Hiper agia ai partenos Maria, akrantos Mitéra tou Khristos Theos - soson imas!
Batul Lala Marian Wallidat al illah - ʕawnu ni!

Nossos pais e avós foram protestantes, nossos tetravos papistas, as gerações do passado remoto no entanto foram Católicas, apostólicas e ortodoxas, e nós, consagrando todas as forças do intelecto ao estudo da coisas santas e divinas desde a mais tenra idade, reencontramos e resgatamos a fé verdadeira, pura, santa e imaculada dos apóstolos, mártires e padres aos quais foi confiada a palavra divina. E tendo resgatado as raízes históricas de nossa preciosa e vivificante fé não repousaremos por um instante até comunica-la aos que forem dignos, segundo o preceito do Senhor. Esta é a senda da luz e da justiça, lei do amor, da compaixão, da misericórdia e da paz entregue uma única vez aos santos e heróis dos tempos antigos.

João I

João I
O Verbo se fez carne




Hei amigo

Se vc é protestante ou carismático certamente não conhece o canto Ortodoxo entoado pelos Cristãos desde os tempos das catacumbas. Clique abaixo e ouça:

Mantido pelo profo Domingos Pardal Braz:

de pentecostal a ORTODOXO.

Jesus aos apóstolos:

"QUEM VOS OUVE É A MIM QUE OUVE E QUEM VOS REJEITA É A MIM QUE REJEITA."


A CRUZ É UM ESCÂNDALO PARA OS QUE SE PERDEM. MAS PARA OS SANTOS PODER E GLÓRIA DE DEUS.

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domingo, 14 de dezembro de 2008

FENÔMENOS OCORRIDOS DO ÊXODO AO SÍNAI - ESTUDO DE CASO.












Que pensar nos inumeros fatos/fenômenos narrados no pentateuco em conesão com o grande Êxodo e a Teofônia sinaítica?


Já fizemos observar que se por um lado devemos descartar a interpretação miraculosa proposta pelos fanáticos e judaizantes, por outro fica díficil imaginar que os escritores hebreus tenham tirado todas as suas narrativas do 'ôco da bananeira'. Sou pois levado a crer que a descrição de tantos fenômenos, encadeados uns aos outros, neste breve período de tempo, deve necessáriamente reportar-se, a algum tipo de evento geológico.


Há que admitir-se ao menos certa verosimilhança e certo fundo de verdade a tais narrativas, tal e qual costumamos atribuir a mítica Atlântida ou ao rocambolesco El dorado.

Penso que algo verdadeiramente grande e espantoso deve ter ocorrido, a ponto de ter impressionado vivamente os antigos hapiru e fornecido substrato para todo um ciclo de fábulas e legendas que envolvem seus patriarcas, o faraó e seus mágicos, a travessia do deserto e a conquista das cidades cananéias.

Há efetivamente algo de verídico por trás de todas as modificações e adaptações promovidas pelo clero israelita; algo de expontâneo, de natural e ao mesmo tempo de aterrador. Os antigos hebreus certamente viram ou testemunharam alguma coisa, embora sua mentalidade mágico fetichista tenha operado uma grotesca distorção.

Para tentarmos descobrir o que se sucedeu de fato naquelas priscas eras julgo que devamos, antes de tudo, enquadra-las no tempo histórico tomando por base o nascimento de Cristo e o inicio da presente Era.






Não discutiremos aqui a veracidade do cativeiro no Egito, já porque temos conhecimento das invasões semito/indo-europeias que acometeram ao Egito por volta do século décimo oitavo a C - que corresponde justamente a época em que o patriarca Jacob e seus filhos teriam se instalado na terra de Goshen a convite do José/Osarseph; já porque foi admitida francamente por Maneton, Apion e outros tantos os cronistas egipcios/helenistas citados por Josefo em seu 'Contra Apion', os quais certamente tiveram acesso aos arquivos de Estado ciosamente conservados pelos sacerdotes e cronistas egipcios na casa da vida e gravados nas paredes dos grandes templos e monumentos ora destruidos. Inda que os relatos sejam substancialmente diversos daqueles com que nos deparamos nos escrituras hebraicas, o fato em si é admitido sem problema por ambas as fontes de ambos os lados.

Os hapiru compunham, indubitavelmente, uma das diversas tribos semiticas que se instalaram no delta após a morte do grande Sesóstris, estabelecendo um governo autônomo sob a designação de Hika Khasut que quer dizer 'chefes dos paises estrangeiros'. Maneton no entanto faz chama-los Hiksos, que significa 'reis pastores', afinal tais povos haviam saido do deserto em estado de nomadismo e dedicavam-se exclusivamente ao pastoreio. Da mesma forma os patriarcas hebreus eram pastores que habitavam em tendas e deslocavam-se duma região para a outra em busca de água e de pastagens para seus rebanhos...




Amus ou asiáticos entrando em Kemet (a terra negra - como os antigos egipcios chamavam seu país)


Sendo o delta do Nilo extremamente pródigo tanto em água potável quanto em vegetação e pasto, é natural que os povos do deserto tenham sentido uma forte atração por ele desde os primórdios da História. Já os faraós do médio império, tendo vaga intuição de que cedo ou tarde tais tribos tentariam instalar-se em seu precioso delta, encetaram a construção de um enorme complexo de muralhas e fortalezas no Nordeste do país, de fronte para os desertos, onde hoje esta localizado o canal de Suez. No entanto, tal e qual a 'linha maginot' dos franceses, a 'maginot' do antigo Egito também não foi capaz de conter tais invasões, de modo que gradativamente, sob pressão das migrações indo-européias, ondas sucessivas de 'amus' foram se instalando no Delta do Nilo, até que, sentido-se fortes acabaram construindo uma capital para si: Avaris ou Tanis.
O estado de anômia e de retorno ao feudalismo provinciano, representado sob a desginação de 'segundo período intermediário' forneceu a tais contingentes a oportunidade que já a tanto tempo aguardavam. Eles bem sabiam que o Egito era o Faraó e que este representava por assim dizer a unidade nacional; solapada a autoridade central o Egito tornava-se vulnerável podendo ser colhido como um fruto maduro.

Apophis


Posteriormente outras tribos, como a de Jacob e seus filhos entraram no país e lograram conquistar posições de destaque junto aos soberanos. Tal a história de José, situada durante o reinado dum tal Apofis...





Seth, o Thyphon grego
Posteriormente os egipcios - a semelhança dos espanhóis face aos mouros durante a Idade Média - foram reconquistando suas terras a partir do Sul, mais precisamente do Nomo de Tebas, cujos principes passaram a chefiar uma poderosa coligação de nobres e senhores feudais autotocnes com o objetivo de expulsar os intrusos do país e recuperar o paradisiaco Delta. O que de fato veio a concretizar-se sob a liderança de Amosis I cerca de 1570 a C... os Hiksos foram vencidos, Avaris incendiada, o culto de Seth proscrito e Amosis transformado em primeiro faraó do Novo Império, a fase aurea da antiga civilização egipciaca.



Ahmosis I, o grande





Certamente que nem todos os invasores puderam se exterminados ou imediatamente expulsos do país. Tendo em vista o seu grande número é bastante provável que parte deles tenha permanecido na terra sob a condição ultrajante de servos ou escravos, trabalhando nas colossais empreitadas dos faraós e dos grandes sacerdotes... Afinal oEgito precisava de braços com que erguer suas pirâmides, obeliscos, pilonos, colunas e estatuas consagradas a glória dos grandes deuses, liderados por Amon Rá.

Por quanto tempo tais povos e tribos permaneceram sob tais condições não o sabemos embora os hebreus em seus registros aleguem no mínimo quatro séculos ou quatrocentos anos de permanência no Império Nilótico. Mas onde pricipiam os quatrocentos anos?

Se são de fato quatro séculos de escravidão literal, devemos conta-los a partir de 1570 e concluir, como muitos tem concluido, que o Êxodo ocorreu sob Ramses II ou sob seu filho Merenphta, por volta de 1220 ou 1210 a C.





Hatchepsut, a grande faraona de Tebas.

Nós todavia - apenas a guiza de hipotese pois não cremos que os hebreus permaneceram tanto tempo no Egito - somos do parecer que os quatrocentos anos dizem respeito a entrada dos hapiru no país sob Jacob o que deve ter se dado por volta de 1780 e nos reportaria a cerca de 1430 ou 1410 a C sob o grande Tutmosis ou sob seu filho Amenofis II. Um tal enquadramento histórico nos permitiria identificar Thermutis (in Josefo) a princeza que apadrinhou Moisés, com Hatshepsut, a grande rainha, a desgraça de Moisés com a morte da mesma e o banimento de seus colaboradores e a entrada dos hebreus na palestina com o reinado de Iknaton - cujo Vizir Aper El bem poderia ter sido um dos hapiru que preferiu permanecer no Egito - aproximando destarte a monolatria israelita do monoteismo Atoniano, quiçá forma primitiva de Adonai ou Aden.



Amenhotep II, filho do grande Tutmosis.



Inumeras provas a esse respeito foram acarretadas pelo Dr Crabtree em seu volume de "Arqueologia Bíblica", (Rio de janeiro, C P B, 1940, p 58) cujas conclusões permenecem de pé ao menos em essência.

Considerando que Jericó foi destruida cerca de 1400 ou 1390 a C e que o êxodo tenha ocorrido por volta de 1440 - 1400, os fenômenos descritos no pentateuco teriam ocorrido por esse tempo: entre 1450 a 1445 a C.

Diante de tais balizas cronologicas somos levados a nos perguntar sobre o que teria ocorrido no mundo Mediterrâneo cerca de 1450 a C e que fora capaz de afetar a um só tempo: o Vale do Nilo, os desertos da Jordânia e a terra de Canaã?

Pois embora Lenormant tenha assinalado que
"Estas pragas são todas aquelas que de tempos em tempos recrudescem sob o clima do Egito." (tese corroborada por Werner Keller - in 'A Bíblia tinha razão' e pelo grande Com. de Abingdon) somos levados a questionar porque tais pragas, sendo corriqueiras ou comuns, teriam conseguido amedrontar os egipcios? Se os egipcios estavam familiarizados com tais fenômenos há incontáveis gerações porque teriam ficado amedrontados a ponto de permitir que seus escravos hapiru deixassem o país? A narrativa hebraica passa-nos a idéia de que a intensidade dos mesmos atingiu uma medida que os egipcios jamais haviam visto ou que ja havia sido registrado em suas crônicas, o que deve ter produzido entre eles uma situação de terror e anomia sem precedentes. Poder-se-ia dizer que o Egito foi convulcionado por algum tipo de catastrofe jamais vista... Mas o que poderia ter provocado semelhante catástrofe e causado tal aumento de intensidade quanto a eventos até então tão simples ou corriqueiros? Deus ou a natureza? O sagrado ou imanente? O sobrenatural ou o desconhecido?

Para muitos o próprio Deus teria aumentado a intensidade dos fenômenos em pauta a ponto de converte-los em autênticas e verdadeiras 'pragas' com que aterrorizar os desaventurados súditos do Faraó... Deus teria - ao cabo de quatrocentos anos de olvido (!!!) - lembrado de seu povo, (Shalders) e decidido liberta-los... afinal, já não era sem tempo, pois os hebreus haviam se multiplicado e faziam grande clamor...

Nós porém, nada atribuimos ao Supremo Ser, exceto aquilo que de fato contrarie ou anule as leis naturais e invariáveis que rejem este universo. Basta-nos pois identificar qualquer potência ou força natural, capaz de acarretar tais disturbios em circunstâncias semelhantes para sermos constrangidos a descartar todo e qualquer tipo de imediatismo sobrenatural e miraculoso, propondo uma interpretação tanto mais simples e realista.

Mas será que podemos identificar uma tal potência ou força natural capaz de provocar tamanha reação em cadeia?

Num trabalho assaz interesante, publicado há algumas gerações o Sr Willekowsky (Mundos em confusão) postulou que a passagem dum grande cometa teria desviado nosso planeta de seu eixo e provocado a maior parte dos fenômenos - inclusive a explosão de Thera - descritos no pentateuco e noutras fontes históricas congêneres. Outros, como Paul Gibier, apontaram a precessão equinocial... creio porém que não é necessário chegarmos a tanto.




Creio ainda que a leitura de Simon Winchester; "Krakatoa - Dia Em Que o Mundo Explodiu" seja de grande utilidade para que possamos compreender o que poderia ter se sucedido naqueles tempos tão recuados e que marcou o imaginário de tantos povos dando origem a lendas tão distintas quanto a teofônia mosaica registrada no Pentateuco e a narrativa da Atlântida consignada no Tímeu e no Crítias de Platão.




Sólon



Teriam estas duas fábulas: a do Êxodo e a da Atlântida uma origem comum relacionada com o Egito? Faço esta pergunta porque segundo o divino Platão, no "Crítias" o sábio ateniense Solon, filho de Execestides, teria coletado a narrativa sobre a Atlântida em Sais no Egito, onde estaria originalmente gravada nas colunas do templo de Neith e segundo asseveravam os sacerdotes por ele entrevistados.

Mas que fenômeno poderia ter causado simultaneamente o desaparecimento de um império engolido pelos mares, as 'pragas' que afligiram o Egito, a teofônia do Sínai e a queda das muralhas de Jericó do decorrer de um ou dois anos?


Segundo cremos todos estes fenômenos, geológicos a um tempo e biológicos a outro, estão diretamente relacionados com uma explosão vulcânica tão ou mais intensa do que a de Krakatoa, a qual como sabemos foi ouvida até mesmo em Constantinopla e cujos resíduos além de terem obscurecido a atmosfera da terra chegaram a reduzir sua temperatura nos anos de 1883-84.









Caso a explosão da Ilha de Thera (hoje Santorini) tenha atingido ou ultrapassado a intensidade da de Krakatoa, Creta ou Cândia, centro dum poderoso império marítimo - Thalasocracia - deve ter sido varrida por um tsunami de proporções descomunais, além de tremores de terra e outras calamidades climáticas que teriam afetado para sempre o seu poderio... Consequentemente, logo após a explosão, diversas cidades minóicas, arruinadas pelo terremoto/maremoto teriam sido atacadas e destruidas por invasores, quiçá micenianos oriundos do continente.



É possivel que elementos tóxicos liberados pela explosão tenham afetado a fauna e a flora do mediterrâneo Oriental, dando origem a maré vermelha e as nuvens de gafanhotos, moscas e sapos descritas no Êxodo - "Foi um forte vento procedente de arabá que cubrio o Egito de gafanhotos, posteriormente destruidos por um forte furacão vindo do poente." Spinoza in Tratado político Teológico 109 pp - os dias de trevas bem podem estar relacionados com a grande quantidade de fumaça expelida pelo vulcão bem como pela quatidade de poeira lançada no ar pela explosão; cinzas e outros elementos voláteis podem ter causado feridas na população - "Quando Moisés refere que Jave resolvera ferir os egipcios com úlceras, declara que foi por meio de cinza quente no livro do Êxodo 11,10." Id, ibd pp 109 - as próprias chuvas e intempéreis devem estar relacionadas com o rápido aumento e a brusca a redução de temperatura.
( Foster, KP, Ritner RK, e BR, Foster (1996). "Texts, Storms, and the Thera Eruption". Journal of Near Eastern Studies 55 (1): 1–14. )
Numa outra obra intitulada the Exudus enigma”, publicado em 1985, Ian Wilson, na sequência da obra do Dr. Hans Goedicke, comparou o cenário apocalíptico do Exodo com os efeitos conhecidos das erupções vulcânicas massivas. Se bem que a data proposta por ele tenha sido 1475 a c. Graham Philips (in 'Act of God') sustenta a mesmíssima opinião, embora a data proposta por sí seja a de 1370 a C, ou seja o reinado do já citado Ikhnaton. E não nos admiremos de que cada qual situe o êxodo num determinado momento pois sabemos que na verdade ocorreram diversos êxodos (sendo o mais importante deles o dos Josefitas) praticamente um para cada tribo, conforme o povo foi saindo aos poucos do Egito (ou cindindo-se em pequenos grupos), e com roteiros diferentes. (Justamente por isso a escritura hebraica nos apresenta duas rotas inconciliaveis: a de Tieru/ Sirbonis ou dos filisteus e a do Serabit)
Marinatos


Esta teoria foi proposta primeiramente por J V Luce em 1909 e retomada (nos anos 30 do século passado) pelo professor Spyridon Marinatos, responsável pelas descobertas realizadas em Santorini a antiga Thera.

Segundo Marinatos - in A destruição vulcânica da Creta minoana - a destruição de Cnossos e do império cretense, que os historiadores situam em 1500 a C FOI CONSEQUÊNCIA DE UMA ERUPÇÃO VULCÂNICA DE EXTREMA VIOLÊNCIA. O BERÇO DESSE CATACLISMO SE ENCONTRARIA, SEGUNDO ELE, NA ILHA DE THERA, SITUADA A 12O KM AO NORTE DE CRETA.




O que esta de pleno acordo com o testemunho de Tucídides: "Quando o reino estava no apogeu de sua glória um dilúvio de fogo e de pedra se abateu sobre o pais e destruiu tudo na sua passagem."

"Nessa vasta onda migratória - Aziz in 'Atlântida a civilização desaparecida' pp 131 - sigamos a sorte de um grupo de minoanos que aportou no Egito. É de supor que os egipcios os acolheram bem e lhes permitiram instalar-se no país. Então relataram as circunstâncias do cataclismo aos sacerdotes e escribas encarrregados de transcrever os acontecimentos da história. Esses relatos de refugiados minoanos devem ter formado o núcleo da lenda que os egipcios narraram posteriormente a Solon."

Afinal são várias as analogias existentes entre a mítica Atlântida e a civilização minoana:

- "Será que a guerra entre os atenienses e atlantes não era na verdade uma guerra entre micênios e minoanos?

Acredito que sim, respondeu ele, a acrópole de Atenas pode ter sido a mais impressionante de todas as fortalezas dos micenianos antes que fosse demolida para dar espaço as construções do período clássico. Logo após 1500 a C os guerreiros micenianos controlaram Cnossos e Creta e mantiveram este domínio até que o palácio fosse destruido pelo fogo e pela violência cem anos mais tarde. O ponto de vista tradicional é que os micenianos eram belicosos e os minoanos pacíficos. A posse ocorreu depois que os minoanos foram devastados por uma catastrofe natural."

- "Aqui esta: 'A Atlântida era o caminho para as outra ilhas e delas vôce podia passar para todo o continente fronteiro' Exatamente assim é que Creta era vista pelo Egito, as outras ilhas sendo Dodecaneso e os arquipelagos cicládicos no Egeu, e o continente da Grécia e da Ásia menor."

- "'A Atlantida era muito alta e escarpada do lado do Mar e rodeava uma planicie circundada por montanhas.' ... É exatamente esta a aparência da costa Sul de Creta e da grande planície de Mesara."







O verdadeiro labirinto




- "E finalmente 'os atlantes estavam divididos em dez regiões administrativas relativamente independentes sob a primazia da metrolopole real.'... os arqueologos acreditam que a Creta dos minoanos estava dividida em doze ou mais domínios feudais com palácios, semi-autonomos, sendo Cnossos o mais importante."









- "'Haviam touros enormes, e os reis, deixados sozinhos no templo de Poseidon, depois de oferecerem suas preces tentavam capturar uma bela vítima para o altar, sem armas, apenas com venábulos e laços.'... assim em Cnossos nos deparamos com um painel onde estão representados um touro e um acrobata pulando, e com inumeros objetos nos quais o mesmo animal é representado, além da fábula do minotauro é claro."
Gibbins in 'Atlantis' São Paulo, Planeta, 2006 pp 52 - 54


Sem embargo da data acima transcrita - porque a data exata da explosão ainda não foi fixada (A monumental 'Civilizações perdidas' - publicada pela Riders Digest 1981 - assinala 1450 como sendo a mais provável.) - o nome de Kftiu só desaparece dos registros egipcios durante o reinado de Amenofis II, o faraó do êxodo, levando-nos a crer que a explosão de Thera aconteceu pouco antes deste evento, sendo causa efetiva dos fenômenos descritos no livro a guiza de 'pragas'.

"O único vulcão ativo do Egeu e um dos maiores do mundo. Em algum momento, na metade do segundo milênio antes de Cristo, aquele vulcão entrou em erupção. Dezoito kilometros cubicos de rocha e cinzas foram lançados a oitenta km de altura e a centenas de km para o Sul sobre Creta e ao Leste do mediterrâneo, sombreando o céu durante dias. O ABALO SACUDIO AS CONSTRUÇÕES DO ANTIGO EGITO.

'O Senhor disse a Moisés, estenda as mãos para o céu e sobre toda a terra do Egito haverá uma escuridão que se poderá apalpar. E Moisés estendeu suas mãos para o céu; e uma densa treva cobriu a terra do Egito durante três dias.'

As cinzas cobriram toda Creta e destruiram a agricultura durante uma geração...

Então, os egipcios ouviram um barulho muito forte. O céu escureceu. Alguns sobreviventes chegaram a terra do Egito e contaram histórias assombrosas sobre um dilúvio. Os homens de Keftiu não remeteram mais tributos a grandeza de Faraó..."
iden, pp 55

Uma catastrofe nas mesmas proporções da de 1883 pode muito bem ter provocado todos os fenômenos referidos no livro do Êxodo. Não duvidamos que tenha repercutido até mesmo na longinqua Heligoland e na região do Báltico, ocasionando um rebaixamento de terras e a submerssão de regiões inteiras, para não falarmos no Sinaí e em Canaã...




É plausivel que uma explosão de tais proporcões tenha acionado igualmente o Sinaí e que o mesmo tenha manifestado alguma atividade vulcânica ou até mesmo entrado em erupção na ocasião. Erupção cujos efeitos podem ter se prolongado pelo 'Rift valley' até o Mar morto e abalado as muralhas de Jericó ou pura e simplesmente te-las feito desabar...



As nuvens, clarões, e tremores, e brasas de fogo, e fumo; com que com que o salmista descreve a passagem dos hebreus pelo Sinaí são tipicas marcas duma erupção vulcânica. Como os hebreus jamais haviam testemunhado algo semelhante é bastante provavel que tenham relacionado tais fenômenos com a presença de seu deus Jeová exercendo juizo no alto da montanha.






Diante das marcas e sinais estes hapirus não tiveram a menor dúvida: haviam encontrado sua montanha, a montanha sagrada de Jeová, conforme este prometera vizita-los caso fossem oferecer-lhe sacrifícios no deserto.



Tenho diante de mim um fragmento de rocha oriundo do Sinaí e não é preciso ser nenhum 'expert' em geologia para perceber que tal rocha, no passado, esteve submetida a ação de temperaturas elevadíssimas... típicas das crateras vulcânicas.



Quanto a queda das muralhas de Jericó, adrede abaladas por tremores e sismos, é possivel especular se Moisés não recebera dos sacerdotes egipcios algum conhecimento a respeito das ondas sonoras. E se o barulho feito pelos hebreus em torno das já debilitadas e enfraquecidas muralhas não fez as vezes dum 'canhão' supersônico.



Inicialmente a última praga não era a morte dos primogênitos (Bekorim) mas a destruição das primícias (bikkurim) ou seja do restante do trigo e da espelta por efeito do siroco. Os hebreus não a sofreram porque estavam protegidos pelo vento.


Percebendo o quanto a catastrofe geologica havia afetado as grandes civilizações mediterrâneas, da extinta talassocracia cretense ao todo poderoso Egito faraônico; os povos bábaros que habitavam as fronteiras, quiçá premidos pela falta de alimentos e pela superpopulação (conforme Heligoland e as regiões do Báltico haviam submergido) atiraram-se sobre elas em migrações sucessivas e cada vez maiores. De modo que duzentos anos após a explosão de Thera, por volta de 1210 a C o poderoso império hitita foi varrido do mapa pelos assim chamados 'povos do mar', os quais sem delongas seguiram pela margem leste do mediterrâneo em demanda do Sul e atingiram ao delta do Nilo, cerca de vinte anos depois em 1188 a C.



Só então foram batidos pelo último grande Faraó Ramsés III que lhes deu batalha no delta e destruiu sua frota.


Tornemos porém ao Êxodo...



Durante o ápice da catastrofe parte dos Hapiru soube aproveitar-se astuciosamente da crise momentânea a que o Egito ficou exposto para evadir-se. Com o intuito de evitar as guarnições da fronteira (Tieru e Sirbonis), - a respeito das quais Moisés (que havia combatido como oficial em Astaboras, segundo Artapanus) estava muito bem informado - este grupo de ex escravos foi margeando os pâ
ntanos e lagoas repletos de juncos que confinam com o Mar vermelho.



É plausível crer que as margens de um dos canais haviam desabado, formando uma ponte ou passagem, tornada praticamente seca "Por um vento do oriente que soprou durante toda noite." Ex 14,21. Foi o quanto bastou para dar origem a disparatada lenda divulgada no filme 'O princípe do Egito' e segundo a qual os hebreus passaram pelo meio do grande Mar como por entre sólidas muralhas de água... sabemos no entanto que o Mar dos juncos não é o mar vermelho, mas uma laguna contigua como foi assinalado pouco acima.

Fale por nós o competente Werner Keller:



"A palavra hebraica 'yam suph' é vertida ora por Mar Vermelho ora por Mar dos juncos...



No mar vermelho não crescem juncos. O Mar dos juncos propriamente ficava mais ao Norte. Dificilmente se poderia fazer uma reconstituição fidedigna do local após a construção do canal de Suez... o braço de mar que se ligava com os lagos amargos era vadeável em diversos lugares. A verdade é que até foram descobertos vestígios de tais passagens. A fuga do Egito pelo mar dos juncos, é, pois, perfeitamente verossimil." Werner Keller in "E a Bíblia tinha razão", São Paulo, melhoramentos, 1958, p 112



Outra hipotese ventilada pelo autor é que "De vez em quando ocorrem na ponta Norte do golfo de Essuwes ventos fortes que partindo do Nordeste, impelem a água do mar com grande força, fazendo-a recuar e permitindo que os homens passem a pé nesse lugar... a próprio pentateuco cita o 'vento leste'" iden, id.

Quanto ao fechamento da passagem, demos a palavra a Spinoza: "A narração de Êxodo 14,27 silencia por completo a respeito do vento, dando a entender que a passagem foi fechada pelo comando de Moisés. O cântico de Moisés no entanto (Ex 15,10) afirma que a maré subio graças ao sopro de Deus (que corresponde certamente a um vento muito forte) o que dá a entender que o precedente silêncio tinha por objetivo tornar o evento tanto mais estupendo e maravilhoso." Id, ibd pp 109




Quanto aos milagres ocorridos na travessia do deserto, a maioria deles continua a ocorrer até nossos dias naquelas inóspitas paragens...
A começar pelo Maná:


Breitembach, decano de Monguncia, de passagem pelo Sinaí, escreveu no ano de 1483:
"Nestes vales encontra-se o pão do céu, que os monges e árabes recolhem, guardam e vendem aos peregrinos estrangeiros que passam por aqui."


"A REGIÃO, NA QUAL SE TEM DE PROCURAR O DESERTO DE SIN POSSUI AINDA HOJE MUITOS TAMARISCOS, DO RAMO DOS QUAIS A PICADA DE UM INSETO FAZ ESCORRER UMA GOMA RESINOSA QUE OS ÁRABES DO PAÍS COMEM COM PÃO, COMO SE FOSSE MEL, E QUE OPS MODERNOS CHAMAM DE MANÁ. MUITOS VIAJANTES AI TEM ENCONTRADO UMA ESPÉCIE DE MANÁ QUE PARECE CAIR DO AR,E QUE SE COLA AS PEDRAS, ARVOREDOS E ERVAS; É O MANÁ VEGETAL CARREGADO PELO VENTO." tal o depoimento de Ehremberg, Breintenbach e Oedemann, acolhido por Lemormant e Keller.



Podeis inclusive comprar do tal maná nos mercados da jordânia sob a alcunha de manit.
Vejamos agora como se extrai água de um rochedo:

"Moisés ferindo o rochedo em rafidim e fazendo brotar água parece um verdadeiro milagre, no entanto este que vos escreve viu com seus próprios olhos acontecimento similar. Alguns membros dos corpo de cameleiros dos Sinai haviam feito uma parada num vale seco e premidos pela sede já estavam a cavar a areia em busca de água... eis senão quando um sargento indigêna... vibrou um golpe sobre uma das rochas. A superfície lisa e dura que se forma sobre uma pedra calcária exposta ao tempo rompeu-se e caiu, com isto ficou exposta a rocha porosa debaixo e dela saiu um grande jorro de água. Os sudaneses então aclamaram: Eis o novo profeta Moisés.'" Jarvis C S in "O Sinai ontem e hoje"

Sobre a miraculosa sarça ardente, torne-mos a Werner Keller:

"O fenômeno da 'sarça ardente' existe, pois, na natureza, literalmente nas plantas ricas em óleos voláteis. O naturalisa alemão Schwabe comprovou inumeras vezes a combustão expontânea: a mistura de gás e ar inflama-se devido ao intenso calor do deserto, ficando o arbusto intacto." id 123


Não é pois necessário apelarmos a Deus e a sua plenipotência diante de fatos cuja natureza mesma das coisas nos indica a verdadeira causa.




Sim, tinha razão (ao menos até certo ponto), tinha fatos, tinha eventos, mas ignorava suas verdadeiras causas, (atribuindo tudo a Deus) daí seus erros de interpretação tão calamitosos e grosseiros.

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