Hiper agia ai partenos Maria, akrantos Mitéra tou Khristos Theos - soson imas!
Batul Lala Marian Wallidat al illah - ʕawnu ni!

Nossos pais e avós foram protestantes, nossos tetravos papistas, as gerações do passado remoto no entanto foram Católicas, apostólicas e ortodoxas, e nós, consagrando todas as forças do intelecto ao estudo da coisas santas e divinas desde a mais tenra idade, reencontramos e resgatamos a fé verdadeira, pura, santa e imaculada dos apóstolos, mártires e padres aos quais foi confiada a palavra divina. E tendo resgatado as raízes históricas de nossa preciosa e vivificante fé não repousaremos por um instante até comunica-la aos que forem dignos, segundo o preceito do Senhor. Esta é a senda da luz e da justiça, lei do amor, da compaixão, da misericórdia e da paz entregue uma única vez aos santos e heróis dos tempos antigos.

João I

João I
O Verbo se fez carne




Hei amigo

Se vc é protestante ou carismático certamente não conhece o canto Ortodoxo entoado pelos Cristãos desde os tempos das catacumbas. Clique abaixo e ouça:

Mantido pelo profo Domingos Pardal Braz:

de pentecostal a ORTODOXO.

Jesus aos apóstolos:

"QUEM VOS OUVE É A MIM QUE OUVE E QUEM VOS REJEITA É A MIM QUE REJEITA."


A CRUZ É UM ESCÂNDALO PARA OS QUE SE PERDEM. MAS PARA OS SANTOS PODER E GLÓRIA DE DEUS.

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terça-feira, 30 de agosto de 2016

LIVRO PRIMEIRO > Capítulo I - Sessão 10: Divisões a respeito da doutrina da Predestinação / Sub capitulo P) Nos domínios do biblismo # Concórdia pelo braço secular, não pela Bíblia


No mesmo ano em que 'derradeiro discípulo de Lutero' escrevia esta relação, congregaram-se os luteranos moderados sob a direção de Andraeas, Chemnitz, Selnekker, Chytraeus, etc e promulgaram a fórmula da Concórdia na qual o flacianismo foi aparentemente condenado...

"Mesmo após a queda, sustentamos, que resta uma distinção entre a substância do homem, sua natureza, sua essência, seu corpo, sua alma e o pecado original; assim sendo cremos que a natureza seja uma coisa e que o pecado original, que é inerente a ela e que a corrompe seja outra." Iten I

Dizemos aparentemente porque tudo ficou reduzido a uma questão de palavras.

O simples fato dos doutores semi filipistas terem desaconselhado o emprego das expressões 'acidente' e 'substância' danos a entender que eles esqueceram-se por completo de que as palavras Trindade, comunicação de bens, natureza divina, natureza humana, comunhão de bens, pessoa, etc são igualmente ignoradas pelos registros sagrados e que sem embargo disto os santíssimos padres e doutores congregados nos quatro grande concílios da Igreja a elas recorreram e delas serviram-se com o intuito de vindicar a fé pura e condenar os devaneios judaizantes de Ario e Macedônio, dos sucessores de Mar Nestor e Eutiques. 

Em verdade, ao menos quanto ao tema da vontade livre, a 'Solida declaratio', só pode ser compreendida como um triunfo de Lutero e como uma condenação ao filipismo, cuja raiz encontra-se evidentemente em Erasmo, nos padres gregos (A exemplo de Irineu) e mesmo na tradição papista sancionada em Trento.

"Concernente a este tema - da livre vontade - nossa doutrina, fé e confissão é que, no que tange as coisas espirituais e divinas a razão humana sendo totalmente cega nada compreende." in I, 01

E mais além:

"É o Espírito Santo que efetua a conversão do homem e não há nisto qualquer elemento humano... Deus, por meio de seu Espírito Santo é que atrai os corações daqueles que deseja converter e salvar... Somos convertidos pelo poder e graça do Espírito Santo, aqui nada há de humano ou natural."

Eis porque nas 'condenações' a fé de Regius, Zell, Odiandro, Melanchton, Swenckfeld, Arminius e Wesley; recebe o seguinte tratamento:

"Assim condenamos tantos quantos ensinam ser o livre arbitro regenerado por Deus antes da obra da conversão de modo a tornar-se responsável por parte dela..."

O que se era de prever ou esperar dos redatores de semelhante fórmula é que numa linha de coerência, reproduzissem as lições de Wicleff, Lutero e Calvino a respeito do 'decreto horrendo' por meio do qual a maior parte do gênero humano, sendo tido em conta de ímpia, era condenada ou melhor abandonada ao pecado e em seguida aos tormentos antes mesmo de vir a existir i é desde toda a eternidade.

É exatamente aqui que a teologia luterana subsequente mostra-se perfeitamente farisaica, sinuosa e dissimulada, face a rude franqueza de um Lutero, de um Calvino e de um Flacius...

Andraeas e seus pares todavia, sendo cônscios de que a ideia Cristã de Deus como Pai generoso, é incompatível com a ideia da rejeição positiva, optaram  por ocultar a outra face da moeda e por apresentar uma apenas... 

Ora isto nem Lutero nem Melanchton haviam feito, este porque sempre reconheceu a capacidade do livre arbitro regenerado em termos arminianos e aquele porque jamais deixou de admitir e de afirmar a predestinação dos ímpios para o mal, o pecado e a condenação...

Afinal como poderiam os eleitos ser passivamente convertidos por Deus, sem que os não eleitos fossem ativamente excluídos e abandonados por ele? 

Como poderia o homem resistir a graça por um lado sem colaborar com ela por outro?? Como poderia ser o único responsável por sua perdição sem ser co responsável por sua salvação??? Aqui a suprema miséria do luteranismo ortodoxo...


Assim a partir de Gehard o prato pendeu novamente para Melanchton e os arminianos, sem que no entanto chegassem os luteranos a qualquer acordo... O ponto a que se chegou de fato, após dois séculos de debates e lutas tão encarniçados quanto inúteis foi a incredulidade e a apostasia... De que ora beneficia-se o islã naquelas paragens.

Isto é tão certo que num dos subsequentes prefácios da 'Fórmula' - em desafio a Gehard e os seus - Melanchton, Regius, Pomeranus e Brentius são citados como teólogos suspeitos de heresia por se terem afastado nalgum ponto da confissão de Augsburgo... Embora seus livros contivessem coisas boas e edificantes...

E no entanto eles haviam sido os mais próximos de Lutero, seus convivas e gente de sua inteira confiança.

É curioso que Andraeas e seus pares tenham se atrevido a levantar suspeitas sobre a ortodoxia de Melanchton - de quem eram discípulos, amigos ou protegidos !!! - ou insinuado que ele não soubera compreender ou interpretar a Confissão que ele mesmo elaborara e entregara a Carlos V. 

Sim, pois na confissão elaborada pelos teólogos em 1577 pretendiam eles conhecer e compreender melhor do que Filipe, o formulário composto e escrito por ele em nome de seus irmãos... 

Aqui o mesmo veneno instilado por aqueles segundo os quais Engels não tería compreendido bem o pensamento de Marx e sim Lênin, o russo que jamais conviveu com ele...


Eis porque, abstraidas as palavras, o teor da Solida declaratio é sutil ou capiciosamente flaciano...

No entanto se Pomeranus, Brentius, Jonas e Cruciger não foram capazes de compreender o pensamento do reformador saxão...

Por outro lado se Pomeranus, Brentius, Jonas e Cruciger mentiram e falsearam deliberadamente a doutrina de Lutero que tipo de moralidade podemos encontrar no berço da dita reforma????????

LIVRO PRIMEIRO > Capítulo I - Sessão 10: Divisões a respeito da doutrina da Predestinação / Sub capitulo P) Nos domínios do biblismo #

A propósito correu-nos a afamada obra que Karl Rahner escreveu sobre a graça. Obra em que a partir dos escritos de Irineu constatou que todos os padres gregos afirmam a direção da GRAÇA INCRIADA ou seja da posse de Deus, para a GRAÇA CRIADA ou produzida, isto é a correção da natureza fragilizada. Admitindo inclusive que Agostinho foi responsável pela subsequente inversão da teologia latina. Inversão que muitos como o douto Altaner chegam a encarar como um avanço i é a atribuição da culpa de Adão aos demais seres humanos bem como a suspensão da livre vontade.

Jerônimo todavia, dentre tantos outros padres latinos (como Ambrósio) permaneceu - ao menos em parte - fiel ao padrão antigo, podendo ser vantajosamente cotejado pelo mesmo Erasmo. Haja visto que em seu alentado volume contra os Pelagianos sequer menciona qualquer tipo de graça preveniente de caráter interno análoga a iluminação dos platônicos. 

Lutero no entanto, entre impropérios, maldições e ameaças - face aos quais o bom Erasmo quase morria de tanto rir - alega ter a seu lado 'o mais excelente de todos os padres antigos', Agostinho. Certamente aquele que melhor assimilou o pensamento do Apóstolo Paulo (!!!)... 

Quanto a Jerônimo pouco faltou a Lutero para descreve-lo como verdadeiro ateu, acrescentando alias que duvidava seriamente quanto a salvação da alma do infeliz monge poliglota...

Respondeu-lhe Erasmo de modo irretorquível observando que Agostinho por pouco ou nada saber em termos de grego e fundamentar seus trabalhos exegéticos em traduções falíveis, de modo algum podia ter compreendido melhor o sentido do pensamento do apóstolo do que os padres que dominavam a lingua grega em que ele escrevia. Supor e suster o contrário era manifestamente ridículo.

O próprio S Teodoro de Mopsuestes, a seu tempo príncipe da exegese Cristã, na já citada memória sobre o predestinacionismo fazia observar quão inábeis e fora de propósito eram os comentários do Bispo de Hipona, o que por sinal é admitido por S Fócio. Isto pela mesma razão apontada por Erasmo, Agostinho era leigo ou melhor ignorante em matéria de lingua grega.

Nós mesmos já apresentamos o testemunho do Pe Amman um de seus melhores biógrafos bem como as reflexões do Pe Mayendorff a respeito disto. Mais felizes eram seus críticos, os monges semi pelagianos de Marselha (Colônia focense do século VII a C) que ainda ao tempo de Sidônio Apolinário possuíam um 'lector graecus' e que por isso não dava trégua aos agostinianos. 

Grosso modo foi o desconhecimento da lingua grega, após as invasões bárbaras, que precipitou a igreja ocidental nos tristes erros do gracismo e do infernismo. Já no caso da reforma protestante temos que foram mantidos por pura ma fé e que uma verdadeira reforma impulsionada pelo poder divino começaria por restabelecer as nobres verdades do semi pelagianismo e do origenismo (universalismo) por isso quem o protestantismo de modo algum é melhor ou superior a igreja papa como quer apresentar.

Pois contanto com homens hábeis na lingua grega permaneceu atrelado as velhas doutrinas legadas pelo obscurantismo ancestral.

Agora, tornando ao tema da liberdade e a Lutero, Erasmo 'não largava mais osso' e assim, como nos tempos de Juliano de Aeclanum, a controvérsia chegou ao extremo da chicana. Diante disto número de humanistas (clérigos e leigos) que a princípio, estando mal informados, não só simpatizaram com o monge saxão como ingressaram nas fileiras de sua reforma tornaram a passar as fileiras de Roma e a abjurar publicamente da 'peste luterana'. Evidentemente que tais defecções eram alimentadas pelas amargas filípicas com que Lutero estava a fustigar a doutrina da livre vontade... 

Melanchton com efeito, não só estimava o pensador batavo como propendia ocultamente a doutrina do livre arbitrio, no sentido semi agostiniano ou arminiano da restauração da vontade dos eleitos. E por isso não via como o público 'renascido' ou afeito ao ideário da renascença podia ser ganho ao agostinianismo crasso e consequentemente se atingido pela mensagem protestante. Diante disto forcejou o novo 'preceptor da Germânia' por aplacar a fúria de seu mestre e faze-lo não só depor a pena mas comprometer-se a não mais tocar no assunto ou silenciar. O que Lutero cumpriu e até onde sabemos foi a única derrota a que resignou-se!

Repetia no entanto, em alto e bom som, que jamais se retrataria e que o 'Arbítrio escravo' era sua obra do coração, isto é a predileta. 

Face a derrota de seu mestre, Melanchton ousou expressar-se do seguinte modo na Confissão de Augsburgo XVIII:

"Concedemos que todos os homens gozam de certa vontade livre, livre, na medida em que exercem o juízo da razão; todavia não é capaz de sem Deus, começar, ou, ao menos, completar alguma coisa das que dizem respeito a vida eterna."

Passados cerca de cem anos após o tempo em que haviam sido editadas foram tais palavras formalmente canonizadas pelos mestre e doutores Gehard e Calovius - na esteira de Chemnitz, Andraeas, Chytraeus e Selnekker - em detrimento das doutrinas originais e legítimas da graça irresistível e da segurança absoluta do crente agora tidas em conta de calvinistas e heréticas pelos bons luteranos.

No entanto para que chegassem a este fim tiveram os heréticos alemães de fazer um percurso tenebroso e por embrenhar-se num autêntico campo de batalha espiritual como haveremos de certificar nas próximas linhas. De fato a introdução da detestada doutrina da livre vontade no credo luterânico corresponde a uma verdadeira revolução, não faltando para tanto o elemento agressivo ou da violência inclusive.

Pois mal Lutero, sentindo-se traído e vexado (por não ter conseguido restaurar o agostinianismo em sua puridade) baixa a terra fria tumba e vai de encontro as larvas de seus ancestrais estourava a controvérsia da nova obediência, sobre a necessidade das obras. Em meio a qual Melanchton, sem ponderar suficientemente, abriu a 'santa boca' para afirmar que Lutero havia se retratado a respeito da doutrina da predestinação e do livre arbítrio.

Ora tais palavras não podiam deixar de cair como um raio sobre as cabeças do fiel Amsdorf e do rigoroso Flacius. Pelo que, foi o primeiro, levado a solicitar que Melanchton apresentasse uma declaração formal assinada por Lutero aferindo tal retratação.

E como Melanchton não podia apresentar semelhante documento - porque não existia nem existe - passou a ser tido em conta de charlatão e falsário por toda Alemanha.

Desde então cindiram-se os luteranos, formalmente, em mais um partidos rivais: Os monergistas/predestinacionistas (Em parte ao menos de acordo Calvino); que chefiados por Amsdorf, Flacius, Spangenberg, etc apresentavam-se como verdadeiros discípulos e continuadores de Lutero & os sinergistas/filipistas que sustentavam uma graça geral e condicional como os padres de Trento, Arminio e Wesley.

Eis como o próprio Flacius descortina a fé do partido rival:

"No que tange a vontade humana, eles sustentam; para agradar o papa; que o homem não regenerado pode cooperar em sua conversão e que este é 'principalmente' mas não somente, justificado pela fé..."

Logo após ter arguido Melanchton e insinuado que este estava mentindo, proferiu o já citado Amsdorf estas esclarecedoras palavras:

"Contra a ultra sacrílega e ultra perdida seita de Leipzi- assim trata a Pfeffinger e aos melanchtonianos - SUSTENTO COMO DIVINO LUTERO QUE DEUS MESMO DIRIGE O HOMEM COMO UMA PEDRA OU UM CARRO DE BOIS... E ASSIM ME OPONHO AO NOVO PAPISMO QUE DESEJA RESTABELECER A FALSA DOUTRINA DA COLABORAÇÃO DA VONTADE HUMANA COM A GRAÇA DIVINA NA OBRA DA CONVERSÃO E DA SANTIFICAÇÃO DO HOMEM." 

Não podendo mais manter-se calado Melanchton rebateu:

"Quereis conhecer quem é este Amsdorf lede o escrito que compôs contra o grande Erasmo e NO QUAL ESPALHA TREVAS E EXCRETA BILIS EM CADA PÁGINA."

sexta-feira, 27 de maio de 2016

LIVRO PRIMEIRO - Capítulo VII > Divisões a respeito da presença real do Senhor da Eucaristia: Sub Capitulo 11 - O luteranismo desmoralizado



"MORTO LUTERO REINA O PARADOXO - O HOMEM É ELEVADO AOS CÉUS E SEUS ENSINAMENTOS ATRIBUÍDOS AO INFERNO." 
Hoeninghaus in A reforma contra a reforma







Já fizemos observar, em artigo precedente, que não há base suficiente para admitir que Ph Melanchton tenha de fato abraçado o simbolismo zwingliano... E repudiado, consequentemente, a doutrina da presença real do Salvador no Sacramento.

Alterou no entanto o modo porque exprimia esta presença, alterando assim - com grande escândalo em se tratando de uma 'Confissão de fé', a qual até então se supunha imutável - a Confissão de fé que ele mesmo havia redigido e apresentado ao Imperador Carlos V em Augsburg.

De modo que enquanto a primeira versão do documento, já citada por nós, admite a teoria propriamente luterana da Consubstanciação a segunda versão - elaborada cerca de 1540 - assim se exprime:


"No que tange a ceia do Senhor ensinamos que o pão e o vinho realmente transmitem o corpo e o sangue do Senhor para aqueles que deles participam." 






A alteração no entanto, sendo mínima, passará praticamente desapercebida aos olhos dos luteranos piedosos até que o papista Eckius aludiu a ela durante o colóquio de Worms (1541) produzindo considerável mal estar.

Para Eckius a consequência era bastante clara: Embora Melanchton admitisse a presença real do Senhor no Sacramento, discordava de Lutero quanto ao meio ou modo porque o Senhor se fazia presente nela, repudiando a teoria da consubstanciação e adotando a doutrina do Logos aglutinado ou a teoria Buceriana/calvinista da presença virtual. 

Tais observações não puderam deixar de cair como um raio sobre os miolos de Lutero e seus colaboradores mais próximos e, desde então, cindiram os luteranos em dois grupos inconciliáveis: Os melanchtonianos, adeptos do virtualismo e os 'ortodoxos' adeptos da consubstanciação.

A emenda saíra pior do que o soneto. 

Pois ao invés de facilitar o entendimento com os suíços, a alteração feita por Melanchton introduziu a divisão e o caos entre os luteranos.

Diante disto o próprio Melanchton foi levado a elaborar uma espécie de defesa ou manifesto (1542 ). No qual admitia não crer que o corpo físico do Salvador estivesse materialmente presente na Eucaristia.

Lutero restou apenas o expediente de lamentar-se por "Ter abrigado uma serpente junto ao seio." enquanto Melanchton confidenciava a Calvino dizendo estar resoluto a não tolerar mais o caráter ditatorial de seu Mestre... 






Segundo Kaspar Cruciger "Em 1542 Melanchton tomou posição em favor dos sacramentários (Compreenda-se Calvinistas e não zwinglianos simbolistas!). Diante disto "Nosso Lotero redobrou seu furor e muitos dentre os que dele discordavam tiveram de abandonar a Vila."

Por fim, consumido pela amargura extrema, e angustiado Lutero foi colhido pela mão da morte três anos mais tarde(1546). De modo que esta defecção eucarística não deixou de afetar-lhe a saúde e a abreviar-lhe a vida!!! E bebeu do veneno que lançara pela guela abaixo do papa romano...

DESCE A TUMBA O PAI DO PROTESTANTISMO, OPRIMIDO PELAS CONTROVÉRSIAS DOGMÁTICAS QUE ELE MESMO SUSCITARÁ AO CANONIZAR O PRINCÍPIO DO LIVRE EXAME. Cujos 'bons' frutos nem mesmo ele fora capaz de tragar!!!!

No mesmo colóquio (1541) tendo Eckius perguntado a Melanchton porque repugnava admitir a presença física ou material do corpo e do sangue do Senhor no sacramento, obteve por resposta as seguintes palavras:

"É impossível que um corpo físico possa ocupar diversos lugares ao mesmo tempo."

Sem considerar que para os judeus e maometanos é impossível que Deus se faça homem, nasça, sofra, seja crucificado, morra, ressuscite, etc IMPOSSÍVEL É ALGO MUITO RELATIVO!!!

COMO SE VÊ O ARGUMENTO PROTESTANTE, DE VIEZ RACIONALISTA, É DEFEITUOSO E CAPENGA DESDE O PRINCÍPIO... 

Pelo simples fato de que a Eucaristia é um mistério semelhante a paixão e a encarnação...

Desde o princípio tocou esta amarga controvérsia a fé nicena ou atanasiana e ao CARÁTER DIVINO DE JESUS. Sendo vital ressaltar esta relação!

Afinal para Deus, nada - por definição! - além da prática do mal ou do pecado, pode ser reputado como impossível. Já porque sua natureza é plenipotente, tudo podendo realizar segundo sua vontade...

Nem podemos deixar de observar que a doutrina Ortodoxa da Eucaristia ou da presença real pressupõem necessariamente a doutrina da divindade de Cristo. 


A presença real só poderia ser 'impossível' caso Cristo não passasse de simples homem ou profeta como supõem os unitários. E é exatamente por isso que o zwinglianismo, tal e qual o anabatismo e até mais do que ele, conduz ao unitarismo...

Não há mistério eucarístico porque um simples homem não pode colocar-se dentro do pão...

Pelo arianismo é que a Eucaristia fica sendo impossível como queria Melanchton.

A Deus, fora o mal e o pecado, nada é impossível.

Prestes a morrer limitou-se Lutero a tecer alguns comentários negativos a respeito de tais palavras - proferidas por seu pupilo Melanchton - apelando a doutrina Ortodoxa da 'Idiomatum communicatio'.

Foi tal pedrinha ou floco de neve que veio a produzir a avalanche ubiquitária e a espalhar o mais vivo ódio e divisão entre os leitores e intérpretes da escritura 'Sempre clara, fácil e auto evidente'. rsrsrsrsr Só que não...

De certo modo o ubiquitarismo fora já abordado e examinado pelos ortodoxos padres durante as controvérsias cristológicas dos primeiros séculos e empregado inclusive contra os discípulos de Nestor ( e não contra Nestor que era Ortodoxo) pelo simples fato de repudiarem a 'Idiomatum communicatio'. 

Sucedia-se naqueles tempos que o mistério da Eucaristia servia como argumento favorável a cristologia ortodoxa e padre algum viu ou quis ver nisto sinal de eutiquianismo ou de monofisitismo. Como antes servira de argumento contra os arianos e antes contra os docetas... Os quais jamais haviam revertido o argumento negando a presença real!!! Até onde sabemos nem docetas, nem arianos, nem 'nestorianos', nem monofisitas, ousaram por em duvida o mistério negado pelos protestantes, e isto desde o século II.






Eis porque Johannes Brenz - um dos discípulos mais chegados a Lutero e, como Bucer, bastante versado nos padres e doutores antigos - propôs a teoria ubiquitaria, segundo a qual após a glorificação do Salvador a natureza humana passou a comungar plenamente dos atributos da natureza divina (Jamais falou em aniquilação ou absorção mas em restituição ou integração) o que permitiria a seu Santíssimo corpo estar presente em todos os lugares ao mesmo tempo. 


Romanistas, melanchtonianos e zwinglianos no entanto acharam que tal explicação esbarrava num erro cristológico demasiado grave, a saber, no mesmo erro de Eutiques, o monofisitismo; e consequentemente, condenaram seu autor e aderentes como heréticos no mais alto grau.

E podemos já falar em dois credos luteranos rivais (1530 e 1540), dois cleros, duas interpretações, duas versões, duas políticas, e, consequentemente numa verdadeira batalha religiosa.

"Naquele tempo surgiu entre os membros da Igreja a querela da ceia e HOSTILIZARAM-SE UNS AOS OUTROS POR PALAVRA OU POR CARTA: Calvino, Castellio, Curione, Valesius e muitos outros homens ilustres; POSTERIORMENTE FORAM ENVOLVIDOS Ph Melanchton e os de Wittemberg, bem como Camerarius e Alesius que formavam partido com ele..." testifica o historiador Hardenberg no Cod Manh 351 fl 153

No ano de 1552 o duque Christophoros de Wittemberg, enviou a Trento uma profissão de fé Ubiquitaria elaborada por Brenz

Pouco tempo depois, tendo Norduch repetido as palavras de Melanchton e sustentando que "NO PÃO NÃO PODERIA ESTAR CONTIDO UM PEQUENINO CORPÚSCULO DE JESUS CRISTO." foi logo denunciado por Hamelmann e despojado de suas funções apesar das súplicas de seu protetor.

No entanto, a 19 de Dezembro de 1559, o sínodo de Stuttgart, abraçou esta doutrina como ortodoxa ou oficial, anatematizando tantos quantos dela discordassem fossem melanchtonianos ou zwiglianos e determinando que todos os dissidentes fossem 'trazidos a razão' pelo braço secular. Neste mesmo sínodo tendo sido apontado como calvinista por Bartholomeus Hagen, respondeu-lhe Brenz:

"Jamais sustentei semelhante erro, que aborreço de todo coração e que sempre denunciei e combati quer pela pena quer pela palavra." 

Logo a infeliz acusação reverteu contra o próprio Hagen que foi convidado a ser o primeiro a assinar a fórmula ubiquitária... rsrsrsrsrs

Foi assim que de um instante para o outro Melanchton converteu-se de colaborador e sucessor de Lutero em suspeito de 'apostasia' com grave perigo para si e os seus. 

Em decorrência disto foi - Também ele - tomado por uma crise de angústia vindo a perecer em menos de um ano, ou seja em 1560. Expirou queixando-se da 'raiva teológica' que consumia a Alemanha em nome da interpretação correta da escritura 'sempre clara e auto evidente', sem atinar que era tudo fruto de sua reforma bibliolatra. 

Escapou porém a suprema infâmia do calabouço e as penas que haveriam de ser aplicadas a seu genro, o médico Kaspar Peucer.

Antes de morrer no entanto achou por bem lançar esta farpa contra os de Stuttgart:

"Esta doutrina - o ubiquitarismo -  não é menos oposta a sã doutrina que a doutrina papista." 

"Tal a doutrina da ubiquidade, filha bastarda de Brenz... assim o Corpo de Cristo esta presente em todos os lugares inclusive nos infernos, o que já havia sido sustentado pelo ímpio Guilherme de Bidembach." conclui o autor do Cod Poll 170 fl 78





Andraeas a seu tempo revidou:

"É fato público e notório que Philipe (Melanchton) ao invés de ater-se até o fim a doutrina de Lutero, logo após a morte do reformador descartou já inúmeros artigos... ELE FEZ TOMBAR NO ERRO DIVERSAS IGREJAS E REGIÕES INTEIRAS E COM SUA VÃ FILOSOFIA APARTOU-SE DA SÃ DOUTRINA LUTERANA. EIS PORQUE É NOSSO DEVER ADVERTIR OS FIÉIS A RESPEITO DOS ENSINAMENTOS SUJOS E FALACIOSOS DESSE PERIGOSO DOUTOR." in "Grundl Bericht vom Buch ad Concordien" Tubingen 1581 pp 34

(E no entanto este Melanchton - versado em grego por sinal!!! -tinha a Escritura clara e auto evidente constantemente diante das fuças!!! Sem que disto tirasse proveito algum.)

E tomou para si o encargo de firmar a 'ubiquidade' como dogma entre seus parceiros luteranos. Como refere Jean Casimir em sua carta a Wolf de Hohenhole:




"Todos somos testemunhas quanto a insolência deste vaidoso Doutor - Andraeasque a Alemanha tem recebido por Papa, se bem que não poderia ter agido doutra forma. ELE SE OCUPA ANTES DE TUDO EM FAZER ACEITAR E ADMITIR POR TODOS A AMALDIÇOADA DOUTRINA SOBRE A ONIPRESENÇA DO CORPO DE JESUS CRISTO E DE SUA PRESENÇA EM TODAS AS CRIATURAS, DESTARTE QUEM OUSA DISCORDAR DELE NESTE PONTO É CONDENADO SEM MISERICÓRDIA."

Neste mesmo ano, Frederico II do palatinado, achou por bem baixar uma espécie de Henóticon proibindo qualquer espécie de discussão a respeito da Eucaristia. AS FACÇÕES NO ENTANTO CONTINUARAM A EXCOMUNGAR-SE E A EVITAREM-SE COMO HERÉTICAS tomando par base sempre a mesma Bíblia, facílima rsrsrsrsrsrs

"Por decreto de sua majestade a Bíblia foi fechada; desde então todo aquele que ousasse inventar uma nova teoria era banido do pais como adversário da paz." fez observar o cronista.

O qual no entanto, havia se esquecido de registrar, que a paz havia sido eliminada a muito daquelas terras justamente devido as controvérsias suscitadas em torno da Bíblia. Assim era a Bíblia fechada e a folia contida ou a Alemanha destruída pela fúria dos livre exaministas em conflito!


    
OPINIÕES CONTRADITÓRIAS DOS REFORMADORES LUTERANOS.





Vejamos agora como os principais líderes luteranos encaravam a questão:





Bugenhagen ou Pomeranus (Ubiquitário):

"Aqui se diz que entre Melanchton e Pomeranus há o mais completo desacordo sobre o artigo da ceia, eu no entanto espero que o Todo Poderoso Deus haverá de preservar nossa igreja da desunião entre os líderes, pois se tal barulho aumenta, não posso deixar de reconhecer, de minha parte, QUE NO FUTURO, TANTAS E TÃO DEPLORÁVEIS DIVISÕES HAVERÃO DE ESCANDALIZAR A MAIOR PARTE DOS CRISTÃOS HONESTOS." in Ep a Guy Dietrich, 1534


Jacques Lambert: (ortodoxo não ubiquitário):

"Doutrina abominável, semelhante a dos marcionitas e sectários; ERRO FUNESTO PIOR DO QUE OS ENSINAMENTO DOS PAPISTAS." in 'Sobre a ubiquidade' in "Símbolo de fé; exposição". Tomo I






Paulus Eber (Luterano Zwingliano):

"Ateus, porcos de Epicuro, adoradores do diabo e filhos do inferno, isto são os ubiquitários que nada recebem e nada ingerem durante a ceia, além de pão." 

Segundo Peucer, Eber havia jurado fidelidade a doutrina de Zwinglio e prometido jamais apartar-se dela mesmo que o povo da Wittemberga ou o concílio Ecumênico ameaçasse lança-lo numa fornalha semelhante a de Babilônia.

Eis porque Vicentius de Heidelberg, assim se expressa a respeito de um de seus líbelos:

"O livro de Eber tem produzido bons efeitos e reconciliado muitos dentre os adeptos da abominável ubiquidade segundo confessam desiludidos os próprios apóstolos do ubiquitarismo." 

Eis como o mesmo doutor descreve a situação (anterior a 1552) durante o Colóquio de Maulbronn  

"Tendo se levantado Brenz e Andraeas, propuzeram e sustentaram nestes debates uma transloucada opinião profana e perigosa a respeito da qual os de Wittemberg - leia-se Lutero - jamais haviam ousado trazer a público, cuidando em discutir somente entre sí e a propagar apenas e tão somente dentro dos templos e das escolas."

E a intervenção de Eber:

"Então Eber, abertos os debates, implorou PARA QUE TAIS DOUTRINAS NÃO FOSSEM ABORDADAS EM PÚBLICO - tais os sentimentos de Calvino e dos seus a respeito da predestinação e os sentimentos de todos os heréticos a respeito das doutrinas e teorias que inventaram e das quais intimamente, sentem certo pejo ou vergonha - ADVERTINDO QUE OS MAIS JOVENS E OS MAIS IGNORANTES HAVERIAM DE PERDER TODO RESPEITO PARA COM A RELIGIÃO. NO ENTANTO ELE NÃO FOI ACATADO PELOS DIRIGENTES SURGINDO GRANDE CELEUMA ENTRE ELES E CONTAGIANDO TODA ASSISTÊNCIA ATÉ A LOUCURA."






Quanto a tais discussões em torno do Sacramento, temos ainda as palavras de Chytraeus:

"Preocupa-me o fato de que pastores como Beatus ponham-se a discutir publicamente a questão diante das massas, confundindo os mais jovens e inventando questões acerca das quais sequer os teólogos mais esclarecidos não haviam chegado a qualquer conclusão definitiva."





- Mathias Flacius (Ortodoxo não ubiquitário):

"Ele - Victorius Strigelus - encarou a ceia do Senhor sob o ponto de vista dos calvinistas, ASSIM SENDO O SUPERINTENDENTE MANDOU SUSPENDER SEU CURSO."

Daniel Hoffman (melanchtoniano):

"Ensinamento detestável (a ubiquidade) teoria pagã, crença abominavelmente ímpia vomitada pelo inferno sobre a face da terra e sustentada por Andraeas o mais impudente dentre os adversários de Jesus Cristo. Foi assim que este homem falseou o ensinamento Cristã e o Cristo dele já não passa de um falso Cristo ou melhor do próprio anti Cristo." in Unschuld Nachr 1716 pp 731






Wolfgang Muskulus (ortodoxo não ubiquitário):

"Aqueles todos que opõem-se as adorações e reverências tributadas ao Sacramento estão a caminho da perdição eterna."

E decretou que as crianças batizadas por eles fossem rebatizadas e que nenhum deles - melanchtonianos e zwinglianos -  tivesse acesso aos sacramentos da Igreja





Paul Eitzen (melanchtoniano):

"Ao contrário do que diz seu nome esta fórmula será para nós um novo pomo de DISCÓRDIA."


Simeon Voigt (melanchtoniano):

"Há um homem grosseiro chamado Joachim Westphal. de Hambourg, ele não cessa um instante sequer de escandalizar os mais simples com suas blasfêmias, pois se serve de classificações injuriosas contra tantos quantos repudiam sua crença vã na ubiquidade; e alista-os entre os sacramentários. Todas as almas piedosas rogam a Deus para que silencie sua boca feroz... OS PASTORES DE MECKLEMBOURG DIZEM QUE NÃO PASSA DE UM TRASTE IMBECIL ENQUANTO MELANCHTON DESCREVE-O COMO UM INSANO E DEFORMADO." in "Briefwechsel" pp 36


Kuno de Salgwedel (zwingliano):

"O suntuoso edifício da ubiquidade será derrubado tal e qual o templo de Dagon foi derrubado por Sansão."


- Huberin de Augsburg (ortodoxo não ubiquitário):

"Eu me rejubilo de que os condes de Hohenlohe mostrem tal horror a doutrina ímpia, sediciosa e diabólica de Zwinglio e Schwenkfeld, AS QUAIS TEM EMBARAÇADO O PROGRESSO DO EVANGELHO E AFASTADO GRANDE NÚMERO DE PESSOAS PIEDOSAS DA VERDADE DA DIVINA PALAVRA COM GRANDE AGRAVO PARA NOSSA ALEMANHA." in Ep a Stemmler de Oehringen







SENTENÇA E VEREDITO DE JESUS CRISTO:

"TODO REINO DIVIDIDO PERECERÁ."

Quem estará com a razão, CRISTO ou os sectários protestantes????????


LIVRO PRIMEIRO - Capítulo VII > Divisões a respeito da presença real do Senhor da Eucaristia: Sub Capitulo III - O posicionamento de Melanchton e dos luteranos



                


ProtestanteOuvi dizer que Melanchton era sacramentário ou zwingliano.

Ortodoxo: De fato o testemunho de Kaspar Peucer, seu genro e o teor das acusações que lhe eram dirigidas pelos ultra ortodoxos: Flacius, Amsdorf, Spangemberg, Gallus, etc rigorosamente fiéis a doutrina da consubstanciação, costumam dar suporte a tal acusação.

De seus escritos no entanto tudo quando podemos concluir é que repudiava tanto a transubstanciação quanto a consubstanciação em termos demasiado materiais inclinando-se a uma presença real em termos virtuais ou seja espiritual ou divina.

Uma coisa porém é certa: Tanto sua postura conciliadora - ou irenista - quanto sua recusa obstinada em (a partir do Livre Exame!) condenar os zwinglianos ( e este foi seu supremo erro!) serviu como porta de entrada porque a teoria de Zwinglio invadiu e subverteu a própria igreja luterana, isto com grande escândalo dos luteranos rigorosos para os quais Melanchton passou a representar o próprio anti Cristo.

Protestante: Hoje porém há um esclarecimento maior e todos nós evangélicos repudiamos a doutrina da presença real.

Ortodoxo: Insisto em declarar que sua analise é tanto superficial quanto parcial e por isto equivocada!

Protestante: Digo por experiência que irmão algum acredita na tal presença real ou na tal presença virtual.

Ortodoxo: Acaso o sr conhece algum brasileiro que torça para a seleção argentina?

ProtestanteOutra piada!

Ortodoxo: Piada alguma. Pois tenho um grande amigo, muito brasileiro, brasileiro de certidão e que torce para a seleção rival...

Protestante: É difícil acreditar nisso...

Ortodoxo: A realidade nem sempre é tão simples quanto a concebemos.

Protestante: E o que isso tem a ver com a doutrina da presença real no seio do protestantismo?

Ortodoxo: Ao menos o amigo conhece todas as denominações protestantes espalhadas pela face da terra???

Protestante: Confesso honestamente que não.

Ortodoxo: Era de se esperar pois embora existam cerca de 1000 seitas, 300 delas só nos EUA (cf R P Simon, in "protestante?" Buenos Aires, 1951)  seu número cresce quase que diariamente e já foi registrado que hoje superam a cifra de 33.800!!! Dave Armstrong ex Pr Protestante

Para conhecer todas as seitas produzidas pelo livre exame os protestantes, visitando uma seita por dia, levariam cerca de UM SÉCULO e caso a visita fosse realizada a cada Domingo mais de sete séculos... Quanto a estudar pormenorizadamente as crenças de cada uma delas só ultrapassando a Matusalem em longevidade...

Protestante: Não percebo onde quer chegar...

Ortodoxo: Vamos com calma.

Protestante: Estou ouvindo.

Ortodoxo: Embora parte dos luteranos (IECLB) desarmada por Melanchton, tenha aderido a teoria simbólica da eucaristia, outra parte (a IELB) continua a sustentar os pressupostos de Lutero até nossos dias. 

Portanto a matriarca de todas as seitas encontra-se já cindida em dois grupos a respeito do significado da Santa Eucaristia.

Segundo os membros da IELB, procedentes do Missouri (EUAN), é necessário manter a validade da Confissão de Augsburg, na qual podemos ler o seguinte decreto: "Da ceia do Senhor se ensina que o verdadeiro corpo e o verdadeiro sangue de Cristo estão verdadeiramente presentes na ceia sob a espécie do pão e do vinho e são nela distribuídos e recebidos. Por isso também se rejeita a doutrina contrária." iten X 

Comentado por Werner Elert nos seguintes termos: "...Parafraseiam o simples fato de que pão e vinho continuam pão e vinho, sendo, porém, no ato sacramental, portadores da presença, do oferecimento e da recepção do corpo e sangue de Cristo." in "A fé Cristã" p 387

Já para a maior parte dos luteranos originais - procedentes da Alemanha - a Confissão de Augsburg deixou de ser levada a sério pelos idos de 1820/30. Assumindo um posicionamento coerente face ao princípio do livre exame e admitindo que:'Cada fiel é livre para crer naquilo que bem quiser ou para retornar ao grêmio da igreja Católica cujo padrão é a autoridade e a estrutura uniforme'

Aqui a palavra de ordem é: Anomia, confusão, rivalidade, contradição OU CATOLICISMO...

Klaus Harms no entanto, (O qual tendo congregado em torno de si um bom número de neo ortodoxos - Neuluthertums - logrou frustrar as intenções do rei da Prússia: Formar uma só igreja Unida composta por luteranos e reformados.) assim se expressou a respeito do assunto: "Aqueles que afirmam que o tempo aluiu o muro de separação existente entre luteranos e calvinistas, são desonestos; a disputa sucedida em Marburg 1529 a respeito do pão e do vinho, do corpo e do sangue PERMANECE VIVA E ATUAL EM 1817." in 'Minhas 95 teses' 1817 nums 77 e sg

LIVRO PRIMEIRO - Capítulo VI > Divisões a respeito dos demais sacramentos: Sub capítulo - Controvérsia em torno do número dos Sacramentos






protestanteAo menos todos os protestantes estão de pleno acordo quanto a existência de duas ordenanças legitimamente Cristãs: o Batismo e a Ceia ou como dizeis eucaristia.

ortodoxo: É o que deveríamos esperar de qualquer instituição que para si mesma revindicasse o titulo de Cristã ou de igreja... No entanto, nem mesmo quanto a isto, estão unidos os protestantes mas separados uns dos outros como a respeito de Deus, do Cristo e do Batismo. Ainda aqui prevalece a divisão.


protestanteSempre tenho ouvido dizer que todas as igrejas protestantes reconhecem apenas dois sacramentos; o Batismo e a ceia.

ortodoxo: De fato, a maior parte das pessoas, estando muito mal informadas sobre o assunto, supõem que ao menos em torno do número dos Sacramentos haja pleno acordo entre os livre examinadores. Tal opinião no entanto esta bastante longe de corresponder a realidade.


protestante: Não foi nosso Lutero, no 'Cativeiro de Babilônia' que fixou em dois o número dos Sacramentos Cristãos?


ortodoxo: Na verdade o 'Cativeiro' faz alusão a três sacramentos: Batismo, Ceia e Penitência ou confissão, embora este último seja encarado como uma espécie de sacramento menor.


Seja como for vosso Lutero oscilou diversas vezes quanto ao caráter sacramental da penitência ora negando, ora afirmando...




Seu derradeiro parecer no entanto corresponde a esta declaração:

"Nós reconhecemos que a penitência é um sacramento fundamentado na promessa da fé e no perdão dos pecados concedido em nome de Jesus Cristo." Wider die XXXii artikel der theologisten zu lowen 34

O que esta de pleno acordo com sua definição estrita de Sacramento, segundo a qual este rito deveria oferecer o perdão dos pecados. Ora cerimônia alguma esta tão posta para este fim como a Penitência, donde Lutero infere sua sacramentalidade...


E como não fosse bastante ainda achou por bem mencionar a confissão auricular:

"NEM QUE EU FOSSE SURRADO E ESFOLADO VIVO PELO DIABO ABRIRIA MÃO DA CONFISSÃO AURICULAR." Predigten von der heimlinchen beichte Tm XX, Werke 58

Leia o décimo terceiro artigo da Confissão de Augsburgo e lá encontrará a afirmação literal de que a Penitência é verdadeiro Sacramento estabelecido por Jesus Cristo. 


"É verdadeiro sacramento - insiste Melanchton - na ordem de Deus e na promessa da graça." i'Apologie der Augsburg confessio' 1531]


Eis porque topamos com ela no ritual empregado pelos luteranos até nossos dias.


protestante: Neste caso teria sido Melanchton o autor da redução?


ortodoxo: De modo algum. Pois na 'Apologia da confissão' além de nomear explicitamente a Penitência, certifica que até mesmo a ordem deveria ser considerada como tal pelo simples fato de estar relacionada com 'O ministério da palavra' que é um veículo da divina graça.





"Segundo creio a Ordem é um verdadeiro sacramento." reafirma ele em seus 'Locis comm theolog'  De num sacramen pg 383






Alias, mais adiante Melanchton chegaria a conclusão de que até mesmo o Matrimônio constituía verdadeiro sacramento enquanto mandamento dado por Deus tendo em vista o alcance de determinadas promessas; advertindo no entanto que pertencia a uma categoria inferior...
"Meyer, Schwarz e alguns outros, segundo Esslinger - apud Apol de la relig Cath par les auteurs prot - admitem o Matrimônio como um dos Sacramentos instituidos por Jesus Cristo" in M F Coelho 'Refutação as principais objeções de alguns protestantes... Porto Chardron 1879 pp 103

DIANTE DISTO SOMOS LEVADOS A CONCLUIR QUE MELANCHTON RECONHECIA A VALIDADE DE CINCO SACRAMENTOS!!! E NÃO DE DOIS APENAS. 

Vejamos agora qual fossem as opiniões de seus colegas luteranos:


Simon Sulzer de Basel insistiu a respeito da penitência sacramental impondo a seu rebanho três sacramentos.





Já Marbach de Strasbourg manteve até o fim a penitência e a confirmação no rol dos Santos Sacramentos, sustentando assim o número de quatro...


Enquanto que Gerhard - que é o padrão dos luteranos - rejeitou apenas a unção dos enfermos... afirmando consequentemente a validade de seis sacramentos. 


Grosso modo as congregações luteranas tem oscilado entre três e seis sacramentos; repudiando formalmente os extremos papista e anabatista de sete ou de dois sacramentos. Ainda aqui anabatistas e zwinglianos cerram fileiras de um lado enquanto luteranos e certo número de calvinistas cerram fileiras do outro. E NÃO HÁ ACORDO pois dois jamais será cinco ou seis!!!


HÁ POIS VERDADEIRA CISÃO neste terreno!!!


E tão verdadeira que tendo em vista humilhar as igrejas luteranas que mantinham a confirmação e apresentavam-na como uma instituição divina, os suíços descreveram-na como: 


"Simples invenção humana que a Igreja pode dispensar sem qualquer prejuízo.” 19



Em Berlim o reformador Kaspar Schade sustentava ser a penitência sacramental a morte da alma, enquanto a algumas dezenas de quilometros dali, Deutschamann, sucessor de Agricola, sucessor de Lutero NA CATEDRA DA WITTEMBERGA, SUSTENTAVA SUA NECESSIDADE PARA A SALVAÇÃO (!!!) 

protestante: "Não existem mais do que dois sacramentos dispostos por Jesus Cristo tendo em vista toda sociedade dos fiéis: Batismo e Ceia do Senhor." É o que diz o Catecismo de Genebra, assinado e aprovado pelo próprio Calvino.


ortodoxo: De fato Calvino acabou assinando e aprovando o Catecismo de Genebra e posteriormente o consenso - mesmo sendo contrário a sua própria crença a respeito da presença virtual - os cronistas no entanto (protestantes por sinal) asseveram que ele o fez contrariado uma vez que desejava incluir a ordem entre o número dos Sacramentos.


Efetivamente em seus escritos depara-mo-nos com repetidas alusões ao poder divino dos pastores e com uma insistência quase que mórbida a respeito da dignidade dos ministros religiosos.


Seus críticos amiúde lançava-lhe em face a esperança de criar um novo clero ou uma hierarquia protestante, centralizada em torno de seus presbíteros e quiçá mais poderosa e influente do que a hierarquia papista. O senado de Genebra, por sinal, temia q
ue o restabelecimento da ordem como Sacramento fortalecesse ainda mais a já odiosa ditadura calvinista e acabasse servindo a propósitos meramente temporais...

Disto resultou uma amarga disputa entre Calvino e a burguesia genebrina, obstinando-se esta em impedir a todo custo que a ordenação fosse incluída no rol dos sacramentos.

Já Zwinglio obstinara a dizer missa até o dia em que sua cerebração fosse proibida como criminosa pelo Senado de Zurich, embora considera-se a dia missa como ímpia e idolátrica. Justificou-se todavia declarando ser necessário obedecer o poder civil em todas as coisas, sem atinar que as coisas espirituais não se encontram sobre sua alçada! 


Outra não foi a atitude de Calvino o qual esperou em vão por um decreto em favor de sua teoria a respeito da presença virtual e por outro a favor do sacramento da ordem. De ambos porém teve que desesperar e mesmo abjurar com o intuito de conferir a sua querida reforma ao menos uma aparência de Unidade...

Foi assim, que por mero cálculo sacrificou a verdade face a opinião pública, perfilhando a opinião dos Nicodemitas, cujo número era vultoso entre os suíços.


Isto é tão certo que seu pupilo Knox alude ao batismo e a Ceia como sendo 'Os dois principais sacramentos da igreja' (Confissão escocesa III,21) e não como a únicos e exclusivos sacramentos.


Pois ele também aspirava por canonizar seus presbíteros.

Da mesma maneira "Alguns protestantes modernos como o Dr Marheineke - in Syst Cath - Kaiser - in Theol Bibl - e Fessler - in Manu Lit - reconheceram o dogma do Sacramento da ordem." M F Coelho 'Refutação...' pp 100


protestante: A quem seguimos pois em matéria de sacramento?


ortodoxo: Neste como em tantos outros pontos, os protestantes americanos - do Norte ou do Sul - toma por mestre a Ulrich Zwinglio de Zurich e os líderes anabatistas para os quais havia apenas dois sacramentos: Batismo e ceia. Esta é a principal matriz do moderno protestantismo brasileiro e oposição as matrizes luterana e calvinista.


protestanteAo menos a divisão aqui não é tão intensa como a que diz respeito ao Batismo.


ortodoxo: Talvez não seja assim tão intensa, é no entanto perfeitamente real. 





Pois enquanto os Dunkards, Menonitas, Amish, Moravios, batistas primitivos, mórmons, verídicos, etc incluem o lava pés - a exemplo de nossa Santa Igreja Ortodoxa - entre os sacramentos; os Quacres, salvacionistas e cientistas cristãos repudiam-nos em bloco, desprezando o Batismo e a Eucaristia inclusive... 


Os Luteranos como ja dissemos tendem a restabelecer a Crisma e a Ordem mas a repudiar o matrimônio e a unção dos enfermos... Tillich propos que o número dos sacramentos permanecesse em aberto ou 'vago' entre os reformados de tradição calvinista recebendo o apoio entusiástico de certo número de teólogos... 

Já nossos pentecostais tem empregado o dito 'batismo no espírito santo' - comunicado por meio do sinal externo da imposição das mãos - como verdadeiro sacramento necessário a salvação ou como uma espécie de Crisma; servindo-se assim, na realidade de três sacramentos... Enquanto os suiços de tradição zwingliana permanecem fiéis a dicotomia batismo/ceia. 

Assim sendo seitas há que não admitem qualquer sacramento, seitas que admitem dois sacramentos, seitas que recebem três sacramentos e seitas ou grupos que recebem quatro ou cinco sacramentos... 


No entanto é absolutamente certo que Jesus Cristo nosso Bem não pode ter estabelecido dois, três, quatro ou cinco sacramentos ao mesmo tempo... POR UMA SIMPLES QUESTÃO DE ARITMÉTICA: dois não é três, três não é quatro, quatro não é cinco...


Agora considere que se alguma destas agremiações estiver certa todas as outras devem estar equivocadas, o que nos leva a cogitar na possibilidade de que estejam todas equivocadas.


Nem se alegue ou diga que a questão é ociosa. Uma vez que os protestantes em sua totalidade concedem que os Sacramentos são ordenanças criadas, baixadas ou decretadas pelo próprioJesus Cristo! Disto resulta que, se Zwinglio e os batistas estiverem corretos, Calvinistas e Luteranos, produzindo novos Sacramentos, usurpam a autoridade de Jesus Cristo escorando-se na Bíblia luminosa e clara. Por outro lado, caso os luteranos estejam corretos, somos obrigados a concluir que os calvinistas, anabatistas e zwiglianos perpetraram um abominável sacrilégio ao mutilarem uma instituição fixada pelo mesmo Senhor Jesus Cristo em nome da mesma Bíblia luminosa e clara...

O livre exame com efeito, torna alguns protestantes sacrílegos e outros prevaricadores! Justamente por não ser lá tão clara a escritura como costumam alardear e cada seita ou individuo poder deduzir o número de sacramentos que bem deseja!


Quanto a igreja, que serventia teria ela caso fosse incapaz de informar-nos com absoluta exatidão e certeza sobre o número dos mistérios divinos que ligam nossas almas ao Senhor Jesus Cristo ou se fosse permitido a qualquer fiel deduzir seu número com base nas Escrituras???


SUBTRAÍDA A IGREJA A PRERROGATIVA DE FIXAR INFALIVELMENTE, EM NOME DE JESUS CRISTO, QUAIS SEJAM AS INSTITUIÇÕES DIVINAS E ATRIBUÍDA TAL PRERROGATIVA A QUAISQUER INDIVÍDUOS CHEGAMOS AS RAIAS DA INSANIDADE!!!

A questão é tão delicada nos meios biblicistas que já em 1905 deu origem a primeira cisão ocorrida entre os Batistas brasileiros, instalados no pais a pouco mais de vinte anos.


Por obra e graça do exame particular, um deles - Alcino Coelho - deu com os olhos no oitavo capítulo do livro dos Atos dos Santos Apóstolos, pertinente ao Diacono/evangelista Filipe, suscitando uma controvérsia a respeito da ordem... E dando origem a mais uma seita... (cf Vicente Ferrer de Barros Wanderley e Araujo 'Seitas protestantes do Recife' 1906)


E assim vão os profetas dando com os sacramentos perdidos, sem perceber que uma religião capaz de perde-los não merece crédito algum...


Já o fundador da primeira seita protestante do Brasil - a Igreja Evangélica Brasileira reconhecida por D Pedro II em 1879 - o Dr Miguel Vieira Ferreira, tomou a peito a causa de restabelecer os sete sacramentos!!! Exatamente como a Igreja romana... O que também foi levado a cabo pelos Mórmons, que constituem uma defecção sui generis da reforma protestante.


protestanteJulgo que a negação de todos os sacramentos não passe duma novidade recente, fruto consumado da incredulidade contemporânea.

Ortodoxo: Mais uma vez laboras em erro...


Protestante: Então demonstra-o.


ortodoxo: "Levantou-se assim Jean Dippel com o objetivo de desmascarar o charlatão Lutero e de provar a inutilidade de todos os sacramentos: o BATISMO NÃO PASSA DUM SIMPLES BANHO, A EUCARISTIA DUMA COLAÇÃO, A PENITÊNCIA DE LOUCURA, A ORDEM DE PIA FRAUDE...


Ackermann refere-se a Dippel como a um apóstolo comissionado por Deus com o intuito de acabar com as superstições sacramentais." Hoeninghaus opus cit