"As duas crenças cristãs básicas sobre Maria, a saber: a virginal concepção de Jesus e seu papel como theotokos (tradicionalmente traduzido como" Mãe de Deus "), foram claramente afirmadas neste livro. Além disto, vimos como essas crenças são aspectos de crenças fundamentais a respeito de Jesus, o qual é tanto o filho de Maria quanto de Deus." Peter Toon
"Enquanto a frase possa soar estranhamente a alguns, os protestantes em geral concordam que ele é fiel ao verdadeiro sentido das Escrituras, e que negar isso é sugerir que nós realmente não acreditamos na plena divindade d'Aquele que nasceu de Maria." Kenneth Kantzer
"Os Evangelhos são a história do próprio Deus humano. A conclusão é agora inevitável. Se o Filho de Deus entrou no tempo e no espaço como um ser humano e ele assim o fez, assumindo a humanidade que lhe foi dada por Mari, logo Maria é a Mãe de Deus e o título lhe cai bem." Tim Perry
Embora a maternidade divina da Virgem Maria sempre tenha sido contada entre os dogmas divinamente revelados e imaculadamente preservados pela Igreja de Cristo, uma proclamação tanto mais solene, face as arguições do Estado, foi feita pelos padres congregados em Éfeso no ano 431 desta nossa Era.
Θεοτόκος والدة الاله
O TESTEMUNHO DOS REFORMADORES
PROTESTANTES A RESPEITO DA MATERNIDADE
DIVINA DA SANTÍSSIMA VIRGEM MARIA.
"Nesta obra pela qual ela foi feita da Mãe de Deus, tantas e tão grandes coisas lhe foram dadas que ninguém pode compreendê-las..." Weimar; Lutero, Inglês tradução por Pelikan, Concordia, St. Louis, v 7, p. 572.
"Não podemos reconhecer as bênçãos que nos trouxe Jesus, sem reconhecer ao mesmo tempo quão imensamente Deus honrou e enriqueceu Maria, ao escolhê-la para Mãe de Deus." João Calvino, Comm. Sur l’Harm. Evang.,20
E noutro passo:
"Izabel designa Maria como 'Mãe do Senhor' porque a unidade da pessoa nas duas naturezas de Cristo era tal que ela poderia ter dito que o homem mortal gerado no ventre de Maria, era ao mesmo tempo, o Eterno Deus. " Calvini Opera, Corpus Reformatorum, Braunschweig-Berlim, 1863-1900, v 45, p. 348, 35
"A Mãe de Deus deve ser honrada com a maior dedicação possível." Confissão Tetrapolitana, elaborada por Martin Bucer
"Nós não só cremos que Deus favoreceu a santa e bem-aventurada Virgem mais do que todos os patriarcas e os profetas, mas também que ela foi exaltada acima dos querubins e serafins.... A Virgem Santa não é apenas serva e criatura, mas também Mãe deste grande e vivo Deus." Charles Drelincourt
ἀειπαρθένος aeiparthenos Panagia
O TESTEMUNHO DOS REFORMADORES A RESPEITO DA VIRGINDADE PERPÉTUA DA SANTA MÃE DE NOSSO VERDADEIRO DEUS JESUS CRISTO
O texto latino dos artigos Smalcald, escrito por Martin Luther em 1537, emprega o termo "sempre Virgem" para se referir a Maria
Na edição latina do Livro da Concórdia, editado em 1580 - por Selnneker - depara-mo-nos com a seguinte confissão:
"O Filho tornou-se homem dessa maneira, sendo concebido sem a cooperação do homem, pelo Espírito Santo, e nasceu da pura, santa e sempre Virgem Maria.""O Filho de Deus fez-se homem, de modo a ser concebido do Espírito Santo sem o auxílio de varão e a nascer de Maria pura, santa e sempre virgem." Martinho Lutero, "Artigos da Doutrina Cristã"
"Firmemente creio, segundo as palavras do Evangelho, que Maria, como virgem pura, nos gerou o Filho de Deus e que, tanto no parto quanto após o parto, permaneceu virgem pura e íntegra." Zwinglio, in "Corpus Reformatorum"; Bretschneider
No "Fidei expositio", derradeiro panfleto de sua pena. . . Há uma insistência especial sobre a virgindade perpétua de Maria.
"Deve ser punido... todo aquele que afirmar ser a Mãe de Deus uma mulher qualquer ou que teve outros filhos além do filho de Deus, ou que não era Virgem ao concebe-lo." tal o teor duma lei entregue pelo próprio Oecolampadius aos cidadãos de Basiléia
"Completamente santificada pela graça e pelo sangue de seu Filho único e abundantemente dotada com os dons do Espírito Santo. . . agora vive feliz com Cristo no céu sendo aclamada como a sempre Virgem Mãe de Deus.." Heinrich Bullinger; in Hilda Graef, Mary: Uma História da Doutrina e Devoção, combinado ed. de vols. 1 & 2, Londres: Sheed & Ward, 1965, vol.2, pp.14-5
"Creio que [Jesus] foi feito homem, unindo a natureza humana à divina em uma só pessoa; sendo concebido pela obra singular do Espírito Santo, nascido da abençoada Virgem Maria que, tanto antes como depois de dá-lo à luz, continuou virgem pura e imaculada." John Wesley; Ep de 18.07.1749
"[Calvino] comumente refere-se a Maria como "a Virgem santa" e tanto mais raramente como "Maria", preferindo empregar o termo "Virgem"." in David F. Wright, em seu livro, escolhido por Deus: Maria, Evangélica Perspective; London: Marshall Pickering, 1989, pp 173, 175
"... o nascimento virginal, que Calvin detém, em conjunto com a virgindade perpétua de Maria. (P. 66)"
Thomas Henry Louis Parker, em seu Calvin: uma introdução ao seu pensamento; Westminster John Knox Press, 1995
"Calvino também era menos claro do que Lutero a respeito da virgindade perpétua de Maria, mas, sem dúvida, favoreceu-a. As notas da Bíblia de Genebra (Mt 1:18, 25; Jesus "irmãos") defendê-na, como fez Zwingli e os reformadores ingleses. . ." Artg Maria" (por David T. Wright) na Enciclopédia da Fé Reformada; Editada por Donald K. McKim, Westminster John Knox Press, 1992, p 237
"Durante séculos o Protestantismo. . . permaneceu notavelmente aberto à idéia da virgindade perpétua de Maria. Entre outros, Lutero, Calvino, Zwinglio, Wollebius, Bullinger e Wesley afirmaram que Maria permaneceu sempre virgem (virgo Semper). A Segunda Confissão Helvética e a Bíblia de Genebra de matriz reformado bem como os artigos Schmalkald das igrejas luteranas afirmam-no." Donald G. Bloesch, em seu Jesus Cristo: Salvador e Senhor; Downers Grove, Illinois:. InterVarsity Press, 2006, p 87
"O conceito de virgindade pós-parto ou perpétua, ainda hoje mantido por alguns protestantes foi sustentado pela maioria dos reformadores a exemplo de Calvino em seu sermão no Monte. 1:22-25). . ."
Geoffrey W. Bromiley in artigo, "Maria, a Mãe de Jesus" - International Standard Bible Encyclopedia: KP Eerdmans; Grand Rapids, Michigan], p 269
De fato calvino assim se refere aqueles que apresentam o defloramento da Virgem como dogma de fé:
"Helvídio exibiu ignorância excessiva ao concluir que Maria deve ter tido muitos filhos, porque certos "irmãos" de Cristo são mencionados em algumas passagens."
Harmonia de Mateus, Marcos e Lucas, 39 seg; Genebra, 1562], vol 2 / De Comentários de Calvino, traduzido por William Pringle, Grand Rapids, Michigan:.. Eerdmans, 1949, p.215; sobre Mateus 13:55
E acrescenta:
"A inferência de que Maria permaneceu virgem apenas até parto, e que depois teve outros filhos. . . ela não é justa e tampouco bem fundamentada a partir dessas palavras. . . . a respeito do que ocorreu após o nascimento de Cristo. Ele é chamado de "primogênito" noutro lugar, mas com o propósito de informar-nos que ele nasceu de uma virgem. . ."
O Sucessor de Calvino Theodore Beza argumentou que católicos e protestantes chegaram a um acordo a respeito da virgindade perpétua de Maria, no Colóquio de Poissy, em 1561 cf William A. Dyrness, Teologia Reformada e Cultura Visual... Cambridge University Press, 2004], pp 86-87
Donde se segue, necessariamente, que os calvinistas endossaram a crença romano/Ortodoxa...
AS RAÍZES DA DESUNIÃO
Sem embargo da concordância existente entre os grandes reformadores que fazem a 'glória' do protestantismo, a respeito de tais dogmas; lobrigava já a discórdia entre os filhos do livre examinismo.
Quanto a maternidade divina da Virgem Maria, o primeiro dentre todos os ocidentais a repudia-la foi o alemão
Caspar Schwenckfeld, que iniciado por Lutero nos arcanos do livre examinismo, convenceu-se logo de ter descoberto a verdade oculta aos olhos de todos, inclusive aos olhos de seu mestre...
Assim sendo, no ano de 1541, nosso homem publicou a "Confissão da Glória de Cristo." obra em que ressuscitava as frioleiras Eutiques e Juliano, asseverando ter sido a humanidade de Cristo gradualmente absorvida por sua divindade... esta doutrina era já conhecida dos padres ortodoxos sob a alcunha de aftardocetismo...
Dentre os ouvintes de Schwenckfeld destacou-se Melchior Hoffmann, homem de imaginação fértil que acreditava conversar face a face com o próprio deus. Hoffmann como todos os fautores de novidades profanas, acreditou estar fazendo uma boa obra ao desenvolver a opinião blasfema de seu mestre e certificar que Cristo jamais fora gerado na carne de Maria ou na nossa natureza humana e verdadeira, mas duma carne celestial e aparente.
Destarte Maria Santíssima estava já despojada de sua suprema glória: a Geração da carne de Deus; e por um motivo bastante simples: estava já o Deus dos Cristãos despojado de sua suprema característica: sua natureza humana, o cerne do mistério da Encarnação. A Virgem Maria não gerou a carne de Cristo porque Cristo não teve carne alguma mas apenas e tão somente um corpo de luz...
Aqui estamos já no terreno do docetismo, teoria blasfema segundo a qual Jesus Cristo jamais poderia ter se encarnado verdadeiramente e assumido em si a matéria má... donde sua encarnação era falsa ou seja não passava de aparência. Esta ideia inventada ou propagada por um certo Dociteus foi combatida desde o princípio pelos homens base da igreja como S Inácio Mártir, cujas palavras abaixo reproduzimos:
"Eles falam em nome de Cristo mas não o anunciam, antes repudiam-no. Eles duvidam de seu nascimento, envergonham-se da cruz, negam sua paixão e morte e não creem na sua ressurreição." in ad Trall VI
E Hoffmann enquanto matriz da cristologia anabatista, legou suas tradições docetas a Menno Simons, Joris, Denck e outros...
Os quais repudiando a existência de qualquer vínculo real, carnal e/ou humano entre Maria Santíssima e Jesus Cristo, não tardaram a concebe-la como um ente vulgar, uma mulher comum ou uma pecadora ordinária.
Enquanto Zwinglio por admitir a existência de uma vínculo real entre o Senhor Jesus Cristo e a Virgem Maria, bradava:
"O mais santo dos homens só poderia ter sido gerado pela mais santa das mulheres."
A grande tragédia do anabatismo é que tendo repudiado suas raízes gnósticas e docetas e restabelecido a doutrina ortodoxa da Encarnação real, manteve-se, sem embargo, anti mariano...
Repudiou o anabatismo as premissas: Cristo não encarnou-se de fato, logo não teve mãe... para ficar com as consequências: Maria não passa duma criatura ordinária...
E no entanto para os batistas de hoje essa Virgem é verdadeira mãe de Jesus e responsável por ter fornecido a natureza divina o complemento de sua carne. Eis porque o anabatismo pulou de olhos vendados na churrasqueira do Nestorianismo, fazendo reviver outro erro abonimável como veremos mais adiante...
Jamais me esquecerei de que quando era jovem, ouvi de um pastor bastante idoso e experimentado (Durante uma controvérsia com os papistas): Fuja do tema maternidade divina de Maria como o Diabo da Cruz porque te conduzira a uma tempestade Cristológica...
Hoje, passados mais de vinte anos, eu bem sei o que tais palavras significam: que toda questão Marial ou Mariana é em última analise Cristológica dizendo respeito não a Virgem Maria, mas a pessoa mesma de Jesus Cristo!!! Eis porque uma Cristologia saudável, que honorifique nosso abençoado Salvador e Mestre, esta em relação direta para uma mariologia saudável...
Não é a compreensão dos protestantes face a pessoa de Maria que capenga... é a ideia mesma que os protestantes fazem da pessoa de Jesus Cristo e os empréstimos que fazem a Dociteu ou aos sucessores de Nestórius... ali negando pura e simplesmente a realidade da encarnação e aqui dividindo o único Jesus Cristo em dois seres, entidades ou pessoas separadas...
Foi por este labirinto que adentrou Adam Reusner de Mundelsheim, ouvinte de Schwenckfeld, Hoffmann e outros heréticos...
Convencido este obscuro homem de que Maria nada tinha em comum com Nosso Senhor Jesus Cristo, deu por certo que fora deflorada por José logo após seu casamento.
Temos pois identificado o autor da nova doutrina e o primeiro 'cristão' no período de mil anos, a negar a Virgindade perpétua da Santa e Imaculada Mãe de Nosso Deus Jesus Cristo.
"Virgem antes do parto, no parto e após o parto." confessavam unanimemente os antigos...
"Cremos que foi deflorada por José após o parto."
exclamam os livre examinadores herdeiros de Schwenckfeld, Hoffmann e Reusner...
E no entanto os mesmos anabatistas repudiam como loucuras as teses cristológicas de Schwenckfeld, Hoffmann e Reusner; professando uma Cristologia aparentemente calcedoniana e ortodoxa...
Cumpre-nos pois o grave dever de perguntar aos fanáticos porque tendo Deus lhes revelado a intimidade de Maria e José, deixou de revelar-lhes seus devaneios cristológicos permitindo que continuassem a pugnar contra o dogma da Encarnação até o fim de seus dias???
Que deus é este que revela um cisco e deixa de pronunciar-se a respeito duma 'montanha'...
Para que serviria a humanidade saber que Maria e José transaram e ignorar a realidade da encarnação de Cristo, mistério que todos os primeiros reformadores adversários da Virgindade Perpetua, repudiaram e alto e bom som???
Por outro lado, caso o novo dogma não tenha sido sobrenaturalmente revelado a Reusner e Sternberger, mas apenas naturalmente percebido ou captado a partir da leitura da Bíblia; cabe perguntar porque não foi percebido ou captado por Lutero, Zwinglio, Calvino, Bucer, Oecolampadius, Bulinger, Myconius, Osiander, Amsdorf, Flacius, Eber, Lambert, Melanchton, Pomeranus, Brenz, Lang, Jonas, Cruciger, Gallus, Spamgenberg, Menzel, Beza, Sulzer, Marbach, Vadianus, Bibliander, Pietro martir, Zanchius, Curione, Servet, etc, etc, etc e outros centos de livre examinadores que enxamearam a Europa durante a primeira quadra do décimo sexto século???
Pobres protestantes. Começam apresentando Lutero, Zwinglio e Calvino como 'gênios imortais'; para no fim das contas admitir que não passavam de parvos, tontos, palermas, otários, idiotas, imbecis, etc incapazes de dar com o óbvio... que a Virgem Maria deixou de ser Virgem após o casamento...
Que os protestantes vendam seu novo dogma como obviedade que salta a vista - a ponto de escarnecer dos papistas como de morcegos ou toupeiras - sei por experiência própria... basta cada tabaréu dar com a expressão 'irmãos de Jesus' na traduçãozinha mil vezes revisada do J F A para 'encontrar a pólvora' ou descobrir que tinha sido enganado pelo papa...
E no entanto todos os líderes protestantes acima citados examinavam não a tradução mil vezes recauchutada do despadrado lusitano, mas o texto grego, sagrado e inspirado do Evangelho... e conheciam o grego como a palma das mãos...
Assim já sabemos que enquanto o alarve do Reusner pasmava diante de tais pérolas textuais dando com significados que ninguém antes dele havia dado, Calvino morria de rir diante dos 'irmãos de Jesus' ou do "primôgenito" ou ainda do 'até que' argumentos que tanto provam que acabam nada provando, para quem; como ele, Lutero e Cia possuiam um conhecimento elementar a respeito dos significados das palavras gregas...
Aqui dar Reusner por descobridor da pólvora ou do ouro é dar todos os demais reformadores, especialmente os mais afamados, por perfeitas cavalgaduras...
Acontece que a pérola não foi encontrada apenas pelo Doceta Reusner, mas também pelo neo ariano ou unitário Luc Sternberger; livre examinador igualmente diplomado (cerca de 1558) por Melanchton na Wittemberga, segundo a melhor tradição luterana... e empossado como pastor em Olmutz, onde deu com a interpretação de Servet.
Sternberger susteve que os trinitários não passam de triteistas e idólatras tão criminosos quanto os politeistas. Ele ensinou que milagre algum, inclusive a ressurreição, foi obrado pelo próprio Jesus, mas pelo Pai todo poderoso e que após a ressurreição a alma humana de Jesus foi como que grudada ou mesmo absorvida pela divindade. Era pois mero homem que por suas virtudes heróicas mereceu ser adotado por deus ou homem que tornou-se divino como nas estórias dos antigos gregos e não Deus que se fez homem assumindo nossa natureza...
Segundo Spondanus, Sternberger sustentou que a principio Jesus não passará dum pecador qualquer nascido naturalmente de Maria e José, que não existia qualquer Espírito Santo, que o batismo é um rito de origem satânica e que os cristãos devem adorar no sábado e não no Domingo.
Tais os ensinamentos do patriarca anti mariano...
Convém pois perguntar aqueles que recebem seu ensinamento a respeito da Virgindade de Maria após o parto porque não negam com ele a virgindade anterior ao parto? E a Santidade do divino Mestre? E sua natureza divina? E a existência do Espírito Santo? E o Batismo? E o Domingo?
Dando tal mestre por iluminado devemos perguntar a seus discípulos porque teria ele permanecido nas trevas a respeito de tantas coisas???
Selecionar algumas das crenças de Sternberger - como a negação da V P M - com o intuito de abraça-las e escolher outras tantas com o intuito de exclui-las e condena-las parece-me o cúmulo do absurdo...
Levando-se em consideração as falsas doutrinas acalentadas por Reusner e Sternberger - como docetismo e unitarismo - julgo que pouquíssimos dentre os protestantes honestos e de boa vontade ousariam apresenta-los como profetas ou homens divinamente comissionados por Deus...
Donde só nos resta concluir que eram superiores a Lutero, Melanchton, Zwinglio e os demais reformadores no que diz respeito as escrituras canônicas ou a lingua grega; o que de modo algum se verifica. Antes tudo indica não terem passado - um e outro - de arrivistas ou de aventureiros no campo da exegese científica...
Neste caso porque os neo protestantes em sua qualidade tem esposado a opinião deles a respeito da V P M?
Antes de tudo porque face aos princípios da exegese científica, optaram por uma exegese puramente arbitrária ou passional; tipo: O papa afirma, nós negamos...
Cada protestante honesto devia examinar sua própria consciência quanto a este ponto e perguntar a si mesmo se não esta agindo por ódio teológico ao invés de perquirir a verdade divina???
Porque se devemos repudiar tudo quanto o papa romano professa, devemos banir até a Trindade, a Imortalidade, a divindade dos Evangelhos e a existência de Deus de nossas mentes...
Todavia tenho ouvido semelhante lenga lenga desde menino...
O segundo motivo foi a formação duma tradição puramente humana no seio do protestantismo, tradição representada pela cristalização da interpretação fornecida por este ou aquele reformador: Lutero para os luteranos, calvino para os calvinistas, Hoffmann e Menno para os batistas; embora estes aleguem estar seguindo a 'pura e imaculada palavra de Deus'...
Acontece que a pura e Imaculada palavra de Deus, ao menos em termos explícitos - como asseveram João Calvino e entre nós Eduardo Carlos Pereira ( no panfleto 'A Bemaventurada Virgem Maria') - nada diz ou declara a respeito da Virgindade Post partum...
Donde assiste a igreja o direito de ensinar e dogmatizar com base na tradição dos apóstolos; enquanto os protestantes, aferrados a teoria do Sola Scriptura, deveriam permanecer calados ao invés de com suas especulações humanas ultrapassar os limites da palavra de Deus...
Dizem pois os protestantes em seus próprios nomes coisas que a escritura inspirada não diz... Silencia a escritura enquanto eles recorrem as tradições legadas por seus reformadores e mestres... fogem a tradição divina e apostólica e tornam-se prisioneiros de suposições humanas nada temerosas...
O terceiro motivo é, como já dissemos, a adoção já da cristologia nestoriana, editada não por Nestório, mas por seus sucessores tanto mais radicais e por fim abandonada há mais de milênio em detrimento dum calcedonianismo artificioso... já da cristologia apolinariana ou pré eutiquiana (aftardoceta)
A este respeito ouçamos Erwin Lutzer:
A este respeito ouçamos Erwin Lutzer:
"Muitos cristãos de hoje têm tendências apolinarianas mesmo se se aperceberem disto... Eu conheci muitos crentes que mesmo reconhecendo que o corpo físico de Cristo procede de Maria, sustentam que os aspectos imateriais de sua natureza (alma e espírito) eram divinos. Mas ele teve de ser plenamente humano - corpo, alma e espírito - para ser nosso Redentor ...
O nestorianismo foi condenado porque separou a única pessoa de Cristo e, consequentemente, negou a Encarnação. Se Cristo nada mais era que duas pessoas separadas, neste caso o Verbo não chegou a se tornar carne. Eis porque o Credo de Calcedônia usou a frase "Mãe de Deus", não com o intuito de exaltar Maria mas para enfatizar a unidade Cristo."
Os protestantes no entanto embarcaram nesta canoa furada, a começar por Stancarus e depois por Osiander, Melanchton, Zanchius, Chemnitz, etc a ponto de reviverem todas as disputas teológicas dos primeiros séculos para com Gehard e Turretini voltarem-se novamente para a tradição calcedoniana...
Assim repudiaram a tradição dos séculos, fruto de ponderado esforço intelectual para mergulharem em lutas fatricidas, após as quais retornaram, como sempre a tradição dos padres, sem no entanto tirar dela todas as consequências necessárias...
Sem embargo, nem todos quiseram fazer este percurso, enquanto resgate de um patrimônio teológico legado por uma Cristandade classificada como apóstata... eis porque alguns optaram pela simplicidade arcaica da pela apostólica, renunciando a todo e qualquer construto teológico...
Quando pressionados no entanto e forçados a quebrar o silêncio apresentam e reeditam o monstruoso cristo cindido em duas pessoas como que ligadas por laços de matrimônio... o Jesus Deus, filho do pai somente e o Jesus homem, filho da Virgem...
Disto tudo resulta uma lição importante para nós ortodoxos. A saber que nenhum dos dogmas apresentados pela mãe igreja é ocioso ou supérfluo, mas que cada um deles esta organicamente ligado a vida de Jesus Cristo, formando como que uma cerca ou paliçada protetora em torno de sua humanidade e divindade. (Tal a opinião de Karl Barth sobre a V P M)
Abrindo brechas nesta paliçada os protestantes nada tem feito além de atingir a Encarnação e a divindade de Cristo pondo a perder as bases mesmas de nossa fé. Eles não compreendem que exaltação da Virgem implica sempre na máxima glorificação de seu filho... eles ignoram que valorizar tudo quanto esta - mesmo que remotamente - ligado a figura de Jesus Cristo é sinal e prova de amor para com ele...
Assim sendo até um fanático como Boettner foi obrigado a reconhecer que:
.
".. para enfatizar o fato de que a "pessoa" nascida de Maria era verdadeiramente divina que ela recebeu o título de "a Mãe de Deus."
& -
"A expressão theotokos rastreável nos concilios de Éfeso (431) e de Calcedônia (451) foi originalmente empregada no contexto da cristologia para afirmar a verdadeira humanidade de nosso Senhor." Schrotenboer
"O ortodoxo insistiu enfaticamente que Maria é a mãe de Deus. Por desejar defender as verdades segundo as quais o homem nascido de Maria era verdadeiramente Deus, e, por outro lado, que a segunda pessoa divina havia de fato tomado para si a natureza integral do homem ... " Elliot Miller
De fato é estranha a maneira pela qual o protestantismo julga honrar o Senhor Jesus Cristo na mesma medida em que ataca e abate aquela que o trouxe a este mundo... eles dizem visar a suprema honorificação de nosso abençoado mestre e Salvador, mas oh céus: odeiam sua mãe, repudiam seus apóstolos, arrenegam seus sacramentos, hostilizam sua igreja e abominam sua cruz, voltando seus olhos para os ensinamentos do judaismo e para a doutrina da sinagoga...
Nós pelo contrário, amando a cristo e desejando agrada-lo em estimamos sua mãe, recebemos aqueles que ele enviou, veneramos os mistérios que instituiu, ingressamos na igreja que fundou e abraçamos com fé o lenho da Santa e vivificante cruz.
Quando pressionados no entanto e forçados a quebrar o silêncio apresentam e reeditam o monstruoso cristo cindido em duas pessoas como que ligadas por laços de matrimônio... o Jesus Deus, filho do pai somente e o Jesus homem, filho da Virgem...
"Não. Maria não é a Mãe de Deus. Maria era a Mãe do homem Jesus."
Destarte - segundo o Dr Swaggart - temos dois jesuses ou dois cristos... eis onde termina a negação da maternidade divina de Maria... na multiplicação de cristos...
Eis porque a competente resposta que lhe cabe sai de seu próprio sistema:
"Os católicos romanos nunca hesitaram em aclamar Maria como "mãe de Deus. A expressão produz alarme entre os evangélicos. Deveria? Se Jesus é Deus e Maria é é sua mãe, Maria é a mãe de Deus." Scot McKnight
"A Bíblia fala da Virgem Maria como "a mãe do Senhor" (Lucas 1:43), e os credos cristãos ortodoxos como "Mãe de Deus". Na verdade, ela foi mãe de uma pessoa que é Deus e homem, o Senhor Jesus Cristo." Geisler
Abrindo brechas nesta paliçada os protestantes nada tem feito além de atingir a Encarnação e a divindade de Cristo pondo a perder as bases mesmas de nossa fé. Eles não compreendem que exaltação da Virgem implica sempre na máxima glorificação de seu filho... eles ignoram que valorizar tudo quanto esta - mesmo que remotamente - ligado a figura de Jesus Cristo é sinal e prova de amor para com ele...
Assim sendo até um fanático como Boettner foi obrigado a reconhecer que:
.
".. para enfatizar o fato de que a "pessoa" nascida de Maria era verdadeiramente divina que ela recebeu o título de "a Mãe de Deus."
& -
"A expressão theotokos rastreável nos concilios de Éfeso (431) e de Calcedônia (451) foi originalmente empregada no contexto da cristologia para afirmar a verdadeira humanidade de nosso Senhor." Schrotenboer
"O ortodoxo insistiu enfaticamente que Maria é a mãe de Deus. Por desejar defender as verdades segundo as quais o homem nascido de Maria era verdadeiramente Deus, e, por outro lado, que a segunda pessoa divina havia de fato tomado para si a natureza integral do homem ... " Elliot Miller
De fato é estranha a maneira pela qual o protestantismo julga honrar o Senhor Jesus Cristo na mesma medida em que ataca e abate aquela que o trouxe a este mundo... eles dizem visar a suprema honorificação de nosso abençoado mestre e Salvador, mas oh céus: odeiam sua mãe, repudiam seus apóstolos, arrenegam seus sacramentos, hostilizam sua igreja e abominam sua cruz, voltando seus olhos para os ensinamentos do judaismo e para a doutrina da sinagoga...
Nós pelo contrário, amando a cristo e desejando agrada-lo em estimamos sua mãe, recebemos aqueles que ele enviou, veneramos os mistérios que instituiu, ingressamos na igreja que fundou e abraçamos com fé o lenho da Santa e vivificante cruz.
A DISCÓRDIA PERMANECE
Hoje, passados quase meio milênio, não chegaram os estudantes da Bíblia, a qualquer acordo pertinente a figura da Mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Basta dizer que Atualmente, a Federação Luterana Mundial
recebe os ensinamentos do Concilio de Éfeso e de outros
concilios antigos; incluindo a formulação Mãe de Deus, em
função da unidade existente entre as duas natureza de
Cristo.
Quanto aos calvinistas embora não ousem mais apresentar
tal verdade como dogma de fé não é menos certo que seus
teólogos e doutores permanecem unanimemente - a
exceção dos liberais apenas - fiéis a ela tendo em vista a
preservação da cristologia calcedoniana. Bem gostariam os
calvinistas de repudiar o dito dogma pelo simples fato de ser
mariano...
O preço porém seria demasiado caro a consciência
calvinista, pois implicaria professar o docetismo, o
apolinarismo, o eutiquianismo, o nestorianismo ou o
unitarismo...
Heresias que segundo afetam crer são ainda mais
despresíveis do que a odiada tradição apostólica ou
Ortodoxo.
Comvem pois os calvinistas, embora a contragosto, que a
Virgem é mãe de Deus.
Admitem o mistério, mas, como verdadeiros energúmenos
tem a vã pretensão de minimiza-lo ou de apresenta-lo como
algo comum, corriqueiro ou trivial de modo que não possa
engrandecer a figura da Virgem.
É como se dissessem: Grande coisa ser Mãe de Deus ou
colaborar com ele no mistério de sua Encarnação...
E no entanto trata-se dum evento de significação singular
para todo gênero humano ou como diz a Litúrgia Ortodoxo
dum mistério inefável...
Afinal não é todos os dias que o criador entra revestido de
carne no cenário da História...
Basta a especificidade do evento para dar a entender a
especificidade das pessoas envolvidas em que pese a
revolta e o rancor dos calvinistas...
Também os metodistas, como os luteranos e calvinistas,
reconhecem o dogma da maternidade divina de Maria tendo
em vista suas relações com a Cristologia calcedoniana,
bastante desenvolvida por sinal em suas profissões de fé...
Nem é preciso dizer que as três seitas acima elencadas
estão em posse da mesmíssima Bíblia... pioneira foi a seita
dos luteranos em matéria de livre examinação, ofício a que
dedicam-se já há quase quinhentos anos...
Podendo-se dizer quase que o mesmo dos calvinistas, cujo
patriarca, alias, foi o introdutor da exegese científica no
campo da nova religião. Os metodistas certamente que
examinam a menos tempo mas não com menos entusiasmo.
E no entanto, a outra parte dos livre examinadores,
asseveram que uns e outros professam dogmas não
bíblicos, tal e qual as igrejas romana, Ortodoxa e
anglicana...
Quanto aos calvinistas embora não ousem mais apresentar
tal verdade como dogma de fé não é menos certo que seus
teólogos e doutores permanecem unanimemente - a
exceção dos liberais apenas - fiéis a ela tendo em vista a
preservação da cristologia calcedoniana. Bem gostariam os
calvinistas de repudiar o dito dogma pelo simples fato de ser
mariano...
O preço porém seria demasiado caro a consciência
calvinista, pois implicaria professar o docetismo, o
apolinarismo, o eutiquianismo, o nestorianismo ou o
unitarismo...
Heresias que segundo afetam crer são ainda mais
despresíveis do que a odiada tradição apostólica ou
Ortodoxo.
Comvem pois os calvinistas, embora a contragosto, que a
Virgem é mãe de Deus.
Admitem o mistério, mas, como verdadeiros energúmenos
tem a vã pretensão de minimiza-lo ou de apresenta-lo como
algo comum, corriqueiro ou trivial de modo que não possa
engrandecer a figura da Virgem.
É como se dissessem: Grande coisa ser Mãe de Deus ou
colaborar com ele no mistério de sua Encarnação...
E no entanto trata-se dum evento de significação singular
para todo gênero humano ou como diz a Litúrgia Ortodoxo
dum mistério inefável...
Afinal não é todos os dias que o criador entra revestido de
carne no cenário da História...
Basta a especificidade do evento para dar a entender a
especificidade das pessoas envolvidas em que pese a
revolta e o rancor dos calvinistas...
Também os metodistas, como os luteranos e calvinistas,
reconhecem o dogma da maternidade divina de Maria tendo
em vista suas relações com a Cristologia calcedoniana,
bastante desenvolvida por sinal em suas profissões de fé...
Nem é preciso dizer que as três seitas acima elencadas
estão em posse da mesmíssima Bíblia... pioneira foi a seita
dos luteranos em matéria de livre examinação, ofício a que
dedicam-se já há quase quinhentos anos...
Podendo-se dizer quase que o mesmo dos calvinistas, cujo
patriarca, alias, foi o introdutor da exegese científica no
campo da nova religião. Os metodistas certamente que
examinam a menos tempo mas não com menos entusiasmo.
E no entanto, a outra parte dos livre examinadores,
asseveram que uns e outros professam dogmas não
bíblicos, tal e qual as igrejas romana, Ortodoxa e
anglicana...
"Sim, Jesus é Deus e Maria sua mãe, mas ela não é mãe de Deus como Deus."
pontifica o fundamentalista Dave Hunt...
pontifica o fundamentalista Dave Hunt...
(Mas quem é que disse que a Virgem é Mãe de Deus como Deus?!? Quando pelo contrário
asseveramos que a Virgem é Mãe de Deus como Homem, pelo mistério da união
hipostática!!!)
"Está de acordo com as escrituras chamar Maria, mãe de Jesus, mas não mãe de Deus." opina a seu tempo James Tolle
"Não há qualquer precedente bíblico para homenagear Maria como a Mãe de Deus." certifica o Pr James G. McCarthy
Destarte o que alguns acreditam ser um dogma retirado nas Santas Escrituras outros
tantos julgam não passar duma novidade profana... e ambos leem, analisam e livre
examinam o mesmo livro...
Somos pois levados a crer que cada qual encontra no livro apenas aquilo que deseja
ou quer... e nada mais...
Assim o que é biblico para os luteranos, calvinistas e metodistas não o é para os
batistas e sectários, pois cada qual lê o livro segundo seus preconceitos de partido..
Livre examinista algum deduz suas crenças do livro, antes, pelo contrário projeta-as
nele.
Analisemos agora o dogma da V P M
Quanto a V P M a única seita protestante a aceita-lo como dogma de fé são os
adventistas, cuja profetiza, Sra Ellen G White, reconheceu o mistério.
Reconheceu-o igualmente o teólogo Luterano ortodoxo, Franz Pieper - Christian
Dogmatics - e com ele uma certa parcela de luteranos.
Os do Missouri no entanto emitiram uma declaração segundo a qual "O fato de Maria
e José terem exercido vida conjugal e tido outros filhos não fere a
essencialidade da mensagem cristã."
Naturalmente que esta comunicação nada tem a ver com exame das escrituras mas
apenas e tão somente com o influxo que a dita igreja luterana recebeu do
iluminismo e da teologia liberal, influxo que noutras comunidades resultou na
construção duma teoria puramente natural a respeito da concepção de Nosso
abençoado Mestre e Salvador, ora apresentado como filho natural de S José...
Esta crença, que como vimos foi a de John Wesley, é ainda hoje professada por
uma parte dos metodistas.
Quanto aos calvinistas, expressam-se geralmente do seguinte modo:
"Disse o vigário que os protestantes negam a Virgindade de Maria.
Pr - DISSE POR IGNORÂNCIA OU DESONESTIDADE...
D Maria: Então a escritura declara que a Virgem teve outros filhos???
Pr (E C Pereira) - A ESCRITURA NÃO DIZ ISTO, A LINGUAGEM DE S MATEUS QUE
ACABEI DE LER NÃO POSSUI FORÇA DE AFIRMAÇÃO CATEGÓRICA, SOBRETUDO
QUANDO EXAMINADA MAIS DE PERTO. DIZER QUE SIM OU QUE NÃO É
ULTRAPASSAR A ESCRITURA E METER-SE EM QUESTÕES OCIOSAS DE TALHE
INCONVENIENTE.
SE A ESCRITURA AFIRMA SUA VIRGINDADE APENAS ANTES DO E NO PARTO É
PORQUE NÃO DEVERIAMOS SABER MAIS; QUERER IR MAIS LONGE COMO O SR
MESMO DISSE É OCIOSO E INCONVENIENTE....
PROPENDO A CRER QUE O VENTRE QUE GEROU NOSSO SENHOR NÃO DEVERIA
PRODUZIR QUALQUER OUTRO REBENTO DE LINHAGEM PURAMENTE HUMANA.
PR - É RAZOÁVEL SUA SUPOSIÇÃO, MAS NÃO NOS ESQUEÇAMOS QUE UMA
SUPOSIÇÃO NOSSA JAMAIS PODERÁ SER ELEVADA A CATEGORIA DE DOGMA.
in "A Bemaventurada Virgem Maria" por Eduardo Carlos Pereira, S Paulo, Typ
King, 1887 pgs 04 - 06
asseveramos que a Virgem é Mãe de Deus como Homem, pelo mistério da união
hipostática!!!)
"Está de acordo com as escrituras chamar Maria, mãe de Jesus, mas não mãe de Deus." opina a seu tempo James Tolle
"Não há qualquer precedente bíblico para homenagear Maria como a Mãe de Deus." certifica o Pr James G. McCarthy
Destarte o que alguns acreditam ser um dogma retirado nas Santas Escrituras outros
tantos julgam não passar duma novidade profana... e ambos leem, analisam e livre
examinam o mesmo livro...
Somos pois levados a crer que cada qual encontra no livro apenas aquilo que deseja
ou quer... e nada mais...
Assim o que é biblico para os luteranos, calvinistas e metodistas não o é para os
batistas e sectários, pois cada qual lê o livro segundo seus preconceitos de partido..
Livre examinista algum deduz suas crenças do livro, antes, pelo contrário projeta-as
nele.
Analisemos agora o dogma da V P M
Quanto a V P M a única seita protestante a aceita-lo como dogma de fé são os
adventistas, cuja profetiza, Sra Ellen G White, reconheceu o mistério.
Reconheceu-o igualmente o teólogo Luterano ortodoxo, Franz Pieper - Christian
Dogmatics - e com ele uma certa parcela de luteranos.
Os do Missouri no entanto emitiram uma declaração segundo a qual "O fato de Maria
e José terem exercido vida conjugal e tido outros filhos não fere a
essencialidade da mensagem cristã."
Naturalmente que esta comunicação nada tem a ver com exame das escrituras mas
apenas e tão somente com o influxo que a dita igreja luterana recebeu do
iluminismo e da teologia liberal, influxo que noutras comunidades resultou na
construção duma teoria puramente natural a respeito da concepção de Nosso
abençoado Mestre e Salvador, ora apresentado como filho natural de S José...
Esta crença, que como vimos foi a de John Wesley, é ainda hoje professada por
uma parte dos metodistas.
Quanto aos calvinistas, expressam-se geralmente do seguinte modo:
"Disse o vigário que os protestantes negam a Virgindade de Maria.
Pr - DISSE POR IGNORÂNCIA OU DESONESTIDADE...
D Maria: Então a escritura declara que a Virgem teve outros filhos???
Pr (E C Pereira) - A ESCRITURA NÃO DIZ ISTO, A LINGUAGEM DE S MATEUS QUE
ACABEI DE LER NÃO POSSUI FORÇA DE AFIRMAÇÃO CATEGÓRICA, SOBRETUDO
QUANDO EXAMINADA MAIS DE PERTO. DIZER QUE SIM OU QUE NÃO É
ULTRAPASSAR A ESCRITURA E METER-SE EM QUESTÕES OCIOSAS DE TALHE
INCONVENIENTE.
SE A ESCRITURA AFIRMA SUA VIRGINDADE APENAS ANTES DO E NO PARTO É
PORQUE NÃO DEVERIAMOS SABER MAIS; QUERER IR MAIS LONGE COMO O SR
MESMO DISSE É OCIOSO E INCONVENIENTE....
PROPENDO A CRER QUE O VENTRE QUE GEROU NOSSO SENHOR NÃO DEVERIA
PRODUZIR QUALQUER OUTRO REBENTO DE LINHAGEM PURAMENTE HUMANA.
PR - É RAZOÁVEL SUA SUPOSIÇÃO, MAS NÃO NOS ESQUEÇAMOS QUE UMA
SUPOSIÇÃO NOSSA JAMAIS PODERÁ SER ELEVADA A CATEGORIA DE DOGMA.
in "A Bemaventurada Virgem Maria" por Eduardo Carlos Pereira, S Paulo, Typ
King, 1887 pgs 04 - 06
Querendo dizer com isto várias coisas...
Como por exemplo que dogmatizar a respeito do
defloramento da Virgem é tão anti bíblico quanto
postular sua virgindade perpétua.
E destarte nivelar os sectários - como os batistas - aos
ortodoxos, papistas e anglicanos com suas doutrinas não
escriturísticas.
Postulam pois estes livre exaministas que todos os
demais ultrapassam os límites da escritura no que diz
respeito a condição de Santa Maria após o parto.
Manchen e Piepkorn porém, levados por suas polêmicas
contra os liberais, intuiram que a doutrina tradicional da
Virgindade post partum era muito mais apta para barrar
as especulações e para preservar o dogma do
nascimento virginal do que a doutrina da meia
virgindade ou do defloramento da Virgem proposta por
seus confrades.
Queremos dizer com isto que foi a doutrina do
defloramento da Virgem ou da Virgindade parcial de
Nossa Senhora que abriu caminho entre os livre
exaministas protestantes para a teoria natural da
concepção de Jesus ou seja para a negação ante
partum...
Decerto parte deles confessa estar mais perto da teoria
Ortodoxa do que do ceticismo liberal, sem embargo
disto convém dizer em alto e bom som que suas dúvidas
a respeito da V P M é que foram responsáveis pela
abordagem liberal e naturalista a respeito da concepção
de Nosso Senhor, foi o meio ceticismo dos anabatistas e
sectários a respeito da Virgem que produziu toda esta
tempestade de ceticismo em torno do Filho divino.
E temos já o mesmo livro e duas leituras ou
interpretações distintas e contrárias entre os
protestantes.
A terceira interpretação ou compreensão, dos sectários e
anabatistas em geral, é que após ter dado a luz o
Criador do Universo, engendrou a Virgem uma multidão
de filhos e filhas... e temos já a mãe de Deus pintada
como suprema parideira e rivalizando com um coelha...
Destarte temos já um só livro e três leituras distintas e
rivais entre os examinadores protestantes.
Ao encerrar este estudo a respeito das contradições
protestantes em torno da abençoada mãe de nosso
Deus, direi que nem mesmo o enfoque prevalescente
nos meios pentecostais é homogeneo mas distinto.
Tomemos por exemplo o caminho ou seita em que fui
formado a CCB, muito conhecida entre nós por sua
intransigência doutrinal.
Basta dizer que entre os antigos congregados - refiro-me
aos de trinta ou quarenta anos passados - a figura da
Virgem gozava dum status bem mais positivo se
tomamos por padrão o enfoque dos batistas ou dos
assembleianos. Pois havia ali quem reconhecesse a
maternidade divina, a virgindade perpétua e mesmo a
impecabilidade pessoal da Virgem...
Posteriormente, quando tomei conhecimento a respeito
das origem da seita, do fundador e de seus primeiros
membros - tutto italiano - conclui que a seita carregava -
mesmo que inconscientemente - um lastro credal
procedente da tradição romana. Daí a afabilidade e
respeito com que os congregados costumeiramente
abordam a figura da Virgem.
Acontece que como boa parte dos congregados, minha
família entretinha boas relações - digamos de inter
comunhão - com certas famílias filiadas a Assembléia de
Deus, seita que por diversas vezes pude frequentar e
analisar durante a juventude.
E certificar que o enfoque era já outro - segundo o lastro
credal proveniente do anabatismo - e por assim dizer
negativo. Digo negativo porque ali ninguém atribuia tais
prerrogativas a Santa Virgem referindo-se a ela como a
uma lata, uma embalagem, um rótulo ou uma mulher
vulgar.
Um livro, duas seitas e dois enfoques bastante distintos.
Como por exemplo que dogmatizar a respeito do
defloramento da Virgem é tão anti bíblico quanto
postular sua virgindade perpétua.
E destarte nivelar os sectários - como os batistas - aos
ortodoxos, papistas e anglicanos com suas doutrinas não
escriturísticas.
Postulam pois estes livre exaministas que todos os
demais ultrapassam os límites da escritura no que diz
respeito a condição de Santa Maria após o parto.
Manchen e Piepkorn porém, levados por suas polêmicas
contra os liberais, intuiram que a doutrina tradicional da
Virgindade post partum era muito mais apta para barrar
as especulações e para preservar o dogma do
nascimento virginal do que a doutrina da meia
virgindade ou do defloramento da Virgem proposta por
seus confrades.
Queremos dizer com isto que foi a doutrina do
defloramento da Virgem ou da Virgindade parcial de
Nossa Senhora que abriu caminho entre os livre
exaministas protestantes para a teoria natural da
concepção de Jesus ou seja para a negação ante
partum...
Decerto parte deles confessa estar mais perto da teoria
Ortodoxa do que do ceticismo liberal, sem embargo
disto convém dizer em alto e bom som que suas dúvidas
a respeito da V P M é que foram responsáveis pela
abordagem liberal e naturalista a respeito da concepção
de Nosso Senhor, foi o meio ceticismo dos anabatistas e
sectários a respeito da Virgem que produziu toda esta
tempestade de ceticismo em torno do Filho divino.
E temos já o mesmo livro e duas leituras ou
interpretações distintas e contrárias entre os
protestantes.
A terceira interpretação ou compreensão, dos sectários e
anabatistas em geral, é que após ter dado a luz o
Criador do Universo, engendrou a Virgem uma multidão
de filhos e filhas... e temos já a mãe de Deus pintada
como suprema parideira e rivalizando com um coelha...
Destarte temos já um só livro e três leituras distintas e
rivais entre os examinadores protestantes.
Ao encerrar este estudo a respeito das contradições
protestantes em torno da abençoada mãe de nosso
Deus, direi que nem mesmo o enfoque prevalescente
nos meios pentecostais é homogeneo mas distinto.
Tomemos por exemplo o caminho ou seita em que fui
formado a CCB, muito conhecida entre nós por sua
intransigência doutrinal.
Basta dizer que entre os antigos congregados - refiro-me
aos de trinta ou quarenta anos passados - a figura da
Virgem gozava dum status bem mais positivo se
tomamos por padrão o enfoque dos batistas ou dos
assembleianos. Pois havia ali quem reconhecesse a
maternidade divina, a virgindade perpétua e mesmo a
impecabilidade pessoal da Virgem...
Posteriormente, quando tomei conhecimento a respeito
das origem da seita, do fundador e de seus primeiros
membros - tutto italiano - conclui que a seita carregava -
mesmo que inconscientemente - um lastro credal
procedente da tradição romana. Daí a afabilidade e
respeito com que os congregados costumeiramente
abordam a figura da Virgem.
Acontece que como boa parte dos congregados, minha
família entretinha boas relações - digamos de inter
comunhão - com certas famílias filiadas a Assembléia de
Deus, seita que por diversas vezes pude frequentar e
analisar durante a juventude.
E certificar que o enfoque era já outro - segundo o lastro
credal proveniente do anabatismo - e por assim dizer
negativo. Digo negativo porque ali ninguém atribuia tais
prerrogativas a Santa Virgem referindo-se a ela como a
uma lata, uma embalagem, um rótulo ou uma mulher
vulgar.
Um livro, duas seitas e dois enfoques bastante distintos.
CONCLUSÃO
Até aqui depara-mo-nos já com as indecisões
protestantes relativas aos seguintes mistérios:
- A divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo
- As naturezas do Único Senhor Jesus Cristo
- A natureza dos Santos e divinos mistérios.
- O número dos santos e divinos mistérios.
- O pedobatismo
- A forma do Batismo
- A natureza da Eucaristia
- A forma da Eucaristia
- A soteriologia ou doutrina da salvação
- A livre vontade e a depravação total.
- A Escatologia ou últimas coisas
- A Santa Virgem Mãe de Nosso Deus
Nos próximos artigos examinaremos as indecisões
protestantes relativas aos seguintes mistérios:
- As adiaphoras: imagens, alfaias, ritual, etc
- O dia da adoração
- As orações pelos mortos.
&
- A Bíblia
Demonstrando que a pregação protestante esta dividida
a respeito destes dezesseis pontos e que o
protestantismo comporta dezenas de anúncios ou
pregações não apenas distintos mas francamente
contraditórios face a verdade Una apresentada pela
divina Revelação.
protestantismo comporta dezenas de anúncios ou
pregações não apenas distintos mas francamente
contraditórios face a verdade Una apresentada pela
divina Revelação.
"Rogo-vos, irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que todos estejais em pleno acordo e que não haja entre vós divisões. Vivei em boa harmonia, no mesmo espírito e no mesmo sentimento." I Cor 1,10
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