Hiper agia ai partenos Maria, akrantos Mitéra tou Khristos Theos - soson imas!
Batul Lala Marian Wallidat al illah - ʕawnu ni!

Nossos pais e avós foram protestantes, nossos tetravos papistas, as gerações do passado remoto no entanto foram Católicas, apostólicas e ortodoxas, e nós, consagrando todas as forças do intelecto ao estudo da coisas santas e divinas desde a mais tenra idade, reencontramos e resgatamos a fé verdadeira, pura, santa e imaculada dos apóstolos, mártires e padres aos quais foi confiada a palavra divina. E tendo resgatado as raízes históricas de nossa preciosa e vivificante fé não repousaremos por um instante até comunica-la aos que forem dignos, segundo o preceito do Senhor. Esta é a senda da luz e da justiça, lei do amor, da compaixão, da misericórdia e da paz entregue uma única vez aos santos e heróis dos tempos antigos.

João I

João I
O Verbo se fez carne




Hei amigo

Se vc é protestante ou carismático certamente não conhece o canto Ortodoxo entoado pelos Cristãos desde os tempos das catacumbas. Clique abaixo e ouça:

Mantido pelo profo Domingos Pardal Braz:

de pentecostal a ORTODOXO.

Jesus aos apóstolos:

"QUEM VOS OUVE É A MIM QUE OUVE E QUEM VOS REJEITA É A MIM QUE REJEITA."


A CRUZ É UM ESCÂNDALO PARA OS QUE SE PERDEM. MAS PARA OS SANTOS PODER E GLÓRIA DE DEUS.

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sexta-feira, 27 de maio de 2016

LIVRO PRIMEIRO - Capítulo V: Divisões a respeito do Sacramento do Batismo > Sub Capítulo 02 - Lutero, sua incoerência e sua Lógica.




- Lutero entre a cruz e a espada: A lógica dos anabatistas e a incoerência dos luteranos e reformados.




"Agora devo tratar de uma questão com a qual o Diabo, por meio de suas seitas, trás confuso o mundo. Trata-se do batismo infantil." Lutero in Catecismo Mayor, artg el bautismo


Assim que topou - nas tais escrituras - com a nova doutrina da salvação pela fé somente e da predestinação - as quais apegou-se obstinadamente - Lutero teve de repudiar a tradição apostólica e de interpretar o Evangelho com maior liberdade e ousadia.

Diante disto Karlstadt, Tomás Muntzer, Felix Manz, Blaurock, Hubmaier, Denck e outros, que não se julgavam menos iluminados ou capazes do que ele principiaram a questionar outros tantos pontos da fé tradicional dando origem a uma verdadeira avalanche doutrinária...

Ao cabo de uns poucos anos a presença real do Senhor, o canon alexandrino do antigo testamento, o celibato eclesiástico e outras tantas verdades tornaram-se alvo de ataque por parte de seus discípulos e sucessores. Dentre tais verdades contestadas achava-se também a prática do batismo infantil. Teologoumena ou adiaphora que paulatinamente havia se espalhado por toda igreja de Deus, exceto, evidentemente, nas terras de missão.

Muitos inclusive, na esteira de Agostinho, chegaram a crer que as crianças que morriam sem ele estavam destinadas a queimar eternamente nos míticos fogos do inferno, a serem possuídas por diabos ou a transformarem-se em monstros.

No entanto para os sucessores e continuadores do profeta saxão a prática do batismo infantil correspondia a um princípio essencialmente anti-cristão, falacioso, absurdo, abominável e herético e isto por dois motivos bastante simples e claro:


  1. As criancinhas são sempre incapazes de exercer fé.
  2. A prática da transferência ou comunicação da fé por meio dos padrinhos não se acha descrita nas páginas do Novo Testamento, constituindo por isso mesmo, uma tradição puramente humana e destituída de valor.

Foi (ainda aqui) Karstadt que constatou que se - como afirmava Lutero - o homem salva-se pela fé somente e não através de quaisquer ritos ou obras da lei, não se podia falar em Batismo infantil uma vez que os pequeninos são inaptos para o exercício da fé salvadora...

Para Karlstadt o ANABATISMO ERA DECORRÊNCIA LÓGICA E NECESSÁRIA DA DOUTRINA LUTERANA DA SALVAÇÃO PELA FÉ SOMENTE E NÃO HAVIA COMO FUGIR A SEMELHANTE CONSTATAÇÃO.

Karlstadt foi quem primeiramente ousou - segundo o método escolástico tomista a que estava habituado - sacar inferências a partir do princípio vital do solifideismo e a fazer as devidas correções ou adaptações doutrinais. Do que resultou a demolição sistemática da fé ancestral e a construção de um novo edifício teológico arrematado por Mestre João Calvino inda que com as reservas necessárias.

Nem pode nosso homem deixar de perceber que caso o pedobatismo fosse válido TANTO O SOLIFIDEISMO QUANTO O BIBLISMO ESTAVAM AMEAÇADOS. Ou a reforma avançava decididamente como uma torrente ou a vitória caberia aos antigos princípios do sinergismo e do tradicionalismo.

Urgia tudo reformar a luz dos novos princípios, a começar pelo sacramento do Batismo. Karlstadt teve coragem suficiente para admiti-lo. Lutero jamais! E por isso passou a nutrir um ódio imensurável pelo rival que ousará ultrapassa-lo.


Demos a palavra aos metodistas: "A PRÁTICA COMUM DO PEDOBATISMO TEM DEIXADO MUITOS DOS NOSSOS DESCONFORTÁVEIS PELO SIMPLES FATO DE ENFATIZARMOS 'A NECESSIDADE DA FÉ PESSOAL PARA APROPRIAÇÃO DA OBRE REMIDORA DE JESUS CRISTO. Metodistas da África do Sul in Resposta a BEM

Tal a anomalia detectada por Karlstadt e eterna fonte de inquietação para Lutero. Pois se a um lado o profeta saxão não cogitava reconciliar-se com a Igreja antiga tampouco cogitava reformar - a luz do solifedeismo - a instituição Cristã como um todo. Optou Lutero acomodar-se, como que sincreticamente, excluindo quaisquer exigências ditadas pela racionalidade, firmando seus passos na senda do fideísmo crasso i é tanto ético quanto epistemológico credal. Diante disto foi apontado por ambos os partidos (católico e sectário) como incoerente...

Quanto as acusações feitas pelos Católicos limitou-se a xingar e a rogar pragas. A seus pupilos mais audaciosos - como Karlstadt, Muntzer, Zwinglio, Schwekenfeld, Agricola, etc - no entanto jamais soube perdoar e odiou até o fim... Classificando-os como mais demoníacos que o Papa de Roma e seus cardeais ou que o próprio sultão dos turcos.

Justiça seja feita: Karlstadt, Muntzer, Zwinglio, Schwekenfeld e outros forcejaram por oferecer ao grande público um protestantismo coerente e aceitável. Lutero no entanto, incorporando a incoerência, soube ser, paradoxalmente, mais lógico e bem mais lógico do que eles... Tudo reduzindo a primeiros princípios, e averiguando de antemão que resultaria do revisionismo sectário. Quiçá tenha conjecturado que sua reforma 'fraca' e tímida, ainda que superada pelo modelo tradicional, atravessaria os séculos. Enquanto que a reforma iconoclástica e radical de seus rivais, levada ao tribunal da mesma razão, reverteria sempre em incredulidade, materialismo e ateísmo.

Assim o luteranismo fiel haveria de viver perenemente a sombra dos mistérios irredutíveis e razão e por isso mesmo inquestionáveis. Já o protestantismo proto racionalista e conciliatório de seus rivais haveria de viver apenas da alienação das massas mais miseráveis ou de desaparecer por completo sem deixar vestígios.

É exatamente aqui que as aparências nos enganam na medida em que apresentam os rivais de Lutero como geniais, quando o genial foi Lutero. Karlstadt limitaram-se a solucionar um problema que pertencia por assim dizer ao 'momento' - coisa de curto prazo - Lutero foi quem realizou a reflexão mais geral e profunda, e por isso incompatibilizou-se até o fim com o anabatismo e em seguida com o zwinglianismo.
Para
Para começar Teve Lutero de mais uma vez acometer ou atuar contra contra seus próprios princípios: o fideismo e o biblismo, isto do ponto de vista racional.

E para tanto de fazer empréstimos a velha teologia escolástica segundo a qual, a igreja, representada pelos padrinhos emprestava sua fé as criancinhas

O grande problema aqui é que a tão alardeada Bíblia nada dizia a respeito de semelhante comunicação ou empréstimo, ficando a argumentação sempre no terreno da tradição eclesiástica. Tradição de que Lutero havia feito muito pouco caso quando estando em Worms, diante do Imperador, respondeu: "Assim caso não seja convencido pelo testemunho das escrituras ou pelo mais claro raciocínio; a menos que seja persuadido pelos palavras que citei; e que submentam minha consciência pela palavra de deus somente não poderei nem haverei de querer retratar-me." Withe 'O conflito dos séculos' p 168


Agora no entanto declarava: "O que mais importa não é se o batizado crê ou não crê (!!!) pois nem por isto o Batismo perde seu valor... assim o Batismo é verdadeiro mesmo sem a fé." Catecismo mayor id

Contra o sentir da Igreja erguerá, Lutero, a fé, as supremas alturas. Agora, para combater os anabatistas abatera-a até o chão... 

Fez da Bíblia um ídolo com que desmoralizar a fé Ortodoxa para logo depois ter de demoli-lo com suas próprias mãos, suscitando a fúria dos anabatistas e demais sectários...

Ontem a fé e a Bíblia eram tudo... agora, que ameaçavam a instituição do Batismo infantil, eram pouco ou nada.

E vai já Lutero apelar a doutrina da transmissão ou comunicação da fé, que é construção puramente eclesiástica ou teológica. NADA TENDO DE BÍBLICA...

Atuou por desonestamente o 'piedoso' Lutero ao tomar de empréstimo tais EXPEDIENTES EXTRA BÍBLICOS OU ANTI BÍBLICOS.

Calvino tampouco pode escapar a censura universal por ter fundamentado sua teologia batismal - cujo objetivo era vindicar a todo custo o pedobatismo - no alegorismo alexandrino que antes com tanta veemência condenara.

Teve no entanto de pedir arrego a Clemente Orígenes - levando as doutrinas da 'Escola' ao extremo do ridículo (por enxergar em cada instituição do antigo testamento uma IMAGEM da Futura Igreja Cristã) - com o objetivo de esmagar os odiados anabatistas sem precisar recorrer, como Lutero, ao depósito da tradição e contradizer-se.

Sem tais recursos (artificiosos) no entanto ia o pedobatismo pelo cano abaixo e com ele toda instituição Cristã até os fundamentos!!!

Toda instituição Cristã e nem mais nem menos. FOI JUSTAMENTE ESTA PERCEPÇÃO QUE LEVOU LUTERO - e após ele Zwinglio e Calvino - A COMETEREM SUAS INFIDELIDADES TEOLÓGICAS OU EXEGÉTICAS. 

Espíritos grosseiros mas atilados todos os três puderam perceber claramente para onde a admissão do anabatismo encaminharia não só a Igreja mas a Sociedade 'Cristã' como um todo.

A princípio pensador algum ousou abraçar o anabatismo, apenas alguns jovens medianamente instruídos e acima de tudo as massas incultas as quais apresentavam-se como inspirados por deus.


Lutero no entanto, com a argúcia que lhe era própria, fora capaz de aquilatar até onde tais discussões e contestações acerca do pedobatismo acabariam conduzindo a Igreja e a Sociedade. Diante disto, optou conscientemente por recuar. Perceberam os três reformadores, o abismo hiante que tinham aos pés e recuaram sucessivamente... Os espíritos mais superficiais não recuaram.

E disto resultou - como já dissemos - o arianismo e o zwinglianismo...

Grosso modo toda dinâmica desta reforma improvisada foi assim, ao menos até a metade do século XVI. Quando havia já uma geração bastante fácil de enganar, por ter já nascido protestante.

Os eruditos e letrados apenas sabiam que as instituições protestantes eram de origem recente. O povão - i é a massa informe e inculta - no entanto, logo perdeu a memória do fato concernente a suas origens (havendo hoje milhares de protestantes que praticamente nada sabem sobre M Lutero). Desde então podia passar ao anabatismo crendo que este remontasse aos apóstolos, e questionando ou negando a gênese da própria Revolução protestante.


 A primeira década no entanto correspondeu a uma necessidade premente: Conformar os dogmas apresentados pela igreja antiga com os NOVOS PRINCÍPIOS OU SOLAS DIVULGADOS POR LUTERO (em especial com o 'Sola gratia').

A reflexão feita pelo próprio Lutero no entanto apontou que uma tal adequação resultaria numa destruição quase que total do dogma ou numa negação radical do Cristianismo tal como havia sido concebido até então. 

Destarte, ou ficava incoerente a reformação ou avançava numa direção por assim dizer suicida. 

Aqui o dilema crucial ou tragédia da nova religião:

Ao enunciar os princípios basilares de sua Revolução, entre os anos de 1517 e 1521, Lutero seque podia imaginar ou calcular qual seria o impacto produzido por eles no corpo doutrinal do Cristianismo histórico. 


Muito provavelmente não pensou a respeito ou imaginou que a assimilação seria fácil.

No entanto ao cabo dos seguintes dez ou vinte anos foi capaz de perceber não apenas o teor dos clamores favoráveis a esta revisão dogmática mas - o que é bem mais importante - seu sentido ou direção. 


E podemos dizer receio de errar que Lutero não gostou nem um pouco do que anteviu tornando-se mais e mais conservador! E um conservador radical, logo ele que fora por uns dois ou três anos reformador atilado. Curioso observar como este luteranismo - até hoje aplaudido por ter durante uns dois ou três anos - após ter proclamado uma cruzada reformista contra o papado e a igreja romana, veio a cabo de algumas décadas tornar-se mais conservador e reacionário do que a igreja antiga.

Obedece esta orientação notória do Luteranismo a trajetória post reformada do próprio Lutero e a sua confrontação com os sectários i é com seus filhos e sucessores mais ousados.


Num determinado momento, o monge que havia ousado desafiar a autoridade do Papa romano optou por recorrer a sua própria autoridade e fixar os limites da Revolução que iniciara, sem cogitar na possibilidade de que outros fossem capazes de remove-los.

E G White no entanto fora perfeitamente capaz de definir este espírito 'reformista' nos seguintes termos:

"Esta reforma não terminou com Lutero, como muitos supõem. Continuará até o fim da História deste mundo. Lutero teve grande obra a fazer, transmitindo a outros a luz que deus permitira brilhar sobre ele; contudo, NÃO RECEBEU TODA A LUZ QUE DEVERIA SER DADA AO MUNDO. Desde aquele tempo até hoje NOVA LUZ tem estado continuamente a resplandecer sobre as escrituras E NOVAS VERDADES SE TEM DESVENDADO CONSTANTEMENTE." "O conflito dos séculos" 156

Tal o sentir de todos os sucessores do despadrado alemão.

Percebendo a asneira que havia feito, mesmo antes de ter deposto seu habito de Agostiniano depusera Lutero suas veleidades reformatórias. Julgando poder, abruptamente, conter o curso das coisas...


Foi como tentar conter uma flecha ou tiro após ser disparado. 

O erro capital de Lutero foi ser incapaz de perceber a força colossal e o curso do movimento iniciado por si... 

Assim, se fora capaz de deflagra-la não fora capaz de conte-la.

( O resultado de tamanha imprevidência foi a terrível sucessão: Protestantismo > INCREDULIDADE > Capitalismo > Comunismo > Fascismo/Nazismo (estatismo) > ISLAMISMO)







Agora chegara ele a uma conclusão abominável: Negar o valor do batismo infantil, implicava negar o valor de todos os batismos conferidos pela Igreja Latina - bem como pela igreja ortodoxa - antes que Tomás Muntzer e os seus iniciassem sua campanha de repúdio, cerca de 1522/23. 

Mais ainda, implicava ADMITIR QUE DURANTE SÉCULOS NÃO HOUVERÁ UM ÚNICO BATISMO VÁLIDO, AO MENOS NO OCIDENTE, E QUE TODOS OS ANCESTRAIS HAVIAM NA VERDADE SIDO PAGÃOS OU PUBLICANOS!!! NEM MAIS NEM MENOS!

Agora, a luz do tempo, como poderiam os ancestrais - avós, bisavós, tetravós, etc - ter tido acesso a Jesus Cristo e a vida eterna SEM VERDADEIRO BATISMO???

Diante de tal perspectiva - eminentemente assustadora - Lutero foi levado a afirmar que:  "As mentes simples jamais deveriam ter se imiscuído em tais questões, contentando-se em remete-las humildemente ao juízo dos doutos."

Logo ele que iniciara a moda do exame particular, pondo traduções nas mãos do vulgo despreparado e assegurando-o de que era juiz tão hábil quanto o papa em matéria de fé!!! LOGO ELE QUE ATRIBUÍRA AO POVO O OFÍCIO DE JULGAR A DOUTRINA DA IGREJA!!! Logo ele que lançara tantas pedras ao Concílio Ecumênico e aos peritos nele congregados!!!

A gora diante da calamidade anabatista hesita e já restringe o exame a pessoas doutas e ponderadas como ele, e consequentemente, restabelece o padrão hierárquico que julgará ter abatido quinze anos antes.

Homem sagaz Lutero não tardou a perceber que por trás de todos aqueles insistentes apelos feitos a Bíblia havia um abominável pressuposto: A NECESSIDADE DE UM REBATISMO UNIVERSAL OU DO RETORNO VISÍVEL DAQUELE QUE HAVIA ESTABELECIDO O BATISMO!!!

Para nós que vivemos cinco séculos após a transposição do pedobatismo para o anabatismo parece não haver qualquer coisa de extraordinário nesta constatação... 

Afinal os neo protestantes e sectários - poderíamos chama-los todos de batistas quanto a este pormenor - não rebatizam a tantos quantos ortodoxos, papistas, anglicanos, metodistas, luteranos e até calvinistas apostatam e passam a suas fileiras sem que haja nisto qualquer coisa de fantástico ou extraordinário???

No entanto caso a mente Batista retorne uns cinco séculos no tempo, topará com o problema insolúvel ou com a cruz de sua fé.

Tornemos assim aos primórdios do movimento, isto é, a 1522 e consideremos que antes de Munzer não havia um único anabatista sobre a face da terra. HOMEM ALGUM HAVIA SOBRE A FACE OCIDENTAL DA TERRA QUE TIVESSE SIDO BATIZADO POR IMERSÃO DURANTE A IDADE ADULTA... Um ou outro fora Batizado adulto, mas por infusão. Os Ortodoxos por imersão, mas logo após o nascimento!

Tais os fatos amplamente sabidos tanto por Lutero, quanto por Zwinglio, Calvino e demais reformadores.

Aos anabatistas de nossa época restou o expediente desonesto de alegar - como os sabatistas, iconoclastas e unitários - que sempre contaram com seguidores e praticantes 'ocultos' anteriores a Reforma.

A ponto de ousarem declarar que "Não são protestantes, e que jamais o foram." JORNAL BATISTA:

Sabemos no entanto que alegar não é demonstrar ou provar.

Do contrário deveríamos admitir que as pirâmides e as linhas de Nazca foram feitas por extra terrestres, que alguns seres humanos foram abduzidos e até tiveram relações sexuais com alienígenas, que vampiros e lobisomens tem existência reais, etc, etc, etc

Pois a 'História' nada sabe em absoluto a respeito dos tais 'cristãos' invisíveis ou ocultos, sejam eles anabatistas, sabatistas ou iconoclastas.

Sendo assim eles tem tanto direito a existência quanto as fadas, os duendes, os trols, o unicórnio e outros seres fantásticos produzidos pela imaginação humana.

Claro que os anabatistas até podem acreditar em seus ancestrais invisíveis ou ocultos. Desde que abstenham-se de criticar os que creem em deuses ou seres mitológicos...

Pois aqueles que não admitem o testemunho da História só resta mesmo internar-se nos domínios da mitologia. Assim as crônicas dos anabatistas com seus rebatizadores medievais... E dos dragões, lâmias, zumbis, etc

O que equivale a negar a existência real de tais sectários, cujas fontes encontram-se por isso mesmo historicamente separadas do Cristo histórico e firmadas unicamente sobre o exame bíblico dos reformadores mais avançados pertencentes ao círculo de Zickwau.

Grosso modo o problema da inexistência anterior de uma determinada doutrina e de seu súbito aparecimento no contexto Cristão, parece, aos desavisados, totalmente ociosa. Tal o frenesi pelas novidades acalentado pelos modernos. Percebem os tontos que certas doutrinas brotam simplesmente do nada, mas... mas preferem atribuir tais invenções ao espírito santo...

No entanto temos diante de nós uma questão vital, e vital a ponto dos fideistas, sabatistas e anabatistas - QUE AFIRMAM NÃO FAZER CASO ALGUM DELA - darem-se ao trabalho de compor livros inteiros e 'Fábulas de genealogias' com o objetivo de demonstrar que: A salvação pela fé fora anunciada publicamente muito antes de Lutero, que o iconoclasmo florescera já antes de Karlstadt, que o sábado havia sido observado muito antes que Joseph Bates recomendasse sua guarda pelos idos de 1850, e assim sucessivamente...

Tais as obras fantasiosas de Flacius e Omegna sobre o fideismo, de Ellen White sobre o sabatismo e de R A Baker e Lauro Bretones sobre o anabatismo, tão confiáveis quanto o 'Dictionnaire des athées' de Sylvain Maréchal, obra curiosa em que Platão, Aristoteles e Agostinho de Hipona, dentre outros, aparecem alistados quais fossem partidários ou simpatizantes do ateísmo.

E no entanto tais obras de fancaria tem emprestado certa dignidade a propaganda sectária, ao menos entre o grande público que sempre tem pensado em doses homeopáticas... i é entre as massas incultas. Assim os que não creem em dragões ou alienígenas acreditam nas afirmações gratuitas dos panfletários protestantes...

Os anabatistas, já o dissemos, tem enveredado por este caminho, com o intuito de fugir ao problema teológico por nós aventado! O qual, não sendo assim, ficam sempre impossibilitados de resolver...

Admitamos por um momento, como Lutero, Zwinglio e Calvino deram por certo, que todos os Cristãos tivessem de ser rebatizados...


E que antes daquela geração - de 1522 - NÃO HOUVESSE - como hoje existem aos milhões - UM ÚNICO ANABATISTA VALIDAMENTE BATIZADO OU REBATIZADO SOBRE A FACE DA TERRA...



Situação 01 (hum): 


Não havia até então Cristão algum sobre a face da terra (e isto por um espaço de mais de mil anos!) mas apenas e tão somente pagãos ou publicanos que ousavam proclamar-se cristãos sem o serem de fato. (no caso os romanistas e os ortodoxos)


Jesus no entanto decretara positivamente: IDE E FAZEI DISCÍPULOS MEUS ENTRE AS NAÇÕES, BATIZANDO-OS EM NOME DO PAI, DO FILHO E DO ESPÍRITO SANTO. Mt 28,19


Conclusão: Batizados falsamente e escravizados por diversas formas de superstição os primeiros anabatistas não eram discípulos seus mas filhos das nações ou gentios.

E como não havia um só Cristão que remontasse ao tempo de Jesus ou dos apóstolos e QUE TIVESSE SIDO DIVINAMENTE COMISSIONADO PARA BATIZAR EM SEU NOME, quem seria capaz de rebatiza-los ou de batiza-los validamente em 1522??? 


QUEM HAVERIA DE SER O BATIZADOR VALIDAMENTE BATIZADO E COMISSIONADO SE ATÉ ENTÃO TODOS HAVIAM SIDO BATIZADOS DURANTE A INFÂNCIA??

HAVERIAM DE SER BATIZADOS POR UM PAGÃO OU PUBLICANO NÃO BATIZADO???

Vejamos o que dizem os próprios batistas:"O batismo só é válido quando ministrado por Batistas." CONVENÇÃO BATISTA DO SUL (1850): 

Sendo assim de onde teria saido o primeiro batizador anabatista??? Do ôco da bananeira ou do pé de couve?

Aqui o princípio ou começo da rebatização é impossível ao menos que o primero anabatista tenha caido dos céus, que Jesus Cristo reencarnasse ou que algum dos apóstolos ressuscitasse! E chegamos sempre ao ridículo!!!




 situação 02


Todos eram verdadeiramente Cristãos, apesar do pedobatismo ou do batismo inválido. Só nos restando inferir que a Igreja pôde passar - e muito bem - mais de mil anos sem necessidade de verdadeiro Batismo, o qual é a matriz de todos os sacramentos!!!


Conclusão: Se a igreja pôde passar muito bem sem o verdadeiro Batismo por um espaço de mais de mil anos, poderia certamente passar outros tantos mil anos sem ele... logo>

O Batismo é uma instituição ociosa e desnecessária no contexto cristão!

No entanto disse o Senhor: Batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo... Consagrando ele mesmo esta prática e fixando-a como mandamento!

Até aqui, ou passou a humanidade sem igreja ou Cristandade - sendo a igreja desnecessaria - ou passou a igreja sem batismo - sendo o batismo desnecessario!!! TAIS AS DERRADEIRAS CONSEQUÊNCIAS DO DELÍRIO ANABATISTA!



Em que pesem a exceções existentes no domínio da graça - que é um domínio bem mais amplo que o domínio da igreja visível! - o Batismo válido é veículo estritamente necessário tendo em vista a associação ou união entre o neófito e Jesus Cristo, segundo depreende-se de suas próprias palavras: "Batizando-os em nome..."

Claro que temos diante de nós, aqueles que teem conhecimento do preceito. Pois se alguém ouve ou lê o Evangelho e dá com as palavras concernentes a necessidade do Batismo, não há como recusar sua recepção sem resistir a Jesus Cristo e permanecer fora de seu corpo místico. 

Por outro lado, admitindo que o batismo seja absolutamente necessário a vida comum da igreja - do contrário a doutrina anabatista seria totalmente inutil uma vez que seus advogados sustentam lutar por um Batismo válido e verdadeiro! - chegamos a conclusão de que até o batismo de adultos ter sido restabelecido em 1523 ninguém era verdadeira e validamente batizado. E consequentemente, que ninguém era Cristão e inexistia Cristianismo.

O que suscita um segundo questionamento:


Quem teria batizado valida e verdadeiramente os primeiros anabatistas, como Munzer, Blaurock, Felix Manz, etc???


A pergunta é pertinente pois o único batismo que tais homens haviam conhecido fora o falso batismo da igreja romana ministrado enquanto eram ainda nascituros...

Assim sendo quem é que batizara-os validamente e os tornará Cristãos para que eles mesmos se pusessem a batizar outros adultos?

Como e onde foi realizado ou melhor RESTABELECIDO O Batismo anabatista???

Qual vínculo histórico existente entre este Batismo e o Batismo de Jesus Cristo, fonte de todos os outros????

Caso os anabatistas respondam-nos que Cristo desceu dos céus e batizou seus pioneiros pessoalmente cumpre perguntar-lhes: Neste caso por que vocês repudiam o relato de Joseph Smith e ridicularizam seus seguidores???

Caso afirmem que batizaram-se a si próprios - como se diz do italiano Nicollo da Alessandria, do inglês John Smyth e do já citado Pastor Adão - cumpre perguntar-lhes em que parte do Evangelho esta ordenado o homem batize a si mesmo????

Que evidência Bíblica justifica o auto batismo???

Em que parte do Evangelho damos com os apóstolos ou com mais razão o Verbo eterno batizando a si mesmo???

Agora se o Mestre de todos foi batizado por um judeu - João Batista - como puderam esses homens batizar a si mesmos???

Acaso são os pioneiros dos anabatistas superiores a Jesus ou aos apóstolos??? Pois estes foram todos batizados por homens, enquanto aqueles ousaram batizar a si mesmos...



Não comprometeu-se o próprio Hubmeier "Em todos os litígios sobre fé e religião recorrer apenas e tão somente as escrituras."?


Principio até hoje repetido e endossado por todos os anabatistas?


Neste caso como ousam justificar o auto batismo???
Em que parte da pena evangélica, da pena apostólica ou mesmo da pena profética topamos com semelhante monstruosidade?

Secaram as fontes apostólicas, corrompidas pelo pedobatismo???

Neste caso meus amigos passemos ao islã ou a incredulidade ao invés de profanar tão sordidamente o Evangelho.

Pois teu Batismo, meu zeloso anabatista, remonta a mais requintada operação do erro já registrada dos anaes da Cristandade: o auto Batismo!!!

Admitir que os pioneiros do anabatismo ousaram batizar a si mesmos implica admitir ou concluir que BIBLICAMENTE de forma algum batizaram-se JÁ QUE não foram batizados nem pelos apóstolos, nem por seus sucessores E QUE ESTE RITO EXTRAVAGANTE NÃO TEM QUALQUER COMUNICAÇÃO OU VÍNCULO COM JESUS CRISTO, aquele que estabeleceu o rito do Batismo.

Se a matriz deste rito a que chamam de batismo é o auto Batismo somos autorizados a proclamar sua ineficácia para comunicar a vida de Deus ou estabelecer comunhão entre o sagrado e o profano. 

Tal a origem deste rito, desvinculado de Jesus Cristo e CRIADO EM 1522 é tiro de origem puramente humana pelo que não passa de BANHO INÚTIL.

Mas eles tem fé em Jesus Cristo.

De fato para a gente simples que ignora tais eventos basta a fé sincera para vincular a Jesus Cristo. Disto não temos dúvida e nosso objetivo não é negar a salvação de velhinhas analfabetas!

Outra no entanto é a situação do homem bem informado que ousa minimizar as consequências de tais fatos. Recusando-se a questionar as origens puramente humanas e extravagantes de seu batismo revisionista.


Lamentavelmente o pedobatismo dos papistas tem vínculos históricos com Jesus Cristo e seus apóstolos correspondendo a uma sucessão milenar de Batismos. Enquanto o seu batismo de adultos procede de Nicollo de Alessandria, Joe Smith ou do Pastor Adão, faltando-lhes poder reparador!!!

Prefiro o Batismo 'contaminado' que remonta por sucessão ao Verbo encarnado do que esse Batismo puro e revisado cujo fundamento esta posto sobre vis pecadores!

Aqui o Batista gritará: E minha fé???

E lhe responderei: Jesus bem poderia ter considerado a fé suficiente... Mas não considerou, instituindo o Batismo e determinando que fosse recebido pelos futuros discípulos. Assim sendo não podes apelas a tua fé mas investigar as fontes do teu Batismo e, caso constate que não são divinas, demandar pelo Batismo legítimo, comunicado pela igreja Histórica.



Dá no mesmo dizer que ´os primeiros anabatistas - batizaram-se uns aos outros.

Pois, neste caso, convém indagar sobre quem teria batizado o primeiro deles?

Admitem os batistas que qualquer ateu, pagão, infiel, ortodoxo, romano ou luterano possa ministrar-lhes verdadeiro batismo, mesmo em se tratando do batismo de um adulto?


Logo a praxis em voga entre os batistas - segundo a qual UM CRENTE É SEMPRE BATIZADO POR OUTRO - justifica perfeitamente a indagação acima, sob pena do tal batismo comum ter sido inválido.

Sabem os batistas, e muito bem - pois conhecem as escrituras - que o batismo só é válido quando ministrado por alguém que foi validamente batizado e que tal 'corrente' de batismos - sejam ortodoxos, romanos, ou mesmo luteranos (pois os luteranos como veremos não podiam negar a validade do batismo romano) - deve necessariamente remontar aos apóstolos e a CristoAQUELE QUE INSTITUIU O SACRAMENTO, SANTIFICOU AS ÁGUAS, BATIZOU OS APÓSTOLOS E FIXOU A OBRIGAÇÃO.

De fato os apóstolos foram BATIZADOS e COMISSIONADOS para batizar! 

Será que podemos dizer o mesmo dos pais do anabatismo? 

Neste caso quem foi que os batizou? 

E por quem havia sido comissionado???

Lutero por força de coerência deveria ter condenado o pedobatismo e estabelecido o rebatismo de modo tão enfático quanto seus adversários anabatistas.

Percebeu no entanto que ao condenar o pedobatismo estava condenando seu próprio batismo e pondo-se a si mesmo a margem da Cristandade juntamente com os judeus e maometanos!

Hábil como era, o profeta dos alemães foi capaz de avaliar a questão até suas derradeiras consequências, após o que exclamou: "Assim será logo derribado o artigo que diz: creio na Una e Santa igreja Cristã Lutero aqui ousou falsear o símbolo, que afirma: creio na Igreja Católica - e na comunhão dos santos." Catecismo mayor id

Pois se a igreja perdeu de vista ao batismo - e isto inclui a 'igreja' luterana - que mais não seria capaz de perder?

Igreja que perde de vista o batismo - que é como que sua porta de entrada - perde seu próprio significado.

Igreja que erra a respeito do princípio da vida espiritual como deixaria de errar sobre todo o resto???

NÃO É PARA SE ESTRANHAR QUE O ANABATISMO (bem como o Zwinglianismo) TENHA CONDUZIDO OS MAIS ATILADOS AO SABATISMO E AO UNITARISMO. E daí a incredulidade ou ao islamismo.

A simples falta de percepção do anabatismo a respeito do problema comporta uma significativa perda de qualidade quanto a consciência Cristã.

O luteranismo conduziu parte dos livre examinadores ao anabatismo e zwinglianismo e estes conduziram parte deles aos extremos do sabatismo, iconoclasticismo e unitarismo.

A única diferença aqui é que o ANABATISMO decorre dos  SOLAS enquanto que o zwinglianismo não.

Ambos no entanto implicam um reducionismo teológico que denota uma crise.

Negar a validade do pedobatismo e afirmar a necessidade de uma rebatização geral ou universal implica uma ruptura dramática com o passado Cristão e um repúdio total a tradição. Ficando a antiga fé completamente aniquilada ou destruída até os alicerces mais remotos.

Para Lutero afirmar a validade do batismo romano ou tradicional implicava em sustentar a validade de seu próprio batismo, afirmar seu caráter de Cristão e garantir seu status de reformador Cristão; além de manter algum vínculo histórico entre sua igreja e a igreja apostólica estabelecida por Jesus Cristo. 

Por mais que o ódio votado a igreja papa o lançasse fora de si, neste terreno ao menos, ele não poderia ter deixado de ficar com ela... Tendo em vista alguma sucessão ou continuidade. E esta opção basta para negar a radicalidade de sua reforma!

Não é que Lutero não tenha recebido mais luzes da parte de deus como sugere a profetiza White. Mas ao menos em parte estava preso a uma cultura cujas raízes quiçá conhecesse razoavelmente bem... Ele deitou o machado a uma cepa destas raízes, mas não a todas. 


Seu exemplo no entanto contagiou a outros tantos... Sendo a revolução levada adiante, sempre numa perspectiva cada vez mais anti Católica até chegarmos ao liberalismo crasso ou ao pentecostalismo e ao unitarismo.

O engano fatal de Lutero (bem domo de todos os Revolucionários) foi acreditar que poderia conter ou delinear os rumos do movimento que deflagrou. Basta dizer que para conter algumas partes das Alemanhas teve que contar com o apoio decidido do poder secular e enfrentar diversas micro revoluções ao cabo de um século.

Lutero sabia e muito bem que a validade de seu batismo ligava-o de certo modo ao batismo praticado pelos apóstolos, estabelecido pelo Senhor e recebido por todas as gerações Cristãs. 

E se teve o desplante de impugnar a doutrina da sucessão apostólica e episcopal, não teve nem força, nem coragem, nem ousadia suficientes para dar um passo além e repudiar a relação de identidade existente entre seu próprio batismo (recebido ou comunicado) e o batismo estabelecido pelo divino Mestre...

Daí ter encarado a questão do ponto de vista segundo o qual: "A idade dos batizandos e a quantidade água empregada são questões acidentais, que não dizem respeito a essência do sacramento."

Evidentemente que as escrituras silenciam por completo a respeito de tais questões. Basta-nos no entanto o testemunho dos sentidos para saber que um bebê, desprovido de racionalidade e entendimento categorial, é incapaz de exercer fé. Fé de que Lutero faz depender toda economia da vida Cristã.

Lutero - já no fim de seus dias e amargurado! - restou apenas o derradeiro e humilhante recurso de reabilitar positivamente as tradições que durante a juventude havia posto em dúvida; e é evidente que diante disto, o Catolicismo saiu ganhando.

Com mais veemência do que os papistas - a respeito dos quais costumava dizer: "Vivem a falar sobre concilios e S Padres, mas de modo algum se sujeitam a eles." - in dos Concilios eclesiásticos - mesmo Lutero (Que por um instante havia impugnado o testemunho dos Concílios e dos antigos padres) passa a apelar ao testemunho dos padres e concílios. Mal os anabatistas apropriam-se do 'Sola Scriptura' apropria-se ele novamente da tradição Cristã.

Pelo que fiou o luteranismo eternamente situado entre dos extremos: a Ortodoxia a um lado, o anabatismo, o zwinglianismo e o arianismo a outro. Luteranismo e calvinismo optaram por canonizar a inconsequência... Conjecturando que se a igreja não havia permanecido fiel em todas as coisas por outro também não havia totalmente infiel em tudo... Desde então estes dois sistemas tem contra si a palavra do Senhor: QUEM NÃO FOI FIEL NO POUCO NÃO SERÁ FIEL NO MUITO...

E se nós Ortodoxos estivermos equivocados, a verdade só pode estar com os sectários radicais. Aqui não existe meio termo pois não pode haver semi ou meia infidelidade no domínio da divina Revelação.

Os anabatistas, todavia, captaram de pronto a contradição entre o discurso - anti tradicional - e a praxis - tradicional e eclesiástica - de Lutero. E foi o quanto bastou para apresentarem-no como um segundo Papa ou como um fariseu hipócrita.

No frigir dos ovos toda essa questão de reforma é labirinto sem saída, ao menos do ponto de vista da lógica. Implicando necessariamente num retorno decisivo a tradição (seja a legítima tradição dos Ortodoxos ou as falsas tradições dos latinos) ou numa transposição para espiritismo (na melhor das hipóteses), o arianismo (judeu e/ou maometano), o agnosticismo ou mesmo para o materialismo e o ateismo; a menos que se enfie a cabeça no chão como um avestruz...

Por enfiar a cabeça no chão queremos significar a proclamação de uma fé totalmente cega - assaz comum entre nossos protestantes analfabetos - e numa firme recusa ao ato de pensar enquanto característico dos animais superiores. Para nossos fundamentalistas a capacidade típica do homem para refletir, ponderar e criticar corresponde quase sempre a uma espécie de pecado original ou de tentação maligna e a imbecilidade uma espécie de terceiro ou quarto sacramento, análogo ao batismo e a ceia.

Aqui o caso do profeta saxão é típico... 

Por diversas razões Lutero jamais logrou viver de pleno acordo com seu fideismo ou leva-lo até as últimas consequências. 

Nele, o apego aos resquícios da fé ancestral ou a força da cultura manifestou-se sob a forma de um extremo irracionalismo ou como diríamos de ódio a coerência. A qual deveria encaminha-lo a demolição do Catolicismo como um todo... E a inauguração de um novo padrão de fé.

Eis porque Lutero sempre encarou os anabatistas como a maioria dos homens costuma encarar aqueles que são capazes de ultrapassa-los ou que demonstram ser mais coerentes do que eles; a saber, como seus mais odiados inimigos... Afinal eles assumiram as derradeiras consequências contidas nos princípios por ele afirmados enquanto ele mesmo estacou a beira do abismo e por assim dizer recuou...


No frigir dos ovos o sectarismo implica necessariamente esta ruptura radical com o passado. Como novidade a um tempo teórica e a outro prática, ainda mais ousada que o solifidefideismo arvorado por Lutero, o anabatismo implicava justamente numa negação total do sentido histórico e numa condenação decisiva e irremissível por parte dos novos reformadores, de tudo quanto fosse antigo ou tradicional.

É característico do neo protestantismo ter selecionado e sintetizado tudo quanto tem surgido de novo nas diversas seitas - assim o fideismo de Lutero, o predestinacionismo (sob a forma de segurança perpétua do crente) de Calvino, o anabatismo de Munzer, a presença simbólica de Zwinglio, o iconoclasticismo de Karlstadt, etc - e simultaneamente repudiado a tudo quanto implique em fragmentos ou permanências do odiado passado ante reformista. 

Assim a virgindade perpétua de Maria, sua maternidade divina, a doutrina da imortalidade consciente, etc Doutrinas rejeitadas por praticamente todas as seitas modernas inda que admitidas por Lutero, Calvino, Zwinglio, Wesley, etc

Eis porque o anabatismo - em tempos de massificação - constitui ainda hoje uma das vertentes mais fecundas e ferozes do anti catolicismo, logrando superar o próprio calvinismo. 

É do A - NÃO - batismo; que procede este tipo de protestantismo cada vez mais negativo, vago e inconsistente - que já foi descrito por alguns como sendo verdadeira Nulidade - enquanto pura e simples manifestação de ódio face a afirmação da Verdade divina.

Nem se pode negar que sua pobreza - em comparação com a riqueza dos Catolicismos - doutrinal corresponda as necessidades básicas ou elementares das massas iletradas e incultas. Ainda aqui o anabatismo (pelo reducionismo) confina com o islamismo e o judaismo numa perspectiva bastante trágica: a da redução... Do predomínio do espiritual e do uno... Do não encarnado e do simples. A mente rasteira sente-se satisfeita com tais conceitos. 

Os Catolicismos carecem dum substrato cultural e intelectual refinados. O sectarismo platônico não.

Quanto mais restrito for o espaço concedido pela produção a religiosidade tanto mais simples e superficial deverá ser esta. Assim a ascensão do modelo capitalista de produção e a alienação espiritual que dele decorrem tendem a beneficiar amplamente o sectarismo protestante do NÃO BATISMO, da NÃO EUCARISTIA, do NÃO SIMBOLISMO...

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