Hiper agia ai partenos Maria, akrantos Mitéra tou Khristos Theos - soson imas!
Batul Lala Marian Wallidat al illah - ʕawnu ni!

Nossos pais e avós foram protestantes, nossos tetravos papistas, as gerações do passado remoto no entanto foram Católicas, apostólicas e ortodoxas, e nós, consagrando todas as forças do intelecto ao estudo da coisas santas e divinas desde a mais tenra idade, reencontramos e resgatamos a fé verdadeira, pura, santa e imaculada dos apóstolos, mártires e padres aos quais foi confiada a palavra divina. E tendo resgatado as raízes históricas de nossa preciosa e vivificante fé não repousaremos por um instante até comunica-la aos que forem dignos, segundo o preceito do Senhor. Esta é a senda da luz e da justiça, lei do amor, da compaixão, da misericórdia e da paz entregue uma única vez aos santos e heróis dos tempos antigos.

João I

João I
O Verbo se fez carne




Hei amigo

Se vc é protestante ou carismático certamente não conhece o canto Ortodoxo entoado pelos Cristãos desde os tempos das catacumbas. Clique abaixo e ouça:

Mantido pelo profo Domingos Pardal Braz:

de pentecostal a ORTODOXO.

Jesus aos apóstolos:

"QUEM VOS OUVE É A MIM QUE OUVE E QUEM VOS REJEITA É A MIM QUE REJEITA."


A CRUZ É UM ESCÂNDALO PARA OS QUE SE PERDEM. MAS PARA OS SANTOS PODER E GLÓRIA DE DEUS.

Total de visualizações de página

Pesquisar este blog

quinta-feira, 26 de maio de 2016

LIVRO PRIMEIRO - Capítulo IV: Divisões sobre a Humanidade (Encarnação) e Unidade de Cristo


O RESTABELECIMENTO DO DOCETISMO, DO NESTORIANISMO E DO MONOFISITISMO


O docetismo
O termo Docetismo deriva do grego 'Dokeo' que significa aparência. Por acreditarem que a matéria é essencialmente má os 'cristãos' docetas ou docetistas questionavam o dogma segundo o qual Jesus Cristo teria de fato assumido nossa natureza.

Para eles a Encarnação teria sido apenas ilusória ou aparente, como uma espécie de projeção. Do que resulta não ter tido Nosso Senhor um verdadeiro corpo físico ou carnal. Tampouco comia, bebia ou dormia ele verdadeiramente mas apenas quanto a aparência, com o objetivo de enganar os homens...

Em sua a natureza humana do Salvador era fantasmagórica ou espectral.

Esta heresia parece ser a mais antiga de todas uma vez que o apóstolo João, na segunda epístola a Igreja, assim se expressa: "Muitos sedutores tem saído pelo mundo, os quais recusam-se a admitir que Jesus Cristo manifestou-se na carne. Quem ensina tal coisa é sedutor e um anti Cristo." 7

Os gnósticos de modo geral adotaram este ponto de vista equivocado uma vez que identificavam a matéria com as trevas e a ignorância produzida por Sophia ou pelos arcontes. Ao que parece esta seita subsistiu até o advento do islã, sendo catalogada por seus primeiros 'heresiólogos'.


O nestorianismo

Este danoso erro foi concebido na Pérsia pelos sucessores de Mar Nestor arcebispo da grande Antioquia. Por ódio aos Malkaye e ao perverso Cirilo os Batrak de Seleucia e Ctsifon chegaram a negar a comunicação de bens entre as formas ou naturezas do Senhor e separaram o Único Senhor Jesus Cristo em dois seres: O Jesus homem e o Jesus deus (ou ainda Cristo homem e Cristo deus) unidos apenas pró forma pela comunhão das vontades ou assemelhando-se a um casal.

Eles certamente acreditavam numa associação ou parceria entre as naturezas mas não uma união hipostática por meio da qual a natureza divina assumia a natureza humana tornando suas ações divinas.

Propriamente falando para eles Deus não tinha corpo, carne, sangue ou mesmo mãe. O homem Jesus tinha tudo isto, o Deus Jesus não; porque entre eles não havia uma unidade íntima e estavam fragmentados. Diante disto como reconhecer a divindade do Cristo???

Assim os nestorianos mutilavam o dogma da Encarnação e favoreciam a afirmação do arianismo segundo o qual Deus não pode ser homem e o homem não pode ser Deus.

Essa heresia abominável extinguiu-se entre os nossos por volta do século XIII. Desde então os Nestorianos reconciliaram-se com a Ortodoxia e, em que pese a diferença de linguagem assumiram a doutrina de Kalkedon. Para eles o termo prosopopom ou parsom significa sempre natureza ou forma. 


O monofisitismo

A manobra do monofisitismo afirmou-se entre os Malakye após a condenação de Mar Nestor. 

No entanto suas raízes são muito antigas, remontando a Apolinário de Laodikeia. Segundo as memórias de Jerônimo este Bispo era contado entre um dos mais ativos defensores da fé nicena, a ponto de ter morrido na paz da Igreja.

Ele de fato repudiava os delírios de Ario e acreditava piamente na Natureza divina do Senhor, bem como em sua Encarnação ou em sua natureza física. Todavia não compreendia a Encarnação em termos estritamente ortodoxos, antes supunha que nosso abençoado Mestre possuía apenas corpo de modo que a natureza divina ocupava o lugar do espírito ou da alma.

Esta opinião equivocada foi condenada pelos hierarcas da igreja, mas continuou a ser sustentada por alguns de seus amigos. No entanto como não podiam editar os panfletos do velho Bispo, recorreram a uma estratégia bastante comum naquele tempo e passaram a edita-los e muitos outros em nome de Mar Atanasio, pilar da fé nicena. E devido a essa estratégia puderam tais panfletos espalhar-se pelo mundo afora e desorientar a muitos.

Um destes desorientados foi Cirilo, sobrinho do ambicioso Teófilo e seu sucessor na cátedra patriarcal de Skandaria. Desde que leu os panfletos falsificados pelos apolinaristas também ele passou a referir-se a duas naturezas, embora com o significado de pessoas. Portanto o ensino entre os Malkaies era comum embora os termos fossem diferentes.

De fato tais problemas só vieram a tona quando um monge babão chamado Eutiques, higumeno em Constantinopla teve a petulância de declarar que após a ascensão do Senhor, a natureza humana fora absorvida pela natureza divina como uma gota de mel numa taça de vinho ou uma gota de vinho numa jarra de água...

Diante disto Eusébio de Dorileia tanto clamou que um Novo Concílio teve de ser congregado em Kalkedon, onde essa opinião estúpida foi formalmente condenada. Sucede no entanto que Dioscórides sucessor de Cirilo opôs-se decididamente adotar o termo 'pessoa'. Ele alegou estar obrigado a velar pela augusta memória de Cirilo cuja terminologia não podia ser posta em dúvida. E separou a antiga Igreja do Egito da comunhão formal.

Outras alegações no mesmo sentido foram feitas na Síria e na Armênia. Grosso modo reproduziu-se mais uma vez a mesma questão terminológica suscitada pelo primeiro concílio em Nikaia. Pois os ortodoxos que empregavam uma terminologia mais antiga, arcaica ou duvidosa recusaram-se terminantemente a receber os conceitos ora propostos... Não romperam de fato com a Ortodoxia nem profanaram a fé, mas ao menos formalmente compuseram 'igrejas' separadas ou nacionais.

Todavia, juntamente com as grandes igrejas apenas formalmente 'monofisitas' mas na verdade Ortodoxas, apareceu um grande número de clérigos e comunidades verdadeiramente monofisitas, as quais alardeavam que após sua glorificação Nosso Senhor perdeu sua natureza humana. Outros aproximaram-se do docetismo chegando a afirmar que o corpo do Senhor era especial, glorioso e impassível. Outros por fim aderiram positivamente ao docetismo e declararam que o Corpo do Senhor eram meramente ilusório ou fantástico.

Felizmente os verdadeiro monofisitismo foi debelado já pelas igrejas 'monofisitas' já pela Comunhão Ortodoxa, até extinguir-se por completo antes do ano 1000 desta Era. Seguindo a paz da Igreja.

     

-  A indiferença protestante face aos mistérios de Jesus Cristo


Quanto mais amamos uma pessoa tanto mais procuramos conhecer tudo quanto lhe diga respeito. 

Discorde quem quiser destas belas palavras registradas pelo abade Marmion há mais de século. 

Quanto a mim penso que tal sentença possa ser aplicada não apenas as pessoas mas a qualquer coisa que possa vir a ser objeto de estima por parte de alguém.

Por isso os que amam determinado ramo do saber relacionado com algum objeto muito amado aspiram por esgotar este ramo do saber! 

Eis porque a Ortodoxia - Firmados sobre a doutrina do Evangelho e buscando ama-lo com todas as potências do ser - tem por norma e regra valorizar ao máximo tudo quanto diga respeito a figura de Jesus Cristo Nosso Senhor, nada minimizando ou desprezando.

O espírito Católico jamais poderá admitir que haja algo de somenos importância ou de ocioso na Pessoa ou na obra de seu Mestre e fiador. Algo que não desperte nosso interesse, que não alimente nossa piedade ou que não estimule nossas expansões amorosas!

Não pode a mentalidade tradicional conceber que haja algo de inútil em suas palavras ou alocuções, em sua pregação ou seu Evangelho, em seus ensinamentos ou sua doutrina. E folga afirmar que traço ou ponto algum desta nova lei serve como mero adorno ou enfeite.

Não compreende e jamais compreenderá que possa haver 'restos' ou 'sobras' no domínio da divina Revelação. Não pode admitir ou aceitar que este Testamento contenha partes menos nobres...

Em suma, nada do quanto diga respeito a Jesus Cristo poder ser encarado como irrelevante, indiferente ou insignificante para aqueles que buscam honorificar o nome Cristão.

Cristo tudo é para nós e tudo quanto lhe diga respeito, inda que remotamente, é digno da mais alta consideração e reverência. Tal o sentido da Ortodoxia... tal sua consciência!




O REINADO DA INCOERÊNCIA

Tal o espírito da Igreja antiga, segundo o qual devemos valorizar ao máximo tudo quanto lhe diga respeito: Sua mãe, sua aparência física, seus apóstolos, seu Evangelho, sua cruz, seus sacramentos, etc tudo enfim!

Admitido que Jesus seja de fato Verbo e Deus encarnado, tudo quanto lhe diga respeito é divino e como tal fonte de vida espiritual para nós.

Divino seu corpo, sagrado seu sacramento, divina sua forma, sagrada sua mãe, divina sua morte, sagrada sua cruz, divino seu Evangelho, veneráveis seus colaboradores, SAGRADA SUA IGREJA! NADA PODENDO HAVER DE PROFANO, PRECÁRIO OU DEFEITUOSO EM SEU ENTORNO.

É justamente por reconhecer sua soberania e excelência ímpares que a mãe Igreja porfia reverenciar tudo quanto lhe diga respeito sem nada omitir.

Admitidas como naturais tais ilações não nós é possível deixar de classificar a reforma protestante como um OBSCURECIMENTO desta consciência acurada em torno DO MISTÉRIO INSONDÁVEL, na medida em que concorreu para - mais uma vez - apartar do Único Senhor Jesus Cristo os elementos humanos, materiais e vivíveis que evidenciam ou patenteiam a realidade efetiva de sua Encarnação no mundo!

De fato o desprezo votado pelos protestantes a sua mãe (Colocando-a abaixo de um sem número de personagens judaicas), ao sacramento, a sucessão apostólica, as ícones e ao próprio lenho da Cruz indica de maneira insofismável que a reforma protestante jamais fora capaz de assimilar por completo e até as derradeiras consequências a doutrina da divindade de Cristo ou da Manifestação de Deus no mundo material... Segundo a qual sua presença eleva e santifica os elementos naturais, materiais ou humanos tornando-os dignos de acolhimento religioso!

Foi desta incapacidade para compreender ou assimilar que resultou este decidido retorno ao padrão judaico ante encarnacionista da transcendência absoluta. Eterna e suprema incoerência do protestantismo. 

Desde o princípio apresentaram-se os protestantes 'ortodoxos' como adeptos formais da profissão nicena e do padrão encarnacionista. No entanto - por ódio aos Catolicismos - seus líderes sempre recusaram-se, obstinadamente, a admitir as decorrências deste padrão - encarnacionista - chegando inclusive a classificar tais decorrências (enquanto características da fé ortodoxa) como um retorno ao paganismo e consequentemente como uma corrupção!

Agora pagão por que???

Pagão porque o Catolicismo, como a Encarnação, pagou tributo a 'odiada' imanência... Abrindo não do dogma semítico da Transcendência absoluta!

Partindo da doutrina da Encarnação, a Ortodoxia inferiu - muito logicamente - que este Verbo ao fazer-se Emanuel ou homem, teve de ter carne, aparência, forma, mãe, colaboradores, morte, cruz, etc ENFIM TUDO QUANTO PARA O JUDAÍSMO ANTIGO ERA INCONCILIÁVEL COM A DIVINDADE!!! TUDO QUANTO PARA O RABINISMO SABIA A PAGÃO! TUDO QUANDO ERA ODIADO PARA O FARISAÍSMO! 


O CATOLICISMO ao produzir um culto em torno do sacramento de seu corpo, da cruz, da virgem, dos apóstolos, das ícones, etc MOSTROU-SE FIEL E COERENTE DESDE O PRINCÍPIO. Compreendendo que a Encarnação comportava uma ruptura necessária com o padrão judaico ante encarnacionista e que a nova religião era no mínimo semi imanente, devendo encarar com otimismo e não com repulsa os elementos materiais.

Por mais que possa doer aos saudosistas judaizantes, os dogmas que decorrem do Evangelho na perspectiva da Encarnação não carecem do PLACET do antigo testamento ou da lei mosaica que é padrão distinto e ANTERIOR AO MISTÉRIO DA ENCARNAÇÃO. Todas as coisas fizeram-se novas a o que era velho passou!

Não pode nem poderia haver Ortodoxia ou Catolicismo antes da Encarnação do Verbo pelo simples fato de que esta fé tem seu ponto de partida justamente neste mistério formalmente repudiado pelo judaismo e classificado como sacrílego pelos escribas.

Ao judaísmo apenas - enquanto sistema refratário ao princípio da Encarnação (o qual tem em conta de essencialmente pagão)  - assiste o direito de encarar o Catolicismo como pagão... E ao protestantismo como meio ou semi pagão pelo simples fato de, ao menos formalmente, admitir o dogma da Encarnação de Deus que é nossa premissa fundamental. Dogma tão 'pagão' quanto o da maternidade divina ou da colação eucarística... Alias os pagãos acreditavam que seus deuses tinham mães humanas e que podiam come-los ritualmente pelo simples fato de que encarnavam-se como homens...
Não era o paganismo estúpido a ponto de crer que seus deuses tinham mães ou que haviam morrido, se antes não tivesse crido que seus deuses haviam se encarnado... Exatamente como nós Cristãos dizemos a respeito de Jesus! Neste caso que há de pagão ou de estranho no Deus dos Cristãos ter mãe, ter cruz, experimentar a morte, ressuscitar, ser ritualmente devorado por seus seguidores, etc??? Tudo isto só se tornaria estranho e sem sentido caso o Deus dos Cristãos fosse idêntico ao deus dos judeus e jamais de tivesse encarnado!

Agora é o protestantismo ao menos semi pagão - para todos os judeus e muçulmanos - por aceitar o princípio, ainda que repudie suas ilações ou decorrências necessárias... A ponto de afirmar um Deus que se encarna e se faz homem, SEM MÃE, sem corpo físico, necessidades humanas, sem morte, sem cruz, etc O que certamente nos remete a uma encarnação aparente e nos põem a caminho do velho docetismo.

Já o Catolicismo - independentemente de ser falso ou verdadeiro - merece ser aplaudido, pelo simples fato de obedecer a um princípio de coerência. Princípio a luz do qual 
- no decorrer de sua história - produziu e criou uma série de instituições destinadas a preservar, aprofundar, ampliar e honorificar a memória da Encarnação. 

MURALHA OU BALUARTE EDIFICADO PELO ESPÍRITO SANTO EM TORNO DO PADRÃO NICENO OU DO MISTÉRIO DA ENCARNAÇÃO. EIS COMO PODEMOS DEFINIR A FÉ ORTODOXA!

Agora que fez esta 'bela' reforma protestante???

Qual novo Agamenon insidioso iniciou a demolição deste baluarte TORNANDO VULNERÁVEL O MISTÉRIO DIVINO e expondo-o a crítica despudorada dos unitários e infiéis!!!

Os unitários, verdade seja dita, limitaram-se a negar o que já havia sido exposto e dessacralizado pela maravilhosa reforma! 


Graças a sua ideia mórbida erigida em torno da tal apostasia, a sua ideia de Bíblia unitária (que igualou os Escritos judaicos ao Evangelho de Cristo) e a seu método imprudente.

Ademais infiel no pouco como poderia a igreja antiga ser fiel no muito???

Inepta num ponto como haveria de eficaz quanto aos outros???

Corrupta aqui como poderia ter sido incorruptível ali???

Poderiam os cristãos imaginar um igreja semi infalível ou semi falível??? Um Jesus semi infalível ou semi falível??? Um Cristo 'meio' divino, 'meio' humano???

Apostasia por apostasia os unitários - aqui coerentes - concluíram que a igreja antiga ou o Cristianismo histórico ao invés de ter errado neste ou naquele ponto ERROU EM SUA TOTALIDADE CORROMPENDO-SEM POR COMPLETO.

Se de fato a cruz, a Virgem a comunhão dos Santos, a oração pelos falecidos, o pedobatismo, a adoração dominical eram elementos genuinamente pagãos como deixar de concluir que o dogma da Encarnação era igualmente pagão ou melhor dizendo, a matriz de toda contaminação pagão subsequente.

De fato toda esta rebelião destinada a vindicar o 'dogma' da Transcendência em termos absolutos só podia dar mesmo no arianismo e reverter o dogma da Encarnação.

Estabelecido o novo dogma da Bíblia una ou da inspiração plenária e linear as doutrinas da Trindade, a divindade de Cristo e a encarnação não podiam deixar de ficar expostas a uma crítica judaizante pautada no antigo testamento e o Cristianismo protestante de judaizar até a restauração do sábado, da dieta, da circuncisão, do repudio ao sangue, do mortalismo, etc

O protestantismo foi em parte uma reformação do Novo Testamento ou melhor do Evangelho pelo antigo testamento ou uma adequação do Cristianismo ao judaísmo e consequentemente um mau caminho. 


Lutero sem saber o que estava fazendo iniciou a cantilena com erros isolados ou seletivos, seus sucessores logo propuseram o erro total! Por isso até o dia de hoje os protestantes costumam acusar-se uns aos outros de fidelidade para com as doutrinas papais ou constantinianas quanto as doutrinas do pedobatismo, do domingo, da imortalidade da alma, da Encarnação, da divindade de Cristo e da Trindade. Porque seu espírito é espírito de ódio ao papado alimentado por uma leitura muito superficial do Evangelho e um amor desmedido para com o antigo testamento, que é 'seu livro' ou a parte do livro com que estão mais familiarizados. 

Os primeiros reformadores limitaram-se a remover este ou aquele tijolo, seus sucessores puseram a muralha abaixo e desde então o Cristo ficou reduzido a condição de profeta ou mesmo de homem vulgar! Destarte, a luz do unitarismo, podiam todos os mistérios ser repudiados sem maiores consequências... No entanto este simples homem não pode mais nascer de Virgem nem ressuscitar dos mortos!!! E com a Virgem mãe de Deus e a eucaristia lá se vai - por princípio de coerência - a ressurreição!!! Pois se não pode por-se no pão ou nascer de Virgem como poderia ressuscitar sendo mero profeta ou simples homem?????

Desde então penetramos no círculo transcendente do judaísmo ou islamismo... Desaparecendo a verdadeira glória. A ponto de até mesmo a igreja romana - nestes últimos tempos de RCC - ter judaizado...


Foi deste modo estranho e singular que os reformadores protestantes optaram por honrar e servir a Jesus Cristo, obscurecendo-lhe a suprema glória e possibilitando que fosse mais uma vez apresentado como simples emissário, como casal ou como um fantasma sem carne!!!! Pelo que mais uma vez ressurgiram diversos 'jesuses' ou versões de Jesus, destinadas a confundir os mais simples e a precipita-los no abismo da incredulidade!!!

De fato esta mentalidade tão rasa, primitiva quanto grosseira jamais fora capaz de perceber a ilação existente entre o culto da Eucaristia, da Virgem e dos Santos e a adoração consagrada unicamente a Jesus Cristo. Ela jamais pudera compreender que toda reverência tributada aqueles, dirigia-se em última analise a este enquanto presença sacramental, FILHO da Virgem e AMIGO dos Santos. 

No frigir dos ovos os Ortodoxos jamais cultuaram a Virgem ou aos Santos em sei mesmos mas sempre tendo em vista a conexão existente entre a Virgem ou os Santos e Jesus Cristo. Pois foi este quem escolheu sua mãe e seus colaboradores aproximando-os de si e dignificando-os.

Assim a Virgem foi cultuada por ser MÃE e os apóstolos por serem COMENDADORES de Cristo. Enfim por terem sido escolhidos, elevados, dignificados e santificados POR ELE.


E o profundo sentido deste culto obsequioso é que o contato com Jesus Cristo é potencialmente transformador ou aperfeiçoador. 

Na medida que ele mesmo constituiu a Virgem e os Apóstolos e que ao menos parte do que são consiste em obra e mérito dele... Assim reconhecer a grandeza da Virgem e dos Santos é reconhecer uma grandeza derivada da sua e procedente dela. Isto porque a Encarnação demanda vínculos que não podem ser estéreis.

ASSIM TODO ESTE CULTO PROCEDE DE JESUS CRISTO E REDUNDA PARA SUA MAIOR GLÓRIA. Parte dele e a ele retorna!

O Jesus protestante no entanto jamais se encarna plenamente ou até o fim, mas apenas até certo ponto que são os limites postos pelo pensamento judaico. É um Jesus que se encarna com reservas e paga tributo ao veneno da transcendência absoluta!!! 

E por isso deus sem mãe, corpo, morte, cruz, etc 

Deus cuja natureza humana é frágil ou diluída. E que encarna sem encarnar-se... ou cuja encarnação não se esgota.

Tal o Jesus protestante. O qual fica sendo sempre ou Deus todo poderoso e invisível; puro e simples profeta ou um casamento entre o Deus todo poderoso e o profeta, prevalecendo um abismo de separação!

Aqui um Jesus quase tão transcendente e diáfano quanto o Jesus dos antigos docetas e monofisitas, cria de Platão e Plotino mais que do Evangelho ou da tradição primitiva. Ali o Jesus profeta ou simples homem de Ario ou Maomé... Mais adiante uma espécie de matrimônio entre ambos ou um Cristo duplo, esfacelado e sem unidade!

Tal o conteúdo dessa teologia judaizada ou islamizada, que em tudo quanto é natural, material ou humano continua vendo espectros do paganismo ou politeísmo!!! Sem jamais ousar assumir a imanência que ele Cristo assumiu!

Neste sentido só nos resta definir a reforma como uma contenção face aos pressupostos da Encarnação. Eis o porque dessas formas teológicas monstruosas destinadas a resgatar a doutrina da Transcendência absoluta segundo os princípios da Torá, do antigo testamento e do Talmud!!! É decidido movimento de retorno no sentido ante encarnacionista, o islã agradece e toma carona!


Deram inicio a reversão do mistério pela negação de suas consequências necessárias, esta foi sua obra!!! E indiretamente orientaram a fé para o arianismo! E prepararam o Ocidente - antes de tudo a Europa - para o avanço e triunfo do maometismo com sua sharia.

Tal o objeto ou fim a que chegou o protestantismo, sempre por seu ódio ao papado ou por desprezo ao tradição. 

Imaginam os protestantes - em sua candura - que só sabemos dirigir palavras amargas contra seu pai e mestre, Lutero; e que tais palavras e acusações sejam gratuitas!

Quiséramos simpatizar com Lutero... ou declarar sua inocência.

'Non possumus' 

O amor a verdade e o zelo pelas coisas santas e divinas, obriga-nos a afirmar que o Patriarca da reforma iniciou sua carreira menosprezando os mistérios de Jesus Cristo.

Ouça-mo-lo:

"CRISTO TEM DUAS NATUREZAS? NO QUE ISTO ME INTERESSA?? Se ele trás este nome de Cristo por causa da minha salvação e do quanto fez por mim... CRER EM CRISTO NÃO É DIZER QUE CRISTO É UMA PESSOA COM DUAS NATUREZAS DIVINA E HUMANA, POIS ISTO NÃO TRÁS NENHUM PROVEITO PARA NÓS... INTERESSA APENAS SEU OFÍCIO REPRESENTADO POR SEU NOME." Erlangen XXXV - 207

Eis a verdadeira face do cristianismo Luterano: Egoísta, individualista, oportunista e interesseiro até a psicopatia!

Afinal para o heresiarca germânico importava apenas o que Cristo faz, comunica, dá ou oferece AO HOMEM. (Algo bem próximo a atual Teologia da Prosperidade) JAMAIS O QUE ESSE CRISTO É!!!

E O INTERESSE DO HOMEM CONVERTE-SE EM CENTRO DA NOVA FÉ.
E inaugura uma perspectiva antropocêntrica...

Pois o que Cristo é ou o que exige, pede, solicita, determina, etc não merece a mínima consideração por parte do profeta wittembergense... É palha ou coisa de pouca monta...

O centro desta nova fé já não é o supremo benfeitor mas o benefício concedido ou o beneficiado...

Tudo esta concentrado na vantagem comunicada pelo Verbo E NÃO NO PRÓPRIO VERBO!!!

Jesus me salva e esta ação ou fato esgota todo sentido do Cristianismo.

É minha salvação, numa perspectiva individual, que conta e não o caráter o Salvador ou seus mistérios.

É TODO UM SISTEMA CENTRADO NO RESULTADO, NO EFEITO OU NA CONSEQUÊNCIA QUE É A SALVAÇÃO - E CONSEQUENTEMENTE NO HOMEM - E NÃO NA CAUSA, FONTE OU RAIZ DE NOSSA REMISSÃO QUE É JESUS CRISTO!!! 

É salvacionismo vulgar e imoral, não Cristianismo!

O protestantismo é salvacionista até o fetichismo crasso. 

O CRISTIANISMO É A UM TEMPO DIVINO, A OUTRO ÉTICO... SISTEMA COMPLEXO DO QUAL A OFERTA DA COMUNHÃO DIVINA É APENAS PARTE, NÃO TODO OU UM ASPECTO DO PROCESSO E nem se esgota nossa religiosidade neste aspecto, pois há muitos outros.

E Jesus em si mesmo? 

Sua condição, sua pessoa, sua natureza?

Seus mistérios?

Coisa de pouca monta ou questão ociosa...

Vá as urtigas.

Tal o pensamento sacrílego do despadrado alemão...

Diante disto até fica fácil compreender como e porque parte de seus filhos pôde reeditar sem quaisquer constrangimentos as belas teorias de Babai, Eutiques e Juliano de Halicarnasso.





A farra começou pelo reformador Osiander o qual após ter cindido em dois o único Jesus Cristo, considerou que: "Somente a pela natureza divina do Salvador podemos obter a vida interior..." e ser salvos.

Ao ser acusado por seus pares de - como os sucessores de Nestor - cindir o Cristo em duas pessoas, Osiander limitou-se a replicar que 'TINHA A ESCRITURA A SEU FAVOR' E EMPENHOU RESMAS DE PAPEL E OCEANOS DE TINTA EM DEMONSTRA-LO...

Já seu opositor Francesco Stankarus, despadrado mantuense, após ter nestorizado da mesma maneira acabou chegando a conclusões diametralmente opostas as suas, e asseverando que nossa justificação estava fundamentada "Na natureza humana do Senhor apenas ." (Apologia contra Osiander)

Cerca de 1560 o sínodo de Pinczow condenou Stancaro como Nestoriano. Ele no entanto deu de ombros... A exemplo de Lutero em Augsburgo pois também acreditava ter a seu favor a escritura clara e auto evidente!!!

Diante disto os luteranos, congregados por Melanchton - que tentou desastrosamente defender a doutrina ortodoxa da dupla condição e comunicação de bens - e os calvinistas, mortificados por sua arrogância, cobriram-no de anátemas.

Stankarus no entanto replicou com estas palavras prenhes de significado: "1oo Luteros, 200 Melanchtons, 300 Bullinger, 400 Vermigli e 50 Calvino não davam um grama de boa teologia."

Também Heshusius - desejando rivalizar com Melanchton naquela feira de vaidades - compôs uma desastrosa replica a Stankarus. Replica tão desastrosa que após le-la Chemnitz foi obrigado a admitir: "Heshusius é um eutiquiano..." Ep a Wigand

Ao cabo de vinte anos os luteranos de Leignitz, instigados por Leonard Krenzheim, continuaram a disputar sobre as duas naturezas, optando uns pelo nestorianismo e outros pelo eutiquianismo... Disto resultou tanta confusão que o próprio Krenzheim acabou por fazer a seguinte declaração: "Temo que a luz evangélica, que veio a brilhar tão vivamente entre nós, se obscureça e desapareça por completo desta Alemanha." in 'Otto Niederlawsitzches Schriftsteller lexikon' I,210

Por ai se vê que no saco de gatos de Lutero nem mesmo os nestorizantes estão de acordo. Pois enquanto um grita: A natureza divina! o outro berra: A natureza humana! E excomungavam-se uns aos outros em nome da Escritura sempre clara e suficiente...

Por fim os srs Karl Barth e Paul Tillich pronunciaram-se decididamente pelo nestorianismo ou pela doutrina da unidade moral entre dois seres ou pessoas distintas...






Entrementes o anabatista Melchior Hoffman: "Lançava os fundamentos da teoria melquiorita da encarnação, segundo a qual 'CRISTO TROUXE SUA PRÓPRIA CARNE DOS CÉUS E QUE NADA RECEBEU DE MARIA'. Doutrina que veio a ser recebida por Menno Simons." Enciclopédia Histórico teológica da Igreja Cristã 

Ele renovou a impiedade de Apelles a respeito do qual registrou Hipólito na Philosophumena:

"Ele afirma que o Cristo desceu diretamente dos lugares celestiais... e não nasceu da Virgem."

Doutrina professada ainda hoje pelos menonitas que são neo apellaicos. 

Assim, com a mesma Bíblia nas mãos, alguns reformadores vão de encontro ao nestorianismo enquanto outros seguem na direção do monofisitismo doceta. Isto porque as escrituras são tão claras como o sol do meio dia, no dizer de Calvino... IMAGINA SE NÃO FOSSEM!!!

Foi desta suposta clareza que brotou a confusão doutrinal, desta a incredulidade e desta enfim - no tempo presente - o avanço do islã e a derrocada da civilização Ocidental ou da cultura européia. Foi o protestantismo que desacreditou e comprometeu a matriz de nossa cultura... Pretendeu certamente substitui-la e revigora-la, mas... no frigir dos ovos, falhou miseravelmente em suas aspirações. Pois ao invés de fortalecer e alimentar a fé e consequentemente a cultura, acabou por obscurece-la e aniquila-la quase que por completo expondo a cultura a ulteriores e imprevisíveis transformações.

Desamparando a religião, atacando a religião antiga e tradicional, acusando levianamente a Igreja antiga o protestantismo nada fez além de alimentar a incredulidade ou por inspirar uma revolta de proporções tão amplas quanto a afirmação do indiferentismo religioso ora ameaçado pelo avanço do islã. 


PROTESTANTISMO MEDIDO, PESADO, CONTADO E REPROVADO



"ASSIM HÁ UM SÓ SENHOR, um só batismo e uma só fé."

Os 'abençoados reformadores' no entanto apresentaram diversos Cristos (divino, humano, associado, etc)

Estará equivocada a Escritura Bendita ou o protestantismo???

A pena apostólica ou o princípio do livre examinismo associado ao Biblismo???

Deus bendito pelos séculos ou os homens, alias, seus supostos representantes...

Orientação para a vida prática: Afaste-se da Babilônia do livre examinismo e estudando com máximo carinho e atenção O EVANGELHO APENAS, investigando o quanto possível ou texto grego e tomando por guia as sentenças dos antigos padres da Igreja. DISTO RESULTARÁ SUA RECONCILIAÇÃO COM A REVELAÇÃO DIVINA. 

Ortodoxo: Acaso a organização a que o senhor pertence batiza criancinhas?
Protestante: O amigo deveria saber muito bem que nós evangélicos não batizamos criancinhas!

Ortodoxo: Ah não batizam?

Nenhum comentário: