- Crê a caridade em tudo mesmo?
- Comercio ou venda de Bíblias, puro simonismo!
"ASSIM EU VOS DECLARO E DIGO QUE TODO REINO DIVIDIDO HAVERÁ DE PERECER." JESUS CRISTO, NOSSO DEUS
"A Unidade de fé jamais florescerá nos domínios do livre exame, aproxime-mo-nos pois da tumba de Lutero gemendo e chorando por reconhecer que todo Reino dividido perecerá. Este é o 'MANES, TEKEL E FERES' do protestantismo. Regressai pois ao Catolicismo que sendo Uno possui o apanágio das coisas espirituais e divinas." Alberti, teólogo Luterano
Cenário: Qualquer praça no centro de qualquer cidadezinha brasileira.
Protestante: Hei, amigo, amigo, um instante por favor.
Ortodoxo: Pois não, em que posso servi-lo?
Protestante: Queria beneficia-lo com este folhetinho sobre a palavra de Deus.
Ortodoxo: E posso saber por que deseja entregar-me o folhetinho?
Protestante: Para que tome conhecimento da palavra de Deus, creia e venha a ser salvo com toda sua casa em nome do senhor jesus cristo.
Protestante: Para que tome conhecimento da palavra de Deus, creia e venha a ser salvo com toda sua casa em nome do senhor jesus cristo.
Ortodoxo: Perdoe-me a ignorância, mas não sabia que a palavra de Deus pudesse caber inteirinha num folheto tão pequeno; afinal parece-me que são 66 livros não é mesmo?
Protestante: É que se trata apenas duma parte ou dum pedaço extraído da palavra de deus e não a palavra de deus em sua totalidade. Mesmo porque, como o amigo acabou de dizer, a palavra de deus é bem maior.
Ortodoxo: Neste caso quem garante que o pedaço, parte ou fragmento em questão não foi propositalmente retirado do contexto ou lugar a que pertence de modo a obscurecer-lhe o sentido e ludibriar-me?
Protestante: Pera lá, assim o amigo me ofende. Acha que eu seria capaz de engana-lo? Devo compreender que esteja pondo em dúvida minha idoneidade ou impugnado minha boa fé?
Ortodoxo: Acaso não são vocês protestantes que vivem repetindo: "Maldito o homem que confia noutro homem." e pondo em dúvida a reputação da Igreja antiga e sua boa fé??? Além disto estou a ve-lo pela primeira vez na vida e assim sendo mal o conheço. Sendo assim a que título deveria confiar em si? Acaso não és um homem como outro qualquer?
Protestante: Acaso assemelho-me a um charlatão ou malfeitor?
Ortodoxo: Levando em conta seu aspecto e condição parece-me que não. No entanto é sabido e bem sabido que não devemos julgar pelas aparências, as quais são enganosas.
Acaso és pastor?
Protestante: Quem me dera...
Ortodoxo: Sendo assim inclino-me a admitir sua honestidade e a supor que esteja enganado de boa fé, como tantos e tantos ignorantes por este pais afora.
Protestante: Acaso assemelho-me a um charlatão ou malfeitor?
Ortodoxo: Levando em conta seu aspecto e condição parece-me que não. No entanto é sabido e bem sabido que não devemos julgar pelas aparências, as quais são enganosas.
Acaso és pastor?
Protestante: Quem me dera...
Ortodoxo: Sendo assim inclino-me a admitir sua honestidade e a supor que esteja enganado de boa fé, como tantos e tantos ignorantes por este pais afora.
Protestante: Neste caso por que não pega o folheto?
Ortodoxo: Temo que o amigo é que esteja sendo ludibriado em sua boa fé e sinceridade por algum oportunista, a menos que tenha editado o folheto e publicado com seus próprios recursos.
Protestante: Para ser franco devo confessar que não. Sendo de condição humilde não possuo dinheiro suficiente para mandar imprimir sequer um cento deles, quanto mais milheiro. Este folheto foi composto pela editora N. economizei, juntei uma certa quantia, bastante módica e comprei com o intuito de anunciar o nome e a graça gloriosa do senhor jesus.
Ortodoxo: Certamente que seu sacrifício e sua boa vontade - inda que mal orientados - são nobres e dignos de todo respeito. Percebo no entanto que alguns acabam servindo-se da 'palavra de deus' com fins meramente utilitários como seja ganhar dinheiro. O Evangelho no entanto decreta:
De graça recebestes, de graça daí
protestante: Cheguei a ler um anúncio da editora, alegando que os folhetos são editados com o intuito exclusivo de salvar almas e glorificar o nome do senhor jesus.
Ortodoxo: Sendo assim por que o proprietário da Editora não vai ele mesmo as praças e ruas distribuir graciosamente os folhetos que edita, ou, na pior das hipóteses por que não oferta generosamente os tais folhetos - ao invés de vende-los - a pessoas como o senhor? Penso que a salvação das almas seja excelente justificativa para obter alguns pingues e viver folgadamente.
Protestante: A editora alega que os folhetos são vendidos a preço de custo e que não tira lucro algum.
Ortodoxo: Acaso o amigo pôs tal afirmação a prova, examinando as contas a editora?
protestante: Para dizer a verdade não, afinal esta escrito "A caridade tudo crê"!
Ortodoxo: Neste caso o amigo descarta a simples sugestão de que o editor deste folheto possa ter a intenção de lucrar ou o que é ainda pior, de enganar os leitores, inclusive o senhor?
Protestante: Uma vez que a caridade tudo crê, jamais aventei semelhante possibilidade...
Ortodoxo: Se a caridade de fato leva-o a crer em tudo por que não acreditas nos ensinamentos do Papa ou de Allan kardec??? Afinal a caridade crê em TUDO...
Protestante: Por que o Papa romano e Allan Kardec não estão fundamentados na palavra de deus!
Ortodoxo: Não é o que eles dizem...
Protestante: Eles podem dizer o que quiserem o fato é que não estão fundamentados na palavra de deus!
Ortodoxo: E por não estarem fundamentados na tal palavra de deus são mentirosos?
Protestante: É o que me parece.
Ortodoxo: Gostaria de saber então quem é que esta fundamentado na tal palavra de deus?
Protestante: Isto é muito facil de responder> os Evangélicos!
Ortodoxo: De modo que a caridade te obriga a acreditar apenas no que eles dizem e não em TUDO?
Protestante: Sim, a escritura me obriga a crer em tudo quanto eles me dizem, afinal a 'caridade tudo crê'.
Ortodoxo: Adicionando tal restrição ao texto fica fácil.
Protestante: Acaso não procedeis do mesmo modo quando declarais que o apóstolo refere-se apenas ao que seja EVIDENTE sob pena de estar a escrever uma tolice?
Ortodoxo: Como haveria o apóstolo de aconselhar-nos a crer em TUDO quanto nos é dito se as diferentes pessoas oferecem-nos juízos contraditórios e opostos entre si?
No entanto é característico do amor desinteressado pela verdade crer em tudo quanto ofereça evidência. Pois a evidência sempre merece ser crida.
Protestante:...
Ortodoxo: Já vossa restrição é de fato arbitrária e gratuita por sugerir que os 'Cristãos' ou os 'protestantes' estão sempre falando a verdade, enquanto que os não 'Cristãos' ou não protestantes estão sempre a mentir.
Protestante: De fato a escritura não me obriga a acreditar no que eles me dizem mas a desconfiar deles sob pena de tornar-me maldito.
Ortodoxo: Logo evangélicos sempre merecem crédito e não evangélicos quase sempre mentem, é isso???
Paulo para os protestantes e Jeremias para os pagãos ou Ortodoxos...
Protestante: As vezes um mundano também diz alguma verdade.
Ortodoxo: Desde que não seja religiosa...
Protestante: Oh sim, desde que não seja religiosa. Pois os descrentes nada sabem acerca da religião.
Ortodoxo: Daí crer na honestidade do editor, mesmo sem estar em posse de qualquer evidências, pelo simples fato de pertencer a sua confissão?
Protestante: Uma vez que a caridade tudo crê, jamais aventei semelhante possibilidade...
Ortodoxo: Se a caridade de fato leva-o a crer em tudo por que não acreditas nos ensinamentos do Papa ou de Allan kardec??? Afinal a caridade crê em TUDO...
Protestante: Por que o Papa romano e Allan Kardec não estão fundamentados na palavra de deus!
Ortodoxo: Não é o que eles dizem...
Protestante: Eles podem dizer o que quiserem o fato é que não estão fundamentados na palavra de deus!
Ortodoxo: E por não estarem fundamentados na tal palavra de deus são mentirosos?
Protestante: É o que me parece.
Ortodoxo: Gostaria de saber então quem é que esta fundamentado na tal palavra de deus?
Protestante: Isto é muito facil de responder> os Evangélicos!
Ortodoxo: De modo que a caridade te obriga a acreditar apenas no que eles dizem e não em TUDO?
Protestante: Sim, a escritura me obriga a crer em tudo quanto eles me dizem, afinal a 'caridade tudo crê'.
Ortodoxo: Adicionando tal restrição ao texto fica fácil.
Protestante: Acaso não procedeis do mesmo modo quando declarais que o apóstolo refere-se apenas ao que seja EVIDENTE sob pena de estar a escrever uma tolice?
Ortodoxo: Como haveria o apóstolo de aconselhar-nos a crer em TUDO quanto nos é dito se as diferentes pessoas oferecem-nos juízos contraditórios e opostos entre si?
No entanto é característico do amor desinteressado pela verdade crer em tudo quanto ofereça evidência. Pois a evidência sempre merece ser crida.
Protestante:...
Ortodoxo: Já vossa restrição é de fato arbitrária e gratuita por sugerir que os 'Cristãos' ou os 'protestantes' estão sempre falando a verdade, enquanto que os não 'Cristãos' ou não protestantes estão sempre a mentir.
Protestante: De fato a escritura não me obriga a acreditar no que eles me dizem mas a desconfiar deles sob pena de tornar-me maldito.
Ortodoxo: Logo evangélicos sempre merecem crédito e não evangélicos quase sempre mentem, é isso???
Paulo para os protestantes e Jeremias para os pagãos ou Ortodoxos...
Protestante: As vezes um mundano também diz alguma verdade.
Ortodoxo: Desde que não seja religiosa...
Protestante: Oh sim, desde que não seja religiosa. Pois os descrentes nada sabem acerca da religião.
Ortodoxo: Daí crer na honestidade do editor, mesmo sem estar em posse de qualquer evidências, pelo simples fato de pertencer a sua confissão?
Protestante: No fundo no fundo o problema da lucratividade e da fidelidade da mensagem editada é uma questão de confiança. Uma vez que o editor é evangélico não tenho motivos para duvidar dele.
Ortodoxo: No entanto o amigo sequer o conhece ou teve qualquer contato com ele. Claro que se trata duma questão de confiança, no entanto gostaria de saber se é prudente confiar a própria alma a um desconhecido ou a alguém que jamais vimos só porque esta pessoa apresenta-se como evangélica? Que disse Jesus a respeito do cuidado que devemos ter para com nossas próprias almas?
Protestante:
Protestante:
"Que vale o homem se ganhar o mundo inteiro mas perder a sua alma???"
Ortodoxo: E também:
"Sêde meigos como as pombas e prudentes como as serpentes."
Naturalmente que devemos dar crédito ao próximo...
Quando no entanto o assunto envolve dinheiro e negócios devemos recear e temer. Pois esta dito que: "A raiz de todos os males é o amor ao dinheiro."
E noutra parte testifica ainda:
"Não creiais em quaisquer espíritos, mas provai a todos."
Uma vez que o apóstolo decretou que até mesmo os espíritos devam ser postos a prova segundo critério de evidência, como poderia ter decretado que acreditássemos em absolutamente tudo quanto for dito por um crente vivo???
Protestante: Apesar disto a moralidade de nossos evangélicos é bastante alta.
Ortodoxo: Não poderia no entanto ser maior do que a moralidade dos primeiros Cristãos aos quais aconselha o apóstolo: "Abandonai a mentira e dizei apenas a verdade." Ef 4,25
Assim se aconselha-os a abandonar a mentira é porque ao menos alguns deles mentiam. Do contrário lhes teria dado um conselho ocioso.
Como devemos compreender a expressão: A CARIDADE EM TUDO CRÊ???
Protestante: Neste caso como deveríamos de compreender a sentença do apóstolo????
Ortodoxo: Admitindo que a caridade nos obrigue a crer em tudo quanto Jesus Cristo desejou comunicar aos seres humanos por meio da divina Revelação ou seja em todos os mistérios da fé sem fazer qualquer distinção ou levar em consideração os apelativos da vontade.
Protestante: E quanto aos irmãos como deveríamos proceder?
Ortodoxo: Sempre pesando as evidências e crendo apenas no quanto seja evidente ou digno de ser crido.
O PROTESTANTISMO e o comércio de Bíblias!
Ortodoxo: Uma vez que não conhece melhor não confiar. No entanto uma coisa é certa: todas as operações que envolvem a piedade deveriam ser executadas graciosamente ou seja sem quaisquer fins lucrativos. Do contrário, faltando caridade, espírito de sacrifício, doação e despojamento que evidência nos levará a crer na sinceridade de tais obreiros???
A própria História certifica que os neo apóstolos do protestantismo - como D P Kidder - chegaram a este nosso pais, vendendo Bíblias e que seus colportores - ligados a S B I - mantiveram o negócio de vende-las por muito tempo (Cf Vicente Ferrer de Barros in 'Seitas protestantes do Recife' 1906 / Crimilde Leite de Aguiar (EX PROTESTANTE) 'Protestantismo indesejável' 1931 / Rafael da Gama; 'As seitas biblistas X idolatria romanista in Anais do Congresso ANPTECRE, v. 05, 2015, p. ST0515)... A distribuição gratuita veio bem depois, devido aos clamores do clero romano, afinal os padres sabiam que até entre os maometanos constitui torpe sacrilégio vender a 'palavra divina', no caso o Alcorão.
Tal a prática de todas as religiões desde os tempos imemoriais e nenhuma delas consentiu que seus livros sagrados fossem objeto de vil comércio. O protestantismo parece ter sido a primeira seita a comercializar ou vender a 'palavra de deus' auferindo lucro.
O que levou o sábio Charles H Mackintosh a exprimir-se nos seguintes termos:
"Devo confessar, querido irmão, que meu senso moral tem se mostrado, com frequência, profundamente chocado pelo estilo frio e comercial com que a publicação e venda de livros e folhetos religiosos é posta em prática -- um estilo que talvez seja adequado ao comércio puramente profano, mas que chega a ser ofensivo quando associado as coias divinas e sagradas." in "Cartas aos evangelistas" Ed Verdades vivas.
Como poder ver até nisto o carro de Lutero vai de reboque no bonde do capitalismo...
Os Cristãos (como judeus, muçulmanos e hindus) no entanto sempre encararam a venda ou comércio de coisas Santas - assim o livro dos Evangelhos - como simonia. Pelo que cobravam apenas o valor do pergaminho e das tintas, nenhum centavo a mais sob pena de serem rigorosamente punidos pelo braço secular.
O trabalho ou esforço empreendido nas cópias manuscritas era encarado como uma obra sacra ou divina destinada a ser recompensada no além túmulo. E por isso executado, amiúde por pessoas que não precisavam trabalhar para viver como os monges.
Não havia oferta excedente de Bíblias pelo simples fato de que, mesmo naquele tempo, os monges eram setor minoritário da Sociedade. Além disto copiar um manuscrito tão grande quanto o da Bíblia ou do Novo Testamento era coisa que levava tempo e estendia-se para mais de ano.
Além disto a lei canônica, a exemplo da lei judaica, determinava que se o copista cometesse um único erro a folha toda deveria ser destruída e não se tolerava que o erro fosse apagado ou emendado.
Um dos aspectos mais tenebrosos do protestantismo foi justamente ter colaborado para oferecer a Bíblia como objeto de comércio e lucro para os editores.
De fato a Bíblia foi editada e mesmo comprada pelas pessoas mais cultas durante todo século XV.
No entanto como a Igreja exigisse certo preparo para que seus filhos pudessem le-la, não apresentava sua leitura como objeto estritamente necessário a salvação, submetia cada tradução e publicação a uma fiscalização rigorosa e continuava a desestimular a lucratividade o consumo não podia ser maximizado.
Foi a reforma por meio do livre examinismo, do biblismo, da fragilização do controle que possibilitou a transformação da Bíblia no primeiro Best Seler moderno, convertendo-a em objeto de consumo e possibilitando aos editores máximo ganho ou lucro. Em contrapartida recebeu o protestantismo poderoso apoio por parte deste setor tão poderoso da indústria européia. Não porque representasse a verdade mas apenas e tão somente porque favorecia o comércio de Bíblias e panfletos religiosos.
Desde então mesmo as edições viciadas ou que contivessem algum erro passaram a ser postas no Mercado.
Conclusão: Desde seus primórdios esteve o protestantismo em demasiada proximidade com o espírito do Capitalismo, definido por Paulo como sendo A raiz de todos os males.
Protestantismo: Para ser honesto confesso não saber muita coisa a respeito deste assunto.
A própria História certifica que os neo apóstolos do protestantismo - como D P Kidder - chegaram a este nosso pais, vendendo Bíblias e que seus colportores - ligados a S B I - mantiveram o negócio de vende-las por muito tempo (Cf Vicente Ferrer de Barros in 'Seitas protestantes do Recife' 1906 / Crimilde Leite de Aguiar (EX PROTESTANTE) 'Protestantismo indesejável' 1931 / Rafael da Gama; 'As seitas biblistas X idolatria romanista in Anais do Congresso ANPTECRE, v. 05, 2015, p. ST0515)... A distribuição gratuita veio bem depois, devido aos clamores do clero romano, afinal os padres sabiam que até entre os maometanos constitui torpe sacrilégio vender a 'palavra divina', no caso o Alcorão.
Tal a prática de todas as religiões desde os tempos imemoriais e nenhuma delas consentiu que seus livros sagrados fossem objeto de vil comércio. O protestantismo parece ter sido a primeira seita a comercializar ou vender a 'palavra de deus' auferindo lucro.
O que levou o sábio Charles H Mackintosh a exprimir-se nos seguintes termos:
"Devo confessar, querido irmão, que meu senso moral tem se mostrado, com frequência, profundamente chocado pelo estilo frio e comercial com que a publicação e venda de livros e folhetos religiosos é posta em prática -- um estilo que talvez seja adequado ao comércio puramente profano, mas que chega a ser ofensivo quando associado as coias divinas e sagradas." in "Cartas aos evangelistas" Ed Verdades vivas.
Como poder ver até nisto o carro de Lutero vai de reboque no bonde do capitalismo...
Os Cristãos (como judeus, muçulmanos e hindus) no entanto sempre encararam a venda ou comércio de coisas Santas - assim o livro dos Evangelhos - como simonia. Pelo que cobravam apenas o valor do pergaminho e das tintas, nenhum centavo a mais sob pena de serem rigorosamente punidos pelo braço secular.
O trabalho ou esforço empreendido nas cópias manuscritas era encarado como uma obra sacra ou divina destinada a ser recompensada no além túmulo. E por isso executado, amiúde por pessoas que não precisavam trabalhar para viver como os monges.
Não havia oferta excedente de Bíblias pelo simples fato de que, mesmo naquele tempo, os monges eram setor minoritário da Sociedade. Além disto copiar um manuscrito tão grande quanto o da Bíblia ou do Novo Testamento era coisa que levava tempo e estendia-se para mais de ano.
Além disto a lei canônica, a exemplo da lei judaica, determinava que se o copista cometesse um único erro a folha toda deveria ser destruída e não se tolerava que o erro fosse apagado ou emendado.
Um dos aspectos mais tenebrosos do protestantismo foi justamente ter colaborado para oferecer a Bíblia como objeto de comércio e lucro para os editores.
De fato a Bíblia foi editada e mesmo comprada pelas pessoas mais cultas durante todo século XV.
No entanto como a Igreja exigisse certo preparo para que seus filhos pudessem le-la, não apresentava sua leitura como objeto estritamente necessário a salvação, submetia cada tradução e publicação a uma fiscalização rigorosa e continuava a desestimular a lucratividade o consumo não podia ser maximizado.
Foi a reforma por meio do livre examinismo, do biblismo, da fragilização do controle que possibilitou a transformação da Bíblia no primeiro Best Seler moderno, convertendo-a em objeto de consumo e possibilitando aos editores máximo ganho ou lucro. Em contrapartida recebeu o protestantismo poderoso apoio por parte deste setor tão poderoso da indústria européia. Não porque representasse a verdade mas apenas e tão somente porque favorecia o comércio de Bíblias e panfletos religiosos.
Desde então mesmo as edições viciadas ou que contivessem algum erro passaram a ser postas no Mercado.
Conclusão: Desde seus primórdios esteve o protestantismo em demasiada proximidade com o espírito do Capitalismo, definido por Paulo como sendo A raiz de todos os males.
Protestantismo: Para ser honesto confesso não saber muita coisa a respeito deste assunto.
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