Hiper agia ai partenos Maria, akrantos Mitéra tou Khristos Theos - soson imas!
Batul Lala Marian Wallidat al illah - ʕawnu ni!

Nossos pais e avós foram protestantes, nossos tetravos papistas, as gerações do passado remoto no entanto foram Católicas, apostólicas e ortodoxas, e nós, consagrando todas as forças do intelecto ao estudo da coisas santas e divinas desde a mais tenra idade, reencontramos e resgatamos a fé verdadeira, pura, santa e imaculada dos apóstolos, mártires e padres aos quais foi confiada a palavra divina. E tendo resgatado as raízes históricas de nossa preciosa e vivificante fé não repousaremos por um instante até comunica-la aos que forem dignos, segundo o preceito do Senhor. Esta é a senda da luz e da justiça, lei do amor, da compaixão, da misericórdia e da paz entregue uma única vez aos santos e heróis dos tempos antigos.

João I

João I
O Verbo se fez carne




Hei amigo

Se vc é protestante ou carismático certamente não conhece o canto Ortodoxo entoado pelos Cristãos desde os tempos das catacumbas. Clique abaixo e ouça:

Mantido pelo profo Domingos Pardal Braz:

de pentecostal a ORTODOXO.

Jesus aos apóstolos:

"QUEM VOS OUVE É A MIM QUE OUVE E QUEM VOS REJEITA É A MIM QUE REJEITA."


A CRUZ É UM ESCÂNDALO PARA OS QUE SE PERDEM. MAS PARA OS SANTOS PODER E GLÓRIA DE DEUS.

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domingo, 6 de fevereiro de 2011

IX - Dizem os protestantes (a Bíblia dos primeiros Cristãos - fosse grega ou hebraica - era igual a dos hebreus) / A Verdade

Dizem os protestantes: O Canon dos primitivos Cristãos era igual ao Canon palestiniano.







A VERDADE


"Não é veraz o modo com que traduzem a escritura. 'A moça conceberá e dará luz...' pois Teodocion e Aquila, proselitos judeus querem insinuar com isto que Jesus era filho natural de José, e os ebionitas com eles DESTROEM TUDO QUANTO EXISTE E REDUZEM A NADA AS PROFECIAS." Irineu de Lyon id, iden
"ASSIM ELES - os hebreus -ELIMINARAM COMPLETAMENTE MUITAS PASSAGENS - as adições e Daniel e Ester certamente - DA VERSÃO DOS SETENTA PELAS QUAIS SE DEMONSTRA QUE ESTE MESMO JESUS CRUCIFICADO, FOI ANUNCIADO COMO DEUS E HOMEM QUE DEVIA SOFRER E MORRER." Justino de Roma in Disputa com Tarfon LXXI,02
"ASSIM OS HEBREUS TEM REGEITADO OUTRAS TANTAS PARTES DA ESCRITURA QUE SÃO TESTEMUNHO DE CRISTO." Tertuliano de Cartago in Femin Cult III
OS JUDEUS COSTUMAVAM RECLAMAR QUE OS CRISTÃOS CHAMAVAM UM GRANDE NÚMERO DE LIVROS COMO ESCRITURAS." Skarsaune Oscar in "The question of old testament canon in early greek church" pp 444
Os protestantes ficam com os testemunhos e tradições anti cristãs dos escribas e fariseus e nós com o Testemunho da Igreja fundada por Cristo e dos sucessores dos apóstolos.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

VI - Dizem os protestantes... (OS DEUTEROCANÔNICOS JAMAIS FORAM CITADOS POR JESUS CRISTO) / A Verdade

Dizem os protestantes: "Si bien el exacto proceso de agregado de los deuterocanónicos/apócrifos al canon hebreo por el uso de la Iglesia antigua genera muchos interrogantes, lo que queda claro es que tales adiciones carecen por completo de autoridad por parte del Señor Jesús, de los Apóstoles o de los autores del Nuevo Testamento, ni explícitamente ni por vía de ejemplo a través de citarlos como Escrituras." Saravi

"Nosso Senhor recebeu as escrituras que os judeus decidiram ser canonicas." Angus J opus cit pp 79

"Há no Novo Testamento cerca de 260 citações diretas e cerca de 370 alusões a passagens do Velho Testamento; contudo, entre todas estas, NÃO HÁ UMA ÚNICA REFERÊNCIA DE CRISTO OU DE QUALQUER UM DOS APÓSTOLOS AOS LIVROS APÓCRIFOS." Boettner opus cit 72

(Cf Tambem - Biblioteca sacra theologica of the Xenia Seminary)



A VERDADE


Eis-nos diante do supra sumo ou da quintessencia da argumentação protestante face ao Canon alexandrino.

Devido a petição feita a pessoa de Nosso Senhor e Mestre Jesus Cristo, a argumentação protestante até parece ter alguma consistência e solidez.

Num primeiro momento, somos levados a admitir, que, caso tais registros fossem verdadeiramente inspirados deveriam ter sido citados por Nosso Senhor Jesus Cristo e por seus abençoados apóstolos no Corpo do Novo Testamento...

E sem embargo nenhum deles foi citado como Escritura já pelo Senhor, já por seus apóstolos.

Diante disto, os protestantes erguem suas vozez e exclamam em tom de triunfo que o Senhor e seus apóstolos não reconheceram, antes negaram a autoridade de tais livros.

Concedo que aparentemente seja argumento imbatível.

Um sofisma muito bem construido e aparentemente irretorquivel...

Uma evidência acima de qualquer refutação possivel.

E no entanto, quando investigamos a questão tanto mais a fundo e com mais atenção quanta miséria e quanta vacuidade...

E assim se explode a 'bolha de sabão' dos reformados...

Que no fundo é o famigerado argumento do silêncio...

No entanto o Angus, o Geisler, o Webster, o Saravi e toda a turma sabem muito bem que nem Jesus, nem seus apóstolos empregaram todos os livros do Canon Esdrino...

Demos a palavra ao Boettner: "ELE FEZ CITAÇÕES DE TODOS OS MAIS IMPORTANTES LIVROS DO VELHO TESTAMENTO, DE TODOS MENOS QUATRO." opus cit pp 72

De minha parte, julgo que cristão algum deveria mentir, quanto mais teólogo...

Quatro é muito pouco Dr Boettner...

Pelo jeito havia muito mais livros MENOS IMPORTANTES do que supõe a sabedoria protestante...

Afinal dos sessenta e seis livros considerados como canônicos pelos sectários e judaizantes, cerca de 1/4 (25%) ou seja QUINZE LIVROS JAMAIS FORAM EMPREGADOS POR JESUS E POR SEUS APÓSTOLOS NO CORPO DO NOVO TESTAMENTO.

Dezesseis Boettner e não quatro... quatro vezes mais, Dezesseis...

Vamos contar juntos NixGeisler:

Josué, juizes, Rute, II Reis, I Crônicas, II Crónicas, Ezra, Neemias, Lamentações, Ezequiel, Abdias, Naum, Sofonias, Eclesiastes, Cantares e Ester...

Não há CITAÇÃO ALGUMA DO SEGUNDO LIVRO DAS CRÔNICAS EM Lc 9,54 ou em Apoc 20,09.

A referência de Apoc 21,7 é II Sam 7,14 e não I Cron, registro que jamais é citado no Novo Testamento.

Marcos 6,34 contem apenas uma alusão a II Cron 18,16 e não uma citação.

Como há alusões diversas alusões a Ezequiel no NT, mas citação alguma precedida do clássico: ESTA ESCRITO.

Por outro lado, caso os protestantes admitam que uma SIMPLES ALUSÃO É INDICIO DE CANONICIDADE, DEVERIAM EXAMINAR ESTA:

"POR INVEJA DO DIABO A MORTE ENTROU NO MUNDO" Sab 2,24
"PELA AÇÃO DE UM SÓ A MORTE ENTROU NO MUNDO" Rom 5,12

Alias o sentido é idêntico se se leva em consideração que esse homem, ou Adão, segundo a crença judaica fora seduzido pelo Diabo.

A simples título de alusão os ortodoxos poderiam apresentar mais esta:

"ELE É O RESPLENDOR DA SUA GLÓRIA E A PURA EXPRESSÃO DE SEU SER." Hb 1,3

"ELA É EMANAÇÃO DA SUA GLÓRIA TODA PODEROSA E PURA; EMANAÇÃO DE SUA NATUREZA." Sab 7,25

Fica pois patenteada a malícia dos protestantes que recorrem a alusão com o intuito de demonstrar que Ezequiel foi citado no corpo do Novo Testamento e recusam a alusão quando se trata do livro da Sabedoria

Pobre Ezequiel, segundo Boettner era dos menos importantes, ou seja palhinha, coisinha... só porque não foi explicitamente citado no NT, como a Sabedoria e o Eclesiástico.

E sem embargo do padrão de canonicidade adotado pelos protestantes os protocanonicos não citados formam um grupo duas vezes maior do que o dos deuterocanônicos...

Segundo a lógica protestante deveriamos concluir que tais livros não são canonicos...

Pois jamais foram expressamente citados por Jesus ou seus apóstolos...

Assim, num instante vem abaixo a construção inabálavel...

Restando aos protestantes uma única solução: sair pela tangente.

"Mas este argumento - dizem eles - não procede porque não há paralelo real entre a falta de alusão a livros que certamente são canônicos e a falta de alusão aos apócrifos. Como nós temos visto, o cânon do VT já estava bem estabelecido na época de Jesus."  "CERTAMENTE SÃO CANÔNICOS"

Traduzamos a lenga lenga protestante para o português nosso de cada dia:

"A demonstração é perfeitamente válida para os livros deuterocanônicos que voces ortodoxos recebem, MAS OCIOSA OU DESNECESSÁRIA QUANTO AOS LIVROS QUE NÓS PROTESTANTES RECEBEMOS PORQUE CERTAMENTE ERAM RECEBIDOS PELOS JUDEUS."
VOCÊS PRECISAM NOS MOSTRAR CITAÇÕES DOS REGISTROS GRECO/JUDAICOS NO NOVO TESTAMENTO, NÓS POREM NÃO PRECISAMOS COLHER CITAÇÃO ALGUMA EM FAVOR DOS REGISTROS PROTOCANONICOS... NESTE CASO O TESTEMUNHO DE JESUS É DESNECESSÁRIO OU INUTIL, ELES SÃO INSPIRADOS MESMO SABENDO QUE JESUS E SEUS APÓSTOLOS JAMAIS RECORRAM A ELES...
No entanto, para a desventura dos protestantes, justamente quatro dos livros OMITIDOS PELO NOVO TESTAMENTO> Eclesiastes, Cantares, Ezequiel e Ester, ERAM DISPUTADOS PELOS RABINOS NO TEMPO DE JESUS E CONTINUARAM A SE-LO POR CERCA DE QUATRO SÉCULOS. (Yaddym III, 05)
CONCLUSÃO: QUANTO A ELES NÃO HÁ EVIDÊNCIA ALGUMA DE QUE TENHAM SIDO RECEBIDOS COMO CANÔNICOS POR JESUS E OS APÓSTOLOS, CASO DEMOS POR VÁLIDO O ARGUMENTO PROTESTANTE SOBRE A NECESSIDADE DOS LIVROS DISPUTADOS SEREM EXPRESSAMENTE CITADOS PELO SALVADOR OU POR SEUS APÓSTOLOS.
CASO O ARGUMENTO SEJA CONSIDERADO VERDADEIRO PARA OS REGISTROS GRECO/JUDAICOS TAMBÉM DEVERA SER CONSIDERADO VERDADEIRO E NORMATIVO QUANTO A ECLESIASTES, CANTARES, EZEQUIEL E ESTER.
OS PROTESTANTES NO ENTANTO RECEBEM OS DITOS LIVROS EM SUAS ESCRITURAS. NÃO PORQUE TENHAM SIDO EMPREGADOS POR JESUS OU PELOS SANTOS APÓSTOLOS, MAS PORQUE FORAM ADMITIDOS PELOS RABINOS A CONTAR DO QUARTO SÉCULO DESTA ERA; ENQUANTO OS DEUTEROCANONICOS FORAM REGEITADOS...

O caso do livro de Ester - que jamais foi empregado no Novo Testamento - é sintomático, pois em 254 desta era (seculo III) Mar Samuel ainda podia afirmar em alto e bom som que: "O LIVRO DE ESTER NÃO CONTAMINA AS MÃOS" (in Talmud Bavli - Meguilah 7a) querendo dizer com isso que o Livro de Ester não pertencia ao Canon nas Escrituras.

Por outro lado se uma simples ALUSÃO no N T equivalesse a um 'atestado de canonicidade' os protestantes deveriam anexar a suas Bíblias a assunção de Moisés empregada pelo apóstolo São judas em sua epistola canonica (Jd 9).
Os protestantes no entanto sabem que nem mesmo citação expressa corresponde a reconhecimento da canonicidade, do contrário teriam de juntar a suas Bíblias o apocalipse de Elias citado pelo Apóstolo em I Cor 2,9 (Cf S Origenes in Comm a Mateus 27,9) - a mesma obra foi empregada em Ef 5,14 (Cf S Epifânio in Panarion XLII) - o Testamento de Jamnes e Jambres citado pelo Apóstolo em II Tm 3,8 ( Cf Ambrosiaster), a profecia de Enoc; de cuja canonicidade Tertuliano fazia gala no segundo século desta era apelando a Judas 1,14 e até os Fenômenos da Arato, o Hino a Zeus de Cleanto, a Thais de Menandro, os Adágios de Epimênides e os versos aureos de Pitagoras...Porque todos estes documentos foram citados já por Paulo, já por Judas em suas epistolas canônicas...
Conclusão: Se a alusão ou mesmo a citação de um livro - como Enoc e Elias - POR PARTE DA PENA APOSTÓLICA É INSUFICIENTE PARA ESTABELECER A CANONICIDADE DE UM REGISTRO A PROPOSIÇÃO INVERSA É IGUALMENTE VERÍDICA: A NÃO ALUSÃO OU A NÃO CITAÇÃO - ARGUMENTO DO SILÊNCIO - DE QUALQUER LIVRO PELA PENA APOSTÓLICA É INSUFICIENTE PARA ESTABELECER SUA NÃO CANONICIDADE.
Já quanto ao Senhor Jesus é necessário confesar que tudo quanto ele citou como canônico, canônico é. Sabemos no entanto que ele recorreu apenas a 34 registros protocanonicos ou seja a cerca de metade deles. Quanto aos outros - especialmente quanto aos disputados e os deuterocanonicos - nada podemos inferir de positivo.

V - Dizem os protestantes... (os targuns) / A Verdade

Dizem os protestantes: " Existen targumes de casi todos los libros del Antiguo Testamento según el canon hebreo, de los siglos II a.C a I d.C.: de la Torá, de los Profetas Anteriores y Posteriores, de los Cinco Rollos (Megillot = Cantar, Rut, Lamentaciones, Eclesiastés y Ester) y de los Escritos (Salmos, Proverbios, Job, y Crónicas).

No hay, en cambio, targumes tempranos que expliquen los libros deuterocanónicos. Los pocos que existen son tardíos, se basan en el texto griego de Tobit y en las adiciones a Daniel y la oración de Ester. Por tanto, el uso de las Escrituras parafraseadas en la liturgia hebrea, corrobora la autenticidad del canon hebreo del Antiguo Testamento." Saravi






A VERDADE



O targum mais antigo de que temos notícia é o targum da Torá, composto por Onkelos.

Onkelos que segundo o Talmud teria sido contemporâneo de Gamaliel o antigo, logo, florescido na primeira metade do primeiro século desta era.

A crítica por sua vez admite que o targum de Onkelos remonta ao século II ou mesmo ao século I desta era.

Já o segundo grande targum foi composto por Yhonatan ben Uziel e deve - segundo os criticos - remontar ao final do segundo século desta era.

Este targum é dedicado aos neviin ou seja aos profetas.

E foi composto cerca de duzentos anos após a morte de Cristo e cerca de cento e cinquenta anos depois do targum de Onkelos...

Entrementes não havia qualquer targum pertinente aos ketuviin ou hagiografos.

Recorramos agora a tradição judaica tão apreciada pelos protestantes e pergunte-mo-lhe quando foi composto o targum dos hagiografos...

Pelo simples fato do Talmud Yerushalimi jamais mencionar qualquer targum pertinentes aos Meguilloths o protestante W M L Westcoott (pp 236) infere que este targum só pode ter sido composto após o Talmud ou seja no século V d C, pois o Talmud Yerushalmi foi escrito no século IV.

Já o Targum dos hagiografos teria - segundo o Talmud Bavli - sido composto em Sora por José o cego, depois de 322 desta era (id pp 237). POIS O TARGUM DOS SALMOS MENCIONA DUAS CAPITAIS IMPERIAIS (ROMA E CONSTANTINOPLA).

Os críticos no entanto alegam que os talmudistas da Babilônia atribuiram uma idade tanto mais venerável a este targum com o intuito de firmar sua autoridade e opinam que teria sido composto somente no século V desta era ou seja entre 401 a 500 d C.

A conclusão salta a vista: como o targum dos Meguilloths e o dos hagiografos só foram compostos a partir do quinto século desta era o critério ou padrão seguido por seus respectivos autores foram os decretos canonicos emitidos em Jamnia, o qual, como já vimos, nada representam para a Igreja, enquanto emanação da vontade daqueles que supliciaram seu fundador e Senhor.

Resta-nos perguntar ao Dr Saravi porque ainda não removeu Daniel, Esdras e Neemias de sua Bíblia uma vez que não existe QUALQUER TARGUM DEDICADO A TAIS LIVROS?!?

Por outro lado segundo Ida Frohlich - in 'Time and times in the half a time:...' pp 113 - por essa mesma época (século VI d C) um resumo do livro de Judite circulava entre os hebreus sob a forma de Midrashim.

Resta-nos também um Targum de Tobias, CONHECIDO POR JERÔNIMO (logo contemporâneo ao T dos hagiografos) e publicado por Neubauer em 1878

& um Targum de Ester COM AS ADIÇÕES, publicado por Lagarde na sua 'Hagiographa chaldaice'

Outros tantos targuns e midrashins foram queimados por ordem dos rabinos, assevera o escritor francês Louis Veuillot (em sua conhecida 'Vida de Jesus').

IV - Dizem os protestantes... (Aos judeus cabia determinar quais são os livros do Antigo Testamento) / A Verdade

Dizem os protestantes: "As decisões dos judeus a respeito do Canon devem ser recebidas pela Igreja de Cristo porque esta escrito: 'A eles - os judeus - foram entregues os oraculos divinos' Rom 3,2" Burnet Gilbert in 'An exposition of the Thirty-nine articles of the Church of England' pp 39 & Wordsworth Ch in "On the Canon of the Scriptures of the Old and New Testament" pp 56



A VERDADE


Diante de tais palavras inferem os protestantes muita coisa.

Pois inferem que se 'os oraculos divinos foram confiados aos judeus' os decretos de Jamnia/Iabné obrigam a Cristandade a receber como válidas as decisões tomadas por eles.

Afinal os fariseus que viveram meio século após a morte do Senhor e anatematizaram a igreja fundada por ele também eram 'judeus'...

Isto dizem os protestantes...

Vejamos agora o que pretendia dizer o Santo apóstolo ao escrever: 'A eles - os judeus - foram entregues os oraculos divinos'

"Os judeus receberam esses oraculos, tornando-se assim possuidores de uma religião 'revelada' ou seja produzida pela iniciativa divina e não apenas pela razão ou seja 'natural'
" comenta o profo Champlinn (in Loc)

Quer dizer que por intermédio dos profetas os hebreus foram claramente advertidos sobre a manifestação do Verbo.

O que significa ter em mira um certo corpo de escritos proféticos, embora este corpo possa ou não estar definido.

No caso nós não temos como saber quais os elementos constituitivos deste corpo de escritos proféticos mencionado pelo apóstolo pelo simples fato de que ele não explicitou quais seriam...

Afirmar que o apóstolo tinha em mira o Canon palestianiano ou algo semelhante a ele pelo simples fato de ter sido fariseu significa, no fim das contas, que recebeu tal canon dos fariseus e não de Jesus Cristo...

Canon de fariseus = tradições humanas... como a pena de morte e o machismo...

No entanto - como a própria idéia de um canon esdrino ainda era demasiado vaga - é possivel que a 'imagem' paulina sobre os oraculos, as profecias e o Canon comportasse alguns elementos estranhos ao Canon esdrino.

Afinal de contas Paulo alude a Jamnes e Jambres, a certas reliquias postas no interior da arca do pacto, a profetas que haviam sido serrados ao meio... e a outros tantos elementos cujas fontes conhecemos muito bem...

Portanto onde a escritura diz: JUDEUS os protestantes leem fariseus, como se todos os judeus do tempo de Cristo e Paulo pertencessem a seita dos fariseus...

Os judeus no entanto - como já foi mencionado no livro um desta exposição - estavam cindidos em diversos grupos e partidos como saduceus, fariseus, essênios e alexandrinos, cada um deles com seu respectivo Canon ou ao menos com uma imagem de canon. (É o que diz o profo Champlinn, in Loc)

Convem pois indagar a qual dos grupos cabia a liderança religiosa da nação, já porque os protestantes tomando o Canon dos fariseus como sendo o Canon dos judeus, atribuem implitamente a estes a liderança religiosa da nação.

A resposta para tal pergunta te-mo-la no livro do Levítico capítulo décimo:

"O Senhor disse a Aarão:
Não beberás vinho nem cerveja, tu e teus filhos, quando entrardes na tenda de reunião, para que não morrais. Esta é uma lei perpétua para vossos descendentes,
a fim de que estejais sempre em condições de discernir o que é santo do que é profano, o puro do impuro,
e de ensinar aos israelitas todas as leis que o Senhor lhes deu por Moisés.”
v 9 sgs

Portanto o encargo de ministrar o ensino e de exercer a liderança espiritual entre os judeus, fora atribuido A AARÃO E SUA DESCENDÊNCIA e não aos fariseus, AO SACERDÓCIO e não aos escribas, AO TEMPLO e não a sinagoga...

Os saduceus no entanto admitiam como canonicos apenas os cinco primeiros livros da Mikra...

Enquanto as demais facções adicionavam-lhe outros tantos livros.

Apesar disto todos eram admitidos aos ofícios ministrados no templo.

E o próprio Josefo nos dá a entendar que seus irmãos de raça não se apartavam uns dos outros, devido as 'opiniões' religiosas...

DONDE SOMOS OBRIGADOS A DEDUZIR que até o destruição do templo o sacerdócio NÃO HAVIA EXERCIDO SUAS PREROGATIVAS DIVINAS EMITINDO QUALQUER DECRETO RELIGIOSO SOBRE O NÚMERO DE LIVROS CANÔNICOS E INSPIRADOS DO ANTIGO TESTAMENTO.

O qual, caso tivesse sido emitido, teria gozado certamente do apoio divino sendo normativo para a Igreja de Cristo. PARECE NO ENTANTO QUE O SACERDÓCIO PREFERIU OMITIR-SE E QUE OS SADUCEUS JAMAIS TOMARAM A PEITO DECIDIR A QUESTÃO.

Foram pois os fariseus que após a morte do Senhor, a fundação da Igreja, a destruição do templo e a extinção do sacerdócio aarônico, assumiram a tarefa de fechar o Canon e que nortados por sua polêmica contra o Cristianismo, lograram faze-lo por volta do IV século desta Era ou - como dizem os judaizantes - no sínodo de Jamnia/Iabné.

Portanto, como a decisão não foi tomada por quem era de direito e durante o prazo legal, NÃO PODE SER RECEBIDA COMO NORMATIVA PELOS ADORADORES E SERVOS DO SENHOR JESUS CRISTO.

Pois segundo refere o mesmo Josefo julgar tais questões era função exclusiva do Sumo sacerdote e de seu consistório levitico.

Necessário fora que o clero judaico tivesse sido emitido uma declaração oficial sobre os livros canônicos do antigo Testamento antes da vinda do Senhor a Igreja do Senhor estaria obrigada a recebe-la como divina.

PARECE NO ENTANTO QUE O SACERDÓCIO PREFERIU OMITIR-SE E QUE OS SADUCEUS JAMAIS TOMARAM A PEITO DECIDIR A QUESTÃO; RESERVANDO-A AQUELE GRUPO DE JUIZES QUE CONDENOU O SENHOR JESUS CRISTO.

No entanto a seita dos fariseus, criada no tempo dos hasmoneanos, jamais fora comissionada pelo 'deus da bíblia' com o intuito de ensinar ou de estabelecer as crenças religiosas do povo hebreu. OS PROTESTANTES É QUE CONCLUIRAM QUE SE OS FARISEUS HAVIAM SIDO BONS JUIZES COM RELAÇÃO A JESUS, DEVEM TER SIDO, DO MESMO MODO, EXCELENTES JUIZES COM RELAÇÃO AO CANON DAS ESCRITURAS.

A eles fariseus é que coube, após a morte do Senhor, a fundação da Igreja, a destruição do templo e a extinção do sacerdócio aarônico, determinar o Canon dos hebreus e anatematizar o povo de Jesus Cristo!

COMO A IGREJA HAVERIA DE RECEBER UM CANON QUE FOI ESTABELECIDO PELOS ASSASSINOS DE SEU FUNDADOR?!?

DEIXEMOS AOS FILHOS DE LUTERO O VÃO CONTENTAMENTO DE RECEBER OS DECRETOS LAVRADOS PELOS ASSASSINOS DE SEU SENHOR NO SÍNODO FARISAICO DE JAMNIA.


Uma coisa é admitir que os oráculos proféticos foram entregues aos judeus que viveram antes do Senhor Jesus Cristo e que os clero judaico reteve a graça de poder estabelecer uma lista canônica de Livros inspirados até o dia em que o Senhor expirou sobre o madeiro da cruz, outra totalmente distinta é dizer que a graça de compor uma lista canônica de livros inspirados alcançou até mesmo aqueles rabinos e fariseus que viveram cinquenta ou trezentos anos após a morte do Senhor, a fundação da Igreja e a destruição do templo.

Que os sacerdotes tenham recebido e conservado tal poder - sem no entanto jamais exerce-lo - até o dia em que mandaram supliciar o Criador dos mundos, concedemos de bom grado... agora que os fariseus congregados em Jamnia/Iabné tenham estado em posse dele, seja anatema!!!

Afinal como poderiam eles poderiam ter exercido qualquer oficio infalivel e divino sem a presença do Espirito Santo?

E como o Espírito Santo pode ter estado presente naqueles corações secos e empedernidos que fizeram supliciar nosso abençoado Redentor?

De fato nós nada temos a aprender com a Sinagoga dos apóstatas, seu Talmude ou seus sínodos, porque estamos atentos as vozes dos sucessores dos Santos Apóstolos.

O QUE A ENCICLOPÉDIA BRITÂNICA NOS REVELA SOBRE O SÍNODO DE JAMNIA

"O Velho Testamento em sua tradução grega, a Septuaginta (LXX), foi a Bíblia dos primeiros cristãos ... Na última década do século 1, o Sínodo de Jâmnia (Jabneh), na Palestina, fixa o cânone da Bíblia para o judaísmo, que - após um longo período de instabilidade, fluidez e controvérsia sobre alguns dos seus livros - os cristãos chegaram a chamar o Velho Testamento. Um dos principais fatores que levaram os judeus deste cânone era a situação de crise provocada pela queda de Jerusalém e o fato da Septuaginta ESTAR SENDO EXPLORADA PELOS CRISTÃOS EM, DETRIMENTO DO JUDAISMO, como na tradução da palavra hebraica 'alma' ('jovem') no capítulo 7, versículo 14, de Isaías, "Eis que uma jovem mulher conceberá e dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel "- para o termo grego parthenos 'Virgem'." Enciclopédia Britânica, XIV 961 (1994)

"FOI VERTIDA ESTA PROFECIA A LINGUA DOS GREGOS PELOS PRÓPRIOS JUDEUS ANTES DO ADVENTO DE CRISTO - e não depois Longsdon - PARA QUE NINGUÉM POSSA ALEGAR QUE ELES TRADUZIRAM PARA NOS BENEFICIAR. COM EFEITO SE ELES TIVESSEM SABIDO DE NOSSA EXISTÊNCIA E QUE NOS SERVIRIAMOS DE TAIS ESCRITOS, NÃO TERIAM HESITADO EM LANÇA-LOS A FOGUEIRA COM SUAS PRÓPRIAS MÃOS POIS NÃO PODEM SUPORTAR QUE OUTRAS NAÇÕES TENHAM ACESSO A VIDA E A VERDADE." Irineu de Lyon 'Contra as heresias' III, 21,01

Vejam pois senhoras e senhores que caminho tomaram os protestantes quando seguiram seus mestres, os rabinos e os fariseus...

III - Dizem os protestantes... (que tais livros não são divinos porque não foram escritos em hebraico) / A Verdade

Dizem os protestantes: Tais livros não foram escritos em hebraico e na Palestina.



A VERDADE




Este foi um dos argumentos empregados pelos fariseus e escribas contra o cárater inspirado dos livros Deuterocanônicos.

Rabi Gedalias afirmou que o livro da Sabedoria não podia ser recebido porque "Uma vez que não foi escrito na lingua sagrada não foi coberto pelo Espírito divino."

Mergulhados no pântano do nacionalismo os carnais judeus haviam perdido totalmente de vista os oráculos do profeta a respeito da expansão da verdade divina entre os pagãos.
Assim sendo acabaram fazendo do hebraico uma espécie de DEVANAGARI ou lingua divina, chegando a crer que os próprios anjos falavam hebraico e que o hebraico continuaria a ser falado no mundo vindouro.
E no entanto partes há nos livros recebidos pelos judeus que não se encontram redigidas em hebraico, mas em aramaico:
"Aquelas poucas páginas escritas em arameu são: a profecia de Daniel de 2,4 a 7,28 (portanto seis capitulos); Esdras 4,8 a 6,18 (mais três capitulos) e por fim Jer 10,11." assevera o escritor Jose Carlos Rodrigues in 'Considerações gerais sobre a Bíblia' 1918 pp 05

Sabemos no entanto que Deus sendo perfeito não precisa recorrer a excessões e tampouco acomodar-se a doutrinas de origem puramente humana.


O próprio Moisés por sinal, se escreveu alguma coisa, deve ter sido nos desertos da Árabia, pois veio a falecer no Monte Nebo, antes que seu povo tomasse posse da palestina.

Quanto ao Novo Testamento da graça tanto pior para os protestantes, pois sabemos que foi escrito em grego a partir de diversos pontos do mundo antigo...

Portanto a teoria de que o Espírito Santo estava probido de inspirar quaisquer livros que não tivessem sido escritos em hebraico e na palestina é desmentida pela própria escritua inspirada.

Afinal se o Espírito de Deus apos o advento do Senhor empregou a lingua dos helenos porque não poderia te-la empregado e santificado antes?

Que os judeus recorram a esse tipo de argumento é tolerável pois eles não possuem um Novo Testamento redigido em grego, que os protestantes ousem reproduzi-lo é o cúmulo da insensatez e da vergonha!

Nossa perspectiva é a perspectiva do Evangelho: católica ou universal e, segundo a qual: "Não há mais judeu ou grego." e não a dos apóstatas e infiéis congregados em Jamnia.

Mal sabiam os teologos protestantes (que durante o décimo sexto século ousaram reeditar este abominavel erro) que passados dois ou três séculos os arqueologos viriam a confirmar as declarações de Jerônimo sobre os original hebraico não só do Eclesiástico (na geniza da sinagoga do Cairo) mas também de Tobias (Khumran). Diante dos fatos não há mais razão para duvidar de que ele - Jerônimo - esteja certo quanto aos originais hebraicos de Judite e que tanto ele quanto Origenes estejam igualmente certos quanto aos originais aramaicos do primeiro livro dos Macabeus...
Antes porém os protestantes costumavam dizer que Origenes e Jeronimo haviam cometido algum engano e que todos estes registros haviam sido escritos originalmente em grego...

Assim o feitiço já se volta contra o feiticeiro...

II - Dizem os protestantes... (Período intertestamentário ou do Silêncio) / A Verdade

Dizem os protestantes: Os apócrifos foram escritos após a cessação do ministério profético, logo não podem ter sido inspirados.

McDowell e outros conferem-lhe uma feição distinta: "TAIS LIVROS NÃO CONTÉM QUALQUER PROFECIA E SÃO ISENTOS DE SENTIMENTO RELIGIOSO."


A VERDADE





Antes de tudo cumpre perguntar de onde que os protestantes tiraram semelhante idéia?

Rhodes, Webster e outros costumam citar I Mac 9,27:

"Foi esta uma tribulação para Israel desde o dia em que não se levantara profeta entre o povo."Diante de tais palavras os protestantes inferem que não houve mais nem profecias, nem revelação, nem Espírito Santo após a morte de Malaquias...

O hagiografo no entanto não diz que não houve mais profecia, inpiração, revelação ou ministração do Espírito Santo, mas que ENTRE O POVO (ou seja publicamente) NÃO APARECEU MAIS PROFETA ALGUM, ou seja personagem que fosse dedicado exclusivamente a profecia.

Portanto o que desapareceu algum tempo antes do período macabaico não foi a profecia, mas, o oficio, o encargo ou a função de profeta enquanto homem exclusivamente entregue ao dom de profetizar.
Cabe portanto perguntar mais uma vez de que parte do Novo Testamento retiraram a monstruosa e abominável doutrina do recolhimento do Espírito Santo ou do tempo do silêncio...

O protestante certamente não respoderá coisa alguma...

Kitto porém, na sua 'Cyplopedia' (p 377) admitiu honestamente que essa doutrina era uma 'TRADIÇÃO CORRENTE ENTRE OS JUDEUS'.FOI DO TALMUDE - vide livro I desta obra - QUE OS PROTESTANTES RETIRARAM ESTE DOGMA ÍMPIO.Mesmo sabendo que o Senhor disse: 'JAMAIS SE LEVANTOU PROFETA IGUAL JOÃO BATISTA DENTRE OS NASCIDOS DE MULHER'
Que Zacarias, pai do precursor, profetizou a vinda do Justo...

E que todas as gerações anteriores - mesmo entre os gentios - anunciaram a vinda do desejado...

E que cerca de cem anos antes do advento do Senhor o autor do livro da Sabedoria havia escrito estas palavras:







"Tiranizemos o justo na sua pobreza, não poupemos a viúva, e não tenhamos consideração com os cabelos brancos do ancião!
Que a nossa força seja o critério do direito, porque o fraco, em verdade, não serve para nada.
Cerquemos o justo, porque ele nos incomoda; é contrário às nossas ações; ele nos censura por violar a lei e nos acusa de contrariar a nossa educação.
Ele se gaba de conhecer a Deus, e se chama a si mesmo filho do Senhor!
Sua existência é uma censura às nossas idéias; basta sua vista para nos importunar.
Sua vida, com efeito, não se parece com as outras, e os seus caminhos são muito diferentes.
Ele nos tem por uma moeda de mau quilate, e afasta-se de nosso caminhos como de manchas. Julga feliz a morte do justo, e gloria-se de ter Deus por pai.
Vejamos, pois, se suas palavras são verdadeiras, e experimentemos o que acontecerá quando da sua morte, porque, se o justo é filho de Deus, Deus o defenderá, e o tirará das mãos dos seus adversários.
Provemo-lo por ultrajes e torturas, a fim de conhecer a sua doçura e estarmos cientes de sua paciência.
Condenemo-lo a uma morte infame. Porque, conforme ele, Deus deve intervir."
Livro da Sabedoria II, 10 sgs








Profecia superior a esta só mesmo a do capítulo quinquagésimo terceiro de Isaías...
Creia nas fanfarronices protestantes quem desejar...

Nós ortodoxos em geral não podemos admitir ou compreender que haja uma lacuna ou vazio em meio a divina revelação, como se Deus tivesse parado de falar, para depois recomeçar.

Parece-me tanto mais digno da perfeição divina que o ministério do Espirito Santo tenha se prolongado e sucedido de modo continuo e ininterrupto dos primeiros profetas até a morte do derradeiro apóstolo e a composição do derradeiro livro do N Testamento, aumentando de intensidade inclusive na mesma proporção em que se aproximava da Encarnação do Senhor que é o fóco e o fim último de toda profecia.

Supor que tal ministério foi suspenso justamente antes do fim para que foi disposto: a Encarnação e o advento de Jesus é uma dogma tão absurdamente monstruoso quanto o dogma da predestinação para o pecado e outros tantos dogmas forjados pelas mentes doentias dos reformadores protestantes.

POR OUTRO LADO SE O CONTEÚDO PROFÉTICO E O TESTEMUNHO DE JESUS CRISTO SÃO DE FATO IMPORTANTES, perguntemos aos pastores sobre as profecias de Rute, Ester, Lamentações, Cantares e Eclesiastes... onde estão elas, onde se encontram??? Em que semelhantes narrativas dão testemunho de Cristo ou aproximam-nos dele???

O caso é sentimento religioso: neste caso em que Jael assassinando Sísara ou Débora, alegrando-se face a dor experimentada pela mãe do general pagão; MOSTRAM MAIS SENTIMENTO RELIGIOSO DO QUE O VELHO TOBIAS ENTERRANDO SEUS IRMÃOS OU SEU FILHO TOBIEL PERCORRENDO O PAÍS DE UM CANTO A OUTRO COM O INTUITO DE OBTER A CURA PARA SEU VELHO PAI??? CERTAMENTE TOBIAS E TOBIEL ESTÃO MUITO MAIS PRÓXIMOS DO IDEAIS DO EVANGELHO DO QUE AS DUAS MULHERES ISRAELÍTICAS!!!

Caso algum protestante lhe diga: Tais livros não podem ser canonicos porque o Espírito Santo foi recolhido logo após a morte de Ezra.

Responda: Tais livros são verdadeiramente proféticos e divinos - cite a profecia acima extraida do livro da Sabedoria - logo o Espírito Santo não foi recolhido logo após a morte de Ezra continuando o Espírito Santo a praparar o mistério da encarnação do Senhor numa linha de perfeita continuidade, sem espaços, vácuos, lacunas ou excessões que não correspondem a perfeição da mentalidade e da ação divinas.


Afinal o que é gratuitamente afirmado - sem evidência divina - pode e deve ser gratuitamente negado.




I - Dizem os protestantes... (sobre a origem do Canon judaico) / A verdade

Os protestantes dizem: "O Velho Testamento hebraico FOI CONCLUIDO CERCA DE 400 ANOS ANTES DE CRISTO." Boettner opus cit

" (os livros Deuterocanonicos) Foram escritos quando o Canon hebraico ja estava Fechado." in Bibliotheca sacra and theological of Xenia seminary

"Nosso Senhor recebeu as escrituras que os judeus decidiram ser as escrituras... que no tempo do Senhor o Canon estava fechado esta demonstrado com abundância de provas." Angus, Joseph in "Manual Bíblico" pp 79 sgs




A VERDADE:



Meztger (protestante) constrangido pelas evidências admitiu que - uma vez que o livro de Daniel foi terminado pouco depois de 165 a C - a composição do Canon hebraico deve ter sido encerrada em meados do segundo século a C (i é cerca de 140/130 a C).

"A composição do livro de Daniel, situada em torno de 165 a C provavelmente o torna o mais recente dos escritos acolhidos no Canon da Bíblia hebraica." Marcel Simon in "Judaismo e Cristianismo antigo" Pioneira, pp 51

"Uma vez que ele - Ben Sirac - não alude a Daniel e Ester como heróis SÓ NOS RESTA CONCLUIR QUE AS DUAS NARRATIVAS ERAM DE ORIGEM BASTANTE RECENTE." Anderson 'Cambridge Hist Bib' p 129

Bewer (protestante) - in Literatura del Antiguo Testamento - assevera que após a confecção do livro de Daniel em 160 (p 411) foram adicionadas algumas sessões a Isaias e a Zacarias. (p 421 sgs)

"Se o livro foi composto após 170 a C, como agora se admite comumente, este fato é suficiente para explicar-nos para explicar sua colocação entre os haiografos, ja porque o canon profético estava fechado desde 200 a C." introduccion a Daniel por H. Willet (protestante) in Abingdon 770

A réplica de G Archer segundo o qual 'ENTRE OS HAGIOGRAFOS TAMBEM EXISTEM ESCRITOS BASTANTE ANTIGOS COMO JÓ E SALMOS' é absolutamente vã pelo simples fato de que a natureza do livro de Daniel sendo profética e não poética ou moralizante, determina sua inclusão entre os livros proféticos e não entre os hagiograficos.

"ISTO EXPLICA-SE, PELO MENOS EM PARTE, PELO FATO QUE, QUANDO SE SE ENCERROU O CANON PROFÉTICO DO ANTIGO TESTAMENTO (CERCA DE 200 A C) NÃO EXISTIA AINDA DANIEL COMO MAIS ADIANTE SERÁ DEMONSTRADO." José Carlos Rodrigues (protestante) in Estudo sobre o Velho Testamento, Tomo II, p 417

"Alguns doutores tem enfatisado que a questão pertinente a fixação de um Canon de livros bíblicos NÃO FOI UMA REGRA nos primeiros séculos desta era, não havia qualquer preocupação quanto a delimitação de um Canon autoritativo de Escrituras." Martinus Jongie in Pseudoepigraphes, faith and old Testament

"A terceira divisão do Canon ainda estava em aberto no primeiro século e talvez mesmo no segundo século d C de modo que judeus e cristãos faziam diferentes citações do consideravel corpo de 'escrituras sagradas' oferecidas em hebraico e grego." in "Hebrew bible old testament: the history..." 69 pp

"Segundo o Dr H. E. Ryle - protestante - o Canon mosaico ou legal foi fixado cerca de 450 a C, o canon profético no tempo dos macabeus cerca de 160 a C enquanto que o Canon dos escritos FOI FIXADO SOMENTE NO ANO 100 DESTA ERA EM JAMNIA/IABNÉ." Auwers e Jongie in "Une autre Russie: fetes et rites..."



"Certo número de livros religiosos, ALGUNS DOS QUAIS HAVIAM SIDO COMPOSTOS ANTES DO FECHAMENTO DO CANON PROFÉTICO, NÃO PUDERAM SER INCLUIDOS NELE DEVIDO A SUA NATUREZA. NO ENTANTO ERAM MUITO USADOS E SE APELAVA A ELES AUTORITATIVAMENTE COMO A LEI E AOS PROFETAS, HAVIA MUITOS LIVROS NESSAS CONDIÇÕES E A PRINCÍPIO NÃO SE FAZIA QUALQUER DISTINÇÃO QUANTO A SUA AUTORIDADE. A VERSÃO GREGA, FEITA PELOS JUDEUS DO EGITO, CONTINHAM ALGUNS LIVROS QUE NÃO HAVIAM SIDO AGREGADOS A BÍBLIA HEBRAICA PALESTINIANA.

MAIS TARDE FORAM CLASSIFICADOS COMO APÓCRIFOS
OS JUDEUS ALEXANDRINOS CRIAM QUE O ESPÍRITO DE DEUS SE MANTIVERA ATIVO INSPIRANDO ALGUNS ESCRITORES ENQUANTO OS DA PALESTINA DECRETARAM QUE A ATIVIDADE PROFÉTICA HAVIA FECHADO COM ESDRAS E NEEMIAS." Bewer, opus cit pp 428

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

XII - A quem pertencia o direito de solver a questão?


Certamente que nenhuma decisão DA SINAGOGA, tomada antes ou depois da morte de Cristo teria qualquer valor para a Igreja... na medida em que a sinagoga era uma instituição farisaica alheia a econômia escriturística centralizada no TEMPLO E NO SACERDÓCIO AARÔNICO

Segundo a Torá A AUTORIDADE DIVINA FORA ENTREGUE AO TEMPLO, AO SUMO SACERDOTE, AO URIM E AO TUMIN E AOS PADRES e não aos doutores e mestres fariseus suas sinagogas por sinal criadas no exílio e legitimadas por Ezra.

O SUMO SACERDOTE E SEU COLÉGIO DE PADRES É QUE HAVIAM SIDO COMISSIONADOS PELA LEI DIVINA com o intuito de deliberarem sobre tais questões de natureza religiosa como assevera Josefo inclusive em suas 'Antiguidades judaicas'.

ERA PORTANTO A ELE - e não aos fariseus e escribas que viveram depois de Cristo - QUE CUMPRIA EXERCER TAL INCUMBÊNCIA, ENQUANTO VIGORAVA AQUELA DISPENSAÇÃO ANTERIOR A GRAÇA DO EVANGELHO.

NÓS PORÉM NÃO POSSUIMOS QUALQUER NOTÍCIA, REFERÊNCIA OU MESMO ALUSÃO A QUALQUER MANDAMENTO OU DECRETO CANÔNICO BAIXADO PELO CLERO JUDAICO.

Não solucionada a questão do por quem era de direito - o clero aarônico (pois os fariseus e escribas não haviam sido comissionados para tanto) - julgamos que tenha permanecido em aberto ao menos até a destruição do Templo e o estabelecimento da Bet Din em Jamnia/Iabné por volta do ano 85 desta nossa era.


Averiguemos pois quais eram as dissidências religiosas existentes entre os hebreus no tempo de Nosso Senhor Jesus Cristo e qual a posicionamento de cada uma delas com relação a lista de livros canonicos e inspirados.

Tal averiguação faz-se necessária justamente porque os protestantes querem dar a entender aos Cristãos que todos os judeus do tempo de Cristo - isto é o povo Judeu - recebiam um unico e mesmo canon: o canon palestiniano dos fariseus supostamente promulgado por Esdras em nome da grande sinagoga.

Pontuemos a questão: uma coisa é falar num 'Canon dos fariseus', formado na palestina ou mesmo em Jerusalem durante o tempo do Senhor e outra falar em um 'Canon dos judeus' promulgado por Esdras e recebido tanto por Jesus quanto por seus apóstolos. Quanto a primeira hipótese concedemos de bom grado. Quanto a segunda negamos enfaticamente.
EXEMPLIFICANDO -
No tempo em que Pedro II era o Imperador Constitucional do Brasil, era-lhe facultado por direito decretar guerras e - caso deseja-se - implementar a tão acalentada 'reforma agrária'.
Hoje no entanto - ou seja após 15 de Novembro de 1889 - quem acatara as decisões de seus tetranetos caso eles venham a declarar guerra a Argentina ou determinar a implementação da reforma agrária?
O que a casa de Orleans e Bragança fazia há cem anos no gozo de seus privilegios, hoje ja não pode fazer, pois os tempos mudaram, o estado das coisas se alterou e ela veio a perder sua autoridade.
Ninguém contesta que tais leis seriam validadas e cumpridas caso tivessem sido decretadas antes da proclamação da república, após a proclamação no entanto, todo e qualquer ato político executado pelos sucessores do falecido Imperador é por assim dizer nulo e desprovido de valor.
Sucede-se o mesmo com a questão do Canon judaico.
Os protestantes teem certa razão quando argumentam que os líderes religiosos dos hebreus ou seja os sacerdotes, haviam sido revestidos da autoridade necessária para fixa-lo. O Sumo sacerdote e os principes das grandes casas sacerdotais bem poderiam te-lo feito durante aquele século que precedeu o advento do Senhor Jesus Cristo.
No entanto, caso não tenham feito uso de tal prerrogativa e fixado o Canon antes da vinda do Senhor Jesus Cristo, tal prerrogativa expirou com eles seja no momento em que regeitaram-no, no momento em que o fizeram matar ou mesmo no momento em que foram aniquilados juntamente com seu templo no ano 70 desta era.
Por não ter sido usada pelo templo tal função caducou naquele exato momento em que ele foi SUBSTITUIDO PELA IGREJA DE JESUS CRISTO COMO INSTITUIÇÃO DIVINA e não pela sinagoga daqueles que supliciaram o Senhor e sobre os quais o próprio Senhor havia dito:
"NÃO SOIS DAS MINHAS OVLEHAS." Jo 10,27
"VÓS SOIS DO DIABO QUE É O VOSSO PAI." Jo 8,44
"EU VOS CONHEÇO, NÃO TENDES O AMOR DE DEUS." Jo 5,42
Eis porque os decretos de Jamnia não podem ter valor algum aos olhos do Cristão.
Afinal não foram exarados por quem era de direito - O Sumo Sacerdote - dentro do prazo estabelecido ou seja antes do advento do Senhor.

X - Neviim ou Canon profético







É indubitável no entanto, que o cânon profético estava já fechado na primeira metade do segundo século anterior a esta nossa Era.

Do contrário - caso o canon profético ainda estivesse aberto - a profecia de Daniel escrita ou totalmente reelaborada cerca de 160 a C teria sido incorporada a ele; os hebreus no entanto adicionaram-na aos Ketuvim ou seja aos escritos, cujo Canon certamente ainda estava em aberto a essa altura (160 a C).

Ou cerca de trezentos após a morte de Ezra.

Do contrário, caso Esdras tivesse tomado a iniciativa de canonizar os profetas e escritos, os samaritanos - com os quais Jerusalem esteve em comunhão até o quarto século a C - não teriam motivo algum para rejeitar tais escritos. Da rejeição dos Neviim e Ketuvim por parte dos samaritanos inferimos que a fixação de seus canônes só foi executada após o cisma de 350 a C.

Acompanhemos o raciocínio de Antonio Gilberto: "Foi nesse tempo, ISTO É NO TEMPO DE ESDRAS, que os samaritanos foram expulsos da comunidade judaica, LEVANDO CONSIGO O PENTATEUCO, QUE É ATÉ HOJE A BÍBLIA DOS SAMARITANOS. ISTO PROVA QUE O PENTATEUCO JÁ ERA CANÔNICO."

Perfeitamente.

Mas prova igualmente que NEVIIN E KETUBIM NÃO ERAM CANÔNICOS cem anos após a Morte de Ezra, ou seja, cerca de 350 a c quando ocorreu a ruptura definitiva entre judeus e israelitas ou samaritanos.

Admitindo-se que o canon profético tenha sido fechado por volta de 200/180 a C e que o derradeiro profeta - Malaquias - tenha exercido seu oficio por volta de 430 a C somos levados a concluir que os hebreus levaram cerca de dois séculos e meio para fixar seu Canon profético.

"O CÂNON DOS PROFETAS FOI FECHADO AO TEMPO DOS MACABEUS." admite Larry A Taylor 1999

Mais do que o dobro de tempo que haviam levado para fixar o Canon mosaico ou legal do Pentateuco ou Torá.

Sabendo que os derradeiros Ketuvim - Daniel e Enoc (além de vários Salmos 'Macabaicos') - foram compostos por volta de 160 a C somos levados a nos perguntar atéque ponto e em que medida a crença protestante; segundo a qual o canon dos Ketuvim - e logo o canon da Bíblia hebraica como um todo - fora fixado por Ezra durante o quinto século a C (e portanto bem antes do nascimento de Nosso Supremo Bem Jesus Cristo), corresponde a realidade?