Hiper agia ai partenos Maria, akrantos Mitéra tou Khristos Theos - soson imas!
Batul Lala Marian Wallidat al illah - ʕawnu ni!

Nossos pais e avós foram protestantes, nossos tetravos papistas, as gerações do passado remoto no entanto foram Católicas, apostólicas e ortodoxas, e nós, consagrando todas as forças do intelecto ao estudo da coisas santas e divinas desde a mais tenra idade, reencontramos e resgatamos a fé verdadeira, pura, santa e imaculada dos apóstolos, mártires e padres aos quais foi confiada a palavra divina. E tendo resgatado as raízes históricas de nossa preciosa e vivificante fé não repousaremos por um instante até comunica-la aos que forem dignos, segundo o preceito do Senhor. Esta é a senda da luz e da justiça, lei do amor, da compaixão, da misericórdia e da paz entregue uma única vez aos santos e heróis dos tempos antigos.

João I

João I
O Verbo se fez carne




Hei amigo

Se vc é protestante ou carismático certamente não conhece o canto Ortodoxo entoado pelos Cristãos desde os tempos das catacumbas. Clique abaixo e ouça:

Mantido pelo profo Domingos Pardal Braz:

de pentecostal a ORTODOXO.

Jesus aos apóstolos:

"QUEM VOS OUVE É A MIM QUE OUVE E QUEM VOS REJEITA É A MIM QUE REJEITA."


A CRUZ É UM ESCÂNDALO PARA OS QUE SE PERDEM. MAS PARA OS SANTOS PODER E GLÓRIA DE DEUS.

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sexta-feira, 26 de agosto de 2016

LIVRO PRIMEIRO > Capítulo I - Sessão 10: Divisões a respeito da doutrina da Predestinação / Artigo M) A rebelião jansenista e a afirmação de uma Igreja agostiniana

Após o protestantismo ter canonizado e santificado aos opiniões de Agostinho e censurado a igreja romana por ter tolerado diversos sistemas teológicos de teor mais ou menos pelagiano foi a vez da igreja romana - através de um concílio geral congregado em Trento - posicionar-se tanto mais claramente a respeito de seus dogmas e particularmente da relação existente entre a graça e a liberdade.

Via de regra podemos dizer que o dito 'concílio' foi relativamente bem sucedido logrando alcançar definições satisfatórias em torno dos Sacramentos, do Cânon bíblico, da Tradição, da comunhão dos santos, da escatologia, etc e que o catecismo tridentino em certo sentido fortaleceu a unidade da igreja romana trazendo-lhe relativa paz.

Isto caso desconsideremos ou ponhamos de lado a questão da graça.

A respeito deste quesito é assaz sabido que ao menos parte das decisões foram tomadas de empréstimo ao segundo sínodo de Orange. Sínodo que ao menos aos olhos de alguns padres menos esclarecidos era tido em conta de geral, infalível e normativo. No entanto, via de regra, os doutores tridentinos não deixaram de examinar as decisões daquele sínodo com relativa liberdade e até de reformula-las ousadamente. Como Himcmar e os seus jamais teriam podido ousar!

A bem da verdade aquele sínodo já havia declarado que os réprobos não eram predestinados ao mal e ao pecado, embora nada tenha dito a respeito do abandono de parte da Massa danada e sobre a relação deste abandono com a presciência divina.

Pois se a providência determinou a transmissão do pecado as gerações futuras, a destruição da livre vontade pelo pecado e o abandono de ao menos parte dos homens sem consideração da reativação da liberdade ou de uma possível decisão futura é evidente que estamos diante de um sistema que impossibilitando tais pessoas de abraçarem livremente o bem predestina-as verdadeiramente ao mal.

De fato a única solução não agostiniana ou predestinacionista - e tampouco semi pelagiana - para este problema se dá em termos de presciência ou do pré conhecimento divino a respeito de uma futura colaboração ou resistência livre. Tal e qual fora formulada por Himcmar e Rabanus ou por seus mestres Cesário, Salviano e Próspero. Solução que podemos classificar como galicana e semi agostiniana.

Se Deus abandonou apenas aqueles cuja não adesão livre ou resistência pôde prever é evidente que concedeu a tais pessoas a chance de colaborarem consigo e tomar posse da salvação.

N entanto ao que parece ou os padres de Trento ou ignoravam - antes dos trabalhos de Sirmond, Baluze, Hardouin, Gousset, etc - ou decidiram ultrapassar as decisões de tais sínodos bem como as ulteriores considerações formuladas pelos escolásticos e num determinado momento aproximaram-se surpreendentemente do semi pelagianismo pela formulação de uma terceira via.

Em que pesem as obscuridades e indefinições em torno do tema o seguinte texto parece-nos suficientemente claro:

"Quando Deus toca o coração do homem através do iluminação do Espírito Santo, o próprio homem não é inativo durante a recepção que a inspiração, uma vez que ele poderia rejeitá-la, e ainda, que sem a graça de Deus, ele não possa, por sua própria vontade, mover-se em direção à justiça de Deus "

Aqui a noção equivocada e inaceitável - em termos Ortodoxos - de uma graça preveniente de natureza interna ou de uma iluminação em termos platônicos associada a noção - anti agostiniana - de uma oferta geral, mesmo aqueles que não estivessem dispostos a aceita-la. O que corresponde a negação da doutrina da graça irresistível. 

No entanto se o homem, na perspectiva da natureza, pode assentir ou não a graça preveniente é evidente que já estamos diante de uma graça concomitante e portanto da sinergia perfeita, e portanto de um semi pelagianismo 'ortodoxo' bem compreendido ( Na medida em que o semi pelagianismo admite uma graça prévia ou concomitante em termos externos, a saber, o anúncio por parte da Igreja). Se não temos uma graça preveniente em conexão com a presciência dos atos futuros não temos verdadeira graça preveniente mas concomitante. 

Eis porque a soteriologia de Trento acabou por afastar-se ainda mais de Agostinho e dos protestantes.Ao menos quanto a doutrina da graça, se não podemos suster a realização de uma 'contra reforma' total ou absoluta ATÉ A NEGAÇÃO DE QUALQUER GRAÇA INTERNA  OU ILUMINAÇÃO QUE REPORTASSE A AGOSTINHO tampouco podemos deixar de admitir e registrar um saudável distanciamento face aos conceitos familiares ao agostinianismo.

Partindo daqui fica muito fácil compreender o ulterior direcionamento assumido pela ordem Jesuíta.

Cujos eruditos e esclarecidos membros não puderam deixar de ceder a tentação de levar adiante o legado humanista que lhes fora transmitido pelos dominicanos. E com uma tal intensidade que levou os próprios dominicanos a acusa-los de semi pelagianismo ou mesmo de pelagianismo. Para não falarmos em seus inimigos naturais como os protestantes e em seguida os jansenistas.






Assim o jesuíta Molina retomou e desenvolveu a doutrina da Himcmar e dos galicanos (na verdade tomada a S João Damascen) a respeito da presciência, chegando a concluir na salvação ou predestinação por mérito 'a posteriori' e a - segundo a linha do Concílio - enfatizar, por diversos modos, o papel da livre vontade.

Diante disto os franciscanos, carmelitas, beneditinos e mesmo os dominicanos (que também eram acusados de flertar com o semi pelagianismo desde a baixa idade Media) - liderados pelo agostiniano Bañez - não tardaram a apresentar tanto Molina quanto os jesuítas como semi pelagianos ou mesmo pelagianos enrustidos e isto no exato momento em que a igreja estava a ser atacada pelos reformadores...

Destarte ao cabo da segunda metade do século XVI i é logo após o encerramento do Concílio de Trento, estourou ainda mais uma vez a querela predestinacionista pondo-se ambos os lados - dominicanos e jesuítas ou molinistas - a mimosearem-se com a designação de 'herético' e a fornecer munição a crítica protestante.

Diante de matéria tão delicada o Vaticano optou por ser superficial, sutil e sinuoso conclamando ambas as partes a tolerância até que alguma comissão teológica nomeada pelo papa fosse capaz de decidir a questão. E partindo do suposto que ambos os sistemas teológicos eram basicamente ortodoxos solicitou que permanecessem em paz... Até impor o abandono das discussões e o silêncio.

Face a tais distúrbios um grande número de teólogos e doutores de ambos os lados puseram-se a analisar as obras de Aquino, Cesário, Próspero, Salviano, Agostinho, Fulgêncio, Himcmar, etc em busca de possíveis soluções para o impasse.

Convém lembrar que até aquele momento a alta hierarquia do Vaticano costumava negar de pés juntos ( como Himcmar, Rabanus, etc) que Agostinho fosse predestinacionista e fazia ouvidos moucos a seus partidários radicais.








protestante: De modo que a situação acabou por resolver-se???

Ortodoxo: Antes fosse.

No entanto, se como já tivemos ocasião de observar, a adoção de certos princípios conduz fatalmente a admissão de determinadas consequências lógicas não podia a mente genial do Bispo de Hipona deixar de ter arrematado seu sistema.

O que sempre fora repetido de geração em geração pelos agostinianos fiéis, mas que só adquirira força após o advento do protestantismo.

Colocando os 'católicos' de Agostinho numa situação bastante difícil e que quase oposição a uma igreja mais uma vez caracterizada como apóstata pelos sectários mais fanáticos do hiponense, a saber, os luteranos e calvinistas.





Um deste homens corajosos e determinados a examinar metodicamente a obra de Agostinho foi o Bispo romanista de Yprés, Jansenius.

Este, numa obra intitulada "Augustinus" susteve que a graça preveniente e a adesão a Jesus Cristo não reativam a liberdade e tampouco que o pre conhecimento de deus considere a simples possibilidade desta reativação.

E tomou - as obras do hiponense - a noção de graça eficaz compreendido como uma força irresistível.

Mesmo após ter sido incorporado por Cristo o homem não se torna capaz de realizar qualquer operação virtuosa sem o concurso desta graça específica. A qual inclusive nele suscita o impulso para o bem.

Equivale isto a declarar que é Deus mesmo e apenas ele que realiza as boas obras dos Santos i é o querer, o desejar, o preparar, o fazer, o demandar e o perseverar.

No entanto como deus age com absoluta liberdade e determina aqueles que serão libertos da escravidão da concupiscência para frutificar em boas obras É ELE QUEM DETERMINA OS QUE SERÃO SALVOS E OS QUE SERÃO CONDENADOS i é aqueles que permanecem entregues a tirania da concupiscência.

Diante disto nosso homem repudia a vontade salvífica universal e nega peremptoriamente que nosso Doce Redentor tenha sofrido por todas as criaturas racionais...

Por fim o Doutor de Yprés pôs-se a clamar contra os mestres escolásticos e a Filosofia antiga e até nisto fez eco a Agostinho, Tertuliano, Damianes e Lutero (bem como aos infiéis Al Achari e Al Gazzali) tornando-se paladino da estupidez.

Tal o sistema formulado por este ávido leitor do hiponense - declarou ter lido dez vezes a obra completa de seu Mestre e trinta vezes suas obras sobre a graça - e do Pe Michel du Bay (cujos erros repetidamente condenados retomou) em oposição a soteriologia afirmada pelo Concílio de Trento contra os reformadores (para ele os jesuítas eram semi pelagianos) e só podemos defini-la como uma revanche agostiniana no seio da igreja!

No entanto, apesar do querido Agostinho, a obra de Jansenius - sendo pessimamente acolhida por Jesuítas e Dominicanos - acabou sofrendo o mesmo destino que as obras de Lutero e Calvino (aos quais por sinal dava razão) e sendo solenemente condenada pela cúria romana para a qual Agostinho nada tinha de predestinacionista.

Como Jansenius havia adulterado o sentido das palavras de S Agostinho ou fora incapaz de compreende-las 'no sentido da igreja' o Vaticano não só solicitou como pode obter uma retratação por escrito e humilde submissão.

Todavia como o livro já havia sido publicano e lido, inclusive pelos partidários papistas do agostinianismo estrito os fundamentos do partido e da posterior rebelião jansenista já estavam lançados e este foi o preço terrivelmente caro que a Igreja Romana e toda a Cristandade Ocidental, em especial a francesa, tiveram de pagar por sua indecisão e falta de firmeza face aos erros do Bispo de Hipona.

protestante: O amigo quer dizer que mesmo após a submissão de Jansenius as coisas não melhoraram para a teologia romana?

Ortodoxo: Não porque o diversos clérigos como Duvergier, Quesnel, Arnauld e mesmo leigos instruídos como Gilbert Maugin.

Este padre ímpio Duvergier classificou Trento como uma assembléia de escolásticos limitados, proclamou que a antiga igreja dos Bispos não passava de um pântano infecto e para completar as medidas de sua infidelidade registrou que "Calvinus bene sensit, male locutus est." Ele padeceu na era de 1643 e Richellieau havia cometido o erro de encadea-lo. Pelo que foi tido em conta de mártir pelos cismáticos e sectários.

Por fim em 1649 um deles publicou as sequintes teses:

  • Há mandamentos de Deus quem nem sequer os justos tem capacidade suficiente para observar pois lhes falta uma graça eficaz para tanto. (o que de certo modo nos reporta a Lutero, Flacius, et caterva)
  • A natureza decaída não pode resistir ao poder da graça.
  • .......
  • Os semi pelagianos admitiam a necessidade da graça interior preveniente (pura e deslavada mentira) para cada um dos atos mesmo para o início da fé. mas eram HEREGES PORQUE ENSINAVAM QUE A GRAÇA FOSSE TAL QUE A VONTADE HUMANA LHE PUDESSE RESISTIR OU ASSENTIR.
  • É semi pelagiano quem declara que Cristo sofreu e morreu por todos os homens.
Todas as teses acima foram condenadas (Bulla Cum occasione) pelos teólogos do papa Inocente X como falsas, aleivosas e heréticas. O que evidentemente esta de pleno acordo com a tradição oriental da Igreja. 

No entanto os jansenistas da mesma maneira como os adeptos do Pe Lucidius e os seguidores de Gotteschalk recorreram a chicana declarando que o sentido das teses não era aquele tomado pelo papa romano e assim por diante...

Até que em 1656 o papa romano Alexandre VII por meio da Constituição Petri sedem definiu-lhes o sentido de modo a condenar formalmente os predestinacionistas e a totalidade do clero francês teve de assinala. Parte dos jansenistas aceitou faze-lo mas uma outra parte declarou que a A IGREJA NÃO PODIA CONDENAR O AGOSTINIANISMO, QUE ESTE ESTAVA SEMPRE CERTO E ELA ERRADA E QUE ERA NECESSÁRIO ROMPER COM A UNIDADE. 

E ainda aqui o agostinianismo infiltrado e irredutível optou pela solução de Lutero. 

No entanto graças a moderação de Arnauld sobreveio a paz por trinta anos. De modo que o jansenismo só veio a ser condenado em 1711 por meio da Bulla Unigenitus. Os holandeses de Utrech no entanto sagraram legitimamente a um Bispo e formaram uma igreja jansenista composta ainda hoje por cerca de 12.000 membros. 


Todavia em pleno século XVIII alguns cardeais como Berti e Noris ainda faziam galas de seu 'agostinianismo ortodoxo' e os ensinamentos desta facção ainda são publicados por clérigos da igreja romana.















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