Hiper agia ai partenos Maria, akrantos Mitéra tou Khristos Theos - soson imas!
Batul Lala Marian Wallidat al illah - ʕawnu ni!

Nossos pais e avós foram protestantes, nossos tetravos papistas, as gerações do passado remoto no entanto foram Católicas, apostólicas e ortodoxas, e nós, consagrando todas as forças do intelecto ao estudo da coisas santas e divinas desde a mais tenra idade, reencontramos e resgatamos a fé verdadeira, pura, santa e imaculada dos apóstolos, mártires e padres aos quais foi confiada a palavra divina. E tendo resgatado as raízes históricas de nossa preciosa e vivificante fé não repousaremos por um instante até comunica-la aos que forem dignos, segundo o preceito do Senhor. Esta é a senda da luz e da justiça, lei do amor, da compaixão, da misericórdia e da paz entregue uma única vez aos santos e heróis dos tempos antigos.

João I

João I
O Verbo se fez carne




Hei amigo

Se vc é protestante ou carismático certamente não conhece o canto Ortodoxo entoado pelos Cristãos desde os tempos das catacumbas. Clique abaixo e ouça:

Mantido pelo profo Domingos Pardal Braz:

de pentecostal a ORTODOXO.

Jesus aos apóstolos:

"QUEM VOS OUVE É A MIM QUE OUVE E QUEM VOS REJEITA É A MIM QUE REJEITA."


A CRUZ É UM ESCÂNDALO PARA OS QUE SE PERDEM. MAS PARA OS SANTOS PODER E GLÓRIA DE DEUS.

Total de visualizações de página

Pesquisar este blog

terça-feira, 26 de julho de 2016

LIVRO PRIMEIRO - Capítulo VII > Divisões a respeito da Soteriologia G) Flacius ilyric e o grande conflito luterano




Em sua resposta aos de Hambourg Flacius admitiu francamente ser melhor "ENVIAR OS FILHOS A UMA CASA DE PROSTITUIÇÃO DO QUE A ESCOLA TEOLÓGICA DE WITTEMBERG." 

"Dentre todas as acusações com que Ilyric - este herético e inimigo de Deus, palhaço sedicioso - e seu infame bando tem brindado os teólogos de Leipzig e Wittemberg não passam de deslavada mentira." objetava Pfeffinger, acrescentando "Ilyric É UMA VERDADEIRA PESTE QUE AMEAÇA A SÃ DOUTRINA." in Nich Boehm 'Relation'

Nem por isso os de Wittemberg deixaram por menos e descrevendo o 'segundo Lutero' como "CORVO INSIDIOSO, BRUTO DA ILIRIA, LOUCO, INIMIGO DE DEUS, INSTRUMENTO DO INFERNO, VASO DE CÓLERA, TÍTERE DO DIABO, MESTRE DOS POLTRÕES, MANÍACO, TORPE, SICOFANTA, CHARLATÃO, MISERÁVEL, ASNO GROSSEIRO QUE PRETENDE SE PASSAR POR PAPA DOS LUTERANOS." 

Pelo fim deste ano (1553) Amsdorf elaborou um símbolo em que declarava que as boas obras "NÃO SÃO APENAS INUTEIS MAS PERNICIOSAS A SALVAÇÃO DO CRENTE."

Na ocasião tanto Major quanto Melanchton foram gentilmente levados a assinar este decreto ímpio.

Praticamente na mesma ocasião escreveu o mesmo Amsdorf ao rei da Dinamarca, apresentando Major e Melanchton como adeptos da heresia sinergista.

Sem delongas escreveu o rei a Major convidando-o a abrir mão de seu ponto de vista.

Cercado por todos os lados e em franco desespero, respondeu-lhe o infeliz pregador:

"SUSTIVE AQUELA TEORIA - sobre a necessidade das obras - NO ARDOR DAS DISCUSSÃO COM AMSDORF, PORTANTO NÃO DEVEIS CRER OU IMAGINAR QUE FOI DEFENDIDA SERIAMENTE E PODEIS ESTAR SEGUROS DE QUE NÃO TORNAREI A DEFENDE-LA FUTURAMENTE E PROIBO A QUEM QUER QUE SEJA DE CITA-LA COMO OPINIÃO MINHA." Salig I, 638 & Corpus Reformatorum VII, 1061 e VIII, 64

No ano seguinte (1554) porém, agindo sob pressão, procedeu exatamente como os flacianos esperavam.




"SIM EU CONTINUO A ENSINAR QUE AS OBRAS SÃO NECESSÁRIAS A SALVAÇÃO JUNTAMENTE COM A FÉ. NO ENTANTO QUANDO MINISTRO TAL ENSINAMENTO, NADA MAIS FAÇO DO QUE REPETIR O QUE ESTA ESCRITO NOS 'LOCIS' DE MELANCHTON. O qual por sinal, publicou-os enquanto o Dr Lutero ainda estava entre nós E SE POR ALGUMA RAZÃO QUE EU IGNORO ELE NÃO DEU QUALQUER APROVAÇÃO FORMAL A DITA OBRA, NÃO É MENOS CERTO QUE JAMAIS A CONDENOU." Salig III,324




Por esse mesmo tempo Erasmo Sarcerius de Mansfeld fez congregar todos os seus pastores e emitir uma declaração segundo a qual: "A FÉ SEM OBRAS BASTA PARA SALVAR O HOMEM." O mesmo sínodo depoz o diacono Ettiene Agricola - amigo de Melanchton e sinergista fervoroso - e anatematizou tantos quantos concordavam com ele.

Todavia, como alguns dos participantes - flacianos - dessem com algumas passagens 'de natureza duvidosa' nos escritos do próprio Sarcerius e insinuassem a necessidade de depo-lo juntamente com Agricola; retratou-se Sarcerius por ter escrito "Que as obras conservam a fé como o fogo é mantido pelas chamas." e pediu perdão a seus confrades.

Durante 1554 e 1555 logrou Amsdorf duas grandes vitórias:
a deposição do insigne oficial eclesiástico Jadocus Mening - igualmente amigo de Malanchton - bem como a expulsão de seus partidários; a excessão dos poderosos Striegel e Wesenbeck. Neste mesmo ano Pfeffinger compoz a obra intitulada 'De libero arbitrio' sustentando publicamente sua posição de sinergista.

Em 1556 foi a vez de Major refugiado na Wittemberga junto a Melanchton publicar seu 'Von der zum Bereitung seligen Sterben' no qual sustentava que embora o princípio da salvação correspondesse a operação do Espirito santo no coração do crente, ela poderia não ser atingida na medida em que o homem interpuzesse o obstáculo do pecado.

Por uma segunda vez, em 1556, concordou Melanchton em assinar outra forma 'ortodoxa' ou semi - flaciana com o intuito de manter a paz e a concórdia no seio da 'igreja'.

Pois nesse tempo já "Wittembergenses e os flacianos tratavam-se mutuamente por idumeus, filisteus, cananeus, etc..."

Os de Wittemberg animados pelo círculo de Melanchton e pelos primeiros discípulos de Lutero aspiravam lapidar os emissários de Flacius enquanto seu diacono Werner era apresentado ao povo como um 'bebado, jogador e frequentador de lupanares."

"Acreditais, boa gente, que há entre nós enviados de Flacius em busca de conciliação, ocupai-vos vós somente em serenar os acessos de ódio e de loucura desse patife e charlatão que não cessa de blasfemar e mentir." rugia o velho Pomeranus ensandecido.

Diante disto Flacius achou por bem atacar:

"O SOFISTA FILIPE COMPORTA-SE DE SUA PARTE DUBIAMENTE SOBRE O ASSUNTO DAS BOAS OBRAS SUCESSIVAMENTE CONDENANDO E APROVANDO; POIS TENDO CONDENADO CONOSCO POR DUAS VEZES, EM 1553 E NOVAMENTE EM 1556; O QUE INSISTE HOJE EM DEFENDER NAS FIGURAS DE MAJOR E MENIUS. POIS NÃO SE LIMITANDO A TOLERAR APROVA.
E EM SEUS FLERTES COM OSIANDRISTAS E CALVINISTAS NÃO SÃO MENOS EVIDENTES E COMPROMETEDORES. JAMAIS CONHECI TEÓLOGO TÃO HÁBIL EM PASSAR DUM EXTREMO A OUTRO."
Flacius in 'Apologia auf zu unchrist sch justus menius' Iena 1558

Ainda assim concorda Melanchton em ir justificar-se em Worms (1558) - Onde teve por adversário seu ex pupilo Erasmus Sarcerius - ACUSANDO OS ADVERSÁRIOS DE MAJOR DE SUSTENTAREM A HERESIA DOS ANTINOMINIASTAS E AFIRMANDO, FACE A AMSDORF, QUE A NOVA OBEDIÊNCIA ERA UMA INSTITUIÇÃO DIVINA ENQUANTO EFEITO DA JUSTIFICAÇÃO.

Neste mesmo ano Praetorius - que a principio militara com os flacianos e sustentara a doutrina da 'segurança do crente' - tendo passado as fileiras dos 'sinergistas' iniciou sua polêmica com Agricola na qual envolveu-se posteriormente o já citado Muskulus. Em 1559 os ortodoxos obtem - de João Frederico II - sua derradeira vitória com a expulsão de um de seus principais desafetos Striegel, o qual recusou-se a subscrever a 'Confutacio...' de Flacius Aurifaber.

Neste passo a querela atinge seu ápice pois Major agindo tal e qualStrigel e possivelmente aconselhado por Melanchton convida nada menos do que Paulo Lutero para ser padrinho de um seu filho recém nascido. E tendo o filho do GRANDE REFORMADOR E PROFETA DAS ALEMANHAS, acedido ao pedido do odiado teólogo sinergista tornou-se ele também alvo das críticas acrimoniosas dos 'ortodoxos'. 

Sendo no entanto quem era, o pupilo do supremo despadrado, compôs uma APOLOGIA, em que acusava os de Weimar por terem "TEREM ESTABELECIDO UM NOVO PAPADO E ANATEMATIZAR TANTOS QUANTOS RECUSAM-SE A CONCORDAREM COM ELES."

Graças a esta poderosa voz houve paz para os luteranos. Esta paz porém não foi mantida por muito tempo.

Pois cerca de dois anos depois - 1561 - na Berna, foi a vez dos Melanchtonianos atracarem-se com os flacianos e triturarem-nos a pancada... Neste mesmo ano João Frederico II muda de opinião e os flacianos, juntamente com seu líder são convidados a deixar Iena...

Em 1563 no entanto, o Eleitor de Saxe "determinou que todos os pastores sob sua jurisdição SUBSCREVESSEM OS PRINCÍPIOS CONTIDOS NO 'CORPUS DOCTRINAE' DE MELANCHTON. AQUELES QUE RESISTIRAM FORAM CONSIDERADOS COMO SENDO PARTIDÁRIOS DE FLACIUS E COMO TAIS DEDIGNADOS E EXPULSOS DO PAIS."

Em que pese a passagem de seu 'Mestre' Stoltz do sinergismo ao flacianismo e a publicação de uma obra sua contra Major no ano anterior. Obra que vinha subscrita igualmente pelo famoso Johann Aurifaber, companheiro de Mathesius. 




No auge da tormenta Selnekker foi citado em Riddaghausen por ter asseverado que "AS OBRAS ERAM NECESSÁRIAS PARA A CONSERVAÇÃO DA JUSTIÇA." 

Temendo ser dedignado, o ilustre doutor respondeu alegando 'TER SUSTENTADO A TEORIA DAS OBRAS APENAS COM O INTUITO DE EXERCITAR A DIALÉTICA, O QUE ESTAVA TOTALMENTE DE ACORDO COM A NATUREZA DO TEMPO. MAS QUE TENDO SERVIDO AOS IRMÃOS COMO PEDRA DE TROPEÇO ABRIA MÃO DELA E SE RETRATAVA."

Mal Selnekker recua apavorado, abraçando os erros de flacius; propõe Neogergis em alto e bom som a doutrina da 'Segurança do crente' posteriormente repudiada pelos autores da fórmula da concórdia e completamente desmantelada por Gehard em seus 'Locii'.

Segundo este doutor constituia uma ideia demasiado grosseira "Imaginarmos que o Espírito Santo permanece num incessante vai e vem para dentro e para fora dos homens... OS QUAIS SENDO ASSIM NÃO PASSARIAM DE UM POMBAL..." Dai suster a doutrina ímpia e imoral do 'uma vez salvo sempre salvo'.

Praetorius e Spangemberg atribuiam a dita teoria a Lutero, Mencel no entanto fez congregar sínodo e condena-la como falsa em 1576. Se bem que dez anos antes - 1566 - o sinuoso Jean Wigand - adepto da 'terceira via' - compuzera uma alentada obra contra 'O amaldiçoado substancialismo' e obtivera de João Ernesto, Conde de Wolrath, a condenação dos flacianos.

Praetorius, não menos sinuoso, replicou bastante claramente desta vez e testificou que:

"ESSES PASTORES IMBECIS IMAGINAM QUE PROFESSAMOS UMA NOVA TEOLOGIA OU UMA INVENÇÃO DOUTRINAL, QUANDO NA VERDADE ESTAMOS A REPETIR O QUE LUTERO E SÃO PAULO ANUNCIARAM. ELES É QUE PLASMARAM UMA NOVA TEOLOGIA... ISTO SE DÁ PORQUE JAMAIS LERAM QUALQUER OBRA DE LUTERO, ESTE HOMEM DIVINO E ANJO DO CÉU ENVIADO POR DEUS, ASSIM PERDEM SEU TEMPO ESTUDANDO OBRAS IMPURAS E ENGENDRAM DOUTRINAS NOVAS E INCOERENTES." 

'Este Mencel com seu maldito acidente causou mais desordem entre os nossos do que os antinominiastas e majoristas juntos.' in Grosse antwort auf d... Eisleb 1577

Eis porque Ammerbach em sua 'Apologia...' assevera que ele jamais se retratou de coração, morrendo fiel ao flacianismo.

Entrementes, cerca de 1566, perdeu Flacius um de seus principais partidários Moerlin devido a sua insistência a respeito do substancialismo 'maniqueu'... foi nesta ocasião que Moerlin publicou sua "Tres disputationis de tercio usu legis." contra os partidários de Amsdorf...

No ano seguinte Moerlin e Chemnitz antes pupilo de Melanchton, seguiram para a Prússia onde convenceram o Duque a condenar o osiandrismo. A 6 de maio Moerlin e Chemnitz entregaram-lhe a "Repetitio corporis doctrinae Christianae" proscreveram a um lado o osiandrismo, o filipismo e o majorismo como heresias sinergistas e a outro o flacianismo e o amsdorfianismo como heresias antinomiasmicas, formando um grupo médio ou de compromisso.

Wigand no entanto, passara a apoiar discretamente os majoristas por ter sido informado pelos juristas Striegel, Wessembeck, etc a respeito dos frutos produzidos pelo antinominiasmo flaciano e do terrivel perigo porque passava a sociedade germânica... assim obtiveram o apoio do Estado secular contra os distúrbios provocados pela legítima pregação luterana. Ele mesmo convenceu Mencel e este os pastores do condado que haviam jurado fidelidade a Flacius e a Amsdorf os dois principais expoentes da ortodoxia luterânica.

Simon Musaeus no entanto, tal e qual Alesius em Leipzig, optou por retratar-se, publicando uma obra intitulada "Sententia de peccato, quod nom sit substantia." (1572). Foi o quanto bastou para indispo-lo contra os flacianos de Mansfeld... Pois ele havia auxiliado Flacius e Aurifaber contra Striegel e passava por co autor das Refutações de Weimar...

Por outro lado Musaeus era reticente quanto o papel das obras no processo de salvação, mantendo-se igualmente longe dos melanchtonianos.

Eis porque os dois lados enviavam-lhe cartas ameaçadoras e bilhetinhos indecentes... assobiavam e buliam quando ele, ou mesmo sua esposa e filhos saiam a rua... E ENQUANTO AGONIZAVA LANÇAVAM PEDRAS SOBRE SUA RESIDÊNCIA. (Após sua morte festejaram com comes e bebes). Ele mesmo aludindo aos fanáticos de um lado e outro, confessava jamais ter lidado com gente tão maldosa e suspirava pela morte; constando ter baixado ao túmulo levado pela depressão...

Diante de tanto tumulto e violência provocados pela disputa em torno da 'salvação' registrava o conselho de Westphal:

"É IMPOSSIVEL CONTER A POPULAÇÃO E EVITAR QUAISQUER DESORDENS QUANDO ADEREM AO EVANGELHO."

Em 1568 o sucessor de João Frederico II, expulsou os filipistas e majoristas e permitiu o retorno dos flacianos a Iena se bem que mantivesse o interdito lançado contra Flacius, o qual era corrido pelos filipistas de cidade em cidade... Antuérpia, Franckfort, Strasbourg...

Como a expurgação dos filipistas produzisse grande comoção no pais, o eleitor de Saxe, o conde de Volrath e Guilherme, sucessor de João Frederico; concordaram em congregar uma espécie de sínodo em Altenbourg - 1568 a 1569 - Durante a última sessão deste sínodo os de Iena e os de Wittemberg e Leipzig subscreveram a seguinte fórmula:

"A obediência e o acolhimento a palavra de Deus tem seu princípio numa operação interna e graciosa produzida por Deus no coração do homem."

AQUI FICA SUPOSTA A PREDESTINAÇÃO E CONSAGRADA A AMBIGUIDADE NO QUE TOCA A NECESSIDADE OU NÃO DAS OBRAS PARA A SALVAÇÃO.

Destarte a polêmica continuou acesa resultando na condenação e exílio de Ciriac Spamgenberg, o derradeiro discípulo de Lutero...

Nenhum comentário: