Hiper agia ai partenos Maria, akrantos Mitéra tou Khristos Theos - soson imas!
Batul Lala Marian Wallidat al illah - ʕawnu ni!

Nossos pais e avós foram protestantes, nossos tetravos papistas, as gerações do passado remoto no entanto foram Católicas, apostólicas e ortodoxas, e nós, consagrando todas as forças do intelecto ao estudo da coisas santas e divinas desde a mais tenra idade, reencontramos e resgatamos a fé verdadeira, pura, santa e imaculada dos apóstolos, mártires e padres aos quais foi confiada a palavra divina. E tendo resgatado as raízes históricas de nossa preciosa e vivificante fé não repousaremos por um instante até comunica-la aos que forem dignos, segundo o preceito do Senhor. Esta é a senda da luz e da justiça, lei do amor, da compaixão, da misericórdia e da paz entregue uma única vez aos santos e heróis dos tempos antigos.

João I

João I
O Verbo se fez carne




Hei amigo

Se vc é protestante ou carismático certamente não conhece o canto Ortodoxo entoado pelos Cristãos desde os tempos das catacumbas. Clique abaixo e ouça:

Mantido pelo profo Domingos Pardal Braz:

de pentecostal a ORTODOXO.

Jesus aos apóstolos:

"QUEM VOS OUVE É A MIM QUE OUVE E QUEM VOS REJEITA É A MIM QUE REJEITA."


A CRUZ É UM ESCÂNDALO PARA OS QUE SE PERDEM. MAS PARA OS SANTOS PODER E GLÓRIA DE DEUS.

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domingo, 17 de maio de 2009

Desacertos da cronologia bíblica - pequeno labirinto anti-fundamentalista.




I) Prolegômenos - A ciência cronológica



Embora os sumérios, egipcios, indianos e chineses chegassem a atribuir centenas de milhares ou mesmo milhões de anos as dinásticas heroicas e divinas ou aos ciclos de civilização e devastação que imaginavam ter se sucedido, as crônicas dos fenícios, etruscos, gregos e romanos remontavam geralmente as origens de suas sociedades ou seja a um, dois ou três mil anos antes desta nossa Era.

Efetivamente os gregos não contavam além de seus jogos ou olimpíadas, enquanto os romanos iam somente até a fundação de Roma pelo mítico Rômulo.

E como ambos os eventos haviam ocorrido durante o oitavo século antes desta nossa Era, tufo quanto ultrapassava o primeiro milênio a C caia no domínio das lendas, fábulas e estórias divinas...

Os registros hebraicos no entanto pretendiam datar o surgimento ou criação deste nosso mundo, situando-o por volta do sétimo e quinto milênios antes desta nossa era.

Segundo fora narrado por Moisés, legislador deles e segundo diziam "O mais antigo legislador ou cronista de que temos notícia." 


Dois ou três séculos antes desta nossa era principiaram os adeptos do judaismo - Dimitri, Eupolemus, Aristobulos e Artapanus, dentre outros - a terçar armas contra os cronistas e historiadores pagãos (nomeadamente Maneton e Apion (egipcios) & Apolônio Mólon e Possidônio de Apamea (gregos) )
com o intuito de estabelecer a prioridade de suas escrituras e a autoridade de Moisés.

Estendeu-se a dita polêmica até o primeiro século desta nossa Era, envolvendo Filon, Josefo e Justo; do lado judaico e Nicolau de Damasco e Alexandre Polihistor do lado pagão. De certo modo parece que capitularam estes dois últimos admitindo a prioridade dos testemunhos hebraicos...

Tendo vindo a luz num período por assim dizer, pré científico, e no contexto da sociedade judaica não devemos nos admirar que o Cristianismo tenha incorporado diversos elementos típicos desta sociedade, alimentando-se inclusive de suas memórias 'históricas' ou melhor de suas fábulas e mitos que naquela quadra passavam por eventos de natureza histórica, gozando por sinal de certa fama, mesmo em ambientes de cultura pagã.

Eis porque a tradição Cristã primitiva não só se postou ao lado dos judeus em meio a esta polêmica, como deu seguimento a ela, sustentando a prioridade de Abraão e Moisés e a fidelidade dos registros judaicos, face a consciência histórica pagã, de origem tanto mais recente e bem menos pretenciosa.

Dentre todos os mestres que dedicaram-se a tais assuntos, salientou-se, tanto pela erudição quanto pela perícia, o Bispo de Cesaréia. Compôs Eusébio dois trabalhos de cárater cronológico, a "Demonstração" e a "Preparação" Evangélicas, destinavam-se as ditas obras a demonstrar que a manifestação do Cristianismo fora cuidadosamente preparada por Cristo desde as eras mais remotas da história humana. Eis porque o douto Bispo encetou um abordagem paralela a respeito da cronologia de cada sociedade antiga (Egipcia, Babilônica, Fenícia, Grega, Romana e Hebraica) recorrendo ao testemunho de diversas fontes históricas ora perdidas.

Posteriormente veio a aplicar o mesmo princípio a sua 'Crônica' ou 'História mundi' tomando por princípio a 'criação' segundo o testemunho de Moisés consignado no livro do Gênesis. É verdade que Hipólito e Júlio africano haviam editado suas crônicas um século antes, apelando ambos a autoridade de Moisés e ao testemunho do Gênesis, Eusébio no entanto gozava de notoriedade e fama universais enquanto conselheiro do imperador Constantino...

Eis porque sua crônica - Tendo sido traduzida ao latim (e completada) por Jerônimo - veio a servir de modelo a todos os 'Cronicões' compostos durante a Idade Média, partindo todos, invariavelmente, do mesmo princípio: os primeiros capítulos do Gênesis.

Não se tratou portanto duma ruptura radical e tampouco do abondono de qualquer modelo científico em benefício dum padrão mitológico.

A única coisa que ocorreu foi a substituição duma visão pré científica e mitológica, por outras visão pré científica e mitológica, que parecia tanto mais remota, consistente e sobretudo fiel.

No momento em que os paladinos do judaismo, com base nas Olimpiadas ou na fundação de Roma, foram capazes de situar Homero, Hesíodo, Lino, Orfeu e Museus, seus poetas e mitografos mais antigos entre os séculos décimo terceiro e décimo quinto a C, Moisés no comecinho do século décimo quinto ou mesmo no décimo sexto século a C, e Abraão no vigésimo terceiro ou mesmo no vigésimo quarto século a C, viram-se os advogados da historiografia pagã num beco sem saída.

Insinuaram pois os judeus e judaizantes que os poetas e mitógrafos haviam sido discípulos de seus patriarcas, sacerdotes e profetas...

Homero, Hesíodo, Lino, Orfeu, Museus e o próprio Platão teriam se sentado nos bancos da sacristia do templo de Salomão e ouvido catecismo!!!

Assomaram o orgulho e a vaidade dos hebreus e judaizantes as supernas alturas, o fato, no entanto é que a memória coletiva dos gregos e romanos era bem mais curta que a dos judeus, pois esta deitava raízes na antiga Suméria e no antigo Egito, sociedades a respeito das quais a civilização clássica nada sabia de positivo. Efetivamente os referenciais cronológicos dos gregos e romanos eram muito recentes enquanto a mitologia hebraica gozava dum aparato bem mais antigo e respeitável...

Impos-se portanto as primeiras comunidades cristãs uma visão judaica de mundo de história que correspondia ao padrão cultural de que eram religiosamente tributárias e que satisfazia suas necessidades intelectuais 'pré cronológicas'.

Não há pois necessidade alguma de se encarar com vergonha o predomínio de semelhante concepção, especialmente se considerarmos a destruição do império romano do Ocidente e a ocupação deste nicho pelos povos teutônicos, cujas narrativas mitológicas eram bem mais grosseiras e bem menos permeáveis a racionalização do que a mitologia bíblica.

A suprema vergonha do Cristianismo resume-se na defesa desesperada dos mitos judaicos no tempo presente - ou seja numa época posterior a retomada da pesquisa histórica e cronológica em termos científicos iniciada pelo Padre Dionisius Poetavinus em meados do século XVII - por parte das seitas e dos sectários protestantes com o objetivo de suster o dogma carcomido do biblicismo. Isto sim é que deve ser encarado com vergonha por todos os cristãos civilizados e instruidos.

O pensamento medieval correspondeu, de certa maneira a transformações de ordem política e econômica que determinaram por assim dizer os seus limites.

O pensamento fundamentalista hoje corresponde a um vezo ou vício de natureza domática, estribado na malícia ou na ignorância voluntária.

O primeiro buscamos compreender, ao segundo não podemos deixar de denunciar e de combater como uma praga ideológica.




II) Algumas noções básicas sobre cronologia histórica




Definida a cronologia como o estudo da divisão e da contagem do tempo, fica suposta a necessidade de termos algum referencial para contar o tempo.

Em nossas vidas adotamos referências que sejam emocionalmente significativos como a morte da mãe ou do pai, o ano do casamento ou o nascimento de algum filho. As sociedades no entanto precisam de referenciais mais abrangentes como a fundação da cidade, a independência do pais, o nascimento ou falecimento de algum homem ilustre.

Certos referências no entanto, devido ao impacto que causaram, parecem transcender as sociedades e adquirir uma importância a nível de mundo ou de civilização, na medida em que incorporam princípios e valores vitais para todos os seres humanos e para todas as culturas.

Assim a ida do homem a lua, a revolução sexual, revoluções inglesa, francesa e russa, a publicação da "Teoria da relatividade", da "Interpretação dos sonhos", da "Origem das espécies" e do "Manifesto Comunista"; etc

Foi com base em tais tipos de eventos, humana ou mundialmente significativos, que Kristophoros Kellarius dividiu a história em Idades - antiga, média e moderna - no décimo sétimo século desta nossa Era.

Cada povo ou região no entanto conservou sua Era.

As eras mais abrangentes em termos de população são quatro: A dos judeus, que pautada no Antigo Testamento, em especial no gênesis, pretende contar da criação do mundo, a  dos cristãos; que parte do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, a dos muçulmanos; que parte da Hégira ou fuga de Maomé para Medina a antiga Iatreb e a dos chineses que iniciam suas contagens a partir do reinado do mítico Yao.

Naturalmente que nenhuma dessas divisões comporta um referêncial absoluto que funcione independentemente do ser humano.

Dependem pois de outros referenciais, que partam os dias, os meses e os anos; tais referenciais, externos ao homem são de cárater objetivo ou absoluto.

Tais referenciais são a própria terra (seu movimento de rotação determina a duração e o curso dos dias), a lua (para os meses ou anos lunares) e o sol. (para o ano que é uma medida de tempo correspondente a uma volta completa - ou translação - da terra em torno do Sol).

O referencial mais remoto de tempo em termos absolutos corresponde ao Big Bang, evento físico que marcou o surgimento deste universo e dos fenômenos do espaço e do tempo, alias correspondentes.

Até o século XIX no entanto o último referencial de tempo histórico considerado era justamente o livro do gênesis ou seja o ponto de partida da Era judaica, que correspondia a criação do mundo.

Da mesma maneira os eventos históricos anteriores a esta nossa era Cristã, hipoteticamente situados para além das olimpíadas ou da fundação de Roma, eram apreendidos apenas em termos bíblicos ou seja em comparação com os eventos narrados no antigo Testamento.

Era pois o antigo testamento uma espécie de moldura para toda história antiga, a qual por assim dizer, acomodava-se ao esquema cronológico da Bíblia.

E de fato quase tudo se acomodava até a decifração do fenício (por Barthelemy), dos hieróglifos egipcios (por Champollion) e da escrita cuneiforme (por Grotefend).

Desde então, começaram a surgir atritos cada vez mais fortes entre a cronologia Bíblica e a cronologia profana do antigo Oriente.

Os religiosistas no entanto, continuavam a suster aquele velho esquema segundo bastava fixar a época de Abraão, segundo a cronologia interna da Bíblia, para situar Hamurabi em seu contexto histórico e a partir dele - que era a personagem mais citada nos documentos antigos da Caldéia - toda história da Mesopotâmia e quiça a do Egito e a do mundo inteiro.

Vejamos agora quais foram as consequências deste princípio.



III) Os descalabros do bibliocentrismo.



Ainda hoje ao abrir certos manuais de História ou arqueologia do antigo oriente depara-se o leitor com três Cronologias distintas, uma mais larga e cumprida, que situa o personagem ou o evento dois ou três séculos antes dele mesmo, uma dita 'média' que limita a situa-los um século antes e a cronologia curta ou menor, que situa-o numa perspectiva mais recente, as vezes até um pouco exagerada.

O conflito entre as cronologias curta e média tem sua origem no estado fragmentário da documentação existente, fragmentação da qual resultam lacunas e variaveis de até meio século.

Outra porém é a história da cronologia larga, cuja construção esta fundamentada em preconceitos de ordem religiosa, como a ideia fixa de situar Hamurabi junto a Abraão e de manter Abraão em termos de cronologia bíblica ou seja, a principio entre os séculos vigésimo quarto e vigésimo segundo a C e, posteriormente - quando as coisas começaram a complicar - entre os séculos vigésimo primeiro e décimo nono a C.

Outro erro não menos funesto, que veio dar sustentação a este, foi a opinião de alguns egiptólogos das primeiras gerações a respeito da remota antiguidade do calendário egipcio.

Destarte a história egipcia ganhava mais de mil anos, sendo Menes/Narmer situado em 4,200 a C e a História mesopotâmica 600 anos, sendo Hamurabi - no reboque de Abraão - situado em 2300 ou 2200...

Foi um verdadeiro alargamento da história e um autêntico caos de informações contraditórias. Nada pode ser sistematicamente organizado enquanto a cronologia bíblica não foi lançada ao reino das fábulas e Hamurabi situado em seu verdadeiro contexto, o décimo oitavo século a C. Desta vez foi Abraão que teve de ir no reboque de Hamurabi decretando a falência do bibliocentrismo em termos de historicidade.

Convem explorar ao máximo o assunto, antes porém, situemos Abraão na cronologia bíblica:


Tendo Sisac invadido Jerusalem no quinto ano de Roboão, filho de Salomão (I re 14,25), podemos admitir que principiou a reinar por volta de 935 - 930.

Disto se infere que Salomão, seu pai, principiou a reinar cerca de 975 - 970, pois esta registrado que reinou durante quarenta anos. (I re 11,42)

Com base no ano em que Salomão filho de David começou a reinar é possível saber em que ano o templo de javé foi construido.

Segundo I Reis 6,1 os fundamentos do templo foram lançados no quarto ano de Salomão, ou seja por volta de 970 - 965.

Acrescenta o mesmo verso que este evento ocorreu quatrocentos e oitenta anos após a saida do Egito.

De modo que sabemos já a data aproximada em que o Êxodo teria ocorrido segundo a opinião do Deuteronomista.

970 + 480 = 1450 / 1445 a C.

Segundo nossa opinião esta data é rigorosamente exata, embora não esteja totalmente de acordo com os demais registros.

Façamos pois outro calculo: 

Segundo I re 2,11 David reinou cerca de quarenta anos, principiando a reinar cerca de 1010 a C.

Saul parece ter reinado quarenta anos, o que nos leva a 1050/ 1035 para o começo da monarquia israelita.

Segundo se infere de I Samuel 7 e 8 Samuel governou o povo todos os dias de sua vida até a velhice, uns bons quarenta ou cinquenta anos, o que nos levaria as proximidades de 1100 ou 1085.

Como o livro dos juizes a cada capítulo assegura que "Depois de X sucedeu N, COMO JUIZ EM ISRAEL." não é possivel - para aqueles que acreditam na origem divina deste registro - negar que sucederam-se os tais juizes, um após o outro, no comando da nação.

O que nos obriga a traçar uma cronologia sucessória, linear e somatória dos ditos caudilhos para saber quando os hebreus entraram na terra de Canaã.

A soma exata dos tempos de apostasia e juizado entre os antigos israelitas assoma exatos 415 anos, e não aos trezentos ou trezentos e cinquenta alardeados das obras de apologética...

Destarte partindo de Samuel 1085 e somando os 415 do juizado temos a cifra de 1500 a C, em manifesta contradição com a data do Êxodo proposta pelo redator do livro de Reis, 1450 a C.

E ainda não acrescentamos o tempo pertinente ao ofício de Josué - que segundo declara o livro que trás seu nome governou por muito tempo - e a ocupação (cerca de quarenta anos) e o tempo de peregrinação pelo deserto (outros tantos quarenta anos), o que nos levaria próximo de 1580 - 1550 a C.

Que corresponde quase que exatamente ao tempo em que os Hicsos foram expulsos do Egito por Ahmosis.

Efetivamente Maneton e Apion - apesar de seus desatinos cronológicos - pareciam relacionar o Êxodo com a expulsão dos hicsos...

Outra não é a opinião do egiptologo Donald Redford para o qual "O eco dos grandes acontecimentos ocorridos durante a ocupação do Egito pelos hicsos e sua violenta expulsão do Delta ressoaram durante séculos para se converterem num patrimônio comum da memória de Canaã." (in Finkelstein/Silberman "A bíblia não tinha razão" p 102

Quando os hapiru chegaram a Canaã século e meio depois, igualmente fugidos do Egito, as duas tradições foram misturadas.

Se o Êxodo ocorreu em 1450, basta adicionar 430 anos para saber quando os israelitas entraram naquele pais guiados pelos patriarca Jacó.

Neste caso - admitindo que o redator de I reis esteja correto - chegariamos a 1880/1850 a C

Teria pois Jacó nascido cerca de 1950/ 1920 a C.

E seu avô Abraão, que parece ter morrido quando Jacó andava pela casa dos 40, falecido cerca de 1935 a C.

Admitindo-se o testemunho da escritura como verídico, Abraão teria nascido cerca de 2100 - 2050 a C.

Por outro lado, caso optemos pelo testemunho do livro dos Juizes e o contexto geral dos registros, teriamos  de situar o nascimento de Abraão por volta de 2250 a 2200 a C.

Vejamos agora porque Hamurabi era obrigatoriamente situado entre 2300 e 1900 a C pelos bibliolatras com grande agravo da verdade histórica.






IV) Contemporaneidade de Abraão e Hamurabi



A primeira indicação histórico/cronológica de cárater externo, contida nos registros do Velho Testamento encontra-se em Gn 14,9 e diz respeito a um certo MRFL (amarfel) rei de Sinear.

Desde a mais remota antiguidade os rabinos (embora outros lho tenham identificado com Nenrod/Nino) e Padres tem identificado o dito MRFL com HMRB - Hamurabi, o famoso legislador de Sinear, haja visto ser este o termo porque os antigos israelitas designavam o Sul da Mesopotâmia ou seja a Caldeia ou Babilônia.

O caso porém não é assim tão simples como se pode pensar a primeira vista pois o nome de Amarfael é associado no presente versículo a outros três nomes: Kodorlaomer rei do Elam, Tidal rei de Goim e Arioc rei de Elasar.




V - A 'reforma' do Êxodo...






No que tange a cronologia estritamente bíblica vimos já, que há apenas duas opções para situarmos a época de Abraão e que suas balizas vão de 2300 a 1900 a C.

Como no entanto, nenhuma delas mostra-se condizente com a pesquisa histórico-arqueológica, elaboraram os 'conservadores' uma terceira opção, desta vez uma opção que foge aos dados estritamente bíblicos...

O mais engraçado é que a nova cronologia adotada pelos bibliolatras, admite sem confessa-lo certos empréstimos feitos ao liberalismo teológico, empréstimos que são, por assim dizer, inconciliáveis com a ideia duma escritura inerrante e infalível.

Destarte, num passe de magica, suprimem 200 anos da narrativa.

Aqueles dentre os liberais moderados que admitem a veracidade do cativeiro no Egito e consequentemente o Êxodo deduzem das alusões feitas pela escritura a cidade de Pi Ramsés, que o faraó da opressão foi o Ramsés II - aquele que deu combate ao hitita Muwatali em Kadesh - e o da fuga seu filho, o idoso Menrephta que floresceu cerca de 1215 a C.

Fosse verdadeira esta hipótese não menos enrascados estariam os biblistas...

Na medida em que - após diversas escavações realizadas no sítio da bíblica Jericó - chegou-se a conclusão inapelável de que esta cidade esteve completamente arruinada e desabitada em todo decurso do décimo terceiro século a C...

Disto se segue, muito naturalmente, que os hebreus não podiam ter destruido esta vila sob o comando de Josué. Não se pode destruir algo que já esta destruido...

Diga-se o mesmo a respeito da bíblica Hai, sujo nome significa ruína, segundo Noth porque quando os hapiru deram com ela no décimo terceiro século a C não passava dum imenso amontoado de ruínas...


Conclusão: fundamentalista algum deve ou deveria admitir que o Êxodo tenha ocorrido sob Ramsés II ou Menrephta, seu filho, isto sob pena de ser forçado a admitir - por consequência - que Jericó e Hai não foram destruidas pelos hebreus como declara o livro de Josué.

Por outro lado, opinando - com os liberais - que cada juiz julgou apenas sua tribo numa dimensão de contemporaneidade capaz de reduzir o período em questão pela metade ou seja até duzentos anos, estaria violando a letra do registro que como já foi dito, assegura ter cada juiz julgado todo povo de israel sucessiva e não concomitantemente.

Reduzir o tempo atribuido pelo livro aos juizes não é uma boa solução caso o objetivo visado seja aproximar Abraão do Hamurabi histórico sem se afastar do texto bíblico, porque implica necessariamente adiantar o Êxodo e dar com o beco sem saída de Hai e Jericó, beco do qual nem mesmo Albrigth logrou sair (Tendo de supor - e logo ele que é o 'orago' dos biblicistas - que o redator de Josué confundiu a cidade de Betel com as ruínas de 'Hai)

Adiantar o Êxodo é é sempre será recurso inutil, como trocar seis por meia dúzia.

Situar o Êxodo no tempo de Ramsés e de seu filho Menrephtá implica total desconhecimento a respeito do poder político destes faraós, cujas tropas policiavam regularmente Canaã.

Nenhum grupo de trabalhadores ou de escravos, por menor que fosse, poderia ter escapado ao controle deles.

Há que se acrescentar ainda o testemunho do próprio Menrephtá registrado na estela que trás seu nome








'ISRAEL esta aniquilado e não tem mais semente.'


A referida estela foi gravada no quinto ano de seu reinado


Ora se o êxodo ocorreu no reinado de seu pai Ramsés II ou no seu próprio reinado, os israelitas ainda deviam estar vagando pelo deserto e não instalados em Canaã ao lado de Asquelom, Guerzer e Haram.


A estela no entanto dá a entender que os israelitas já estavam acantonados na terra há algum tempo, quiçá a cem ou mesmo duzentos anos.




Por outro lado qualquer deus capaz de amedrontar tais faraós com seus portentosos milagres teria podido assegurar a seus adoradores algo bem melhor do que a posse dos desertos e montanhas da Judéia, como a grandiosa Babilônia ou a majestosa Hattusas.




VI) A dança do Êxodo, o retorno...




Um tal estado de coisas tem obrigado um número cada vez maior de fundamentalistas - como o DR Chrabtree por exemplo - a abraçarem a hipótese (Bem mais plaúsivel) segundo a qual o Êxodo teria ocorrido cerca de duzentos e trinta anos antes, durante o governo de Amenofis II.

Este cômputo esta de pleno acordo com a opinião do deuteronomista, para o qual o Êxodo deveria ter ocorrido cerca de 1450/1445 e com o testemunho do Santíssimo Teófilo de Antakia, o qual nos livros endereçados a Autólico assim se expressou, (quicá fundamentado em Maneton cuja obra pode ler): "Assim eles edificaram as cidades fortificadas de Peithon, Rameses e On que é Heliopolis sob o jugo de Tutmósis e partiram sob o faraó chamado Amasis.".


Admitindo que a primeira leva de fugitivos tenha abandonado o Egito sob Amenofis IV, cerca de 1445 ou mesmo 1440 ou até um pouco mais tarde a C, chegamos a 1400/1390 para a tomada e destruição de Jericó pelos recém chegados... E de fato Garstang chegou a conclusão de que a cidade foi incendiada cerca de 1385 a C estribado no fato de que os derradeiros escaravelhos egipcios encontrados no cemitério da cidade trazem gravado o nome de Amenofis III.


No entanto, como já foi dito, tais conjecturas a respeito do Êxodo no século XV a C obrigam os fundamentalistas a situar Abraão por volta de 2150 a 2100 a C, ou seja, durante os últimos anos do Novo Império Sumeriano sob a liderança de Ur. Sitchin, que se atem a esta artificiosa cronologia, dela se aproveita para apresentar o patriarca hebreu como um autêntico sumério.

Tendo optado por salvar o Êxodo bíblico puderam os fanáticos respirar satisfeitos, ao menos durante algum tempo, digo enquanto Hamurabi se compos com Abraão...

Sementante composição todavia, prevalesceu apenas enquanto foram parcas e fragmentárias as fontes de que a História dispunha para localizar cronologicamente o potentado caldeu.

Antes que mais bibliotecas e arquivos fossem desenterrados nos sítios das antigas Mari, Ebla, Ugarit, etc
a.conclusão era bastante simples e cômoda: Tanto Abraão quanto Hamurabi teriam sido contemporâneos - como alias já era sabido - e vivido no século XXI ou XXII a C...

A primeira parte da assertativa - a respeito da contemporaneidade Hamurabi/Abraão - poderia até permanecer de pé, a segunda no entanto (segundo a qual teriam vivido durante o terceiro milênio a C ou mesmo no vigêsimo século) estava prestes a cair por terra.




Principiou o rebu com a identificação de outro dos reis mencionados em Gn 14,9...

Pois a excessão de Tidal rei dos Goim - o qual, como veremos mais adiante, jamais poderia ter sido localizado em 2100 a C - os arqueologos e paleografos lograram identificar um tal Eri aku que durante o vigésimo primeiro século a C teria reinado sob uma certa cidadezinha sumeriana... eis senão quando o erúdito padre Vicente Scheil alegou ter encontrado um cilindro referente a Codorlaomor ou Kudur Lagamar - servo da deusa Lagamar - rei do Elan... a excessão de Tidal todos os três reis: HMRL - RK e KDLMR estavam identificados, seriam pertenciam todos ao século XXI a C e seriam aliados de Hamurabi, portanto a maior parte da vida de Abraão teria se passado neste século e o Êxodo acontecido no século XV a C. Os teologos conservadores podiam repousar de seus trabalhos pois a cronologia inspirada, sagrada e infálivel estava definitivamente corroborada pela arqueologia.


Todas as revistas bíblicas publicaram extensas reportagens sobre a insigne descoberta é as seitas dos judaizantes festejaram cantando glórias e aleluias porquanto o Golias liberal fora decapitado para sempre!


Entretanto, como já foi dito, nosso David mancava do calcanhar como seu parente Aquiles e não tardou a desabar fulminado pela verdadeira ciência. Refiro-me a datação da época concernente a Hamurabi... a qual por falta de documentos ainda estava sugeita a flutuações que jamais foram consideradas por nossos estouvados fundamentalistas.


Acontece, que no decorrer do século passado o achamento de algumas milhares de tabuletas cobertas por cuneifórmicas inscrições, cotejadas com os registros da Assiria e do Egito possibilitou que Hamurabi fosse definitivamente situado em sua época, o século XVIII a C...


Portanto se Amarfael é Hamurabi Abraão deve ter florescido por volta século XVIII e não no século XIV ou mesmo XX a C.

Queremos dizer com isto que a casa caiu porque como vimos adotada a cronologia bíblica - que sequer esta de acordo - teremos um sobra de trezentos ou mesmo de quatrocentos e cinquenta anos, e não há como retirar tais sobras do registro bíblico ou como encaixa-las no registro profano.

Desde então há apenas oposição ou contradição irredutível entre a cronologia do A T e a ciência histórica.

Acompanhemos agora os raciocínios desesperados de nossos contraditores -

Admitido que Abraão floresceu no século XVIII só nos resta assumir duas posições, ambas incompativeis com o fundamentalismo:


- O computo da escravidão (quatrocentos anos segundo os escritos hebraicos) esta correto.


Neste caso o Êxodo - admitindo-se que Jacó e sua parentela entraram no Egito em 1600 - só pode ter ocorrido sob Menrephtá no século XIII (ou mesmo sob Ramsés III em 1170), quando - segundo o testemunho inequivoco da arqueologia ao qual os fundamentalistas fazem petição sempre que parece apoia-los - Jericó e Hai estavam arruinadas e abandonadas. Conclusão: admitido que Abraão viveu no século XVIII a C e que o Êxodo ocorreu no século XIII só nos resta concluir que o livro de Josué contem erros.



- Abraão viveu de fato no século XVIII enquanto o Êxodo ocorreu no século XV durante sob Amenofis II


Admitida esta solução não haveria tempo suficiente para um cativeiro de quatro séculos.

Pois 1600 a C - 1430 a C = 170 ou até mesmo 150 anos, caso admitamos que o evento tenha ocorrido em 1450 a C

Neste caso nossos adversários estariam obrigados a confessar que o erro esta no livro dos reis e na própria Torá > onde esta registrado que o povo trabalho no Egito por mais de quatro séculos.


- Variantes> Sugestão de Albrigth pertinente ao século XIX a C


  • Se os israelitas passaram ao Egito em 1880 a C Abraão deve ter falecido cerca de 1920 a C.
          Admitindo que faleceu com 170 anos (O que de fato é admitido e aceito pelos fanáticos) e que deu combate aos quatro reis com cerca de oitenta anos (Antes do nascimento de Isaac) chegamos ao aproximadamente a 1990 - 2000 a C.

           Admitida esta hipótese resta apenas concluir que o erro esta em Gn 14,9, pois Hamurabi e Tudalias pertencem ao final do décimo oitavo século a C e não ao vigésimo.

      


  • Os Israelitas passaram ao Egito cerca de 1800 a C (data máxima admitida por Albrigth)
          Neste caso (Abraão continua historicamente separado de Hamurabi e de Tudalias por setenta ou mesmo oitenta anos) teremos o Êxodo situado cerca de 1370, sob Amenofis IV, o que é remotamente possível e a chegada do povo a Palestina em 1330, sob Horemheb. Aqui o absurdo é manifesto.

          Ademais, cerca de 1330, Hai e Jericó estavam arruinadas ja a quase um século. O que importaria a falsidade do livro de Josué.




Por outro lado se algum fundamentalista quiser insistir e localizar Abraão no século XXII a C terá de fazer malabarismo para identificar os nomes dos reis coligados como faz o sr Sichtin... Se se adota um tal ponto de vista até mesmo Amarfael torna-se obscuro e Abraão já se aproxima do mito...


John Van Seters, dentre outros, na obra "Abraão em História e Tradição" sustenta que o Gênesis foi uma construção tardia (5. Século c) destinada a servir as necessidades políticas da época. Neste esquema, Gênesis 14 não pode ser historicamente considerado, e todas as tentativas para se adaptar a história real ao dito versículo são inúteis.


Por outro lado se - na esteira de um grande número se sábios e eruditos - admitimos que Amarfael é Hamurabi só nos resta admitir que Abraão viveu não no século XXII, mas no século XVIII a C com todas as resultantes desta admissão.


Kenneth Kitchen ( "O período patriarcal"), empregando o que ele mesmo chama de "artefatos textuais", foi capaz de reavaliar os fatos e de concluir que "O único período conhecido da História em que um rei do Elam aliou-se ao de Larsa e foi capaz de mobilizar um rei hitita e um rei de Eshunna como parceiros e aliados numa guerra contra as cidades cananéias corresponde ao período da velha Babilônia c 1822-1764 a C. Isto é, quando a Babilônia estava sob o jugo de Hamurabi e Jante Sin I controlando Mari, a qual por sua vez está ligada através do comércio com os hititas e outros aliados ao longo do Eufrates."


Diante de tais fatos podemos esboçar uma tentativa de indentificação no que diz respeito a dois dos três aliados de Hamurabi mencionados em Gn 14,9.


Estabelecido que Amarfael é Hamurabi e não o mítico Ninrod ou Nino, somos levados a concluir que Arioc é Eri Aku de Larsa predecessor de Rim Sin, enquanto que Tidal corresponde certamente a Tudalias I, do período mítico, ou seja, do período primitivo e ainda mal esclarecido da história hitita.


E já se sabe porque todos aqueles que situavam Hamurabi e Abraão no século XXI ou XXII a C foram incapazes de identificar Tidal ou Tudalias. Porque se trata dum nome de origem Hitita ou indo européia o qual só pode ter aparecido no contexto histórico por volta do século XIX a C quando os hititas chegaram a àsia menor e ao Norte da Síria vindos do Caúcaso...


Caso nos deparassemos com alguma referência aos hititas ou a Tidal para além do século XX a C estariamos diante dum verdadeiro anacronismo. Por isso que o cronista hebreu, refletindo as tradições de seu povo, refere que Tidal era rei dos Goim ou estrangeiros, termo que também pode ser compreendido como forasteiros ou recém chegados, uma vez que os hititas faziam parte das primeiras hordas de indo europeus que se instalaram no Oriente próximo cerca do século XIX a C ou seja pouco antes do nascimento de Abraão.


O único dos quatro nomes que ainda não foi indentificado é o de Kudur lagamar, conforme admitem as Enciclopédias judaica e Católica, que a transliteração feita pelo padre Vicente Scheil estava errada! (trata-se de Inshu Nunar).


Por outro lado nosso conhecimento a respeito da lingua e das dinástias elamitas ainda é bastante precário e permeado por lacunas bastante amplas.


De nossa parte estamos convencidos de que Amarfael corresponde a Hamurabi e que Abraão sendo seu contemporâneo floresceu no século XVIII a C. Também estamos persuadidos de que o Êxodo ocorreu sob Amenofis II cerca de 1430 só nos restando admitir, contra as alegações dos fundamentalistas, QUE OS HEBREUS ACRESCENTARAM MAIS DE  DOIS SÉCULOS A DURAÇÃO DE SUA ESTADIA NO EGITO.

Conclusão: há um erro na cronologia do pentateuco e este erro diz respeito a duração do cativeiro no Egito posteriormente ampliada pelos sacerdotes.


Do contrário não possuimos qualquer referência histórica que nos permita situar Abraão ou - admitida a data mais recente para Abraão e os quatrocentos anos de duração para o cativeiro - devemos concluir pela falsidade das narrativas pertinentes a tomada de Jericó e Hai por Josué, a quais, excetuando o elemento miraculoso (que reflete a mentalidade ou a interpretação do redator) devem ser verídicas ao menos em traços gerais.

Para onde quer que movam suas balizas os fundamentalistas permanecem vulneráveis a crítica: pois se ousam move-las para trás não há como sustentar a historicidade de Gn 14,9 e por consequência a existência do próprio Abraão; agora se ousam move-las para frente comprometem a duração do cativeiro no Egito, as narrativas a respeito de Hai e Jericó ou a cronologia de Juizes...





Isto numa perspectiva arqueologica é claro.


Pois se os fundamentalistas costumam a servir-se dos dados fornecidos pela ciência arqueologica, quando, por vezes, parecem confirmar o registro vetero testamentário, não podemos deixar de recorrer aos mesmos dados e testemunhos quando se mostram - numa perspectiva global - infensos a falsa doutrina da inspiração

Empregar o testemunho da arqueologia quando parece beneficiar suas crença e rejeita-lo quando se acha em oposição a elas parece-me, é simplesmente desonesto

Coisas de gente desonesta, vulgar, hipócrita e sem princípios.

Neste caso seria melhor que abandonassem duma vez o terreno contradiço das pesquisas arqueologicas - ja que em sua totalidade jamais servirá de esteio ao fundamentalismo - e assumissem a epistemologia fideista que via de regra dissimulam com o intuito de passar por gente civilizada e normal.


Abandonado o terreno da seriedade, representado pela pesquisa arqueologica, ainda restaria a nossos adversários:


- O terreno do mistério: Tudo é mistério de Deus e deveis crer em todas as narrativas judaicas ou arder na grande churrasqueira de javé...


- O terreno do ceticismo: Todos os conhecimentos humanos são incertos deveis portanto mergulhar de cabeça na fé...


- O terreno do relativismo: O que é verdade para a fé não o é para a História e vice-versa.


- O terreno do milagre ou do demonismo: Os arqueologos são possessos, os artefatos fabricados pelo Demônio no inferno e o povo atravessou o mar pelo meio como no desenho do Spielberg "Princípe do Egito." + chuva de pão, de codornas, etc


Eis uma ampla seara a ser explorada pelo autêntico fundamentalista o qual não teme conduzir sua ignorância as últimas e derradeiras consequências tocando os límites da sanidade e da loucura.

Porque em termos de exatidão absoluta a cronologia bíblica - pertinente a Abraão e ao Êxodo - perde todas as referências extra bíblicas e mergulha de cabeça no Reino da fantasia.

Enquadra-la, tal e qual se encontra no livro, no campo da História real é como construir castelos sobre as nuvens ou como querer tocar as nuvens com as mãos.

E como disse o Verbo Bendito, Jesus Cristo Senhor Nosso todo castelo erguido sobre a areia (que dirá sobre as nuvens) virá fragosamente abaixo.

E toda narrativa que não tem Jesus Cristo por objetivo e fundamento, será provada e consumida pelo fogo da crítica.




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