Hiper agia ai partenos Maria, akrantos Mitéra tou Khristos Theos - soson imas!
Batul Lala Marian Wallidat al illah - ʕawnu ni!

Nossos pais e avós foram protestantes, nossos tetravos papistas, as gerações do passado remoto no entanto foram Católicas, apostólicas e ortodoxas, e nós, consagrando todas as forças do intelecto ao estudo da coisas santas e divinas desde a mais tenra idade, reencontramos e resgatamos a fé verdadeira, pura, santa e imaculada dos apóstolos, mártires e padres aos quais foi confiada a palavra divina. E tendo resgatado as raízes históricas de nossa preciosa e vivificante fé não repousaremos por um instante até comunica-la aos que forem dignos, segundo o preceito do Senhor. Esta é a senda da luz e da justiça, lei do amor, da compaixão, da misericórdia e da paz entregue uma única vez aos santos e heróis dos tempos antigos.

João I

João I
O Verbo se fez carne




Hei amigo

Se vc é protestante ou carismático certamente não conhece o canto Ortodoxo entoado pelos Cristãos desde os tempos das catacumbas. Clique abaixo e ouça:

Mantido pelo profo Domingos Pardal Braz:

de pentecostal a ORTODOXO.

Jesus aos apóstolos:

"QUEM VOS OUVE É A MIM QUE OUVE E QUEM VOS REJEITA É A MIM QUE REJEITA."


A CRUZ É UM ESCÂNDALO PARA OS QUE SE PERDEM. MAS PARA OS SANTOS PODER E GLÓRIA DE DEUS.

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sábado, 13 de dezembro de 2008

B) CXXIII - A verdadeira origem do Pentateuco




"Caso admitamos que as 'Crônicas' constituem uma elaboração posterior, o que é fácil demonstrar devido a sua afinidade com Esdras, a história dos judeus assume forma distinta e as investigações a respeito da origem do pentateuco tomam outros caminhos; assim sendo diante da abundância de argumentos seria necessário, caso situemos a existência de Moisés legislador em tempos mais recuados ou pré davídicos, SUSTER QUE TODA LEI  DESAPARECERÁ SEM DEIXAR VESTÍGIOS. O significado mesmo de Moisés torna-se diverso." De Wette (Beitrage, I, 135)



A imensa maioria dos fundamentalistas crê piamente que as escrituras hebraicas e gregas baixaram mágica ou miraculosamente dos céus já em seu formato retangular, com a patética capa preta e o nome do copista João Ferreira de Almeida 'ex padre'... Tomam pois a obra do padre apóstata como correspondendo perfeitamente aos registros consignados pelos copistas em hebraico, aramaico ou grego, dezenas de séculos antes que Lutero, Tyndale, Zwinglio, Calvino, JFA, Valera ou mesmo os doutos sacerdotes papistas Figueiredo e/ou Mattos Soares viessem a luz da existência.

Esta visão idealista e romântica tem sido responsável pelo cativeiro espiritual em que vive nosso bom povo... ao qual apresentam ora a JFA, ora a Linguagem de hoje, ora a Revisada da SBB, ora as versões papistas, ora a TNM, ora a versão mormônica, como sendo a autêntica palavra de deus. Deve neste caso haver mais de um deus, uma VEZ QUE VERSÃO SUPÕE DIVERSIDADE, e diversidade encontramos em tais livros e nos livros correspondentes que encontramos em aramaico, grego, latim, espanhol, italiano, inglês, alemão e francês...

É o protestantismo uma religião de traduções arranjadas mais do que o papismo que é uma religião pautada na liderança humana e que reconhece de certo modo a excelência dos quatro Evangelhos, em traduções autorizadas e com notas. No protestantismo porém, cada seita faz ou arranja sua versão ou variante.

No EUAN, reduto dessa religião subjetivista e individualistas há tantas versões quanto cabeças ludibriando os incautos e excomungadas, quase todas pelas seitas rivais.

No que tange aos antigos registros israelitas foram bem definidos por José de Campos Novaes e Cyro de Moraes Campos como mosaicos de compilações, extraídas de de inumeras fontes sejam orais/tradicionais ou provenientes de registros ainda mais antigos sejam israelitas ou pagãos.

A própria Tanak ou Mikra dos infiéis alista uma série de fontes anteriores a sí e irremediavelmente perdidas para nós tais como: O livro do Justo, o Livro das guerras do Senhor, as visões Ado, as profecias de Natã, Gad, Miquéias filho de Jemla, Oded, Aias de Silo, etc as narrativas de Isaias, as crônicas de Jeremias, e muitos outros registros elencados em II Mac 2,15.

Seja como for, todos os registros hebraicos, inclusive os mais primitivos, parecem ter sido tributários de fontes estrangeiras muito mais antigas e provenientes já da Mesopotâmia, já do Egito, já da Fenícia como veremos no decorrer desta exposição...

Quem teria recorrido a tais fontes?

Moisés, Samuel, Solomão, ou sacerdotes e escribas ocultados sob seus nomes?

No que tange ao testamento antigo, a mãe igreja recebeu os nomes dos supostos autores destes livros por mediação da sinagoga, a qual, posteriormente, consignou-os no Talmud, na Mixna, na Guemara, etc

Estamos pois no terreno das tradições hebraicas...

Assim os rabinos atribuiram o pentateuco e Jó a Moisés, seu legislador; os livros de Josué, Juizes ou Sufetin, Rute e Samuel ao próprio Samuel; os livros dos Reis ou Melakins aos profetas Gad e Natã; as Crônicas ou Dibrê Hayyamin ao imame Ezra; o Livro de Tobias ao próprio; o de Judite a Jusué ben Josedek; o de Ester a Mardocchai; os Salmos ao rei David (daí em árabe 'Dawid'); os provérbios, o cohelet, os Cantares e a sabedoria a Salomão; o rei apóstata... Tais as opiniões dos infiéis e apóstatas que a igreja tomou por guia em tais assuntos com o intuito de satisfazer a curiosidade dos santos.

Sixto senense todavia - in Biblioteca Santa Livro I pp IIII - refere que a tradição pertinente a autoria mosaica do pentateuco precedera o ministério rabínico, estando já em voga no tempo de Filo - mistagogo hebreu que viveu no tempo de Nosso Senhor Jesus Cristo - o qual assim se expressou no livro sobre a "Eternidade do mundo": "Moisés... mesmo escreveu no primeiro livro de sua obra, o Genesis: 'No princípio fez Deus o céu e a terra." e no livro da "Peregrinação de Abraão""Segundo escreveu nosso profeta Moisés naquela parte da lei que se chama Exôdo."

É possivel reportar tal tradição a Jesus de Shirak - que alguns afirmam ter sido vizir de Salomão, mas que na verdade floresceu século e meio antes do advento de Nosso Senhor e Salvador - eis o que ele registrou em seu livro: "E deu (Moisés) os mandamentos divinos e também as normas e regulamentos... e a aliança entregou a Aarão." Donde se infere que aquela geração atribuia a Moisés outros escritos além do Decalogo, muito provavelmente o pentateuco todo em sua forma atual.

A mesma autoria é corroborada pelo pentateuco samaritano - os judeus de jerusalem separaram-se dos samaritanos ou israelitas no quinto século a C - segundo o Tachquil (cólofon)que lho precede: "Eu, Abissue, filho de Finéias, filho de Eleazar, filho do grande Padre Aarão - Deus os guarde - mandei escrever este livro na montanha de Garizim, trinta anos após a ocupação da terra pelo povo de Israel. Jeová vive para sempre."

Portanto a tradição segundo a qual Moisés compoz o livro e entregou-o a guarda de sua família deve remontar no mínimo a cinco séculos antes da presente era.

A cristandade por sua vez conservou tais tradições inalteradamente, como coisa santa e divina, por cerca de mil e quinhentos anos ou seja. Até o século XVI...

Passemos a palavra a um dos mais destacados paladinos da ortodoxia papista, Fulcran Vigoroux:
"Encontramos dúvidas sobre a origem do pentateuco em Andreas Masius (1573) o qual sofreu réplica pouco independente de Jacques Bonefrerius (1643) em Hobbes, no livro do Leviatan (1651)
Muito adiantado para seu tempo é o juizo emitido por Baruch Spinosa, o qual em seu "Tratado político teológico" impugna a tradição mosaica sobre a origem do pentateuco, procurando demonstrar sua formação gradual e a participação que nele teve Esdras.
SPINOSA FORA INFLUENCIADO PELA POSIÇÃO ASSUMIDA, INDA QUE SUTIL E TIMIDAMENTE PELO RABINO ABEN EZRA CERCA DE QUINHENTOS ANOS ANTES OU SEJA EM 1167." in Dictionnaire de la Bible

Conclusão: as dúvidas com relação a autoria do Pentateuco não são, como parecem ser a primeira vista, coisa nova, deitando suas raizes em plena Idade Média e no seio mesmo da sinagoga judaica.

Pois remontam a um dois de seus ofíciais: o rabino Isaac Ben Joshua (sec XI) e o rabino Aben Ezra tendo sido desenvolvidas mais tarde pelo sábio polidor de lentes (no 'Tratado político - teológico, 1670).

Segundo estes homens sábios haviam no mínimo duas fontes: Moisés e Ezra, o imame; embora este fosse quase sempre apresentado como corretor/editor e não propriamente como co autor.

Como é bastante improvavel que o Padre Masius (1514 a 1573) - um dos primeiros ocidentais a especializar-se em siríaco - tivesse conhecimento a respeito das dúvidas apresentadas por Isaac ben Joshua Aben Ezra somos levados a concluir que tendo refeito o mesmo etinerário bíblico chegou independentemente as mesmas dúvidas. Nós imaginamos que tenha chegado as mesmas conclusões que o rabino judeu porque não tivemos acesso ao livro escrito por ele.

Somos informados no entanto de que Bonefrerius, agindo com independência e honestidade, acatou ao menos parte de suas críticas como justas, admitindo que Esdras havia atuado como editor/revisor i é, co autor. Genebrardo de Aix e Cornélio A Lapide, emitiram opiniões semelhantes e o próprio Cardeal Bellarmino (in 'De Verbo Dei' II,1) considerou que Ezra não só corrigiu extensas parcelas do livro como anexou diversos documentos necessários a sua compreensão.

Por estranho que possa parecer esta posição - tolerante ou liberal - reflete ao menos parte da tradição Cristã medieval - cf Hoberg (Moses und der Pentateuco, 72 seq.) - do mesmo modo que a judaica, de certo modo consciente face ao problema das fontes. Grosso modo a ideia bizarra e monstruosa de um Pentateuco prontinho saindo das mãos de Moisés - em termos de igreja ortodoxa e/ou romana - foi adotada apenas nos séculos XIX e XX NUMA CONJUNTURA DE RELAÇÃO COM O PROTESTANTISMO, via de regra conjuntura de rejeição face a um criticismo liberal cujo derradeiro escopo era atingir o Novo Testamento e o Evangelho, como de fato foi feito por Strauss e Bultmann. Devido a tais tentativas com o intuito de destruir a credibilidade da narrativa evangélica, optou a igreja por recuar sua defesa até o Pentateuco, assumindo uma postura tanto mais rígida e de certo modo contrária a sua tradição. O que a igreja não quis e/ou não pode perceber é que procedendo deste modo, alinhava-se de certa maneira a corrente protestante rival - dita, conservadora, ortodoxa ou fundamentalista; de inspiração biblicista e calvinista - que é a matriz de todas as seitas anti cristãs.

Desde então a igreja ou melhor seus mestres, tem forjado os melhores sofismas empregados pelos fanáticos com o intuito de confrontar a alta crítica. A igreja não quis ou não pode perceber que toda argumentação produzida pelos heréticos contra ela provem justamente de tais livros - ou seja dos registros judaicos - e que a ruína dos mesmos - quanto ao que não diga respeito a Jesus Cristo - seria uma grande vitória para ela. Pelo simples fato de que a única relação existente entre os Santos e Divinos Evangelhos e a Torá dos judeus é terem sido colocados num mesmo volume chamado Bíblia, fora este nome inexiste qualquer tipo de solidariedade orgânica entre 'Moisés' e Jesus. (Pereça pois a Tanak e com ela todas as seitas heréticas dos judaizantes, para que viva a santa doutrina da Encarnação, dos Sacramentos e da Igreja)

Felizmente tais dúvidas, emitidas por Mazius, Spinoza, etc jamais deixaram de círcular, ao menos sub repticiamente nos meios mais cultos da Europa 'cristã'.

Pouco tempo depois de Masius foi a vez do calvinista convertido Peyrere, causar escândalo com sua teoria dos pré adamitas e novos argumentos contrários a autoria mosaíca do pentateuco...

Em 1651 foi a vez do pensador inglês Th Hobbes no 'Leviatan' suster que o Pentateuco fora escrito por Ezra, o imame, a partir de fontes mais antigas

Quase que na mesma época o Pr calvinista Jean Le Clerc publicou um escrito em que apontava as emendas e manipulações implementadas pelos Massoretas e emitia suas dúvidas a respeito da autenticidade de ao menos parte dos registros judaicos.

Um seu contemporâneo, o exegeta e erudito francês Ricardo Simon - segundo alguns discípulo de Peyrere - sacerdote do oratório, teve audacia de reunir e coordenar um bom número de evidências contrárias a autoria mosaica do pentateuco:


Duas narrativas sucessivas sobre a criação do mundo (a segunda principiando em Gen 2,5), a primeira designando o artifice por Elohim e a segunda por Javé.


A confusão feita entre os nomes dos descendentes de Caim e Cainam. (Gn 4,17 - 5,12)


As repetições completamente distintas sobre o dilúvio ( 6,19 e 7,2)


O inicio truncado da estória de Abraão que começa com as palavras: "Ele partiu dali..." (cap20). Dali onde?


A reprodução das aventuras de Sara, primeiro com o faraó do Egito e depois com Abimelec rei de Gerara...


Os multiplos nomes do pai de Séfora e sogro de Moisés, Jetro (Ex 3,1); Raguel (Ex 2,18) e Hobab


E para aqueles que negam haver contradições em tais registros:


EM EX 33,7 A TENDA DA REUNIÃO É LOCALIZADA FORA DO ACAMPAMENTO DOS ISRAELITAS, MAS EM NÚMEROS 2,2 É LOCALIZADA NO MEIO DO ACAMPAMENTO...


Lançando pela primeira vez a hipótese segundo a qual Moisés teria se servido de diversas fontes para compor seus livros. Tal o fio da meada de sua obra prima: "Histoire critique du Vieux Testament." (cujos tópicos devidamente traduzidos é nossa intenção publicar).


Infelizmente a hipótese proposta por Simon foi fortemente atacada pelo Bispo de Meaux - do mesmo modo como as dúvidas de Masius haviam sido mais ou menos 'impuganadas' por Bonefrerius - e acabou ficando esquecida por cerca de um século até que em 1753 o médico de Luiz XV, Jean de Astruc, publicou uma obra intitulada "Conjecturas a respeito dos documentos que parecem ser usados por Moisés ao escrever o livro do Gênesis." (cujos tópicos também pretendemos traduzir).


"Na sua opinião Moisés tinha aproveitado escritos mais antigos. Num deles Deus era sempre indicado pela forma Elohim enquanto no outro era indicado por Javé. Juntamente com esses dois grandes documentos, Moisés serviu-se de uma dezena de fragmentos de outros escritos. Redigiu tudo em quatro colunas, uma ao lado da outra, fundida mais tarde numa única unidade que constitui agora livro do Gênesis.


Esta teoria encontrou boa acolhida. Outros sábios aplicaram-na aos demais livros do pentateuco. Mas logo apareceu a dificuldade: Como designar os documentos originais nos capítulos que continham apenas leis em vez de estórias? Assim se explica por que, em muitos escritos sobre os livros de Moisés depois de Astruc, a "Teoria dos documentos" foi elaborada, modificada e adaptada de diversas maneiras." Luc. H. Grollenberg. in "A nova imagem da Bíblia." São paulo, Herder, 1970, p 8

Astruc havia limitado suas conjecturas ao capítulo primeiro do gênesis, Eichorn ni  'Einleitung' (1780 - 83) aplicou a analise do médico francês a todo Pentateuco sendo o primeiro a contestar a autoria mosaica. 

Ilgen aperfeiçou a teoria na década seguinte.

No ano de 1800 um terceiro Padre, Alexander Geddes, publicou suas 'Observações críticas sobre a origem do Antigo Testamento' obra monumental, em que antecipou a maior parte das descobertas feitas pela alta crítica alemã no decorrer do décimo nono século, inspirando os trabalhos de De Wette, Reuss, Graf e do próprio Wellhausen. Além de W M L De Wette (1805)- que concentrou suas pesquisas em torno do Deuteronômio - Berthold, Hartmann e Von Bohlen, compuzeram obras a respeito.

Geddes havia consultado as 'Memorias e anotações' de Astruc. Ele foi o primeiro a notar que Pentateuco é formado pela associação de inumeros fragmentos desconexos e a propor a tese do 'Hexateuco'.

Vater (1802 - 1805) foi o primeiro a coligir cerca de 39 fragmentos e a situar a composição do pentateuco durante o exílio na Babilônia.

Hartmann (1831) opinou que os israelitas ainda não possuiam escrita própria, ao tempo de Moisés (situado no décimo sexto século a C).

Gramberg (1828) Kelle, Ewald, Stahelin (1830), Bleek (1831), Von Lengerke e Delitzsch, tomando pé nas antigas tradições pertinentes ao papel de Ezra, enquanto corretor e redator; postularam uma fonte sacerdotal Sacerdotal, embora a principio falassem apenas em interpolações.

Ewald, Knobel, Noldeke e Schrader sustiveram polêmica em torno da prioridade deste ou daquele documento; para Ewald por exemplo, o eixo documental era a fonte E ou Elohista. Tuch constatou que, ao menos quanto ao I Moisés, i é, o gênesis, o eixo documental era formado por J e E combinadas.

Em 1853 Hupfeldt chegou a conclusão que o Pentateuco era composto por três documentos  J, E e E 2. No ano seguinte J Rihem publicou a primeira obra em que eram propostas quatro fontes J, E, E 2 e D.

Entrementes - de 1830 a 1834 - Reuss preconizava uma abordagem natural e evolutiva da História de Israel. Vatke e George adotaram este ponto de vista no ano seguinte (1835). O próprio Reuss, pelos idos de 1850, emitiu a tese segundo a qual o Pentateuco era formado pela junção de cinco documentos J, E1, E 2, D e P, reunidos por este último redator (o Sacerdote) após o exílio, i é, no tempo do imame Ezra.

Assim sendo a partir de 1865 - 66 K H Graff ( in 'Die sogennant Grundschrift des pentateuchs' ) concluiu que Ex, Nm e Lv haviam sido redigidos durante o cativeiro. Na esteira de Reuss ele postulou a existência de cinco fontes documentais. Em 1869 Merx tece suas considerações a respeito da hipótese de Graff.

Considerações que meses depois serviram como ponto de partida para a obra de 'A religião de Israel' de Abrahan Kuenen. Aqui, pela primeira vez era proposto o esquema convencional J E D P.


  • Escrito Javista - de Judá (S)
  • Escrito eloista - de Efraim (S)
  • Escrito deuteronomista
  • Escrito Sacerdotal



A Wellhausen, coube a glória de sintetizar os quase cem anos de pesquisas sobre o tema, em seu 'Die compoisition dês Hexateuchs' 1876. Dai a teoria dos fragmentos, formas, fontes ou documentos ser conhecida por teoria 'Graff - Kuenen - Wellhausen' nos circulos acadêmicos.

Desde então a teoria documental obteve a adesão de Dillman, Kittel, Koenig, Winckler, Montet, Driver, Klostermann, Renan, Westphal, Cornill, Colenso, Bertholet, Kleinert, Duston, Wildeboer, Bantsch, etc para nos atermos ao décimo nono século. No século seguinte, após as contribuições de Martin Noth (Tetrateuco, Deuteronomismo e a formulação da hipótese etiológica) e Albrecht Alt, sua aceitação assumiu um carater de totalidade nos meios acadêmicos.

Lamentavelmente os ortodoxos e papistas, de modo geral - apesar da atuação de três sacerdotes na composição da teoria Mazius, Simon e Geddes; além é claro do piedoso leigo Astruc - recusaram-se a examinar o assunto, pelo simples fato de tal oportunidade ter surgido após o surgimento do abominável exame introduzido por Lutero e Calvino no seio mesmo da doutrina Cristã. Com Bossuet e outros a consciência romana encarou tais dúvidas como um ataque a tradição Cristã. Ela não pode ou não quis discernir entre tradições rabínicas e tradições Cristãs na plena e pura acepção do termo; foi um erro crasso e muito grave pelo qual pagamos até hoje. *

De certo modo a rejeição das tradições legitimamente cristãs por parte dos heréticos, capacitou-os a repudiar as tradições humanas dos antigos judeus que a igreja antiga havia tomado de empréstimo. Daí um Eichorn, um Ilgen, um De Wette, um Graf, um Wellhausem terem florescido entre eles e não na Igreja de Cristo, como seria para desejar. Pois setor algum da Cristandade sobre tantos ataques por parte das seitas judaizantes quanto as igrejas romana e Ortodoxa, e sobretudo esta enquanto padrão estritamente fiel ao dogma da Encarnação de Deus.

Importa saber que tais tradições - hebraicas ou rabinicas - nada tem de Cristãs como supuzeram Bossuet e a CPB na esteira dos padres antigos. Pois tendo sua origem no templo ou na sinagoga em algum tempo antes do advento do Unico Deus Verdadeiro Jesus Cristo merecem ser repudiadas como 'tradições humanas inventadas pelos homens', este é o juizo do Senhor e Mestre e o nosso.

Ademais tendo tais tradições aparecido cerca do século sexto ou quinto a C e Moisés vivido cerca do décimo quinto século a C, há entre elas e Moisés uma lacuna de quase milênio, lacuna mais do que suficiente para infirma-las, lançando-as ao terreno da imaginação e da fábula.





Apesar da Revolução Francesa ter fechado ainda mais as portas da igreja romana para as descobertas e conhecimentos científicos, a teoria das formas não deixou de contar com ao menos alguns discretos defensores em seu meio.

Michaellis, o biblista convertido, flertou por diversas vezes com ela.
Lenormant, o assiriólogo também não deixou de escrever com certa independência sob Leão XIII. Ele admitiu três autores para o Pentateuco e assim se expressou a respeito do mais antigo: 

"Um só ponto me parece hoje quase estabelecido, e isto pelas mais recentes críticas, contrárias a opinião que por muito tempo prevaleceu; QUE O JEOVISTA, QUALQUER QUE SEJA A DATA PRECISA, É NOTADAMENTE ANTERIOR AO ELOISTA; QUE SEU ESCRITO REPRESENTA NA VERDADE A FONTE MAIS PRIMITIVA  DE QUE DISPOMOS SOBRE AS ORIGENS DE ISRAEL, DE SUA SAIDA DO EGITO E DE SEU ITINERÁRIO PELO DESERTO."  in 'Les origines de l histoire Pref pg XV


O mesmo pontificado - que distinguiu-se de todos os outros pela tolerância a respeito de tais matérias - também favoreceu a audácia do Pe Lagrange.
O fanático Pio X, no entanto, envolveu tais iniciativas em sua cruzada anti modernista, pondo as coisas nos mesmos termos obscurantistas de Pio IX.
Somente quatro décadas a frente, em 1951, sob Pio XII, pode o Pe De Vaux, publicar uma edição do Gênesis que fazia juz a teoria das formas.

Enquanto o romanismo fazia tais progressos, o protestantismo, como faz até hoje, apegava-se as 'desbobertas' e teorias do Dr Albrigth, como correspondendo a tábua de salvação.
A dita tábua no entanto, estava podre e carunchosa, como certificaram Filkenstein/Silberman, in 'A Bíblia não tinha razão'
Era de se esperar que o castelo de areia erguido pelo filho de um casal de missionários protestantes, viesse abaixo, afinal semelhante construção não foi feita com objetivos científicos mas - como o próprio Albrigth proclamara, com o objetivo de "Esclarecer, compreender, e de modo geral, DEMONSTRAR A VERACIDADE DA BÍBLIA."
Todos os esforços de Albrigth e de seus partidários consistiram em tentar provar que suas ideias e crenças pré conbecidas estavam de acordo com a realidade, mas não estavam.





sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

B) CXVI - Reflexões do Pr Miguel Rizzo



A BÍBLIA




"Para outro grupo religioso a Bíblia é autoridade suprema.

Não resta dúvida de que há muita verdade nesse conceito.

Mas é preciso lembrar que A PRÓPRIA ESCRITURA NOS REMETE A SUMPREMA AUTORIDADE DE CRISTO.

DOS MESTRES TODOS QUE SE MOVIMENTAM DENTRO DO CENÁRIO BÍBLICO, NEM OS QUE O PRECEDERAM, NEM OS QUE VIERAM DEPOIS DELE LHE SÃO IGUAIS.

QUALQUER FALTA DE CONHECIMENTO SOBRE ESTE PONTO ESSENCIAL CRIA PARA OS DOUTRINADORES EVANGÉLICOS SITUAÇÕES DEVERAS EMBARAÇOSAS.

Citemos apenas dois fatos para deixar patente o perigo que estamos apontando.

O autor destas páginas teve um dia que reconciliar dois cavalheiros que, por questões comerciais, estavam estremecidos...

A tarefa da reconciliação foi assaz penosa. Um dia, já pela madrugada, depois que todos os assuntos meramente comerciais estavam ajustados, quisemos que os dois corações que até ali estavam tão separados, se reunissem para uma reconciliação final.

Eis senão quando, um dos individuos - o mais versado nas escrituras, por sinal - recusou-se a assumir uma atitude simpática e conciliatória.

Apelamos, então, para seus conhecimentos bíblicos. E, para justificar sua atitude, recitou o Salmo que diz: "Derrama sobre ele a tua indignação e prenda-o no ardor da tua ira. Fique desolado seu palácio e não haja quem hebite suas tendas." Sl 69,24 sg

Ouvindo tal argumentação, pensamos logo que a coisa poderia ter sido pior, se ao invés de citar a passagem ai referida o cavalheiro se lembra-se de apelar ao salmo 59: "Consome-os no dia da tuda indignação. Consome-os de modo que não existam mais... e tornem a vir a tarde e deem ganidos como cães rodeando a cidade, vagueiem buscando o que comer e passem a noite gemendo de fome."

Em tal situação só tivemos um caminho a seguir:

MOSTRAR QUE A LEI SUPREMA DO POVO CRISTÃO NÃO É O VELHO TESTAMENTO, MAS O EVANGELHO.

ORA, SE NO MOMENTO EM QUE UMA PESSOA CONHECEDORA DA BÍBLIA PRETENDE APLICAR A SUA CONDUTA PESSOAL ALGUNS TEXTOS ESCRITURÍSTICOS, COM RESULTADOS DESASTROSOS, NÓS SOMOS COMPELIDOS A ESCLARECE-LA, MOSTRANDO QUE A REGRA SUPREMA DO CRISTÃO ESTA NAS PALAVRAS DE CRISTO E NÃO NA VELHA LEI...

Outro caso. Este ainda mais grave. Fomos procurados, certa vez, por uma pessoa de vasta e elaborada cultura que se interessava bastante pelos estudos bíblicos, e que, por isso mesmo, tinha diante de sí um problema seríssimo para resolver.

Era este. O profeta Natan, repreendendo David, numa de suas alocuções que se tornou cérebre, atribui a Deus um fato verdadeiramente chocante nesta palavras: "Assim diz o Senhor Deus de Israel 'eis que te ungi rei sobre o povo e te libertei das mãos de Saul, e te dei a casa de teu senhor e as mulheres de teu senhor fiz passar a teu seio..." e afirma ainda, pretendendo falar em nome de Deus: "Eis que suscitarei na tua própria casa o mal contra ti e tomarei tuas mulheres diante de tuas vistas e as darei a um outro..."

O problema que nosso interlocutor queria resolver é este: COMO DEUS PODERIA TER ORDENADO AS COISAS QUE O PROFETA LHE ATRIBUI SEM QUE SEU CÁRATER FOSSE MÁCULADO?

A RESPOSTA QUE LHE DEMOS FOI ESTA: O PROFETA ERROU.

ELE TERIA DE FATO ALGUMA INSPIRAÇÃO DIVINA, QUANDO SE LEVANTOU PARA DENUNCIAR OS PECADOS DO REI, MAS, O DISCURSO QUE FEZ NÃO É INSPIRADO EM SUA TOTALIDADE.

É MUITO MAIS LÓGICO E NATURAL RECONHECER O ERRO DO PROFETA, DO QUE, PARA SALVAGUARDAR QUALQUER TEORIA EXÓTICA SOBRE A NATUREZA DA INSPIRAÇÃO, COMPROMETER O CÁRATER DE DEUS.

O apóstolo Paulo, escrevendo suas cartas, teve o cuidado paternal, de separar o que era especulação sua do que sabia por revelação.

Assim é que se expressa: "Digo isto como que por permissão e não por mandamento." e mais "mando eu e não o Senhor." E torna-se ainda mais especifico ao dizer: "Sobre as Virgen não recebi instrução alguma do Senhor, mas opino como quem foi favorecido por sua misericórdia."

EM TODAS ESTAS PASSAGENS ELE FAZ QUESTÃO DE MARCAR DIFERENÇA ENTRE OS SEUS ENSINAMENTOS E A REVELAÇÃO DIVINA.

O PROFETA NATAN NÃO TEVE ESTE CUIDADO. CONFUNDIU AS COISAS, MISTURANDO O QUE PROCEDIA DE SI COM O QUE PROCEDIA DOS CÉUS.

NO RECEBER MENSAGENS DAS ESTAÇÕES EMISSORAS, UM APARELHO DE RÁDIO COMUMENTE CONSEGUE REPRODUZI-LAS COM FIDELIDADE. HÁ, NO ENTANTO, MOMENTOS EM QUE O FENÔMENO DA ESTÁTICA PREJUDICA A RECEPÇÃO INTEGRAL DAS MENSAGENS. COISA SEMELHANTE PODE VERIFICAR-SE NO PROCESSO DA INSPIRAÇÃO.

O RECEPTOR, QUE É A MENTE HUMANA, E QUE É PARTE INDISPENSÁVEL NO PROCESSO DA INSPIRAÇÃO, CARACTERIZA-SE POR LIMITAÇÕES CONSIDERÁVEIS. É POSSIVEL POIS, QUE NUM DADO MOMENTO, AS DEFICIÊNCIAS DO APARELHO RECEPTIVO DESEMPENHEM, NESSE CASO, PAPEL SEMELHANTE AO DA ESTÁTICA.

O RESULTADO NÃO SERÁ ENTÃO PRODUTO PRIMOROSO DA MENSAGEM EMITIDA, MAS SIM DEFEITO DO APARELHO RECEPTOR.

O ÚNICO APARELHO CAPAZ DE APRESENTAR UMA REVELAÇÃO PERFEITA É A PERSONALIDADE DE CRISTO. POR SEU INTERMÉDIO A REVELAÇÃO É SEMPRE EXATA E SEGURA.

A LEI



Tratando da autoridade religiosa, preciso abordar ainda um ponto de importância capital.


O APÓSTOLO PAULO PELEJOU CONTRA OS JUDAIZANTES.


ELES MISTURAVAM A LEI CRISTÃ COM A MOSAICA.


PARA ELES AS PALAVRAS DE MOISÉS E DE CRISTO ESTAVAM REVESTIDAS DA MESMA AUTORIDADE.


UMA CONFUSÃO LAMENTÁVEL.


AINDA HOJE VERIFICA-SE O PERIGO DE TAL ERRO RENASCER NO SEIO DA CRISTANDADE.

O MELHOR MÉTODO PARA EVITA-LO É PROCLAMAR EM ALTO E BOM SOM QUE A SUPREMA AUTORIDADE PARA OS FIÉIS É CRISTO E NÃO A LEI MOSAICA.


JESUS DEIXOU ISSO PERFEITAMENTE ESCLARECIDO. POIS OITO VEZES NO SERMÃO DA MONTANHA OPOS A NOVA LEI QUE ESTAVA ANUNCIANDO A LEI MOSAICA.


A LEI DE CRISTO É INFINITAMENTE SUPERIOR.

CONFUNDIR AS DUAS LEGISLAÇÕES É EXPOR-SE AO PERIGO DUMA TERRÍVEL CONFUSÃO ESPIRITUAL.


PARA EVITA-LA, DIGAMOS POIS, AS COISAS BEM CLARAMENTE: A LEI DOS CRISTÃOS NÃO É A LEI MOSAICA...


AS PESSOAS QUE APREGOAM A LEI MOSAICA NÃO A PRATICAM EM SUA INTEGRALIDADE. POIS ELA MANDAVA APEDREJAR AQUELES QUE NÃO OBSERVASSEM RIGOROSAMENTE O SÁBADO. A BÍBLIA MENCIONA AO MENOS UM CASO EM QUE A AMEAÇA SE CUMPRIU (Nm 15,32 sgs)


POR QUE SERÁ QUE AQUELES QUE VIVEM A APREGOAR A LEI MOSAICA AO PÉ DA LETRA NÃO SE ATREVEM A EXECUTA-LA NESTE PORMENOR TERRÍVEL? É QUE A OBEDIÊNCIA LITERAL A ESSA PARTEZINHA DA LEI INEVITAVELMENTE MANDARIA SEUS EXECUTORES PARA A CADEIA. VE-SE AI QUE ELA NÃO É LEI PARA OS NOSSOS DIAS...

O CONTRASTE ENTRE A LEI E A VERDADE É SIGNIFICATIVO.


É PRECISO SALIENTAR A POSIÇÃO INSUSTENTÁVEL EM QUE FICAM AQUELES QUE DEIXAM DE RECONHECER AS LIMITAÇÕES DA LEI ANTIGA QUE ESTAMOS ANALISANDO. OS QUE PRETENDEM DAR-LHE A REGALIA DE AUTORIDADE ABSOLUTA, INFALIVELMENTE, CAEM NO ERRO DE GINÁSTICAS DE PALAVRAS, QUANDO QUEREM EXPLICAR AS RAZÕES PELA QUAL NÃO A GUARDAM EM SUA TOTALIDADE E INTEIREZA...


A AUTORIDADE SUPREMA PARA OS CRISTÃOS É CRISTO. NEM OS PROFETAS QUE LHO PRECEDERAM, NEM OS APÓSTOLOS QUE O SEGUIRAM TEM A MESMA AUTORIDADE QUE ELE. NENHUM DESSES DOUTRINADORES SERIA CAPAZ DE SUBSCREVER ESTAS PALAVRAS: "EU SOU A VERDADE".

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

B) CXII - A 'bela' moralidade bíblica... Rute dá o golpe da barriga!












"A mesma franqueza aparece sem receio em mais de um ponto das Escrituras. Fala-se freqüentemente em abrir a vulva. Os termos de que elas se servem para explicar o contato de Booz com Rute, de Judas com sua nora, não são desonestos em hebreu, mas se-lo-iam em nossa língua." D F pp 167


Neste passo, os protestantes - Como perfeitos maniqueus que são - dão suas costas ao 'original' hebraico que a conselho de Lutero e Calvino tanto idolatram para seguir a lição - mais discreta e 'grega' - de nossa Septuaginta uma vez que esta designa eufemicamente o contato sexual pelo termo 'conhecer'.





- RUTE TIROU A ROUPA DE BOOZ E DEITOU-SE COM ELE.




"Booz comeu e bebeu, e o seu coração tornou-se alegre; depois disso, foi e deitou-se junto de um monte de feixes. Rute aproximou-se de mansinho, afastou a cobertura de seus pés e deitou-se também." Rt 3,7


"Os serafins se mantinham junto dele. Cada um deles tinha seis asas; com um par (de asas) velavam a face; com outro cobriam os pés; e, com o terceiro, voavam." Is 6,2


"(pés) Eufemismo para designar o sexo." nota in loco. B Jerusalem.


Conclusão: Rute desnudou a Booz e deitou-se com ele para leva-lo a pensar que tivera algo com ela. Isto é aplicou no velhote uma espécie de 'golpe da barriga' sem sofrer qualquer tipo de recriminação por parte do piedoso javé cuja santidade encanta nossos pastores...


Em que pese o decreto da Torá - "Nenhum de vós se achegará àquela que lhe é próxima por sangue, para descobrir sua nudez. Eu sou o Senhor." Lv 18,6 - em virtude do qual nossos fundamentalistas (sucessores dos puritanos) cobrem seus corpos dos pés a cabeça, abominam a nudez, policiam a sexualidade e privam-se até mesmo dos deleites mais inocentes e puros como o lazer e o esporte...

Rute entretanto nada tinha de maniquéia ou puritana...




EM QUE PARTE DO CORPO DE ABRAÃO ELEZAR POZ SUAS MÃOS???


"Traduzimos os testículos por coxa. Eliezer pousa a mão sobre a, coxa de Abraão; José pousa a mão sobre a coxa de Jacó. Esse costume era antiqüissimo no Egito. Os egípcios estavam tão longe de ligar à ignomínia coisas que nós não ousamos nem descobrir nem nomear, que conduziam em procissão uma grande figura do membro viril chamada phallum, para agradecer aos deuses a bondade demonstrada em fazer servir esse membro à propagação do gênero humano." D F pp 167


"Hoje quando vamos fazer um juramento colocamos a mão na bíblia, os sagrados judeus no entanto colocavam suas mãos sobre os órgãos genitais de quem eles estavam fazendo o juramento, como o servo fez com Abraão ao jurar trazer uma esposa para Isaque (Gn24.2)."


AQUI UMA PERGUNTA PERTINENTE: Por que os amantes da Bíblia não juram do mesmo modo e maneira, segundo o exemplo da 'Santa e pura palavra de deus'???

Imaginem só como ficariam os tribunais protestantes???



PORNOGRAFIA INSPIRADA, INFÁLIVEL E DIVINA -



"Ela ardeu ali em amor por luxuriosos, cujo membro era como um membro de asno, e sua lubricidade igual à dos cavalos." Ez 23,20 B J (eufêmico)


"EGÍPCIOS BEM DOTADOS E DE EJACULAÇÃO VOLUMOSA" Ez 23,19

Ela, todavia, multiplicou as suas prostituições, lembrando-se dos dias da sua mocidade, em que se prostituíra na terra do Egito. E enamorou-se dos seus amantes, cujos membros são como membros de jumentos e cujo fluxo é como o fluxo de cavalos. Ipsis litteris


Corolário: gostaria que algum profeta ou iluminado nos explicasse o sentido espiritual ou religioso destas passagens divinas, inspiradas e infaliveis...


B) CXI - O testemunho de Galileu Galilei






«Parece-me que nas discussões sobre problemas naturais não se deveria começar pela autoridade de passagens das Escrituras, mas pelas sensatas experiências e pelas demonstrações necessárias. Porque a Sagrada Escritura e a natureza procedem igualmente do Verbo divino, aquela como ditado do Espírito Santo, e esta como a executora perfeitamente fiel das ordens de Deus». Primeira carta a Cristina de Lorena

«Eu diria o que escutei de um eclesiástico de um grau eminentíssimo, que o Espírito Santo tem a intenção de ensinar-nos como se vai ao céu, e não como vai o céu». segunda carta.

sábado, 6 de dezembro de 2008

B) CV - Antigo Testamento ou Corão qual registro é mais violento?




O QUE HÁ DE SAGRADO OU DE DIVINO NISTO TUDO?





"Se o estilo da História dos Reis e dos Paralipômenos é divino, as ações relatadas nessas histórias nada têm de divino. Davi assassina Urias; Isbosete e Mifibosete são assassinados; Absalão assassina Amão; Joabe assassina Absalão; Salomão assassina Adonias, seu irmão; Baasa assassina Nadabe; Zambri assassina Ela; Amri assassina Zambri; Acabe assassina Nabote; Jeú assassina Acabe e Jorâm; os habitantes de Jerusalém assassinam Amazias, filho de Joas; Selum, filho de Jabes, assassina Zacarias, filho de Jeroboão; Manaêm assassina Selum, filho de Jabes; Faceu, filho de Romélio, assassina Facéia, filho de Manaêm; Ozeu, filho de Ela, assassina Faceu, filho de Romélio. Silenciamos outros cardápios de assassínios. É preciso compreender que se o Espírito Santo escreveu essa história, não escolheu um assunto muito edificante." Voltaire in D F pp 193


E com a mesma sensatez prossegue:


"Nossa religião Cristã alicerceia-se sobre a judaica, MAS NÃO SOBRE TODOS OS LIVROS QUE OS JUDEUS ESCREVERAM. Por que o 'Cantico dos canticos' é mais sagrado para nós do que as fábulas do Talmud?

Porque, afirma-se, nós o incluímos no Cânon dos hebreus.

E que é esse Canon?

Uma coletânea de obras autênticas.

Essa é boa!!!

Uma obra por ser autêntica será divina?

Uma história dos reis de Judá e de Siquém, por exemplo, será algo mais do que história?

Eis um estranho preconceito.

Nós condenamos aos judeus e queremos que tudo quanto foi escrito por eles traga o selo da divindade.

Jamais houve contradição tão ridícula." D F 309


Assim, com meus botões fico a pensar nos 'bons cristãos' aos quais pouco falta para vomitar diante das páginas policiais de nossos jornais - amiúde encharcadas de sangue! - e que, simultaneamente, deliciam-se face a estas páginas policiais ou narrativas criminosas escritas há mais de dois mil anos em nome de Deus ou melhor do deus dos antigos judeus!!!

Diante deste fato inusitado somos levados a conjecturar que a adição do nome de deus num documento qualquer causa tanto transtorno a ponto de tornar apetecível esta crônica indigesta plena de assassinatos, traições e pilhagens...

Em se tratando dum livro ou jornal qualquer, isto é, sem qualquer pretensão de sacralidade ou sobrenaturalidade as mesmas narrativas certamente despertariam asco e horror nos verdadeiros seguidores de Jesus; como no entanto tais registros não exitam em atribuir a iniciativa de tais monstruosidades a divindade; multidões de 'crentes' mal orientados são levados ao delírio diante deste tipo de leitura...

Bastou que um idiota qualquer tomasse a infeliz iniciativa de incluir tais porqueiras na 'Bíblia' "Cristã" (Sic) para que passassem elas a ser lidas com gosto até mesmo por jovens e crianças - Nas escolas dominicais - convertendo-se em fonte de inspiração!!! Desde então a coisa passou a ser movida a base do Maktub; está escrito e ponto final... 'Deus ou quer' e ai de quem questionar...

E mais uma vez temos de perguntar aos fundamentalistas por que Deus fez o homem questionador quando poderia te-lo feito a imagem e semelhança de um pedregulho ou duma tabua de madeira!!!

Nossos questionamentos incomodam-nos??? Vão reclamar com a divindade que segundo vossas narrativas fez o homem a sua imagem e semelhança...

No entanto é assim mesmo... como se o nome de deus tivesse o poder mágico de converter bosta em ouro ou sangue em leite!!!

E no entanto as coisas são aquilo que são em virtude de sua natureza i é duma lei natural que deve refletir a vontade imutável de Deus...

É o quanto basta para sabermos que o Deus verdadeiro não pode ter recomendado ou aprovado qualquer ação que vá de encontro a lei natural ou a norma e regra da consciência que ele mesmo gravou no coração de todos os seres humanos!!! A qual proíbe-os de matar, roubar, mentir, trair, etc sob qualquer pretexto ou exceção. Assim Deus não é Deus que abençoe crimes convertendo-os em virtudes... por mais que os sacerdotes da casa de israel e com eles os pastores protestante e mesmo alguns padre anencéfalos, gritem e batam seus pés; tudo quanto é condenado pela lei natural é igualmente condenado por Deus!!!

Mas e a palavra de Deus, onde fica?

Não fica porque se contraria a lei natural que sabemos com certeza absoluta proceder de Deus, não é verdadeira palavra de Deus mas palavras de homem! Pelo simples fato de que Deus não pode mudar nem contradizer-se.

Logo se a norma e regra da consciência proíbe os seres humanos de matar, roubar, mentir e trair; o que é confirmado pela lei positiva do Decalogo; todos os assassinatos e roubos, traições e mentiras; enfim ações pecaminosas que lhe são atribuídas pela lei dos hebreus constituem na verdade sacrilégios e blasfêmias cuspidas pelos sacerdotes desmiolados!!!

Mas é a palavra de Deus!!!! Não, não é; mas apenas palavras de homens malvados ou ignorantes associadas a palavras de Deus. (Aquelas que são destinadas a encaminhar todos os seres humanos ao Supremo Instrutor Jesus Cristo).

Acaso deus não poderia autorizar ou permitir a quebrar da sua lei ou por-se acima dela? Jamais pois se a lei emana de sua vontade e sua vontade é regulador interno de seu Ser, ao quebrar a ei estaria Deus pelejando contra sua própria vontade, o que é rematado absurdo. Por outro lado se sua lei é boa e perfeita como ele mesmo é Bom e Perfeito, a quebra da mesma lei constituirá sempre um ato mal i é um ato que não poderia ser executado pela divindade...

Deus não pode estar acima de sua lei porque sua lei esta dentro de si mesmo... a Lei natural não é algo externo a Deus mas algo que emana e procede da vontade de Deus; assim ele jamais poderia atuar contra a lei sem atuar contra si mesmo mostrando-se dividido...

Aqui o Espírito Católico parece superar em sabedoria o espírito divino; pois estava ciente de que a familiaridade das pessoas com tais escritos - De caráter violento e criminoso - seria apta para impregnar e transtornar suas mentes plasmando caracteres violentos até o crime.

Tal a razão porque como costumamos dizer; Wulfilas , Bispo dos gôdos; optou por não inserir tais registros em sua 'Bíblia'; convencido de que os teutônicos recém convertidos e ainda apegados a seus costumes bárbaros e violentos; haveriam de repudiar os princípios e valores propugnados pelo Evangelho de Cristo para aderir a este padrão rasteiro e vulgar de moralidade (ou melhor de imoralidade!) predominante entre os antigos hebreus.

Da mesma maneira os teólogos espanhóis desaconselharam a tradução de tais livros para os dialetos indígenas da América recém descoberta, receando que a leitura dos mesmos fortalecesse ainda mais o espírito belicoso que impregnava tais culturas...

O mesmo princípio tem levado certos psicólogos e educadores; sobre o efeito que a leitura de publicações e a prática de jogos violentos por parte de nossos jovens e crianças tem exercido sobre suas mentalidades e caracteres em formação e propiciado o aumento de atitudes violentas e crimes.

Que são no entanto os livros históricos dos antigos judeus senão uma sucessão interminável de assassinatos, violências, traições, etc associadas ao nome de deus e querendo insinuar que tais ações são justificadas por sua vontade ou absolutamente normais! Subjaz por toda ela uma espécie de indiferença ou de aprovação tácita de todos estes crimes por parte de javé... O QUANTO BASTA PARA O LEITOR OU LIVRE EXAMINADOR DESPREPARADO ENCARAR TAIS ATOS CRIMINOSOS SOB A MESMA PERSPECTIVA: Já como banais, já como heroicos; quando deveria te-los em conta de odiosos!

Pois como declara o apóstolo predileto: "ASSASSINO ALGUM HAVERÁ DE PORTAR EM SI A VIDA ETERNA!!!"

E o próprio Senhor e Mestre de todos: "O QUE FIZESTES A QUALQUER UM DESTES MEUS MENORES A MIM MESMO FIZESTES."

Assim em virtude do sagrado mistério da Encarnação, é Jesus assassinado nos assassinados, torturado nos torturados, espoliado nos espoliados, traído nos traídos, enganado nos enganados, etc

Agora o amigo protestante classifica-me como maniqueu por que COMO SEGUIDOR DO VERDADEIRO EVANGELHO mostro-me indignado face ao caráter sanguinário de tais escritos; que demonstre então seu anti maniqueísmo lendo para seus filhinhos as páginas polícias da Folha ou do Estadão, cuja única diferença face as escrituras dos judeus é silenciar a respeito do nome divino... OU MELHOR QUE PASSE A PRÁTICA: ASSANDO UMA BRUXA, UMA WICANISTA POR EXEMPLO, AS QUATRO HORAS DA TARDE EM SEU JARDIM!!!

Pois se condenamos todas estas ações nos homens mortais que formam a congregação de Jesus Cristo, anatematizando solenemente o assassinato, a agressão, a violência, a guerra, a execução, o roubo, a mentira, a traição, etc COMO PODERÍAMOS DAR OUVIDO AOS ANTIGOS HEBREUS E ATRIBUIR AS MESMÍSSIMAS AÇÕES VERGONHOSAS AO CRIADOR DO UNIVERSO OU A SEUS VERDADEIROS SANTOS!!!???!!!

Assim num dia anunciamos a verdadeira palavra de Deus consignada pelo apóstolo e segundo a qual assassino algum pode herdar a vida eterna; para no dia seguinte ler as proezas do sanguinário 'rei' Davi e proclamar seus elogio dizendo que era um varão segundo o coração de Deus!!!

E qual será o efeito de tudo isto???

Não poucos haverão de concluir: João esta errado ou falou besteira porque NA PALAVRA MAIS ANTIGA DE DEUS, esta registrado que Davi apesar de ter matado  MILHARES E MILHARES DE SERES HUMANOS POR MOTIVOS CREDAIS OU RELIGIOSOS, AINDA ASSIM CONTAVA COM O BENEPLÁCITO DIVINO... e como é do homem tirar de tais registros lições práticas para a vida, concluiria nosso homem (como os calvinistas ortodoxos): hipoteticamente seria uma ação louvável aos olhos de Javé massacrar todos os papistas e espíritas deste país...

Aqui dirá alguém: E no entanto nossos protestantes, mesmo calvinistas não ousaram faze-lo!

Decerto que não o fizeram.

No entanto uma coisa é não fazer por não querer e outra bem distinta não fazer por não querer ou seja porque vivemos num estado Laico ou secularizado sob a tutela do exército e da polícia!!!

Do contrário que haveriam de fazer todos estes homens que guiam-se pelos exemplos do antigo testamento não o sabemos!!!

A tendência natural seria reproduzirem eles no tempo presente tudo quanto encontramos registrado no livro dos Reis e das Crônicas!

--- Professor não viaje na maionese. Afinal sabemos que os princípios e valores enunciamos no Evangelho e no corpo do Novo Testamento bastariam para conter tais instintos???

Então por que não foram suficientemente poderosos para conter os péssimos instintos de Calvino, Beza, Bullinger, etc???

Acontece que Calvino, Beza e Bullinger viveram noutra época; no afastado século XVI???

Acontece que Calvino, Beza e Bullinger foram contemporâneos de Castellio, Palleario, C S Curione, etc OS QUAIS APONTAREM-LHES MIL TEXTOS E SENTENÇAS FAVORÁVEIS A TOLERÂNCIA EXTRAÍDOS DO EVANGELHO...

Diante disto como procederam Calvino, Beza, Bullinger, etc: apontando para o antigo testamento I É PARA REIS, CRÔNICAS, LEI DE MOISÉS, ETC E DIZENDO: ESTA ESCRITO, TAMBÉM AQUI ESTA A PALAVRA PURA DE DEUS!!!

Quanto a razão disto tudo é muito simples: o antigo testamento contem ESTÓRIAS E REGULAMENTOS enquanto Jesus enunciou princípios e valores; ora sabemos que a mentalidade simples das massas compreende mais facilmente a linguagem das estórias e regulamentos enquanto apenas os mais educados e civilizados encontram-se no acesso dos princípios e valores. Assim as massas incultas tenderão sempre a priorizar e a estimar o antigo testamento face ao Evangelho... É O QUE SE SUCEDE EM TODAS AS SEITAS FUNDAMENTALISTAS DA FACE DA TERRA!!! O EVANGELHO SEMPRE CEDE FACE A TORÁ!!! MORRE O ESPÍRITO CATÓLICO E RESSURGE O PODEROSO ESPÍRITO DO FARISAISMO SETE VEZES MAIS FURIOSO!!!


De modo que não sabemos e jamais poderemos saber o quanto este padrão de leitura tem sido responsável pela construção duma Sociedade violenta, que encara a agressão e o derramamento de sangue como banais; a exemplo da Sociedade Norte Americana e das demais Sociedades influenciadas pela teologia calvinista. TAL A RAIZ MAIS PROFUNDA DE INSTITUIÇÕES SACRÍLEGAS COMO A K K K, O GENOCÍDIO DOS PELES VERMELHA, O APARTHEID, ETC sempre uma releitura ou reaplicação das crônicas do A T e retomada do espirito judaico!!! Até mesmo a inquisição espanhola e a ideologia do sangue puro parece ter as mesmas raízes; tal a opinião de Américo de Castro e a tese desenvolvida por Antonio Domingues Ortiz (in 'Los judeoconversos en España y América - Madrid - 1971); em que pese as críticas de Netanyahu este tipo de transposição cultural é mais comum do que pressupomos e talvez esteja presente igualmente na gênese do caráter etnocêntrico da Ortodoxia russa... De qualquer modo ou maneira ele jamais atingiu os níveis que veio a atingir no contexto protestante; pois se na Espanha e na Rússia o fator preponderante parece ter sido a convivência com os judeus e a clássica relação não só de ódio mas também de amor e admiração; no protestantismo o fator foi muito mais forte: a leitura dos registros judaicos em pé de absoluta igualdade com os registros legitimamente Cristãos; o que propiciou ou retorno inconsciente ao padrão judaico da eleição restrita e consequentes tentativas de se justificar o racismo...

Diante disto nem podemos conceber como um 'sectário' qualquer tenha a audácia e ousadia de apontar para o Corão e criticar o Islã; pois em que pese a presença da Jihad e a alusão indireta a alguns atos de violência inseridos no livro sagrados dos muçulmanos pode-se dizer sem medo de errar que ele é muito mais comedido ou sóbrio do que o antigo testamento em termos de sangue, de agressão e de criminalidade... em termos de vícios, torpezas, pecados e maus exemplos o antigo testamento ganha de lavada!!!

Correspondendo o Corão a um padrão não só mais discreto como mais elevado... abstendo-se de fornecer detalhes chocantes sobre certos atos de violência.

Agora dirá nosso protestante que o Corão surgiu bem depois... E no entanto este argumento não prova absolutamente nada....

Primeiramente porque o Evangelho mesmo sendo anterior ao Corão apresenta um padrão ético muito mais elevado; o que depõe inclusive e favoravelmente a respeito de sua origem divina.

Por outro lado se o Antigo Testamento procede de Deus deveria no mínimo mostrar tanta elevação e nobreza quanto o Nosso Evangelho; mas ele não chega como vimos nem aos pés do Corão; e isto basta para evidenciar que é ao menos em parte um registro meramente humano!!! Não é palavra de Deus; apenas contem algumas palavras de Deus.

Nem podem os sectários protestantes demonstrar qualquer tipo de indignação face ao princípio da Jihad muçulmana sem que se mostrem hipócritas. Pois a origem desta instituição truculenta encontra-se justamente nos registros judaicos; registros em que jau é apresentando a convocar seus súditos para que implementassem uma GUERRA DE EXTERMÍNIO CONTRA TODOS OS IDÓLATRAS... a ponto de ordenar o massacre de idosos, mulheres, crianças e até mesmo animais...

Ora os muçulmanos ao menos concedem o favor da Djzia aos povos do livro (judeus e cristãos) e a possibilidade de conversão aos idólatras ao invés de massacra-los sumariamente como os antigos israelitas...

Assim o Corão e os muçulmanos estão mais próximos da luz do Evangelho do que a Mikra e os antigos israelitas; isentos de benignidade e compaixão.

Por sinal tais caracteres traduzem-se na prática mesmo; pois enquanto os sectários protestantes adeptos do iconoclasmo sem qualquer receio as pinturas, afrescos e murais de diversas igrejas e catedrais papistas do Norte da Europa no século XVI; os muçulmanos ao tomarem posse de nossos templos e converte-los em Masjids ou Camiis (Mesquitas) quase nunca se atrevem a raspar nossas ícones limitando-se a cobri-las por cima ou a caia-las; prova disto são as inúmeras igrejas gregas cujas pinturas, até então cobertas, estão sendo restauradas pelo governo da Turquia. Até aqui os fundamentalistas protestantes, reproduzindo o éthos do antigo testamento; mostram-se mais rudes e grosseiros.







Templo ortodoxo na Turquia cuja iconostase foi preservada pelos muçulmanos!!!









quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

B) XCV - ALGUMAS CONSIDERAÇÕES EM TORNO DOS SALMOS.

"NEM MESMO A EXPLÊNDIDA MÚSICA DE GOUNOD, É CAPAZ DE CRISTIANIZAR ESTE SALMO:

'FELIZ SERÁ AQUELE QUE AGARRAR E ESMAGAR OS TEUS PEQUENINOS ATIRANDO-OS CONTRA OS ROCHEDOS.' 137 Fosdick, iden, p 46

Jesus porém dizia: "DEIXAI VIR A MIM AS CRIANCINHAS PORQUE DELAS É O REINO DOS CÉUS." que diferença...




Coisa trivial nos depararmos ainda hoje - em pleno século XXI - com Cristãos iracundos e encolerizados cujo principal deleite consiste em rogar pragas contra seus desafetos (pessoais ou espirituais), anatematizar, amaldiçoar, etc

De fato não poucos dentre os neo Cristãos, ora matriculados na escola de Moisés, dos escribas e fariseus; acreditam estar autorizados a odiar não apenas doutrinas ou princípios mas outras pessoas, isto é seres humanos. E como acreditam que o próprio deus torturara perpetuamente tais pessoas, sentem-se igualmente autorizadas a desejar que tais pessoas experimentem diversos tipos de sofrimentos e dores já nesta vida e mesmo a sentir certo contentamento ou felicidade diante da desgraça alheia, sempre que seu objeto sejam os heréticos ou infiéis...

E dando vazão a seus instintos baixos e vulgares aspiram por punições e vinganças e chegam inclusive a orar para que seus adversários ou os adversários de seu deus sejam implacavelmente torturados... e são capazes de demonstrar grande alegria quando seus inimigos são acometidos pelo câncer, o fogo selvagem ou o HIV... ou quando as partes da terra habitadas pelos infiéis são convulsionadas por algum cataclismo.

Assim, enquanto todos os verdadeiros seguidores de Jesus Cristo choravam e lamentavam pelas vítimas do Tsunami; nossos pentecostais ovacionavam e aplaudiam o que encaravam como um castigo divino...

"Foi uma justa punição enviada por deus a gente idólatra daquelas terras." escreveu um.

"A ira do senhor desabou sobre os politeístas e infiéis; deus é tremendo." proclamou outro.

Que estas pessoas cegas e mal orientadas não partiram do Evangelho ou mesmo do Novo Testamento quando teceram tais considerações, depreende-se das santas palavras do Senhor Jesus Cristo:

"ABENÇOAI AOS QUE VOS MALDIZEM E INTERCEDEI PELOS QUE VOS PERSEGUEM." 

Bem como da pena apostólica: "DA MESMA BOCA NÃO PODE SAIR BENÇÃO E MALDIÇÃO." ... "A BENÇÃO FOSTES CHAMADOS; ABENÇOAI."


Então onde é que foi que nossos 'cristãos' de palha aprenderam a odiar e a praguejar tão bem? A ponto de fazer inveja aos pagãos...


"NO SALMO 109, O AUTOR ROGA MORTE SOBRE O SEU INIMIGO E QUE SEJAM ORFÃOS SEUS FILHOS, E VIÚVA A SUA ESPOSA. SEJAM VAGABUNDOS E PEDINTES OS SEUS FILHOS E BUSQUEM O PÃO EM LUGARES DESOLADOS. NÃO HAJA NINGUÉM QUE SE COMPADEÇA DELES, NEM QUEM FAVOREÇA SEUS ORFÃOS. NÃO HÁ, CREIO EU, CRISTÃO QUE EM SÃ CONSCIÊNCIA OUSE AJOELHAR-SE AOS PÉS DE SUA CAMA E RECITAR UMA ORAÇÃO DESSE TIPO CONTRA O PIOR DE SEUS INIMIGOS. A ORAÇÃO DO HOMEM QUE ESCREVEU ESTE SALMO NÃO ESTÁ DE ACORDO COM O ESPÍRITO DE CRISTO, POR ISSO NÃO NOS É LÍCITO RECEBE-LA COMO MÔDELO ESPIRITUAL... COMPARAMOS OS ENSINAMENTOS DAS ESCRITURAS COM OS ENSINOS DE CRISTO E DESCARTAMOS O QUE NÃO CONCORDA COM SUAS PALAVRAS." Charles R. Bronw, iden, id



"AH! FORÇOSO É CONFESSAR QUE OS SALMOS DE DAVID TEM MENOS PRECEITOS DE AMOR E BONDADE QUE ASPIRAÇÕES DE VINGANÇA E SENTIMENTOS DE ÓDIO...


OS SALMOS DE DAVID SEMPRE NOS PARECERAM ASSAZ INADEQUADOS PARA SEREM CANTADOS EM NOSSAS IGREJAS.


PRIMEIRO, PORQUE ESSAS POESIAS ESTÃO SATURADAS PELO ESPÍRITO DA VELHA LEI, A LEI DE TALIÃO, LEI DE CÓLERA E RANCOR; DEPOIS, OS SALMOS DE DAVID SÃO DEMASIADO PESSOAIS PARA APROVEITAR A GENERALIDADE DOS FIÉIS. RAROS SÃO OS CANTARES DE GRAÇA E AFABILIDADE QUE EMITAM UMA SÃ RELIGIOSIDADE...


ACASO NÃO HOUVE SANTO DOUTOR PERTENCENTE A IGREJA QUE COM SEMELHANTE INSPIRAÇÃO RESUMISSE OS PENSAMENTOS SALUTARES DO EVANGELHO?



PRATICAMOS UM CULTO E PEDIMOS EMPRESTADO A UM OUTRO CULTO OS NOSSO HINOS. PEDIMOS VINGANÇA CONTRA NOSSOS INIMIGOS QUANDO O CRISTO BENDITO NOS ORDENOU QUE OFERECESSEMOS A OUTRA FACE A QUEM NOS ESBOFETEASSE. IMPLORAMOS A VINDA DE UM MESSIAS QUE JÁ VEIO A MAIS DE DEZOITO SÉCULOS, FALAMOS EM SACRIFÍCIOS ABOLIDOS, USANÇAS ABROGADAS, LEIS DRACONIANAS, ETC...


NOSSO PARECER É QUE A IGREJA DEVERIA ELIMINAR ESSES RESÍDUOS DE JUDAISMO E COMPOR HINOS EM PLENA SINTONIA COM AQUELE GÊNERO DE CULTO QUE DERRUIU PARA SEMPRE O DOS HEBREUS. NÃO VOS PARECE ESTRANHO QUE ISRAELITAS E CATÓLICOS ENTOEM OS MESMOS HINOS E VERSOS?" Camilo Castello Branco, in "Freira no subterrâneo." Porto, Lello, 1911, pgs 175 sgs

Lamentavelmente, os fatos nos obrigam a admitir que muitos aprenderam a odiar, a praguejar e a aspirar por punições e vinganças no primitivo hinário judaico a que chamamos Salmos.

Por acreditarem que tudo quanto ali se encontra registrado esta de pleno acordo com a vontade de Deus.

De fato nem podemos negar que o primitivo hinário judaico tenha se convertido muito naturalmente no primeiro hinário Cristão e isto por uma razão bastante compreensível: além de conter certo número de alusões proféticas a Jesus Cristo e seus mistérios os tais Salmos, em parte, estimulam o fiel a aproximar-se da divindade com certa confiança e ternura de sentimentos, o que denota certa acuidade psicológica e existencial.

Em que pese o emprego sistemático dos Salmos judaicos na adoração oficial e no culto publico a que chamamos liturgia, nem por isso a consciência Cristã e piedade Ortodoxa sentiu-se satisfeita; antes pelo contrário, desde a Era apostólica - como inferimos a partir de certos fragmentos do 'Corpus Paulinum' - intentou elaborar um SALTÉRIO OU HINÁRIO PROPRIAMENTE CRISTÃO OU ECLESIÁSTICO em que a abordagem dos mistérios de Cristo fosse mais intensa e profunda e a lei do amor e do perdão afirmada com ainda mais firmeza.

Destarte, sem que os velhos Salmos fossem abandonados por completo, século após século seu espaço foi diminuído em benefício de peças lírias autenticamente Cristãs como o Simeron Kremate e o I zoi em tafo no Oriente ou o Te Deum, o Veni Creator ou o Pange Lingua no Ocidente.

Assim ao que era atribuído a Davi ou a Salomão foram associadas pelas de Efraim, Basílio, Gregório, Crisóstomo, Romano, João Damasceno, Sedúlio, Aquino, Celano, etc As quais eram ou ainda são entoadas em nossos ofícios sagrados.

Toda esta hinologia Cristã foi ampliando-se e avolumando-se em todas as partes do mundo Cristão até o dia em que abateu-se sobre ele aquela terrível tempestade conhecida como 'reforma protestante'.

Assim, a começar por Calvino principiou o hinário ou saltério Cristão - confeccionado pela Igreja Ortodoxa - a ser apresentado como obra puramente humana - em comparação com os Salmos judaicos da Bíblia - para logo em seguida ser apresentado como obra inquinada de erros e heresias e atribuído ao Diabo. Nesta perspectiva foi o calvinismo uma espécie de brado de guerra: retornemos aos Salmos!!! E implicou no repudio da hinologia tradicionalmente Cristã por parte das seitas ocidentais... cessando o 'Adeste Fidelis' ou o 'Stabat Mater' de serem entoados em suas cerimônias.

Manteve-os a igreja papista até o Vaticano II, quando enfim, CEDENDO A INFLUÊNCIA DELETÉRIA DO PROTESTANTISMO substituiu-os igualmente pelos velhos salmos judaicos ou cânticos extraídos a Mikra; voltando suas costas a tradição dos antigos padres; ora mantida apenas pela Igreja Ortodoxa ou grega. E nem precisamos dizer que esta substituição precipitada não se fez nem se fará sem grave dano a piedade da igreja latina...

Nem podemos nós deixar de encarar a direção tomada pelos ocidentais como grave indício de apostasia e alienação face a nosso patrimônio legitimamente Cristão.

Antes era de se esperar que a hinologia Cristã fosse incrementada até nossos dias e que as partes não edificantes dos Salmos judaícos fossem definitivamente removidas das liturgias apostólicas.

Pois Cristão algum em sã consciência seria capaz de apresentar Nosso Senhor Jesus Cristo como um infanticida que aprova o extermínio dos filhos dos não Cristãos desejando que sejam atirados contra os rochedos e esmagados. Mormente quando toda tradição é unânime em condenar o aborto!!!

Que pensar então no Salmo 137,9 e em sua exortação ao infanticídio??? Como diante do Evangelho aberto encarar este fragmento como pura palavra de deus e não como péssima palavra registrada por homens maus???

De fato podem o ortodoxo, o anglicano e o papista pensar desta maneira e fazer jus a piedade porque suas igrejas não reconhecem o dogma da inspiração plenária ou linear que constitui por assim dizer o fundamento do protestantismo ortodoxo de matriz calvinista. Do contrário, admitindo que tais palavras correspondem a vontade divina, nossas comunhões poderiam ser justamente acusadas de promover o infanticídio...

Não há como reconhecer a doutrina da inspiração plenária ou linear sem apresentar a divindade como favorável ao infanticídio e aprova-lo. Pois esta escrito - Maktub!!! Deve pois o protestantismo ortodoxo, numa linha de coerência, reconhecer; como muitos de seus membros reconhecem, que a vontade de seu Deus esta de acordo com o extermínio dos filhos dos infiéis.


Agora todos vocês ateus, materialistas e incrédulos - que folgam em lançar pedras a igreja papólica como se correspodesse ao que há de pior na face da terra - saibam que o protestantismo ortodoxo ou bíblico (Não podendo deixar de sancionar tudo quanto javé sanciona em sua palavra!) não pode deixar de admitir que massacrar vossos filhos, bem como os rebentos dos papólicos, ortodoxos, espiritas, etc não implica em crime perante a lei divina e natural; mas em ato de piedade religiosa.

Agora nosso protestante diz: De modo algum, reprovo e condeno o extermínio dos filhos dos não protestantes ou infiéis e idólatras!!! Então posicione-se claramente diante do tal Salmo 137,9 esclarecendo se é ou não uma palavra inspirada de deus!!! Pois se se trata da pura palavra de deus como pode o fiel rebelar-se contra a palavra da divindade e dela discordar???

Não há como fugir a este dilema: ou reconhecemos que a dita passagem dos Salmos é de lavra puramente humana e condenamos seu conteúdo ou justificamos o infanticídio!!! Aqui não há outra alternativa ou meio termo!!! Ou sacrificamos doutrinas e ideais fixas ou sacrificamos a moral e o ensinamento do Evangelho prostituindo a divina Revelação.


Por outro lado, admitindo que os tais Salmos são parte divinos e parte humanos ou que contém - e não que sejam - palavras de Deus e palavras de homens ignorantes não podemos deixar de estender esta constatação aos demais escritos judaicos.
Só assim buscaremos apenas Jesus Cristo.

E cessaremos de praguejar, de anatematizar e de amaldiçoar como os antigos israelitas, os fariseus e os escribas para viver a lei do amor, da tolerância, da generosidade e do perdão outorgada pelo Santo e divino Evangelho. Enquanto não raiar este dia feliz - em que os Cristãos passem a viver unicamente de Jesus Cristo e de seus apóstolos - os incrédulos e infiéis encontrarão argumentos razoáveis com que resistir a oferta da amizade divina... pois um deus cuja vontade esteja de acordo com os instintos mais baixos e vulgares do homens não é digno de ser considerado.

Ou o Deus do Evangelho e de Jesus Cristo ou deus algum.