Hiper agia ai partenos Maria, akrantos Mitéra tou Khristos Theos - soson imas!
Batul Lala Marian Wallidat al illah - ʕawnu ni!

Nossos pais e avós foram protestantes, nossos tetravos papistas, as gerações do passado remoto no entanto foram Católicas, apostólicas e ortodoxas, e nós, consagrando todas as forças do intelecto ao estudo da coisas santas e divinas desde a mais tenra idade, reencontramos e resgatamos a fé verdadeira, pura, santa e imaculada dos apóstolos, mártires e padres aos quais foi confiada a palavra divina. E tendo resgatado as raízes históricas de nossa preciosa e vivificante fé não repousaremos por um instante até comunica-la aos que forem dignos, segundo o preceito do Senhor. Esta é a senda da luz e da justiça, lei do amor, da compaixão, da misericórdia e da paz entregue uma única vez aos santos e heróis dos tempos antigos.

João I

João I
O Verbo se fez carne




Hei amigo

Se vc é protestante ou carismático certamente não conhece o canto Ortodoxo entoado pelos Cristãos desde os tempos das catacumbas. Clique abaixo e ouça:

Mantido pelo profo Domingos Pardal Braz:

de pentecostal a ORTODOXO.

Jesus aos apóstolos:

"QUEM VOS OUVE É A MIM QUE OUVE E QUEM VOS REJEITA É A MIM QUE REJEITA."


A CRUZ É UM ESCÂNDALO PARA OS QUE SE PERDEM. MAS PARA OS SANTOS PODER E GLÓRIA DE DEUS.

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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

LVII - Considerações







- Qual o sentimento das primeiras gerações sobre os escritos greco/judaicos?


R - Tais escritos eram regularmente empregados - como ESCRITURA - tanto pelos apóstolos; na Didaké, quanto por seus sucessores imediatos; Barnabé, Hermas, Policarpo, Clemente Romano... uma questão de continuidade.


- Durante quanto tempo tal sentimento foi mantido?


R - As subsequentes gerações, que viveram no segundo século d C - como Atenagoras, Irineu, Tertuliano, Hipólito e Clemente de Alexandria - mantiveram a praxis recebida e continuaram a empregar os Deuterocanônicos como ESCRITURA, além de se servirem exclusivamente da versão grega das escrituras ou seja da Septuaginta.


- Então havia um acordo geral de todas as Cristandades a respeito do tema?


R - Apenas aparentemente. De fato podemos falar num acordo entre a maior parte das Igrejas particulares como a da África (Tertuliano), a de Roma (Clemente e Hermas), a da Gália (Irineu), a do Egito (Clemente de Alex.) e da Grécia (Hipóliyo e Atenagoras); haviam no entanto algumas vozes discordantes...


- Quem eram essas vozes discordantes?


R - A primeira voz discordante partiu de Melitão, Bispo de Sardes na Ásia menor (atual Turquia). Tanto a igreja de Sardes quanto as demais igrejas da região eram de origem judaica e formadas majoritariamente por conversos advindos do judaismo. Talvez fosse o caso do próprio Melitão (seu modo de se expressas é tipicamente semita) e o motivo porque vivia a disputar com seus ex correligionários... Como tais igrejas orbitassem em torno da Sé de Jerusalem, Melitão - tendo sido indagado a respeito do Canon judaico por um certo Onésimo - dirigiu-se a ela (tavez no tempo do Patriarca Yehuda ou no tempo do patriarca Yhussef - 137) em busca de maiores informações.


Ouçamos o próprio Melitão cujas palavras nos foram transmitidas pela pena de Mar Eusébio:


"Assim, desejando averiguar estas coisas, tomei o rumo do Leste e fui ter ao sítio em que as coisas que nos são anunciadas se sucederam E LÁ APRENDI COM PRECISÃO QUAIS LIVROS FORAM O ANTIGO TESTAMENTO." in H E IV,26


Portanto o Canon de Melito corresponde ao Canon da Igreja de Jerusalem.



- Tratava-se portanto de um Canon diferente?


R - Sem dúvida pois a Igreja de Jerusalem era uma Igreja diferente.


- Diferente em que sentido?


R - Diferente por suas origens, tradições, continuidades e permanências oriundas do judaimo palestianiano.


Veja bem, segundo Mar Eusébio os quinze primeiros líderes da Igreja de Jerusalem - de S Tiago, o servo até Yheuda + 137) haviam pertencido todos a circuncisão ou seja eram de origem judaica.


O mesmo se pode dizer dos membros dessa Igreja, em sua grande maioria eram hebreus ou descendentes de hebreus.


Não devemos pois estranhar que tenham conservado certas tradições pecualiares aos judeus palestianianos e aos fariseus como o Canon 'esdrino'.


A Igreja de Jerusalem limitou-se a manter o Canon judaico prevalescente em seu meio, o que certamente favorecia a adesão dos hebreus a boa nova.



- Uma atitude como esta não violava a unidade da fé?


R - Não violava a unidade da fé porque nem o divino Mestre nem os Apóstolos haviam emitido qualquer decreto sobre o Canon judaico. Isto transfere tal opinião ou teoria para o terreno da liberdade ou seja para o arbitro de cada igreja particular, comunidade ou cristão esclarecido... Não é um artigo ou dogma pertinente a essencialidade de nossa fé.


Logo a Igreja de Jerusalem procede conforme o direito e a justiça e jamais mereceu qualquer censura por parte das Igrejas irmãs.


- Isto significa que a Igreja tolerava o emprego de dois canones?


Um era o Canon da Igreja judaica de Jerusalem.


(Melitão, Origenes (que passou seus últimos trinta anos na igreja sufragânea de Cesaréia e contava com o apoio do Bispo de Jerusalem), Cirilo de Jerusalem, Epifânio de Salamina (filho de judeus), Leôncio (cuja Laura se encontrava na Palestina) e sobretudo Jerônimo (que passou a segunda fase de sua vida na Palestina) são em maior ou menor gráu tributários da tradição hierosolimitana...)


E outro o das Igrejas gentílicas oriundas da diaspora (judeus de lingua grega que empregavam a Septuaginta)


(Irineu, Hipólito, Tertuliano, Clemente de Alexandria, Cipriano, Metódio, Crisóstomo, Basílio, Gregório de Nissa, Ambrósio, Agostinho, Cirilo de Alexandria e outros são tributários da tradição alexandrina)


- Isto nos ajuda a compreender o pôrque das diferenças existentes entre as diversas listagens canonicas emitidas pelos padres.


R - Sem dúvida.


Grosso modo podemos observar três tipos de tendência:


- A tendência marcadamente palestianiana de Melitão, Epifânio e Jerônimo.


- A tendência marcadamente alexandrina de Ambrósio, Basílio, Gregório Nisseno, Crisóstomo, Agostinho e Cirilo alexandrino


- E uma tendência conciliatória representada por Cirilo, Hilário, Atanásio, Rufino, Anfilóquio, Nicéforo...


A primeira corrente recebia apenas os livros recebidos pelos hebreus e tendia a classificar todos os outros como apócrifos.


A segunda recebia decididamente todos os registros greco/judaicos como inspirados.


Enquanto a terceira selecionava alguns registros greco judaicos (geralmente Baruc, Sabedoria e Eclesiástico), adicionando-os ao Canon palestiniano e agregava os demais a uma categoria intermediária denominada Eclesiástica.



- Logo, a principio, tal categoria - dos livros eclesiásticos - inexistia?


R - A Categoria dos livros Eclesiásticos - no interior da qual alguns dos padres acima citados

colocaram os livros de Tobias, Judite, Macabeus, Esdras (o segundo) etc - foi imaginada ou criada durante o século IV por S Cirilo ou S Atanasio com o intuito de unir os dois extremos e conciliar as duas correntes rivais.


Até o século terceiro as duas listagens haviam corrido paralelamente e sem qualquer contato.


Foi quando parte dos padres, partindo da idéia predominante naqueles tempos sobre A GRADUAÇÃO INSPIRACIONAL DAS ESCRITURAS, formulou a teoria dos livros intermédiarios ou Eclesiásticos cujo gráu de inspiração e autoridade seria menor... A dita teoria tinha tudo para satisfazer a maior parte dos fiéis pois afirmava a prioridade dos registros judaicos sem lançar os escritos greco/judaicos no rol dos apócrifos e de certa forma resguardando a dignidade dos mesmos.


Eis a origem dos termos PROTOCANÔNICO (primeiro Canon = palestiniano) & DEUTEROCANÔNICO (segundo Canon = alexandrino ou grego)


Mais tarde, quando a igreja latina dominada pelos bárbaros, foi perdendo de vista a doutrina da graduação inspiracional, até postular quase dogmaticamente a ÍMPIA DOUTRINA DA INSPIRAÇÃO PLENÁRIA OU LINEAR, as opiniões extremistas de Jerônimo e Agostinho recobraram força.


COMO OS PROTESTANTES - apesar de Carlstadt e Lutero - CANONIZARAM A TEORIA DA INSPIRAÇÃO PLENÁRIA OU LINEAR FORAM LEVADOS A REGEITAR A SOLUÇÃO INTERMEDIÁRIA PROPOSTA POR CIRILO E ATANÁSIO E A CLASSIFICAR OS REGISTROS GRECO/JUDAICOS COMO APÓCRIFOS. Conclusão: o falso dogma e teoria ímpia da inspiração plenária, criou a necessidade de que os protestantes santificasse o canon da Igreja de Jerusalem em oposião ao Canon adotado pelas igrejas de matriz gentílico.


Em oposição aos protestantes, os romanistas em Trento - em que pesem as sábias advertências do Cardeal Seripando sobre a graduação inspiracional - tomaram o caminho oposto dogmatizando sobre o Canon adotado pelas igrejas de Matriz gentílico em oposição ao Canon adotado pela Igreja de Jerusalem.


A seita dos protestantes condenou a doutrina de Clemente, Cipriano, Agostinho, Cirilo, etc enquanto a igreja papista condenou a doutrina de Melitão, Epifânio e Jerônimo (primeria fase).


Uma degradou novamente os livros em questão enquanto outra optou por eleva-los.


A Igreja ortodoxa jamais dogmatizou sobre o tema reconhecendo a liberdade de cada igreja ou doutor face as três opiniões emitidas pelos Santos Padres. Pois a Igreja ortodoxa não se sente capacitada para julgar ou condenar os homens base.




- Neste caso a posição intermediária seria a mais próxima da verdade?


R - Sim e não.



- Como???


R - Sim e não.


Antes de tudo devemos ter em mente que a verdade divina é fixa e imutável. Em si mesmo o dogma ou artigo de fé - enquanto elemento da divina revelação - não conhece desenvolvimento ou evolução, como querem os latinos.


Agora se temos em vista a verdade teológica - que é de matriz humano - que diz respeito ao CONHECIMENTO RACIONAL QUE TEMOS DO DOGMA E A SUA EXPRESSÃO, naturalmente que ela conhece desenvolvimento, aumento e evolução, em que pesem as objeções de Tertualiano repisadas pelos fundamentalistas até o tempo presente.


Como - PARA A IGREJA ORTODOXA - a questão pertinente ao Canon judaico É TEOLÓGICA E NÃO DOGMÁTICA OU DE FÉ, pode e deve conhecer evolução bem como desenvolver-se internamente em conexão com a doutrina da inspiração.


Neste sentido podemos dizer que a opinião dos padres do IV século - que buscaram uma solução intermediária para o assunto - deve ser encarada não como um produto final ou um decreto conciliar mas como um ponto de partida.


Também podemos dizer que a postura da Igreja romana - em cujo seio tem tornado a florescer a doutrina sólida - de Teodoro, Crisóstomo, Elfric, etc - da graduação inspiracional (os protestantes continuam cindidos em dois grupos extrermistas> os liberais, que negam todo e qualquer tipo de inspiração e os fundamentalistas, que dogmatizam sobre a teoria mágico/fetichista da inspiração plenária) esta muito mais próxima da verdade na medida em que inclui os escritos greco/judaicos no corpo das escrituras canônicas.


Certamente que no corpo do antigo testamento há livros mais e menos inspirados.


Entre os mais inspirados poderiamos falar em Isaias, Jeremias, Ezequiel, Daniel, Salmos, Eclesiástico e Sabedoria, aplicando-lhes a designação de megacanonicos...


Entre os menos inspirados poderiamos alistar Josué, Juizes, Rute, Reis, Crônicas, Esdras, Ester, Judite, Macabeus, Cantares e Eclesiastes; cujo testemunho sobre Jesus Cristo é incerto ou mínimo.


Entre os mesocanonicos poderiamos alistar o Pentateuco, Jó, Tobias, Provérbios, profetas menores.


Basta conferir nas obras dos Padres dos primeiros séculos em que medida tais livros foram empregados com o intuito de dar testemunho de Jesus Cristo para inferir-se o gráu, alto, baixo ou médio de inspiração que incidiu sobre cada um.



- Como se deu a evolução do pensamento patristico nesse terreno?


R - Em meio a uma grande confusão.


O fato de Origenes ter emitido uma lista - com fins exegéticos ou para evitar quaisque discussões com os hebreus - mais ou menos conforme o Cano palestiniano ( que por sinal não esta de acordo com o constante emprego que ele faz dos escritos greco/judaicos ), de Atanásio ter composto uma listagem conciliatória bem como Cirilo, de Epifânio ter sustentado a tradição de Melitão e finalmente, de Jerônimo ter ASSUMIDO UM TOM AGRESSIVO E RADICAL - a ponto de chocar os padres de seu tempo - fez com que parte dos líderes das igrejas gentilicas, em especial das Gálias (Agobardo, Haymon, Ambrósio de Autpert, Notker, etc), da África (Primazius) e mesmo de Roma (Gregório Dialogos) e Bizancio (Leôncio), adotassem como norma e regra aquele padrão canônico antes adstrito as Igrejas de Jerusalem e da Ásia menor, o qual, por assim dizer conheceu certa expansão em detrimento do Canon Alexandrino.


Importa observar que a contestação - a partir do século IV - do Canon alexandrino, por parte de alguns líderes de igrejas gentílicas, não partiu da tradição dessas igrejas, sendo por isso mesmo efeito de natureza externa, cuja origem foi aquela tradição peculiar a igreja de Jerusalem. Isto é rigorosamente exato se levarmos em conta que os predecessores de Gregório Dialogos, de Junilius e de Agobardo - nos séculos II, III e IV - posicionaram-se a favor dos deuterocanônicos.


Grosso modo podemos dizer que o Canon palestianiano impoz-se entre alguns dos padres Ocidentais devido a autoridade de Jerônimo de Stridon e entre os Orientais devido a tradição de Cirilo e Epifânio bem como a hesitação de Atanásio, os quais após si arrastaram Anfilóquio, Gregório de Nazianzo, Leôncio, Damasceno e Nicéforo a uma posição intermediária.


São sempre os mesmos apelos, no Ocidente a autoridade de Jerônimo e no Oriente a autoridade de Atanásio, Gregório e Anfilóquio...


E no entanto nenhum dos padres em questão teria ousado se opor a um sínodo como o de Trullo, acusando seus sucessores de heresia... antes optariam pelo silêncio respeitoso face a uma opinião com a qual talvez não concordassem.



- Até que ponto a teoria de Jerônimo acompanha a tradição da Igreja de Jerusalem?


R - Caso Jerônimo tivesse se contentado em classificar os registros greco/judaicos como Eclesiásticos, intermediários ou sub canonicos, a exemplo de Atanásio, Cirilo, Rufino, Anfilóquio, etc

não teria causado escândalo algum pois estaria dentro da tradição desta igreja.


Parece no entanto que ele ultrapassou todas as medidas quando classificou os Deuterocanônicos como Apócrifos...


A respeito de Melitão, embora saibamos que admitia apenas vinte e dois livros como canônicos, não sabemos qual fosse sua opinião a respeito dos escritos greco/judaicos? Considera-los-ia como apócrifos ou como sub inspirados? "Ignorabimus"....


Já quanto a epifânio é certo que classificou ao menos alguns deles - provavelmente os Macabeus, talvez Judite ou Tobias - como ENAPOKRIPHON. Recebeu no entanto os mais estimados: Baruc, adições a Daniel, Eclesiástico e Sabedoria, como inspirados ou eclesiásticos.


AQUELES POIS QUE - COM RUFINO - ACUSAM JERÔNIMO DE TER SIDO O PRIMEIRO ENTRE OS HOMENS DA IGREJA A INOVAR, CLASSIFICANDO BARUC, ECLESIÁSTICO E SABEDORIA COMO APÓCRIFOS, NÃO ESTÃO ISENTOS DE RAZÃO.


Ao menos quanto aos três livros em questão a opinião inusitada de Jerônimo parece estar na base de toda crítica posterior.


Jerônimo acabou criando uma tradição sua que mais tarde foi santificada pelos deformadores protestantes.



- Algum outro fator a ser considerado?


R - Certamente que sim.


Cumpre assinalar que desde o século VI, Primazius de Hadrumet deu inicio aquela tradição de se encarar os vinte quatro anciãos (ou as asas dos seres) do Apocalipse como símbolos dos livros do antigo testamento, o que veio a reforçar - entre os Padres Carolingios por exemplo - ainda mais a opinião de Jerônimo.









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