Hiper agia ai partenos Maria, akrantos Mitéra tou Khristos Theos - soson imas!
Batul Lala Marian Wallidat al illah - ʕawnu ni!

Nossos pais e avós foram protestantes, nossos tetravos papistas, as gerações do passado remoto no entanto foram Católicas, apostólicas e ortodoxas, e nós, consagrando todas as forças do intelecto ao estudo da coisas santas e divinas desde a mais tenra idade, reencontramos e resgatamos a fé verdadeira, pura, santa e imaculada dos apóstolos, mártires e padres aos quais foi confiada a palavra divina. E tendo resgatado as raízes históricas de nossa preciosa e vivificante fé não repousaremos por um instante até comunica-la aos que forem dignos, segundo o preceito do Senhor. Esta é a senda da luz e da justiça, lei do amor, da compaixão, da misericórdia e da paz entregue uma única vez aos santos e heróis dos tempos antigos.

João I

João I
O Verbo se fez carne




Hei amigo

Se vc é protestante ou carismático certamente não conhece o canto Ortodoxo entoado pelos Cristãos desde os tempos das catacumbas. Clique abaixo e ouça:

Mantido pelo profo Domingos Pardal Braz:

de pentecostal a ORTODOXO.

Jesus aos apóstolos:

"QUEM VOS OUVE É A MIM QUE OUVE E QUEM VOS REJEITA É A MIM QUE REJEITA."


A CRUZ É UM ESCÂNDALO PARA OS QUE SE PERDEM. MAS PARA OS SANTOS PODER E GLÓRIA DE DEUS.

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sábado, 13 de dezembro de 2008

B) CXXIII - A verdadeira origem do Pentateuco




"Caso admitamos que as 'Crônicas' constituem uma elaboração posterior, o que é fácil demonstrar devido a sua afinidade com Esdras, a história dos judeus assume forma distinta e as investigações a respeito da origem do pentateuco tomam outros caminhos; assim sendo diante da abundância de argumentos seria necessário, caso situemos a existência de Moisés legislador em tempos mais recuados ou pré davídicos, SUSTER QUE TODA LEI  DESAPARECERÁ SEM DEIXAR VESTÍGIOS. O significado mesmo de Moisés torna-se diverso." De Wette (Beitrage, I, 135)



A imensa maioria dos fundamentalistas crê piamente que as escrituras hebraicas e gregas baixaram mágica ou miraculosamente dos céus já em seu formato retangular, com a patética capa preta e o nome do copista João Ferreira de Almeida 'ex padre'... Tomam pois a obra do padre apóstata como correspondendo perfeitamente aos registros consignados pelos copistas em hebraico, aramaico ou grego, dezenas de séculos antes que Lutero, Tyndale, Zwinglio, Calvino, JFA, Valera ou mesmo os doutos sacerdotes papistas Figueiredo e/ou Mattos Soares viessem a luz da existência.

Esta visão idealista e romântica tem sido responsável pelo cativeiro espiritual em que vive nosso bom povo... ao qual apresentam ora a JFA, ora a Linguagem de hoje, ora a Revisada da SBB, ora as versões papistas, ora a TNM, ora a versão mormônica, como sendo a autêntica palavra de deus. Deve neste caso haver mais de um deus, uma VEZ QUE VERSÃO SUPÕE DIVERSIDADE, e diversidade encontramos em tais livros e nos livros correspondentes que encontramos em aramaico, grego, latim, espanhol, italiano, inglês, alemão e francês...

É o protestantismo uma religião de traduções arranjadas mais do que o papismo que é uma religião pautada na liderança humana e que reconhece de certo modo a excelência dos quatro Evangelhos, em traduções autorizadas e com notas. No protestantismo porém, cada seita faz ou arranja sua versão ou variante.

No EUAN, reduto dessa religião subjetivista e individualistas há tantas versões quanto cabeças ludibriando os incautos e excomungadas, quase todas pelas seitas rivais.

No que tange aos antigos registros israelitas foram bem definidos por José de Campos Novaes e Cyro de Moraes Campos como mosaicos de compilações, extraídas de de inumeras fontes sejam orais/tradicionais ou provenientes de registros ainda mais antigos sejam israelitas ou pagãos.

A própria Tanak ou Mikra dos infiéis alista uma série de fontes anteriores a sí e irremediavelmente perdidas para nós tais como: O livro do Justo, o Livro das guerras do Senhor, as visões Ado, as profecias de Natã, Gad, Miquéias filho de Jemla, Oded, Aias de Silo, etc as narrativas de Isaias, as crônicas de Jeremias, e muitos outros registros elencados em II Mac 2,15.

Seja como for, todos os registros hebraicos, inclusive os mais primitivos, parecem ter sido tributários de fontes estrangeiras muito mais antigas e provenientes já da Mesopotâmia, já do Egito, já da Fenícia como veremos no decorrer desta exposição...

Quem teria recorrido a tais fontes?

Moisés, Samuel, Solomão, ou sacerdotes e escribas ocultados sob seus nomes?

No que tange ao testamento antigo, a mãe igreja recebeu os nomes dos supostos autores destes livros por mediação da sinagoga, a qual, posteriormente, consignou-os no Talmud, na Mixna, na Guemara, etc

Estamos pois no terreno das tradições hebraicas...

Assim os rabinos atribuiram o pentateuco e Jó a Moisés, seu legislador; os livros de Josué, Juizes ou Sufetin, Rute e Samuel ao próprio Samuel; os livros dos Reis ou Melakins aos profetas Gad e Natã; as Crônicas ou Dibrê Hayyamin ao imame Ezra; o Livro de Tobias ao próprio; o de Judite a Jusué ben Josedek; o de Ester a Mardocchai; os Salmos ao rei David (daí em árabe 'Dawid'); os provérbios, o cohelet, os Cantares e a sabedoria a Salomão; o rei apóstata... Tais as opiniões dos infiéis e apóstatas que a igreja tomou por guia em tais assuntos com o intuito de satisfazer a curiosidade dos santos.

Sixto senense todavia - in Biblioteca Santa Livro I pp IIII - refere que a tradição pertinente a autoria mosaica do pentateuco precedera o ministério rabínico, estando já em voga no tempo de Filo - mistagogo hebreu que viveu no tempo de Nosso Senhor Jesus Cristo - o qual assim se expressou no livro sobre a "Eternidade do mundo": "Moisés... mesmo escreveu no primeiro livro de sua obra, o Genesis: 'No princípio fez Deus o céu e a terra." e no livro da "Peregrinação de Abraão""Segundo escreveu nosso profeta Moisés naquela parte da lei que se chama Exôdo."

É possivel reportar tal tradição a Jesus de Shirak - que alguns afirmam ter sido vizir de Salomão, mas que na verdade floresceu século e meio antes do advento de Nosso Senhor e Salvador - eis o que ele registrou em seu livro: "E deu (Moisés) os mandamentos divinos e também as normas e regulamentos... e a aliança entregou a Aarão." Donde se infere que aquela geração atribuia a Moisés outros escritos além do Decalogo, muito provavelmente o pentateuco todo em sua forma atual.

A mesma autoria é corroborada pelo pentateuco samaritano - os judeus de jerusalem separaram-se dos samaritanos ou israelitas no quinto século a C - segundo o Tachquil (cólofon)que lho precede: "Eu, Abissue, filho de Finéias, filho de Eleazar, filho do grande Padre Aarão - Deus os guarde - mandei escrever este livro na montanha de Garizim, trinta anos após a ocupação da terra pelo povo de Israel. Jeová vive para sempre."

Portanto a tradição segundo a qual Moisés compoz o livro e entregou-o a guarda de sua família deve remontar no mínimo a cinco séculos antes da presente era.

A cristandade por sua vez conservou tais tradições inalteradamente, como coisa santa e divina, por cerca de mil e quinhentos anos ou seja. Até o século XVI...

Passemos a palavra a um dos mais destacados paladinos da ortodoxia papista, Fulcran Vigoroux:
"Encontramos dúvidas sobre a origem do pentateuco em Andreas Masius (1573) o qual sofreu réplica pouco independente de Jacques Bonefrerius (1643) em Hobbes, no livro do Leviatan (1651)
Muito adiantado para seu tempo é o juizo emitido por Baruch Spinosa, o qual em seu "Tratado político teológico" impugna a tradição mosaica sobre a origem do pentateuco, procurando demonstrar sua formação gradual e a participação que nele teve Esdras.
SPINOSA FORA INFLUENCIADO PELA POSIÇÃO ASSUMIDA, INDA QUE SUTIL E TIMIDAMENTE PELO RABINO ABEN EZRA CERCA DE QUINHENTOS ANOS ANTES OU SEJA EM 1167." in Dictionnaire de la Bible

Conclusão: as dúvidas com relação a autoria do Pentateuco não são, como parecem ser a primeira vista, coisa nova, deitando suas raizes em plena Idade Média e no seio mesmo da sinagoga judaica.

Pois remontam a um dois de seus ofíciais: o rabino Isaac Ben Joshua (sec XI) e o rabino Aben Ezra tendo sido desenvolvidas mais tarde pelo sábio polidor de lentes (no 'Tratado político - teológico, 1670).

Segundo estes homens sábios haviam no mínimo duas fontes: Moisés e Ezra, o imame; embora este fosse quase sempre apresentado como corretor/editor e não propriamente como co autor.

Como é bastante improvavel que o Padre Masius (1514 a 1573) - um dos primeiros ocidentais a especializar-se em siríaco - tivesse conhecimento a respeito das dúvidas apresentadas por Isaac ben Joshua Aben Ezra somos levados a concluir que tendo refeito o mesmo etinerário bíblico chegou independentemente as mesmas dúvidas. Nós imaginamos que tenha chegado as mesmas conclusões que o rabino judeu porque não tivemos acesso ao livro escrito por ele.

Somos informados no entanto de que Bonefrerius, agindo com independência e honestidade, acatou ao menos parte de suas críticas como justas, admitindo que Esdras havia atuado como editor/revisor i é, co autor. Genebrardo de Aix e Cornélio A Lapide, emitiram opiniões semelhantes e o próprio Cardeal Bellarmino (in 'De Verbo Dei' II,1) considerou que Ezra não só corrigiu extensas parcelas do livro como anexou diversos documentos necessários a sua compreensão.

Por estranho que possa parecer esta posição - tolerante ou liberal - reflete ao menos parte da tradição Cristã medieval - cf Hoberg (Moses und der Pentateuco, 72 seq.) - do mesmo modo que a judaica, de certo modo consciente face ao problema das fontes. Grosso modo a ideia bizarra e monstruosa de um Pentateuco prontinho saindo das mãos de Moisés - em termos de igreja ortodoxa e/ou romana - foi adotada apenas nos séculos XIX e XX NUMA CONJUNTURA DE RELAÇÃO COM O PROTESTANTISMO, via de regra conjuntura de rejeição face a um criticismo liberal cujo derradeiro escopo era atingir o Novo Testamento e o Evangelho, como de fato foi feito por Strauss e Bultmann. Devido a tais tentativas com o intuito de destruir a credibilidade da narrativa evangélica, optou a igreja por recuar sua defesa até o Pentateuco, assumindo uma postura tanto mais rígida e de certo modo contrária a sua tradição. O que a igreja não quis e/ou não pode perceber é que procedendo deste modo, alinhava-se de certa maneira a corrente protestante rival - dita, conservadora, ortodoxa ou fundamentalista; de inspiração biblicista e calvinista - que é a matriz de todas as seitas anti cristãs.

Desde então a igreja ou melhor seus mestres, tem forjado os melhores sofismas empregados pelos fanáticos com o intuito de confrontar a alta crítica. A igreja não quis ou não pode perceber que toda argumentação produzida pelos heréticos contra ela provem justamente de tais livros - ou seja dos registros judaicos - e que a ruína dos mesmos - quanto ao que não diga respeito a Jesus Cristo - seria uma grande vitória para ela. Pelo simples fato de que a única relação existente entre os Santos e Divinos Evangelhos e a Torá dos judeus é terem sido colocados num mesmo volume chamado Bíblia, fora este nome inexiste qualquer tipo de solidariedade orgânica entre 'Moisés' e Jesus. (Pereça pois a Tanak e com ela todas as seitas heréticas dos judaizantes, para que viva a santa doutrina da Encarnação, dos Sacramentos e da Igreja)

Felizmente tais dúvidas, emitidas por Mazius, Spinoza, etc jamais deixaram de círcular, ao menos sub repticiamente nos meios mais cultos da Europa 'cristã'.

Pouco tempo depois de Masius foi a vez do calvinista convertido Peyrere, causar escândalo com sua teoria dos pré adamitas e novos argumentos contrários a autoria mosaíca do pentateuco...

Em 1651 foi a vez do pensador inglês Th Hobbes no 'Leviatan' suster que o Pentateuco fora escrito por Ezra, o imame, a partir de fontes mais antigas

Quase que na mesma época o Pr calvinista Jean Le Clerc publicou um escrito em que apontava as emendas e manipulações implementadas pelos Massoretas e emitia suas dúvidas a respeito da autenticidade de ao menos parte dos registros judaicos.

Um seu contemporâneo, o exegeta e erudito francês Ricardo Simon - segundo alguns discípulo de Peyrere - sacerdote do oratório, teve audacia de reunir e coordenar um bom número de evidências contrárias a autoria mosaica do pentateuco:


Duas narrativas sucessivas sobre a criação do mundo (a segunda principiando em Gen 2,5), a primeira designando o artifice por Elohim e a segunda por Javé.


A confusão feita entre os nomes dos descendentes de Caim e Cainam. (Gn 4,17 - 5,12)


As repetições completamente distintas sobre o dilúvio ( 6,19 e 7,2)


O inicio truncado da estória de Abraão que começa com as palavras: "Ele partiu dali..." (cap20). Dali onde?


A reprodução das aventuras de Sara, primeiro com o faraó do Egito e depois com Abimelec rei de Gerara...


Os multiplos nomes do pai de Séfora e sogro de Moisés, Jetro (Ex 3,1); Raguel (Ex 2,18) e Hobab


E para aqueles que negam haver contradições em tais registros:


EM EX 33,7 A TENDA DA REUNIÃO É LOCALIZADA FORA DO ACAMPAMENTO DOS ISRAELITAS, MAS EM NÚMEROS 2,2 É LOCALIZADA NO MEIO DO ACAMPAMENTO...


Lançando pela primeira vez a hipótese segundo a qual Moisés teria se servido de diversas fontes para compor seus livros. Tal o fio da meada de sua obra prima: "Histoire critique du Vieux Testament." (cujos tópicos devidamente traduzidos é nossa intenção publicar).


Infelizmente a hipótese proposta por Simon foi fortemente atacada pelo Bispo de Meaux - do mesmo modo como as dúvidas de Masius haviam sido mais ou menos 'impuganadas' por Bonefrerius - e acabou ficando esquecida por cerca de um século até que em 1753 o médico de Luiz XV, Jean de Astruc, publicou uma obra intitulada "Conjecturas a respeito dos documentos que parecem ser usados por Moisés ao escrever o livro do Gênesis." (cujos tópicos também pretendemos traduzir).


"Na sua opinião Moisés tinha aproveitado escritos mais antigos. Num deles Deus era sempre indicado pela forma Elohim enquanto no outro era indicado por Javé. Juntamente com esses dois grandes documentos, Moisés serviu-se de uma dezena de fragmentos de outros escritos. Redigiu tudo em quatro colunas, uma ao lado da outra, fundida mais tarde numa única unidade que constitui agora livro do Gênesis.


Esta teoria encontrou boa acolhida. Outros sábios aplicaram-na aos demais livros do pentateuco. Mas logo apareceu a dificuldade: Como designar os documentos originais nos capítulos que continham apenas leis em vez de estórias? Assim se explica por que, em muitos escritos sobre os livros de Moisés depois de Astruc, a "Teoria dos documentos" foi elaborada, modificada e adaptada de diversas maneiras." Luc. H. Grollenberg. in "A nova imagem da Bíblia." São paulo, Herder, 1970, p 8

Astruc havia limitado suas conjecturas ao capítulo primeiro do gênesis, Eichorn ni  'Einleitung' (1780 - 83) aplicou a analise do médico francês a todo Pentateuco sendo o primeiro a contestar a autoria mosaica. 

Ilgen aperfeiçou a teoria na década seguinte.

No ano de 1800 um terceiro Padre, Alexander Geddes, publicou suas 'Observações críticas sobre a origem do Antigo Testamento' obra monumental, em que antecipou a maior parte das descobertas feitas pela alta crítica alemã no decorrer do décimo nono século, inspirando os trabalhos de De Wette, Reuss, Graf e do próprio Wellhausen. Além de W M L De Wette (1805)- que concentrou suas pesquisas em torno do Deuteronômio - Berthold, Hartmann e Von Bohlen, compuzeram obras a respeito.

Geddes havia consultado as 'Memorias e anotações' de Astruc. Ele foi o primeiro a notar que Pentateuco é formado pela associação de inumeros fragmentos desconexos e a propor a tese do 'Hexateuco'.

Vater (1802 - 1805) foi o primeiro a coligir cerca de 39 fragmentos e a situar a composição do pentateuco durante o exílio na Babilônia.

Hartmann (1831) opinou que os israelitas ainda não possuiam escrita própria, ao tempo de Moisés (situado no décimo sexto século a C).

Gramberg (1828) Kelle, Ewald, Stahelin (1830), Bleek (1831), Von Lengerke e Delitzsch, tomando pé nas antigas tradições pertinentes ao papel de Ezra, enquanto corretor e redator; postularam uma fonte sacerdotal Sacerdotal, embora a principio falassem apenas em interpolações.

Ewald, Knobel, Noldeke e Schrader sustiveram polêmica em torno da prioridade deste ou daquele documento; para Ewald por exemplo, o eixo documental era a fonte E ou Elohista. Tuch constatou que, ao menos quanto ao I Moisés, i é, o gênesis, o eixo documental era formado por J e E combinadas.

Em 1853 Hupfeldt chegou a conclusão que o Pentateuco era composto por três documentos  J, E e E 2. No ano seguinte J Rihem publicou a primeira obra em que eram propostas quatro fontes J, E, E 2 e D.

Entrementes - de 1830 a 1834 - Reuss preconizava uma abordagem natural e evolutiva da História de Israel. Vatke e George adotaram este ponto de vista no ano seguinte (1835). O próprio Reuss, pelos idos de 1850, emitiu a tese segundo a qual o Pentateuco era formado pela junção de cinco documentos J, E1, E 2, D e P, reunidos por este último redator (o Sacerdote) após o exílio, i é, no tempo do imame Ezra.

Assim sendo a partir de 1865 - 66 K H Graff ( in 'Die sogennant Grundschrift des pentateuchs' ) concluiu que Ex, Nm e Lv haviam sido redigidos durante o cativeiro. Na esteira de Reuss ele postulou a existência de cinco fontes documentais. Em 1869 Merx tece suas considerações a respeito da hipótese de Graff.

Considerações que meses depois serviram como ponto de partida para a obra de 'A religião de Israel' de Abrahan Kuenen. Aqui, pela primeira vez era proposto o esquema convencional J E D P.


  • Escrito Javista - de Judá (S)
  • Escrito eloista - de Efraim (S)
  • Escrito deuteronomista
  • Escrito Sacerdotal



A Wellhausen, coube a glória de sintetizar os quase cem anos de pesquisas sobre o tema, em seu 'Die compoisition dês Hexateuchs' 1876. Dai a teoria dos fragmentos, formas, fontes ou documentos ser conhecida por teoria 'Graff - Kuenen - Wellhausen' nos circulos acadêmicos.

Desde então a teoria documental obteve a adesão de Dillman, Kittel, Koenig, Winckler, Montet, Driver, Klostermann, Renan, Westphal, Cornill, Colenso, Bertholet, Kleinert, Duston, Wildeboer, Bantsch, etc para nos atermos ao décimo nono século. No século seguinte, após as contribuições de Martin Noth (Tetrateuco, Deuteronomismo e a formulação da hipótese etiológica) e Albrecht Alt, sua aceitação assumiu um carater de totalidade nos meios acadêmicos.

Lamentavelmente os ortodoxos e papistas, de modo geral - apesar da atuação de três sacerdotes na composição da teoria Mazius, Simon e Geddes; além é claro do piedoso leigo Astruc - recusaram-se a examinar o assunto, pelo simples fato de tal oportunidade ter surgido após o surgimento do abominável exame introduzido por Lutero e Calvino no seio mesmo da doutrina Cristã. Com Bossuet e outros a consciência romana encarou tais dúvidas como um ataque a tradição Cristã. Ela não pode ou não quis discernir entre tradições rabínicas e tradições Cristãs na plena e pura acepção do termo; foi um erro crasso e muito grave pelo qual pagamos até hoje. *

De certo modo a rejeição das tradições legitimamente cristãs por parte dos heréticos, capacitou-os a repudiar as tradições humanas dos antigos judeus que a igreja antiga havia tomado de empréstimo. Daí um Eichorn, um Ilgen, um De Wette, um Graf, um Wellhausem terem florescido entre eles e não na Igreja de Cristo, como seria para desejar. Pois setor algum da Cristandade sobre tantos ataques por parte das seitas judaizantes quanto as igrejas romana e Ortodoxa, e sobretudo esta enquanto padrão estritamente fiel ao dogma da Encarnação de Deus.

Importa saber que tais tradições - hebraicas ou rabinicas - nada tem de Cristãs como supuzeram Bossuet e a CPB na esteira dos padres antigos. Pois tendo sua origem no templo ou na sinagoga em algum tempo antes do advento do Unico Deus Verdadeiro Jesus Cristo merecem ser repudiadas como 'tradições humanas inventadas pelos homens', este é o juizo do Senhor e Mestre e o nosso.

Ademais tendo tais tradições aparecido cerca do século sexto ou quinto a C e Moisés vivido cerca do décimo quinto século a C, há entre elas e Moisés uma lacuna de quase milênio, lacuna mais do que suficiente para infirma-las, lançando-as ao terreno da imaginação e da fábula.





Apesar da Revolução Francesa ter fechado ainda mais as portas da igreja romana para as descobertas e conhecimentos científicos, a teoria das formas não deixou de contar com ao menos alguns discretos defensores em seu meio.

Michaellis, o biblista convertido, flertou por diversas vezes com ela.
Lenormant, o assiriólogo também não deixou de escrever com certa independência sob Leão XIII. Ele admitiu três autores para o Pentateuco e assim se expressou a respeito do mais antigo: 

"Um só ponto me parece hoje quase estabelecido, e isto pelas mais recentes críticas, contrárias a opinião que por muito tempo prevaleceu; QUE O JEOVISTA, QUALQUER QUE SEJA A DATA PRECISA, É NOTADAMENTE ANTERIOR AO ELOISTA; QUE SEU ESCRITO REPRESENTA NA VERDADE A FONTE MAIS PRIMITIVA  DE QUE DISPOMOS SOBRE AS ORIGENS DE ISRAEL, DE SUA SAIDA DO EGITO E DE SEU ITINERÁRIO PELO DESERTO."  in 'Les origines de l histoire Pref pg XV


O mesmo pontificado - que distinguiu-se de todos os outros pela tolerância a respeito de tais matérias - também favoreceu a audácia do Pe Lagrange.
O fanático Pio X, no entanto, envolveu tais iniciativas em sua cruzada anti modernista, pondo as coisas nos mesmos termos obscurantistas de Pio IX.
Somente quatro décadas a frente, em 1951, sob Pio XII, pode o Pe De Vaux, publicar uma edição do Gênesis que fazia juz a teoria das formas.

Enquanto o romanismo fazia tais progressos, o protestantismo, como faz até hoje, apegava-se as 'desbobertas' e teorias do Dr Albrigth, como correspondendo a tábua de salvação.
A dita tábua no entanto, estava podre e carunchosa, como certificaram Filkenstein/Silberman, in 'A Bíblia não tinha razão'
Era de se esperar que o castelo de areia erguido pelo filho de um casal de missionários protestantes, viesse abaixo, afinal semelhante construção não foi feita com objetivos científicos mas - como o próprio Albrigth proclamara, com o objetivo de "Esclarecer, compreender, e de modo geral, DEMONSTRAR A VERACIDADE DA BÍBLIA."
Todos os esforços de Albrigth e de seus partidários consistiram em tentar provar que suas ideias e crenças pré conbecidas estavam de acordo com a realidade, mas não estavam.





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