Hiper agia ai partenos Maria, akrantos Mitéra tou Khristos Theos - soson imas!
Batul Lala Marian Wallidat al illah - ʕawnu ni!

Nossos pais e avós foram protestantes, nossos tetravos papistas, as gerações do passado remoto no entanto foram Católicas, apostólicas e ortodoxas, e nós, consagrando todas as forças do intelecto ao estudo da coisas santas e divinas desde a mais tenra idade, reencontramos e resgatamos a fé verdadeira, pura, santa e imaculada dos apóstolos, mártires e padres aos quais foi confiada a palavra divina. E tendo resgatado as raízes históricas de nossa preciosa e vivificante fé não repousaremos por um instante até comunica-la aos que forem dignos, segundo o preceito do Senhor. Esta é a senda da luz e da justiça, lei do amor, da compaixão, da misericórdia e da paz entregue uma única vez aos santos e heróis dos tempos antigos.

João I

João I
O Verbo se fez carne




Hei amigo

Se vc é protestante ou carismático certamente não conhece o canto Ortodoxo entoado pelos Cristãos desde os tempos das catacumbas. Clique abaixo e ouça:

Mantido pelo profo Domingos Pardal Braz:

de pentecostal a ORTODOXO.

Jesus aos apóstolos:

"QUEM VOS OUVE É A MIM QUE OUVE E QUEM VOS REJEITA É A MIM QUE REJEITA."


A CRUZ É UM ESCÂNDALO PARA OS QUE SE PERDEM. MAS PARA OS SANTOS PODER E GLÓRIA DE DEUS.

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quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

XIII - S Origenes e o canon do antigo testamento







Origenes é um caso ou môdelo típico sobre a questão de que iremos tratar nas próximas sessões deste ensaio histórico/teológico.

Antes de tudo temos sua lista Canônica, inserida em seus comentários aos Salmos e reproduzida por Mar Eusébios:

"Ao expor o Salmo primeiro dá o Catalogo do Antigo Testamento como segue: "O canon dos hebreus, SEGUNDO AS VINTE E DUAS LETRAS DO ALFABETO DELES é este - O que chamamos de Gênesis e eles chamam de Bresith, O Que significa, "Em O Início"; Êxodo, Welesmoth , isto é, "Estes são os nomes"; Levítico, Waikra: "Ele chamou"; números, Wayadabbar; Deuteronômio, Eleaddebareim "São as palavras"; Jesus, Filho de Nave, que é o nome; juízes e Ruth, sendo o primeiro chamado de "Saphateim; os dois de Samuel o "chamado de Deus", os dois dos Reis, David Wammelch, isto é, 'O reino de Davi ": as Crônicas omitidas e dois volumes, Dabreïamein; Esdras, primeiro e o segundo Esdras que é o livro de seu assistente; o livro dos Salmos, Spharthelleim; os Provérbios de Salomão, Meloth; o Eclesiastes, Koelth; o Cântico dos Cânticos, Sir Hassirim; Isaías, Jeremias, Lamentações COM A EPISTOLA em um Jeremias; Daniel; Ezequiel; Jó, Ester; E, além destes os Macabeus ou Sarbeth Sabanaiel." Livro VI, 25, 01

A lista acima é bastante parecida com a dos judeus palestinianos, salvo algumas diferenças.

- S Origenes omite os Doze profetas menores.

- Acrescenta dois registros a Profecia de Jeremias: os Trenos ou lamentações sobre os quais não há disputação alguma e uma certa EPISTOLA, que tanto pode ser identificada com a Carta de Jeremias aos exilados quanto com a profecia de Baruc, seja como for um registro excluido pelos judeus e pelos protestantes.

&

- Parece indicar que alguns grupos de judeus - muito provavelmente os de Alexandria devido ao fato de Onias III ter residido no Egito e edificado um templo em Leontopolis - recebiam os Macabeus como canonicos.




Reflexões sobre a lista canônica de Origenes





A dita lista composta por Origenes tem dado muito o que falar.

Mais do que a lista de S Melitão e tanto quanto a de Jerônimo de Stridon foi ela acabou levando um grande número de padres e doutores Cristãos a adotar, ao menos oficialmente, o Canon palestianiano...

Segundo o cárater estrito com que foi encarada por eles e com que tem sido encarada pelos nossos protestantes.

Conforme esta maneira de encarar a dita passagem colhida por Eusébio, Origenes certamente negava a inspiração e a canonicidade dos Deuterocanonicos considerando-os como formando uma categoria intermediaria entre os escritos inspirados e não inspirados ou como literatura comum isto é de lavra puramente humana.
Diante de tais afirmações que temos a dizer?

Num primeiro momento cumpre admitir que certo número de padres da Igreja, buscando conciliar os dois extremos - Clemente, Justino, Hipólito, etc a um lado e Melitão a outro - conceberam uma teoria segundo a qual tais livros ocupariam uma posição intermediária entre os inspirados e os não inspirados, sendo bons para instruir os catecumenos da piedade mas impróprios para estabelecer quaisquer doutrinas (o que deveria valer para todos os livros do Testamento Velho).
Esta teoria foi codificada por S Atanásio, corroborada posteriormente por diversos padres como S Rufino de Aquiléia, Jerônimo de Stridon(?), S Gregório Dialogos, etc, adotada por Lutero e sua seita( que fizeram dos deuterocanonicos um suplemento ao Antigo Testamento) e sancionada pelos teólogos padrão da Igreja anglicana. (Posteriormente a doutrina de Calvino acabou prevalecendo entre os luteranos e anglicanos)

Mais adiante tornaremos a ela e a analisaremos detidamente.

Quanto a Origenes no entanto, suas próprias palavras patenteiam que ele não recebeu os Deuterocanonicos nem como obras de origem puramente humana - como os atuais protestantes - nem como obras de cárater meio inspirado ou semi canonico - como Jerônimo, os primeiros reformadores e a igreja Anglicana - MAS COMO OBRAS VERDADEIRAMENTE CANONICAS, INSPIRADAS E DIVINAS PERTENCENTES AS SANTAS ESCRITURAS.

Examinemos pois suas próprias palavras.



O TESTEMUNHO DE S ORÍGENES



Analisemos antes de tudo as observações por ele dirigidas a Sexto Julio (Africano):

"Você alega que tais escritos são falsos porque só se encontram no grego e não no hebraico... Em resposta a isso, digo que há muitas outras passagens, que como a História de Susana - que é recebida por toda a Igreja de Cristo - subsistem apenas no grego e não no hebraico... ademais todas podem ser encontradas em Aquila e Teodósio."


Eis agora como ele se refere ao Eclesiástico: "PELO MENOS É O QUE A ESCRITURA DIVINA DECLARA: 'Qual raça é digna de honra? A raça dos homens? Qual raça é digna de despreso? A raça dos homens?' Eclo 10,19 in Contra Celso L VIII iten 50

Poderão haver palavras mais claras: ESCRITURA DIVINA ou COISA ESCRITA POR DEUS?
E noutro passo do mesmo livro (in L VII iten 12): "Aqueles que desejam viver segundo AS ESCRITURAS aprenderam que: 'A ciência do tolo é um discurso incoerente' Eclo 21,18"

Averiguemos agora como ele se refere ao livro da Sabedoria

A princípio Origenes que reconhece que a autoridade do Livro era contestada por alguns (De princ IV,33).
Ele no entanto emprega-o no seguinte passo:

"Ora, aprendemos que o Filho de Deus é "A expressão de sua glória e a expressão de seu ser" FILIPENSES 1,3 "Eflúvio do poder de Deus, emanação puríssima da glória do Onipotente, um reflexo da luz perpétua, um nítido espelho da atividade divina e imagem de sua bondade." SABEDORIA 7,25 sgs" in Contra Celso L VIII iten 14

Ousaria o sábio alexandrino fazer uma livre combinação entre FILIPENSES E SABEDORIA caso não admitisse o cárater inspirado que qualquer um dos dois registros? Ousaria associar ele a inpiração a um livro semi inspirado ou o que pior um trecho extraido de um livro canonico com um trecho pertencente a uma obra de lavra puramente humana?
Certamente que não.

Devemos pois concluir que para Origenes o livro da Sabedoria era tão inspirado quanto a Carta de Paulo dirigida aos Filipenses.

Eis porque recorre amiude a ele - como Escritura - em seus Comentários ao Evangelho de Mateus (IV e XXIII) e no livro dos princípios. (II,2)

"COMO É DEFINIDO PELA PALAVRA DIVINA: 'Emanação do poder de Deus, eflúvio de sua Onipotente Glória... (Sab 7,25 sgs)" in Contra Celso III,72


Judite é citada como exemplo de piedade 'EXTRAIDO DA S. ESCRITURA' no tratado sobre a oração (cap XIII)

Tobias - 12,7 - é citado sem determinativo no "Contra Celso" (L V iten 29) todavia, no segundo livro de seu comentário a carta de S Paulo aos Romanos é nomeado com sendo 'ESCRITURA'.

Daí ter se expressado nos seguintes termos em sua carta a Sexto Julio: "Certamente que EM NOSSAS DISPUTAS COM OS JUDEUS Tobias e Judite não são uteis POIS ELES CONSIDERAM TAIS LIVROS COMO APÓCRIFOS, E ASSIM DECLARAM, A IGREJA POREM FAZ USO DE TOBIAS..."

Sobre os Macabeus - in Dos Principios II, 05 - "Quem estuda a ESCRITURA SAGRADA sabe o que esta escrito nos Macabeus..."

Já no livro sobre a oração (II) faz uma livre combinação entre Macabeus e a profecia de Jeremias dando a entender que atribui o mesmo valor a ambos os registros.

Na obra "Exortação ao mártirio" (ses 23 - 27) após haver citado e comentado o episódio referente ao martírio dos sete irmãos, descrito no segundo volume dos Macabeus, o Adamantius assim se expressa: 'Penso ter escolhido O QUE HÁ DE MAIS ÚTIL NA ESCRITURA PARA PREDISPOR OS ANIMOS...'

E sobre Baruc: "A ESCRITURA ENSINA: 'Ouve oh Israel os preceitos da vida e as normas da prudência' (Baruc 3,9)." in Homilia VII (Êxodo 2) & Baruc 3,10 sgs in Selec in Jeremias II,32

Portanto as palavras mesmas de Origenes nos obrigam a admitir que ele recebia como inspirados e divinos:

Os fragmentos de Ester e Daniel, a Sabedoria, o Eclesiástico, Tobias, Judite e os dois livros dos Macabeus...


E que deles EXTRAIA ENSINAMENTOS DE CÁRATER DOUTRINAL.

Além disto, segundo o Dr Grant (Formação p 169); o alexandrino ainda se serviria de: Revelação de Baruc, Assunção de Moisés, Apocalipse de Elias, José e Aseneth, Ascensão de Isaías e Testamento dos doze patriarcas. Ou seja de quanto os judeus e protestantes rejeitam e repudiam...




- O PROBLEMA -




Diante de citações tão enfáticas só nos resta perguntar o porque do Santo homem ter enumerado apenas vinte e dois livros em sua lista canônica.

Existem duas teorias que nos auxiliam a compreender esta aparente contradição encontrada nos escritos do Alexandrino.

A primeira, bastante divulgada pelos doutores ortodoxos e papistas, alega que tal discrepância é devido a disciplina do arcano.
Segundo os fautores desta explicação S Origenes referindo-se ao Canon judaico de vinte e dois livros quiz significar que também nós recebemos tais livros embora não do mesmo modo, pois enquanto os judeus recebem somente a eles e a nenhum mais, nós recebemos outras tantos livros a respeito dos quais, ele (Origenes) sem regeitar silenciou. Significando que não podemos nem devemos emprega-los em nossas polêmicas com os judeus sem melindra-los e causar escâdalo.


Lutero em suas 'Conversações a mesa' afirmou que os apóstolos - no Novo Testamento - evitaram proclamar abertamente a divindade de Cristo com o intuito de não melindrar os judeus... Sem querer chegar a tanto parece que ao menos alguns dos padres antigos desejaram ser conciliatórios com relação aos judeus na medida em que estes julgavam ser os legitimos proprietários dos registros que precedem o Evangelho. Daí a teoria segundo a qual os escritos gregos pertenciam a uma subcategoria - inferior - de registros inspirados, ou mesmo sua completa regeição como parece ter sido a opinião de S Gregório de Nazianzo, S Anfiloquio de Icônio, Junilio, Primazio e dos Padres da Gália.


Assim sendo S origenes teria registrado publicamente apenas os livros possuidos em comum, sem desejar divulgar ou negar - para evitar qualquer tipo de polêmica ou discusão - o que nós cristãos temos a mais, ou seja, os livros Deuterôcanonicos.



Em que pese o múrmurio dos protestantes quanto a tal omissão ou restrição da parte de Origenes temos de reconhecer que uma tal atitude estaria de pleno acordo com suas próprias palavras e com o ensinamento de grande parte dos padres da Igreja.
Antes porém de dar-mos a palavra a Origenes, vejamos o que S Clemente de Alexandria - seu mestre - tem a dizer a esse respeito:

"Assim não podemos explicitar o mistério, mas unicamente dar aos preparados, indicações suficientes para que possam memoriza-lo... assim os próprios simbolos da escritura ocultam o sentido para encorajar o exame e preservar os ignorantes do escândalo... assim segundo vão sendo treinados e exercitados podem assimilar os ensinamentos mais adiantados." Stromata I, VI

Agora o Adamantius: "ASSIM SE CERTAS DOUTRINAS OCULTAS AO PÚBLICO, SÃO REVELADAS SOMENTE APÓS O ENSINO DAS DOUTRINAS PÚBLICAMENTE ENSINADAS, NÃO DEVEMOS CONSIDERAR TAL FATO COMO PECULIAR AO CRISTIANISMO, POIS NOS DEPARAMOS COM ELES EM TODOS OS SISTEMAS FILOSÓFICOS NOS QUAIS A CERTAS VERDADES DESTINADAS AO GRANDE PÚBLICO E OUTRAS DESTINADAS APENAS AOS ADEPTOS." in Contra Celso VII

E noutro passo da mesma obra (id Cap LIX): "NÓS SÓ MENCIONAMOS A SABEDORIA ENTRE OS QUE SÃO PERFEITOS."
O mesmo se encontra na Quinta homilia sobre o Levítico e em inumeros outros trechos de suas obras.

Muito provavelmente Origenes não desejava divulgar entre os judeus e pagãos a 'parte extra' do Canon Cristão ou seja os livros deuterocanônios com o objetivo de evitar disputas vãs e inuteis. Daí te-los omitido em seu Comentário aos Salmos destinado a publicidade e ao grande público...
Tal e explicação fornecida pelos doutores ortodoxos e papistas e não me parece má.

Creio porém poder fornecer uma explicação melhor sobre a aparente contradição entre o texto conservado por Eusébio e os demais textos extraidos por nós das obras do grande catequista alexandrino.












Um recurso exegético...















Jerônimo de Stridon numa de suas cartas a S Agostinho de Hipona faz alusão ao Comentário aos Salmos de Origenes dizendo tratar-se duma obra verdadeiramente monumental, a qual por Mar Eusébio sabemos ter sido formada por quarenta e seis tomos...
Apesar de sua vastidão a dita obra de S Origenes foi lida por inumeros padres, como Metódio, Hilário, Epifânio, Ambrósio, etc merecendo louvores até mesmo por parte de seus adversários devido a perícia e a acuidade com que expoz o sentido de cada Salmo.

Hoje no entanto nada resta de tal obra além de diminutos fragmentos pertencentes aos Salmos décimo quinto, quadragésimo quinto, quadragésimo sétimo e centésimo décimo oitavo...

Ignoramos pois o contexto donde a lista canonica de Eusébio foi extraida...
Possuimos sem embargo duas pistas que talvez nos auxiliem a resolver o problema.

A primeira delas é que a dita lista encontrava-se inserida na exposição do primeiro Salmo e ao que tudo indica de seu primeiro verso ou seja na abertura mesma do comentario, logo em seguida ao prefácio. (prefácio igualmente muito citado e aclamado pelos antigos)
"Ao expor o Salmo primeiro." declara Mar eusébio e depois cita o catalogo, não sem admitir que omitira algumas frases pertencentes ao contexto.
Diante disto ficamos a nos perguntar sobre qual seria o teor do contexto a que Mar Eusébio faz alusão e a imaginar se não seria uma espécie de continuação ou extensão das considerações iniciadas no prefácio sobre a natureza e a estrutura dos Salmos...

Porque segundo os antigos o prefácio tratava justamente da natureza poética e musical dos Salmos.


Teria Origenes prolongado o prefácio comentário adentro estendendo-o até a exposição do primeiro verso do primeiro Salmo?
Penso que não haja nada de estranho nisto uma vez que um grande número de escritores acabou por sintetizar ou repetir brevemente a idéia contida no prefácio nas primeiras linhas do primeiro capítulo.

Julgo portanto ter uma segunda pista para elucidar o problema na seguinte frase:


"O canon dos hebreus, SEGUNDO AS VINTE E DUAS LETRAS DO ALFABETO DELES é este..."
Porque cargas dágua S Origenes teria feito menção as vinte duas letras do alfabeto judaico num comentário a um livro judaico senão para ilustrar a explicação sobre aquele tipo de Salmos demoninados acrósticos como o de número 9?

Por Salmos acrósticos compreende-se aquele gênero ou forma de Salmos cuja primeira palavra de cada frase era iniciada por uma letra do alfabeto hebraico de modo a acompanhar sua ordem natural de afeph a Tov.
Como perito em hebraico e aramaico - E profundo conhecedor da literatura e da crítica profanas (cita os poemas Homéricos em seu livro Contra Celso) que também faziam uso do Acróstico - Origenes poderia muito bem ter notado este tipo peculiar de construção poética e aludido a ele em seus comentários.

Daí ter recorrido ao CANON CORRENTE ENTRE OS HEBREUS - CUJOS LIVROS HAVIAM SIDO ARRANJADOS DE MODO A SER POSSIVEL CONTA-LOS SEGUNDO AS LETRAS DO ALFABETO - COM O INTUITO DE ELUCIDAR DO MELHOR MODO POSSIVEL A ORDENAÇÃO ACRÓSTICA DO SALTÉRIO, COMO QUE TRAÇANDO UM PARALELO E SIGNIFICANDO A MANIA DOS HEBREUS DE TOMAREM O ALFABETO COMO MEDIDA DE TODAS AS COISAS...



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