A VERDADE
Este foi um dos argumentos empregados pelos fariseus e escribas contra o cárater inspirado dos livros Deuterocanônicos.
Rabi Gedalias afirmou que o livro da Sabedoria não podia ser recebido porque "Uma vez que não foi escrito na lingua sagrada não foi coberto pelo Espírito divino."
Mergulhados no pântano do nacionalismo os carnais judeus haviam perdido totalmente de vista os oráculos do profeta a respeito da expansão da verdade divina entre os pagãos.
Assim sendo acabaram fazendo do hebraico uma espécie de DEVANAGARI ou lingua divina, chegando a crer que os próprios anjos falavam hebraico e que o hebraico continuaria a ser falado no mundo vindouro.
E no entanto partes há nos livros recebidos pelos judeus que não se encontram redigidas em hebraico, mas em aramaico:
"Aquelas poucas páginas escritas em arameu são: a profecia de Daniel de 2,4 a 7,28 (portanto seis capitulos); Esdras 4,8 a 6,18 (mais três capitulos) e por fim Jer 10,11." assevera o escritor Jose Carlos Rodrigues in 'Considerações gerais sobre a Bíblia' 1918 pp 05
Sabemos no entanto que Deus sendo perfeito não precisa recorrer a excessões e tampouco acomodar-se a doutrinas de origem puramente humana.
O próprio Moisés por sinal, se escreveu alguma coisa, deve ter sido nos desertos da Árabia, pois veio a falecer no Monte Nebo, antes que seu povo tomasse posse da palestina.
Quanto ao Novo Testamento da graça tanto pior para os protestantes, pois sabemos que foi escrito em grego a partir de diversos pontos do mundo antigo...
Portanto a teoria de que o Espírito Santo estava probido de inspirar quaisquer livros que não tivessem sido escritos em hebraico e na palestina é desmentida pela própria escritua inspirada.
Afinal se o Espírito de Deus apos o advento do Senhor empregou a lingua dos helenos porque não poderia te-la empregado e santificado antes?
Que os judeus recorram a esse tipo de argumento é tolerável pois eles não possuem um Novo Testamento redigido em grego, que os protestantes ousem reproduzi-lo é o cúmulo da insensatez e da vergonha!
Nossa perspectiva é a perspectiva do Evangelho: católica ou universal e, segundo a qual: "Não há mais judeu ou grego." e não a dos apóstatas e infiéis congregados em Jamnia.
Mal sabiam os teologos protestantes (que durante o décimo sexto século ousaram reeditar este abominavel erro) que passados dois ou três séculos os arqueologos viriam a confirmar as declarações de Jerônimo sobre os original hebraico não só do Eclesiástico (na geniza da sinagoga do Cairo) mas também de Tobias (Khumran). Diante dos fatos não há mais razão para duvidar de que ele - Jerônimo - esteja certo quanto aos originais hebraicos de Judite e que tanto ele quanto Origenes estejam igualmente certos quanto aos originais aramaicos do primeiro livro dos Macabeus...
Antes porém os protestantes costumavam dizer que Origenes e Jeronimo haviam cometido algum engano e que todos estes registros haviam sido escritos originalmente em grego...
Assim o feitiço já se volta contra o feiticeiro...
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