Crônicas de Sodoma e Gomorra.

Conteem as Escrituras judaicas a descrição de um pavoroso sinistro ocorrido as margens do Mar Morto e segundo a qual quatro cidades cananéias, a saber: sodoma, Gomorra, Adama e Seboim, teriam sido aniquiladas pelo plenipotente jeová em meio a uma chuva de relampagos, enchofre e pedras fumegantes.

Segundo tais registros tais cidades eram habitadas, quase que exclusivamente por criminosos e por isso o deus dos hebreus resolveu justiça-las fazendo chover fogo sobre elas.

Durante séculos a destruição da tetrapole cananéia estimulou a imaginação dos leitores do Velho Testamento, alguns dos quais - como o sr Daniken - chegaram a imaginar uma conflagração nuclear. Conforme Daniken e seus pares a tetrapole cananéia, Sacsuayaman no Peru, e algumas antigas metorpoles indianas teriam sido varridas da face da terra durante uma pavorosa guerra atômica ocorrida há milhares e milhares de anos...

Outros no entanto sustentam que a dita narrativa não passa duma fábula isenta que todo e qualquer fundamento.

Segundo as cronicas dos judeus as ditas cidades estariam localizadas num Vale chamado Siddim, que significa: verdejante ou arborizado.

Ao que tudo indica o tal Vale se estenderia da península de El-Lisan ao extremo Sul do Mar Morto. Coincidentemente neste local seu fundo registra uma profundidade de 15 a 20 metros, enquanto que ao Norte da península, desce rapidamente para além de 400 metros.

A partir de 1976 o interese pela dita narrativa genesiana tem aumentado cada vez mais porquanto uma certa tabuinha encontrada na antiga metropole Síria de Ebla, o especialista G. Pettinato julgou ter localizado os nomes das ditas cidades:

Si-da-mu [TM.76.G.524] I-ma-ar [TM.75.G.1570 and TM.75.G.2233] Ad-mu-ut e Sa-barragem.

O próprio "Atlas geografico eblaita" [TM.75.G.2231] registra que ad-mu-ut e sa-barragem são boas leituras e que correspondem a Admah e Sodoma, mesmo fazem parte duma lista de cidades localizadas ao longo das margens do, ou muito possivelmente no Mar Morto.

Tanto mais recentemente os geólogos canadenses Grahan Harris e Anthony Berardow, descobriram que a Península de Lisan, era parte oriental do Mar Morto, e teria sido o epicentro de um terremoto de escala maior que seis na escala Richter ocorrido há aproximadamente 4.000 anos (no mesmo período que teria sido a destruição de Sodoma, Gomorra, Adma e Zeboim). Segundo estes geólogos, o terremoto provocou efeitos que levou ao engolimento das construções. Os restos de Gomorra estariam debaixo das águas do Mar Morto.

Segundo o folhetim protestante "A Sentinela" publicado pela W T: arqueólogos suecos teriam encontrado vestígios das cidades de Sodoma e Gomorra. Em cooperação com o Departamento de Antigüidades de Amã, os cientistas fizeram a descoberta em Lisan, ao leste do mar Morto, na Jordânia.
O jornal sueco Östgöta-Correspondenten teria explicado: "É surpreendente que se encontrassem restos de construções destruídas uns 1.900 anos antes de Cristo". Estes arqueólogos estariam convencidos de que encontraram Sodoma e Gomorra. Depois de analisarem objetos de cerâmica, muros, sepulcros e artefatos de pederneira, sua conclusão foi de que as cidades foram destruídas por um desastre natural.

SK Haigh e GCP Madabhushi fizeram um môdelo, a fim de simular a ocorrência de uma liquefação lateral deflagrada após um terremoto e chegaram a conclusão de que trata-se duma explicação plausível para o desaparecimento das cidades de Sodoma e Gomorra, conforme possibilita deslocamentos de centenas de metros ou mesmo quilômetros mesmo em encostas bastante suaves.

Não é por mera conincidência que o Mar Morto e suas adjacências constituem como que um prolongamento do Rift Valley.

Verifica-se que estamos mais uma vez diante de um cataclismo ou duma catastrofe natural - como a de Herculano e Pompeia ou a de Armero - sobrenaturalizada pelos antigos hebreus, mesmo porque eles não possuiam um paradigma ou môdelo ciêntifico que lhes permitisse a dedução das leis de causa e efeito que rejem este nosso universo.

Diante disso só lhes restava imaginar ou supor que se deus étnico, jeova se manifestava em tais catástrofes, na medida em que estas atingiam seus desafetos, os cananeus.

O fenômeno foi real a interpretação fetichista feita pelos teólogos hebreus, esta sim é que não corresponde a realidade porquanto introduziram poderes extraordinários num contexto em que tais poderes são absolutamente inuteis e desnecessários. Mistificaram pois os líderes espirituais dos israelitas tomando por base uma realidade cuja determinação causal (puramente geológica) supinamente ignoravam.

- Sodomia e homossexualismo > as mentiras da Cristandade neo farisaíca.

Jesus havia dito que todo aquele que mente e emprega mentiras em sua argumentação é apóstolo do Diabo e filho seu.

Entretanto a pseudo Cristandade, que reverência Jesus com seus lábios e o repudia através de suas obras, só tem divulgado mentiras...

Convem pois interrogar os Santos profetas e os escritores hebreus e deles indagar o autêntico significado da palavra sodomita, para ver se de fato significa o que a Cristandade apóstata e perversa diz que significa...

Comecemos pela profecia de Ezequiel: "Eis em que consistiu o crime de Sodoma [...]: orgulho, abundância de alimentos e insolências; estas foram as faltas que cometeu [...]: não socorreram o pobre e o indingente" Ez 16,49

A dar fé ao profeta e seus oráculos divinos estamos diante duma Cristandade totalmente sodomita e sodomizada tendo em vista o estado deplorável em que vivem seus pobres... diante disto só lhe restou burlar o verdadeiro sentido do texto e substitui-lo por outro que não lha comprometesse.

Passemos agora ao livro da Sabedoria: "Eles sofreram justamente, por causa de sua própria perversidade, por terem odiado cruelmente os estrangeiros." 19,13

Interroguemos agora as tradições dos antigos hebreus começando pelo Livro do Justo ou de Jasher, o qual, inclusive é frequentemente citado pelos registros vetero testamentários:

"uma garotinha (uma filha do Lote envolvidos Paltith) que deu o pão a um mendigo que tinha entrará na cidade. Quando o povo tomou ciência sobre seu gesto de bondade, fizeram-na queimar sob uma prancha; entretanto como demorasse a morrer bezuntaram seu corpo com mel e lho dependuraram sobre a muralha da cidade para que fosse devorado pelas abelhas." cf tbém( Sanhedrin 109a)

O talmud afirma que "Os Sodomitas cometeu crimes econômicos, blasfêmia e derramamento de sangue. Um dos piores era dar dinheiro ou mesmo lingotes de ouro mendigos, e posteriormente se recusar a vender-lhes comida. O infeliz acabava morrendo de fome e após a sua morte, o povo que lhe deu o dinheiro retomava-o."

Parace que os habitantes de Sodoma valorizavam mais o dinheiro ou o capital que os seres humanos... qualquer semelhança com a pseudo Cristandade não passa de mera coincidência.

A Mishnah, por sua vez, sustenta que o pecado de Sodoma referia-se ao regime da propriedade: os Sodomitas acreditava que "o que é meu é meu, e aquilo que é teu é teu" (Abot), que é interpretada como uma falta de compaixão. Também afirma que torturavam aos estrangeiros do mesmo modo que o grego Procustes...

Por fim Josefo assim se manifesta (em Antiguidades Judaicas I, 194):

"Os Sodomitas, orgulhosos e soberbos quanto sua força e suas riquezas, insolentes para com o próximo e irreverentes para com a divindade... por isso Deus resolveu castiga-los por sua arrogância."

A interpretação admitida atualmente nos meios cristãos, referente a desvios de ordem sexual - sem no entanto restrigi-lo a homossexualidade como os modernos - foi inventada pelo ex maniqueu Agostinho de Hipona, estribado, ao que parece no platonizante Filo de Alexandria (sec I). Entretanto Jerônimo em sua carta a Amandus, ainda emprega a palavra sodomia em seu sentido lado e primitivo, como referente a crueldade e mesmo a versão do Rei James composta mil anos depois, segundo esta vertente - fiel a tradição judaica - Sodomitas eram aqueles que acometiam seus semelhantes - especialmente os estrangeiros - causando-lhes qualquer tipo de dano e fazendo-os sofrer.

No século XII S Pedro Damião reforçou o sentido agostiniano do termo, referente a pecados de natureza sexual, sem no entanto designar a homossexualidade especificamente.

Foi apenas e tão somente a partir do século XVII e nos paises de confisão reformada, que o termo recebeu o significado estrito que conserva até hoje referente a homossexualidade.

Conlusão: embora a palavra seja bastante antiga revestiu-se - cf Foulcault - de novos e diversos significados perdendo seu sentido original.

Mais uma deslavada e cínica mentira daqueles que apresentando-se como adoradores de Cristo deveriam destacar-se pelo amor incondicional a verdade.

É como sempre digo, entre um fariseu e um fundamentalista só existe uma diferença: ao menos os fariseus assumiam sua animosidade com relação a pessoas de Cristo, os fundamentalistas fingem servi-lo com suas mentiras e pervessidades, entranto é pelo fruto que se conhece a árvore e, mais cedo ou mais tarde a árvore podre e carcomida do fundamentalismo será atirada as chamas e convertida em cinzas.

Quando isto se suceder o Cristianismo brilhará como o Sol sobre a face da terra.