III) Solus Christus, ou doutrina do sacerdócio universal e igreja invisível.
Este 'Sola' diz respeito ao suposto divórcio consumado entre Nosso Senhor Jesus Cristo e sua igreja terrena e visível e a afirmação de que a igreja de Cristo restringe-se a organismo meramente invisível ou a uma espécie de 'Agremiação de predestinados ou eleitos' (Wycleff) conhecida por deus somente.
Por extensão diz respeito ao sacerdócio universal dos crentes e - em máximo grau - a abolição da vida sacramental e sensível, aventada por Karlstadt, Muntzer e Brunfels, dentre outros. De certo modo este princípio aproxima-se já do Sola Fide pelo simples fato de excluir a mediação sacerdotal, clerical ou sacramental, fazendo da salvação um negócio entre o indivíduo e seu deus, inda que não exclusivo por não excluir o próximo ou a mediação ética.
Por extensão diz respeito ao sacerdócio universal dos crentes e - em máximo grau - a abolição da vida sacramental e sensível, aventada por Karlstadt, Muntzer e Brunfels, dentre outros. De certo modo este princípio aproxima-se já do Sola Fide pelo simples fato de excluir a mediação sacerdotal, clerical ou sacramental, fazendo da salvação um negócio entre o indivíduo e seu deus, inda que não exclusivo por não excluir o próximo ou a mediação ética.
Aqui estamos diante de um dos princípios mais remotos do protestantismo, anterior em quase mil anos a Wycliff e Lutero.
Segundo S Epifânio (Panarion LXXV) Aerius, um presbítero de Sebaste, no Ponto, foi o primeiro a ensinar que não havia qualquer diferença entre Bispos, presbiteros e leigos e que todos eram igualmente sacerdotes. Já Agostinho nas 'Heresias' (LIII) esclarece que Aerius não era ortodoxo, mas ariano e S Filastrio acrescenta que se opos a observância da Páscoa, alegando que se tratava duma instituição judaica...
Também os antigos gnósticos menosprezavam a Igreja Episcopal, hierárquica e visível e ensinavam que a verdadeira igreja, dos santos, era formada por homens espirituais e perfeitos... Assim os cátaros, bogomilhos, patarinos, paulicianos e outros que Flacius apresentou como antepassados espirituais dos protestantes.
Sem advertir no entanto que estes maravilhosos ancestrais condenavam o matrimônio como essencialmente mau ou pecaminoso e classificavam certos tipos de alimentos, a exemplo do vinho, como diabólicos.
Sem advertir no entanto que estes maravilhosos ancestrais condenavam o matrimônio como essencialmente mau ou pecaminoso e classificavam certos tipos de alimentos, a exemplo do vinho, como diabólicos.
Tais teorias - de inspiração platônica, neo platônica e maniquéia em franca oposição face ao mistério da Encarnação - sempre foram combatidas pelos Bispos e doutores da Igreja, a par do docetismo, do arianismo e do eutiquianismo... Até que extinguiram-se por completo, sem deixar vestígios ou saudades. Tal o destino de tudo quanto é humano, segundo as palavras ditas no Sinédrio pelo Rabino Gamaliel e consignadas nas Memórias dos Santos Apóstolos.
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