Hiper agia ai partenos Maria, akrantos Mitéra tou Khristos Theos - soson imas!
Batul Lala Marian Wallidat al illah - ʕawnu ni!

Nossos pais e avós foram protestantes, nossos tetravos papistas, as gerações do passado remoto no entanto foram Católicas, apostólicas e ortodoxas, e nós, consagrando todas as forças do intelecto ao estudo da coisas santas e divinas desde a mais tenra idade, reencontramos e resgatamos a fé verdadeira, pura, santa e imaculada dos apóstolos, mártires e padres aos quais foi confiada a palavra divina. E tendo resgatado as raízes históricas de nossa preciosa e vivificante fé não repousaremos por um instante até comunica-la aos que forem dignos, segundo o preceito do Senhor. Esta é a senda da luz e da justiça, lei do amor, da compaixão, da misericórdia e da paz entregue uma única vez aos santos e heróis dos tempos antigos.

João I

João I
O Verbo se fez carne




Hei amigo

Se vc é protestante ou carismático certamente não conhece o canto Ortodoxo entoado pelos Cristãos desde os tempos das catacumbas. Clique abaixo e ouça:

Mantido pelo profo Domingos Pardal Braz:

de pentecostal a ORTODOXO.

Jesus aos apóstolos:

"QUEM VOS OUVE É A MIM QUE OUVE E QUEM VOS REJEITA É A MIM QUE REJEITA."


A CRUZ É UM ESCÂNDALO PARA OS QUE SE PERDEM. MAS PARA OS SANTOS PODER E GLÓRIA DE DEUS.

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domingo, 16 de novembro de 2008

Cap LIV - Paradoxos: protestantismo um reino cindido em dois extremos... os amargos frutos do livre examinismo









Neste artigo o amigo leitor encontrará os seguintes tópicos:

  • O real significado do fundamentalismo protestante
  • O real significado do liberalismo teológico protestante
  • A doutrina do Biblismo como fonte inspiradora das duas correntes
  • O protestantismo como antinomia
  • As relações das duas correntes com o agnosticismo e o ateísmo
  • A fé proposta pela Igreja como mais equilibrada e tolerável
  • A rivalidade existente entre as duas correntes.
  • A única saída para o protestantismo é abandonar o biblismo e reconstruir a eclesiologia tradicional.



No decorrer dum processo histórico que arrastou-se por cerca de dois séculos e meio cindiu-se o Reino do biblismo em duas correntes extremistas, antagônicas, rivais e inconciliáveis.

Aparentemente a mais antiga ou primitiva, conservou ou manteve o discurso elaborado por João Calvino em torno da inerrância absoluta da 'palavra de deus' num sentido linear ou plenário e quase que sempre literal e da suposta unidade Bíblica.Tal o parecer dos fundamentalistas e trapaceiros como Gleason Archer, Myer Pearlman, Ken Ham, etc

Curioso é ver como enchem a boca para dizer que estão embasados no Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo... afinal a lingua humana, a exceção dos dentes, não conhece barreira e a ignorância não conhece limites...

Sabemos todavia, que Jesus Cristo jamais perdeu seu precioso tempo dissertando a respeito da imanência ou do imediatamente temporal e acessível aos sentidos e a experiencialidade humana.

Ele jamais pretendeu revelar o óbvio aos seres humanos em termos de física, química, história, geografia, etc ou dissertar a respeito do que estava ao alcance de nossa capacidade natural.

A origem da matéria, da natureza criada, da vida e da sociedade jamais fizeram parte de seu repertório e é em vão que percorremos suas lições em busca de dogmas científicos em torno da imanência... Este tema, podemos dizer, é supinamente ignorado pelo magistério divino...

Jesus jamais pretendeu disputar com os pesquisadores, cientistas ou professores oferecendo explicações a respeito do mundo material e visível.

DO COMEÇO AO FIM DE SEU MINISTÉRIO ELE RESPEITO O PRINCÍPIO DA DEMARCAÇÃO E FIXOU SEUS DISCURSOS NUMA TEMÁTICA PURAMENTE RELIGIOSA OU ÉTICA. 

Então podemos dizer, que ao contrário dos mistagogos hebreus, Jesus não só conheceu como considerou e respeitou o sentido da palavra Revelação, limitando-se a comunicar aos homens aquilo que se encontrava para além da capacidade de nosso aparelho sensorial e cognitivo.

Eis porque o Mestre Jesus sequer abordou a questão sexual tão cara a nossos puritanos e passou ao largo de temas tão queridos aos escribas e fariseus como a dieta ou o traje... Alias fenômenos em torno dos quais a religiosidade vulgar continuar a orbitar até os dias de hoje...

A mentalidade de Jesus no entanto era muito pouco convencional e por assim dizer oposta a mentalidade dos lideres religiosos da comunidade judaica com sua trivialidade mesquinha.

Então o fundamento dos pentecostais e fundamentalistas não foi posto sobre Jesus, e seu Evangelho 'divino e espiritual'; mas sobre os patriarcas, profetas, rabinos, reformadores, etc AOS QUAIS ELES, FUNDAMENTALISTAS, ATRIBUEM UMA AUTORIDADE IDÊNTICA AQUELA QUE PERTENCE POR DIREITO AO VERBO ENCARNADO. Pois foram eles que arvoraram o dogma da escritura absolutamente inerrante sob todos os aspectos possíveis... ignorando supinamente o já citado conceito da demarcação... sem o qual perdemos de vista o sentido de Revelação ou de coisa revelada e perfilhamos a mesma senda que os judeus com sua Mikra e os maometanos com seu Corão; embora o teor do EVANGELHO seja essencialmente distinto destes dois registros...

Procedem o criacionismo, o maniqueísmo, o fetichismo, o etnocentrismo, etc da Mikra ou Velho testamento por via dos rabinos e reformadores protestantes... estes alias em sua maior parte hebraistas ou professores de hebraico como Osiandro, Eber, Pellikan, Pietro Martir, Flacius, Stancarus, e tantos outros... e como tais apóstolos da judaização ou da reversão do Cristianismo a uma seita rabínico farisaica.

Destarte os próprios príncipes e magistrados relatavam horrorizados que após a orgia reformada cristãos estavam já a guardar o sábado, circuncidar-se, discernir entre carnes pura e imundas... havendo inclusive famílias inteiras que haviam passado a sinagoga... Mesmo conversões ao Islan começaram a ser registradas como comuns dede então...

De certo modo a tradição da igreja e a consciência Cristã sempre encararam o livro como cindido em duas partes bem distintas: Antigo e Novo Testamentos, autorgando a este apenas a primazia interpretativa em matéria de concordância ou a última palavra em matéria de doutrina Cristã.

Para os Cristãos dos primeiros séculos - vide Orígenes - 'Contra Celso' - interpretar o antigo era faze-lo concordar com o novo atribuindo-lhe um sentido alegórico voltado para os mistérios de Cristo... Quando nossos ancestrais Cristãos iam ao Testamento velho iam sempre em busca de Cristo e de seus mistérios e não de qualquer outra coisa... BUSCAVAM ELES A DOUTRINA OU O ENSINAMENTO QUE JÁ ESTAVA FIXADO PELO EVANGELHO DE CRISTO E NÃO ENSINAMENTOS SUPLEMENTARES.

Assim o Evangelho não precisava concordar com qualquer outra coisa ou receber elucidações de qualquer outra parte MAS TUDO QUE HAVIA SIDO ESCRITO ANTES RECEBIA SENTIDO E ELUCIDAÇÃO A PARTIR DA PALAVRA DE CRISTO.

A DIREÇÃO ERA SEMPRE DO ANTIGO PARA O NOVO; JAMAIS DO NOVO PARA O ANTIGO.

Para Paulo a 'pedra' era o 'Cristo'... para Pedro a 'arca' era a Igreja de Cristo... para Apolo todo ritual judaico fazia alusão aos mistérios de Cristo sumo sacerdote... para os mártires Jonas no ventre do Peixe era o Cristo e assim Daniel na cova dos leões e os três jovens na fornalha... TUDO ERA CRISTO E TUDO ALUDIA A REALIDADE DO NOVO TESTAMENTO E DO EVANGELHO; NÃO HAVIA SENTIDO PRÓPRIO OU AUTÔNOMO PARA OS ESCRITOS JUDAÍCOS. Ao contrário do que pensam e imaginam nossos protestantes a realidade histórica de tais narrativas pouco ou nada importava mas apenas o significado alusivo as passagens do Evangelho... É como se todo o antigo testamento fosse um Evangelho simbólico ou pré figurado...

Lamentavelmente este sentido foi sendo paulatinamente obscurecido e perdido após as invasões bárbaras sucedidas no século V desta Era; desde então entre as massas iletradas do Ocidente prevaleceu a respeito do Livro ou da Bíblia uma visão magica, mistica, fetichista ou unitária; incapaz já de discernir entre o antigo e o Novo. Porque as gentes primitivas procedentes da barbaria tudo encaravam como haviam encarado os oráculos de seus deuses ou seja com igual e idêntica autoridade.

O próprio termo unitário 'Biblos' ou Bíblia, cunhado pelo nosso Crisóstomo, favoreceu esta confusão. EMBORA PARA CRISÓSTOMO O ELEMENTO UNIFICADOR DE TAIS REGISTROS FOSSE SEM DÚVIDA ALGUMA O TESTEMUNHO DE JESUS CRISTO, aos poucos tal elemento passou a ser encarado como uma espécie de elemento mágico ou sobrenatural difuso por todo livro ou como uma PRESENÇA DA VERDADE NO MESMO GRAU E MEDIDA.

Pouco a pouco esta crença na presença uniforme da verdade em todas as partes do Livro, da primeira a última página, foi ganhando terreno entre os romanistas - até que foi convertida em dogma indiscutível e fixada por João Calvino e seus seguidores.

Embora este mau ensinamento, proveniente já da Sinagoga, já do paganismo - Os brâmanes do hinduísmo encaram cada sinal de seus Vedas como baixado divinamente dos céus -  tenha encontrado guarida no seio da igreja apostólica, por parte de algumas almas simples, é certo que parte de nossos doutores ( como Mar Theorodo de Mopsuestes, Clemente, Origenes, Eusébio, etc) ensinou com bastante liberdade e flexibilidade antecipando certos elementos que caracterizam atualmente o ideário liberal, reafirmado por Erasmo, Ricardo Simon, Jean de Astruc, Alexander Geddes, etc E PASMEM, PELO PRÓPRIO LUTERO!!!

Homem de vasta erudição e cultura, ao menos neste ponto Lutero, não pode deixar de dar com a verdade seja por vida de reflexão ou de intuição. ASSIM PARA ELE - LUTERO - COMO PARA OS PADRES ACIMA CITADOS E PARA NÓS MESMOS, O ELEMENTO UNIFICADOR DOS TESTAMENTOS E DA DITA 'BÍBLIA' OUTRO NÃO É QUE O TESTEMUNHO OU A PRESENÇA PROFÉTICA, FIGURATIVA OU REAL DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, CONSTITUINDO ELE MESMO O FOCO DA ASSIM CHAMADA INSPIRAÇÃO OU INERRÂNCIA.

"O QUE NÃO DÁ TESTEMUNHO A RESPEITO DE CRISTO - Declarou ele - NÃO É APOSTÓLICO AINDA QUE TENHA SIDO ESCRITO POR PEDRO E PAULO E PELO CONTRÁRIO O QUE DÁ TESTEMUNHO DE CRISTO, DIVINO É, AINDA QUE PROCEDENTE DE JUDAS, ANÁS, HERODES OU PILATOS." aqui podemos dizer que Lutero reflete o pensamento dos grande padres gregos e que sua expressão é Ortodoxa e genial.

Ainda sobre Lutero consideremos o seguinte testemunho: "JAMAIS ENSINOU QUE AS ESCRITURAS SÃO A PALAVRA DE DEUS; MAS QUE AS ESCRITURAS CONTEM A PALAVRA DE DEUS; EQUIVALE ISTO ADMITIR QUE A BÍBLIA CONTENHA ERROS... ASSIM ELE SUSTENTA UMA TEORIA BASTANTE LARGA NO QUE DIZ RESPEITO A INSPIRAÇÃO."

PARA LUTERO, COMO PARA NÓS E OS PADRES ANTIGOS, A INSPIRAÇÃO NÃO CORRESPONDE A UM ELEMENTO MÁGICO QUE SUBSISTE A PARTE DO TESTEMUNHO DE JESUS CRISTO; MAS UM APANÁGIO QUE PERTENCEM EXCLUSIVAMENTE AO TESTEMUNHO - DIRETO OU INDIRETO - DE JESUS CRISTO. IMPLICA ISTO ADMITIR QUE ONDE NÃO ESTA CRISTO NÃO HÁ INSPIRAÇÃO OU INERRÂNCIA MAS EFETIVAMENTE POSSIBILIDADE DE ERRO OU ERRO.

O conceito que tinha ele a respeito da Bíblia não era unitário no sentido de Calvino mas, pelo contrário, relativo a cada registro em particular levando em conta sua origem, peculiaridades, e em espacial o grau de intensidade com que anunciavam a vinda do Senhor Jesus Cristo. Cristo era a medida com que os padres aquilatavam o valor de cada livro... então eles sabiam muito bem a diferença existente entre um Isaías e uma Ester ou uma Judite; e não colocavam tudo no mesmo plano... LUTERO ASSUMIU ESTE PONTO DE VISTA E AQUI FOI BRILHANTE EMBORA SEUS 'FILHOS' OS PROTESTANTES TENHAM DADO OUVIDOS A CALVINO E, DESTARTE DADO A ENTENDER QUE LUTERO PROFESSARÁ A MAIS VENENOSA DE TODAS AS HERESIAS SENDO MAIS DIABÓLICO QUE O PAPA ROMANO NA MEDIDA EM QUE SEU PONTO DE VISTA FAZIA RESTRIÇÃO A INSPIRAÇÃO BÍBLICA.

RESTRIÇÃO QUE CALVINISTA, BIBLIÓLATRA OU FUNDAMENTALISTA ALGUM PODE PERDOAR NOS LIBERAIS. Pois bem o posicionamento original da Reforma protestante - i é o de seu promotor Lutero - no que concerne a ESCRITURA E SUA INSPIRAÇÃO esta mais perto dos liberais (moderados) do que dos 'ortodoxos'. 

CURIOSAMENTE, LUTERO - E NÓS CRISTÃOS - ESTA MAIS PRÓXIMO DE FOSDYCK, BRONW, W SANDAY E Ch GORE DO QUE DE CALVINO E NOSSOS PROTESTANTES TUPINIQUINS E SEU 'CORÃO CRISTÃO'...

Cristo constituía o padrão ou critério a partir do qual os antigos mensuravam a sacralidade de um livro e Lutero adotou esta orientação.

Os demais reformadores e seus sucessores no entanto, tomaram a doutrina vulgar da inspiração plenária ou linear por fundamento da Ortodoxia protestante e assim deram início a uma interminável batalha ou conflito espiritual que veio a cindir a própria reforma em duas correntes radicalmente opostas.

Os sectários de hoje são legítimos herdeiros deste fundamento de palha posto por seus predecessores há cinco séculos.

E somente custa de fogueiras e correntes eles puderam dar cabo de tantos quantos - como Hans Denk, David Joris, Seb Castellio, etc - ousaram emitir dúvidas a respeito da bibliolatria durante cerca de dois séculos e meio

Até que, regurgitando capítulos e versículos muito mal digeridos Reymarus e Semler apareceram na cena do protestantismo - ou melhor dizendo do luteranismo - RETOMANDO DE MODO TANTO MAIS OUSADO E RADICAL A HERANÇA DE LUTERO E lançado as bases de um novo partido, um partido rival, o partido racionalista, cético ou liberal; o qual veio a firmar-se com toda sua pujança no século seguinte (o décimo nono século) dando o que fazer aos ministros mais conservadores ou 'ortodoxos', apegados aos preconceitos medievais santificados pelo déspota genebrino.

Segundo o Pe Dubois as coisas tomaram este rumo porque "O protestantismo enfiara nos miolos de seus adeptos que toda doutrina Cristã, ensinada pela igreja deveria ser posta a prova, A EXCEÇÃO DA ESCRITURA. Quase que de imediato a arbitrariedade veio a luz, afinal a inspiração da Escritura também não era uma doutrina afirmada pela Igreja??? Logo a própria inspiração e autoridade das escrituras deveria ser examinada e posta a prova pela razão. Foi assim que o Livre exame conduziu os protestantes ao racionalismo, ao liberalismo teológico e a incredulidade... ao submeter os mistérios da fé ao império da razão não perceberam os reformadores que estavam a vibrar rude golpe sobre a divindade da escritura. Foi assim que o repúdio a autoridade da Igreja Católica serviu de prelúdio ao repúdio a autoridade da Escritura."

A partir de então o reformador Otto de Brunfels pode escrever:

"O EVANGELHO DE LUCAS FOI FALSEADO POR MARCION E SABEMOS PELAS EPÍSTOLAS DE PAULO QUE OS DEMAIS EVANGELHOS, OU SEJA OS OUTROS TRÊS SÃO PEÇAS PROFANAS COMPOSTOS POR FALSOS APÓSTOLOS." 

"ASSIM A PALAVRA DE DEUS TEM SIDO DESPREZADA, INJURIADA E PERSEGUIDA POR ESTE NOSSOS MUNDO INGRATO E NADA É MAIS ODIADO DO QUE ESTA PALAVRA QUE TEM DESPERTADO SENTIMENTOS HOSTIS  POR PARTE DE QUASE TODOS OS HOMENS, INCLUSIVE DOS MINISTROS RELIGIOSOS." constatava Nigrinus cerca de 1573

"ASSIM BLASFEMAM E AMALDIÇOAM A SANTA PALAVRA DE DEUS, ENQUANTO OUTROS DESPREZAM-NA OU NEGLIGENCIAM-NA..." desabafava Jacob Heerbrand, quatro anos depois...

Passados cerca de dois séculos tais atitudes faziam-se já teológicas...

Ficando o protestantismo, fracionado em dois campos dum antagonismo visceral: aquele que repudia os dados coletados pelos sentidos i é a Ciência em nome da bíblia - digo do Antigo Testamento - e aquele que veio a receber o nome de cético ou liberal e que repudia a autoridade da Bíblia, leia-se Novo Testamento ou Evangelho, em nome da ciência ou do simples raciocínio dedutivo.

O primeiro partido crendo demais tem chafurdado no pântano da mais infecta e degradante superstição e atravancado os caminhos da humanidade. Ele nada sabe a Galileu, Newton, Freud, Darwin, Marx, Comte, Weber, Plank, Einstein... e vangloria-se disto embora seus afiliados não deixem de vacinar seus filhos ou de navegar pela Net; ou de fazer uso de todas as coisas que os amaldiçoados incrédulos têm inventado enquanto eles ficam a contar os pingos e traços da massorá...

O segundo partido crendo de menos ou muito pouco tem afundado dia após dia no atoleiro do naturalismo absoluto, do materialismo e do ateísmo, conservando no entanto o 'éthos' individualista e negando a existência da dimensão ética da vida humana.

Basta dizer que o primeiro inclui bonequinhos de barro, costelas ambulantes, anjos femeeiros, gigantes e dilúvios em seu 'credo' enquanto o segundo exclui categoricamente a divindade de Cristo e os milagres executados por ele... O primeiro credo é muito gordo enquanto o segundo é demasiado magro...

E ambos apresentam-se como sendo protestantes, e convivem lado a lado; já há dois séculos e meio na Alemanha, na Inglaterra, na França, na Suiça, na Holanda, na Escandinávia e mesmo nos EUA... Apenas os tupiniquins desta nossa terra fingem ignora-lo com o intuíto de manter a ficção duma uniformidade que inexiste e que jamais existiu nos domínios do livre exame...

Arbitrariamente os calvinistas e outrora e nossos pentecostais erguem a voz para proclamar que A PROTESTANTE ALGUM É LÍCITO OU PERMITIDO QUESTIONAR A DOUTRINA DA INSPIRAÇÃO PLENÁRIA OU LINEAR (QUERENDO DIZER COM ISTO QUE OS LIBERAIS NÃO SÃO PROTESTANTES DE VERDADE) MAL SABENDO QUE PROCEDENDO ASSIM EXCLUEM PAI LUTERO E FICAM ÓRFÃOS... POIS PAI LUTERO JAMAIS ENGOLIU A DITA DOUTRINA DA INSPIRAÇÃO PLENÁRIA E FICA JÁ DESPROTESTANTIZADO...

Esquecem-se ainda os sectários que a doutrina da inspiração plenária foi-lhes transmitida pela igreja antiga juntamente com todas as outras doutrinas que costumam repudiar (Sinergismo, tradição, visibilidade da Igreja, etc) ou criticar (Trindade, Imagens, Domingo, etc) NÃO HAVENDO PORTANTO MOTIVO ALGUM PARA EXCLUI-LA DO EXAME... ALÉM DA VONTADE ARBITRÁRIA...

Demolido implacavelmente o símbolo confeccionado pela mãe Igreja na aurora dos séculos, símbolo que reteve a essencialidade da Revelação divina, símbolo que conservou o cerne da doutrina legitimamente Cristã; ficou o protestantismo sem equilíbrio.

Fazendo do livro como um todo, o centro e a base de suas cogitações religiosas ficou o protestantismo, acuado entre Cila e Caribdes, isto é entre as exigências tacanhas do judaismo antigo e os clamores nem sempre ponderados da razão... admitida a divindade dos escritos judaicos em sua totalidade fica comprometida a capacidade dos sentidos e da razão; admitida a capacidade da razão para julgar os elementos da fé, fica comprometida a Revelação...

Assim todo protestante deve escolher entre a natureza ou condição humana tal e qual conhece por experiência e a Revelação divina. Ou sacrificara ele a condição humana aos manes do judaismo antigo ou sacrificara o Evangelho ao árbitro da razão... ou perderá toda fé em si mesmo, ou perderá sua fé em Jesus Cristo... as duas não poderá conservar. A dignidade da natureza ou a recepção do Verbo divino, tal o dilema que por assim dizer oprime cada legatário de João Calvino...

Recebido o livro em sua suposta e artificial inteireza - especialmente no que tange ao Velho Testamento - fica decretada uma guerra de vida ou morte entre a religião protestante a um lado e a Filosofia ou ciência a outro. Repudiado o livro em sua inteireza, inclusive no que diz respeito ao Evangelho - que é a palavra de Cristo - fica o Cristianismo desprovido de suas bases e fundamentos, de seu centro e último fim para converter-se apenas num nome ou num rótulo...

Recebidas as milhares de páginas do livro como igualmente divinas e sagradas temos o livro todo convertido num gigantesco credo ou símbolo de fé, mil vezes maior do que os símbolos propostos pelas igrejas ortodoxa e/ou romana. Posto de lado o Santo Evangelho - de roldão com o antigo testamento - que resta ou sobra a consciência Cristã nos domínios da fé??? Que resta da Encarnação??? Que resta dos Sacramentos??? Que resta da ressurreição??? Nada... absolutamente nada... E regressamos já ao teísmo naturalista, transcendente e descarnado de Platão e seus pupilos; ou nos pomos a caminho do materialismo, do ateísmo e do nihilismo... aniquilando toda esperança. Embora continuemos nos apresentando - a exemplo dos povos luteranos da Escandinávia - como Cristãos protestantes i é como Cristãos sem Cristo... Cristãos de Plotino, cristãos de Smith, cristãos de Stirner, cristãos de Lênin, cristãos sem Cristo, cristãos de ninguém...

É o paradoxo do protestantismo> o qual por um extremo - REVERTENDO O DOGMA DA ENCARNAÇÃO OU DA DIVINDADE DE JESUS - nos conduz ao judaismo e ao islan e que por outro nos conduz ao ateísmo e ao materialismo; aprofundando dia após dia a tensão existente entre os dois extremos... Té que cheguemos ao conflito em termos materiais... No velho continente e ao Norte temos um protestantismo envelhecido ou refletido CARACTERIZADO PELA INCREDULIDADE e cá temos um protestantismo irracional e irrefletido caracterizado pelo fetichismo, a venalidade, a desencarnação do Verbo e atomização...

Curioso sistema este em que convivem lado a lado - num clima de perpétua guerra fria - a hipertrofia e a completa ausência da fé... o zelo cego e fanático pelo que se supõe ser a verdade e a negação do conceito de verdade ou sua relativização...

Trata-se no entanto dum paradoxo perfeitamente compreensível.

Afinal de contas os tabaréus que constituem a tropa de choque e filé do sectarismo fundamentalista ignoram supinamente que seja civilização, cultura científica ou padrão lógico de pensamento. Que há pois de extraordinário no fato de que tenham tomado um modelo pré científico ou anti científico com o intuito de plasmar seu imaginário religioso???  Por outro lado que homem civilizado e de mediana cultura ousaria negar o conteúdo de sua própria experiência ou de sua capacidade reflexiva e inclinar-se como um paspalho diante de mitos antigos cujas RAÍZES PENETRAM NA ANTIGA SUMÉRIA fazendo alusões a serpentes falantes e arvores do bem e do mal???

Por muito tempo ainda o fundamentalismo continuará sua funesta tarefa que é a de cooptar as multidões de analfabetos e iletrados, enfiando o livro inteiro, de gênesis a apocalipse, em suas cabeças vazias e sem conteúdo crítico... enquanto as mentes mais avançadas, misturando Jesus com Genésio ou melhor com Gênesis, continuarão a rejeitar - E numa medida cada vez maior - o conteúdo legitimamente Cristão da fé como a divindade de Jesus, os santos sacramentos, a ressurreição do corpo, etc

Se o protestante mal informado não vê problema algum em admitir os quatro cantos da terra e as comportas no céu, o protestante tanto mais instruído não vê problema algum em levar sua crítica furiosa até o âmago do Evangelho, aluindo os fundamentos mais remotos da fé Cristã e questionando por exemplo a instituição do Batismo e a imortalidade da alma... 

Se o protestante oriundo das massas incultas é propício a crer em absolutamente tudo - ACREDITARIAM QUE JONAS ENGOLIU A BALEIA, CASO ESTIVESSE ESCRITO... POR EX - e em cada letrinha hebraica como descida dos céus, o protestante emancipado esta já perfeitamente disposto a encarar Jesus Cristo como simples mortal ou mesmo como um rabino fora dos padrões de normalidade... como um revolucionário vulgar... como um pajé ou curandeiro... e assim por diante.

O protestante culto não terá dificuldade alguma em repudiar a sacralidade dos Santos Evangelhos, o carater divino de Jesus Cristo, o batismo, a ressurreição dos mortos ou qualquer outro artigo de fé contido no símbolo, e por uma razão bastante simples: Lutero repudiou o artigo que dizia respeito a autoridade da Igreja Católica sem maiores preocupações.

Ele moveu suas mãos sacrílegas contra um só artigo e após ele artigo algum - Inclusive o da inspiração - permaneceu de pé; convertendo-se a Cristandade num amontoado de escombros e ruínas...

Em certo sentido foi uma grande revolução: uma revolução que desejando abater a caridade e elevar a fé as supremas alturas; culminou por voltar-se contra a fé e por imola-la perante a até então odiada razão... É certo que Lutero percebendo o perigo clamou contra ela e pintou-a como uma prostituta louca.

No entanto, passados quase dois séculos e meio, a 'ancilla' tão detestada converte-se em Dea... enquanto a fé vai retirando-se cabisbaixa pela porta dos fundos... Saiu a Revolução Luterana pela culatra de modo que os materialistas, ateus e indiferentes não podem deixar de ser gratos ao pai do protestantismo... pai do protestantismo e avô da incredulidade!!! Não é menos verdade que no século seguinte (XIX) os reformadores da Filosofia destronam a razão e entronizam novamente a fé; esta fé todavia já não é a fé em Cristo seus mistérios mas pura e simples fé em deus ou deísmo...

Afinal se o símbolo estava equivocado a respeito da igreja Católica - Que Lutero apresentou como corrompida - porque raios não haveria de estar equivocado quanto aos demais parágrafos ou artigos de fé, como a Trindade, a divindade de Cristo, as duas naturezas, a ressurreição, o Batismo, etc??? Assim após o reformador germânico sucedem-se outros tantos reformadores: batistas, iconoclastas, sabatistas, unitários.. cada qual assestando seu martelo e vibrando golpe contra a fé ancestral.

Admitido, com Lutero, que o símbolo comporta erro no que diz respeito a natureza da Igreja, seria perfeitamente lícito repudia-lo ou no mínimo reexamina-lo e reforma-lo até seus mais remotos fundamentos i é até a Trindade como fizeram os unitários e jeovistas dando suas mãos aos judeus e aos muçulmanos e demolindo o edifício por completo...

Não haviam os romanos corrido com o arado sobre as ruínas da altiva Cartago??? Assim correm os unitários, cristadelfos e jeovistas com o arado pelo campo da fé, outrora ocupado pela cidade de Cristo ou seja pela Santa Igreja Católica!!!

Ferida é a Igreja; mas oh dor, ferido é também o Evangelho pelas mesmas mãos despudoradas!

Pois se a Escritura foi - ao menos em parte - elaborada, guardada, comentada e reverenciada por uma igreja infiel seria muita ingenuidade de nossa parte acreditar que semelhante igreja tivesse se abstido de profanar a Escritura.

"A IGREJA ESCREVEU A BÍBLIA, JÁ SELECIONANDO, JÁ PRESERVANDO SEUS LIVROS." declara Larry Taylor 1999

Se bem que protestante - mas honesto! - o Dr Grant admite: "IGREJA E BÍBLIA DESENVOLVERAM-SE JUNTAS." 

A simples ideia duma igreja apóstata e vil em posse das escrituras divinas, contem já em si a ideia de que as escrituras precisam ser postas a prova pelo cotejo dos originais ou das versões mais antigas. Assim a crítica dirigida por Lutero a Igreja, converte-se em crítica Bíblica ou em crítica feita a Bíblia enquanto documento fornecido pela igreja do Diabo...

"A IGREJA ESCOLHEU ALGUNS REGISTROS E REJEITOU OUTROS TANTOS PARTINDO DE SEUS PRECONCEITOS." insinuava o já citado Otto de Brunfels

A princípio os protestantes contentaram-se com a patética narrativa de como Lutero encontrou uma velha Bíblia acorrentada na Biblioteca do mosteiro de Erfurt... posteriormente chegaram a conclusão de que esta velha Bíblia, a Bíblia da Igreja, não era lá tão digna de crédito; e iniciaram sua eterna busca pelos originais jamais encontrados... sabendo sempre que aquelas versões haviam sido preparadas pela igreja episcopal; até que se cansaram de procurar por uma Bíblia anterior a existência da malfadada igreja católica e lançaram a Bíblia as urtigas como sendo um livro não muito digno de crédito...

Atingido o símbolo ou a igreja nada restou para a gente culta e instruída além do deísmo, do agnosticismo, do materialismo e do ateísmo... e o protestantismo cumpre bem este papel de ácido espiritual, que corrói a fé de seus adeptos até os fundamentos, destruindo-a por completo. 

Imensamente odiado pelos ateus e materialistas que por via do 'choque' chegaram a romper com o fundamentalismo biblicista, o protestantismo não pode deixar de ser mimoseado aqui e acolá por algum incrédulo ou indiferente oriundo da facção protestante liberal; assim a relação entre o protestantismo e o ateísmo, o materialismo e a incredulidade é uma relação caracterizada pela ambivalência... aqueles que procedem do grupo pentecostal e sentiram - como eu - na pele os efeitos da tirania bíblica tendem a detesta-lo acima de tudo, enquanto que os partidários históricos do racionalismo tendem a encara-lo com alguma simpatia... porque tem em vista modelos distintos de protestantismo ou protestantismos diferentes para não dizermos antagônicos...

É bem verdade que as igrejas romana e anglicana plasmaram uma teologia bastante larga a qual, raciocinada friamente, bem pode conduzir seus fiéis mais atilados as fronteiras do agnosticismo ou aos limites duma fé que é por assim dizer básica ou essencial. Eu mesmo posso apresentar-me como pertencente a este grupo na medida em que tendo adotado certos princípios de talhe liberal - que como vimos remontam aos padres antigos - conservo-me dentro dos estritos limites da fé nicena ou atanasiana.

Apenas muito raramente esta teologia da suficiência ou da essencialidade conduz a uma ruptura capaz de beneficiar o agnosticismo ou o deísmo (e menos ainda o ateismo e o materialismo); embora alguns romanistas e/ou anglicanos acabem passando aos domínios do espiritismo; passagem que comporta um significado bastante distinto e demasiado complexo para analisarmos neste artigo.

Já o filho do fundamentalista, tendo acesso a uma educação cada vez mais ativa e científica, tende a ser mais cedo ou mais tarde confrontado em sua fé judaizante/biblicista, a passar por algum tipo de choque e a precipitar-se nos abismos do ateísmo e do materialismo crassos; de que temos exemplo em Fábio Marton. 

Mesmo quando temos diante de nós um processo capaz de - como no caso da teologia papista - propiciar certas acomodações e de conduzir um jovem - sutilmente - aos confins da incredulidade ou ao exercício duma fé demasiado básica ou teológica, é de se supor que este sempre possa vir a ser bruscamente interrompido pela ação imprudente do entorno, digo dos pais, parentes, familiares, vizinhos ou amigos; os quais, via de regra, acabam recorrendo a meios nada civilizados com o intuito de mante-loo jovem dentro dos limites impostos pelo credo fundamentalista e salvar sua alma. Esta tentativa, sempre opressiva e opressora, de suprimir a criticidade juvenil acaba quase sempre determinando um conflito ainda mais sério e a total eclipse da fé, ora encarada como elemento obscurantista e pernicioso. POR DIVERSAS VEZES TIVEMOS JÁ A OPORTUNIDADE DE ACOMPANHAR ESTE PROCESSO...

Afinal é impossível que o clima de repressão associado a coerção física, deixe de engendrar a revolta, a indignação, a fúria, o ódio e a afirmação de respostas ainda mais virulentas quais sejam o ateísmo, o materialismo ou a afirmação duma religiosidade apresentada como negativa: o papismo, o hinduísmo, a umbanda, etc

As igrejas históricas - na medida em que adquiriram certa experiência em lidar com os seres humanos - sabem jogar habilmente, com flexibilidade e o rigor, exigindo de seus adeptos apenas o essencial. Jamais sacrificam aquilo que encaram como essencial ou os artigos de seus símbolos; admitem no entanto cortar as aparas ou as excrescências na medida em que tais cortes não atinjam o âmago ou tutano da divina Revelação... assim a acomodação fica mais fácil para as consciências.

É como se para manter o avião voando as bagagens tivessem que ser lançadas fora...

Assim para manter os mistérios de Cristo e os artigos de fé contidos no símbolo; os mitos e fábulas judaicas tiveram de ser sacrificados aos justos apelos da experiencialidade humana...

Conservar a fé dentro de certos límites e satisfazer as exigências ditadas por nossas condição racional até certos límites tem sido a meta do padrão episcopal. É O QUE SE CHAMA BUSCA PELO TERMO MÉDIO.

Não se trata aqui de crer muito ou de crer pouco mas apenas de saber no que é necessário crer e no que não é necessário.

Já o protestantismo dominado pelo extremismo conhece apenas dois tipos de seitas: as que tudo permitem e aceitam (inclusive a negação da existência de Deus!!!) no campo mesmo da fé cristã e as que levam seus rigores até a imposição do livro em sua totalidade... FORJANDO MILHARES DE DOGMAS OU TANTOS DOGMAS QUANTO VERSÍCULOS...

O primeiro tipo introduz ou injeta o ceticismo no meio religioso enquanto o segundo tipo escraviza as a mentes de uns, precipitando outras tantas mentes - as que ousam investigar - no abismo do ateísmo e do materialismo por via duma ruptura traumática...

Assim, se o liberal, pode ser descrito como um cético que não é capaz de assumir seu ceticismo e o conservador como uma mente trancafiada dentro de um livro, parte dos ateus e materialistas mais agressivos podem ser definidos como ex fundamentalistas ou pentecostais indignados... e profundamente indignados por terem sido obrigados acreditar em serpentes falantes, costelas ambulantes, comportas celestiais, águas superiores, anjos femeeiros, inundações universais, gigantes, leviatans, etc faltando apenas a carochinha, a branca de neve, o capuchinho vermelho...

A cruz do protestantismo é carregar esta escandalosa e insuperável antinomia... os elementos judaícos tomados ao paganismo antigo com sua baixa moralidade ou o exercício crítico duma razão nem sempre bem direcionada...

E ser este enorme saco de gatos em que pentecostais e conservadores encaram os liberais como blasfemadores possuídos pelo diabo; enquanto os liberais encaram pentecostais e conservadores como fetichistas, simplórios, boçais ou cristãos de segunda classe... a ponto de não trocarem saudações e de sequer frequentarem os mesmos templos.

Compreende-se muito naturalmente que um organismo cujo seio comporte tão graves antinômias esteja fadado a desagregação e a morte...

(Eis porque Selnecerius descrevia sua igreja nestes termos: "VELHA MÃE ENFERMA, ROGA A DEUS QUE PELOS MÉRITOS DE JESUS CRISTOS SEJAM SANADAS AS ENFERMIDADES E IMPUREZAS QUE AFLIGEM O TEU CORPO VELHO E ENCARQUILHADO." )

A menos que parte de seus membros decida - como desejavam Melachton, Brentius e outros luteranos - reeditar o velho esquema eclesiológico proposto pelas igrejas históricas com base na sucessão apostólica, nas prerrogativas da clerezia, na infalibilidade, nos formulários e símbolos; como de fato tem acontecido e por nós foi apontado.

Semelhante decisão no entanto equivaleria admitir que a igreja ortodoxa sempre esteve com a razão enquanto Calvino equivocou-se desde o princípio  merecendo ser designado como o principal responsável pelo carater dualista, extremista e paradoxal de sua reforma pelo simples fato de ter canonizado um ideia equivocada e artificial a respeito da Bíblia... (referi-mo-nos aqui a falsa doutrina da inspiração verbal, plenária - linear - e literal)

Foi a critica dirigida a Igreja e ao Símbolo associada a adoção do livro como padrão religioso e critério doutrinal, que alimentou este conflito de extremos em que os dois lados se tocam no repúdio a Razão e no repúdio ao Evangelho, sacrificando o mais belo de todos os ideais, a saber, a convivência harmoniosa entre a ciência e a fé esclarecida. Ideal que não pode ser concretizado no protestantismo...

Sistema que do 'oito ou oitenta' fez sua norma e regra descambando já no racionalismo, já no fideismo; já no ceticismo, já na credulidade; já no liberalismo, já no fundamentalismo...

Neste sentido podemos dizer que o protestantismo assemelha-se a uma faca de dois gumes, um dos quais corta a fé e glorifica a razão, enquanto o outro aniquila a razão e exalta a fé...

Assim serve ele de suporte tanto as lições de um Bultmann quanto as preleções de dum Malafaia... na medida em que ambos servem-se do mesmo livro e reportam-se a grande revolução iniciada por Lutero.

E enquanto para uns a Bíblia corresponde a um ídolo porque substituem o próprio cérebro; para outros o Evangelho não passa uma narrativa mitológica por meio da qual o Cristo histórico se transforma no Cristo da fé...

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