Hiper agia ai partenos Maria, akrantos Mitéra tou Khristos Theos - soson imas!
Batul Lala Marian Wallidat al illah - ʕawnu ni!

Nossos pais e avós foram protestantes, nossos tetravos papistas, as gerações do passado remoto no entanto foram Católicas, apostólicas e ortodoxas, e nós, consagrando todas as forças do intelecto ao estudo da coisas santas e divinas desde a mais tenra idade, reencontramos e resgatamos a fé verdadeira, pura, santa e imaculada dos apóstolos, mártires e padres aos quais foi confiada a palavra divina. E tendo resgatado as raízes históricas de nossa preciosa e vivificante fé não repousaremos por um instante até comunica-la aos que forem dignos, segundo o preceito do Senhor. Esta é a senda da luz e da justiça, lei do amor, da compaixão, da misericórdia e da paz entregue uma única vez aos santos e heróis dos tempos antigos.

João I

João I
O Verbo se fez carne




Hei amigo

Se vc é protestante ou carismático certamente não conhece o canto Ortodoxo entoado pelos Cristãos desde os tempos das catacumbas. Clique abaixo e ouça:

Mantido pelo profo Domingos Pardal Braz:

de pentecostal a ORTODOXO.

Jesus aos apóstolos:

"QUEM VOS OUVE É A MIM QUE OUVE E QUEM VOS REJEITA É A MIM QUE REJEITA."


A CRUZ É UM ESCÂNDALO PARA OS QUE SE PERDEM. MAS PARA OS SANTOS PODER E GLÓRIA DE DEUS.

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segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Cap LV - Bíblia idolatrada... Bíblia satanizada...






Como constatamos no post anterior nosso protestante encara seu livro, a Bíblia, como os hindus encaram seus Vedas, os judeus sua Mikra e os muçulmanos seu Corão, chegando quase a diviniza-la.

Pastores há que chegaram a coloca-la aberta sobre um trono dourado fixado num estrado junto a abside do templo, ou seja, como uma espécie de Bispo de papel capaz de presidir a congregação. Outros tem imitado os altares da igreja papista e depositado o livro numa espécie de tabernáculo ou sacrário.

Bíblias enormes com letras gigantescas tem sido expostas nas seitas pelo povo do livro...

E também costumam a fazer exposições com centos de edições e versões diferentes...

Tal o novo maná ou pão descido do céu que cada reformado digere a sua moda... e sabe ao gosto de cada um KKKKKKKKKKKKKKKKKKK

A um sinergismo, a outro monergismo; a um iconoclasmo, a outro iconofilia; a um anabatismo, a outro pedobatismo; a um trinitarismo, a outro unitarismo; a um dominicalismo, a outro sabatismo; e assim por diante NA BOCA DE CADA PROTESTANTE ESTE MANÁ TEM SABOR DIFERENTE... numa de pacifismo, noutra de belicosidade; numa de machismo, noutra de feminismo; numa de escravismo, noutra de libertarismo, e assim por diante...

Aqui estamos nós mais uma vez nos domínios da Bíblia ou melhor nos domínios da interpretação e sob o império do livre exame, inaugurado pelo Dr Lutero.

Dizemos isto porque apesar da devoção que nutrem por seus livros sagrados, budistas, hindus, judeus e maometanos são unânimes em atribuir a interpretação dos mesmos a uma grupo especializado de guardiães, peritos, técnicos, teólogos, clérigos ou oficiais sejam os bicus/bonzos, os brâmanes, os mullas/ullemas ou os rabinos. Enfim a um corpo clerical...

Os reformadores somente ousaram atribuir em larga escala a interpretação do livro sagrado a todo tipo de gente fomentando a confusão espiritual e religiosa e a anarquia espiritual numa escala jamais vista até então... assim, já sabemos porque o ateísmo, o materialismo e o agnosticismo tem crescido dia após dia a partir do décimo sexto século desta Era... e qual é seu ponto de partida: o estado de incerteza religiosa produzido pelo livre exame (Tese que será desenvolvida no próximo Tomo)

Destarte enquanto Jorge Nitche ( cf Vigoroux/Bacuez) sustentava seriamente a divindade e a eternidade da Bíblia (Como os muçulmanos sustentam a eternidade do Corão) em pleno século XVII, já Reymarus e Semler assestavam suas baterias contra sua exatidão ou infalibilidade.

Desde então o livro, nos podromos do luteranismo ao menos, ficou como a sogra de Pedro ou como que posto entre o céu e o inferno: divinizado por uns e satanizado por outros; exaltado aqui e abatido acolá...

Que o livro continue a ser divinizado pelos capiaus analfabéticos sabe-mo-lo por experiência própria. Gente sem parâmetros ou moderação, nossa plebe protestante continua encarando o livro, em sua totalidade; como uma espécie de grimório fantástico em que se encontra depositada toda ciência e todo conhecimento no mais alto grau.

Nem poderiam ser diferentes as coisas numa cultura até bem pouco tempo oral ou iletrada em que os livros eram encarados como repositórios de tudo quando fosse necessário saber a respeito deste mundo e do outro e vistos pelo populacho iletrado como signos do 'status quo' mais elevado... Sequer passava por tais cabecinhas a atrevida hipótese de dialogar com o livro ou de por em duvida as informações nele contidas... inquestionáveis eram os livros e aqueles que sabiam manipula-los participavam desta condição...

EM TEMPOS PASSADOS LER ERA PODER...

Destarte, a ideia duma Bíblia absolutamente infalível e inquestionável, trazida para cá pelo Brasil por Kaley e Simonton em meados do século XIX não encontrou maiores dificuldades para ser amplamente aceita. Estando já esta terra 'Em que tudo dá' preparada pela boçalidade, a semente da superstição não só germinou como pode dar frutos cem por um... A própria teologia papista - enquanto fruto duma Idade média barbarizada e iletrada - e dum concilio ambivalente (Que com o intuito de converter os protestantes não deixou de assimilar algumas de suas crenças) não era capaz de conter o biblismo, mas pelo contrário estava apta a alimenta-lo, ao menos quanto ao público médio, que sem ser erudito para compreender sabia ler ou soletrar.

Os padres em seus sermões referiam-se frequentemente a 'Bíblia infalível', a 'palavra de Deus ou as 'sagradas letras' e sequer estabeleciam qualquer distinção entre o antigo e o Novo testamento; os pastores vieram e apresentaram as massas as tais 'letras sagadas'... o mal estava feito e as mentes escravizadas...

Acontece que a família protestante não se restringe apenas a esta terra de Santa Cruz, terra em que Ewbanck e Kidder aportaram com suas caixas de livros e encetaram com grande sucesso a venda ou distribuição dos mesmos... inclusive entre a padralhada irenista.

Grosso modo firmou-se entre nós brasileiros, a nova lei de Martinho Lutero, cerca de cento e cinquenta anos por obra dos citados 'apóstolos' Kaley e Simonton. E se bem me lembro o primeiro deuterobatizado foi um tal Pedro de Nolasco pelos anos cinquenta do décimo nono século.

Ora século e meio é coisa quase que de ontem... Basta dizer que minha tataravó Dna Josefina fora contemporânea destes homens...

Protestantismo novo, protestantismo ainda não pensado, protestantismo forte, como dizia o velho De La Rive...

Protestantismo velho e raciocinado, protestantismo morto e aniquilado face ao ateísmo, ao materialismo e a incredulidade.

Tal o estado do luteranismo, do calvinismo e das demais seitas na maior parte da Europa atual e em boa parte dos EUA.

De tanto deglutirem Bíblias tais povos chegaram a indigestão.

Foi assim que os extremos tocaram-se e a bibliolatria cedeu passo bibliofobia e ao repúdio a toda e qualquer forma de religiosidade positiva ou mesmo de teísmo entre as mais antigas nações protestantes.

Encaram nossos caipiras embibliados e nossos pastores despadrados a Alemanha, a Inglaterra e os EUA como nós ortodoxos encaramos Al Kudush (Jerusalem) por ignorarem supinamente os belos ensinamentos dos catedráticos protestantes de lá, especialmente no que diz respeito a Bíblia.

Ao que parece mesmo após as críticas tecidas cerca de século, pelo profo Othoniel Motta, em termos de Brasil, a apologética protestante ainda segue a carroça ou lombo de burro...

Poucos aqui ousariam imaginar ou crer que no próprio berço da religião do livro, o livro tem sido exposto aos mais ferozes ataques, aos piores insultos e a crítica mais irreverente não pelos filósofos e cientistas - como seria de se esperar - mas pelos próprios pastores e teólogos das principais universidades protestantes como Harnack e Bultmann...

Entre nós proclamam os pastores que a Igreja papa escondeu ou ocultou a Bíblia aos olhos do povo, ou que as igrejas grega e romana fazem muito pouco caso do livro divino.

Notório absurdo ao menos para as pessoas mais instruídas, pois sem terem chegado as raias da idolatria e da servidão mental, os ministros e clérigos de ambas as confissões são quase sempre mais comedidos e respeitosos para com o livro do que seus concorrentes os pastores Alemães, ingleses ou yankees, cuja fúria racionalista, ultrapassando os limites do decoro sequer poupou a figura de nosso amado Mestre brindando-a com os mais atilados insultos!!!

Mesmo quando negam sabem os padres negar com respeito ou sem atrevimento e até tentam explicar a gente simples o significado de suas negações de modo a não escandaliza-la e leva-la aos arroubos da blasfêmia, como se sucede comumente entre seus rivais os pastores... pastores que tem atacado livro com não menos fúria do que Aquiles Heitor e que após terem dado morte ao adversário ainda passeiam com ele em torno dos muros...

Entre os teólogos europeus a Bíblia, e por Bíblia quero dizer Novo Testamento ou Evangelho, assemelha-se como um leão morto em meio a um bando de hienas...

Nunca o livro foi tão ultrajado como pelos pastores do Norte ou de além mar. Nunca tão ridicularizado, nunca tão escarnecido, nunca tão velipendiado... não pecamos ao afirmar que parte do clero protestante europeu encara já a Bíblia como um adversário ou inimigo a ser aniquilado...

Riem os nossos cegos condutores de cegos porque ignoram ou ocultam ao grande público brasileiro a bibliofobia acalentada por seus confrades mais civilizados da França, da Suíça e da Alemanha...

Penetrar os recônditos da bibliofobia e po-los a luz é o escopo deste artigo.

Antes porém indaguemos sobre qual motivo teria levado o Dr Lutero a designar o livro ou melhor o leitor do livro, como árbitro de todas as controvérsias e disputações religiosas?

Por diversas vezes demos resposta a esta pergunta: um homem seja ele o papa de roma, o patriarca de Antioquia ou mesmo qualquer sectário, provocado vem a liça e defende-se como pode... um livro no entanto é incapaz de reagir ou de defender-se... Elemento objeto inanimado que é suporta ele, passivamente, todo tipo de torturas... E fica o dito pelo não dito!!! Sagaz e engenhoso é o homem a ponto de imprimir o sentido que desejar a palavra escrita ou a letra.

Feito apenas de papel e tinta, o livro não é capaz de elucidar, de esclarecer ou de julgar a si mesmo...

Livro algum é apto para vir a liça e expor as doutrinas nele consignadas face as interpretações especiosas do vulgo, cujo número tende a crescer dia após dia...

Digam o que disserem aqueles que desejam passar seus ensinamentos pessoais por ensinamentos divinos e vender suas próprias teorias como infalíveis; a Bíblia não se auto interpreta nem explica. Pois é livro, não homem!

Admitam ou não os líderes protestantes a Bíblia é invariavelmente julgada e interpretada, distorcida, profanada, escamoteada pelo juízo falível deles, acomodando-se a seus pensamentos puramente humanos e isto é um mistério de iniquidade. Pois possibilita ao homem mortal colocar-se no lugar de Cristo e passar-se por ele... Usurpar sua autoridade E DEMOLIR A INSTITUIÇÃO CRISTÃ.

Implica a atitude ou estratagema protestante rebelião, felonia, sedição, sacrilégio, a mais suja e vil forma de idolatria ja arquitetada pela mente humana.

E constitui-se num instrumento de dominação quase perfeito.

Imagina só fazer com que as massas incultas recebam nossas próprias idéias e nossa própria vontade como divinas!!!

Afinal o divino pode exigir em seu proveito e benefício a mais completa submissão por parte dos mortais.

Pois bem, no esquema protestante as palavras extraídas do livro servem a este sinistro propósito: conferir aquele que delas se serve uma autoridade quase que divina! Para cada vidente ou profeta as letras da bíblia não passam de verniz com que cobrir suas cogitações mundanas e carnais.

Nos demais sistemas religiosos este recurso topa com uma grande dificuldade na medida em que o significado dos textos é quase sempre fixado por um corpo dirigente ou governante, a cujo veredito e sentença todos os fiéis devem submeter-se reverentemente.

A eliminação deste controle externo e objetivo no entanto, possibilita que as palavras, esvaziadas de seu conteúdo original, possam servir como roupagem destinada a acobertar as mais caprichosas doutrinas já concebidas e urdidas pela mente humana. 

Imaginem um balde de cera quente, líquida ou derretida, em que o artista imprime a figura que bem desejar.

Tais as palavras da Bíblia nas mãos dos sofistas engravatados... pois quem dá o sentido são eles...

Cada pastor, comentarista ou exegeta introduz ali o significado que mais lhe agrada. E onde um vê a Trindade outro não vê, onde um enxerga o Domingo outro enxerga o sábado, onde um divisa a imersão outro divisa a infusão... uma verdadeira Accio ou Waterloo de papel.

Surdo, mudo e cego... lá esta o livro; coitadinho, a mercê dos falsos mestres e sedutores para ser retalhado qual um cadáver as mãos do médico legista. Corta aqui, corta acolá, costura aqui, junta acolá e a cada dia aparece um novo Frankestein: luteranismo, calvinismo, anabatismo, sabatismo, jeovismo, pentecostalismo...

E cada Frankestein deseja abater seu desengonçado predecessor...

Como quaisquer revolucionários devoram-se os protestantes uns aos outros revivendo o drama de Cronos...

Tornou-se o Livro nas mãos de Lutero um instrumento bastante dócil e ao mesmo tempo afiado face as pretensões do papa romano... até o dia em que Karlstadt, Muntzer, Zwinglio, Calvino, etc percebendo o logro, deliberaram remove-lo de suas mãos, alegando que Wittemberg "Não possui o monopólio do espírito santo." (Oecolampadius)...

Desde então diversas escolas rivais passaram a revindicar para sim mesmas o patrocínio do espírito divino, dando a entender que ninguém possui tal patrocínio a menos que hajam milhares de espíritos santos disputando uns com os outros ou uma batalha de espíritos santos...

A Lutero, patriarca do biblismo, só restou o expediente de mandar exilar, prender, multar ou mesmo justiçar aqueles que estavam próximos e de insultar do modo mais grosseiro aqueles que estavam mais afastados como Zwinglio. E por que??? Pelo simples fato de terem posto em dúvida o cárater infalível de seus ensinamentos como ele mesmo havia posto em dúvida o cárater infalível dos ensinamentos do papa romano e o testemunho unânime dos doutores e comentaristas dos primeiros séculos.

Voltou-se o livro contra ele Lutero qual afiado gládio empunhado por esgrimistas mais habilitados... e lá se foram o pedobatismo e a presença real...

Pois a letra morta assume o significado que lhe é imposto pelo homem ou pelo interprete, conforme a intencionalidade de seu discurso.

Esvaziadas de seu conteúdo original e divino, são os termos e frases da escritura, postos a serviço dum discurso qualquer.

Compreenda-se o livre exame como uma espécie de funil ou filtro através do qual o livro perde por completo seu significado original e divino, assumindo uma condição puramente terrestre enquanto veículo de opiniões e teorias humanas. 

No Oceano imenso das interpretações, teorias e opiniões dos comentaristas protestantes a boa nova assume as proporções de mísero palito de fósforo. E só podemos ser retirados deste Oceano tormentoso pela tradição dos padres e pelo ofício divino da igreja, senhora, guardiã e interprete autorizada da palavra divina.

A igreja não torna a Escritura verdadeira, apenas auxilia-nos a captar a verdade divina contida na Escritura.

Verdade que nós mesmos, com nossos parcos recursos naturais, muito dificilmente e com grande custo seriamos capazes de extrair.. Não é a Escritura que é facilitada pela igreja mas o aparelho intelectual humano...

Pois os signos e a linguagem variam de cultura para cultura e dentro de cada cultura de tempo a tempo... tornando a compreensão dos escritos mais antigos demasiado complexa para o vulgo. A Igreja no entanto sendo anterior ao Livro dos cristãos foi capaz de conservar a interpretação exata..

Coisa sumamente útil, benéfica e vantajosa é a existência de registros sagrados deixados pelos evangelistas e apóstolos. Todavia ainda que tais livros viessem a perder-se a revelação, a boa nova, o Evangelho, a verdade, ou Cristianismo desapareceriam com eles ou se extinguiriam???

De modo algum! Como não faltou Cristianismo ou verdade antes que Marcos compusesse sua narrativa... nem faltou história e memória a Igreja antes que S Lucas elaborasse seus Atos... assim não cessaria de existir boa nova caso tais livros se extraviassem...

Diocleciano César fantasiou talvez, como nossos protestantes, que destruídos os livros morreria a fé.

Nossa fé todavia é anterior ao livro...

Dependendo apelas de Cristo, o qual tendo vencido a morte, indestrutível é!

Durante dez ou quinze anos passou a Instituição Cristã sem Escrituras propriamente suas ou seja sem Evangelho Escrito... Mas não poderia ter passado um instante sequer sem o Evangelho vivo que é a palavra de Cristo ou a boa Nova... O Pai Nosso, as Bem aventuranças, a fórmula batismal, a fórmula eucarística... TUDO ISTO JÁ EXISTIA E GUARDADO ESTAVA NOS CORAÇÕES DOS SANTOS.

Não haviam ainda atos ou epístolas mas havia mensagem, anúncio, ministério e pregação; sob a orientação dos apóstolos.

Assim a Igreja viva permanece cônscia de suas prerrogativas divinas...

Sabendo vindicar sua autoridade e defender-se contra seus inimigos. 

E já principiamos a compreender porque os reformadores lançaram contra ela o livro da Escritura.

Com o premeditado intuito de opo-lo a Igreja Histórica, e demonstrar sua apostasia.

Embora o livro dê testemunho a respeito dela em muitas passagens difíceis de serem deturpadas...

Eles no entanto fecham seus olhos para tais testemunhos...

Mesmo tendo o livro as mãos e diante das vistas.

Porque limitam-se a ver apenas aquilo que desejam e querem.

E assim profanam o livro e dele desdenham...

Como não seriam aceitos para dirigir a Igreja de Cristo, tomam o livro em suas mãos, e como se fosse uma varinha de condão batem com ele a mesa e produzem dúzias ou centos de igrejas que nunca existiram...

Como o mágico tira seus coelhos da cartola o interprete espertalhão tira da Bíblia milhares de seitas...

No entanto caso ele ousasse opor-se a Igreja em seu próprio nome quem lhe daria crédito?

Se Lutero tivesse recorrido a Lutero que seria de Lutero???

Por isso Lutero toma o livro em suas mãos, como que para participar da autoridade do livro e tornar-se invulnerável.

PAPA TU TENS A IGREJA, POIS BEM EU TENHO A BÍBLIA!!!

Ele diz: este será meu escudo e rodela e com ele apararei as flechas lançadas pelo ciclope romano!

Comenta o livro e declara: Tais palavras são divinas, segui! E o plebe inculta vai e segue, sem saber que o sentido daquela passagem foi determinado por ele e que qualquer pascácio pode fazer o mesmo bastando para tanto abrir a boca ou tomar a pena...

É como se cada heresiarca, o Macedo, o Soares, o Malafaia, o Lutero, o Calvino, o Zwinglio, o Muntzer... tomasse as palavras sagradas e com elas plasmasse uma máscara  que reproduzisse as feições do Mestre, em seguida coloca-a sobre seu próprio rosto e declara: Eu sou o Cristo...

Pois repete as palavras de Cristo.

Embora não mantenha o significado...

E ponha a perder a objetividade da pregação.

Importante não é o que fulano ou cicrano diz ou quer dizer sobre as palavras de Paulo, mas o que Paulo de fato quis registrar e dizer. É o que se chama padrão de objetividade e garantia da verdade...

No protestantismo tudo se adequa ao sujeito ou ao individuo. Eis porque há tantas interpretações quanto cabeças...

Como então os lideres e sectários não se dão conta de semelhante estado de coisas?

Como continuam a dizer que o livro é claro, objetivo, direto e de fácil compreensão se seus comentaristas jamais chegaram a qualquer acordo a respeito de qualquer coisa??? Negando este o que afirma aquele e vice versa...

Então permitam-nos dizer que vocês ignoram supinamente o significado do livro.

Que estando em contradição não sabem absolutamente nada.

Que preferimos a interpretação da Igreja Histórica haja visto sua uniformidade.

Porque a Igreja de Cristo estava a sós com o livro bem antes que o papado ou reforma viessem a existir; lá nas catacumbas...

Entre tantos milhares de interpretes e seitas a prudência obriga-nos a optar pela interpretação mais antiga e que satisfaz o maior número de pessoas; ora esta só pode corresponder ao Catolicismo Ortodoxo.

Nós não precisamos de tantos homens recentes, obscuros, faliveis e em estado de oposição porque contamos com o testemunho coeso dos Santos doutores e padres dos primeiros séculos, ou seja daqueles que colheram a interpretação correta dos lábios dos próprios apóstolos e comunicaram as gerações subsequentes.



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