Hiper agia ai partenos Maria, akrantos Mitéra tou Khristos Theos - soson imas!
Batul Lala Marian Wallidat al illah - ʕawnu ni!

Nossos pais e avós foram protestantes, nossos tetravos papistas, as gerações do passado remoto no entanto foram Católicas, apostólicas e ortodoxas, e nós, consagrando todas as forças do intelecto ao estudo da coisas santas e divinas desde a mais tenra idade, reencontramos e resgatamos a fé verdadeira, pura, santa e imaculada dos apóstolos, mártires e padres aos quais foi confiada a palavra divina. E tendo resgatado as raízes históricas de nossa preciosa e vivificante fé não repousaremos por um instante até comunica-la aos que forem dignos, segundo o preceito do Senhor. Esta é a senda da luz e da justiça, lei do amor, da compaixão, da misericórdia e da paz entregue uma única vez aos santos e heróis dos tempos antigos.

João I

João I
O Verbo se fez carne




Hei amigo

Se vc é protestante ou carismático certamente não conhece o canto Ortodoxo entoado pelos Cristãos desde os tempos das catacumbas. Clique abaixo e ouça:

Mantido pelo profo Domingos Pardal Braz:

de pentecostal a ORTODOXO.

Jesus aos apóstolos:

"QUEM VOS OUVE É A MIM QUE OUVE E QUEM VOS REJEITA É A MIM QUE REJEITA."


A CRUZ É UM ESCÂNDALO PARA OS QUE SE PERDEM. MAS PARA OS SANTOS PODER E GLÓRIA DE DEUS.

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segunda-feira, 23 de maio de 2016

1c - De pentecostal a Ortodoxo: TESTEMUNHO PESSOAL > Os dois lados da moeda

  1. Minha conversão a Igreja romana
  2. De como encontrei-me no papismo
  3. O erro fundamental do protestantismo
  4. Benefícios de minha conversão ao papismo
  5. Nosso apostolado
  6. Primeiro contato com o espiritismo
  7. Mais uma crise de fé
  8. Meu encontro com a Ortodoxia
  9. Nossas fontes
  10. Amar as pessoas e odiar seus erros






Minha conversão a igreja romana

Dia raiou no entanto, em que circunstâncias até certo ponto similares as que haviam levado minha bisavó a conduzir minha avó até o salão da CCB, levaram minha mãe a conduzir-me a uma cerimônia papista aqui na Matriz de nossa cidade.

Isto porque, após ter passado por terrível choque emocional, encontrava-me sob o jugo mortal da depressão, definhando dia após dia e com a saúde física já um tanto abalada. Diante disto algumas senhoras católicas amigas da família insistiram para que minha mãe fosse comigo a uma Missa.

Apesar de criada no protestantismo minha mãe consentiu em enviar-me aquela missa esperando que disto resultasse o fim de minha depressão.

De fato, mal se deu meu primeiro contato com o papismo ou com as formas do Catolicismo que ainda subsistiam nele e sofri um choque grande choque espiritual...

Pois ali tudo era radicalmente diverso do quanto eu havia visto e experimentado na CCB ou na Add.




As paredes achavam-se adornadas com belíssimos painéis de figuras coloridas destinadas a agradar a vista...



O indumentária do oficiante não era apenas distinta das vestes que caracterizavam a assistência mas bordada com habilidade e capricho.



Ali não havia gritos, achaques ou tremeliques mas momentos de reflexão e silêncio.

Todos se serviam de livrinhos e respondiam da mesma maneira as exortações do oficiante havendo a mais perfeita ordem e sobriedade. Até os gestos eram coordenados de modo que as pessoas ajoelhavam e levantavam simultaneamente.




O oficiante destacava-se pela reverência com que de instante a instante erguia os olhos para o alto, juntava as mãos em prece ou estendia-as para o alto, curvava-se, ajoelhava-se...



O cheiro do incenso, os adornos florais e as luzes dos círios tudo enfim contribuía para criar uma atmosfera de mistério e recato como eu jamais havia visto até então.

Havia nos elementos materiais e gestos, em cada detalhe, uma linguagem simbólica pela qual eu sempre aspirara sem no entanto poder definir.

Em sua aquele primeiro contato com a tradição espiritual do papismo pode ser definido como um deslumbramento.



Exatamente como a heresiarca Ellen G White registrará no 'Grande conflito':

"O serviço religioso da igreja romana é um cerimonial assaz impressionante. O brilho de sua ostentação e a solenidade de seus ritos fascinam os sentidos do povo... Os olhos ficam como que encantados. Igrejas magníficas, imponentes procissões, altares de ouro, relicários com pedras preciosas, quadros finos e esculturas refinadas apelam para o amor ao belo. O ouvido também é cativado. A música é inexcedível. As belas e graves notas do órgão, misturando-se a melodia de muitas vozes assomando por elevadas abóbodas e naves ornamentadas pelas colunas marmóreas das grandes catedrais não podem deixar de impressionar a mente com profundo respeito e piedade... a pompa e solenidade do culto Católico tem um sedutor e fascinante poder... e muitos chegam a encara-la como a própria porta dos céus." in "O conflito dos séculos" 1921 p 614 sg


O protestantismo no entanto, como a mesma autora dá a compreender, por não contemplar a demanda estética posta pelo belo, é uma fé incompleta ou mutilada. Os protestantes em paroxismos de ódio chegaram inclusive a erguer suas mãos contra as obras de arte produzidas pela igreja romana... afinal, é típico do homem  vulgar destruir tudo quando sua mente rasteira é incapaz de compreender.

É feio o protestantismo por ser platônico ou maniqueu e estar voltado apenas e tão somente para as necessidades do espírito puro e descarnado. Mas não somos anjos, somos homens cujo corpo físico de carne e osso foi idealizado pelo próprio Deus e cujo próprio Deus assumiu natureza física e carnal em Jesus Cristo. Sendo assim as prevenções protestantes contra o corpo e a matéria de modo algum se justificam...

Em mim no entanto, a dimensão artística da Igreja despertou uma sensação imediata de pertencimento, como se alguém me dissesse: Eis o teu lugar, tu o encontraste finalmente! Chegaste a terra da promissão!

Consequentemente tornou-se demasiado fácil minha reconciliação com o Senhor Jesus Cristo.

E num piscar de olhos - como Paul Claudel ou Afonso de Ratisbona - fiz-me papista devotado...

E aquele que um dia tratará por 'carpinteiro nazareno' passei a tratar por'Verbo encarnado', pedagogo, médico e pastor do gênero humano...







De como encontrei-me no papismo



Após o inferno do livre exame e o purgatório da divisão, como diz o Pe Duboischegara ao paraíso da verdade Una por via da tradição apostólica, vinculo da unidade e da paz.


Até aqui narrei minuciosamente tudo quanto se sucedera por
considerar minha adesão ao papismo como evento de significado crucial em minha vida. Sem ela jamais teria chegado até onde cheguei pois corresponde a um primeiro passo na direção da Ortodoxia, da filosofia grega, do espírito científico, da praxis socialista, etc e de tudo quanto comporta minha visão de mundo.

A partir daqui serei mais sumário ou suscinto.

Posteriormente encetei estudos no âmbito da teologia, a qual se me apresentou - face aos devaneios pentecostais - como um todo coerente, orgânico, sistemático e capaz de satisfazer as mais rigorosas expectativas postas pelo intelecto.

Desde a mais tenra idade, como já disse, jamais lograra compreender ou assimilar o insopitável desprezo votado pelos protestantes a Santa Virgem Mãe de Jesus... Tampouco agradavam-me as repetidas e infinitas discussões a respeito do batismo, da eucaristia, do livre arbítrio, etc

Discussões que jamais levavam a qualquer lugar e não passavam de batalhas ou contendas teológicas em que citações serviam como apetrechos a serem assestados contra os que acreditavam ou interpretavam de modo diverso.

Aqui o pântano tenebroso do solipsismo crasso... apresentado como santuário da verdade pelos apologistas e advogados do sistema protestante. Não havia concórdia, harmonia, unidade ou paz!

Após ter comido as bolotas do protestantismo, torno a casa paterna!





De como vim a constatar o erro fundamental do protestantismo


Foi assim que após ter percebido os pontos fracos da doutrina, cheguei a conclusão de que o calcanhar de Aquiles responsável por converter a 'igreja'  fundada por Lutero numa autêntica casa de Orates ou como dizemos 'da sogra' fora o princípio comum do Biblismo associado ao livre examinismo.

Eis porque nesta casa todos gritam e ninguém manda ou manda quem pode mais - ou seja quem tem pão ou ferro - como no caso daqueles heresiarcas que obtiveram o apoio do Estado com o propósito de intimidar ou eliminar seus rivais. Por 'rivais' devemos compreender aqueles que em nome da 'liberdade' ousavam discordar das sentenças e decretos jactanciosos daqueles, que com auxílio do braço secular, pretendiam impor uma uniformidade fictícia em torno de interpretações autorizadas... Repudiando na prática o fundamento ou princípio do livre exame, ora apresentado como monopólio de alguns privilegiados (Lutero, Calvino, Zwinglio) e não mais como direito 'líquido e certo' de cada cristão...

Disto resultou, quase que de imediato, a formação de novas 'ESTRUTURAS ECLESIAIS VISÍVEIS' tão ou até mesmo mais autoritárias do que a igreja romana, com seus sínodos e credos particulares e uma nova 'tradição' cristã religiosamente transmitida as sociedades protestantes e mecanicamente recebida, como o papismo ou a ortodoxia na I Média. Não foi, como parecia ser a destruição do papado romano mas a afirmação de outros tantos papados rivais, ilegitimos e demagógicos.

Principiaram os demagogos religiosos do século XVI criticando a igreja romana e seus supostos vícios para logo em seguida reproduzi-los um após o outro a começar pelo clericalismo e o autoritarismo.

Os reformadores a bem da verdade limitaram-se a substituir a tradição antiga e legítima por novas tradições elaboradas por eles mesmos... ficando o livre exame, ao menos em parte, abandonado.


Dos proveitos advindos de minha conversão ao papismo


Creio no entanto que o principal beneficio advindo de minha conversão a Igreja de Roma foi tomar conhecimento a respeito do critério da Tradição apostólica, da distinção capital existente entre antigo e Novo Testamento ( e - consequentemente - da soberania, excelência e primazia que cabe ao Evangelho, do qual enfim pude aproximar-me sem receios e estudar vantajosamente, obtendo o bem mais precioso que é dado possuir; a saber, o verdadeiro conhecimento de Jesus Cristo, de sua pessoa, de seus mistérios, de seu ofício e de seus ensinamentos; especialmente a respeito da lei perpétua do amor enquanto centro e fundamento de toda vida Cristã) e da perspectiva ética ou ativa da fé (por meio de obras). TRADIÇÃO - EVANGELHO E OBRAS!!!

Tendo em vista superar o zelo das 'Testemunhas de Jeová' fundamos um 'círculo bíblico' e nos dispusemos a a estudar a tradição da Igreja cinco horas por dia de Domingo a Domingo durante 365 dias... Nesta empreitada divina fui secundado pelos colegas Fernando e Tiago.

Posteriormente vim a estudar teologia com os próprios pastores protestantes (que desejavam converter-me!!!) de modo a penetrar-lhes melhor o pensamento e compreender ainda melhor os seus erros para em seguida rebate-los.


Nosso apostolado



Auxiliado pela experiência que obtivera dediquei-me por anos a fio - aqui mais uma vez auxiliado pelo Fernando - a travar disputas com os lideres e chefes protestantes (durante muito tempo guardei comigo o gosto pela polêmica.) provocando inúmeras controvérsias públicas e privadas, chegando a ser ameaçado, e quase a ser agredido pelos fanáticos cujas teorias havia publicamente desmascarado. A uma jovem, amiga da família - que recentemente adormeceu em Cristo - fomos capazes tomar as garras do jeovismo; outro moço muito amado as garras do anabatismo... e estas são nossas maiores conquistas e alegrias.


Examinando tudo mesmo!!!

Nosso contato com o espiritismo 


Diante disto, ao cabo de muitos anos, fomos exortados - por um grave e dedicado sacerdote - a examinar e a refutar, do mesmo modo e maneira, o espiritismo kardecista. Sucede no entanto que mais de uma década após meu primeiro contato com o espiritismo estava firmemente persuadido de que seus adeptos buscavam viver sinceramente o Evangelho e não estava disposto a bater-me com eles, mas inclinado a deixa-los em paz.

No entanto como eramos constantemente instigados - pelos padres e por parte do povo - a atacar o espiritismo (pelo qual os papistas cegos nutrem sérias prevenções, quando deveriam vota-las ao protestantismo!) tivemos de ceder e desta anuência resultou mais uma grande reviravolta em nossas vidas.

Pois tendo em vista dar competente resposta a esta doutrina, empenhamos muitos anos e vigílias buscando analisar a maior parte da literatura existente a respeito, ou seja, os escritos doutrinários do espiritismo (Kardec, Leon Denis, Gabriel Dellane, Aksacoff, Bozzano, etc). Tudo quando podemos dizer em poucas palavras é que ao cabo desta analise minuciosa, nos demos por plenamente convencidos a respeito do quanto o espiritismo estava de acordo com a primitiva tradição da Igreja: o primado absoluto da caridade, a noôgenese evolucionista, a antropologia semi pelagiana, o universalismo origenista, a validade dos conhecimentos científicos, a soberania do Evangelho, etc

E assim sendo tomamos a firme decisão de não disputar com os espíritas; os quais temos em conta de muito mais próximos ao Evangelho e da Ortodoxia do que os protestantes e romanos (em que pesem os erros gravíssimos do kardecismo no que concerne a natureza de Cristo, dos Santos Sacramentos, da igreja, etc).

Nem podemos deixar de reconhecer que nos campos da antropologia, escatologia e ética nossas ulteriores investigações foram em parte direcionadas pela doutrina dos espíritas. O que nos conduziu primeiro as margens do agnosticismo e posteriormente ao seio da Ortodoxia.




Mais uma crise de fé


Cerca de 2004 estavamos em vias de romper com o papismo e passar, ou ao agnosticismo ou a ortodoxia, a respeito da qual pouco ou nada sabíamos.

A doutrina espírita - apesar de termos sido constantemente apresentados como espíritas pelos adversários - não podíamos nem podemos abraçar por dois motivos: Nossa firme adesão ao padrão niceno ou atanasiano no que concerne a natureza divina de Cristo ou ENCARNAÇÃO DO VERBO e nossa crença - não menos firme - na ressurreição dos mortos e na restauração deste nosso mundo material. Os espíritas como é assaz sabido não reconhecem nem a divindade de Cristo e tampouco qualquer tipo de esperança para a matéria portando-se aqui como seguidores de Platão e Mani.

Nós como os antigos estóicos somos panenteístas e acreditamos que a matéria é elemento eterno, incriado e passivo ordenado no tempo pela mente divina e, consequentemente que o elemento material jamais deixará de existir.



Seja como for passado algum tempo fomos mimoseados com a obra intitulada "O papa e o Concilio" de Doellinger

Segundo esta obra mestra - Jamais refutada por qualquer teólogo romano (Ulhathorne limita-se a ridiculariza-la com seus sucessivos 'ad hominens' pelo simples fato de não ter podido refuta-la) - a doutrina da Infalibilidade Papal jamais fizera parte da legítima tradição da Igreja, tendo sido supinamente ignorada por todos os Padres e doutores ao cabo dos sete primeiros séculos. 

Ora eu já havia examinado detalhadamente as controvérsias travadas entre os defensores da Igreja romana - Faber, Gentile Hervetius, Genebrardo de Aix, Lindanus, Fevardentius, Du Perron, Stapleton, Gretser, Wallemburch (s) etc - e os defensores da reforma no décimo sexto e décimo sétimo séculos e estava já prevenido de que o ponto mais fraco da doutrina (Excetuando as doutrinas da graça e das penas perpétuas por serem comuns a ambos os sistemas e a toda Cristandade latina ou ocidental.) era justamente o poder absoluto do papa e sua suposta infalibilidade, no caso, apresentada como dogma, em 1870 (pelo concílio do Vaticano I) após insidiosa resistência por parte dos prelados mais ilustres (Doellinger, Riekens, Michaelis, Friedlander, Ketheller, Hefelle, Dupanloup, Gratry, etc) daquele tempo.

Após madura reflexão as evidências elencadas levaram-me primeiramente a por a prova e finalmente a repudiar, como espúrio, o dogma da Infalibilidade Papal. Fazia-se mister ser coerente e permanecer fiel a tradição até o fim... ao invés de transferir para o terreno sagrado da tradição a abordagem oportunista e seletiva dos protestantes. Tradição para mim era questão de 'tudo ou nada' tal e qual o Santo Evangelho.




Nada em suma podíamos aceitar ou admitir em matéria religiosa que não procedesse desta fonte pura e cristalina. Como Vicente de Lerins desejavamos crer apenas no que fora crido por todos em todos os tempos e lugares e professar apenas o que fora professado pelos apóstolos, mártires e padres, sem qualquer acréscimo ou adição. 

Simultânea e paralelamente o ecumenismo, a emergência da RCC, o puritanismo, as reformas litúrgicas, o liberalismo desbragado, o integralismo (ligado aos setores tradicionais da igreja papalina), etc incompatibilizaram-nos definitivamente com a igreja romana e levaram-nos serenamente a ruptura.

Concluímos assim que a própria Igreja romana não mais satisfazia as exigências da fé Católica e que não era de modo algum a Igreja Católica.



Meu encontro com a Ortodoxia, o Catolicismo pleno!


Pelo que era necessário localizar ou encontrar a fé Católica ou a igreja Histórica que mais se identifica-se com ela. JÁ NÃO NOS SATISFAZÍAMOS COM  MIGALHAS DE CATOLICISMO MAS EXIGÍAMOS CATOLICISMO EM PLENITUDE ou catolicismo ou agnosticismo!

Foi por isto que empenhamos consagrar dois anos inteiros ao estudo da literatura patrística, da lingua grega e dos monumentos da antiguidade Cristã; ao cabo dos quais abjuramos conscientemente o papismo e abraçamos o Catolicismo Ortodoxo (não sem ter flertado antes com o anglicanismo - igreja alta ou anglo catolicismo - comunhão com a qual mantenho até hoje certos laços), esposando quase que de imediato a teologia origenista ou universalista, abraçando a doutrina semi pelagiana e anti agostiniana da graça e endossando a opinião de S Bulgakoff (endossada igualmente pelo Pe Lucien de Laberthonière) a respeito do primado do amor na igreja de Cristo.

Isto porque investigando - a luz das fontes patrísticas - com o mesmo rigor a doutrina da igreja ocidental pertinente a graça i é o gracismo ou agostinianismo (afirmado por Agostinho de Hipona) certifiquei-me de sua falsidade passando a sustentar o semi-pelagianismo, ademais apresentado por Harnack correspondendo ao ensino da igreja primitiva e professado até nossos dias pelo Catolicismo Ortodoxo (como fora certificado por Grotius e Leibnitz).

O posicionamento do protestantismo ortodoxo - o predestinacionismo - face ao tema da liberdade se nos apresenta como inadmissível, o da igreja romana como artificioso.

O segundo passo decisivo em minha trajetória espiritual foi dado logo após assistir minha primeira quinta feira santa - ofício dos doze Evangelhos - na Igreja ortodoxa de Santos (Hais Gergis). Ao ouvir o hino 'Simeron Kremate'



cantado em grego - tal e qual no vídeo acima - cheguei a conclusão de que se fazia mister abjurar formalmente ao papismo e a todas as teorias que os ocidentais forjaram com suas próprias mentes grosseiras e carnais para receber a luz do Oriente, a reta doutrina, a 'fé justa' procedente dos céus imaculados... Havia chegado ao termo de minha peregrinação espiritual e escapado por duas vezes aos influxos do materialismo e da incredulidade... primeiramente salvo da Babel protestante pela igreja romana e posteriormente salvo da desilusão infalibilista pelo Catolicismo Apostólico e Ortodoxo...

O infernismo, o expiacionismo, o gracismo (agostinianismo) e o infalibilismo papal foram os principais motivos ou fatores que nos levaram a romper definitivamente com a igreja a que tanto devíamos e que tanto amaramos de todo coração.
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Assim por via do universalismo, do funcionalismo, do semi pelagianismo e do episcopalismo passamos a igreja Ortodoxa ou como se diz ao catolicismo grego.

Desde então temos dedicado todo tempo ocioso e livre ao estudo da teologia ortodoxa, da patrística e das origens da Reforma protestante, em especial sobre as figuras de Lutero e Calvino; sem no entanto por de lado o estudo do Evangelho, da Septuaginta, do Talmud, das religiões, dos mitos, da metafisica, da ontologia, da epistemologia, da gnoseologia, da lógica, da História - primitiva, antiga, medieval e moderna - da sociologia, da psicologia, da ciência política, da pedagogia, da literatura comparada, da biologia evolutiva, etc conhecimentos que procuro sempre por a serviço de meu Bom Senhor e Mestre Jesus Cristo, de seu reino eterno, de sua graça e de sua glória. Tudo quanto executo como educador, pesquisador, e homem de ação, etc é com ele, por ele e nele que o executo.





Nossas fontes



Foi assim que de pentecostal vim a ser romanista e de romanista vim a ser Católico Ortodoxo, não sem ter sido fortemente influenciado pelo espiritismo, pelo liberalismo teológico protestante (até onde podemos ser influenciados positivamente por ele, sem perder o Cristo ou tocar o Evangelho), pelas reflexões de Spinoza, pelo pensamento e pelo método de Aristóteles meu segundo mestre e guia após Jesus Cristo- dos escolásticos e dos jesuítas e sobretudo pela ética justicionista de Sócrates, Platão, Antítenes e Zenon. Foi igualmente, por via da Ortodoxia que nos aproximamos ainda mais de Clemente, Orígenes e Eusébio; nossas principais referencias em termos de teologia.





Amar as pessoas e odiar os erros



Eis porque nem posso, nem quero, nem desejo pensar mal dos protestantes ou dos papistas, cuja maior parte, creio eu, tem procurado servir da melhor maneira possível ao Senhor Jesus Cristo e por em prática os imperativos do Santo Evangelho.

Minha disputa não é com os protestantes e papistas cuja nobreza dos sentimentos reconheço; mas com os sistemas a que pertencem: protestantismo e romanismo; os quais penso eu acobertam equívocos lamentáveis em matéria de espiritualidade.

Nem posso odiar cegamente a igreja romana tendo em vista sua origem apostólica e os fragmentos, vestígios, elementos ou traços de Catolicismo Ortodoxo que nela se subsistem; bem como o sincero amor tributado por parte de seus membros ao que acreditam serem tradições legitimamente apostólicas. Amor ou sentido que podemos classificar alias como uma espécie 'Ortodoxia intuitiva'.

Ora nós não podemos deixar de encarar tais elementos como altamente positivos.

Por outro lado tendo eu mesmo muito sofrido e forcejado até aproximar-me da verdade plena - ingerindo as bolotas que eram dadas aos porcos - como poderia julgar e condenar os demais??? Faço minhas as palavras daquele que como eu - Agostinho - muito sofreu por ter estado distante da verdade e ainda mais as que Etérius o Grande, escreveu a propósito dos arianos:

"Hereges são, mas ignoram-no. Hereges são para nós, não para si mesmos, pois tão Católicos se reputam que a nós teem por heréticos. O que eles são para nós, nos somos para eles... A verdade esta de nossa parte, mas eles, equivocados, julgam estar da sua. Cremos tributar reta glória a Deus; eles cuidam que assim fazem igualmente. Não cumprem seu dever para com a Natureza, mas longe de suspeitarem-no, creem exercer a verdadeira fé. Sendo desviados persuadem-se de que trilham o caminho da verdadeira piedade. ENGANAM-SE MAS É DE BOA FÉ E POR AMAREM A DEUS, NÃO POR ODIAREM-NO. Alheios a verdadeira crença, aderem com afeto a sua, E APENAS AO SUPREMO JUIZ CABERÁ JULGA-LOS COMO CONVÉM!". Herculano 'História da origem e estabelecimento da Inquisição em Portugal' I, 08 - 1902

Exercemos juízo racional e criterioso SOBRE AS DOUTRINAS, TEORIAS E CRENÇAS, quanto aos seres humanos, não nos é dado julga-los. Aqui bem cabe um 'Nom possumus...' tendo em vista a santidade do preceito: NÃO JULGUEIS PARA QUE NÃO SEJAIS JULGADOS!!! Não condeneis para que não sejais condenados!!!

Os pastores e fanáticos que nos julguem e condenem aos terrores de seu mítico inferno, que é um patrimônio ideológico erguido em homenagem ao sadismo humano!

As crenças certamente denunciamos a condenamos mas não os crentes... Ao erro detestamos os não aos homens... As teorias e opiniões nos opomos não as pessoas, as quais foram feitas para serem amadas e respeitadas segundo o decreto de Nosso Senhor Jesus Cristo: AMAI VOSSOS INIMIGOS!!!

Suprema punição e castigo é a ignorância, em termos teológicos, o desconhecimento da correção e pureza doutrinárias. E nem sabemos se este desconhecimento da verdade divina não tem lá algum merecimento caso associado a aspiração e ao amor.

Não posso nem quero ter uma só palavra de acrimônia para com meus ex correligionários.

Meu único desejo é partilhar com eles - e com tantos quantos desejarem - o fruto de minhas experiências, labores e estudos: o conhecimento da fé Ortodoxa, tendo em vista nosso crescimento mútuo em Cristo Jesus e a edificação de seu corpo espiritual.




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