como é que os colossos ou titãs da 'magnífica' reforma puderam deixar de ter topado como o novo dogma do defloramento mariano???

Que os protestantes vendam seu novo dogma como uma 'obviedade que salta a vista' sei por experiência própria i é por ter sido educado como protestante... Basta cada tabaréu dar com a expressão 'irmãos de Jesus' na tradução mil vezes revisada do J F A para 'encontrar a pólvora' ou descobrir que tinha sido ludibriado pelo papa romano... 

Bingo! Eureca!!! Descobri que a Virgem não era Virgem e que foi deflorada por José!!!

Todavia não é menos verdadeiro, que nenhum dos inúmeros líderes protestantes acima citados servia-se da tradução mil vezes recauchutada composta pelo despadrado lusitano, mas do texto grego, sagrado, original e inspirado o qual conheciam como as palmas das mãos... Assim se não lhes faltava Bíblias, é porque certamente lhes faltava competência ou perícia. Ficando os tais líderes da reforma imbecis, por não terem visto 'o óbvio'.

Alias, enquanto o alarve do Reusner pasmava diante de tais pérolas textuais dando com significados que ninguém antes dele havia dado, Calvino morria de rir diante dos 'irmãos de Jesus', do "primôgenito" ou do 'até que' pelo simples fato de conhecer suficientemente bem as expressões idiomáticas dos antigos hebreus assentes não apenas no Novo Testamento mas no próprio Talmude. 

Dar Reusner por descobridor da pólvora ou da América é dar os demais reformadores em sua totalidade por excelentes cavalgaduras de duas pernas...

Grosso modo a pérola em questão não foi encontrada apenas pelo Doceta Reusner, mas também pelo neo ariano ou unitário Luc Sternberger; livre examinador igualmente diplomado (cerca de 1558) por Melanchton na Wittemberga - Reusner havia sido pupilo de Melanchton e Justus Jonas - segundo a melhor tradição livre examinista... E empossado como pastor em Olmutz, onde deu com a interpretação de Servet.

'Bom' mestre ou guia para os que creem Sternberger susteve que os trinitários não passam de triteistas e idólatras tão criminosos quanto os politeistas. 

Ensinou ainda que milagre algum, inclusive a ressurreição, foi obrado pelo próprio Jesus, mas pelo Pai todo poderoso e que após a ressurreição a alma humana de Jesus foi como que grudada ou mesmo absorvida pela divindade. 

Era pois Nosso Senhor, mero homem que por suas virtudes heroicas mereceu ser adotado por deus - Nos termos de um Claudio de Turim - ou homem que tornou-se divino como nas estórias dos antigos gregos, em hipótese  alguma Deus que se fez homem assumindo nossa natureza...

Segundo SpondanusSternberger sustentou que a principio Jesus não passará dum pecador qualquer nascido naturalmente de Maria e José, que não existia qualquer Espírito Santo, que o batismo é um rito de origem satânica e que os cristãos devem adorar no sábado e não no Domingo.

Tais os ensinamentos do patriarca anti mariano responsável por 'purificar' a 'igreja' protestante... O qual parece ter antecipado todas as heresias posteriormente canonizadas pelos sectários, além de outras 'cositas mas' inclusive capaz de choca-los...

Podem portanto nossos Ortodoxos - E com plena razão - questionar aqueles que se deixaram instruir por esse elemento a respeito da Virgindade de Maria após o parto e perguntar-lhes sobre o pôrque de não o terem acompanharem até o fim repudiando virgindade anterior ao parto???

E a Santidade do divino Mestre? E sua natureza divina? E a existência do Espírito Santo? E o Batismo? E o Domingo? Por que o Sternberger acertou aqui e errou acolá????

Admitindo que tal mestre tenha sido iluminado ou enviado por deus temos de perguntar por que raios teria ele permanecido nas trevas a respeito de todas as outras coisas??? Será Deus ineficaz a ponto de permitir que sua verdade resplandeça de par com os erros mais detestáveis??? Afinal, o protestantismo jamais sai disto e jamais nos oferece a 'verdade' revelada em sua puridade pelo Deus santo, mas sempre verdades parciais associadas aos erros mais escabrosos...

Selecionar algumas delas - como a negação da V P M - com o intuito de abraça-las e excluir tantas outras como satânicas, diabólicas ou heréticas se nós parece o cúmulo do absurdo... Pois o homem fica sendo sempre meio profeta ou vidente e meio herege...

Assim Lutero, Zwinglio, Calvino, e qualquer 'reformador' após ter sido ele mesmo reformado...

Levando-se em consideração as falsas doutrinas acalentadas por Reusner e Sternberger - como docetismo e unitarismo - atrevo-me a opinar que protestante algum (No tempo presente) ousaria apresenta-los como profetas ou homens excelentes comissionados por Deus...

Donde só nos resta concluir que eram superiores a Lutero, Melanchton, Zwinglio e os demais reformadores no terreno da exegese ou no domínio da lingua grega; o que de modo algum se verifica.

Neste caso - Se não eram nem iluminados, nem peritos na lingua grega mas dois homens obscuros - por que os neo protestantes em sua quase que totalidade tem reproduzido a opinião deles a respeito da virgindade perpétua de Maria?

Seria por terem adotado um padrão exegético puramente passional ou rancoroso, tipo: O papa afirma nós negamos???

Talvez...

Quem sabe...

Diante disto julgo que todo e qualquer protestante honesto tenha a grave obrigação de examinar sua própria consciência ao menos quanto a este artigo e perguntar a si mesmo se não esta agindo por puro ódio teológico ao invés de demandar pela verdade divina???

Pois caso devessemos repudiar tudo quanto o papa romano costuma ensinar, seríamos levados a banir a Trindade, a Encarnação, o Batismo, a Imortalidade, a divindade dos Evangelhos e até mesmo a existência de Deus... e a abraçar o judaísmo ou o islã. 

Todavia tenho ouvido semelhante lenga lenga desde menino... A respeito do papa romano ser o anti Cristo e sobre a necessidade de repudiar suas crenças.

No entanto como poderia ser ele o anti Cristo e professar as doutrinas acima elencadas, como a Encarnação e a Divindade de Cristo??? O apóstolo noutra direção, ensina que o anti Cristo é doceta por negar a manifestação de Jesus na carne! Coisa que o papa romano, apesar de seus erros jamais negou! Mas que os patriarcas anti marianos negaram...

O segundo motivo foi a formação de tradições humanas no seio do protestantismo. Tema largamente explorado por Bossuet, Bispo de Meaux nas "Variações das seitas protestantes.", obra responsável pela ruptura de Gibbons...

Tradições representadas pela cristalização do sentido atribuído por este ou aquele reformador: Lutero para os luteranos, Calvino para os calvinistas, Hoffmann Menno para os batistas, etc

Embora os protestantes aleguem estar seguindo a 'pura e imaculada palavra de deus' eles raramente desapegam de tais doutrinas a ponto de examinar a Bíblia partindo do nada. Partem sempre de certas doutrinas buscando 'confirma-las'. O que por assim dizer tolhe a tão decantada liberdade...

Recebem-nas, as tais tradições, antes de terem lido o livro, e leem o livro com o premeditado intuito de vindica-las, realizando um exame orientado por esta ou aquela tradição. Recebem crenças e atribuem a Bíblia e não uma Bíblia desvinculada de quaisquer crenças... 

Mesmo porque a pura e Imaculada palavra de Deus, ao menos em termos explícitos - como asseveram João Calvino e entre nós Eduardo Carlos Pereira ( no panfleto 'A Bemaventurada Virgem Maria') - nada diz ou declara a respeito da Virgindade Post partum... 

A igreja antiga assiste o direito de ensinar ou dogmatizar a respeito de tais 'lacunas' - Fosse o caso - com base na tradição dos apóstolos, pelos quais foi informada. 

Os protestantes no entanto - por questão de fidelidade ao princípio divino do Sola Scriptura - deveriam permanecer calados ao invés de, por meio de especulações humanas ultrapassar os limites da palavra de Deus... Silêncio é o que deveríamos esperar deles! E não inferências ou deduções puramente humanas apresentadas como dogmas.

Declaram pois os livre examinadores, em seus próprios nomes, coisas que a escritura inspirada, em sua simplicidade, jamais declara.

Silencia a escritura enquanto eles recorrem a tradições humanas legadas por seus mestres... 

Fogem a tradição divina e apostólica para tornam-se prisioneiros de suposições humanas e vãs conjecturas...

Estabelecem uma norma e regra, como o Sola Scriptura, para em seguida burlarem-na sem maiores cerimônias. 

Fingem ignorar a existência de meios irmãos. Fingem ignorar que S José bem poderia ter tido filhos de um primeiro casamento antes de ter desposado a Virgem - Segundo declara S Epifânio de Salamina - e mesmo assumindo uma doutrina fetichista de inspiração não podem apresentar aos Ortodoxos a expressão 'Filhos de Maria' assente no Evangelho, pelo simples fato de inexistir.

Literalmente o Evangelho nada sabe sobre Filhos de Maria. Eles simplesmente não existem e todas as demais 'evidências' NÃO LITERÁRIAS, elencadas pelos sucessores de Reusner e Sternemberger podem receber outras explicações e sentidos sem que sejam forçadas. Jamais ficando objetivamente demonstrado, sem sombra de dúvidas, que a Virgem tenha tido quaisquer outros filhos além de Jesus.

Os ateus e materialistas, podem afirma-lo por via absolutamente natural. Bíblica ou literariamente não podem faze-lo os protestantes sem atraiçoar o dogma do Sola Scriptura. É coisa que mortifica o protestantismo, que os protestantes não levem seus princípios a sério por 'raiva' teológica...

O terceiro motivo é, como já dissemos, a adoção já da cristologia nestoriana - afirmada não por Nestor, mas por seus sucessores radicais (Até ser igualmente condenada pelo grande Mar Babawai e abandonada há mais de milênio) - já da cristologia apolinariana ou pré eutiquiana e aftardoceta

A este respeito ouçamos Erwin Lutzer:



"Muitos cristãos de hoje têm tendências apolinarianas mesmo se sequer aperceberem disto... Eu conheci muitos crentes que mesmo reconhecendo que o corpo físico de Cristo procede de Maria, sustentam que os aspectos imateriais de sua natureza (alma e espírito) eram divinos. Mas ele teve de ser plenamente humano - corpo, alma e espírito - para ser nosso Redentor ...

 O nestorianismo foi condenado porque separou a única pessoa de Cristo e, consequentemente, negou a Encarnação. Se Cristo nada mais era que duas pessoas separadas, neste caso o Verbo não chegou a se tornar carne. Eis porque o Credo de Calcedônia usou a frase "Mãe de Deus", não com o intuito de exaltar Maria mas para enfatizar a unidade Cristo."

Os protestantes no entanto embarcaram nesta canoa furada, a começar por Stancarus e depois por Osiander, Melanchton, Zanchius, Chemnitz, etc a ponto de reeditarem todas as disputas teológicas dos primeiros séculos e por fim, com Gehard e Turretini terem de reabilitar a tradição calcedoniana, a qual não podiam de fato fugir. Refiro-me é claro aos mais sensatos, que aproximaram-se cada vez mais das Igrejas Católicas, fugindo a morte, e não aos sectários...

Os quais permanecem dividindo o Cristo em duas pessoas, repudiando sua divindade, aniquilando sua humanidade, negando a livre vontade da natureza humana, etc até nossos dias.

Estes, a exemplo dos primeiros, repudiam conscientemente a tradição dos séculos passados, fruto de ponderado esforço intelectual, para mergulhar mais uma vez em lutas fratricidas e fornecer ampla matéria ao ateísmo, a incredulidade, ao judaismo e ao islã.

Os mais prudentes, como já dissemos, desde o século XVII, tiveram, ainda que a contragosto, de tornar a velha teologia eclesiástica elaborada pela igreja Ortodoxa através dos Concílios gerais. Catolicizaram-se por assim dizer...

E no entanto, olhemos para onde olharmos, há tradição...

Aqui dos antioquenos, alexandrinos, escolásticos, etc

Ali, entre os mais simples a tradição anti teológica ou fideista do 'Creio porque é absurdo' legada pelos Tertulianos, Agostinhos, Damianos, Bernardos...

São justamente estes alias, que forçados a quebrar o mutismo em que costumam enclausurar-se, costumam reeditar o monstruoso cristo cindido em duas pessoas e como que ligadas por uma espécie de matrimônio ou o acordo externo de caráter volitivo... Tal o Jesus Deus, filho do pai somente e o Jesus homem, filho somente da Virgem...

"Não. Maria não é a Mãe de Deus. Maria era a Mãe do homem Jesus." 


Destarte - segundo o Dr Swaggart - teem os protestantes dois jesuses ou dois cristos... Eis onde termina a negação da maternidade divina de Maria, na cisão da única pessoa de nosso Redentor. Que preço tem os protestantes de pagar por seu anti marianismo!

Eis porque a competente resposta que lhe cabe sai de seu próprio sistema:

"Os católicos romanos nunca hesitaram em aclamar Maria como "mãe de Deus. A expressão produz alarme entre os evangélicos. Deveria? Se Jesus é Deus e Maria é é sua mãe, Maria é a mãe de Deus."  Scot McKnight

"A Bíblia fala da Virgem Maria como "a mãe do Senhor" (Lucas 1:43), e os credos cristãos ortodoxos como "Mãe de Deus". Na verdade, ela foi mãe de uma pessoa que é Deus e homem, o Senhor Jesus Cristo." Geisler

De tudo isto resulta uma lição bastante importante para nós ortodoxos. A saber, que nenhum dos dogmas apresentados pela mãe igreja é ocioso ou supérfluo, mas que cada um deles - sem exceção - esta organicamente ligado a pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo, formando como que uma cerca ou paliçada defensiva em torno de sua Unicidade divina e humana. (Tal a opinião de Karl Barth sobre a V P M)

Abrindo brechas cada vez maiores nesta paliçada os protestantes nada fazem além de minar os dogmas da Encarnação e da divindade de Cristo e de solapar os fundamentos da fé, preparando os caminhos do unitarismo e do islã.

Se não honorificamos a cruz do Cristo, se não admitimos a presença do Cristo no sacramento, se não adoramos no Domingo que é do Cristo, se não reverenciamos a mãe do Cristo é em última analise ao Cristo que rebaixamos, e depois deste rebaixamento não nos enganemos, seguirão o arianismo, o ateísmo e o islã!


Que os protestantes sejam incapazes de compreender que exaltação da figura da Virgem decorra necessariamente da máxima glorificação tributada a seu filho é trágico por demais...  Não há maior prova de amor feita ao Verbo divino do que valorizar tudo quando ele mesmo aproximou de si, dignificou e santificou pelo mistério de sua Encarnação.

Mesmo um fanático como Boettner foi obrigado a reconhecer que:
.
".. para enfatizar o fato de que a "pessoa" nascida de Maria era verdadeiramente divina que ela recebeu o título de "a Mãe de Deus."

& -

"A expressão theotokos rastreável nos concilios de Éfeso (431) e de Calcedônia (451) foi originalmente empregada no contexto da cristologia para afirmar a verdadeira humanidade de nosso Senhor." Schrotenboer


"O ortodoxo insistiu enfaticamente que Maria é a mãe de Deus. Por desejar defender as verdades segundo as quais o homem nascido de Maria era verdadeiramente Deus, e, por outro lado, que a segunda pessoa divina havia de fato tomado para si a natureza integral do homem ... " Elliot Miller

Nada mais estranha ao Ortodoxo do que a maneira pela qual o protestantismo julga honrar o Senhor Jesus Cristo na mesma medida em que ataca e abate aquela que por meio da qual ele veio a este mundo... Eles dizem visar a suprema honorificação de nosso abençoado mestre e Salvador, mas 'valha-nos o Bom Deus' chegam a apresentar sua mãe como uma lata vazia! A qual após perder seu conteúdo é lançada ao lixo!

E fica Jesus equivalendo a uma salsicha ou sardinha enlatada, é a maravilhosa teologia do neo protestantismo, em oposição a velha teologia patrística... Diante de tanta demência como estranhar que uma líder protestante tenha apresentando o Mestre amado como algo gostosinho como Cola Cola... Imagina como a profetiza apresentaria Nosso Senhor aos consumidores da canabis??? Jesus??? Ah ele é gostozinho como um cigarro de...

Assim, de precipício em precipício, de abismo a abismo, de queda em queda rola o protestantismo na direção da incredulidade e do ateísmo... Mantendo-se apenas devido a onda irracionalista que ele mesmo provocou a partir de Kant. Pensassem os homens com mais exatidão e o protestantismo sairia de cena em questão de alguns poucos séculos.

E é por isso que querem substituir a fé Católica e a alta teologia Ortodoxa...


Por fim, quando a lata, esquecem-se nossos protestantes de que o fabricante concebe a lata adequada tendo em vista conservação e a dignidade do produto a ser enlatado. Apenas o deus protestante escolhe sua mãe aleatoriamente... Quanto a isto qualquer caipira ao escolher sandálias parece ser mais sábio do que ele.

LIVRO PRIMEIRO - Capítulo IX> Divisões a respeito da Santíssima Virgem Maria > Sub capitulo 02 - Atacam Maria, atingem Jesus

AS RAÍZES DA DESUNIÃO ou fontes da discórdia


Sem embargo da concordância existente entre os principais reformadores protestantes em torno de tais dogmas; lobrigava já a discórdia desde o princípio entre os filhos do livre examinismo.

Evidentemente que a dissenção teve de partir dos anabatistas os quais, dentre todos os estudantes da Bíblia, eram os mais ineptos e despreparados...

Assim, quanto a maternidade divina da Virgem, o primeiro primeiro Ocidental blasfemo que ousou lançar dúvidas a respeito dela foi o alemão Kaspar Schwenckfeld, o qual, iniciado por Lutero nos arcanos do Biblismo, não tardou a revindicar para si mesmo o mérito de ter dado com a verdade até então oculta aos olhos de todos os mortais, inclusive os de seu querido mestre...

Assim sendo, no ano de 1541, nosso homem publicou a "Confissão da Glória de Cristo."  obra em que ressuscitava todas frioleiras Eutiques e Juliano, asseverando ter sido a humanidade de Cristo gradualmente absorvida por sua divindade... Esta doutrina era já conhecida pelos padres do sexto século sob a alcunha de aftardocetismo... ou Monofisitismo.

Dentre os ouvintes de Schwenckfeld destacou-se Melchior Hoffmann, homem de imaginação fértil que acreditava papear diariamente com o próprio deus. 



Hoffmann como todos os fautores de novidades profanas, acreditou estar fazendo grande coisa ao desenvolver a opinião blasfema de seu colega e certificar que Jesus Cristo jamais fora gerado na carne de Maria ou na nossa natureza humana e verdadeira, sendo equipado com uma carne celestial e aparente. 



Consequentemente Maria Santíssima estava já despojada de seu supremo apanágio: A Geração da carne de Deus, e por um motivo bastante simples > O Deus dos Cristãos é que fora despojado do complemento de sua humana natureza e mais uma vez reduzido a condição de espectro ou fantasma. Pelo que a Virgem Maria jamais poderia ter gerado a carne de um Cristo isento de carne ou feito apenas de luz.


E aqui estamos já em pleno terreno do docetismo, teoria ímpia e blasfema segundo a qual Jesus Cristo jamais poderia ter se encarnado ou assumido verdadeiramente a matéria pelo simples fato de ser ela essencialmente má e indigna (maniqueismo)... Do que resultava ser sua Encarnação falsa ou aparente. Jesus apenas fingia ter um corpo de carne ou encenava com o objetivo de iludir-nos. Era assim mais ator do que educador dos mortais... Mais ilusionista e prestidigitador do que médico dos homens. 

O Jesus doceta jamais se encarna e jamais se faz homem, não possui realidade externa ou física, não assume a natureza ou condição humana. 


Esta 'bela doutrina' fora inventada ainda no século I por um certo Dociteus e zelosamente combatida antes de tudo pelo próprio apóstolo João, o teóforo:

"Assim os sedutores perversos tem se manifestado no mundo. Os quais não admitem que Jesus Cristo se tenha manifestado na Carne. Tal o enganador e anti Cristo. II João 7

E em seguida por Inácio Mártir, cujas palavras reproduzimos igualmente:

"Eles falam em nome de Cristo mas não o anunciam, antes repudiam-no. Eles duvidam de seu nascimento, envergonham-se da cruz, negam sua paixão e morte e não creem na sua ressurreição." in ad Trall VI



Tal a opinião de M Hoffmann o qual legou suas tradições Menno Simons, Joris, Denck e outros... Assim se o anabatismo é anti mariano devemos compreender que seu anti marianismo é efeito do docetismo e portanto de um posicionamento equivocado com relação a pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo. 

A Virgem Maria não deixou de ser Mãe de Deus para eles porque o conceito de Mãe de Deus fosse blasfemo, absurdo, sacrílego, pagão, politeísta ou qualquer outra coisa. Nada disto. Os primeiros críticos desta doutrina jamais analisaram o conceito da maternidade divina em si mesmo. Concluíram contra a maternidade divina a partir da premissa Cristológica segundo a qual Cristo não se havia Encarnado de fato ou assumido verdadeiramente a natureza humana. A Virgem não podia ser mãe de Deus porque Jesus Cristo não era verdadeiro homem!!!

A partir daí: Da heresia docetista foram de consequência em consequência até a negação de sua virgindade perpétua e o anti marianismo rancoroso. Afina, ao contrário de seus sucessores, repudiavam qualquer ligação ontológica entre Jesus e Maria, eram blasfemadores mas não idiotas ou inconsequentes e sua linha de raciocínio era absolutamente lógica ou coerente.

Repudiando a existência de qualquer vínculo existente entre Maria Santíssima e Jesus Cristo, os anabatistas não puderam deixar de vir a concebe-la como um ente vulgar, uma mulher comum ou uma pecadora ordinária. Afinal Jesus e Maria jamais se encontram...

Totalmente oposta e igualmente coerente ou lógica é a perspectiva de Zwinglio, o qual, partindo do dogma da Encarnação e admitindo a existência de uma vínculo real entre o Senhor Jesus Cristo e a Virgem Maria não podia deixar de concluir que:

"O mais santo dos homens só poderia ter sido gerado pela mais santa das mulheres."

A grande tragédia do anabatismo e do protestantismo posterior foi associar a Cristologia Ortodoxa ou tradicional - Em torno da realidade da Encarnação enquanto vínculo existente entre Jesus Maria - e o anti marianismo decorrente da Cristologia doceta, essencialmente herética e anti encarnacionista. Resultando daí um híbrido disforme e monstruoso...



Repudiou o protestantismo subsequente - Cada vez mais irracionalista - as premissas: Cristo não encarnou-se de fato, logo não teve mãe... para manter com as consequências: Maria não passa duma criatura ordinária... O que é absurdamente monstruoso. 

Assim para os batistas demais protestantes de hoje essa Virgem é verdadeira mãe de Jesus - E como tal responsável por ter fornecido a natureza divina o complemento de sua carne - sem no entanto deixar de ser uma mulher comum ou defeituosa! Agora como isto é possível se é o Deus Santo, Bom, Sábio e Perfeito que a toma por mãe ou a escolhe?

(Eis a pergunta que pastor protestante algum jamais poderá responder-nos satisfatoriamente sem admitir que o Deus Perfeito ame a imperfeição ou que o Deus Santo tolere a maldade...)



É perfeitamente possível porque o anabatismo após ter abandonado o docetismo ancestral saltou de olhos vendados noutra churrasqueira, a churrasqueira do Nestorianismo, fazendo reviver outro erro não menos abominável concernente - Mais uma vez - a pessoa da Jesus Cristo. O qual ainda aqui é miseravelmente abatido, sacrificado e desintegrado para que Maria seja atingida e tenha suas prerrogativas negadas...

Jamais haverei de esquecer-me quanto a um fato sucedido durante minha juventude enquanto participava de uma polêmica com os protestantes ( E eu era um recém convertido ao papismo). Naquela ocasião pude ouvir um pastor bastante idoso e experimentado (conhecedor de grego inclusive) dizer a outro pastor bem mais jovem: Jamais aborde esse tema da maternidade divina de Maria, fuja dele como o Diabo da Cruz porque te conduzira a uma tempestade Cristológica...



Tais palavras não puderam deixar de chamar-me a atenção mas, aquele tempo eu ainda não era capaz de compreender a profundeza de seu significado.

Hoje no entanto, passados cerca de vinte anos, sou perfeitamente capaz de aquilata-lo e por isso mesmo de aplaudir de pé a coerência dos Catolicismos. Afinal de contas a questão Marial ou Mariana nada é, em última analise, do que epifenômeno da questão Cristológica tocando não a Virgem Maria ou somente a ela - Como julgam aos ovelhinhas analfabetas do Rinaldi - mas antes de tudo pessoa do próprio Mestre Jesus Cristo!!! 

Eis porque uma Cristologia saudável, que honorifique ao máximo nosso abençoado Salvador e Mestre, encaminhar-nos-a necessariamente a uma mariologia saudável ou nos exporá ao ridículo.

Não é a compreensão dos protestantes sobre a pessoa de Maria que capenga mas a ideia que os protestantes tem do próprio Jesus e os empréstimos que fazem ora a Dociteu ou aos sucessores de Nestor... Ali negando pura e simplesmente a realidade da Encarnação e aqui dividindo o único Jesus Cristo em dois seres, entidades ou pessoas separadas...

Resta dizer que com seu lema de retorno a Bíblia, de repúdio a tradição da Igreja, de menosprezo para com os antigos padres, não possuem uma Cristologia elaborada, saudável e honrosa para com o Senhor Jesus Cristo. Triste observar como essas criaturas rústicas malbarataram um esforço filosófico e conceitual formulado ao cabo de três longos séculos pelos elementos mais hábeis e destacados da comunidade Cristã. E do qual resultou a possibilidade exprimir com exatidão, clareza e sobretudo piedade, o mistério central de nossa fé face a tantos quantos solicitarem  seus fundamentos racionais.

Afinal tudo quanto contém a Escritura canônica do Novo Testamento são os fundamentos mais remotos desta esperança, expressos de maneira diversificada e imprecisa. Foi a reflexão em torno destes elementos rústicos e imprecisos a luz do aparelho conceitual fornecido pela Filosofia grega que possibilitou a Cristandade manifestar esta fé ou esperança com a mais absoluta acuidade e precisão. Evidenciando que a ideia de um Deus Encarnado ou feito homem nada tem de extravagante ou absurda, como querem os judeus, muçulmanos e unitários.

Lamentavelmente, por uma questão de inabilidade e ódio a igreja antiga, os protestantes não só puseram-se a demolir este edifício, que é a glória da Cristandade, como chegaram ao ponto de restabelecer as Cristologias capengas e malsanas criticadas não apenas pelos Padres antigos mas pelos próprios apóstolos na Escritura que alegam amar. 

quinta-feira, 26 de maio de 2016

LIVRO PRIMEIRO - Capítulo II: Divisões a respeito da Santíssima Trindade - Sub Capítulo 06 > Um padrão religioso inconsistente


Neste artigo o estimado leitor encontrará os seguintes tópicos:
  1. Um padrão religioso inconsistente
  2. A falência do livre exame
  3. Igrejas e não doutrinas particulares - Igrejas apostólicas não eram seitas com ensinamentos diferentes
  4. Apelando ao ridículo
  5. Confundido a igreja com o laboratório ou objetivos e métodos distintos!







PADRÃO RELIGIOSO INCONSISTENTE


Nem poderia ser doutro modo pois o intelecto exige não só conteúdo mas também coerência de conteúdo (doutrina), coisa que o protestantismo não lhe pode oferecer.

Diante disto podemos afirmar, e sem medo de errar - em que pese a afirmação do Dr Harnack (O qual obviamente DESDENHAVA A DIVINDADE DE CRISTO!) - que o protestantismo não satisfaz plenamente as exigências da natureza racional tal como foi fixada pela natureza divina... Do ponto de vista da coerência doutrinária nosso protestante está condenado a uma perpétua frustração... É, do ponto de vista da lógica, o protestantismo, uma monstruosidade doutrinal.

Há no entanto uma categoria de protestantes que - a exemplo do Dr Harnack! -  resolveu este problema de modo bastante simples, fácil e cômodo:

Negando a importância de qualquer conteúdo intelectual ou doutrinal no contexto da Revelação divina e consequentemente, arvorando a bandeira do ceticismo; o qual - entre eles - não passa doutra válvula de escape espiritual. Há também aqueles que substituem a verdade eterna pelo fetichismo, correspondendo ao sentido imediatista e grosseiro das massas, assim o pentecostalismo entre nós com sua teologia da prosperidade.


A FALÊNCIA DO LIVRE EXAME!


Uma coisa é certa e seu significado revelador: Parte do protestantismo histórico, fartou-se já do livre exame e tendo constatado que, por intermédio dele, jamais haveria de restabelecer o conteúdo intelectual da fé, optou por desesperar deste conteúdo intelectual e reduzir o Cristianismo a sua dimensão ética.

Implica isto admitir que o protestantismo histórico - cujo escopo era restabelecer a doutrina da Igreja por meio do livre exame - falhou miseravelmente e que o livre exame não é apto para restabelecer a verdade e a unidade supostamente perdidas. A solução no entanto foi lamentável: silenciar sobre a precariedade do livre exame, mutilar a instituição Cristã e minimizar a importância da Verdade e da Unidade.

Em suma, por ser sempre incapaz de reformar a doutrina Cristã o exame particular acabou por conduzir a parte mais capacitada do protestantismo histórico ao desespero absoluto e ao ceticismo crasso. Ceticismo que como veremos sequer poupou a doutrina da Encarnação ou a divindade de Cristo, ora encarado pelo liberais como simples profeta ou mesmo como mito.


Tais as veredas do livre exame!

Pois enquanto os pentecostais endeusam Moisés os liberais desmistificam Jesus!

Seja como for esta suposta e alardeada indiferença ou negatividade em torno de questões e assuntos doutrinais depõe do mesmo modo sobre a falta de Unidade doutrinal no campo do protestante. Na medida em que fica este cada vez  mais dividido e compósito.

Neste caso o relativismo é fruto maduro da diversidade ou da variação doutrinal até a contradição...

E vai o neo cristianismo luterano tombando de abismo em abismo...






IGREJAS PARTICULARES, NÃO DOUTRINAS PARTICULARES!


ProtestantePenso que não haja qualquer motivo para escandalizar-se uma vez que - "As escrituras falam de uma grande variedade de igreja, a igreja de Roma, da igreja de Corinto, das igrejas da Galácia, da igreja de Éfeso, da igreja de Filipos, da igreja de Tessalonica, das sete igreja da Ásia e especialmente a de Jerusalem. Todas essas igrejas ao que me parece eram distintas e independentes." Seymour, iden 39


OrtodoxoQuanto a serem elas administrativamente independentes e juridicamente autônomas (e ainda o são hoje enquanto partes integrantes da Ortodoxia) não pomos dúvida alguma. Antes em oposição a monarquia papal, endossamos e estamos de pleno acordo.

De fato naqueles bons tempos cada apóstolo ou Bispo era monarca supremo na sua diocese! cf Nomocanon de S Th Balsamon. Cabendo aos sínodos e concílios gerais o encargo de, em caso de necessidade (extraordinariamente), disciplinar as nações ou mesmo a Igreja como um todo.

Quanto aos problemas peculiares a cada igreja eram por elas mesmas resolvidos i é pelo Bispo e seu clero, os doutores, presbíteros, diáconos, monges, etc

A pergunta aqui não é se as igrejas apostólicas eram independentes ou autônomas quanto a governação mas se estavam separadas doutrinariamente umas das outras!

Se professavam crenças distintas?

Se ensinavam dogmas contraditórios?

Se cada uma delas apresentava um Cristo diferente, uma salvação diferenciada, um batismo diferente ou uma ceia diferenciada???

Se haviam ali igrejas arminianas e igrejas calvinistas, igrejas atanasianas e igrejas unitárias, igrejas imortalistas e igrejas mortalistas????

Se estavam em desacordo quanto a regra de fé, a sucessão apostólica, a incorruptibilidade da fé, etc???

Se ousavam apresentar-se como a única parcela da Cristandade?

Se fechavam suas portas aos membros das demais igrejas excluindo-os da comunhão?

De minha parte gostaria de saber quando foi que Tomé discordou de Filipe a respeito do dia da adoração ou da ressurreição dos mortos?

Quando Tiago condenou João como idólatra por ter afirmado a divindade do Verbo????

Quando Paulo anatematizou Tiago por este ser sinergista e afirmar que a fé sem obras sendo morta não salva ninguém?

Quando Judas sancionou o pedobatismo e Apolo anatematizou???

Digam o que disserem nossos protestantes - por uma questão de respeito para com os apóstolos e ao Novo Testamento - a Unidade de fé ou acordo doutrinal existente entre tais igrejas apostólicas é algo que salva a vista no Novo Testamento.

De fato eram elas governadas por líderes diferentes mas animadas pela mesma fé comum, pelos mesmos dogmas, pela mesma doutrina. As igrejas eram autônomas mas a fé Ortodoxa Una e presente em cada uma delas. Pelo que não havia dissenção ou variação... Como é característico do neo cristianismo luterânico.

"As igrejas protestantes são igrejas particulares diferentes umas das outras sob diversos aspectos. As igrejas particulares do novo testamento eram secções duma mesma igreja e portanto perfeitamente iguais entre sí." Henrique Brandão. in "Noites com os metodistas". São paulo. A Campos, 1908. Vol I, p 66

Isto quer dizer que separadas pelo espaço, pela cultura e pela autoridade estavam unidas pela posse da mesma Revelação divina. Compreendendo o Evangelho da mesma maneira!

Tal seria o caso das atuais seitas protestantes?

As quais disputam a respeito de praticamente tudo: da Trindade a Ressurreição, passando pela salvação, o número dos sacramentos, a forma do Batismo, o significado da Eucaristia, a Virgindade de Maria Santíssima, a comunhão dos Santos, as preces pelos mortos, a adoração, etc

ProtestanteCertamente não havia discrepância entre eles, mas perfeita unidade e harmonia, conforme esta escrito "Um só Senhor, uma só fé e um só batismo."

ortodoxo: Então leia com bastante atenção esta matéria publicada no "Jornal Batista" (7/1 de 1932) contra o polemista Ernesto L de Oliveira:

"A IGREJA DE ÉFESO TALVEZ SEJA A IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL OU BRASILEIRA, COMO QUEIRA, COM SEU BATISMO INFANTIL, PRESBÍTEROS ANÔMALOS QUE EM CONTRADIÇÃO COM A ESCRITURA NÃO SÃO NEM PASTORES NEM BISPOS, SEU SISTEMA ANTI-BIBLICO DE SÍNODOS E ASSEMBLEIAS GERAIS, SEUS CREDOS MONOLÍTICOS... A IGREJA DE FILADÉLFIA DEVE SER A IGREJA METODISTA DO BRASIL COM SEUS BISPOS QUE SÃO ANTIEVANGELICAMENTE SUPERIORES AOS PASTORES, COM SUAS DOUTRINAS DE APOSTASIA E ARMINIANISMO... OUTRA SERIA ENFIM A IGREJA LUTERANA COM SUA DOUTRINA SEMI-CATÓLICA OU QUASE CATÓLICA DA CONSUBSTANCIAÇÃO, SUA FORNICAÇÃO COM O ESTADO, SEU MANDARINISMO E SUA SEMI-INFIDELIDADE QUANTO A BÍBLIA."



  


APELANDO AO RIDÍCULO


Protestante"Na igreja romana temos também um exemplo do que fica dito, pois que, apesar de ter em seu grêmio Jesuítas, dominicanos, carmelitas, franciscanos, agostinianos e outras inumeráveis ordens religiosas..." Seymour, iden 41

Ortodoxo: Não faço parte da membresia da igreja romana. Sou Ortodoxo, mas não burro e menos ainda idiota.

E assim tenho plena consciência de que todos os afiliados pertencentes as diversas ordens religiosas da Igreja romana estão muito bem ligados uns aos outros pela mesma profissão de fé.

Salvo engano meu jamais ouvi dizer que os barnabitas neguem a SSMa Trindade, que os franciscanos rejeitem a presença real do Senhor na eucaristia ou que os jesuitas neguem a Virgindade perpétua de Maria, muito pelo contrário tenho plena certeza que todos estes institutos religiosos subscrevem a profissão de fé de Pio V ou o Catecismo de Trento.

O que separa as ordens da igreja romana umas das outras são questões de espiritualidade e regime de vida, não de fé ou de doutrina.

Suponhamos porém que as ordens da igreja romana estivessem cindidas quanto a profissão de fé como sustem o amigo, que conclusão deveríamos tirar disto?

Que tanto a igreja romana quanto a protestante são igualmente falsas, apóstatas e corruptas.

Afinal em que e por que os erros e defeitos da igreja - como a discordância em matéria de fé - romana converter-se-iam em acertos ou virtudes no seio do protestantismo.

Acaso a desunião existente entre os papistas anularia a desunião existente entre os protestantes???

Mesmo quando as falsas acusações lançadas contra a igreja papalina pelos advogados do protestantismo fossem verídicas continuaria ele a ser o que é? Um reino dividido e fragmentado pela discórdia. E das cisões porventura existentes na igreja 'mãe' não lhe adviria bem algum!


Por fim, resta-nos declarar que tal acusação não se aplica a Igreja Ortodoxa já porque conta com um único instituto religioso, a ordem basiliana cujos membros não professam doutrina alguma além daquelas que são professadas e cridas pela igreja como um todo.

ProtestanteNão compreendo o que o amigo esta querendo insinuar.

Ortodoxo: Não estou insinuando absolutamente nada, mas afirmando com todas as letras i é em alto e bom som, que no que as discrepâncias existentes entre as diversas agremiações protestantes não se limitam a  espiritualidade ou regime de vida, atingindo em cheio o conteúdo da divina Revelação comunicada por Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo e comprometendo sua dignidade.





CONFUNDINDO A REVELAÇÃO DIVINA COM O LABORATÓRIO!


Protestante: "As mesmas diferenças de idéias são sinal de movimento intelectual e de verdadeira vida... há uma espécie de união que é morte espiritual, porque manifesta a falta de atividade intelectual ou de vida mental. Há também certa desunião que é prova de vida espiritual, pois que demonstra a existência de pensamento e de inteligência ativa... uma unidade perfeita é evidência de morte e não de vida." Seymour. iden.

ortodoxo: Diversidade de opinião associada a esforço intelectual é o que se espera encontrar nas academias, universidades, liceus, centros de pesquisa e noutras tantas organizações de caráter científico cujo escopo é averiguar, descobrir e encontrar - por meio de testes, pesquisas e experiências - as leis que regem este nosso mundo físico ou natural.

Neste caso - em que o objeto ao menos num primeiro momento não é suficientemente claro e distinto (e muito menos dado!) - as discrepâncias, discussões, debates, etc são sumamente benéficos e até necessários conforme asseveram Dilthey, Khun, Popper, Sagan, Medawar e outros.

No terreno da ciência, que é puramente imanente, progressiva e cumulativa, criticidade sempre será um bem ou virtude a ser aplaudida de pé.

Ciência é estado de expectação, de busca, de averiguação e portanto de dinamismo, esforço e movimento. Concentram-se os sentidos sobre determinado objeto, observam-se os fenômenos, exercita-se o intelecto refletindo, constroem-se as hipóteses, travam-se controvérsias em torno delas... Tal o caminho da ciência!




Outro no entanto e completamente distinto é o conceito de Revelação ou comunicação divina, a qual nem terrestre, nem material, nem natural, nem imanente, nem especulativa, nem material, nem empírica, nem progressiva, nem obscura, nem investigativa...

E isto pelo simples fato de que os objetos, da Ciência e da Revelação são absolutamente distintos.

A ciência investiga os fenômenos que caracterizam o mundo material.


Enquanto a Revelação visa informar-nos a respeito daquele mundo espiritual, invisível e imaterial que esta para além do alcance dos sentidos.

A ciência investiga e apreende o quanto esta no acesso da percepção e a Revelação visa comunicar-nos certo conhecimento a respeito do que não podemos perceber.

Assim o que esta no acesso da percepção e da especulação racional de modo algum precisa ser Revelado. Enquanto aquilo que é revelado não pode ser aquilatado a luz da percepção ou da razão.

Resta-nos concluir esclarecendo que o Evangelho de Cristo não é tese de doutorado e que sua igreja é nem mesmo acadêmia ou liceu! Quanto mais uma universidade ou centro de pesquisa como parece supor ,com tanta 'graça', o Dr Seymour...

A Igreja e as instituições culturais acima citadas - sabe-o muito bem o matreiro apologista protestante! - não foram dispostas com a mesma finalidade ou tendo como fim o estudo dos mesmos objetivos. Pelo que encontram-se em campos totalmente distintos.

A Igreja esta voltada para os domínios da transcendência. Já a ciência como acabamos de dizer, para o mundo físico ou natural.

Assim o proceder ou método de cada uma delas.

Aqui o propósito divino, sagrado, celestial e transcendente de conservar incólume os ensinamentos comunicados aos santos Apóstolos uma única vez pelo Senhor Jesus Cristo. Ensinamentos de ordem espiritual, invisível, sobrenatural e supra racional!!!

Aqui no terreno religioso da divina Revelação nada se averígua uma vez que tudo foi previamente comunicado pelo mistério da ENCARNAÇÃO DO VERBO. 

A Igreja não busca ou procura a verdade divina. Não apalpa, não investiga, não espera. Pois recebeu a Verdade eterna como dom divino e perfeito entregue por seu fundador com o objetivo de conserva-lo fielmente ao cabo dos séculos, isto POR VIA DA AUTORIDADE, pautada na sucessão apostólica.

Donde se infere muito logicamente que a manutenção da doutrina revelada não esta na dependência da especulação racional ou de exercícios metafísicos. 


E, menos ainda de experiências e pesquisas como as que são levadas a cabo pelos sodalícios científicos!

 A REVELAÇÃO NEM FOI OBTIDA NEM SE MANTEM PELA ATIVIDADE MENTAL DOS HOMENS MAS POR OPERAÇÃO DA GRAÇA DIVINA!!!

Neste caso a uniformidade ou coesão doutrinal é condição necessária para a revindicação da posse da verdade e como que uma marca posta pelo Salvador misericordioso sobre o corpo daigreja com o objetivo de facilitar sua identificação por parte dos mortais.

Por outro lado não se pode negar que o protestantismo, ensinando os homens a duvidar tanto da igreja papa como da própria igreja Ortodoxa, induziu-os a duvidar primeiramente do mistérios eucarístico e em seguida da divindade de Cristo, a qual nestes tristes tempos chega a ser encarada como 'frioleira digna de velhas beatas'. 

Afinal como poderia aquele que não soube suster a igreja na senda da verdade estar verdadeiramente presente no sacramento?

Agora se não pode estar verdadeiramente presente no Sacramento como pode ser Deus?

Mas o Cristo do protestantismo é um Cristo frágil e limitado...

Cristo que não pode manter a igreja antiga na senda da verdade! Cristo que não pode estar presente no Sacramento... Cristo que não pode...

Logo Cristo que não é Deus!

Outra coisa é o Cristo do Catolicismo.

O qual tendo podido encarnar-se e fazer-se homem perfeito pode manter viva a fé Ortodoxa ao cabo dos séculos, como pode faze-se pão dos crentes e ser Deus do começo ao fim. Dos céus a terra!

Nada no caminho do Catolicismo nos convida a duvidar!

Outra coisa no entanto é o caminho do protestantismo.

Com sua igreja capenga... Reformada pelo Lutero e sua eucaristia natural sob forma de lanche.

Foi por esta via que os protestantes, principiando a duvidar dos apóstolos e da sucessão e da igreja acalentaram dúvidas sobre o sacramento e chegaram a duvidar de toda religião até negarem a imortalidade da alma e a existência do próprio Deus. Pois quem duvida de um elemento da fé põem toda fé em risco!

Nem podia o ceticismo metodológico - empregado com justeza pela pesquisa científica - introduzido pelos reformadores protestantes no seio da religião deixar de converter-se em ceticismo metafísico e vitimar a religiosidade de modo geral.

Principiaram os protestantes a duvidar da igreja até que chegaram a duvidar de praticamente tudo: do Batismo infantil, da presença real, da divindade de Cristo, da imortalidade e enfim da própria Bíblia, do próprio Evangelho, das palavras de Jesus!

É verdade que ainda hoje, e a mais de quinhentos anos, o protestantismo tem se esforçado por ocupar o vazio deixado pela fé da igreja antiga e por substituir as igrejas romana, anglicana e Ortodoxa.



Todavia como poderia ser divino alguém que após ter declarado PERECÍVEL TODO E QUALQUER REINO DIVIDIDO fundasse um reino fragmentado em milhares e milhares de seitas???

LIVRO PRIMEIRO - Capítulo I - Sub capitulo 09 > Super valorizando o antigo testamento

Neste artigo o bom amigo encontrará os seguintes tópicos:

  1. A funesta inclusão do Antigo testamento na polêmica Cristã
  2. Contradições: A Imortalidade da alma no Antigo Testamento




A funesta inclusão do Antigo Testamento na polêmica Cristã!


protestante:...

Ortodoxo: Por outro lado vocês protestantes dificilmente se satisfazem plenamente com a autoridade do Novo Testamento ou do Santo Evangelho - cuja maior claridade reconhecem; -apelando por qualquer propósito aos registros judaicos com o intuito de obscurecer a doutrina evangélica,  denunciar os mistérios do reino e reabilitar os ensinamentos dos fariseus e escribas.

Destarte um exame que já é problemático por natureza torna-se de todo impossível, inviável, infecundo, inútil e pernicioso.

É a absurda e falsa doutrina da inspiração plenária, verbal e linear que inviabiliza qualquer exame sério e proveitoso uma vez que implica a diluição do Cristianismo no judaísmo, no mosaísmo, no farisaísmo, na Torá e, consequentemente sua reversão. É justamente esta mistura extravagante que dá suporte ao imaginário das seitas.

Disto resultará que "A doutrina Católica saliente-se por sua coerência e a protestante pela contradição." Koppen   in "Philosophie des Christenthums" 1825; I, 172

protestante: Nós acreditamos que toda Bíblia, de Gênesis a Apocalipse - isto é de capa a capa - seja a palavra pura palavra de Deus.

ortodoxoÉ justamente devido a esta crença artificial e pueril, associada aos caprichos do livre Examinismo, que a vossa reforma encontra-se completamente cindida ou melhor pulverizada e reduzida a uma multidão de seitas em estado de guerra.

Refletindo cada registro do antigo testamento as idéias da época em que foi escrito inferimos que deva conter um grande de doutrinas e crenças opostas umas as outras e de formar uma espécie de cipoal ideológico! Assim ele nada esclarece em termos de fé Cristã apenas torna tudo mais complicado e confuso.

Como se substituíssemos a luz do Sol durante o dia pela claridade da lua (sic).

Aqui o erro fundamental ou pecado original do protestantismo: conferir o mesmo valor e autoridade ao VINHO NOVO  e aos ODRES VELHOS, em que pesem as advertências do divino vinhateiro.


Os protestantes no entanto, atraídos pela doutrina artificial da Bíblia uniforme, negam-se a admitir que os ODRES possam vir de fato a estourar! E acreditam piamente que esses odres velhos e secos de Moisés contenham doutrina Cristã anunciada pelo Verbo!

"Nada há de moralmente aceitável, nada de demasiado nobre, nada de grandioso no Antigo Testamento; O QUAL JAMAIS FOI IMPOSTO AOS FIÉIS POR JESUS CRISTO OU PELOS SANTOS APÓSTOLOS." constatou Semler. Apesar disto, a essência da moral sectária e fundamentalista nutre-se acima de tudo das sentenças atribuídas aos patriarcas e profetas e não das palavras DIVINAS DO VERBO ENCARNADO cujo conteúdo por sinal anulam reafirmando os preconceitos do farisaísmo antigo.

Protestante: É impossível que hajam verdadeiras contradições no corpo das Escrituras Santas e Canônicas.

Acaso poderia Deus por meio da inspiração apoiar o erro???

Sendo inspirados são tais escritos necessariamente infalíveis.

Ortodoxo: De fato é absolutamente impossível haver qualquer contradição entre as palavras e ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo consignados no Santo e divino Evangelho.

Agora se o antigo testamento contém contradições e erros, impossível é que seja plenamente inspirado em cada uma de suas partes e falsa a doutrina da inspiração plenária.

Protestante: E no entanto os Cristãos jamais negaram a inspiração e a autoridade do Antigo Testamento e quando os marcionistas ousaram faze-lo foram excomungados e anatematizados pela igreja antiga a que dizes pertencer.

Ortodoxo: De fato os Cristãos jamais negaram como um todo a inspiração do Antigo Testamento ou repudiaram em bloco sua autoridade. Tal a opinião e sentir dos marcionistas.

E sempre professaram e confessaram que ele de fato contém certas passagens inspiradas ou palavras de Deus. O que não poderíamos repudiar sem romper com a tradição da Igreja.

Não, nós não negamos que o antigo testamento contenha verdadeiros oráculos sagrados ou palavras de Deus inspiradas e infalíveis. O que negamos assumidamente é que seja inspirado em sua totalidade ou infalível de capa a capa como uma espécie de Evangelho ou Corão.

Alguns de seus trechos são inspirados e divinos e outros de origem puramente humana. Isto pelo simples fato de encontra-se repleto de 'aporias' as quais são, por assim dizer, insolúveis a menos que o 'interprete' recorra a trapaça ou a má fé como de fato tem se sucedido inúmeras vezes em prejuízo da honestidade e da ética.

A existência destas aporias (Que não pode ser negada ou minimizada) testifica que a maior parte deste registro - Que apenas contem verdadeiras palavras de Deus sob a forma de profecias referentes a pessoa e a missão de Jesus Cristo - é de origem puramente natural.

Alias tudo quando nele não esta disposto ou dispõem os homens para JESUS CRISTO não possuí sentido Cristão e não pode ser inspirado.

Só nos resta concluir que este veículo não pode ser recebido em sua totalidade como árbitro em matéria de doutrina Cristã.

Ademais quase que todos os esforços exegéticos consagrados a sustentar sua infalibilidade integral dos registros judaicos tem sido caracterizados pela desonestidade, manipulação, a parcialidade, o anacronismo, a leviandade... ou seja por princípios muito pouco elevados e pouco Cristãos. Após a última palavra dada pelas mais hábeis peritos da Igreja romana - Vigouroux, Pirot, Bacuez, Glaire e Crampom - na última década do século XIX ( i é a cerca de 130 anos) pode-se dizer sem medo de errar que absolutamente nada de novo foi adicionado a apologética destinada a sustentar a inspiração total dos livros judaicos. Desde então, como podemos constatar pela leitura do Atalaia, da Sentinela, do Despertar ou do Cenáculo, publicam-se apenas repetições.

Desde meados de 1920/30 o antigo testamento não tem ganho uma batalha sequer, mas perdido todas sucessivamente  e cada descoberta arqueológica tem desferido um novo golpe sobre a crença infundada na inspiração plenária ou linear. Ficando muito difícil mesmo acreditar que os advogados desta teoria estejam mesmo de boa fé... Na medida em que têm ocultado ou escondido propositalmente diversos testemunhos contrários a suas crenças.

Parece que as próprias exigências doutrinais do protestantismo 'ortodoxo' - centradas em tornos da uniformidade e inspiração bíblicas - tem constrangido os sectários a prevaricar conscientemente e a trair sordidamente os postulados éticos estabelecidos pelo Evangelho em torno da veracidade, fidelidade, honestidade, justiça, etc

Evidentemente que tal traição não pode ser encarada por nós como um fruto digno e bom.

Por isso, em nome dos princípios e valores decretados pelo Evangelho, não pudemos deixar de rever nossos conceitos teológicos e de abraçar uma explicação que, estando de pleno acordo com os fatos, não nos obrigue a falsificar e a mentir. Tal a doutrina da inspiração funcional defendida por inúmeros mestres Cristãos a cabo deste Era.

protestante: Estou pagando para ver as tais contradições...



CONTRADIÇÕES DO ANTIGO TESTAMENTO EM TORNO DA DOUTRINA DA IMORTALIDADE DA ALMA.



"Terceiro se prova que os antepassados não admitiam outra vida, nem cogitaram sobre seus bens. Isto se deduz das palavras ditas por Abraão nosso pai ao Eterno: 'Que reservaras a mim que me vou sem filhos deixando um criado por herdeiro de meus bens?' querendo dizer: Não sei de que grande prêmio me tens falado e ignoro com que prêmio havereis de recompensar-me se não tenho nem filhos, nem herdeiros, nem posteridade e sucessão sobre a terra. Pois se Abraão cogitasse sobre a grandeza da vida eterna não faria qualquer alusão a bens materiais de origem puramente terrena, sobre tais bens cogitou Isaac ao abençoar nosso pai Jacó, sobre eles se funda a Torá, e Salomão considerando os males que nos atingem nesta vida, e não conhecendo compensação superior, julgou bemaventurado aqueles que não chegaram a nascer, por isso esta escrito: 'Por ventura sucederá qualquer maravilha entre os mortos? Acaso os dormentes se levantarão do pó em quer jazem? Restará verdade no sepulcro? Haverá luz na escuridão e justiça na terra do esquecimento? mas tua misericórdia se manifesta na terra entre os vivos.' ... e Jó: '...Meus olhos não mais verão a luz e jamais verão o bem e desaparecerão de seu lugar... não hei de viver para sempre.' e os Salmos estão repletos de tais ensinamentos." Uriel da Costa (teólogo hebreu do século XVII) nos 'Tres escritos sobre a imortalidade da alma' pp 47


Ortodoxo: Uma das doutrinas fundamentais do Novo Testamento refere-se a sobrevivência consciente do espírito humano após a morte do corpo físico.

ProtestantePenso que seja necessário demonstra-lo cabalmente.

Ortodoxo: Logo no primeiro dos registros neo testamentários  - que é o Evangelho de Mateus - já nos deparamos com as seguintes palavras de Jesus: "Abraão, Isaac e Jacó estão vivos, pois Deus é Deus de vivos e não de mortos."

E quando esta já prestes a morrer no alto da cruz: "HOJE AINDA COMIGO ESTARÁS NO PARAÍSO."

& no último dos registros que é o livro da Revelação nos deparamos igualmente com o relato sobre as almas daqueles que haviam sido imolados por amor a palavra de Deus, suplicando debaixo do altar celestial.

Doutrina exposta com tanto mais clareza na parábola do Rico e do Lázaro... a qual por ser parábola não poderia conter falsos ensinamentos ou doutrinas de natureza pagã.

E assim de registro em registro do N T é difícil achar algum que não contenha qualquer alusão positiva a esta doutrina. Pelo que cheguei a elencar - em 1994 - certa de meia centena delas.

É em vão que os mortalistas - judaizantes - esforçam-se por obscurecer esta verdade claríssima no campo do Novo Testamento com o adrede propósito de FAZE-LO CONCORDAR A TODO CUSTO (ou adaptar) com a crença materialista dos patriarcas hebreus, sustentada durante durante o ministério do Senhor Jesus Cristo pelos saduceus, que eram os verdadeiros guardiães das autênticas tradições patriarcais.

O já referido Josefo assim se expressa a respeito deles:

"A doutrina dos saduceus é esta: a alma perece com o corpo..." Antiguidades L XVIII, C 01; S 04

Acrescentando que só recebiam como divinos os cinco livros de Moisés ou como se diz a Torá (taurat) ou Pentateuco e nada mais.

No qual não parece haver qualquer evidência ou indício favorável a doutrina da imortalidade da alma. Em que pese as liberdades com que os fundamentalistas (adeptos do imortalismo) procuram torcer algumas de suas passagens mais obscuras. (cerca de cinco)

Eis porque o legislador hebreu dirige-se ao povo nestes termos: "Presta a devida honra a teu pai e a tua mãe PARA QUE SE PROLONGUEM, TEUS DIAS NA TERRA QUE JAVÉ TE DÁ HOJE." Ex 20,12

Sem cogitar em qualquer recompensa eterna ou imaterial oferecida no além túmulo.

Os salmos mais antigos refletem sempre a mesma disposição materialista:

"Aquele que ama a vida deseja viver muito para gozar de felicidade."

Assim enquanto o apóstolo julga ser mais vantajoso passar a Jesus Cristo Sócrates ao convívio dos homens ilustres como Homero, Hesíodo, Triptolemo, etc o Salmista pede para viver na terra o máximo de tempo possível...

Há no entanto outros Salmos ainda mais explícitos:

"O Justo colherá sua felicidade, e sua semente possuirá a terra."

"Eu verei os benefícios do Senhor aqui na terra dos vivos."

(Jesus no entanto declara: "No mundo conhecereis perseguição.")

Nenhum deles no entanto é tão categórico como o trigésimo sexto:

"Espera no Senhor e faze o bem; habitarás a terra em plena segurança... porque os maus serão exterminados, mas os que esperam no Senhor possuirão a terra... Quanto aos mansos, possuirão a terra, e nela gozarão de imensa paz... porque aqueles que o Senhor abençoa possuirão a terra, mas os que ele amaldiçoa serão destruídos... Os justos possuirão a terra, e a habitarão eternamente... Põe tu confiança no Senhor, e segue os seus caminhos. Ele te exaltará e possuirás a terra; a queda dos ímpios verás com alegria..."


Outra não é a doutrina corrente no livro dos Provérbios:

"Ouve meu filho a instrução e multiplicarei teus dias sobra a terra."


Pois para o pregador hebreu "Não há nada melhor para o homem que comer, beber e gozar o bem-estar no seu trabalho."


O apóstolo no entanto decreta: "O Reino de Deus não é comida e bebida mas a graça e a paz no Espírito Santo."

O pregador no entanto desenvolve suas teorias:

"Eu disse comigo mesmo a respeito dos homens: Deus quer prová-los e mostrar-lhes que, quanto a eles, são semelhantes aos brutos.

Porque o destino dos filhos dos homens e o destino dos brutos é o mesmo: um mesmo fim os espera. A morte de um é a morte do outro. A ambos foi dado o mesmo sopro, e a vantagem do homem sobre o bruto é nula, porque tudo é vaidade.

Todos caminham para um mesmo lugar, todos saem do pó e para o pó voltam.

Quem sabe se o sopro de vida dos filhos dos homens se eleva para o alto, e o sopro de vida dos brutos desce para a terra?" Ecli 3,18 sgs


Diante de um materialismo assim tão primitivo quanto grosseiro, os rabinos desta Era, já dominados pela ideia greco-Cristã da imortalidade positiva, forcejaram por remover o Eclesiastes do canon, segundo podemos ler no Tratado intitulado Shabatt (II, 30 - 02):


"Jehuda, dito Ranbam, refere que os sábios e doutores quiseram remover o Eclesiastes, porque suas palavras são contrárias a lei de Moisés. Porque então foi mantido? PORQUE SUAS PALAVRAS ESTÃO DE PLENO ACORDO COM A LEI."


Aqueles dentre os peritos hebreus que julgavam estar inserida na Lei de Moisés a doutrina da imortalidade consciente, tomaram a peito remover Eclesiastes do Canon, por acreditarem que devido a seu teor materialista estava em contradição com a  dita lei. Como no entanto a Lei não contém qualquer indicio simples, claro e objetivo a respeito da imortalidade positiva os rabinos mortalistas impediram sua remoção. Além disto algumas palavras haviam sido acrescentadas por mão alheia no final do livro, com o objetivo de amenizar seu intragável materialismo.


É possível que os rabinos tenham levado em conta as seguintes palavras do Gênesis:


"E disse Deus: Produzam as águas abundantes répteis de alma vivente." Gn 1,20


"E disse Deus: Produza a terra alma vivente segundo sua espécie: gado e répteis, e bestas e feras da terra conforme a sua espécie." Gn 1,24


"Assim formou o Senhor Deus o homem... e o homem passou a ser alma vivente." Gn 2,7


No entanto, graças ao testemunho da Septuaginta:

"kai eipen o qeoV exagagetw h gh YUCHN ZWSAN kata genoV tetrapoda kai erpeta kai qhria thV ghV kata genoV kai egeneto outwV" 1,24


"kai eplasen o qeoV ton anqrwpon coun apo thV ghV kai enefushsen eiV to proswpon autou pnohn zwhV kai egeneto o anqrwpoV eiV YUCHN ZWSAN."


Podemos constatar que o tradutor ignorava qualquer diferença categorial entre Nefesh e Neshamah.


Alias o próprio original hebraico do Eclesiástico, pugna contra a opinião dos rabinos, cabalistas, padres e pastores, segundo os quais os antigos hebreus distinguiam perfeitamente entre: Nefesh (algo que sai da garganta), Neshamah e Ruach (sopro) :


"Quem sabe se o espírito (ruach) dos filhos dos homens (ha Beney Adão)? vai para cima? E o espírito (ruach) dos animais (ha Behemah), vai para baixo?"


Assim, diante do fato incontroverso de que os antigos hebreus tomavam os termos Nefesh, Neshamah e Ruach um pelo outro sem fazer qualquer distinção doutrinal, só nos resta concluir que para eles não havia qualquer diferença entre a condição dos homens e dos outros animais. 

Não no sentido de que os animais também sobrevivessem após a morte (os hebreus jamais foram ANIMISTAS) e sim no sentido de que uns e outros pereciam, ou seja, deixavam de existir (MATERIALISMO).


Eis porque os Salmos garantem que as punições e recompensas seriam dispensadas aqui mesmo neste nosso mundo sob a forma de longevidade, saúde, mulheres, filhos e abundância de bens materiais... além é claro, da vitória sobre os inimigos, cuja semente deveria de ser banida da terra...


Toda esperança dos antigos hebreus resumia-se nisto.


Alguns dentre eles inclusive chegaram a acreditar que a alma ou princípio movente do ser era o sangue que corre em nossas veias dando vida a nossos corpos, exatamente como os biólogos materialistas.


Segundo podemos ler num de seus registros: "Não comereis a carne com seu sangue dentro porque o sangue é a alma."


A conclusão salta a vista: Os antigos hebreus não se serviam de galinha a cabidela com medo de transformarem-se em galinhas e sairem ciscando por ai!!!


Primeiro confundem o espírito com algo que sai pela garganta, depois com um sopro, enfim com o sangue... E há quem diga que tudo isto é Palavra de Deus...


Então aquele que decretou o surgimento do espírito a ponto de ser cognominado como 'Pai dos espiritos' já não sabe mais definir que seja espírito???


Posteriormente os antigos hebreus assumiram a ideia segundo a qual os mortos não extinguiam-se por completo mas convertiam-se em sombras (refaim) e desciam ao Sheol, ou seja a mansão dos mortos, situada debaixo da terra.

Ali bons e maus, justos e ímpios, virtuosos e criminosos levavam - misturados uns ais outros e envolvidos pela escuridão - uma vida miserável (uma espécie de sonolência, fraqueza ou sonambulismo) a ponto do hagriografo exclamar: "No Sheol quem se lembrará de tí e na mansão dos mortos quem publicará teus louvores? Conserva-me pois na terra dos vivos e multiplica meus dias."


Tal o arallu dos antigos sumerios e o Hades de Homero, no qual o bravo Aquiles se lamentava e dizia: "Melhor ser um servo na terra dos vivos do que um rei na região dos mortos."


Esta crença tanto mais desenvolvida encontra-se já em algumas ADIÇÕES ao Pentateuco - Onde esta registrado que Moisés haveria de reunir-se a sua parentela, embora tenha sido sepultado sozinho... - no livro de Jó; o sincero, na profecia de Isaías e em alguns outros lugares.

Aqui não há esperança alguma e sequer um sinal da doutrina da ressurreição.

"O homem morre e fica inerte. Para onde vai após a morte?... O homem que dorme não se levantará. O céu passará, e o homem não vai despertar, nem acordar de seu sono." Jó 14,10 sgs


Foi ao tempo do cativeiro apenas que parte dos hebreus tomou aos persas a doutrina da ressurreição - sempre tida em conta de herética e pagã pelos saduceus - cuja primeira referência encontra-se no livro falsamente atribuído a Daniel:


"Muitos daqueles que dormem no pó da terra despertarão, uns para uma vida eterna, outros para a ignomínia, a infâmia eterna."


Aqui os mortos ainda dormem ou vagueiam misturados no fundo do sheol, há no entanto uma esperança de redenção para eles: a ressurreição da carne no último dia. Parece ser esta a doutrina dos adventistas e jeovistas que batem a nossas portas...


Acha-mo-nos todavia ainda bem distantes da doutrina da imortalidade positiva, recebida por mediação dos gregos durante o período helenístico.

E logo por quem???

Justamente por aqueles fariseus devotos que tanto afetavam detestar tudo quando não era judeu.

Foram justamente eles que introduziram entre os seus a doutrina da imortalidade consciente ou positiva.


"Os fariseus por meio de corrupções e subterfugios adicionaram a religião dos pais a teoria pagã da imortalidade da alma." asseveram o já citado Uriel da Costa


Por fim, cerca do advento de Cristo Jesus Nosso Senhor, os rabinos fariseus deram o último passo em direção a doutrina da imortalidade positiva, abraçando a teoria da reencarnação ou gilgul. Conforme se depreende das seguintes palavras de Josefo:

"Toda alma, eles [os fariseus] afirmam, é imperecível, mas somente a alma dos bons passa a outro corpo." id

Agora por tratar-se de doutrina completamente alheia a Tanak ou Mikra tiveram de oculta-la aos olhos do povo, como admite o Dr Samuel da Silva. Diante disto puseram-se a ensina-la ocultamente - para não causar escândalo - e disto resultou aquele código secreto chamado Cabala.

Afinal eles tinham receio de que os filhos de Sadoc revelassem ao povo suas inovações em matéria de fé e os desmoralizassem. 

Destarte as crenças na ressurreição, na imortalidade e na reencarnação, floresceram entre os filhos de israel embora tenham sido concebidas e codificadas pelos gentios: babilônicos, persas e gregos. Não por seus patriarcas e antepassados mortalistas, e, consequentemente tão materialistas quando D Holbach ou La Metrie 

protestante: Reconheço ainda não ter estudado a fundo a questão da imortalidade da alma no antigo testamento, todavia, como já é um pouco tarde e tenho de jantar cumpre despedir do amigo desejando-lhe uma grande e preciosa benção da parte do Senhor Jesus.


Ortodoxo: Tenha uma boa tarde e passar bem!!!



"É incontestável que nada na História ou na lógica põe a perder o Catolicismo." Marheinecke






"Acautelai-vos quem não entra pela porta do aprisco das ovelhas é salteador..."


Glória ao Pai + ao Filho + e ao Espírito Santo, Trindade eterna e Bendita.
Como era no princípio, agora, sempre e por todos os séculos dos séculos na Santa Igreja Católica!

E que pelas intercessões da Imaculada e sempre Virgem Maria sua mãe, de S José, de S João Batista, dos apóstolos João, Tiago, Pedro e Paulo, dos abençoados mártires e de todos os Santos vitoriosos O SENHOR JESUS CRISTO NOS ASSISTA SEMPRE.