Hiper agia ai partenos Maria, akrantos Mitéra tou Khristos Theos - soson imas!
Batul Lala Marian Wallidat al illah - ʕawnu ni!

Nossos pais e avós foram protestantes, nossos tetravos papistas, as gerações do passado remoto no entanto foram Católicas, apostólicas e ortodoxas, e nós, consagrando todas as forças do intelecto ao estudo da coisas santas e divinas desde a mais tenra idade, reencontramos e resgatamos a fé verdadeira, pura, santa e imaculada dos apóstolos, mártires e padres aos quais foi confiada a palavra divina. E tendo resgatado as raízes históricas de nossa preciosa e vivificante fé não repousaremos por um instante até comunica-la aos que forem dignos, segundo o preceito do Senhor. Esta é a senda da luz e da justiça, lei do amor, da compaixão, da misericórdia e da paz entregue uma única vez aos santos e heróis dos tempos antigos.

João I

João I
O Verbo se fez carne




Hei amigo

Se vc é protestante ou carismático certamente não conhece o canto Ortodoxo entoado pelos Cristãos desde os tempos das catacumbas. Clique abaixo e ouça:

Mantido pelo profo Domingos Pardal Braz:

de pentecostal a ORTODOXO.

Jesus aos apóstolos:

"QUEM VOS OUVE É A MIM QUE OUVE E QUEM VOS REJEITA É A MIM QUE REJEITA."


A CRUZ É UM ESCÂNDALO PARA OS QUE SE PERDEM. MAS PARA OS SANTOS PODER E GLÓRIA DE DEUS.

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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

LIII - O VEREDITO DOS SANTOS PADRES






DEUTEROCANÔNICOS: REJEITADOS PELOS PADRES DA IGREJA?



"umeiV ek patroV tou diabolou este kai taV epiqumiaV tou patroV umwn qelete poiein ekeinoV anqrwpoktonoV hn ap archV kai en th alhqeia ouc esthken oti ouk estin alhqeia en autw otan lalh to yeudoV ek twn idiwn lalei oti yeusthV estin kai o pathr autou" João 8,44


"SABEMOS MUITO BEM QUE TAIS LIVROS FORAM UNANIMEMENTE REGEITADOS POR TODAS AS IGREJAS ANTIGAS E SANTOS PADRES." Marsh Herbet in "A comparative view of the Churches of England and Rome", London, 1816


Será mesmo?


Fontes (para os padres e escritores não abordados em nossa exposição): Westcoott, Zarb e Schaff , McClintock Strong


O CRITÉRIO ADOTADO POR NÓS É PURAMENTE OBJETIVO: AS PALAVRAS E SENTENÇAS DOS PRÓPRIOS PADRES SOB A TERMINOLOGIA TÉCNICA DE: PROFECIA, PROFETA, ORACULOS DIVINOS, ESTA ESCRITO, ESCRITURA, NOUTRO LUGAR... OU O EMPREGO DE ASSOCIAÇÃO OU DE LIVRE COMBINAÇÃO A PAR DE REGISTROS PROTOCANÔNICOS, CUJO VALOR FOI RECONHECIDO PELAS AUTORIDADES PROTESTANTES ACIMA CITADAS (obs.: a excessão de Zarb que era papista)
Abreviaturas:

I = Inspirado (Citado como Escritura)

E = Eclesiástico (Escritura inferior)

A = Apócrifo



Vamos pois aos padres>


01 - Didaké> Eclo = I



02 - Barnabé> Sab = I (in Cap VI)



03 - Policarpo> Tob = I (in Fil X)



04 - Clemente Romano> Sab (in Ep ad Cor XXVII) Jdt (ibd LV) e add a Dan = I



05 - Hermas> Sab, Eclo, Mcbs = I



06 - Irineu> Br, ( Adv Haers V - XXXV, 1), Sab (IV - XXXVIII,3), adições a Daniel, Tob = I (Advs Haers  I - XXX, 11)



07 - Atenagoras> Br = I



08 - Melitão> TODOS (menos Sabedoria talvez) = A



09 - Hipólito> TODOS = I (Mac in Antichr XLIX/ Bar Adv Noeth V/ Ecclo In Cant prol/ Tob Comm in Dan/ Judt Sel in Jer proph e Adds a Dan in Comm in Dan.)



10 - Tertuliano> Br (Scorp VIII), Sab (Praescr Haer VII), Mcbs e adds a Dan= I



11 - Clemente de Alex> TODOS = I (Mac in Strom V,14/Bar in Paed I,10 e II,3/ Ecclo in Strom III,5/ Sab in Strom IV,16, VI, 11 sgs/ Tob in Strom II,28 e VI,12/ Judt in Strom II,7 e Adds a Dan Teste Proph I)



12 - Constituições apostolicas> Sab, Eclo, Mcbs, Tob e Jdt = I



13 - Origenes> TODOS = I (Mac in De Princ II,1 e 5/ Bar in Sel in Psal CXXV, in Jer XXXI/ Ecclo in Comm in Joan XXXII,14/ Sab in C Cels III,72/ Tob in Ep ad Afric e De Orat/ Judt in Hom in Jud I/ Adds a Ester in Ep ad Afric e Adds a Dan in Ep ad Afric)



14 - Kiprianos> TODOS = I (Mac in Ep LIX (55),4/ Bar in Testim II,6/ Sab in Testim II,14 e De mortalit/ Tob in Orat Domin. XXXII/ Adds a Dan in Orat Domin. VIII)



15 - Dionisio de Alex.> Sab, Eclo e Tob = I



16 - Arquelau - Sab = I



17 - Metódio de Olimpia> Br, Eclo, Sab, adds e jdt = I ( Bar in Conviv VIII,3/ Ecclo in Conviv I,3/ Sab in Conviv I,3/ Judt in Conviv XI,2 e Adds a Dan in Conviv XI,2)



18 - Lactance> Eclo, Sab e Br = I



19 - Alexandre de Alexandria > Eclo = I



20 - Afraates> Eclo e Mcbs = I



21 - Eusébio> Eclo, Tob, Br, Sab e Oração de José do Egito = I (Br in Dem Ev VI,19/ Sab in Prep Ev I,9 e Oração in Dem Ev VI)



22 - Cirilo de Jerusalem> Br, Sab, Eclo e adds = I (Bar in Cat XI,15/ Ecclo in Cat XXIII,17/ Sab in Cat IX,2 e adds in Cat II,16)/ Mcbs, Tob e Jdt = E (amphiballómena - disputados)



23 - Hilário de Poitiers> Tob, Judt, Br e add a Dan = I ( Bar in In Psalm LXVIII,19/ Eclo in In Psalm LX, 7/ Sab in In Psalm CXVIII, B, 8/ Tob in In Psalm CXVIII, B, 7 e CXXIX,7/ Judt in In Psalm CXXV,6) / mcbs = E



24 - Atanásio de Alex> Br, Sab, Eclo, adds e Tob = I (Bar in C Arian I/  Ecclo in ibd/ Sab in C Arian II/ Tob in C Arian I e Adds a Dan in C Arian III) / Judt e Mcbs = E (kanonizónema ou - não canonicos)



25 - Epifânio> Br, Sab, Eclo e adds a Daniel = I (Bar in Haeres LVII,2/ Ecclo in Haeres XXIV,6 e Sab in Haeres XXVI,15 e Adds a Daniel in Ancoratus) / Mcbs, tob e Jdt = A (Enapokriphon)




26 - Basilio> Br, Sab, Eclo, macbs, Jdt e Adds a Daniel = I (Bar in Adv Eunom IV,16/ Sab in Adv Eunom V,2 e Adds a Daniel in Homil XII in Prov 13



27 - Gregório Nisseno> Sab, Br, add a Dn = I



28 - Crisóstomo > TODOS = I (Bar in In Psalm XLIX,3/ Ecclo in De Las II,4/ Sab in In Psalm CIX,7)



29 - Gregório Nazianzeno> Br e Adds a Daniel (Adds in Orat XXXVI,3) = I / demais = E



30 - Anfilóquio> TODOS = E (aliases - próximos a verdadeira doutrina)



31 - Ambrósio> TODOS = I (Ecclo in De bono mortis VIII/ Sab in De Sp Sanct III,18/ Tob in Lib de Tobia e Adds in De Sp Sanc III,6)



32 - Jerônimo (fase final)> Tob, Jdt, Eclo, Br e Sab = I (Ecclo in Dial c Pelag I,33 e Sab in Dial c Pelag I,33) / Mcbs = E



33 - Optato de Milevi > Sab, Eclo, Tob > I (Sab in De Sch Don II,25 e Ecclo in De Sch Don III,3)



34 - Agostinho> TODOS = I



35 - Rufino> fase final > Br, Sab e Eclo > I / Tob, Jdt, mcbs = E



36 - Paulo Orosio> TODOS = I



37 - João Cassiano = Sab, Eclo e Br > I



38 - Damas> TODOS = I



39 - Inocente> TODOS = I



40 - Teodoreto> TODOS (- Mcbs) = I



41 - Teófilo de Alexandria > Mcbs = I



42 - Cirilo de Alexandria > TODOS = I



43 - Isidoro de Pelus> TODOS = I



44 - Leão> Eclo = I



45 - Gelase> TODOS = I



46 - Vicente de Lerins > Eclo = I



47 - Anastas > TODOS = I



48 - Lucifer > Sab, Mcbs, Tob, Jdt e adds = I (Mac in De non parc/ Sab in Pro Athan I/ Tob in Pro Athan I/ Judt in De non parc e Adds in Pro Athan II)



49 - Filoxeno de Mabbug> Sab e Eclo = I



50 - Cassiodoro (lista final)> TODOS = I



51 - Leôncio> TODOS = A



52 - Junilius> Br e Eclo = I/ Mcbs e Jdt = E e Sab = A



53 - Primasius> TODOS = A



54 - Gregório Dialogos> Tob, Sab, Eclo e adds = I / Mcbs = E



55 - Tiago de Edessa> Br, Sab, Eclo e Jdt = I



56 - Isidoro Hispalense> TODOS = I



57 - Leandro de Sevilha > TODOS = I



58 - Eugênio de Toledo > TODOS = I



59 - Idelfonso de Toledo > TODOS = I



60 - João Damasceno> Br = I / Os demais E



61 - Ceolfred> TODOS = I



62 - Beda > TODOS (- Tob = I) = E



63 - Fócio > TODOS = I



64 - Alcuino (fase final) > TODOS = I



65 - Teodulfo de Orleans > TODOS = I



66 - Rabanus Mauro> TODOS = I



67 - Nicéforos> TODOS = E



68 - Agobardo> TODOS = A



69 - Radulfo> Sab e Eclo = I / Tob, Jdt e mcbs = E



70 - Ambrósio de Autperth> TODOS = A



71 - Haymon de Halberstadt> TODOS = A



72 - Walfrido Strabon> TODOS = E



73 - Ishodad Merv> TODOS = E



74 - Notker Labeus> Sab e Eclo = I Mcbs, Tob, Jdt e adds = A



75 - Alfric> Jdt e Mcbs = I



76 - Honorato > TODOS = I



77 - Zonaras > TODOS = I



78 - Balsamon > TODOS = I



79 - Bar Hebreus> Sab, Eclo, Br, Mcbs e adds = I



80 - Ebed Eshue> TODOS = I


81 - Ibn Kaldhum> TODOS = I



82 - Sínodo de laodicéa> Br = I / Demais = A



83 - Sinodo de Hipona > TODOS = I



84 - Sínodo de Cartago I > TODOS = I



85 - Sínodo de Cartago II > TODOS = I



86 - Sínodo quinisexto de Trullo > TODOS = I



87 - Codex ALEXANDRINUS> TODOS = I



88 - Codex VATICANUS > TODOS (- Mcbs) = I



89 - Codex SINAITICUS > TODOS = I




90 - Chester Beatty > TODOS ( - Eclo) = I




91 - Efraemi > TODOS ( - Eclo e Sab) = I




92 - Cloromontanus > TODOS = I




93 - Peshita > TODOS = I




94 - Vetus latina > TODOS = I




95 - Sahidica e Boharica > TODOS = I




96 - Arabe > TODOS = I




97 - Gótica > TODOS = I




98 - Etiope > TODOS = I




99 - Armênia >TODOS = I




100 - Ilirica > TODOS = I




Ps - Os dados fornecidos sobre os principais padres podem ser conferidos na obra o teólogo protestante R N Champlin "Enciclopédia Bíblica de Teologia e Filosofia" Hagnos SP vol III p 881 Ps as Dúvidas em colchetes foram corrigidas por mim mesmo que conferi as ditas passagens nas obras citadas dos padres.


Cotação de cada volume:


#SABEDORIA



- Inspirado > 77% dos Padres

- Eclesiástico > 5% dos Padres

- Apócrifo > 7% dos Padres

- Omissões > 11 % dos Padres



Em se considerando (vide considerações nos próximos capítulos) que a CATEGORIA DOS LIVROS ECLESIÁSTICOS EQUIVALIA A ADMITIR UM GRÁU MENOR DE INSPIRAÇÃO FACE A CLASSIFICAÇÃO DE APÓCRIFOS, CONCLUIMOS QUE 77% DOS PADRES ENCARAVAM A DITA OBRA COMO CANÔNICA, ENQUANTO APENAS 7% ENCARAVAM-NA COMO APÓCRIFA; PODERIAMOS AINDA ACRESCENTAR 4% TIRADOS DAS OMISSÕES (POIS PARTE DA ARGUMENTAÇÃO PROTESTANTE CONTRA O CANON ALEXANDRINO É BASEADA NO SILÊNCIO) CHEGARIAMOS A CERCA DE 81% DE APROVAÇÃO PARA O LIVRO OU SEJA MAIS DE DOIS TERÇOS.




# ECLESIÁSTICO



- INSPIRADO> 73% dos padres

- ECLESIÁSTICO> 5%

- APÓCRIFO> 6%

- OMISSÕES> 16%

PROBABILIDADE DE APROVAÇÃO 81%





# BARUC



- INSPIRADO> 69%

- ECLESIÁSTICO> 7%

- APÓCRIFO > 4%

- OMISSÕES> 20%

Obs.: Pode ter sido omitido em algumas listagens canônicas por ter sido considerado como parte ou apêndice da profecia de Jeremias.

- PROBABILIDADE DE APROVAÇÃO: CERCA DE 80%



# ADIÇÕES A DANIEL



- INSPIRADO> 64%

- ECLESIÁSTICO> 7%

- APÓCRIFO> 3%

- OMISSÕES> 27%

Obs: Iden a Baruc, os padres não citavam as adições em suas listagens.

PROBABILIDADE DE APROVAÇÃO: 70%




# TOBIAS



- INSPIRADO> 61%

- ECLESIÁSTICO> 8%

- APÓCRIFO> 8%

- OMISSÕES> 23%

- PROBABILIDADE DE APROVAÇÃO: 75%




# JUDITE



- INSPIRADO> 55%

- ECLESIÁSTICO> 11%

- APÓCRIFO> 8%

- OMISSÕES> 26%

PROBABILIDADE DE APROVAÇÃO: 70%


Tobias e Judite são menos citados pelo fato de que contém pouco material doutrinário ou tipológico. São no entanto muito mais citados do que Ester ou seus fragmentos.


# MACABEUS



- INSPIRADO> 57%

- ECLESIÁSTICO> 12%

- APÓCRIFO> 8%

- OMISSÕES> 23%

PROBABILIDADE DE APROVAÇÃO: 73%






Conclusão: TODOS OS LIVROS - com excessão para as adições a Ester - SÃO APROVADOS COMO CANÔNICOS (mesmo que com um gráu de inspiração menor) POR DOIS TERÇOS OU MAIS DOS PADRES E CONCILIOS, SENDO QUE A COTAÇÃO DE APÓCRIFOS PARA SABEDORIA, ECLESIÁSTICO E BARUC (mesmo acrescentando a maior parte das omissões) NÃO ULTRAPASSA CHEGA NEM PERTO DE UM DÉCIMO!!!


TOBIAS E JUDITE OCUPAM UMA POSIÇÃO INTERMEDIÁRIA - com um bom índice de aprovação - ENQUANTO OS MACABEUS FICAM NA RABEIRINHA, O QUE SE DEVE POR SINAL A NATUREZA DO LIVRO DO PRÓPRIO LIVRO, SIMILAR A DOS REIS E DAS CRÔNICAS, IGUALMENTE NÃO MUITO CITADOS.


NO ENTANTO NENHUM DELES É MAJORITARIAMENTE REDUZIDO SEQUER A CONDIÇÃO DE LIVRO MERAMENTE ECLESIÁSTICO OU INFERIOR PELA MAIORIA DOS PADRES. QUANTO MAIS A CONDIÇÃO DE APÓCRIFOS COMO QUERIA CALVINO.


OS PADRES QUE CLASSIFICARAM TAIS LIVROS COMO APÓCRIFOS PODEM SER CONTADOS NOS DEDOS:


- Melitão (talvez), Leôncio (ou quem se faz passar por ele), Junilius (só quanto o livro da Sabedoria), Jerônimo (primeira fase, depois reconsiderou), Primazius, Agobardo, Ambrósio de Autpert, Haymon e Notker Labeus (alguns), além do Sínodo de Laodicea. Ou seja não mais de nove testemunhas, muitas delas 'pela metade' ou apenas prováveis e outras tantas influenciadas por Jerônimo. Eis o grosso da apologética esdrina, não passa disto. A tradição da igreja antiga como um todo é bem mais favorável ao Canôn alexandrino do que ao Canôn palestiniano dos fariseus.


Diante disto temos de questionar - com o profo R N Chanplim - o que tem levado os teóricos protestantes - advogados do Canon Palestiniano - a afirmar que tais livros foram aprovados e empregados por uma minoria insignificante dos Santos Padres??? E só podemos responder pela desonestidade, o sectarismo e o espírito de partido... Nada de concreto, de objetivo e muito menos de honesto!
Nas sessões seguintes buscaremos esclarecer ainda melhor este testemunho - com o objetivo de, se possível, torna-lo ainda mais sólido e consistente - e fazer algumas reflexões a respeito, sempre conforme o preceito:

"ESTAI SEMPRE DE PRONTIDÃO PARA RESPONDER AQUELES QUE SOLICITAM A RAZÃO DE VOSSA ESPERANÇA."
Assim todos saberão que nossa fé não é cega como um morcego ou uma toupeira, mas altaneira como a águia...

LII - A tradição das Igrejas - Os sínodos









Embora o testemunho dos sínodos regionais não seja infálivel, como insinuam os romanistas, nem por isso seu testemunho deixa de refletir a consciência das Santas Igrejas de Deus sobre um determinado ponto de doutrina, merecendo ao menos alguma atenção por parte dos cristãos ortodoxos.




01) Sínodo de Laodicéia 363 d C


"Bom é receber quanto ao Antigo Testamento, 1. Genesis 2. Êxodo do Egito 3. Levítico 5. Números 6. Deuteronômio 7. Josué, filho de Nave 8. Juízes e Rute, 9. Ester 10. Primeiro e segundo Samuel, 11. Primeiro e Segundo Reis, 12. Primeiro e Segundo Crônicas 13. Primeiro e segundo Esdras 14. o livro dos cento e cinqüenta Salmos 15. Provérbios de Salomão, 16. Eclesiastes 17. Cântico dos Cânticos 18. Jó 19. Doze Profetas; 20. Isaías 21. Jeremias e BARUC Lamentações e A CARTA de Jeremias 22. Ezequiel 22 Daniel."


02) Sinodo de Hippo Regius (393)

"As Escrituras canônicas são as seguintes:

Gênesis.

Êxodo.

Levítico.

Números.

Deuteronômio.

Josué, filho de Nave.

Juízes.

Rute

Reis quatro livros

Cronicas dois livros



O Saltério.

Os cinco livros de Salomão.

Os doze livros dos Profetas.

Isaías.

Jeremias.

Ezequiel.

Daniel

Tobias

Judite

Ester

Ezra dois livros.

Macabeus dois livros"



03 - Terceiro Sinodo de Cartago 397

REPETE O CANON ACIMA


04 - Quarto Sínodo de Cartago 419

REPETE O CANON ACIMA


05 - O CONCÍLIO TRULLANO.


Já reproduzido por nós no capítulo L.

LI - As antigas versões empregadas pelas Santas Igrejas de Deus.











Walton (in Prolog.) assevera que "A EXCESSÃO DA PESHITO TODAS AS VERSÕES, ARABICA, ETIOPICA, ARMÊNIA, ILIRICA, GÓTICA E VETUS LATINA CONTINHAM OS DEUTEROCANONICOS."


A confisão de Walton é significativa embora ele tenha se esquecido de mencionar as versões SAHIDICA E BOARICA do Egito.


Quanto a Vetus latina o mesmo autor assim se expressa: "EU NÃO RECEARIA EM ATRIBUI-LA A UM DISCÍPULO DOS SANTOS APÓSTOLOS... POIS JÁ ESTAVA EM USO NOS PRIMÓRDIOS DA IGREJA." Id, iden


Quanto a peshita Paulo de Tella (século VII) afirma claramente que os Deuterocanônicos faziam parte dela.


A maioria dos códices que chegaram até nós contem os ditos livros e outros tantos como a oração de Manassés, o Salmo 151, o apocalipse de Ezra, o apocalipse de Baruc, etc


Th Nicol - in Versões síriacas da Bíblia - acredita que o Eclesiástico foi vertido diretamente do hebraico para o siríaco.


O próprio Talmud da testemunho disto supondo que Salomão bem poderia ter escrito alguns registros em caldeu e enviado aos reis da Síria, os quais no entanto careciam de toda inspiração porque 'NÃO FORAM CONSIGNADOS NA LINGUA SAGRADA, O HEBRAICO.'


Eis porque 'o interpréte' (Teodoro de Mopsuestia) descreve-a com estas palavras: "Estas passagens foram traduzidas para a língua dos sírios por alguém em algum momento, mas até hoje não nos foi dado saber por quem."



L - João Zonaras e Theodoro Balsamon






"Os livros que são empregados PARA SEREM LIDOS NA IGREJA devem ser procurados nos Canones Apostólicos 40 e 85, no canône 60 de Laodicéa e nos decretos de Atanásio, Gregório Nazianzo e Anfiloquio." Theodoro Balsamon in Comm ao Sínodo de Cartago, Canon XXVII




"Os livros que devem ser lidos em nossas Igrejas são determinados no último dos canônes Apostólicos, no Canon 60 de Laodicéa, nas listas de Santo Atanasio que os enumera e nos registros de S Gregório de Nazianzo e de S Anfilóquio." João Zonaras id



Das citações acima depreendem os protestantes que os dois grandes canonistas bizantinos eram defensores do Canon santificado por Carlstadt, Lutero, Blaurock e Calvino.


Nada mais fácil.


Admitida a hipótese protestante nossos comentaristas estariam pura e simplesmente CONTRARIANDO OU REGEITANDO O SUPRADITO DECRETO PROMULGADO PELOS PADRES DE CARTAGO...


O que Zonaras e Balsamon perceberam ao por cada um das listas diante dos olhos é que discordavam umas das outras


Afinal o Sínodo de laodicea e Gregório de Nazianzo - cuja intenção expressa era fornecer uma lista completa - OMITIAM O LIVRO DO APOCALIPSE, enquanto Anfilóquio, sem emitir juizo próprio advertia que era regeitado pela maior parte dos Cristãos e Atanásio recebia-o.


Quanto a Ester era afirmado pelo Sínodo de Laodicéa, omitido por Gregório, posto em dúvida por Anfilóquio - Com as palavras: 'Alguns aprovam a inclusão de Ester' - e associado por S Atanasio com aqueles livros que os protestantes julgam ser apócrifos ou seja, - segundo os protestantes - repudiado.


Laodicéa, Atanásio e Epifânio, sem embargo são unânimes quanto a canonicidade de Baruc e da Epistola, sendo possivel que Gregório e Anfilóquio recebecem-nas igualmente sob o nome de Jeremias segundo o exemplo dos Padres.


Diante disto que conclusão tiraram os dois canonistas?


A luz do vocabulário corrente no século XII inferiram que as listas diziam respeito aos livros que eram lidos publicamente i é durante a Hierúrgia, nas igrejas particulares do Egito - Atanásio - da Ásia Menor (Gregório e Anfilóquio) e na Grécia (Laodicéa). Assim os livros não recebidos ou não alistados seriam os livros que não eram lidos nas ditas comunidades.


E chegaram a conclusão de que não havia discrepância alguma onde não havia intenção de declarar quais eram os livros inspirados e autoritativos.


Segundo Zonaras, Balsamon e todos os canonistas gregos a confecção de uma lista canônica tendo em vista a determinação de quais fossem os livros inspirados e divinos, foi encetada primeiramente pelo sínodo congregado por Aurélio em Cartago - quarenta anos após a emissão da lista de Laodicéa e após a morte de Atanásio, Gregório e Anfilóquio - que por ser considerado como mero sínodo regional e fálivel, foi tomado por base PELOS PADRES CONGREGADOS DURANTE O SEXTO CONCÍLIO ECUMÊNICO - quinisexto ou trullano - E COMPLETADO.


Agostinho mesmo declarara que os sínodos regionais - como os de Cartago - costumavam ser corrigidos e completados pelos concílios gerais, como o de Trullo.


Eis o decreto emitido pelos Beatíssimos padres:


"Canon 85. Os seguintes livros devem ser recebidos como santos e venerados por todos -clérigos e leigos - Do Antigo Testamento: os cinco livros de Moisés, Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio, um de Josué; filho de Nave, um dos juízes, um de Rute, quatro dos Reis, dois das Crônicas, dois de Esdras, um de Ester, UM DE JUDITE, TRÊS DOS MACABEUS, um de Jó, os cento e cinqüenta salmos em um livro, três livros de Salomão: Provérbios, Eclesiastes, Cântico dos Cânticos e dezesseis dos Profetas, os neófitos estejam perfeitamente familiarizados com a SABEDORIA DOS SÁBIOS E O ECLESIÁSTICO..."


Posteriormente tais canônes foram louvados pelos padres congregados no sétimo concílio. Os latinos no entanto regeitaram-nos devido a inclusão do terceiro livro dos Macabeus.


Tampouco constituiram eles objeto especifico do sexto Concilio, donde inferimos sua falibilidade.


No entanto nem por isso - por seram falivéis - tais canônes e os livros em questão deixaram de ser reverenciados pelos filhos da ortodoxia...


Assim parte dos ortodoxos - como Zonaras e Balsamon - tem compreendido o canon como algo que se soma ou adiciona e não como algo que se contraria, reduz ou diminui. A outra parte - dos que como Melitão, Anfiloquio, Junilius, Primazius, Agobardo, Ambrósio de Autpert, etc - tem optado pelo Canon palestianiano respeita a primeira e é respeitada por ela, pois - ao contrário dos protestantes e dos romanos - nenhum ortodoxo pensa em dogmatizar sobre teorias que não foram reveladas pelo Senhor e decretadas pelos apóstolos.


Assim sabemos porque Zonaras e Balsamon empregaram tais decretos com o intuito de evidenciar o que consideravam como uma avanço teológico a respeito do Canon.


E que eles não eram partidários do Canon Palestinos ou adversários da lista canônica emitida pelos padres de cartago e aperfeiçoada pelos padres do sexto concílio.


Uma coisa é admitir como hipótese o Canon palestiniano e outra arrolar testemunhas falsa com o objetivo de construir dogmas judaizantes.





XXXIX - EbedYeshue de Nisibis (Abdisho Soba) dito 'Bar Bikraia'

- Ebed Yeshue - + 1318 - foi o último grande doutor da Igreja Persa.

Eis seu testemunho sobre o Canon:

"Moisés escreveu a lei em cinco livros, a saber:. Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. Após estes seguem o livro de Josué; filho de Nave, Juízes, Samuel, os livros dos Reis, os livros das Crônicas, os Salmos de Davi, os Provérbios de Salomão, Eclesiastes, Cântico dos Cânticos, a grande sabedoria, a sabedoria do filho de Sharec, Jó, Isaías, Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Sofonias, Habbacuc, Ageu, Zacarias, Malaquias, Jeremias, Ezequiel, Daniel, Judite, Ester, Susanna Esdras, Daniel, o Menor , a Epístola de Baruc, as Tradições dos Sábios, o historiador Flávio Josefo, o livro dos Provérbios, a narrativa dos filhos de Solomão, os Macabeus, a descrição do reinado de Herodes, o livro da destruição do Jerusalém por Tito e enfim o livro de Asenath a esposa de José, filho de Jaco e o livro do Justo Tobias."


- O infiel Abu Zayd 'Abd al-Rahman ibn Muhammad ibn Khaldun al-Hadrami (عبد الرحمن بن محمد بن خلدون الحضرمي) dito Ibn Khaldun, Kadi Maliquita do Cairo ( + 1404) na
Muqaddimah:


Eis o que ele diz: "Acham-se assim indicados os livros que devem ser recebidos e com cuja doutrina cada qual deve conformar suas ações, DA LEI JUDAICA SÃO OS SEGUINTES LIVROS:
'... YHEUDE, reis; em quatro volumes, Paralipomenos; um volume, OS TRÊS LIVROS DOS MACABEUS compostos por Yussef Ben Gorion, o livro do imame Ezra, o livro de Ester e Haman, o livro do penitente Jó, os salmos de David, CINCO LIVROS COMPOSTOS POR SALOMÃO (Sabedoria e Salmos), as dezesseis profecias e o livro de YUSHA INB SHAREC amuense de salomão."
III,31


Esta lista foi obtida do Patriarca Copta ortodoxo de Skanderia (Alexandria) sucessor do Evangelista Marcos, e esta de pleno acordo com a listagem emitida por Ebnassai (canonista copta ortodoxo) em cujos canones Tobias, Judite, Eclesiástico e Sabedoria são registrados como Canonicos.

- S Gregorius Bar Hebraeus (Abul Faradj) - também empregou os deuterocanônicos em seus comentários.

- Mahbub (Agapious) ibn Qūṣṭānṭīn, Bispo de Mabbug.

"A ESCRITURA DEMONINA 'AUXILIARES' (I Mcbs 7 - 9)." in Kitab al Unwan I

Pouco mais a frente recorre as adições de Daniel (14, 33 sgs).

XXXVIII - Honorato de Autun

Honorato - que tornou-se afamado em seu tempo devido a seu conhecimento sobre a tradição dos antigos - floresceu no tempo em que os latinos, seduzidos pela monarquia romana, apartaram-se da verdade divina.

Dele temos o seguinte testemunho:

"A partir das calendas de agosto até setembro, sejam lidos os Provérbios de Salomão, Eclesiastes, Cântico dos Canticles, O Livro da Sabedoria, que Salomão escreveu, e Eclesiástico, que Jesus o Filho de Sirac compos colocados. Depoi, durante duas semanas sejam lidos o livro de Jó, que ele compôs, em seguida Tobias, que ele escreveu. Então seja lido o livro de Judith, que ela ou Aquior escreveram. . . nas calendas de Novembro, deixe lá para ser lido o primeiro livro dos Macabeus, cujo principio se deve a Simão, o pontífice e o fim aJoão, seu filho e depois o segundo livro que os gregos atribuem a Filo, o judeu." in Gemma animae CXXVII

Os protestantes no entanto recorrem a este outro:

"Chegando a este tempo cantamos os responsos de Jó e Tobias... passado este tempo cantamos os responsos de Judite, Ezra e Ester... OS LIVROS DE JUDITE E TOBIAS NÃO SÃO RECEBIDOS PELOS HEBREUS, NÓS NO ENTANTO INSERIMOS TAIS LIVROS ENTRE OS ESCRITOS, E LEMOS, E ENTOAMOS CADA UM DELES." in Sacramentario, lição sobre Pentecostes. Migne PL 172 - pp 800

O verdadeiro sentido das palavras de Honorato salta a vista tornando desnecesaria qualquer explicação...

XXXVII - Radulpho Flaviacense

- Radulpho Flaviacense também é revindicado pelos protestantes com base nas seguintes palavras:

"Na Sagrada Escritura há quatro tipos de discurso: o histórico, o profético, o simbólico, e o simplesmente didático. A história é a narrativa de acontecimentos passados como observamos nos cinco livros de Moisés... Além disso Josué, Juízes, Rute, Reis, Crônicas, Esdras, Ester, os quatro do Evangelho e os Atos dos Apóstolos, são pertinentes a História Sagrada. NÃO TOBIAS, JUDITE E MACABEUS QUE SERVEM APENAS PARA A EDIFICAÇÃO DA IGREJA. O discurso profético diz respeito a previsão dos tempos futuros segundo encontramos nos Salmos, Isaías, Jeremias, Ezequiel, Daniel e os doze profetas. Já a escritura simbólica... se encontra nos provérbios de Salomão, nos Cantares, NA SABEDORIA E NO ECLESIÁSTICO, que também contem elementos de história, de profecia e de ensino para a edificação dos Santos." in Comm a Levítico, prologo ao livro décimo quarto.

O Flaviacense portanto não acompanha os protestantes em sua regeição a SABEDORIA E AO ECLESIÁSTICO, os quais tem na conta de canônicos.


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domingo, 30 de janeiro de 2011

XXXVI - Rabanus Maur, Walfrido Strabon e S Padres dos séculos IX e X







- Rabanus Mauro, hieromonge e preceptor da Germânia.



Rabanus Mauro jamais foi citado pelos protestantes como adversário do Canon alexandrino.


Isto é significativo uma vez que os protestantes tudo fazem para apresentar os padres que defenderam EXPLICITAMENTE o Canon mais largo - Tertuliano, Hipólito, Cipriano, Crisóstomo, Agostinho, Cirilo de Alexandria, Teodoreto de Cirro, Cassiodoro, Isidoro de Pelusio, Isidoro de Sevilha, Eugênio, Idelfonso, Fócio, etc - COMO "TEOLOGOS PARTICULARES (!!!)INFENSOS A TRADIÇÃO DA IGREJA, NO CASO TRIBUTÁRIA DE JERÔNIMO." cf Willian Webster in 'Refutação as falsas representações...'


Pois bem, o abade de Fulda vem justamente unir-se a esse imenso exército de 'teologos particulares' que se opuseram aos devaneios judaizantes de Jerônimo, e vindicar a condição divina dos livros em questão.


Deixe-mo-nos instruir por ele:


"... Tobias, Judite e Ester, dois de Esdras e dois dos Macabeus; e os dezesseis livros proféticos. E Seguidos por oito livros em verso, que estão escritos em diferentes tipos de metro: Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cântico dos Canticos, Sabedoria, Eclesiástico, e as Lamentações de Jeremias." in De instituitione clericorum III


Além disto ele mesmo compôs comentários a Judite, Macabeus, Sabedoria e Eclesiástico.




- Walfredo Strabon seu discípulo é revindicado pelos protestantes como adversário dos escritos greco/judaicos.


Collete (opus cit Id, iden) revindica-o para a causa do Canon Palestiniano com base nos Prefácios de Jerônimo que ele fez reproduzir na 'Glosa ordinaria'.


"Esses prólogos ao Antigo Testamento dos livros apócrifos são de Jerônimo."


E por te-los reproduzido Walfredo tem merecido ser contado entre adeptos do Canon menor.


Procede a argumentação?


Baseados no fato de que o Papa romano Clemente VIII mandou reproduzir os mesmos prefácios naquela revisão da Vulgata que fez publicar meio século depois de Trento os protestantes poderiam muito bem apresenta-lo como adepto do Canon Esdrino...


O fato no entanto é que esse mesmo Walfredo Strabon fez inserir tais livros na Glosa, juntamente com os protocanônicos e acompanhados por notas extraidas das obras de seu Mestre Rabanus e de S Beda para o livro de Tobias.


Eis como ele se expressou a respeito do livro de Baruc:


"O livro denominado Barucis não é encontrado no cânon hebraico e tampouco a Epístola de Jeremias; como é do conhecimento de todos, no entanto FORAM INSERIDOS NESTE LUGAR porque contem ALGUMAS COISAS PERTINENTES E CRISTO E AOS ÚLTIMOS DIAS." in Prol a Baruc


Diante disto convem perguntar aos protestantes SE CRISTO E OS ÚLTIMOS DIAS NÃO FAZEM PARTE DA DOUTRINA CRISTÃ? Ou se NOS LIVROS APÓCRIFOS - como os segredos de Enoc (eslavo), Noé, Assatir, etc - PODEMOS ENCONTRAR TESTEMUNHOS PROFÉTICOS SOBRE CRISTO JESUS E A CONSUMAÇÃO DOS TEMPOS???


- Notker Labeon que se chama Balbulus assim se expressou:


"Sobre o livro que se chama de Sabedoria de Solomão, não achei comentário de qualquer autor a exceção de alguns testemunhos em outros comentários dos Santo Padre. O livro é totalmente rejeitado pelos hebreus e posto em dúvida POR PARTE DOS CRISTÃOS, SEM EMBARGO DISTO, TENDO-SE EM VISTA A CORREÇÃO DE SUA DOUTRINA NOSSOS ANTEPASSADOS RECORRIAM FREQUENTEMENTE A ELE, POR ISSO FOI CONTADO COMO ECLESIÁSTICO EMBORA REGEITADO PELOS HEBREUS.


Há também o livro de Jesus, filho de Sirac COM A ÚNICA DIFERENÇA DE QUE ESTE ÚLTIMO É POSSUIDO E LIDO PELOS HEBREU. Um dos Padres, Beda escreveu algumas coisas sobre Tobias e Esdras esforçando-se por dar-lhes um sentido alegórico. Que dizer sobre Judite, ESTER E CRÔNICAS? Acaso devem ser explicados se não sendo úteis para doutrina servem apenas como memorial sobre as maravilhas operadas por Deus nos tempos antigos? O mesmo se diga dos Macabeus." in Migne Lat, 131, 996


Conclusão: Labeon recebe Sabedoria e Eclesiástico como divinos, rechaça no entanto os demais livros a condição de Eclesiásticos, inclusive ESTER E CRÔNICAS, cuja divindade os protestantes afirmam.



- Elfric de Malmesbury cerca do ano mil desta era, traduziu o livro de Judite e os dois livros dos Macabeus em seu "De Vetere Testamento", se bem que não desejasse traduzir o Pentateuco e os livros dos Reis com receio de que "O povo tomasse as velhas leis dos judeus como sendo a Nova lei de Nosso Senhor Jesus Cristo."

XXXV - S Nicephoro de Constantinopla







Dizem os protestantes: "No século nono, Nicephoro patriarca de Constantinopla repudiou os apócrifos." in Collete id, iden

A VERDADE -

"Os do Antigo Testamento que foram contextados e que por isso não são revstidos de plena autoridade são os seguintes:



1. 1. 3 Livros dos Macabeus


2. 2. A Sabedoria de Salomão


3. 3. A Sabedoria de Jesus Sirach


4. 4. Os Salmos e Odes de Salomão


5. 5. Esther


6. 6. Judite


7. 7. Susana


8. 8. Tobias

Aqueles que dentre o Novo Testamento tem sofrido objeção:

1. 1. O Apocalipse de São João



2. 2. A Revelação de Pedro


3. 3. A Epístola de Barnabé


4. 4. O Evangelho dos Hebreus

OS APÓCRIFOS DO ANTIGO TESTAMENTO:

1. 1. Enoc.........."






SEGUE A LISTA DE APÓCRIFOS DO ANTIGO TESTAMENTO E EM SEGUIDA A DO NOVO TESTAMENTO.





Eis o testemunho da Stichometria de S Nicephoro.





ESTER É CLASSIFICADO COMO CONTESTADO NA LISTA DO ANTIGO TESTAMENTO E APOCALIPSE COMO CONTESTADO NA LISTA DO NOVO TESTAMENTO E SEM EMBARGO SÃO RECEBIDOS PELOS PROTESTANTES (!!!)





Mais abaixo segue a listagem dos verdadeiros apócrifos, dando a entender muito claramente que a categoria os contestados equivale a já conhecida categoria dos livros eclesiásticos ou intermediários postulada primeiramente por S Cirilo de Jerusalem e depois por S Anfilóquio, S Rufino, Jerônimo, etc





LOGO ELES SÃO ERAM REPUDIADOS COMO APÓCRIFOS.







sábado, 29 de janeiro de 2011

XXXIV - S Eugênio, S Idelfonso, Ceolfredo, S Beda, Tiago de Edessa, Alcuíno,Teodulfo de Orleans, Agobardo de Lyon, Haymon e Ambrósio de Autpert


Mar Tiago de Edessa





- Eugênio de Toledo referendou a lista composta por S Isidoro.

Eis o final de sua lista canônica:

"...Sapientia, lesus, Tobi et ludith ; concludit haec Machabaeorum ; Tobi ludith et; concludit Machabaeorum Haec; Hie Testamenti Veteris finisque modusque." Hie Testamenti modusque Veteris finisque."

- Idelfonso de Toledo foi do mesmo parecer.

- Ceolfredus aceitou-os todos conforme registra o codex amiantinus

- Já seu discipulo Beda, o venerável, parece te-los reduzido todos - com excessão de Tobias (ao qual consagrou um de seus cometários) a categoria de Eclesiásticos, imitando expressamente a Jerônimo.

- Tiago de Edessa reconheceu a inspiração de Baruc, Sabedoria, Eclesiástico e Judite.

- De Alcuino hieromonge temos os seguintes testemunhos:

"...Jesu libelo atques simul, Et Paralipomenis enim duo nempe libelli. Et enim Paralipomenis nempe libelli duo. Hinc Ezras, Nehemiae, Hester, Judith atque libelli Hinc Ezras, Nehemiae, Hester, Judith libelli atques Et duo namque libri Machabaea bella tenentes. Et namque libri duo Machabaea bella "tenentes." que é o final de um de seus metros, reproduzido em diversos códices antigos como o Carolinus e o Statianus.

Os protestantes no entanto costumam a elenca-lo entre os opositores do Canon Alexandrino, apelando a seguinte passagem de seu livro Contra Elipandus:


"Tu me opões o Sirac, sabemos no entanto que o abençoado Jerônimo e Isidoro, alistaram-no entre os apócrifos."


Certamente Alcuíno era dos que vacilavam tendo em vista a atitude radical de Jerônimo.


Pois em seu livro consagrado as Virtudes - XIV,18 - e aos vícios, classifica o sirácida como sagrada escritura:


"ASSIM LEMOS NAS ESCRITURAS DIVINAMENTE INSPIRADAS: 'Filho não adies tua conversão, não a proteles de um dia para o outro.' (Eclo 5,7). ESTAS PALAVRAS SÃO DE DEUS NÃO MINHAS."


Na mesma obra o Eclesiástico é expressamente citado como PALAVRA DE DEUS outras cinco vezes. (nos capítulos XV e XVIII)


- A Ressenção de Teodulfo de Orleans acolhe todos os livros proto e deuterocanônicos com a mesma reverência.
- Agobardo de Lyon parece ter se oposto aos ditos livros como se depreende deste trecho de sua 'Epístola a Bernardo, sobre as prerrogativas do sacerdócio':
"... foram vinte e dois mil, assim como as vinte e duas letras do alfabeto dos hebreus e os vinte e dois livros autoritativos e divinos do Antigo Testamento."
- Para Ambrosius de Autpert - in Exposição ao Apocalipse III (in apoc 4,4) - os vinte e quatro anciãos são os livros do Antigo Testamento. Haymon de Halberstadt é do mesmo parecer - in Exposição ao Apocalipse do Beato João VII - não só quanto os vinte e quatro anciãos como sobre as asas dos seres & S Beda se expressa do mesmo modo em seus comentários ao Apocalipse. A fonte de ambos é Primazius de Hadrumet. ACONTECE QUE PARA OS HEBREUS O NÚMERO DE LIVROS SAGRADOS CORRESPONDIA AO NÚMERO DE LETRAS DO ALFABETO, QUE SÃO VINTE E DUAS E NÃO VINTE QUATRO.
Eis porque S Beda, que dominava o grego e possuia rudimentos do hebraico, ACRESCENTOU OS LIVROS DE TOBIAS E DE ESDRAS (O APOCALIPSE) AO CANON DO ATÉ, SEGUNDO O TESTEMUNHO DE NOTKER LABEON JÁ CITADO POR NÓS.
Os demais padres em questão certamente adicionaram dois livros grego/judaicos ao Canon Palestiniano fossem Eclesiástico e Sabedoria ou Baruc e a Epistola já separados da profecia de Jeremias a exemplo do Sínodo de Laodicéa.
Portanto eles não são testemunhas absolutamente seguras a favor do Canon palestiniano.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

XXXIII - S João Damasceno e S Fócio


- São João Damasceno compoz uma lista canonica sobre os livros do Testamento antigo e inseriu-a na Exposição da Fé Ortodoxa (IV,17)

Após nomear todos os livros do Canon palestianiano, ele acrescentou estas palavras:

"Há também os Panaretus, a Sabedoria de Salomão, e a Sabedoria de Jesus Ibn Sirac... tratam-se de obras nobres e virtuosas, mas não são rebebidos, porque não foram postos dentro da arca."

TODAVIA CITA REPETIDAMENTE A BARUC COMO ESCRITURA - Da Fé Ortodoxa IV,16/ Id IV,18 - E NOS LEVA A DEDUZIR QUE PARA ELE O LIVRO DE BARUC ESTAVA INSERIDO NA PROFECIA DE JEREMIAS

Dele temos ainda os seguintes testemunho:

"A ESCRITURA DECLARA: 'As almas dos justos estão nas mãos de Deus e nada pode atingi-las' (Sab 3,1)" id IV,15



- S Fócio - o primeiro dos heróis, que em nome da História, da tradição e da consciência da Igreja, resistiu as pretensões da igreja romana denunciando a formação daquilo que mais tarde veio a chamar-se papado - afirmou a canonicidade dos deuterocanônicos em seu "Syntagma Canonum"

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

XXXII - S Gregório Dialogos e S Isidoro Hispalense




- São Gregório dialogos parece ter adotado a tríplice distinção de S Melitão, S Cirilo de Jerusalem, S Gregório Nazianzeno, S Anfilóquio, Jerônimo, Junilius e S Leôncio de Bizâncio.

E inserido os dois livros dos Macabeus entre os da segunda categoria, como se depreende destas suas palavras:

"Com referência a este particular creio que não estamos agindo erradamente, ao apelar a estes livros, pois mesmo que não sejam canônicos tem servido de edificação a Igreja. Por isso recorro a seu testemunho: 'Assim Eleazar na batalha feriu e derrubou um elefante, mas foi esmagado pela besta que matou' (I Mac 6,46)." in Moralia I,3

Todavia quanto aos demais livros em questão sua posição é bem outra.

"COMO A ESCRITURA TESTIFICA: 'O orgulho é o começo de todo pecado.' (Eclo 10,26)'"

"EIS O QUE DIZ A ESCRITURA A ESSE RESPEITO: 'A sentença mais severa será para os que governam.' (Sab 0:06)" Moralia I,04 e Regra Pastoral III,10

O EMPREGO DOS LIVROS DO ECLESIÁSTICO E DA SABEDORIA - quase sempre acompanhados da fórmula ESTA ESCRITO - ULTRAPASSA A CIFRA DE UMA CENTENA, SÓ NA 'MORALIA IN JOB'!!!

"ESTA ESCRITO: 'Põe pão e vinho sobre o sepulcro dos justos, mas não os dês a um pecador.' (Tob 4,17)"
in Regra pastoral XX & Moralia in Jo VI,54
E cita repetidamente um e outro livro tanto na Moralia quanto em suas Cartas sempre como ESCRITURAS.



- S Isidoro Hispalense



O já citado C H Collete, assevera - in opus cit p 17 - que parte de seus correligionários (apelando a mentira) juntavam o nome de Isidoro ao dos padres e escritores que regeitavam a plena canonicidade dos Deuterocanônicos.
Colijamos pois seu testemunho:

Após nomear os livros do Canon hebraico, S Isidoro, assim se refere aos livros Deuterocanonicos em suas Etimologias III,9:

"Há uma quarta ordem de nossa parte com os livros do Antigo Testamento, que não estão no cânon hebraico. O primeiro destes é a sabedoria, a segunda, Eclesiástico, o terceiro, Tobias; o quarto, Judith, o quinto e sexto, os Macabeus. Os judeus separam esses e colocam-nos entre os apócrifos, a Igreja de Cristo no entanto, honra-os e reconhece a divindade dos mesmos."

E noutro passo declara: "A Sabedoria e o Eclesiásticos estão em pé de igualdade com os livros canônicos e sua autoridade reconhecida é." 


Já nos Oficios Eclesiásticos (I. XL 4, 5, 7, I. XL 4, 5, 7) Santo Isidoro assim se expressa:

"Em primeiro lugar, os livros da Lei, que é de Moisés, são cinco. Genesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio.
Dezesseis livros históricos: Jesus Nave, Juízes, Rute, quatro livros dos Reis, dois dos Paralipomenos, dois de Esdras, Tobias, Ester, Judite, e os dois livros dos Macabeus.
Seis livros proféticos, Isaías, Jeremias, Ezequiel, Daniel, e os doze profetas menores. Após estes vêm oito livros em verso, que são escritos em vários tipos de metro em hebraico, são Jó, Salmos, Provérbios, eclesiastes, o Cântico dos Cânticos, o Livro da Sabedoria, eclesiástico e as
Lamentações de Jeremias e, portanto, há quarenta e cinco livros do Antigo Testamento

Estes são os setenta e dois livros canônicos, foi por esta razão que Moisés escolheu os setenta e dois que deveriam profetizar e o Senhor Jesus enviou os setenta e dois discípulos a pregar."

XXXI - Os padres do sexto século


- O retor e Bispo Junilius compoz uma lista canônica dos livros do Antigo Testamento e inseriu-a em sua memória sobre os três capítulos dedicada ao Bispo Primásio de Hadrumeto.

Ele dividiu seu Canon em três categorias:

Livros inspirados e divinos: entre estes incluiu o Eclesiástico.

Livros eclesiásticos: Crônicas, , Esdras e Neemias, Judite, Ester e os Macabeus.

Livros apócrifos: Sabedoria e Cantares.

Esta foi a opinião de Junilius que disse te-la recebido de Paulo de Nissibi, o qual por sua vez recebera-a de Teodoro de Mopsuestia. Quando os protestantes recorrem a seu testemunho - C H Collete (opus cit 17) com o intuito de validar o Canon Esdrino procedem desonestamente pois regeitando Sabedoria, Eclesiástico e os demais registros afirmados por nós, RECEBEM JÓ, ESDRAS, NEEMIAS E ESTER que eram repudiados pelo Bispo Africano.





- Primazius de Hadrumet parece ter adotado a opinião de Jerônimo, pois registrou em seu Comentário ao Apocalipse que os vinte e quatro anciãos são os registros do Antigo Testamento.


- S Cassiodoro
(550) - hieromonge de Vivarium, em sua terceira e definitiva lista - menciona todos os deuterocanonicos como fazendo parte das santas Escrituras. EMBORA OS PROTESTANTES TENHAM A CARA DE PAU E O CINISMO DE APRESENTAR A OPINIÃO DE AGOSTINHO - FAVORÁVEL AOS DEUTEROCANÔNICOS - COMO 'ISOLADA'... OPINIÃO ISOLADA E IMPROVAVEL ERA A DE JERÔNIMO, PONDERA GRAVEMENTE CASSIODORO

- S Leôncio de Bizâncio (590) - ou quem se faz passar por ele - omite-os todos - INCLUSIVE O DE ESTER QUE É RECEBIDO PELOS PROTESTANTES -adotando o canon palestiniano conforme a tradição de Sua Igreja (Jerusalem). NO ENTANTO SE TAL LISTA PERTENCE MESMO A S LEÔNCIO, ELE PROVAVELMENTE QUIZ SER FLEXÍVEL COM RELAÇÃO AOS HEBREUS OU ACABOU MUNDADO DE IDÉIA uma vez que boa parte dos Deuterocanonicos - Baruc, Eclo e Sab in Das seitas II, 1 - 4 - são empregados em suas obras sob a designação corrente de ESCRITURAS.

- S Anastas enfim cita Tobias, Judite, Sabedoria, Eclesiástico e o IV livro dos Macabeus, como CANONICOS. Anastas por sinal, disse que: "O LIVRO DA SABEDORIA FOI EMPREGADO PELOS PADRES NO CONCILIO DE NICÉIA." é o que lemos na obra do protestante Th Horne 'An introduction to the critical study...' p 132
- S Isidoro de Peluse (no Egito) cita como escrituas a maior parte dos Deuterocanonicos em sua Correspondência.
- Dionisio, o mínimo; referendou igualmente o sínodo congregado por S Aurélio de Cartago e 419 como expressão da verdade divina.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

XXX - Paulo Orosio, Vicente de Lerins e o mártir S Xenaias de Mabbug

S Philoxeno de Mabbug



- Paulo Orosio referendou explicitamente a lista canônica publicada pelo Bispo de Hipona.


- S Vicente de Lerins, hieromonge (+ 450)

"ASSIM DECLARAM OS DIVINOS ORACULOS: 'Não removas os marcos que foram postos pelos antigos' (Prov 22,28); 'Não te coloques diante da lei como juiz' (Eclo 8,14) e 'Não ultrapasses a cerca para não seres picado por uma víbora' (Eclo 10,8)" in Commonitorium XXI,51

- S Filoxeno de Mabbug, dito Xenaias, mártir da fé:

"SALOMÃO DIZ: 'A Sabedoria não habita no corpo de um pecador.' (Sab 1,4)" in Quinto discurso, sobre a simplicidade

"O LIVRO SANTO DECLARA: 'Ele observa as obras dos filhos dos homens.' (Eclo 28,19)" in Sexto discurso

XXIX - S Leão I e S Gelase, Bispos de Roma





- De S Leão I (+461), Bispo de Roma temos os seguintes testemunhos:


"E, portanto, Tobias também, ao mesmo tempo instruindo o seu filho nos preceitos de piedade, diz: 'Dá esmola dos teus bens, e não desvie teu rosto do pobre: assim também acontecerá que o rosto de Deus esteja virado para ti.' (Tob 4:7)." id Serm X, 04

"A ESCRITURA DIZ: 'Como a água apaga o fogo a esmola apaga os pecados.' (Eclo 3:29)" id Serm XLIX,6


"Mas de Judas, esse homem pérfido, se diz: 'Tu semente de Canaã e não de Judá' (Dan 13:56)" id Serm LXVII

"Por que aquele que é igual ao Pai, assumiu a forma de um escravo e a semelhança da carne pecaminosa? 'Porque segundo a malícia do diabo a morte entrou no mundo.' (Sab 2:24)" id Serm LXXVIII,2



- De S Gelase I (+ 496), Bispo de Roma, temos o seguinte testemunho:



"Devemos agora tratar das Escrituras Divinas. Vejamos o que a Igreja Católica universalmente aceita e o que deve ser evitado: (1) Começa a ordem do Antigo Testamento: um livro da Gênese, um do Êxodo, um do Levítico, um dos Números, um do Deuteronômio, um de Josué (filho de Nun), um dos Juízes, um de Rute, quatro livros dos Reis, dois dos Paralipômenos, um livro de 150 Salmos, três livros de Salomão (um dos Provérbios, um do Eclesiastes, e um do Cântico dos Cânticos). Ainda um livro da Sabedoria e um do Eclesiástico. (2) A ordem dos Profetas: um livro de Isaías, um de Jeremias com Cinoth (isto é, as suas Lamentações), um livro de Ezequiel, um de Daniel, um de Oséias, um de Amós, um de Miquéias, um de Joel, um de Abdias, um de Jonas, um de Naum, um de Habacuc, um de Sofonias, um de Ageu, um de Zacarias e um de Malaquias. (3) A ordem dos livros históricos: um de Jó, um de Tobias, dois de Esdras, um de Ester, um de Judite e dois dos Macabeus.."

XXVIII - S Cirilo de Alexandria, seu tio Teófilo e S Teodoreto de Cirro, o abençoado


- S Cirilo de Alexandria (+ 444)



"Se pelo contrário é verídico o que DIZEM AS ESCRITURAS, ou seja que "O Verbo se fez carne" & "Apareceu sobre a terra e conversou com os homens." (Baruc 3,38)" in 'Cristo é um' sessão 'Além de nossas possibilidades' pp 148


"ESTA ESCRITO: 'Ele não se alegra com a morte dos viventes...' (Sab 2,24)" id sessão 'Glória por toda eternidade' pp 137


Segundo Kerrington - in St Cyril of Alexandria interpret of the old testament (Roma 1982) - o Patriarca Alexandrino Cirilo teria empregado todos os Deuterocanonicos como verdadeiras escrituras em suas obras teológicas.
- Já seu tio Téófilo, que o precedera como títular da Sé Alexandrina, assim se referia ao livro dos Macabeus, numa de suas cartas diregidas a Jerônimo de Stridon:
"Heróis vitoriosos são os Macabeus, os quais recusando-se a consumir alimentos contaminados optaram por entregar seus corpos ao tormento, EIS POQUE SOBRE TODA TERRA A IGREJA DE CRISTO APREGOA SEUS LOUVORES."
E no entanto a mesma igreja não publicava louvores aos PERSONAGENS APÓCRIFOS: Glaucias, Silvano, Barkeas, etc




- S Teodoreto de Cirro, o abençoado (+ 457)



"A ESCRITURA DIVINA DIZ: 'Idêntica é a entrada dos homens na vida e sua saida.' (Sab 7,6)" in Ep XIV, a Alexandra
"OUÇA AS PALAVRAS DO SÁBIO, que finalidade é essa? 'Deus fez todas as coisas para o bem' (Eclo 39,27)" in Discurso contra os pagãos sobre a providência de Deus

"Os três jovens na fornalha clamaram: 'Tu nos entregastes a um príncipe ímpio e apóstata sobre todas as nações da terra.' (Dn 3,32)" in História Eclesiástica III,11


Quanto aos demais testemunhos deste padre consulte-se Zarb. (pp 168)


XXVII - Os Bispos romanos Damas, Inocêncio I e Maximus de Turin


- S Damas de Roma:




"Tratemos agora sobre o que sente a Igreja Católica universal, bem como o que se dever ter como Sagradas Escrituras: um livro do Gênese, um livro do Êxodo, um livro do Levítico, um livro dos números, um livro do Deuteronômio; um livro de Josué, um livro dos Juízes, um livro de Rute; quatro livros dos Reis13, dois dos Paralipômenos; um livro do Saltério; três livros de Salomão: um dos Provérbios, um do Eclesiastes e um do Cântico dos Cânticos; outros: um da Sabedoria, um do Eclesiástico. Um de Isaías, um de Jeremias com um de Baruc e mais suas Lamentações, um de Ezequiel, um de Daniel; um de Joel, um de Abdias, um de Oséias, um de Amós, um de Miquéias, um de Jonas, um de Naum, um de Habacuc, um de Sofonias, um de Ageu, um de Zacarias, um de Malaquias. Um de Jó, um de Tobias, um de Judite, um de Ester, dois de Esdras e dois dos Macabeus." (Catálogo dos livros sagrados, composto durante o pontificado de São Dâmaso [366-384], no Concílio de Roma de 382)



- S Inocente I de Roma:



"Cinco livros de Moisés, ou seja, Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio; Josué, filho de Nave, e os juízes, e os quatro livros dos Reis juntamente com Ruth, dezesseis livros dos Profetas, os cinco livros de Salomão, os Salmos de David e também os livros históricos, um livro de Jó, um de Tobias, um de Ester, um de Judite, dois dos Macabeus, dois de Esdras, dois as Cronicas." in Ep a Exsuperius de Tolosa
S Maximus de Turin (+468)
"O ABENÇOADO SALOMÃO DECLAROU: 'Nasceu para nós o Sol da verdade, a luz da justiça brilhou sobre nós' (Sab 5,6) e também 'Para iluminar os que estavam assentados na sombra da morte e viram uma grandiosa luz' (Mat 4,16)" in Sermão XXIX
Noutros de seus sermões emprega Eclesiástico e Tobias.

XXVI - S Agostinho de Hipona


''Quanto a tais questões não deve ser rejeitada a sentença do livro da Sabedoria, que tem merecido a ser lido pelos leitores na Igreja de Cristo há tanto tempo (Longa tam annositate) e que tem merecido ser ouvido com a veneração e autoridade divina por todos os cristãos: bispos e leigos; fiéis e penitentes inclusive os catecúmenos... Mas aqueles que se deixam instruir pelos SANTOS PADRES recorrem com preferência ao livro de Sabedoria APROVADO POR TODOS OS PADRES E REVERENCIADO DESDE O TEMPO DOS APÓSTOLOS, POSTO QUE ELES MEMOS APELARAM A AUTORIDADE DELE COMO A UM TESTEMUNHO DIVINO."
in Pred dos Santos XIV



Carlos Hastings Collette - in 'Inovações do romanismo', Livraria Evagélica, Lisboa pp 16 Cap "O Canôn da escritura" - alista o Bispo de Hipona, juntamente com Jerônimo de Stridon e S Epifânio, entre aqueles que baniram os livros deuterocanônicos do Canon Sagrado. (O que ele não diz, ou melhor oculta e esconde, é que os mesmos padres inseriram-nos num CANON ECLESIÁSTICO OU INTERMEDIÁRIO, distinguindo-os explicitamente dos apócrifos)

Boettner no entanto: "APENAS AGOSTINHO ENTRE OS MESTRES NOTÁVEIS DA IGREJA PRIMITIVA ESTAVA PRONTO A DAR AOS APÓCRIFOS UM LUGAR NA BÍBLIA, MAS NÃO SABEMOS SE OS CONSIDERAVA AUTORIZADOS APESAR DE TUDO." in Catolicismo Romano pp 73

Não nos admiremos de que os protestantes se contradigam uns aos outros neste ponto. Desde os tempos de Lutero eles vivem se contrariando, discutindo, brigando, caluniando, etc Cada um deles recorta, separa e isola os trechos da escritura e lhes conferem o sentido que lhes convem. Não é para se espantar que façam o mesmo com os escritos dos padres quando são constrangidos a descer a arena da tradição ou seja da História e da consciência da Igreja. Se não respeitam as escrituras que dizem por acima de tudo como haverão de regeitar as tradições que desprezam? Se manipulam o que creem ser a palavra de Deus como haverão de respeitar a dos homens? Se distorcem o sentido das penas evangélica e apostólica como não haverão de distorcer o sentido da pena patrística? Para eles a fé não passa duma brincadeira de mal gosto em que o objetivo é atingir a Igreja seja por quais meios forem...

Por isso o Collette diz uma coisa, o Boettner outra, o Lyra outra, o Silveira outra, o Gióia outra e assim por diante, o que um afirma outro nega, o que um jura o outro perjura, o que um assevera outro repudia... Como confiar no testemunho dessa gente???

Demos pois a palavra a S Agostinho para que explicite seu ponto de vista e elucide o Boettner:


"Os cinco livros de Moisés, ou seja, Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio; um livro de Josué, filho de Nave; um dos juízes, um pequeno livro chamado Rute; seguem os quatro livros dos Reis e os dois das Crônicas... Os livros já mencionados são do gênero histórico... Há outros livros que não parecem seguir qualquer ordem regular... como Jó, e Tobias, e Ester, e Judite, e os dois livros dos Macabeus, e os dois de Esdras... Em seguida, estão os profetas, entre os quais há um livro de Salmos de David, e três livros de Salomão: Provérbios, Cantares e Eclesiastes. . dois livros, um chamado Sabedoria e o outro Eclesiástico, são atribuídos Salomão devido a certa semelhança de estilo, mas a opinião mais provável é que eles foram escritos por Jesus, filho de Sirach... O restante são os livros que são estritamente chamados Profeticos: doze livros de profetas que estão ligados uns aos outros são contados como um livro; os nomes desses profetas são: Oséias, Joel , Amos, Obadias, Jonas, Miquéias, Nahum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias, em seguida, estão os quatro profetas maiores: Isaías, Jeremias, Daniel, Ezequiel." in Doutrina Cristã II, 08


"OS HOMENS BASE DA IGREJA, especialmente os ocidentais, receberam-nos - os livros da Sabedoria e do Eclesiástico - como autoritativos, sendo que num deles chamado Sabedoria de Salomão, a paixão de Cristo é mais abertamente profetizada... como porém não fazem parte do cânon dos judeus não podem ser citados contra eles nas controvérsias ficando reduzida sua ultilidade." in Civita Dei XVII, 20

Parece-nos que o Bispo de Hipona neste rasgo de espírito foi o único padre a atingir o nervo da questão explicando que a UTILIDADE DOS DEUTEROCANÔNICOS ERA LIMITADA OU REDUZIDA DEVIDO AO BOICOTE QUE SOFRIAM POR PARTE DOS JUDEUS, ou seja por uma questão de ordem externa e não interna ou pertinente a natureza mesma dos escritos. Tais escritos eram sagrados e autoritativos para os Cristãos, mas inuteis no que diz respeito as controvérsias já com os hebreus, já com os pagãos... servindo quiçá de obstaculo nas disputas encetadas com eles. Eis porque alguns doutores como Melitão, Cirilo, Epifânio, Anfiloquio, Rufino e Jerônimo empregavam-nos com parcimônia e hesitação.

Mais adiante explicita novamente o mesmo juízo a respeito dos livros dos Macabeus:

"EMBORA OS LIVROS DOS MACABEUS NÃO SEJAM RECEBIDOS PELOS JUDEUS, A IGREJA TEM-NOS EM CONTA DE CANÔNICOS." Id XXXVI


Por tanto se tais livros foram inferiorizados por alguns padres, foi devido a influências que vieram de fora e não devido a sentimentos que partiram de dentro da Igreja. Foi devido ao murmurio dos hebreus que parte dos doutores e padres rebaixou tais livros a categoria de Eclesiásticos e não devido a qualquer defeito interno da parte deles...

Os protestantes no entanto não se dão por vencidos e apelando as Retratações ( I X. 3) alegam que no fim de sua existência Agostinho mudou de idéia a ponto de regeitar o cárater profético do Eclesiástico.

Cumpre examinar com todo cuidado as palavras do próprio escritor: "Assim também eu pareço ter cometido algum equivoco quando classifiquei como 'Pena profética' o que está escrito: "Quid Superbit cinis terra et?" Ecles X. 9 - UMA VEZ QUE NÃO ESTA REGISTRADO EM LIVRO QUE SAIBAMOS TER SIDO COMPOSTO POR UM PROFETA."

Que dizer sobre tais palavras?

De fato é necessário desesperar de toda evidência honesta, a ponto de torcer o sentido de palavras cujo teor por assim dizer salta a vista, e sua sóbria simplicidade...

Diante de tais palavras quem não percebe que S Agostinho esta de fato se corrigindo por ter cometido o leve equívoco de atribuir a pena profética ou a ordem das profecias uma obra que pertencem aos hagiografos ou escritos devido a seu cárater eminentemente ético??? Basta Agostinho penitenciar-se humildemente por ter inserido o Eclesiástico numa sessão incorreta do Canon para que os protestantes venham a liça insinuando que ele esteja a repudiar sua canonicidade após te-lo empregado extensamente em suas demonstrações e polêmicas - 85 CITAÇÕES EXPRESSAS - sob o termo de ESCRITURA.

(NEM NECESSÁRIO É, COMO VEREMOS MAIS A FRENTE; QUE TODO LIVRO PARA SER CANÔNICO SEJA PROFÉTICO UMA VEZ QUE RUTE, ESTER, EZRA E LAMENTAÇÕES NÃO SE ENQUADRAM NESTA CATEGORIA E SÃO MUITO BEM RECEBIDOS PELOS PROTESTANTES.)

Já a Sabedoria de Salomão mereceu cerca de 125 CITAÇÕES EXPRESSAS em suas obras de cárater dogmático.

Por outro lado não há uma única alusão a Rute, Ezra, Neemias, Abdias, Amós e Miquéias, nesta sessão - dogmático/polemica - de suas obras.

"CUMPRE OBSERVAR QUE AGOSTINHO, PUBLICANDO NO SPECULUM UM EXCERTO DE VERSÍCULOS BÍBLICOS, UTEIS AO FIEL, RESERVOU ALI 15% DO ESPAÇO PARA O LIVRO DO ECLESIÁSTICO E APENAS 7% A PROVÉRBIOS." José Carlos Rodrigues, opus cit (II) 469



REFLEXÕES



Uma coisa não compreendo.

É que seguindo S Agostinho em seus erros sobre a graça os protestantes repudiem sua opinião no que diz respeito ao Canon, a ponto de considerarem-na herética e de afirmarem que o Bispo de Hipona deixou-se enganar-se a esse respeito devido a sua imperícia com relação a lingua grega...

Sem atinar que seus comentários a Epistola aos Romanos e aos demais escritos paulinos são viciados pelo mesmíssimo motivo, enquanto que os comentários do nosso Crisóstomo - cujo teor é semi-pelagiano ou se quizerem arminiano - destacam-se justamente pelo profundo conhecimento da lingua grega... E que este expoente máximo da tradição grega incluia os deuterocanônicos entre os livros sagrados de primeira grandeza...

Lutero e Calvino viviam citando Agostinho - ao lado de Paulo, Wicclif e Huss (palavras de Lutero) - CONTRA O TESTEMUNHO UNÂNIME DE TODOS OS PADRES A RESPEITO DA GRAÇA E DA LIBERDADE...

Seus sucessores no entanto condenaram como herética sua opinião sobre o Canon e DOGMATIZARAM sobre a opinião de Jerônimo, salientando seu profundo conhecimento em matéria de idiomas orientais, de História eclesiástica e mesmo de conhecimentos profanos...

Como se a S Basílio, a S Cirilo de Alexandrino, a S Teodoreto de Cirro e a outros faltasse tal gênero de saberes...

Aqui os protestantes canonizam os erros de Agostinho sobre a graça, mesmo sabendo que ele tem contra si o testemunho unânime de seus pares. Ali canonizam a opinião de Jerônimo sobre o Canon mesmo sabendo que teve de retratar-se devido a opinião de todos os padres... São os desacertos do protestantismo...

E no entanto admitem tudo quanto o mesmíssimo Jerônimo reprovou em seus escritos endereçados a Joviniano, Vigilancio e Helvidio como se não passassem de frioleiras embora quanto a tais 'frioleiras' S Agostinho esteja de pleno acordo com ele. Aqui eles abandonam Jerônimo, Agostinho e todos os padres e ficam com Aério, Joviniano, Vigilâncio, Helvídio, Claúdio de Turim e não sabemos porque raios os mesmos protestantes que detestam tanto a igreja dos Bispos não glorificam igualmente a Mani, a Ario e a Eutiques...

Assim Agostinho só é bom quando esta deacordo com os ensinamentos de Lutero e Calvino, do contrário não passa dum jumento...

O mesmo se diga de Jerônimo o qual só é 'douto' e 'irretorquivel' quando esta de acordo com Karlstadt e Lonicer, do contrário não passa dum réprobo como dizia Lutero em seu "Arbitro escravo".

É assim que o protestantismo faz uso dos padres empregando-os mormente quando discordam da Igreja e dela se afastam e repudiando-os sempre que se manteem fiéis a seus ensinamentos.

Conclusão: sendo contra a Igreja - ortodoxa, romana ou anglicana - qualquer argumento é válido, venha de onde vier...

Tal a manha protestante...

domingo, 23 de janeiro de 2011

XXV - Jerônimo de Stridon


"...Com Jerônimo, da-se anômalias (ou mudanças de opinião ou vacilações?) de tal natureza que chocariam um protestante devoto, desses que costumam aponta-lo como o 'campeão' em oposição ao Deuterocanônicos." Armstrong D.










Antes de analisar-mos o posicionamento de Jerônimo quanto ao número dos livros Canônicos do Velho testamento, é interesante lembrar o paralelo por ele traçado entre os salmos acrósticos, o alfabeto hebraico e a forma com que os hebreus enumeravam suas escrituras.

Paralelo que segundo cremos foi extraido do Prólogo dos Comentários aos Salmos de Origenes e aproveitado igualmente por S Hilário...

De modo que Jerônimo reproduz o Canon palestiniano de vinte e dois livros. cf Carta LIII,06

Ao que tudo indica antes de começar a estudar com os rabinos Jerônimo recebia como igualmente divinos todos os livros da Septuaginta.

Cerca de 385 no entanto ele assim se expressou: "Os que não procedem do hebraico entre os apócrifos alistamos. Assim sendo a Sabedoria atribuida a Salomão, o livro de Jesus filho de Sirac, Judite, Tobias e o Pastor não pertencem ao Canon..."

Trata-se da primeira ruptura com relação a teoria insinuada por S Cirilo
(e já tradicional) sobre os registros eclesiásticos ou intermediários. (apoiada igualmente por S Atanásio, S Gregório, S Hilário, S Anfiloquio, S Rufino, etc)

JERÔNIMO FOI O PRIMEIRO PADRE A ESTABELECER - AO MENOS A PRINCIPIO - DUAS CATEGORIAS DE LIVROS: INSPIRADOS E NÃO INSPIRADOS OU APÓCRIFOS (O QUE NO ÂMBITO DA TEOLOGIA SIGNIFICA UM GRANDE AVANÇO) E A CLASSIFICAR OS DEUTEROCANONICOS ENTRE OS APÓCRIFOS (O QUE CONSIDERAMOS UM EQUIVOCO TEOLOGICO DE SUA PARTE) SEGUNDO AS TRADIÇÕES RABINICAS.

"É absolutamente verdade que os livros apócrifos eram chamados eclesiásticos pela igreja com o intuito de distingui-los DOS PROPRIAMENTE CHAMADOS APÓCRIFOS."
confesa o protestante Wordworsth (in "O canon das escrituras do Velho e do Novo Testamento." pp 70)

Jerônimo foi o primeiro a romper com esta teoria e a inovar.

Assim sendo, em 396, ele chega a escrever - numa de suas Cartas a Leta - afirmando que tais livros deveriam ser evitados devido a sua natureza defeituosa ou lidos com muito cuidado jamais tendo em mira a aquisição da verdade.

Tais prefácios e cartas foram elaborados todos entre 385 e 399...

Seja como for sua atitude repercutiu negativamente em todo mundo Cristão pelo simples fato de que ninguém jamais havia qualificado tais livros - canonicos ou eclesiásticos - como apócrifos...

S Agostinho e S Rufino -
que como vimos classificava tais livros como Eclesiásticos e não como Protocanonicos - dentre outros acusaram-no de violar desrespeitar a tradição da Igreja e ele mesmo teve de reconhecer que colhera tais apreciações ENTRE OS RABINOS, tetranetos e descendentes daqueles que haviam supliciado nosso bom Senhor e anatematizado os Santos apóstolos no sinodo de Iabné.

E em diversas ocasiões confesou e disse que tomara os rabinos por mestres no que dizia respeito ao Canon do Velho Testamento.

Porquanto iam a Al Kudush chorar a ruina do templo, Jerônimo aproveitava para assentar-se aos pés deles e colher seus perniciosos ensinamentos sobre a profanidade dos escritos judaicos subsistentes em ligua grega. in Comm a Sofonias II

O fato é que sua atitude de lançar os deuterocanonicos no mesmo 'saco' que os livros apócrifos, pareceu - aos olhos da geração a que pertencia - um tanto radical...

Após inumeras lides e embates com os Padres teóforos, Jerônimo viu-se forçado a capitular e a abraçar a teoria de S Cirilo sobre as três categorias de livros e a contar os deuterocanonicos entre os livros eclesiásticos.

"A igreja - escreveu ele cerca de 401 - sem dúvida faz ler Judite, Tobias e Macabeus, mas não os considera canonicos. Do mesmo modo se dá com os livros da Sabedoria e do Eclesiástico QUE SÃO LIDOS PARA A EDIFICAÇÃO DOS FIÉIS E NÃO COM O OBJETIVO DE CONFIRMAR A FÉ DA IGREJA."

Por fim Jerônimo acabou aderindo a opinião dos padres mais antigos, que, a excessão do Bispo de Sardes, recebiam os registros greco judaicos a par dos protocanonicos.

A partir de 405 podemos notar que ele começa a emprega-los cada vez mais e a designa-los como ESCRITURA, mormente em suas cartas - a Eustoquia, Salvina, Heliodoro, Rusticus, Cromatius, etc - mas também no livo contra Joviniano (405?) e nos Dialogos contra os Pelagianos (415?), que são suas derradeiras obras.

Embora seja duvidoso que tenha chegado a considera-los TODOS como iguais aos protocanonicos.



É bastante provável que tenha mantido alguma reserva ao menos quanto a alguns deles, encarando-os como inferiores ou de segunda classe (Eclesiásticos) - MAS NÃO COMO APÓCRIFOS OU PROFANOS - até o fim de sua conturbada existência.


Já em 398 assim se expressara a respeito de Tobias:


"Eu não cesso de me maravilhar com a constância de vossas exigências. Afinal exigis que eu traduza um livro escrito em caldeu para o latim. Na verdade o livro de Tobias, que os hebreus excluem do catálogo da Divina Escritura, isto é, da sessão dos hagiógragos, tenho pois feito conforme vosso desejo... EMBORA NAS CONTROVÉRSIAS SEJAMOS REPREENDIDOS PELOS JUDEUS POR TER INSERIDO NO CANON LATINO ALGO QUE NÃO CONSTA NO CANÔN DELES - Melius esse iudicans pharisaeorum displicere iudicio et episcoporum iussionibus deservire -MELHOR OPOR-SE AO JUIZO DOS FARISEUS E OBEDECER AS SENTENÇAS DOS BISPOS. (Cromatius e Heliodoro que haviam solicitado a dita tradução apelando ao exemplo da Igreja)" in Prol. a Tobias

E acrescentou: "Embora este livro não seja canônico É FREQUENTEMENTE CITADO PELOS HOMENS DA IGREJA." in Prol a Jó

Sobre Judite assim se expressou cerca de 399 : "Entre os hebreus do livro de Judite é encontrado entre os Hagiografos, cuja autoridade para confirmar qualquer ponto disputado é considerada menos adequada. No entanto, tendo sido escrito em caldeu, é contada entre as histórias - Hunc librum synodus nicaena in numero sanctarum Scripturarum legitur computas¬se - OS PADRES DE NIKAIA DETERMINARAM QUE ESTE LIVRO FOSSE CONTADO ENTRE OS LIVROS SANTOS... Recebemos da viúva Judite, um exemplo de castidade, e declaramos honra triunfal e perpétuos encômios a sua memória. Exemplo digno de ser acolhido não só por mulheres, mas também por homens, afinal sua castidade revestiu-a de uma tal força, que foi capaz de derrotar o mais valente de todos os homens, assim de certo modo ela realizou uma façanha inigualável. in Prol a Judite

E no ano seguinte: “Rut et Esther et Iudith tantae gloriae sunt, ut sacris voluminibus nomina indiderint” ou seja "Rute, Ester e Judite são nomes tão cheios de glória que chegaram a emprestar seus nomes a LIVROS SANTOS."


Eis porque em seu Comm a Ageu 1,5sgs, após ter recorrido ao testemunho dos Provérvios, recorre ao testemunho de Judite, embora advirta que se trate do testemunho de uma mulher. (mesmo porque Ester também fora uma mulher). E novamente recorre a Judite em seu Comm a Mateus I, 8,18

Donde se infere que já admitia a perfeita canonicidade de Judite ou a inferioridade de Ester e Rute.




- COMO JERÔNIMO EXPLICOU SUA POSIÇÃO A S RUFINO:

"Com relação a Daniel eu jamais disse que ele não fosse profeta, pelo contrário, declarei no início do prefácio que era um profeta; queria no entanto evidenciar que ao menos quanto a este ponto foi acolhido o parecer dos judeus, foram os argumentos deles que triunfaram, por isso aconselhei o leitor a ler a versão cristã das igrejas, baseada não na Septuaginta mas em Teodocion. O que eu disse é que a Versão Septuaginta foi ao menos quanto a este livro muito diferente do original, e condenada pelo juízo das igrejas de Cristo, veja que a responsabilidade não foi minha eu apenas narrei o fato. Temos diante de nós quatro versões: a de Áquila, a de Símaco, a dos Setenta e a de Teodocion. As igrejas optaram por ler Daniel na versão de Teodocion, que pecado eu cometi se sigo a orientação das igrejas? (sobre o emprego do judeu Teodocion) Ele é que traz acusações contra mim SÓ PORQUE [no meu prefácio ao livro de Daniel] REPRODUZI AS ALEGAÇÕES QUE OS JUDEUS COSTUMAM LANÇAR CONTRA A HISTÓRIA DE SUSANA [Dan 13.] O CÂNTICO DOS TRÊS JOVENS [Dan. 3,24-90] E A HISTÓRIA DE BEL E DO DRAGÃO [Dan 14.], DIZENDO QUE NÃO CONSTAM NOS VOLUMES JUDAICOS. ISTO SÓ PROVA QUE ELE - S Rufino - É UM TONTO E BAJULADOR. POIS EU NÃO ESTAVA - nos Prólogos citados pelos protestantes - DECLARANDO MINHA OPINIÃO PESSOAL, MAS APENAS E TÃO SOMENTE REFERINDO OS ARGUMENTOS QUE ELES - os judeus - COSTUMAM LANÇAR CONTRA NÓS. E SE NÃO REFUTEI TAIS ARGUMENTOS NO PREFÁCIO FOI NO INTERESE DA BREVIDADE para não parece que eu estava compondo um livro e não um prefácio." Contra Rufino XI,33 (402)


Engulam os protestantes esta pílula: NÃO ESTAVA DECLARANDO MINHA OPINIÃO PESSOAL, MAS APENAS E TÃO SOMENTE REPRODUZINDO OS ARGUMENTOS QUE OS HEBREUS LAÇAM CONTRA OS CRISTÃOS E NÃO OS REFUTEI - PODERIA TE-LO FEITO - POR PURA FALTA DE TEMPO OU SEJA NO INTERESE DA BREVIDADE.

Como pois dizem os protestantes que Jerônimo partilhava da opinião dos judeus e que referendava o Canon palestianiano???

Outros testemunhos publicados por Jerônimo no fim de sua tragetória terrena, que se opõem ao dogma dos protestantes:




- "A TROMBETA PROFÉTICA DECLARA: 'Levanta-te, levanta-te Jerusalem...' como diz Baruc." in Ep LXXVII, 04; a Oceanus
- "A ESCRITURA DECLARA: 'Não pretendas executar o que esta acima das tuas forças' (Eclo 13,2)" in Ep 108, 22 ; a Eustoquia (405) & CXVIII,1 & CXLVIII,2 & E DEZENAS DE VEZES SOB A DESIGNAÇÃO DE 'ESCRITURA'

- "ESTA ESCRITO: 'Todos portam teu espírito incorruptivel' (Sab 12,1 - SEGUEM TESTEMUNHOS DO EVANGELHO E DEMAIS PROTOCANONICOS)" in Comm a Galatas I, 3, 2 & "De est scriptum Quibus: 'potentes tormenta potenter patientur.' (Sab 6,7)" in Comm a Isaias 1,24


Em 392 no Galeatus sempre citado a guiza de ladainha pelos calvinistas, Jerônimo afirma que o Eclesiástico devia ser contado certamente entre os apócrifos "Pois não se encontra em nossa lista de composições originalmente escrita em hebraico."



Todavia, cerca de oito anos depois, retratou-se nos seguintes termos: "Nós temos por autêntico o livro de Jesus filho de Siraque e por pseudoepigrafe o livro intitulado Sabedoria de Salomão. pois o primeiro encontrei em hebraico, com o título,"Parábolas", e não de Eclesiástico como nas versões Latinas... O segundo não encontra lugar em textos hebraicos..." in Prol. a Prov (399/400)