Hiper agia ai partenos Maria, akrantos Mitéra tou Khristos Theos - soson imas!
Batul Lala Marian Wallidat al illah - ʕawnu ni!

Nossos pais e avós foram protestantes, nossos tetravos papistas, as gerações do passado remoto no entanto foram Católicas, apostólicas e ortodoxas, e nós, consagrando todas as forças do intelecto ao estudo da coisas santas e divinas desde a mais tenra idade, reencontramos e resgatamos a fé verdadeira, pura, santa e imaculada dos apóstolos, mártires e padres aos quais foi confiada a palavra divina. E tendo resgatado as raízes históricas de nossa preciosa e vivificante fé não repousaremos por um instante até comunica-la aos que forem dignos, segundo o preceito do Senhor. Esta é a senda da luz e da justiça, lei do amor, da compaixão, da misericórdia e da paz entregue uma única vez aos santos e heróis dos tempos antigos.

João I

João I
O Verbo se fez carne




Hei amigo

Se vc é protestante ou carismático certamente não conhece o canto Ortodoxo entoado pelos Cristãos desde os tempos das catacumbas. Clique abaixo e ouça:

Mantido pelo profo Domingos Pardal Braz:

de pentecostal a ORTODOXO.

Jesus aos apóstolos:

"QUEM VOS OUVE É A MIM QUE OUVE E QUEM VOS REJEITA É A MIM QUE REJEITA."


A CRUZ É UM ESCÂNDALO PARA OS QUE SE PERDEM. MAS PARA OS SANTOS PODER E GLÓRIA DE DEUS.

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terça-feira, 23 de dezembro de 2008

A HISTÓRIA DO HOMEM...


















Ao contrário do que afirmam os crias - que o gênero humano teria no máximo 6000 anos de existência - descobertas efetuadas em todos os pontos do planeta testificam que os primeiros representantes do gênero HOMO, como o "homo habilis" devem ter surgido a cerca de 2.000.000 de anos. O 'homo erectus' deve ter surgido cerca de meio milhão de anos depois.
Já os primeiros 'Sapiens' (neanderthalensis) a cerca de 300.000 e os primeiros 'sapiens sapiens' a cerca de 50.000 anos...



As duas raças de sapiens (neanderthalesis e sapiens) parecem proceder do 'homo erectus' o qual por sua vez parece ser um aperfeiçoamento do 'homo habilis'.



No fim da cadeia encontra-se um hominideo - proto homem - chamado 'Australopithecus' que floresceu a cerca de quatro milhões de anos.











CRIACIONISTA: QUAL É A EVIDENCIA DE QUE TAIS OSSOS OU FÓSSEIS PERTENCEM A SERES HUMANOS E NÃO A MACACOS?












RESPOSTA: A própria designação de homo H A B I L I S nos indica a solução do problema, pois habil que dizer: habil, que possui habilidade para fazer coisas...







Sendo os restos dos seres humanos e dos primatas bastante parecidos entre sí a arqueologia adotou como critério para a identificação de 'restos' como sendo humanos A PRODUÇÃO DE CULTURA MATERIAL OU SEJA A EXISTÊNCIA DE OBJETOS JUNTAMENTE COM OS VESTÍGIOS NATURAIS.







CRIACIONISTA: QUER DIZER QUE BASTA ENCONTRAR QUALQUER OBJETO JUNTO DOS OSSOS PARA QUE SEJAM CONSIDERADOS COMO PERTENCENTES A SERES HUMANOS? PORQUE ENTÃO QUANDO OS SENHORES SE DEPARAM COM OSSOS DE CORVOS JUNTO A BOTÕES, MEDALHAS E CANETAS NÃO CLASSIFICAM OS CORVOS COMO SERES HUMANOS?














RESPOSTA: Ao contrário do criacionismo que é uma crendice - bastante cômoda por sinal - a arqueologia e a antropologia cultural são ciências, com um método próprio e que por isso mesmo envolvem diversas tecnicas, algumas das quais bastante trabalhosas...







Os arqueologos e antropologos estão fartos de saber que em qualquer tempo do passado os sítios e as ossadas podem ter sido revirados e consequentemente alterados, tanto por seres humanos - ação antrópica - quanto por acidentes naturais e que um objeto ou outro - como uma moeda de procedência romana ou mesmo uma ponta de flecha tupi - poderiam misturar-se a ossos de primatas ou de símios...






POR ISSO O CRITÉRIO PREVALESCENTE NO TERRENO DA ARQUEOLOGIA NÃO É O ENCONTRO DE UM, DOIS OU ATÉ TRÊS OBJETOS ISOLADOS NUM DETERMINADO SÍTIO ARQUEOLÓGICO.







Nenhuma classificação ou datação foi obtida ou aceita baseada no achamento de alguns objetos isolados.







Para o pesquisador a noção de cultura material envolve um certo número de objetos e vestigios intimamente relacionados com os restos encontrados. Referi-mo-nos a dezenas de pontas de flecha, de dezenas de fogueiras, de dezenas de pederneiras, etc encontradas na mesma camada que os restos em questão...







E REFERI-MO-NOS MAIS ESPECIFICAMENTE AINDA AOS RESTOS CONCERNENTES A INDÚSTRIA PRODUTORA DE TAIS PEÇAS OU OBJETOS, MATERIAIS REFUGADOS, ETC
in Grahame Clark, 'A pré História' Rio de Janeiro, Zahar, 1975





Se nos deparamos com uma abundância tal de fogueiras, de objetos e sobretudo com EVIDÊNCIAS DE QUE TAIS OBJETOS FORAM PRODUZIDOS ALI MESMO, PELO GRUPO, ENTÃO SÓ NOS RESTA ADMITIR QUE OS OSSOS EM QUESTÃO SÃO HUMANOS E DATA-LOS.





Efetivamente, restos de fogueiras e de material lítico teem sido detectados juntamente com restos de 'primatas' em diversas partes da África, da China, de Java, etc



Tais restos, datados de 2. 000.000 anos devem pertender necessariamente a seres humanos, a pricípio ao chamado 'homo habilis' e posteriormente ao 'homo erectus' cujos restos remontam a milhão e meio de anos.



Tanto uma quanto a outra raça foram produtoras de cultura material em larga escala, portanto verdadeiramente humanas, já porque os animais, mesmo os mais evoluidos, SÃO INCAPAZES DE PRODUZIR E DE TRANSMITIR CULTURA...



A existência de tais restos, confeccionados por nossos remotos antepassados não foi inventada por qualquer cientista maluco e irresponsável (cientistas não são pastores, os quais geralmente falam a primeira sandice que lhes vem a mente) MAS PODEM SER VISTOS E TOCADOS EM DIVERSOS MUSEUS ESPALHADOS PELO PLANETA. No nordeste brasileiro a ilustre arqueologa Niéde Guidon reuniu um bom número de restos que comprovam a existência de seres humanos no Brasil a cerca de 20.000 anos o que basta por si só para lançar ao domínio das fábulas a narrativa vetero testamentária...



Do contrário o homem teria chegado a América quinze mil anos antes da criação...



É pois inadmissivel a simples idéia de que o homem surgido magicamente a 6012 anos atrás.



Tal hipótese é sumamente ridícula além de acintosa para com todos os que se dedicam a pesquisa científica.



Só podia partir mesmo donde parte: de leigos ineptos, de analfabetos e de arrivistas em matéria de biologia, os quais pelo simples fato de saberem soletrar uma Bíblia muito mal traduzida julgam-se com pleno direito de palpitar ou - o que é pior - de pontificar sobre Biologia, Física, Química, geografia, história, psicologia, sociologia, direito, ciência política, etc



A essa ralé desmiolada cumpre responder em alto e bom som: "Sapateiro, não ultrapasse os sapatos..."












FARPAS

P - Esse monte de pedregulhos não me diz nada, afinal quem me garante que não foram quebrados pela própria natureza?


O - Quem garante que as lascas de obsidiana com que nos deparamos em nossos sítios arqueologicos não foram naturalmente polidas pela natureza é uma ciência a 'Cristalografia', ciência que a partir da densidade da rocha em questão e de sua estrutura interna, é perfeitamente capaz que tipo de força e direção seria necessária para produzir tal tipo de fragmento. Ora as lascas de obsidianas encontradas em nossos sítios exigem que o corpo da obsidiana tenha recebido golpes numa direção propositalmente calculada, logo golpes humanos...






Quem nos deve explicações e sérias explicações são os criacionistas.

Afinal estamos diante da escultura de um animal - um Mamute - extinto a cerca de 11.000 anos...

Teria sido ela produzida pela natureza???






Obs.: Aqueles que desejam saber um pouco mais sobre o surgimento da arqueologia primitiva e apreciar 'de visu' um número bem maior de peças, recomendo a leitura de Louis Figuier "O homem primitivo' Luzo-brasileira, 1883; obra que apesar do tempo decorrido desde sua publicação ainda não perdeu seu imenso valor.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

SÉRIE 'ERROS DO VELHO TESTAMENTO': O MITO SOBRE A ORIGEM DO HOMEM.

Neste artigo o amigo leitor encontrará os seguintes tópicos:




  • Contradições a respeito da criação de Adão e Eva.


  • A natureza invertida do paraíso.


  • A História da Criação evolutiva (evolucionismo)


  • Os principais nomes do Evolucionismo: Anaximandro, Aristóteles & Lucrécio


  • Os padres da igreja e o evolucionismo: Hilário, Ambrósio, Agostinho...


  • Escolástica e evolucionismo: Alberto Magno e Tomás de Aquino.


  • Ressurgimento do evolucionismo especulativo: Bacon, Descartes, Buffon...


  • O evolucionismo científico: Lamarck, Darwin, Wallace, De Vries, Weissman...


  • As evidências da Evolução: fósseis, uma História.


  • A embriologia


  • Os orgãos vestigiais


  • A anatômia comparada


  • Breve panomara da Evolução dos seres vivos.



"SUPOR QUE O SER AUGUSTO INTERFERIU DIRETAMENTE SEMPRE QUE UM NOVO MOLUSCO OU RÉPTIL APARECEU NA FACE DE TERRA, É UMA IDÉIA MUITO ESTÚPIDA PARA SER CONSIDERADA."
Robert Chambers




Outra narrativa assaz pitoresca é a do surgimento do homo sapiens como ser totalmente a parte dos demais seres vivos. Segundo os escritos hebraicos o Santo e Bendito Deus teria tomado um torrão de barro - em hebraico 'adamah' - feito uma espécie de bonequinho e sobrado em suas ventas: nosso playmobil ganhou vida e passou a ser chamado Adão que quer dizer 'homem'. cf J G Frazer, opus cit pp 11

Ocorre que o Santo e bendito, por ser o final do dia e já encontra-se meio sonolento, esqueceu-se de fornecer-lhe uma companheira igualmente de barro, posteriormente, no entanto, concluiu que não era bom estar o homem só? Então porque o criará só? (Apeles - 'Silogismos')


Pois se não era bom o homem estar só, ao cria-lo só fez algo que não era bom...


Fazia-se mister consertar a burrada... Destarte fez anestesias Adão e extraiu uma de suas costelas, clonando Avah (mãe dos viventes).


Era pois a Avah uma espécie de filha de Adão o qual coabitando com ela fez-se incestuoso. Posteriormente haverão outros tantos incestos, hoje condenados pelos Cristãos nominais e hipócritas...


Será que antes de produzir apenas um casal O DEUS HEBRAICO NÃO CALCULOU QUE O INCESTO SERIA NECESSÁRIO PARA A SOBREVIVÊNCIA DA HUMANIDADE? POIS CASO O INCESTO SEJA ENTRISECAMENTE PECAMINOSO CABE UNICAMENTE A ELE, JAVE, A RESPONSABILIDADE DE TER INDUZIDO OS PRIMEIROS HOMENS A COMETEREM TAL ATO PECAMINOSO SOB PENA DE ESTINÇÃO DA ESPÉCIE. DEVEMOS POIS ADMITIR QUE TENDO SIDO DETERMINADO POR DEUS O INCESTO NÃO PODE SER CONSIDERADO PECAMINOSO... ENTÃO PORQUE CARGAS DÁGUA É CONDENADO PELAS SEITAS TODAS COMO TAL??? QUEM NÃO PERCEBE QUE SEGUNDO O GÊNESIS DEUS MESMO, QUE FAZ TUDO BOM, É O AUTOR DO INCESTO??? Eis para onde nos levam as tonteiras judaicas... Porque então agiu desta maneira fazendo da quebra de sua lei eterna e do pecado uma necessidade vital para os primeiros seres humanos? (Apeles - iden) Se não era bom para o homem estar só, ganhar uma companheira foi para ele a pior das desgraças, pois conforme a narrativa bíblica, foi justamente a mulher, Eva, que tal e qual Pandora, cometeu o primeiro delito, convencendo o homem, seu esposo a imita-la. Do que resultou terem sido ambos expulsos do paraíso... aqui bem cabe o rifão popular: Antes só do que mal acompanhado... Quer dizer que para Javé era bom o homem ser expulso do paraíso por mediação da consorte que lhe dera?!?


Ou Javé não sabia que a boa companhia que provera a Adão seria responsável pela queda do mesmo???


Genesis 1,27 no entanto reza: "Homem e mulher assim criou." dando a compreender que haviam sido criados juntos... Vai entender essa salada...


É melhor tornar-nos ao paraíso, vocábulo que como todos estão cançados de saber é de origem persa e significava jardim.


Mas que jardim estranho... "Temos aqui uma coisa curiosa - afirma o Dr Shalders - em vez de diversos afluentes virem a formar um só rio, é um rio nascido no meio de um jardim que forma afluentes!!!... o que encontramos na natureza são pequenas nascentes que pouco a pouco vão se juntando e formando riachos ou ribeiros, os quais se juntam em rios, que finalmente vão ter aos mares e oceanos. Aqui a natureza é invertida, pois é um rio que surge do nada e se divide em quatro rios talvez maiores..."

O que há de extraordinário numa narrativa como esta, tão lisongeira para com o homem - a ponto de separa-lo de todas as demais criaturas e fazer dele um fenômeno a parte - estava destinada a fazer muito sucesso. Especialmente entre nossos irmãos mais orgulhosos e vaidosos, que constumam encarar todas as outras formas de vida como infinitamente inferiores e por isso mesmo destinadas ao uso e a explotação... Inda que o filósofo tenha definido o homem como um 'animal racional' muitos de nós ainda se obstinam a admitir qualquer parentesco entre o 'homo sapiens' e os outros membros do reino, encarando-se a si mesmos como um tipo único de animal produzido diretamente por Deus e adornado com as qualidades mais excelentes. O brilho desta ilusão ainda é muito grande e no entanto graças a teoria do grande Lamarck, já obscurece e vai passando; sem que o reino de Jesus Cristo perca qualquer coisa. E assim haverá de morrer como todos os mitos e fábulas para que o homem viva da razão e da fé pura. Pois o mito pertencem a infância da humanidade e esta principia já a amadurecer e a abandonar as coisas de criança.



- ANAXIMANDRO EVOLUCIONISTA

O primeiro sábio a antever a possibilidade duma evolução por parte dos seres vivos e a estabelecer ligação entre eles, parece ter sido Anaximandro de Mitelo, da escola Jônica. "Explica que os homens a princípio nasceram dos peixes e depois de terem sido nutridos como esqualos e desenvolver proteção, foram arrojados a terra seca." Plutarco de Queróneia. in 'Quest. conviv.' 730


"E susteve que antes o homem era uma besta procedente do peixe." é o que declara o Santíssimo Hipólito, Bispo das nações, no capitulo quinto do primeiro livro da Filosofumena


- ARISTÓTELES E LUCRÉCIO EVOLUCIONISTAS


Tal hipótese encontrou benévola acolhida da parte de Aristóteles e de Lucrécio que lha sustentou no "De rerum natura."




Sobre Aristóteles ouçamos o insuspeito Marsh: "Aristóteles concebia uma criação por etapas, isto é, que cada forma mais complexa era derivada de uma forma mais simples, ao invés de imaginar uma só criação que produzisse todos os organismos ao mesmo tempo." opus cit pp15


- GREGÓRIO NISSENO, HILÁRIO, ETC CRISTÃOS E EVOLUCIONISTAS.
POSTERIORMENTE FOI ADMITIDA OU AO MENOS VENTILADA POR DIVERSOS PADRES DA IGREJA COMO GREGÓRIO DE NISSA, HILÁRIO, AMBRÓSIO E AGOSTINHO. "A COSMOLOGIA DE S AGOSTINHO É EVOLUCIONISTA." já afirmava Boyer em 1941. "A idéia de uma criação evolutiva não parecia assombrar os padres da igreja primitiva." admite Marsh (in id.ibd) Naturalmente que a tése evolucionista acabou saindo de cena durante a alta idade média, sendo suplantada pela baboseira criacionista que acabou firmando seu monopólio.
- ALBERTO O GRANDE E TOMAS DE AQUINO EVOLUCIONISTAS.

Todavia, já na baixa idade média já depara-mo-nos com um retorno ao hilozismo aristotélico e a 'ratio seminale' estóica, por parte de Alberto, o grande e de Tomas de Aquino, ambos tributários de Agostinho e que por isso não tiveram qualquer dificuldade em admitir a evolução dos seres vivos.




"A teoria da Heterogenia foi muito seguida até o século XVIII... como prova o fato de alguns Padres da Igreja (S Agostinho) e alguns escolásticos (Alberto e Tomás de Aquino) JULGAREM QUE TODOS OS SERES VIVOS HAVIAM SIDO CRIADOS EM POTÊNCIA OU EM GERMES, LOGO NO PRIMEIRO INSTANTE DA CRIAÇÃO, DEUS CONFERIU A MATÉRIA O PODER DE SE ORGANIZAR SOB A AÇÃO DE FORÇAS NATURAIS." A Boulanger. in "Manual de apologética.", Porto, A.I, 1950, p 91



- BUFFON EVOLUCIONISTA & outros

Sustentado, a princípio pela maior parte da Igreja romana e posteriormente reforçado pelo protestantismo, o Criacionismo perdurou - com raras excessões, como Bacon, Pascal e Leibnitz - até a segunda metade do décimo oitavo século, quando Buffon ousou retomar o evolucionismo embora como mera 'hipótese de trabalho' em sua "História Natural.".


Hipótese de trabalho que no entanto foi fervorosamente adotada por Erasmo, avô de Ch Darwin - no poema intitulado Zoonomia (1795) - e pelo poeta Goethe.




- JOÃO BATISTA LAMARCK


Sem embargo disto, foi ao imortal J. B. Lamarck que coube a glória ímpas de ter sido o primeiro sábio moderno a argumentar seriamente sobre a evolução biologica das espécies propondo-a como um concreto e irredutivel, em oposição ao criacionismo reinante. É assaz conhecido o esquema de Lamarck - exposto em sua 'Philosophie Zoologique' (1809) - sobre o pescoço da girafa, com que tentou estabelecer a lei do 'Uso e do desuso' segundo a qual os caracteres adquiridos são herdados. Posteriormente esta teoria foi reeditada pelo russo Trophim Lissenko, permanecendo implicita em diversas exposições, mesmo após as experiências levadas a cabo por Weismann.


De fato as alegações dos neo lamarckistas não são despreziveis, pois eles advertem que tais experiências não deram resultado devido as contingências do tempo, enquanto na natureza a transmissão dos caracteres demoraria muitos milhões de anos.


Lamarck teve sua teoria apoiada pelo eminente pesquisador Geoffroy de Saint Hilaire, que havia excursionado por diversas partes do mundo - inclusive do Brasil - com o intuito de estudar os elementos da faunda e da flora.



Posteriormente Wallace e Darwin endossaram, problematizaram e ampliaram a tése de Lamarck agregando-lhe outras provas e evidências. Ao que tudo indica Wallace teria precedido a Darwin, cometeu no entanto, o desastroso erro de comunicar-lhe sua teoria numa carta... destarte o nome aristocrático de Darwin acabou associado ao obscuro nome de Wallace que era um homem de origem humilde. Pois as coisas corriam deste modo da Inglaterra vitoriana...


Jamais saberemos se Darwin plageou mesmo Wallace e até que ponto serviu-se de suas idéias para completar e dar forma a "Evolução das espécies" lançado em 1858. Ao que parece Darwin temia a fúria dos fanáticos religiosos e por isso guardara seu livro a sete chaves, quanto a este particular assistia-lhe plenamente a razão...


Entrementes levantaram-se os clérigos de todos os partidos e seitas e denunciaram a teoria evolucionista como ímpia tudo porque opunha-se a letra de gênesis destruindo pela base o dogma abominável do biblicismo. Doravante todos viriam a saber que a estátua erguida por Lutero tinha pés de bronze e que o pedrisco lançado por Darwin e Wallace a faria cair. Naqueles tristes tempos todavia, ainda era tabú contextar a letra do genesis e repudiar a superstição criacionista... Darwin foi acusado de ateismo, mesmo tendo reconhecido oficial e publicamente a existência do Supremo Ser e professar a fé anglicana; acusação falsa e aleivosa, com que a 'gens' fundamentalista insiste em apupa-lo até o dia de hoje, dando provas da mais absoluta má fé e do mais descarado cinismo.


É verdade que no fim da vida Darwin tornou-se agnósta ou seja indiferente em matéria de religião. Isto no entanto não se sucedeu por causa da teoria da evolução e sim devido a morte de sua amada filha, baque do qual jamais veio a recuperar-se e que acabou por conduzi-lo a sepultura. Não contentes em atribuir-lhe uma ideologia que jamais professara ou viria a professar (o ateismo), os crias, apelaram a chicana e confeccionaram uma série de cartazes apresentando o corpo de um macaco com o rosto do egrégio cientista. TAIS OS ARGUMENTOS PODEROSÍSSIMOS QUE ESSES BASTARDOS OPÕE A TEORIA DA EVOLUÇÃO... Wallace que além de ser teista era espiritualista convicto e Cristão militante. Devem-se a sua pena diversas monografias contestando a doutrina segundo a qual a Evolução das espécies era produto exclusivo do estocasmo ou seja so acaso.

O primeiro embate entre crias e evolunicionistas teve por pivôs o filósofo darwinista Thomas Huxley e o clérigo protestante Samuel Wiberforce. Debateram o assunto em público, e apesar dos gritos, maldições e insultos do 'santo prelado' Wallace literalmente esmagou-o, triturando a parvoice criacionista e vindicando brilhantemente a teoria da evolução. Ao ser inquirido por Wibeforce "Se descendia do macaco por parte do avô ou da avó." Huxley atalhou de pronto: "NÃO TENHO NENHUMA VERGONHA DE TER UM MACACO COMO AVÔ, VERGONHA TERIA SE DESCENDESSE DE ALGUÉM QUE COMO VOSSA ILMA EMPREGASSE TRUQUES TÃO BAIXOS COM O INTUITO DE DEFENDER SUAS IDÉIAS..." Desde então nada mudou e os criacionistas tem sido repetidamente batidos e refutados de geração em geração... Continuam no entanto a repetir as puerilidades de duzentos anos atrás em suas revistinhas e opusculos embolorados... De tal modo que podemos aplicar-lhes o rifão popular: O pior cego é aquele que não quer ver. Naturalmente que nem todos os cientistas estão de acordo quanto as forças ou quanto a principal força que tem presidido a evolução dos seres, Lamarck sugeriu como ja foi dito a transmissão de caracteres adquiridos, Darwin e Weissman a adaptação ao meio e certa concorrência (mas não luta em termos físicos como alguns de seus discípulos e sucessores) entre as espécies batizada como seleção natural, De Vries as mutações radioativas, etc Posteriormente Haldane e Dobzhansky elaboraram a assim chamada teoria sintética que procura coordenar a ação de cada um desses fatores. Segundo dizem o estocasmo ou acaso manifesta-se através das mutações radioativas, por meio das quais os gênes são alterados e a alteração produzida por eles no organismo transmitida sucessivamente as gerações; a viabilidade ou não da transformação é testada pelo meio ou seja pela seleção natural em termos de superação das dificuldades e de adaptação ao meio, aqueles que se adaptam, estabilizam-se; aqueles que não se adaptam desaparecem e já se vê que nem toda mutação é benéfica ou proveitosa. As mutações só são benéficas ou proveitosas quando comunicam alguma nova capacidade a espécie em questão, quando destroem algum orgão e retiram alguma capacidade são nefastas, acarretando a destruição daquele ser ou de sua descendência. O grupo darwinista por sua vez esta cindido entre os ortodoxos e moderados conforme dão maior ou menor relevo a 'seleção natural' e segundo compreendem-na ou não em termos de simples luta ou força bruta. Seja como for é absolutamente certo QUE HÁ MAIS CONCORDÂNCIA ENTRE OS CIÊNTISTAS NO QUE TANGE AS CAUSAS E AGENTES RESPONSÁVEIS PELO PROCESSO EVOLUTIVO DO QUE ENTRE OS PASTORES PROTESTANTES QUANTO A TRINDADE OU A PESSOA DE JESUS... Que os protestantes, divididos em milhares de seitas e discordando praticante sobre todos os pontos da doutrina Cristã, tenham a audácia de criticar a teoria da evolução partindo da premissa de que os cientistas ainda não chegaram a um acordo definitivo sobre sua principal causa é o cúmulo da desonestidade e do cinismo! Natural que a princípio hajam divergências entre os cientistas, as quais vão sendo dirimidas com o passar do tempo e o ritmo das pesquisas até que finalmente se chega a um consenço... Pois a ciência admitindo sua falibilidade e procura auto-corrigir-se, donde resulta sua credibilidade. (cf Sagan "Mundo habitado pelos demônios"). O que não se compreende é que o protestantismo apresentando-se como uma revelação procedente de Deus, que é um só, infalivel e todo poderoso, ESTEJA TODO DIVIDIDO, EM SEITAS, PARTIDOS E TEORIAS, para além ramo ou escola científica... pois um simples versiculo sobre a eucaristia produz entre eles tantas opiniões quanto são as cabeças que opinam e já ninguém se entende onde dois ou três interpretam o livro... Ao menos Dawkins não queimou Jay Gould e Sagan não esganou Medawar, COMO CALVINO FEZ COM SERVET E OS HABITANTES DE BASILÉIA COM GENTILIS... Com a ficha repleta de assassinatos e completamente divididos em seitas beligerantes que creem estar na posse definitiva da verdade plena, os criacionistas não teem o direito de apontar as divisões acidentais e periféricas que provisoriamente separam os evolucionistas! Não sabem julgar uma Bíblia e pretendem julgar a ciência... rsrsrsrsrs Vão ler o Evangelho e tirar a trave do própria vista, antes de vir soprar ciscos na vista alheia seus fariseus hipócritas! Primeiro Vces entram em acordo sobre o único sentido da escritura e depois, só depois, ousam apontar para nossas discusões em torno de um evolucionismo que enquanto fato nenhum cientista discute... a menos que seja púpilo da Santa Ellen ou do profeta Ch T Russel, recebendo por intermédio deles a ciência infusa do criacioburrismo inepto e indecoroso. Diante dos postulados exarados por Lamarck, Darwin, Wallace, Weismann, De Vries, Haldane, Mayr, Gould, etc os criacionistas repetem os mesmos 'loci comunes' de sempre: Não há como datar o surgimento do homem ou dos seres vivos.... É impossivel saber com certeza quando a vida ou os primeiros homens aparaceram sobre a terra... Não há aparelhamento ou tecnologia para tanto... e outras quejandas com que entopem os ouvidos daqueles que são ainda mais idiotas do que eles a ponto de ouvi-los... Experimente perguntar a um desses 'cientistas' improvisados o que são eucariontes, procariontes, ribossomos, RNA, DNA, citosina, guanina, mitocôndrias ou alélos... Eles só sabem de Caleb, Finéias, Odolão, Giesi, etc e teem a audácia de erguer a cabeça e exigir fóros de cidade! Cumpre expurgar o mundo desta praga e mandar estes trogloditas de voltas as cavernas donde jamais deveriam ter saido! Mande-mo-los de volta a suas bíbocas e pocilgas para que jamais retornem a nossas acadêmias e escolas, nas quais deve reinar a ciência e não a superstição e o obscurantismo. Vejam só um patéta, um beócio, um energúmeno, que mal sabe ler ou soletrar sua tradução JFA pretendendo julgar as experiências de um Weismann ou de um Haldane!!! Eis até onde chega a arrogância e a vaidade desses pafúncios... A religião, respeita-mo-la certamente. Nada temos contra os anjos e seus classificadores... Quanto as pretensões teocráticas de certas seitas que invadem o campo e domínio das ciências naturais clamando por sua destruição, não podemos nem queremos respeitar, antes julgamos ser um dever combate-las. Pois é pretensão funesta, que põe em risco a marcha da humanidade começando pelo desenvolvimento de novas terapias e medicamentos com que debelar as enfermidades que atingem nossos corpos, efeito que gritos de pastor algum - por mais gritador que seja - jamais produzirá. Se a religião deseja ser respeitada, pelos cientistas, pelos filosofos, pelos homens livres, etc que reconheça seus límites, que não ultrapasse a demarcação, que se mantenha nos termos do espírito. Respeite a esfera do secular e do profano para que seja também ela respeitada na peculiaridade de sua esfera. A religião deverá aceitar-se como uma parte do todo e não como o todo inteiro, se deseja ser crida pelos homens do século XXI. Do contrário, extinguir-se-a ou levará a civilização contemporânea a bancarrota... Não são os cientistas que teem desrespeitado a crença (embora - como o sr Dawkins - alguns deles, provocados pelos fanáticos, acabem respondendo no mesmo tom) mas a crença que desde o princípio, desde os tempos de Hipócrates, tem combatido o progresso e o desenvolvimento da Filosofia e da ciência. Dentre tais crenças destaca-se certamente o protestantismo ou melhor o fundamentalismo protestante como haveremos de estabelecer com abundância de provas quando no Livro segundo desta obra analisar-mos os frutos da reforma protestante e sua relação com a ciência. A mêdula do fundamentalismo, seu cerne, seu coração e sua alma é o criacionismo. Firamos pois a hidra em seu coração! Delenda est criacionismo! Ao contrário do que dizem os fundamentalistas da estirpe de Pinóquio, estamos da posse de um número signifativo de evidências que corroboram a teoria da evolução dos seres vivos. Dentre elas ressaltaremos apenas de passagem:




I- Os fósseis







A palavra Fóssil foi criada pelo sábio papista George Agricola em meados do século XVI.


Fósseis são restos de animais e vegetais mortos que sepultados sob certas condições, como temperatura e pressão, vieram a mineralizar-se ao cabo de uns tantos milhares ou milhões de anos.


Tratam-se geralmente de espécies desaparecidas ou extintas como Trilobitas, Pterodactilos, plesiosauros, mamutes, megatérios, etc subentenda-se partes de seus corpos, geralmente os ossos (esqueleto) pois as partes moles são mais vulneráveis.


O primeiro sábio a dar com a verdadeira natureza dos fósseis, parece ter sido o grego Xenófanes de Colofon a respeito do qual assevera o abençoado Hipólito (no livro primeiro e décimo segundo capítulo da Filosofumena):


"Ele podia apontar provas a respeito de que no passado terra e mar estavam agregados: que no seio sa terra, mesmo das altas montanhas, foram encontradas conchas. Dizia que em Siracusa foram encontradas impresões de peixes e focas nas pedreiras e em Pharos um ramo de louro impresso num bloco de rocha, em Melita todas as partes de diversos animais marinhos encrustradas. Ele afirma que isto se sucedeu quando tais seres submergiram na lama em que viviam..."


Os antigos chineses encaravam os fósseis como restos de dragões e empregavam-nos em sua farmacopéia. Aristóteles no entanto susteve que não passavam de formações naturais.


Na China Shen Kuo + 1095 recorreu a evidência de fósseis marinhos escavados nas montanhas Taihang para inferir a existência de processos geológicos e alterações do nível do mar ao longo do tempo. Usando a suas observações sobre bambus petrificados, encontrados em Yan'an região de Shanbei, província de Shaanxi, conclui por uma alteração gradual do clima, uma vez que Shaanxi por se tratar de uma região seca não seria um habitat propício para o crescimento de bambus.


Dentre os modernos o primeiro a investiga-los e a reeditar as sensatas afirmações de Xenófanes foi Leonardo Da vinci em um de seus apontamentos ainda ináditos.


Coube ao Bispo papista Nicolaus Stenius, um dinamarques falecido em 1686, iniciar a decifração do grande livro de pedra da natureza. Foi ele que estabeleceu um ordenamento temporal para os fósseis que eram encontrados, criando destarte a noção de camadas ou extratos geológicos, base de todos os estudos e formulações subsequentes.


Tambem o sueco Nils Celsius realizou alguns estudos sobre os fósseis. Ele ousou sustentar perante o bispo luterano Rudbeckius, que a Bíblia não possuia autoridade alguma nos domínios da ciência; disto resultou ser perseguido pelos fanáticos e abraçar o papismo.


Celsius foi seguido pelo luterano Cuvier, o qual mesmo tendo analisado um grande número de fósseis e feito inumeras descobertas no ramo da paleontologia, opoz-se, por vezo religioso a teoria ventilada por Lamarck e por Saint Hilaire (com o qual travou amarga polêmica sustentado o fixismo) convertendo-se no principal advogado do criacionismo.


A Gideon Mantell (+1852) coube o mérito de reconstituir o primeiro esqueleto de um animal pré histórico, o iguanodonte, após o que montou e classificou outros tantos esqueletos. Richard Owen montou outros tantos fósseis, descreveu-os e cunhou o termo Dinossauro, com que ora designamos os gigantescos répteis do Cretáceo. Owen parece ter sido o primeiro paleontologo a admitir a evolução das espécies, inclusive antes de Ch. Darwin, apesar disto manteve-se sempre hostil a teoria da Seleção natural chegando a afirmar que era tão tosca quanto o criacionismo bíblico.


Desde então a Paleontologia jamais cessou de ampliar-se, beneficiando-se ano após anos com novas descobertas. Enquanto escrevemos estas linhas dois bravos cientistas expõe suas vidas com o intuito de capturar ao menos um exemplar do 'extinto' Paleodictyon nodosum nas gélidas águas do Mar do Norte.


A principio os criacioburristas alegaram que os fosséis não passavam de falsificações, de moldes enterrados ou de pedras esculpidas; posteriormente - quando os fósseis apareceram em todos os lugares do planeta - sustentaram tratar-se de obras de arte fabricadas pelos povos antigos ou pelo vento... até que se viram forçados a admitir que eram o que são: restos de animais e vegetais extintos "pelo dilúvio"... ou seja por incúria de pai Noé...

Acontece que o processo de mineralização - ao menos em tal escala (global) - não se completa em meros cinco mil anos... fosseis há com mais de 66 milhões de anos dos quais ainda é possivel extrair matéria orgânica.




A fossilização por mineralização implica necessáriamente em milhões e milhões de anos, por isso que os fosseis em estádio inicial, com milhares ou com alguns milhões de anos são classificados como sub fosséis pelos paleontologos.

Afirmar que todos os fosseis do mundo tiveram sua origem num evento sucedido a menos de cinco mil anos, é acrescentar mais um iten a lista de erros grosseiros e de mentiras deslavadas sustentados pelos criacioburristas em nome daquele que disse: Não dareis falso testemunho... Um erro leva a outro, uma mentira conduz a outra na girandola criacionista, afinal, quem não tem respeito pelo mandamento divino haverá de respeitar a ciência?


Eu mesmo cheguei a ouvir dos lábios de pentecostais e de jeovistas devotos que todos os fósseis haviam sido fabricados pelo capeta com o intuíto de desacreditar a Bíblia e ludibriar os pobres seres humanos (especialmente os diplomados!!! deus parece não gostar dos diplomados)... Eis que a parlenga criacionista não recua diante de nada, até converter o Demônio numa espécie de Criador... A importância dos fosseis no que diz respeito a evolução biologica é que eles testificam a complexização da vida a partir de formas mais simples e primitivas. Quanto mais recuamos nas câmadas geologicas exploradas - e por consequência no tempo - vamos nos deparando com formas de vida mais simples até chegarmos ao domínio absoluto dos seres unicelulares cognominados cianoficeas ou bactérias... Quanto mais avançamos no tempo, tanto mais aperfeiçoadas se tornam as formas...


Do mesmo modo que ao deparar-me com os restos de uma refeição num aposento vazio, estou autorizado a concluir que alguém alimentou-se ali e a inferir o que foi consumido durante a refeição, os fósseis autorizam-nos a reconstituir a estrutura e a vida dos seres extintos já a milhões e milhões de anos. O palentólogo é uma espécie de detetive e os fósseis as pistas de que se serve para formular suas conclusões. O que é impossivel para um leigo inépto: como calcular a idade, o sexo ou o regime alimentar e as vezes até mesmo as enfermidades que acometeram um determinado ser a partir de seu esqueleto; as vezes é até fácil para um antropólogo ou paleontólogo. O arrivista é incapaz de considerar: o estado da calota craneana, a dentição, a bacia, o estado do fêmur, etc e ainda por cima de ridicularizar o pesquisador.


Por isso está escrito: "O idiota ama a tolice e detesta o conhecimento."



Podemos ainda acompanhar e comparar os vestigios de um determinado animal - como o cavalo ou o camelo por exemplo - através dos extratos geológicos e logo, do tempo; deduzindo as alterações porque passou no decorrer das idades... sua dieta alimentar, sua relação quanto as modificações sucedidas no meio, o fluxo populacional da espécie, etc


II- O desenvolvimento dos embriões




Bem antes de Lamarck, Darwin, Wallace e De Vries tentarem demonstrar a evolução dos seres vivos, no ano de 1828, o Dr Von Baer salientou como os organismos de um mesmo Filo apresentam diversas semelhanças nas etapas primitivas de sua formação. Por exemplo, o girino nas fases iniciais de seu desenvolvimento assemelha-se mais a um peixe do que a uma rã adulta, já os embriões dos vertebrados são tão semelhantes entre si nas fases iniciais QUE É IMPOSSIVEL DISTINGUI-LOS UNS DOS OUTROS SEM PRÉVIO CONHECIMENTO DE MORFOLOGIA EMBRIONÁRIA... "É EVIDENTE QUE AS SEMELHANÇAS MAIS ACENTUADAS NAS PRIMEIRAS FASES SUGEREM RELAÇÕES DE PROXIMIDADE/PARENTESCO ENTRE OS ORGANISMOS." C S Carter in "Cem anos de evolução" São paulo, Ibrasa, 1959, pg 19


III - Os orgãos vestigiais.



Orgãos vestigiais são vestigios de orgãos atrofiados pelo desuso que se encontram presentes nos corpos de alguns animais como a baleia e o homem, dentre outros. A baleia contem em seu corpo os ossiculos de suas desaparecidas patas traseiras, ossiculos de todo inuteis e sem qualquer função fisiológica, remanescentes do tempo em que ela ainda caminava sobre a terra. Já nós outros possuimos o apêndice que serve apenas para fazer-nos sofrer ou morrer de achaques apendicíticos... pois até o presente momento fisiologista algum conseguiu atinar para que raio servem os tais apêndices... "Acredita-se que não há nenhuma função para o apêndice cecal no homem. Alguns pássaros possuem na mesma localização uma bolsa ("bursa") que é responsável pela produção de linfócitos do tipo B, podendo-se supor que o apêndice seja um resquício de uma estrutura semelhante no homem." Wikipédia


O fato de que algumas bactérias uteis à flora intestinal nele habitem não modifica em nada esta situação, isto serve tão somente para demonstrar que num determinado momento tais bactérias colonizaram este orgão vestigial convertendo-o num elemento 'util', mas de forma alguma vital ou mesmo funcional. Houve pois um processo evolutivo de interação entre um membro inutil, as bactérias e o organismo humano. Os orgãos vetigiais são testemunhas mudas, porém eloquentes sobre as transformações porque os organismos tem passado no decorrer do processo evolutivo...


IV - Anatomia comparada.






É preciso ser perfeitamente idiota para deixar de perceber a enorme semelhança existente entre todos os vertebrados cujo eixo é constituido pela espinha ou notocorda. Outra similaridade que não podemos omitir e a disposição dos quatro membros dianteiros e traseiros ou seja superiores e inferiores, desde as nadadeiras do sarcopterygii até nossos braços e pés passando pelas quatro patas dos anfíbios e répteis. Há que mencionar ainda as asas das aves...


Tais as credênciais ou garantias inequivocas fornecidas pelos teóricos da evolução. São fatos e contra fatos não há argumentos... Diante deles somos forçados a admitir que - no que concerne ao corpo ou ao substrato físico - os seres humanos descendem, não de símios ou macacos como costumam insinuar os despudorados criacionistas, mas de antropóides, primatas (sendo a euarchonta o mais primitivo), pequenos mamíferos (o mais antigo parece ter sido o cinodonte), répteis (o primeiro foi o Hylonomus), anfíbios (dos quais o primeiro parece ter sido a ichthycostega), peixes (dos quais o mais próximo dos anfibios parece ter sido o Panderichthys) até chegarmos a primitiva pikaia; mãe de todos os notocordados, e dai aos vermes, cnidários, espongiários, coanócitos, bactérias e virus, que são nossos antepassados mais remotos, tendo feito sua primeira aparição a cerca de quatro bilhões de anos no assim chamado caldo ou sopa primordial.



Quem quizer conhecer mais de perto toda esta História fascinante, que é a nossa História:


http://http://pt.wikipedia.org/wiki/Anexo:Cronologia_da_evolu%C3%A7%C3%A3o_humana


Mais adiante tentaremos historiar como surgiram esses primeiros homens nossos antepassados e a quais critérios recorremos com o intuíto de distingui-los dos demais primatas seus primos.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

A IDADE DO UNIVERSO - O UNIFORMITARISMO.












Calculando a idade do universo a partir do Gênesis obtemos a cifra de no máximo 7500 anos, conforme a septuangita, e de 6000 anos conforme o texto massorético, tão apreciado pelos sectários. Roselly de Lorgues in "O Cristo perante o século."


Diante disto os 'crias', dispostos a reformar a geologia do mesmo modo como ousaram reformar o Cristianismo, afirmam cinica e aleivosamente que não há nenhuma forma verdadeiramente segura para mensurar a idade do universo...

Afinal para eles o sol e as estrelas são apenas dois dias literais de 24 horas, anteriores ao homem...


Resta-nos dizer e sem rodeios que a afirmação dos criacionistas sobre a mensurabilidade da terra e o modo de cálcula-la é desonesta, falsa, mentirosa, impudente e indigna daqueles que ostentam o nome de Jesus Cristo.





Era de se esperar que pessoas religiosas e que alegam servir a Jesus Cristo, repudiassem todo tipo de mentiras e admitissem todo tipo de verdade como procedente dos céus. É justamente o que não se dá com os nossos protestantes, haja visto o grande número de embustes empreendidos por eles lá na Turquia, junto ao monte Ararat... Ah se aquele monte falasse! Quantas sórdidas tramóias não nos iria contar! Quantas traves e tabuas falsificadas da Arca de Noé... Também puderá: O sangue de Jesus não nos lava de todo pecado? Seja Lutero verdadeiro e aquele que disse: 'A cada um segundo suas obras.' mentiroso...





Empenhados e sustentar por todos os meios (conforme a máxima maquiavélica) as teorias preconcebidas do biblicismo, da relevação linear e da inspiração plenária, nossos adversários não recuam diante de nada, lançando mão da duplicidade, da calúnia, da aleivosia e da mentira justamente em nome daquele que disse: Não darás falso testemunho... Assim oferecem um escandaloso contra testemunho e expõem nosso Mestre aos apupos de toda plebe, no fim das contas quem passa por desonesto é sempre Jesus Cristo. Afinal esse povo não vive com seu nome nos lábios?

Mas é a respeito deles que esta escrito: 'Eles teem meu nome nos lábios mas seu coração erra distante de mim e me honram apenas com palavras vãs.'





Assim eles mentem descaradamente, pois como dizia Voltaire: "Menti, menti, que algo há de ficar." e talvez por força de tanto mentir até creiam na veracidade de suas mentiras...

O mestre no entanto disse: A mentira procede do maligno. Embora por causa deles seu nome seja escarnecido entre as nações...





Durante aqueles séculos todos que precederam o advento da ciência moderna todos dos cristãos sábios e piedosos acreditaram na veracidade do mito segundo a qual o mundo não teria mais do que seis ou sete mil anos e que para sermos justos é muito superior a todas as narrativas congêneres.





Assim foi até aquela abençoada hora em que alguém ousou escrever estas palavras imortais: "NENHUM PODER DEVE SER ADMITIDO QUE NÃO SEJA NATURAL AO GLOBO, NENHUMA AÇÃO DEVE SER ADMITIDA A NÃO SER AQUELAS DAS QUAIS CONHECEMOS OS PRINCÍPIOS." James Hutton, in "Theory of the earth" (1785)





Com tais palavras Hutton não pretende negar uma ação constante de Deus, através de leis -traduzidas segundo a conhecida relação de causa e efeito - IDENTIFICADAS COM A PRÓPRIA NATUREZA, MAS APENAS E TÃO SOMENTE CAPRICHOSAS INTERVENÇÕES COM QUE DEUS ESTARIA QUEBRANDO OU APERFEIÇOANDO SUA AÇÃO ORDINÁRIA E UNIFORME.





Seja como for, elas assinalam uma nova era em que as explicações proporcionadas pela mitologia haveria de ceder passo as explicações sacadas a experiência. O tempo do fideismo, dos mitos, das fábulas e das lendas havia chegado ao fim...





Como veremos mais adiante as evidencias apontadas pelo insigne geólogo eram por assim dizer insofismáveis, mesmo assim, a força dos preconceitos ou dos 'ídolos da tribo' foi mais forte e impediu que fossem admitidas e aceitas nos meios acadêmicos, até que SMITH, CUVIER (este sempre revindicado pelos crias), Lamarck (o verdadeiro pai da teoria evolucionista nos termos contemporâneos) e finalmente Ch. Lyell (1797 a 1875) lançassem tais idolos ao chão.





De fato coube a este último - nos "Principles of geology", lançado em 1830 - o mérito de vulgarizar o 'uniformitarismo' (nome com que foi batizada a teoria de Hutton) Lyeel "Reuniu todas as evidências disponiveis a respeito da maneira e extensão em que a terra esta sendo ainda remodelada por forças como a água, os vulcões, e terremotos, bem como todos os fatos conhecidos acerca dos fósseis. Os cientistas foram impressionados pela primeira vez pelas possibilidades de efeitos cumulativos de processos naturais por muito tempo continuados. A LUZ DESSES FATOS O TERRENO FOI PREPARADO PARA LYELL TORNAR POPULAR A TEORIA DA UNIFORMIDADE QUE HUTTON APRESENTARA QUARENTA E CINCO ANOS ANTES.
LYELL É CONSIDERADO COMO PAI DA GEOLOGIA MODERNA." F L Marsh, iden, p 100











Evidentemente que Lyell da mesma forma que Cuvier e Darwin teve de se haver com as pragas e os anatemas que lhe foram dirigidos pelos amáveis leitores de Moisés. Cristo dissera aos seus que abençoassem os seus inimigos e que rogassem por seus adversários, os cristãos nominais todavia optaram por amaldiçoar e insultar a tantos quantos aceitavam as constatações apresentadas pela ciência como dignas de acatação e respeito... assim eles transformavam e transforma o Cristo numa apóstolo ou vigário de Moisés e semeiam a incredulidade, o ateismo e a revolta...



Passado século e meio ainda não somos ainda capazes de calcular a idade da terra com aquela absoluta precisão e certeza de um Usherius, que habilitou-se a indicar o dia e a hora exatos em que ela foi criada... É possível que os crias se ressintam disto, fazer o que?

Podemos sem embargo chegar a um calculo bastante próximo e satisfatório, a nivel de alguns bilhões de anos (bilhão a mais ou a menos) jamais porém a nivel de milhões ou de milhares, penso que seja já alguma coisa... jamais poderemos saber com certeza absoluta se a terra tem 4 bilhões e setecentos ou quatro bilhões e meio ou ainda quatro bilhões e novecentos anos, PODEMOS NO ENTANTO ESTAR CERTOS DE QUE NÃO TEM UM MILHÃO OU SEIS MIL ANOS...



Quanto as maneiras ou formas de se calculas a idade da terra existem várias, todas objetivas ou seja partindo da própria terra (deixemos a terra falar) e não da cabeça de qualquer sacerdote israelita pertencente ao oitavo século anterior a esta Era ou de um seu predecessor sumeriano do quarto milênio a C.



Pouco mais de cem anos após a morte de Lyell poderiamos acrescentar outras tantas evidências a favor de sua teoria, como os isótopos de carbono, as massas atômicas, etc e esmagar com mais peso ainda, e triturar impiedosamente as fábulas e as mentiras propaladas pela ralé criacionista, mas não o faremos...



Pois sabemos que discutir física ou química (ciências que sequer existiam quando o pentateuco foi redigido) com um criacionista que mal sabe soletrar sua JFA, seria o mesmo que discutir a teoria da relatividade ou a quântica com a douta catequista de Balaão...



Terçemos pois contra eles as armas velhas e quase enferrujadas com que Hutton e Lyell feriram a Hidra no coração e a fizeram prostrar por terra. Empreguemos apenas os velhos argumentos e evidencias empregados por eles e desde então confirmados e reconfirmados PELOS FATOS como admite o criacionista Marsh.



Pois o criacionismo não passa DUMA TEORIA PRÉ CONCEBIDA QUE TENDE A MINIMIZAR OS FATOS OU DUM ESQUEMA JÁ PREPARADO FACE AO QUAL SE PRETENDE ACOMODAR A REALIDADE. EM FILOSOFIA CLASSIFICA-LO-IA-MOS COMO UM APRIORISMO TOSCO E VULGAR...



Os criacionistas podem burilar os melhores 'argumentos' e belos discursos contra os fatos estabelecidos pela reflexão pautada na experiência comum. Sabemos no entanto que "CONTRA FATOS NÃO HÁ ARGUMENTOS" e que os fatos continuam ai para que a juventude possa conferi-los, averigua-los, texta-los, julga-los e alijar-se de tais fardos inuteis que jamais foram impostos pelo Cristo. Cristo jamais disputou com Darwin ou Lamarck pois sua esfera é muito superior a deles... e seu propósito também. (os protestantes não percebem como caem no ridículo ao apresentarem o "Salvador do mundo" como docente de astronomia ou física)



Eis os métodos mais antiquados com que podemos calcular relativamente bem a idade da terra:






I - O tempo implicado na formação dos Deltas nas fozes de certos rios como o Amazonas, o Nilo o Tigre e o Eufrates, segundo as câmadas de sedimentos regularmente depositadas neles, o que nos permite mensurar o ritmo de crescimento de cada um. (válido para o tempo em que os ditos rios já existiam) Isto vale também para as marés, enchentes e depósitos aluvionais.



"Os sedimentos podem registrar o ambiente de sedimentação onde se formaram E O TEMPO EM QUE SE FORMARAM." cf Eicher in 'Tempo geologico' São Paulo, Usp, 1969, 54 pp

"Se o ritmo do depósito puder ser determinado com exatidão, a espessura do estrato torna-se referência para a cronologia... NA SUÉCIA, O DESCOBRIDOR DESTE MÉTODO, GERR, juntamente com seus alunos, conseguiu calcular a espessura de depósitos com mais de 13.000 anos, as vazas mais recentes, datadas historicamente, fornecem o ponto de partida de uma escala geológica absoluta que remonta até o fim do último período glacial." História universal Meridiano I - Pré História pp 37

Com relação a Mesopotâmia ou melhor ao Shat el arab, tal processo formativo foi mensurado por J. Menant segundo podemos ler em G Contenau. Com relação ao Delta do Nilo possuimos o testemunho precioso de Drioton e Vandier, bem como o de P. Montet.









II - O acumulo de pólem vegetal em certas regiões do planeta (válido para o tempo em que já haviam vegetais gminospermas e angiospermas no planeta) ou pela quantidade de Exina concentrada em sua camada externa.


"A Dendrocronologia conta numa secção do tronco de uma determinada árvoreo número de anéis de crescimento, pois a árvore sempre aumenta um anel a cada ano. A espessura de caba anel diminui do centro para a periferia; esta variação é suficientemente regular para que se possa determinar uma espessura média em função da distância do centro... a escala absoluta dos estabelecimentos dos pueblos dos EUA foi determinada assim." História universal Meridiano I, pré História pp 38

E assim já se sabe que o Jhomon Sugi de Yakushima, com seus 7000 anos precede mais de mil anos a data proposta pela Massorá e por Usherius para o surgimento do universo. Tratar-se-ia pois de um vegetal anterior a criação...

Que dizer então daquele exemplar de Picea abis, recentemente descoberto na Suécia e cujas raizes orçam pelos 9.500 anos precedendo em mais de dois mil anos a cronologia bíblica...

Basta pois o testemunho de duas árvores para derrubar o testemunho dos sacerdotes, pois o testemunho destas árvores é o testemunho da Natureza, logo de Deus, enquanto o testemunho dos sacerdotes é testemunho de homem pois não concerne a Jesus Cristo sua graça e sua glória.




III - O tempo que os continentes tem levado para separar-se uns dos outros, partindo da velocidade com que estão se separando atualmente (dentro do esquema da Pangéia Wenegeriana)

"... assim foram obtidas taxas da assim chamada 'expansão do fundo do mar' que variam de 2 cm por ano no Atlântico Norte até 9 cm por ano no Pacífico Sul." id pp 111










IV - O tempo empregado pela ação do intemperismo sobre resultantes atuais como nossos planaltos e serras, a princípio cordilheiras tão altas quanto os Andes, Pirineus ou Himalaia e hoje completamente debastados.

"Calcula-se que cada centimetro do solo leve de 100 a 400 anos para formar-se - a partir de rocha matriz exposta ao entemperismo - e que tais solos levem de 3000 a 12.000 anos para se tornarem produtivos."

Portanto se tomarmos por base o termo médio de um centimetro para cada duzentos anos teremos cinco centimetros de solo para cada mil anos e cinquenta centrimetros ou meio metro de solo formado no decurso de 10.000 anos.

Conclusão: se a cronologia mais lata do genesis fosse verdadeira - Terra = oito mil anos de existência - não haveria mais de meio metro de solo ou terra em qualquer parte da terra!!!

Entretanto se ater-me ao quintal de minha casa apenas - que conta com mais de dois metros de solo - verifico que estou diante dum processo formativo que prolongou-se por mais de quarenta mil anos...

Por outro lado considerando-se que a formação de solos férteis e produtivos leva no mínimo tres mil anos, seriamos obrigados a admitir - partindo da cronologia hebraica - que o solo principiou a ser cultivado cerca de 1000 a C... quando sabemos que a revolução agricola ocorreu milhares de anos antes e que antes destes milhares de anos decorreram outros tantos milhares para que o solo a ser cultivado fosse formado!








V - O acumulo de Sal no leito do Oceanos, pois sabemos por experiência que tal acumulação ocorre regularmente.



Evidentemente que uns vão superando os outros em abrangência e amplitude, pois se os referidos rios e lagos contam com cinquenta ou cem mil anos, os Oceanos contam com bilhões segundo inferimos da concentração de sal em suas águas e do ritmo em que isto se dá.



"Verificou-se que a água do mar depositava iônio em excesso, isto é, em quantidade maior que a necessária para equilibrar o elemento original urânio; depois que outros sedimentos cobriam o iônio, este se desintegrava com uma meia vida de 84.000 anos (!!!). Determinações radiometricas efetuadas nos primeiros centimetros do soalho oceânico, revelaram que a radioatividade dinimui gradativamente com a profundidade. Sob condições ideais, isto poderia fornecer a velocidade da deposição de sendimentos, um dado do mais alto valor na interpretação da geologia de vastas áreas e na analise de elementos na crosta terrestre." in Patrick M. Hurley - 'Qual a idade da terra', São Paulo, USP, 1963 pp 101


VI - No entanto o critério que possibilita aos cientistas calcularem com plena exatidão a idade de nosso planeta, esta relacionado com a radioatividade.

"Em seu livro "Radioatividade em geologia" John Joly abriu caminho para uma nova compreenssão do calor terrestre e do efeito da radioatividade sobre o tempp de resfriamento da terra...

Outra descoberta de grande importância foi a de que o hélio, encontrado primeiro no sol e depois na terra, era um produto da desintegração do urânio e do tório. Isto forneceu aos cientistas do começo deste século mais um recurso para suas primeiras tentativas de medir a idade da terra por processos de radioatividade...

Os estudos sobre as proporções chumbo urânio e chumbo tório em minerais radioativos de várias idades alcançaram seu climax em 1931 com a publicação de 'A idade da terra' por Knopf, Schubert, Kovarik, Holmes e Brown...

Esta linha de investigações propiciou duas descobertas importantes: uma progressão bem regular de idades, em várias partes da terra, começando a cerca de dois bilhões de anos e a concordância desta progressão com a versão geológica da sucessão dos fatos."
Hurley, id pp 101


Conclusão: O fluxo dos rios e das marés, o ciclo biológico da flora, o ritmo de afastamento dos continentes, o processo orológico de formação das montanhas, o regime de deposição de sedimentos no fundo dos oceanos e mares e a sobretudo a radiotividade, enfim a terra em cada um de seus elementos ou partes constituitivas opoem-se decidamente a cronologia vetero testamentária. O livro afirma que a terra tem no máximo oito mil anos, a biologia, a física, a química, a astronomia, e a geologia entretanto depõe unanimemente contra ele, asseverando que nosso planeta é imensamente mais velho do que supunham ou imaginavam os antigos hebreus.



Do contrário como a luz de estrelas situadas a 8,6 ou a 42 anos luz, DE DISTÂNCIA DO NOSSO PLANETA PODERIA TER CHEGADO ATÉ ELE CASO ELAS FOSSEM MAIS NOVAS E NÃO CONTASSEM COM BEM MAIS DE SEIS MIL ANOS?




Todos elementos, atomos, poléns, areias, oceanos, fósseis e até seres vivos clamam contra a aberração fetichista do gênesis, mas a 'fé' ou melhor o fideismo protestante permenece cego diante de todos os clamores e evidências, batendo o pé e gritando "Magister dixit". BOM SERIA QUE TAL MESTRE FOSSE JESUS CRISTO, MAS NÃO É PORQUE JESUS JAMAIS POSOU DE CIENTISTA CONSAGRANDO TODA SUA VIDA AO REINO DOS CÉUS, ESPIRITUAL, INVISIVEL E CUJO FUNDAMENTO É A GRAÇA E NÃO A FÍSICA, A GEOLOGIA OU A BIOLOGIA COM AS QUAIS NOSSO MESTRE AMADO JAMAIS CONTENDOU!!!


Por isso digo que é impossivel debater com um criacionista, pois a VONTADE humana é irrefutável.


Os melhores argumentos e as evidências mais poderosas são e serão sempre impotentes para convencer aqueles que não amam a verdade, que não desejam ser convencidos e que jamais admitem a simples possibilidade de estar equivocados.

Aquele que aceita dialogar com um 'cria' desce de seu nivel ou seja, degrada-se, perde seu precioso tempo e se aborrece. Aqui convem imitar a Deus, que se ri dos tolos...

Nossa tarefa deve ser imunizar ou seja vacinar a juventude de modo a que não seja contaminada por essa praga e venha a sucumbir.

O criacionismo sob todas as suas formas deve ser pura e simplesmente denunciado e condenado do mesmo modo que a crença em monstros, fadas, duendes, OVNIS ou a existência do coelhinho da páscoa, do Papai Noel, do Super mouse... Não deve ser doutrinalmente tolerado mas estigmatizado e varrido da boa sociedade como uma erva daninha ideologica, uma praga, uma toxina das mais danosas ao pensamento humano.

FLUOR E CARBONO 14 > UM APÊNDICE

Atendendo aos rogos de um de meus ex alunos, sempre disposto a sustentar a verdade dos fatos face a Hidra da superstição, resolvi - contra minha determinação inicial - acrescentar algumas poucas palavras sobre o Fluor e o Carbono 14, esperando que sejam uteis a tantos quantos em Jesus Cristo amam a verdade e aborrecem o erro.

Em 1948, o inglês P. Kenneth Oakley, pode determinar a idade relativa de diversos ossos de um mesmo depósito, com base em seu conteúdo de fluor. Esta substância, presente nas águas do terreno, tem a propriedade de se substituir ao fosfato de cálcio cristalino, que constitui o principal componente dos ossos.

Quando uma planta ou animal morre, o C 14 que ele contem começa a desintegrar-se convertendo-se em C 12 ou em simples Carbono normal, isento de radiação. Esta alteração segue sempre um ritmo regular... Medindo-se pois a radioatividade existente em um determinado fragmento de origem orgânica, é possivel calcular o número de anos ou o tempo decorrido desde sua morte.

Naturalmente que este processo é inadequado para descobrirmos a Idade absoluta da terra, serve no entanto para apontar-nos com precisão o tempo em que surgiu a vida e para demolir a cronologia bíblica segundo a qual o universo não teria mais do que alguns milhões de anos. Uma vez que a concentração de Fluor ou Carbono presente num determinado vestigio aponta-nos um processo de milhões e milhões de anos como poderia a terra ter menos de oito mil anos??? Estaria equivocada a natureza ou disposta a nos enganar? Ela que foi produzida por Deus e cujas leis são expressões de sua vontade...

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

CONCORDISMO - UMA EMENDA PIOR QUE O SONETO.


















Como já tivemos ocasião de dizer a narrativa mosaica sobre a origem do universo tem martelado a consciência cristã já há 1.600 anos, a ponto de Agostinho e alguns outros padres da igreja terem ventilado a possibilidade de que o termo 'yon' não compreenda um período vago de tempo e não um dia de vinte quatro horas.



Trata-se porém duma interpretação forçada já porque o redator menciona uma manhã e uma tarde, já porque os setenta verteram o termo 'yon' por 'hmera' que significa literalmente dia, dia de vinte e quatro horas, com uma tarde e manhã...

"Se no lugar de dia devemor ler época, porque empregar as palavras 'tarde' e 'manhã' de tal dia e não começo e fim de tal era? Se os seis dias da criação correspondem a épocas de duração indefinida, porque limita-las somente a seis? Afinal porque não poderiam ser sete, dez, doze ou outro número qualquer?... foi nesse período de vinte e quatro horas ou dia literal pertinente a criação do universo que Moisés fez assentar o repouso sabático de vinte e quatro horas... evidenciando que sua comprenssão a respeito era literal e não alegórica." Shalders, idem pp 14



Apesar de sua inconsistência, a interpretação ou melhor 'alegorização' do primeiro capítulo de genesis, serve como uma espécie de marco para assinalar certo estado de desconforto sentido pela consciência cristã, diante da 'letra que mata', estabelecendo um falso conflito entre a fé, a percepção, a razão e a ciência, conflito que segundo Aquino não pode existir pelo simples fato de que o mesmo autor da divina Revelação é o autor da percepção e do raciocínio, que são por assim dizer emanações suas.





Durante a alta Idade média, tal 'estado de tensão' praticamente desapareceu em decorrência das invasões bárbaras e da mentalidade fetichista predominante nesta horda de povos recém saidos da 'floresta primeva'. Todavia o redescobrimento dos clássicos e a retomada do pensamento filosófico, fizeram com que reaparecesse na baixa idade média já com Abelardo, já com Siger, já com Nicolau de Cusa, já com Ockan...



Desde então, especialmente após a redescoberta dos princípios científicos por Galileu, Bacon e Descartes, tal 'estado de tensão' tem aumentado dia após dia a ponto de cavar um abismo intransponivel entre o fideismo de um lado e o cetiscismo de outro.





Diversas teorias concordistas foram propostas, mas nenhuma delas logrou a fama de sobreviver a seu 'inventor' e assim cairam uma após a outra como Safira aos pés de Ananias, inclusive a do sr Scofield sob os golpes cerrados de uma crítica imbativel desferidos pelo Dr Shalders...



Antes de lançar as últimas pas de terra sobre o concordismo cumpre reconhecer o que há de positivo nele, a saber, a já citada tése da 'verdade una' segundo a qual não pode haver contradição entre a fé e a ciência, entre a revelação e a razão, entre natureza e sobrenatureza porquanto ambas procedem do mesmo Deus e foram por ele concebidas e trazidas a existência.



Por outro lado o concordismo possui um patrimônio em comum com todas as seitas de fundamentalistas: sua incapacidade para perceber o designio específico das escrituras, que é o conhecimento de Deus, de seu Reino, de sua graça e de sua glória e não o conhecimento do mundo físico, perfeitamente acessivel a nossa condição de seres racionais. Para tantos quantos aceitam simultaneamente a validade dos dados oferecidos pela fé e pela ciência e ignorando a distinção entre as áreas ou campos de uma e outra O CONCORDISMO CORRESPONDE A UMA NECESSIDADE EPISTEMOLOGICA... E A UMA TENTATIVA HERÓICA DE SE SALVAGUARDAR OS DIREITOS DA RAZÃO.



Nós certamente partilhamos com os concordistas a teoria da 'verdade una' mas de forma alguma admitimos quehaja confusão entre as áreas da religião e da ciência que encaramos como absolutamente distintas a autonômas. Donde recebemos e honorificamos a escritura como um documento eminentemente espiritual e salvífico e a ciência como um instrumento precioso para o conhecimento deste universo material no qual estamos provisoriamente inseridos.



Embora o concordismo decididamente repudie as seguidas intervenções da divindade no prazo de seis dias literais de vinte e quatro horas, apenas alguns dentre seus paladinos admitem seis intervenções divinas sucessivas após cinco longos períodos de tempo, que atingem milhões de milhões de anos. Era de se esperar que admitissem a ordem das coisas tal e qual foi proposta pelo redator do livro, na verdade porém, tal ordem raramente é admitida ou levada a sério (já vimos o exemplo do Dr Scofield). Como já haviamos assinalado grande parte dos concordistas, inconscientemente talvez, nega a validade do hexameron ou pretende disfarçar sua negação. Eis porque o concordismo não é um fideismo coerente, consequente e seguro, enquanto sente-se incomodado pela ciência e lhe faz concessões mais ou menos generosas.





Um exame histórico do concordismo patenteia claramente a tendência de seus advogados a reduzir gradativamente o número de intervenções divinas a duas ou três se possivel, até diluir-se por completo num Cristianismo amadurecido e liberto das peias judaizantes... A ordem das coisas também tende a assimilar cada vez mais a ordem científica e a lançar as urtigas a ordem mitologica: Terra - firmamento - plantas - sol... O próprio Scofield num momento de lucidez e honestidade alega que no Hexameron deus fala como um Pai a um filhinho de tenra idade, a qual atualmente precisa ser interpretada por exegetas respeitáveis como ele (Shalders 23)ou seja disfarçada, pois o homem já não pode sofrer tais discursos e afirmações, mormente em sua acepção literal ou seja justamente quanto a acepção em que eram considerados pelos antigos hebreus seus redatores.



Se em Bonnet e Linneu temos dois exemplos de criacionistas ingênuos ( e jamais poderemos saber o quanto esta teoria grotesca tolheu a originalidade de ambos ) Cuvier - estudando os fósseis - teve de admitir uma fato considerado pueril por nossos estudantes do terceiro milênio: a extinção de diversas espécies de animais e vegetais, provocada por algumas catastrofes naturais cujas dimenssões haviam sido devastadoras e posto em risco a continuidade da vida na terra.
Foi o quanto bastou para que fosse acoimado de ímpio pelos ministros religiosos daquela geração, embora fosse homem religioso e temente a Deus... Afinal nas entrelinhas estava chamando Noé de incompetente, conforme não enfiara todos os tipos de animais em sua arca descomunal, permitindo que as trilobitas e os dinossauros, por exemplo, desaparecessem.



Aos criacionistas de hoje cabe mostrar-nos algum escorpião gigante vivo ou dar nome aos bois: informando quem se deu ao trabalho de enterrar tantos milhões e milhões de fósseis em tudo que é parte do planeta...



No fim da vida Cuvier admitiu que Deus provavelmente recriava as espécies extintas após cada conflagração...

Esta teoria - nada lizongeira para com a infinita sabedoria - foi adotada posteriormente pelo biólogo Agassiz:



"DO SEU ESTUDO DE ESTRATOS FOSSILÍFEROS, AGASSIZ DEDUZIU QUE GRANDE NÚMERO DE ESPÉCIES DE ANIMAIS SE EXTINGUIRA DEPOIS DO COMEÇO DA VIDA NA TERRA. PENSOU QUE A ÚNICA EXPLICAÇÃO POSSIVEL DESSAS CAMADAS ERA SUPOR QUE PEQUENOS PERÍODOS CASTASTRÓFICOS DE FORMAÇÃO DE MONTANHAS TIVESSEM SEGUIDO LONGOS SÉCULOS DE TRANQUILIDADE.



ESSAS CATÁSTROFES TINHAM OCORRIDO POSSIVELMENTE CEM VEZES, DESTRUINDO COMPLETAMENTE TODAS AS PLANTAS E ANIMAIS NUMA VASTA ÁREA.



ENTÃO, DEPOIS QUE AS FORÇAS NATURAIS SE ACALMARAM NOVAMENTE, APÓS CADA CRISE, O CRIADOR TERIA CRIADO NOVA FAUNA E NOVA FLORA NAS ÁREAS DESOLADAS.



ASSIM, AGASSIZ ENSINOU A CRIAÇÃO EM ATOS MAIS SEPARADOS E EM MAIOR ESCALA, DO QUE QUALQUER OUTRO HOMEM. ELE ESTAVA CONVICTO DE QUE O CRIADOR APERFEIÇOOU E REMODELOU AS CRIAÇÕES SUCESSIVAS DE MANEIRA QUE AS FORMAS MAIS COMPLEXAS SUCEDERAM AS MAIS SIMPLES...



O FATO É QUE AGASSIZ, QUE É FREQUENTEMENTE CITADO HOJE EM DIA COMO CRIACIONISTA E CRENTE NO GENESIS EM OPOSIÇÃO AO EVOLUCIONISMO, FOI AQUELE QUE, PREMEDITADA OU IMPENSADAMENTE, FEZ TALVEZ, MAIS DO QUE QUALQUER OUTRO PARA MINAR A VERDADE DE CADA ASSERÇÃO DO GÊNESIS."



Eis o que diz o criacionista F. L Marsh (in "Estudos sobre Criacionismo" Santo André, CPB, p 32 sg) sobre aquele que mereceu ser qualificado como o primeiro - e o último - grande concordista: Agassiz.



É perceptivel que o concordismo não passou duma solução provisória tendo em vista conciliar os fatos recém descobertos com os escrupulos provenientes da superstição medieval e judaizante.



A seu tempo o concordismo foi util para aproximar as pessoas mais religiosas dos fatos cientificamente comprovados e para predispo-las a uma religiosidade mais sã e menos fetichista.



Hoje porém tal modelo de pensamento foi amplamente superado e já não tem mais razão de ser. Doravante estamos autorizados a desafiar os remanescentes do concordismo: ou a letra do gênesis ou a ciência, ou as fábulas judaicas ou o pensamento firme, ou inspiração linear ou o raciocinio pautado na percepção da realidade...



Sei por experiência que o concordismo ainda vive e floresce entre os protestantes mais esclarecidos e mesmo em alguns setores das igrejas ortodoxa e romana. Conforme alguns ainda creem que Deus criou imediatamente a VIDA e o CORPO HUMANO admitindo duas intervenções após o surgimento do universo ou até algumas outras.







E isto não passa dum tributo pago ao criacionismo ou a mentalidade primitiva...





Por isto procurarei apontar todos os pontos fracos do concordismo, com o intuito de abala-lo pondo seus defeitos todos a luz.







Para que seus adeptos sejam obrigados, ou a voltar ao vómito (a letra do genesis) como uma porca lavada, ou a cultivar uma religiosidade tanto mais espiritualizada lúcida e vigorosa; ao abrigo dos ataques e dos motejos lançados pela incredulidade. Pois se é certo que não devemos temer as zombarias dos incrédulos, é igualmente certo que não devemos fornecer justificativas a tais zombarias, enquanto constituem um excelente meio para alijar as consciências da religião, para indispo-las com relação a verdade e para lança-las contra a graça e a glória do Verbo da vida.



O Cristianismo já não pode mais carregar este fardo pesado e inutil de quinquilharias judaicas sobre suas costas e andar arcado como aquela pobre mulher que foi curada pelo Senhor. Não deve andar arcado sob o jugo das crendices hebraicas e frioleiras medievais expondo sua dignidade a virulência dos indiferentes... Aquilo que os fariseus da reforma depositaram sob seus ombros já esta na hora de se retirar e delançar ao fogo para que Cristo reine no coração de todos os homens: dos simples e dos eruditos e a todos refaça em sua imagem e semelhança...




Num primeiro momento cumpre apelar a evidência de que o desenvolvimento do concordismo implicou em transformar o hexameron do genesis numa espécie de trimeron: universo, vida e homem... alterando a ordem do livro, reduzindo as intervenções pela metade e separando-as por períodos de milhões ou bilhões de anos, admitindo que durante tais períodos houveram transformações de cárater positivo, primeiramente na terra, preparando-a para a vida e depois nos organismos vivos preparando-os para o desenvolvimento do intelecto ou do homem.


Muito me estranha que os concordistas não tenham percebido que suas teorias estão em franca oposição a letra de gênesis: quanto a ordem o número e o tempo.

Pois no gênesis a começar pela terra, temos seis intervenções em seis dias, enquanto que os concordistas; partindo do universo, admitem cinco, quatro ou três intervenções - como poderiam admitir dez, doze, ou quinze - no decorrer de bilhões de anos... a incongruência salta a vista.

É pilhar o concordismo pagando tributo a evolução, após te-lo pago ao criacionismo e tentar conciliar o inconciliavel: o mágico com o o racional.

A Agassiz perguntaria porque Deus teve de recriar os seres, ou seja refazer diversas vezes sua obra, reinicia-la, recomeça-la novamente se como autor da lei natural poderia ter impedido todas as catastrofes?
Afirmar Deus simultaneamente como autor da catastrofes sucessivas e das sucessivas destruições e apresenta-lo como o Brama hindu, criador e destruidor...
Pois se queria conservar por que permitiu as sucessivas destruições? Por outro lado se queria destruir porque recriou sucessivamente? Afinal de contas o que queria: destruir ou conservar? Acaso estava Deus indeciso? Acaso poderia ter mudado de opinião?

Se o todo poderoso foi capaz de tirar dinossauros e elefantes de sua cartola porque não foi capaz de evitar os terremotos e maremotos?

Porque quiz reiniciar sua obra centenas de vezes se poderia te-la criado perfeita num passe de mágica, quero dizer num segundo? Para que seis dias ou cem periodos?

Porque Deus precisaria ter criado seres imperfeitos antes dos perfeitos?

Será que estava aprendendo a criar?


POR OUTRO LADO, SE ADMITIRMOS QUE O UNIVERSO E A VIDA EVOLUIRAM DENTRO DE CADA PERÍODO, ENTRE AS SUPOSTAS INTERVENÇÕES IMEDIATAS, ENTÃO PODEMOS PERGUNTAR COM TODA RAZÃO:

PORQUE DEUS PRECISARIA INTERVIR CEM, DEZ, CINCO OU TRÊS VEZES NO UNIVERSO?

SE ESTABELECEU LEIS DE CAUSA E EFEITO CAPAZES DE PRESIDIR A EVOLUÇÃO DO UNIVERSO EM CADA PERÍODO, PORQUE NÃO SUBMETEU TODO PROCESSO, A PARTIR DE SEU IMPULSO INICIAL A ESSAS MESMAS LEIS, EVITANDO INTERVENÇÕES POR ASSIM DIZER DESNECESSÁRIAS E CAPRICHOSAS?

OU NÃO SERIA POSSIVEL AQUELE QUE É IMENSAMENTE PERFEITO, SÁBIO E PODEROSO ESTABELECER UMA LEI GERAL OU PARADIGMA QUE DIRIGISSE O PROCESSO DO COMEÇO AO FIM: DO SURGIMENTO DA SUBSTÂNCIA MATERIAL (BIG BANG) ATÉ A CONSUMAÇÃO DO CALOR PELA ENTROPIA?

Qual relojoeiro demonstraria maior competência: o que fizesse um relógio com o propósito de conserta-lo ou se limpa-lo de dez em dez anos num total de setes ou três vezes, ou o que fizesse um relógio que não quebrasse no decorrer de setenta anos e que fosse auto limpante e auto regulável? Que marca de carro demonstraria maior perfeição: a que no prazo de dez anos não precisou ser levada a oficina uma única vez ou a que já foi levada sete ou três vezes?

Certamente nosso universo é o melhor dos relógios e Deus o supremo relojoeiro...

O qual tendo detonado a grande explosão e criado a substância material submeteu-a a leis próprias, tendo em vista sua evolução até o ponto de produzir um mecanismo orgânico capaz de servir ao espírito para expressar sentimentos e raciocínios em máximo gráu de complexidade. Assim, guiados por uma lei sábia atomos formaram, moléculas, moléculas formaram compostos orgânicos de glicose e gordura, compostos formaram células e as células agregando-se produziram tecidos vivos cada vez mais complexos ou seja animais pluri ou multi celulares dos quais nós seres humanos somos os representantes mais desenvolvidos; tal o propósito divino, efetuado tanto mais pela sabedoria do que pela força ou melhor pela força a serviço da sabedoria sob a forma de leis...

Ao invés de expor-se a manifestações vulgares de poder, Deus quiz revelar sua sabedoria infinita através das leis que regem o universo, a vida, o homem e a sociedade. São estas leis sapiíssimas que prestam o testemunho mais eloquente e honroso quanto a sua existência.

Pois sabemos que não pode haver constância, e estabilidade, e progressão evolutiva caso não haja uma mente que lha conceba e uma força que a execute.

Assim se a criação mágica dá testemunho dum poder caprichoso, que até parece desordenado e cego, o esquema evolutivo nos aponta para uma mente infinitamente rica e brilhante.

Conforme é muito mais digno do Supremo Ser atuar por mediação de causas secundárias e por cadeia sucessiva de efeitos do que atuar imediata e diretamente...
"A evolução em nada amesquinha a Deus, ao contrário da-lhe magestade; tanto será o homem obra de Deus através de milhões e milhões de anos, como sendo obra instantanea de um segundo." Shalders, p 29
É pois o Gênesis que esta em jogo e não Deus, os registros hebraicos e não a religião, as fábulas e crendices e não o Cristo, a boa nova, o mundo futuro, a graça e a glória; trata-se justamente de dar combate a algo que foi somado, acrescentado ou adicionado a instituição Cristã, mais por ignorância do que por irreverência; e não de dar combate a algo legitimamente cristão, mutilando a divina revelação.
Eliminado o criacionismo, permanece incólume e inatinguivel a mensagem divina e sagrada do Cristianismo da qual o criacionismo jamais fez ou fará parte em que pese o esforço dos ímpios e sacrílegos.