Hiper agia ai partenos Maria, akrantos Mitéra tou Khristos Theos - soson imas!
Batul Lala Marian Wallidat al illah - ʕawnu ni!

Nossos pais e avós foram protestantes, nossos tetravos papistas, as gerações do passado remoto no entanto foram Católicas, apostólicas e ortodoxas, e nós, consagrando todas as forças do intelecto ao estudo da coisas santas e divinas desde a mais tenra idade, reencontramos e resgatamos a fé verdadeira, pura, santa e imaculada dos apóstolos, mártires e padres aos quais foi confiada a palavra divina. E tendo resgatado as raízes históricas de nossa preciosa e vivificante fé não repousaremos por um instante até comunica-la aos que forem dignos, segundo o preceito do Senhor. Esta é a senda da luz e da justiça, lei do amor, da compaixão, da misericórdia e da paz entregue uma única vez aos santos e heróis dos tempos antigos.

João I

João I
O Verbo se fez carne




Hei amigo

Se vc é protestante ou carismático certamente não conhece o canto Ortodoxo entoado pelos Cristãos desde os tempos das catacumbas. Clique abaixo e ouça:

Mantido pelo profo Domingos Pardal Braz:

de pentecostal a ORTODOXO.

Jesus aos apóstolos:

"QUEM VOS OUVE É A MIM QUE OUVE E QUEM VOS REJEITA É A MIM QUE REJEITA."


A CRUZ É UM ESCÂNDALO PARA OS QUE SE PERDEM. MAS PARA OS SANTOS PODER E GLÓRIA DE DEUS.

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sábado, 29 de novembro de 2008

Cap LXXIII - A escritura não é suficiente como regra de fé.







Tendo Jesus decretado que a boa nova do Evangelho fosse comunicada a todos os povos e nações da terra somos levados a concluir que esta comunicação deva obedecer a determinados princípios que garantam sua máxima eficiência.

Assim a comunicação da boa nova deverá constituir uma regra de fé ou seja uma regra que permita a qualquer pessoa, de qualquer cultura e em qualquer época; distinguir com certa facilidade qual seja o conteúdo essencial da divina Revelação.

Resta-nos investigar se a própria escritura é apta para auxiliar-nos a descobrir quais sejam tais princípios reguladores.

1 - UNIVERSALIDADE - Como o Evangelho esta posto para todas as criaturas, inseridas mas mais diversas culturas precisamos de um veículo que satisfaça esta demanda.

Tal não se dá com a palavra escrita.

A qual esta posta apenas para as culturas letradas, em detrimento das culturas não letradas.

Assim, como veículo restrito que é a palavra escrita não pode cumprir uma demanda universal.

Do contrário, a vinculação do conteúdo da divina Revelação a uma escritura qualquer em termos absolutos resultaria a necessidade de que antes de serem evangelizadas e iniciadas nos arcanos da fé imaculada todas as culturas fossem alfabetizadas ou iniciadas nos arcanos do alfabeto. 

Atualmente semelhante tarefa parece bastante simples e, sem embargo, não o é.

Para tanto basta esclarecer que mesmo entre as sociedades civilizadas do Ocidente subsiste certa porcentagem de pessoas iletradas ou analfabetas em que pese a existência de um aparelho educacional estatal e para estatal como jamais existiu no curso da história humana e a incrível quantidade de recursos materiais gastos.

Isto para não mencionarmos a África, a Ásia e a Oceania...

Basta dizer que signos tiveram de ser elaborados e alfabetos criados... e isto foi apenas o ponto de partida para uma tarefa que ainda não foi encerrada.

Basta dizer que semelhante tarefa esta na dependência da produção em massa de material pedagógico; o que supõe EXISTÊNCIA DE UM APARATO TECNOLÓGICO QUE SÓ VEIO A EXISTIR NO SÉCULO XV d C, A SABER, DA IMPRENSA.

Implica tudo isto que os apóstolos inventassem a imprensa, fundassem gráficas e editoras, criassem alfabetos, abrissem escolas, eliminassem por completo o analfabetismo, PARA QUE SÓ ENTÃO PUDESSEM POR UMA BÍBLIA AS MÃOS DE CADA CATECÚMENO E INICIAR A PREGAÇÃO DO EVANGELHO.

Do contrário a distribuição de Bíblias e panfletos em semelhante contexto seria totalmente inútil.

Parafraseando o apóstolo: COMO HAVERÃO DE EXAMINAR SE SEQUER SABEM LER???

Destarte o único método que satisfaz semelhante demanda é o método da pregação ou do anúncio oral: IDE POR TODO MUNDO E ANUNCIAI O EVANGELHO A TODA CRIATURA.

Eis o método realista de Jesus.

"OS APÓSTOLOS ENSINARAM O POVO A VIVA VOZ, ASSIM SUAS EPÍSTOLAS ANTES DE ENUNCIAR NOSSOS DOGMAS LIMITAVAM-SE A CONFIRMAR O QUE JÁ FORA ENSINADO." Zwinglio


2) CLAREZA - Se a palavra divina é uma LUZ e o próprio instrutor divino a LUZ original e perpétua, em que não há treva alguma; é evidente que essa luz deve portar CLARIDADE OU CLAREZA.

Implica isto total ausência de obscuridades. PORQUE NA LUZ NÃO PODE HAVER OBSCURIDADE ALGUMA...

A própria escritura no entanto, ensina-nos que certas partes suas - como o 'Corpus Paulinum' - caracterizam-se pela obscuridade.

Do contrário o Dr Thiess não teria contado cerca de oitenta e cinco sentidos diferentes atribuídos - pelos livre examinadores protestantes - a parábola do administrador infiel e cerca de cento e cinquenta sentidos atribuídos a Gálatas 3,20.

Que dizer então a respeito de João 16,8 com seus dois centos de interpretações diferentes??? Onde fica a claridade de um texto capaz de suscitar mais de duzentos sentidos diferentes???

Ou sobre as dezenas ou centenas de comentários sobre o Apocalipse, os quais concordam tanto uns com os outros quanto Esaú concordava com Jacó a respeito da Benção de Isaac rsrsrsrsrsrsrsrs...

Beza no entanto declara: "O que não é suficientemente claro num trecho ou local encontrará sua explicação noutro trecho ou local; assim as passagens obscuras são elucidadas pelas passagens menos obscuras ou mais claras."

Nem podemos deixar de reconhecer que hajam passagens mais claras que esclareçam o sentido das mais difíceis.

Agostinho mesmo dá a entende-lo quando assim se expressa: "Se o Antigo Testamento e´o Novo velado o NOVO TESTAMENTO É O ANTIGO DESVELADO." 

Indicando que a chave para a compreensão da profecia se encontra no Evangelho e nos Atos dos Sagrados Apóstolos.

De fato outros após ele não terão maiores dificuldades em reconhecer que o coração ou a alma do Novo Testamento encontra-se no Evangelho, e que ele é a chave para compreendermos todas as outras partes da Escritura.

O que supõe um roteiro: pena profética > pena apostólica > pena evangélica.

Como no entanto este Evangelho - Por mais claro que seja - comporta também ele certas algumas partes menos claras ou obscuras e em parte alguma determina as regras objetivas porque deva ser estudado ou interpretado; tem os protestantes (desde Otto von Brunfels a McIntire) composto obras de exegese ou hermenêutica destinadas a guiar os perplexos e a facilitar-lhes o entendimento.

Mesmo porque o roteiro acima tem sido frequentemente subvertido por obra e graça da inspiração plenária, resultando disto grande confusão em termos de sectarismo; na medida em que o Evangelho tem passado a ser lido sob a ótica de Moisés ou do Antigo Testamento e perdido seu sentido específico ou propriamente Cristão. 

A simples existência de um roteiro a ser seguido e de obras exegéticas ou hermenêuticas destinadas a facilitar a compreensão da Escritura dão por suposto certo nível ou escala de obscuridade.

Pois lida de qualquer jeito - Começando por Gn e terminando por Apoc por exemplo - por pessoas despreparadas - Em termos de exegese - mostra-se totalmente incapaz de subministrar aos fiéis os elementos da boa nova ou do Credo Cristão. Suscitando apenas discussões e intrigas.

Já o símbolo de fé oferecido pela Igreja e que corresponde exatamente a fé que se encontra espalhada pelos registros sagrados, é absolutamente claro e compreensível:

"E EM UM SÓ SENHOR JESUS CRISTO GERADO E NÃO CRIADO; DA MESMA NATUREZA QUE O PAI, DEUS EM DEUS E LUZ NA LUZ." 

Quem não é capaz de compreender que tal parágrafo afirma em alto e bom som a DIVINDADE DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO??? E que encontra-se no acesso de qualquer fiel???

Agora deixemos esta santa doutrina entregue ao encargo dos livre examinadores protestantes, qual será o resultado???

Um terrível conflito posto entre nicenos ou atanasianos e neo arianos ou unitários com centenas ou milhares de comentários bíblicos publicados pelos dois lados sem que se chegasse a lugar algum...

Afinal as normas técnicas de exegese estão sempre na dependência da instrução e da sinceridade pessoais; o que poria a Revelação ou a boa nova Evangélica na dependência de fatores caracteristicamente subjetivos. A revelação todavia não pode estar na dependência de tais fatores... e menos ainda ao capricho de leitores despreparados.

Eis porque deve ficar ao encargo duma autoridade viva e autorizada ou legítima; o que nos leva ao encontro da doutrina da sucessão apostólica. Segundo a qual a divina Revelação corresponde exatamente aquilo que sempre foi ensinado pelos Bispos de todas as Igrejas apostólicas i é a concordância temporal e espacial ou Idjima.

O fruto ou produto desta concordância - Idjima - temporal e espacial em termos de fé é símbolo ou credo (Amana). Síntese da fé Ortodoxa ou da divina Revelação caracterizada justamente pela simplicidade e a clareza; face a obscuridade da Escritura.

3) OBJETIVIDADE - A objetividade supõe uma condição ativa ou dinâmica por meio da qual a verdade Escrita pudesse passar com toda clareza a mente de cada leitor, passagem da qual resultaria necessariamente uma compreensão uniforme ou um acordão.

É justamente o que não se sucede nem se verifica no seio do protestantismo.

E por que se todos leem a mesma Bíblia?

Simples porque cada leitor é de algum modo distinto dos outros o que leva-o a compreender a mesma palavra, a mesma frase ou o mesmo texto de modo totalmente distinto.

Tendo em vista suas crenças, desejos, gostos, ideais, princípios, valores, etc os quais tenderá buscar e enxergar no livro; sem que o livro possa retrucar, traze-lo a razão ou defender-se, enquanto objeto puramente material e passivo julgado pelo leitor.

Assim cada leitor ou cada protestante julga o Livro segundo sua subjetividade deparando-se nele com tudo quanto crê ou aspira; isto se dá como adverte Moheler porque o leitor da Bíblia não é a Bíblia mas uma entidade distinta; os protestantes no entanto - continua ele - tendem a não distinguir ou a confundir o Livro com seu leitor; o conteúdo do livro com a interpretação dada pelo sujeito e esta é uma confusão fatal.

Pelo simples fato de que a Bíblia é um registro passivo e a mente humana um órgão não apenas ativo como engenhoso pode o sujeito imprimir-lhe o sentido que bem quiser; distorcendo o sentido legítimo ou original.

Nem mesmo as passagens bíblicas que mais se destacam pela clareza, como a que diz respeito a presença real de Nosso Senhor Jesus Cristo na Eucaristia (E a respeito da qual diz Lutero: GOSTARIA DE NEGA-LA... MAS ESTOU IMPEDIDO PELA CLARA PALAVRA DO EVANGELHO) ficaram a salvo de semelhante manobra.

Do mesmo modo os unitários leem: "BATIZAI EM NOME DO PAI, DO FILHO E DO ESPÍRITO SANTO." e não se dão por convencidos a respeito da Trindade Santa, propondo qualquer outro tipo de significado por exótico que seja...

E não receiam de atribuir a passagens tão claras qualquer sentido obscuro ou mirabolante.

Diante disto que faz a palavra escrita da Bíblia? Protesta?? Denuncia??? Murmura???

Nada, permanece surda e muda como qualquer estátua ou ídolo de pedra enquanto é estuprada pelo leitor sem consciência.

Justamente porque a Bíblia sendo um livro é incapaz de dar significado ou sentido a si mesma, recebendo qualquer sentido que se lhe dê atrai os olhares e pensamentos de toda gente desonesta. Na medida em que possibilita a produção de novas e sucessivas formas de cristianismo adaptados as necessidades da freguesia...

Tem na Bíblia os sectários aquilo porque sempre aspiraram: uma fantástica fábrica de seitas.

Eis porque qualquer espertalhão com o livro do JFA nas mãos torna-se logo Bispo ou líder, cargo a que jamais chegaria numa Igreja Episcopal (Ortodoxa, romana ou anglicana) por falta de probidade ou competência.

Caia a farsa bom amigo: a Bíblia só é querida pelos líderes protestantes porque pode ser manipulada e distorcida por eles e convertida numa gaita de foles ou balde de cera; permitindo que ensinem tudo quanto desejem: dizimismo, judaismo, iconoclasmo, anabatismo, sabatismo, antinomiasmo, etc

É somente para isto que serve o pobre livro: para dar suporte a primeira baboseira que vem a mente do salafrário; a ponto de fazer passa-la por ensinamento ou mesmo palavra de Deus!!! Com a Bíblia nas mãos e uma boa doze de inteligência nosso ex cozinheiro, pedreiro ou taxista converte-se em algo menos do que um deus ou num outro Jesus... abrem a JFA e convertem-se em Bispos e apóstolos virtuais...

E a Bíblia, que faz a Bíblia meu amigo??? Nada, absolutamente nada; pois não é homem que possa interpor argumentos...

Nem mãos tem ela para dar um gancho de esquerda nesses falsos profetas e evitar que façam de suas palavras aquilo que bem entenderem...

Mas a Bíblia é a palavra de Deus!

Pois seja.

Afinal de que adianta isto se cada um faz dela uma espécie de espelho e vê apenas sua própria cara refletida???

Se este vê o pedobatismo e aquele não vê, se aquele vê a predestinação e este não vê???

Assim a atuação do fator subjetivo sobre um objeto passivo como a Bíblia é suficiente para impedir a apreensão de seu legítimo significado pela maior parte dos leitores.

Fabricando cada qual seu credo ou doutrina pessoal a partir de elementos dispersos e mal compreendidos. Em detrimento da divina Revelação que deve ser Una como Deus é Uno.

Como a autoridade da Igreja: o ordinário local, o sínodo dos Bispos ou o Concílio geral correspondem cada um a uma autoridade viva, ativa e eficiente já não podem os heréticos emitir suas opiniões blasfemas e ficar tudo por isso mesmo ou seja, sem qualquer resposta.

Pois como organismo vivo que é, é a Igreja apta para emitir argumentos e defender-se face a seus adversários. Frustrando assim seus argumentos...

Eis porque é muito mais difícil lutar contra a Igreja viva do que profanar a Escritura.

Assim, enquanto a Escritura sofre abuso nas mãos dos ímpios decreta o concílio de Kalkedon - sem cogitar ou fazer caso de suas injunções gramaticais - "E CREIO NO SANTO, BOM E VIVIFICANTE ESPÍRITO, QUE COM O PAI E O FILHO DEVE SER EXALTADO, GLORIFICADO E ADORADO."

Destarte enquanto arianos e macedonianos partindo da Bíblia e multiplicando interpretações humanas disputam a respeito do que seja o Espírito Santo sem chegar a lugar algum; a Igreja VIVA, ATIVA E EFICIENTE PROCLAMA SUA DIVINDADE.

Decretando que este é o legítimo sentido da Escritura.


4) DIRIMÊNCIA - Enfim a regra de fé deve ser capaz de anular, solver ou dirimir quaisquer controvérsias de modo a que não venham a afetar a absorver a vida da Igreja de Cristo.

De fato controvérsias, questões, problemas e indagações surgem naturalmente e são postas a mente racional. Urge ou basta que sejam solucionadas em benefício da paz e da harmonia que deve reinar entre irmãos e filhos do mesmo Pai Celestial.

De modo que a Arca Santa não venha a converter-se num saco de gatos ou num balaio de víbora em que cada qual procure impor suas opiniões transtornando os elementos da divina Revelação.

Assim se o apóstolo declara que a existência da heresia de modo geral é útil a fé e Moheler explica que a negação de determinado artigo suscita nos Ortodoxos o sincero desejo de afirma-lo a partir das escrituras e da tradição e que este desejo ou melhor este trabalho acaba lançando novas e mais profundas luzes sobre o artigo em questão; há certamente certas formas de heresia que por absorverem excessivamente a vida e as atividades da Igreja de Cristo, propiciam o arrefecimento da caridade e comprometem de tal forma seu testemunho externo e sua expansão no mundo que correspondem a uma crise interna. Ora esta forma específica de heresia não pode ser encarada nem como útil nem como boa tendo em vista a promoção do Reino de Jesus Cristo mas como perniciosa.

De fato as heresias do passado a começar pelo gnosticismo e a terminar pelo monotelismo, embora tendessem ao Biblismo jamais chegaram ao livre examinismo... assim se repudiavam a tradição legítima da Igreja, forjavam outras tantas tradições apócrifas favoráveis a seus dogmas e jamais deixavam de revindicar certa autoridade para si mesmas enquanto corpos governantes.

Via de regra, o herege do passado limitava a negar este ou aquele dogma em nome desta ou daquela tradição apócrifa ou duvidosa e não de examinar toda doutrina Cristã, de alto abaixo tomando por regra a leitura da Bíblia.

Os protestantes no entanto não se limitaram a negar este ou aquele ponto de doutrina mas o corpus doutrinário do Cristianismo como um todo, submetendo-o ao exame individual. E assim estabeleceram uma dúvida geral ou um tipo de ceticismo difuso que levava seus adeptos a disputarem a respeito de todas as coisas: as obras, as imagens, os sacramentos, o batismo, a eucaristia, o domingo, a comunhão dos Santos, as orações pelos dormentes e até a S Trindade...

E esta nova e inusitada situação fomentou a polêmica além de todos os níveis toleráveis e suportáveis, dispersando as forças duma Igreja que de repente passou a ver-se na defensiva. Desde então, cindido em dois campos: o Episcopal e o biblicista, deixou o Cristianismo de expandir-se cedendo passo primeiramente ao Islan e em seguida a incredulidade, ao ateísmo, ao neo paganismo, etc

Foi o advento do protestantismo com sua eterna mania de disputar que inoculou este morbo no corpo da Igreja dando inicio a terrível crise que estende-se até nossos dias; crise da qual ele foi a primeira vítima e ainda é a vítima mais vulnerável, em que pese a arrogância de seus membros...

Já o mesmo apóstolo Paulo havia advertido contra este outro tipo de polêmica - QUE DIZ RESPEITO NÃO A ESTE OU AQUELE PONTO DE DOUTRINA MAS A INTERPRETAÇÃO - "Lembra-lhes estas coisas e conjura-os, por Deus, a evitarem discussões de PALAVRAS, que só servem para a perdição dos ouvintes." II Tm 2,14

Agora por que este Paulo que reconhece a utilidade de certas heresias adverte os fiéis a respeito de disputações a respeito de PALAVRAS i é a respeito do sentido ou da interpretação???

Porque, como advertem os Filósofos contemporâneos, as disputas em torno do significado das palavras conduzem necessariamente a uma crítica literária naturalista EM TERMOS DUMA ALTA CRÍTICA BÍBLIA PROTESTANTE ou a crítica do conhecimento, a qual, quando mal orientada, serve de fundamento ao ceticismo crasso e a indiferença religiosa inclusive.

É bastante possível que o apóstolo Paulo tenha observado como semelhante fenômeno trouxe problemas a Filosofia antiga, promovendo a afirmação do ceticismo e sua posterior crise - que degenerou em Teurgia - e desaparecimento no que diz repeito ao mundo antigo. Ora os efeitos desta crise, como a introdução do ceticismo na segunda academia (Arcesilaus), já se faziam sentir bem antes desta nossa Era...

No entanto o protestantismo é justamente isto: uma eterna e fastidiosa discussão a respeito de palavras, significados e interpretações...  Algo que durante os séculos XVI e XVII atraiu, eletrizou e enlouqueceu parte dos homens, digo dos  Cristãos europeus; inclusive dos romanos, afastando-os dos verdadeiros ideais do Cristianismo ou desviando a Igreja de sua verdadeira meta: a promoção humana em termos de justiça e caridade.

Há de fato quem veja em tudo isto, no surgimento da reforma, da contra reforma e do choque entre ambas (do que decorreu a guerra dos trinta anos inclusive) como um despertar de vida e sentimento religioso ou como uma expansão sincera da fé. Discordo absolutamente quanto a esta analise...

Coisa excelente é o estudo crítico da doutrina, o aprofundamento das pesquisas teológicos, certa medida de polêmica ou mesmo a emulação entre dias seitas rivais (Como declara Lord Bacon). Desde que esta vida intelectual que é boa em si mesma não se sobreponha a vida prática da Igreja, pois o Cristianismo mais do que teoria, destaca-se como praxis.

Assim quando penso em fé ou energia religiosa não posso pensar nas continuas disputas entre romanos e protestantes travadas em cada praça da Europa, na rebelião dos camponeses ou na guerra dos trinta anos.  Não em termos de princípios e valores legitimamente Cristãos... em termos de fé, energia ou comprometimento religioso penso antes de tudo no aparelho de serviço social existente na capital e nas principais cidades do Império Bizantino ou nas ordens religiosas fundadas pela ICAR com o objetivo de fundar e gerir escolas, hospitais e asilos DE SÃO JOÃO DE DEUS E SÃO CAMILO DE LELLIS A S VICENTE DE PAULO E S JOSÉ COTOLENGO, aqui apenas vejo o espírito de Cristo.

Em todo este fermentar apologético promovido pela reforma protestante, em todas essas polêmicas, em todas essas disputações, em todas essas controvérsias, eu, como Popkins e outros vejo apenas a sementeira do ceticismo, da incredulidade, do desespero, do materialismo e do ateísmo e a verdadeira escola em que foram formados os Chillingworth, os Tolland, os Baileys, os La Motte Vayer, os Diderot, os D Alambert, etc

Afinal os protestantes suscitaram uma questão para a qual, adotado o método indicado por eles - a saber o livre examinismo - não se chegava a lugar algum. Pois a Bíblia ao invés de solver ou dirimir as disputas, PROMOVENDO A PAZ, A CONCÓRDIA E A UNIDADE SÓ FAZIA, COMO FAZ AINDA HOJE, SUSCITAR MAIS DISPUTAS A PONTO DE CONVERTER A IGREJA NUM CAMPO DE BATALHA. E podemos até dar por certo que não fosse a intervenção do Estado secular os protestantes se teriam matado uns aos outros... noutros lugares as populações romana e protestante teriam aniquilado uma a outra.

Mal estava o mundo latino saindo de uma grande crise e até certo ponto recuperando-se - como admite Delumeau -  quando aparece o Átila saxão com a Bíblia em punho berrando: eis o árbitro de toda controvérsia...

Mas será mesmo a Bíblia árbitro de toda controvérsia???

Caso tal fosse verdade os protestantes não estariam separados em inumeras seitas e grupos, mas já se teriam entendido e entrado em acordo uns com os outros havendo entre eles há mais perfeita unidade de fé.

No entanto que vemos nós???

A cada dia vemos surgir entre eles uma nova controvérsia ou seita provocada pelo exame da Bíblia.

Este estado de ruptura e de constituição de novas unidades religiosas com novos e diferentes credos é já tão comum para nossos adversários que alguns deles já apresentam seu sistema não como REFORMADO, mas como em REFORMA...

Pois dentre eles a cada instante, alguém descobre algum dogma perdido ou escondido na Bíblia e apresenta-se como patrono de uma nova 'igreja'...

E com Cadoux nossos adversários propõe já um novo tipo de Revelação: a revelação contínua e progressiva. Ultrajando aquele que Tomou carne uma única vez para uma única vez comunicar a verdade ao quorum apostólico...

Como no entanto qualquer um de nós que aderiu ao Cristianismo histórico e objetivo haverá de descrever esta revelação continua do sr Cadoux senão como uma processo de judaização ou de descristianização por meio do qual protestantismo depura-se continuamente dos elementos Católicos, Ortodoxos ou Cristãos??? E como uma manobra da apostasia???

E porque meio esta manobra é levada a cabo?

Pelo exame da Bíblia.

O qual ao invés de trazer-nos respostas só faz suscitar indagações e dúvidas as mentes mal formadas.

E aumentar toda essa fermentação de seitas, agravando a disputação, a confusão doutrinal, a incerteza... e arrastando homens e massas já ao ceticismo elaborado já a total indiferença em termos de religião.

Quer a gente simples saber em poucas palavras o que deve crer e o que deve fazer para estar na comunhão de Jesus Cristo e conquistar a paz no além túmulo; vem o pastor e da-lhes um livro que só faz aumentar o número de perguntas e questões propostas...

Mas a Bíblia é o juiz de toda controvérsia!

Maravilhoso meu amigo; então comece por deslindar biblicamente a primeira de todas as controvérsias; aquela que diz respeito ao Canon Bíblico, a autenticidade e a inspiração dos registros que consideramos sagrados.

Não quer você nem deseja dar ouvidos a tradição ou a Igreja; pois bem então aponte-nos nas escrituras uma lista autorizada que contenha todos os livros sagrados em que devemos crer...

MAS EM QUE PARTE DAS ESCRITURAS DAMOS COM UMA LISTA COMPLETA DE REGISTROS SAGRADOS E INSPIRADOS???

Em lugar algum...

Já estourou-se qual bolha de sabão este dogma da Bíblia como juiz de todas as controvérsias...

Mas Calvino disse que neste caso devemos recorrer ao testemunho interior dado pelo coração.

Meu amigo, estude a História de Calvino e de sua teologia e verá que ele passou toda vida tentando consertar as cagadas de Lutero e oferecer uma versão bem mais objetiva e racional do protestantismo...

Assim ele só ventilou essa ideia de testemunho interior por pura conveniência, a contragosto e esgotados todos os argumentos possíveis contra o papismo ou melhor contra a tradição Cristã, a qual não podia recorrer... Então teve de voltar-se para senda obscura do subjetivismo e apelar ao testemunho do coração...

No entanto como o testemunho do coração é meramente interior, subjetivo, inacessível aos demais e conhecido somente por Deus; resulta, em termos objetivos que Calvino foi incapaz de fixar qualquer regra por meio da qual possamos aquilatar quais sejam os livros sagrados; é o que diz com toda razão o Pe Veron.

Alias bem sabia ele que segundo o veredito dos escritos judaicos - que os protestantes via de regra encaram como palavra de Deus - O TESTEMUNHO DO CORAÇÃO HUMANO É CONSIDERADO ENGANOSO... assim, conforme sua querida Bíblia, Pai Calvino lega a seus filhos um critério enganoso.

COISA TRISTE: A BÍBLIA É INCAPAZ DE RESOLVER O PROBLEMA DA PRÓPRIA BÍBLIA OU DO CANON E ASSIM SENDO, FALHA LOGO NA PRIMEIRA PROVA...

Para além disto nada declara a Bíblia acerca da origem do Universo (eternidade da Matéria), da origem da alma ou espirito humano, da condição dos animais, da criação ou natureza dos ditos anjos, dos outros mundos ou universos, da origem eterna do Espírito Santo, das festas ou do calendário Cristão e a respeito de muitas outras coisas a respeito das quais os protestantes vivem não só disputando como dogmatizando... apesar disto, a respeito de tais coisas apenas o breu escuro da noite, e luz alguma...

Ora diante de tantas lacunas a Bíblia só fomenta mais disputas, controvérsias, abusos, intrigas, manipulações, cismas, violências, etc Ou seja aumenta mais e mais a confusão.

Assim a tradição, que é a um tempo órgão externo a o Bíblia e a outro a afirmação da mesma fé ou do único sentido da Bíblia; é que cabe determinar o sentido de cada texto.

Evidentemente que a tradição possui diversos 'loci' ou locais segundo refere Cano no livro dos "Lugares teológicos". Em termos de exegese no entanto mais funcional ou próximo é a Idjima ou concordância existente entre os diversos comentaristas dos primeiros séculos a respeito de um determinado versículo.

Em termos de Ortodoxia o testemunho dos padres é fornecido por uma Catena ou cadeia de testemunhos patrísticos. Cada livro do NT ou mesmo do AT, possui sua Catena, assim a de Mt, a de Mc, a de Lc, a de Jo, a de At, etc

Refere o latino Mosheim em sua História que do século IX ao XII nossos excelentes ancestrais - Os monges ortodoxos de Bizâncio - consagravam grande parte do tempo a compilar tais extratos das obras exegéticas dos padres antigos; do contrário estariam tais obras completamente perdidas para nós.

Em caso de dúvida ou disputa a respeito do sentido de algum texto bíblico devesse proceder como no caso do Digesto (cujo sentido é determinado pelo acordo entre o maior número de jurisperitos), e examinar criteriosamente e contar os testemunhos dos padres. Dando prioridade aos padres gregos ou aqueles que detinham conhecimento da lingua grega UMA VEZ QUE O NOVO TESTAMENTO FOI COMPOSTO EM GREGO. Por fim deve-se comparar as interpretações mais numerosas com a analise literal do texto grego; a sentença que estiver mais próxima do original grego deve ser dada preferência.

Ficando definitivamente fixado o sentido do texto e encerrada a controvérsia.

Assim a respeito das palavras da Instituição Eucarística: 'ESTE É MEU CORPO.' temos, a favor da presença real, os testemunhos de mais de cinquenta padres gregos e latinos; o que é perfeitamente suportado pela estrutura do texto grego. Estabelecido a concordância da estrutura literal com o testemunho da maior parte dos padres antigos fica julgada a questão e encerrada a controvérsia, podendo o dissidente, em caso de recusa se classificado como inovador e apartado da comunhão dos Cristãos, comunhão cuja doutrina não pode conhecer qualquer mudança ou alteração.

ESTA É A REGRA OBJETIVA E EFICIENTE PARA DIRIMIR TODA CONTROVÉRSIA, CIMENTAR A UNIDADE ENTRE O POVO DE JESUS CRISTO, ESTIMULAR A PAZ E PROMOVER A CONCÓRDIA.

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