Divisão hoje: protestantes permanecem divididos a respeito da Eucaristia!

Neste artigo o leitor benevolente encontrará os seguintes tópicos:

• Um pastor protestante discorre a respeito da reverência com que se deve encarara a eucaristia.
• Protestantes renovam o erro dos antigos aquáticos substituindo o Vinho por suco de uva
• Se Jesus empregou Vinho ou suco de uva durante a última ceia.
• Sobre o emprego de cálices individuais > a opinião de Alvaro Reis
• Comunhão aberta ou restrita, com a palavra o Dr Calvin Goodspeed.
• Pão ou Cristo: protestantes brasileiros divididos em pleno século XXI
• Recapitulando - Divisões protestantes a respeito do mistério eucarístico.

Tendo principiado suas discussões intermináveis em torno do sentido do Santo e divino Sacramento, puseram-se logo, os protestantes, a discutir sobre a forma do mesmo, encetando outras tantas divisões uma mais ridícula do que a outra.

Ocorre-me ter ouvido - pela TV - um sermão pronunciado pelo Pr Natalino Gabriel do Prado, um dos líderes da organização 'Cristo é a Resposta' nesta cidade de Santos - SP.

Vituperava o dito pastor, neste sermão, as 'mudanças' porque tem passado o sacramento da ceia nas mãos de seus confrades, alegando que uma instituição divina não deveria ficar exposta a tantas discussões e abusos até o atrevimento. E muitas outras coisas disse ele a respeito da Santidade do Sacramento bastante próximas do sentido Ortodoxo e da doutrina da presença real.

Segundo dizia ele, uma ordenança estabelecida pelo próprio Jesus Cristo Senhor Nosso, deveria ser fielmente mantida tal como fora estabelecida...

No entanto - muito estranhamente - aludiu o mesmo pastor ou emprego de 'suco de uva' na dita ceia, o que francamente levou-nos a sorrir; uma vez que já estava propagando e sustentando mudanças e alterações aquele que tão piedosamente acabará de denuncia-la alguns instantes antes. Ri mais ainda quando vima saber que suas ovelhas recebiam o elemento do vinho em cálices individuais; outra mudança, de certo modo recente e que chegou a suscitar entre nossos protestantes a questão do cálice ou calicista, separando mais uma vez as lideranças com grande e grave escândalo, apesar da clareza e suficiência das escrituras, que nada dizem a respeito de como o ritual da Eucaristia era oficiado no primeiro século...

Assim os protestantes não podem estar de acordo a respeito de como deva ser  ministrada a ceia e a quem deva ser ministrada, mas amplamente divididos e cindidos em grupos, partidos e seitas. Uma vez que suplementam o silêncio total da escritura suficiente com conjecturas puramente humanas... e cada qual, obviamente, tece as suas e deita-as pela guela dos trouxas juntamente com a Bíblia, embora a Bíblia, sendo omissa, nada diga a respeito para iluminar nossos Biblistas...

Posta a tradição apostólica de lado, ficam tais questões ao alvedrio dos indivíduos, devido a escassez de testemunhos ou a facilidade com que as parcas alusões possam ser manipuladas. Da inoperância da Escritura resulta a imensa miséria do protestantismo...

Afinal sendo livre tudo quanto não esteja registrado ad literam no livro, fica 'livre' o ritual eucarístico, passando cada pastor a criar ou produzir uma Eucaristia diferente. Para a suprema vergonha da instituição Cristã...

Questões que a mãe Igreja, situando na esfera da tradição, logra furtar ao alvedrio dos indivíduos para a maior honra e glória de Cristo Jesus Nosso Senhor, o protestantismo relega ao juízo falível e mutável deles... assim a Eucaristia, que é o rito essencial do Cristianismo, promulgado pelo próprio Senhor!

E no entanto não lembrou o Espírito Santo de registrar tão informação tão relevante nas páginas inspiradas do livro divino... foi esquecimento ou incúria dele. A menos que um ritual instituido pelo próprio Senhor seja de somenos importância.

Dilema do protestantismo: ou essa Escritura não é suficiente por omitir detalhes sobre a Santa Eucaristia e relega-la as opiniões dos indivíduos ou a Eucaristia...

DE FATO NÃO POUCOS PROTESTANTES, TENDO EM VISTA JUSTIFICAR O FALSO PRINCÍPIO DA SUFICIÊNCIA DA ESCRITURA, NÃO TEM RECEADO CONCLUIR PELA POUCA IMPORTÂNCIA DO RITO DECRETADO POR JESUS CRISTO... Fica minimizada a Eucaristia, glorificada a Bíblia e condenado o protestantismo....Assim os homens substituem as leis divinas decretadas pelo Evangelho por princípios de origem humana, e admitida a Bibliolatria, fica subvertida toda instituição Cristã tal como podemos ler no Santo Evangelho....

Eis porque nossos protestantes - inclusive os de notória boa fé como o já citado Pr Natalino - desamparados pela Bíblia, arvoram-se já pela vereda dos 'aquáticos' os quais liderados por Taciano, discípulo de Justino; ousaram substituir o vinho por água - no que concerne a sagrada Eucaristia - fazendo galas de sua abstinência...

No frigir dos ovos, não faz diferença alguma se o elemento do vinho é substituido por água, suco de uva, leite ou urina; no caso a profanação é a mesma... BASTA QUE O ELEMENTO EMPREGADO POR NOSSO AMADO MESTRE CRISTO JESUS SEJA SUBSTITUÍDO POR OUTRO QUALQUER...

Pois se Jesus escolheu o elemento vinho para oficia-lo, cremos que este elemento deva ser perpetuamente mantido.

Substituir o elemento do vinho por qualquer outra coisa que não seja vinho é opor-se a vontade divina, ou seja, pecado de rebelião, idolatria e sacrilégio.

Tampouco poderia o pão ser substituído por qualquer tipo de bolacha, salgado, bolo ou doce sem que outro abominável sacrilégio fosse consumado.

Quem é o homem para contestar seu Senhor????

Não que eu ignorasse o costume vigente entre os sectários mais fanáticos de substituir o elemento do vinho - que teem em conta de essencialmente mau - por suco de uvas, cuidando ser a mesmíssima coisa!!!

Efetivamente se o vinho é produto duma transformação sucedida ao suco da uva, já não pode ser o mesmo suco, mas qualquer outra coisa alterada pela fermentação e distinta dele. Assim ovo não é fritada e leite não é queijo...

Jesus não empregou simples suco de uva durante a ceia eucarística, mas suco de uva fermentado ou vinho. Não vou discorrer aqui, mas temos o testemunho claro e inequivoco do testo grego do Novo testamento. O qual como sempre costumamos declarar não foi escrito em lingua portuguesa. Por outro lado tradutor algum ousou profanar este texto sacrossanto traduzindo vinho por suco de uva. Mesmo nas tradições sujas e porcas dos protestantes esta muito bem escrito: VINHO. E vinho não é jamais será suco de uva ou vinagre...

Vinho é vinho queiram ou não os protestantes.

Empregou bebida fermentada e alcoólica no ritual de destinado a perpetuar a sua Paixão, como já havia antes transformado água em vinho e não em suco de uva. Isto para desgosto dos protestantes que guiados pela superstição de Mani cuidam ser superiores a ele.

Creem nossos maniqueus ser mais santos, sábios, puros e elevados que o Deus Encarnado Jesus Cristo e por isso desprezam como pecaminosa e inadequada a matéria que ele escolheu e empregou.

Acontece que o Filho de Maria, a Virgem; é Deus verdadeiro enquanto que os milhões de protestantes espalhados não passam de homens falíveis ou como eles mesmos gostam de dizer de natureza corrupta e perversa; eis porque ficamos com Jesus Cristo e com o Vinho, apesar dos gritos, maldições e desafios espalhados pelos pastores N e X...

Desde moleque temos ouvido os pastores e profetas protestantes em seus programas de rádio e/ou TV desafiando os padres e ministros de outras comunhões a provar e demonstrar, biblicamente é claro, que Jesus não tenha empregado suco de uva mas vinho!!! O desafio é tão ridículo que suas traduções lá estão, bastando le-las e demostrar que VINHO NÃO É VINHO... mera questão que o pai dos burros, seja Moraes ou Aurélio resolve... leite é leite (não queijo) e vinho é vinho.

Também as testemunhas de Jeová exigem que se lhes demonstre ter sido o Senhor supliciado numa cruz e não numa estaca ou num poste... e as adventistas querem por A + B, que provemos ser o Domingo, e não o sábado judaico, o verdadeiro dia a ser guardado pelos cristãos... Apesar de ser a escritura tão clara e auto evidente...

ELES NO ENTANTO, MOVIDOS PELA INCREDULIDADE, VÃO LANÇADO DÚVIDA APÓS DÚVIDA, pois o protestantismo examinando e buscando a VERDADE, não pode evidentemente possui-la, devendo duvidar ao invés de crer...

Não contentes em elaborar suas fábulas e narrativas mirabolantes os protestantes ainda tem a audácia de vir a público exigir que os papistas ou os ortodoxos demonstrem a falsidade das mesmas.... Haja arrogância e presunção... produzem apenas dúvidas e transformam tais dúvidas em artigos de exportação para os trouxas. E cooptado por eles já não sabe o pobre Cristão onde morreu Jesus Cristo, em que dia devemos adorar ou se a Eucaristia deva ser oficiada com cálices individuais ou num só cálice comum; além de perderem a noção de que vinho não é suco de uva... ENTÃO, QUERIDO LEITOR ESTAMOS DIANTE DUMA RELIGIÃO QUE IMBECILIZA AS PESSOAS LANÇADAS NO LABIRINTO SINUOSO DE UM LIVRO QUE SOZINHO NADA EXPLICA OU ELUCIDA...

Ser protestante ou biblista é não ter roteiro algum. Ter um destino sem mapas ou desenho, no máximo uma bússola... Ai fica dificil pois para chegarmos a Kartum ou Londres carecemos de um bom mapa ou de um desenho muito bem feito. Ficam nossos protestantes ao léu e cada um faz um caminho humano ou diferente que jamais dará com a Revelação divina!

Desafortunadamente papistas e ortodoxos de nascença, adormecidos no leito do comodismo, parecem não estar a altura do desafio, permitindo que a ignorância, a dúvida ou má fé dos reformados passe por sabedoria.

De nossa parte basta dizer que a maior parte das seitas históricas do protestantismo estão de pleno acordo com as igrejas romana, Ortodoxa e Anglicana, empregando o elemento do vinho em suas cerimônias.

http://monergismo.com/felipe/o-uso-do-vinho-na-santa-ceia/


Já os pentecostais em sua quase que totalidade, adventistas, jeovistas e outros sectários empregam o suco de uva. E até disto fazem galas contra o episcopado... e até creio que se os Bispos passassem a usar suco de uva, ai eles, por ódio, oficiariam com vinho ou mesmo com coca cola...

Quanto a lingua dos infiéis: "O mesmo vinho (hebraico yayin) que deixou bêbado Noé (Gn 9.21), Ló (Gn 19.32-35), Nabal (1Sm 25.37), Assuero (Et 1.7, 10), e outros (Is 28.1, 7; Jr 23.9), foi dado a Abraão por Melquisedeque (Gn 14.18), mantido nos armazéns dos reis de Israel (1Cr 27.27; 2Cr 11.11; Ne 5.18) e permitido a todos os israelitas (Dt 14.26)."

Já quanto a lingua sagrada, temos o seguinte exemplo:

kai epien ek tou oinou kai emequsqh kai... 

E bebeu     do      vinho e embreagou-se e...

Genesis 9,21 LXX (Septuaginta)

Mesmo porque não há quem possa embreagar-se ou 'alegrar seu coração' como reza o salmo; com suco de uva não fermentado...

Ora o mesmo OINOU, OINOW, OINOS... é regularmente empregado pelos hagiógrafos com o intuito de designar verdadeiro vinho em diversas passagens do Santo Evangelho; tais como:

1. A passagem referente a conversão de água em vinho na cidade de Caná da Galiléia. Afinal o mesmo texto alude aos convidados já estarem alegres, o que não se pode atribuir de modo algum ao suco de uva.
2. A passagem referente aos odres que estouram justamente devido a fermentação do vinho.
3. A passagem referente ao 'Bom Samaritano' que lança ázeite e vinho nos ferimentos do homem lançado a beira do caminho. Absurdo seria lançar 'suco de uva' em tais ferimentos... o suco fermentado no entanto é bom bactericida.

Paulo refere-se do mesmo modo ao vinho, aconselhando Timóteo a ingeri-lo diariamente como reconfortante estomacal, o que já havia sido indicado por Dioscórides e que continua sendo empregado com bom proveito pela farmacopeia popular. Famoso entre nós foi o vinho reconstituinte 'Silva Araújo' que tantos bons proveitos trouxe aos astênicos.

Nem é para admirar-se que as escrituras aludam amiúde ao VINHO e muito raramente a suco de uva, o qual só era consumido durante a primavera, no período da safra.

Laboram em triste erro e operação da mentira tantos quantos aludem ao emprego do suco de Uva como coisa comum durante a geração em que viveu nosso abençoado Mestre e Redentor. 

A bem da verdade os únicos tipos de suco 'comuns' no tempo que precede a invenção da 'pasteurização' dizem respeito as árvores que frutificam continuamente, isto é, a todo tempo. Em havendo fruta fresca e madura era o suco factível, devendo no entanto ser consumido logo.

Tal no entanto não era (nem é) o caso da vide, cuja safra é anual ou, excepcionalmente, bianual. Donde seu suco só podia ser feito e empregado nas proximidades da primavera... E sem geladeira não havia milagre que o conservasse...

Em desejando provisiona-lo, o calor propiciava o desenvolvimento dos micro organismos e da fermentação convertendo-o sempre em suco fermentado ou vinho com certa percentagem de alcool. Esta é a pura, lídima e prístina verdade...

Qualquer crente fanático pode fazer a experiência em sua própria casa, seja com uva, caju, abacaxi ou qualquer outra fruta. Faça o suco e guarde fora da geladeira para a cabo de algumas semanas ter suco fermentado, vinho, licor ou aluá; tudo menos suco fresco e puro porque a natureza produziu seu efeito independente de orações, preces, gritos, etc Anjo algum virá conservar o suco inalterado por seis meses!!!

Informa-nos o Evangelho de S João, que os sarmentos estavam sendo podados e queimados, quando o Senhor partiu em direção ao horto, pouco depois de ter oficiado a ceia.

Donde se infere, muito logicamente, que sendo o tempo da poda... Jesus estava separado do tempo da colheita (primavera) por diversos meses... E QUE NÃO HAVIA SUCO DISPONIVEL a menos que ele, Jesus, tenha inventado a pesteurização ou possuisse uma geladeira... É pois impossível suster com seriedade a ideia de que Cristo tenha empregado suco de uva na ceia, sem insinuar mais um milagre, no caso, silenciado pela pura palavra de Deus.

Sem pasteurização - sem suco de Uva...

Milagre este que deveria ser repetido todos os anos pela igreja antes que a pasteurização ou a refrigeração fossem inventadas - pois a eucaristia era repetida a cada domingo e não passava a Igreja seis meses sem ela! -  Pasma pois a mentalidade fiel ou 'ortodoxa' que a invenção de novas tecnologias capazes de garantir a perenidade do suco tenha já influenciado o imaginário protestante a ponto de criarem novos e estranhos dogmas no que diz respeito a ceia. Cogitando haver suco puro, em pó ou congelado em saquinhos para serem vendidos no tempo de Cristo!!!! CÉUS QUANTA TOLICE E IMBECILIDADE!!!!

Não puderam seus antepassados os aquáticos empregar suco de uva JUSTAMENTE por terem vivido antes da pasteurização e da refrigeração... daí a necessidade de terem adotado a água em suas cerimônias ímpias.

A intenção no entanto é a mesma e o ideário maniqueísta também. Apenas não havia como obter suco de uva o ano inteiro ou como minimizar um ritual decretado pelo Mestre...

Por pura e simples má fé os fanáticos repudiam o vinho, fundamentando-se em ter o Senhor e Mestre empregado a palavra 'cálice' para significar um conteúdo que não expressou... o vinho no entanto, tal e qual o mítico suco de uvo, era servido em cálices...

Aludem ainda os sectários ao termo 'sumo do fruto da vide', como se o suco de uva, após a fermentação, se transformasse em suco de laranja, limão, groselha, ou qualquer outra coisa... o que muda aqui é condição do suco, antes puro, depois fermentado; sendo este o tipo empregado pelo Senhor no Sacramento.

Nem apelem os protestantes ao oráculo: "Meu servo não beberá nem mosto nem vinho..." pois o mesmo S Lucas transcreve as seguintes palavras ditas pelo Senhor: "Veio joão que não comia nem bebia VINHO; dissestes: esta possuido pelo diabo. Agora vem o FILHO DO HOMEM QUE COMO E BEBE (vinho)..."

E por bebe-lo produziu-o miraculosamente em Caná da Galileia, empregou como 'tipo' dos santos sacramentos na parábola e dele fez uso ao estabelecer o Sacramento do altar.

Outro 'pomo de discórdia' caído na Santa Genebra tupiniquim, dizia respeito ao uso de um único cálice para todos os comungantes ou de diversos calicezinhos individuais... uso, que - certamente por ódio a igreja romana - tornou-se e torna-se cada vez mais comum entre nossos sectários. Manifestando de certo modo o individualismo predominante entre eles...

Imaginam os leigos e incaútos que tal 'controvérsia' encerrou-se já ao cabo de cem anos... ledo engano; pois em site protestante depara-mo-nos com as seguintes palavras a menos de três anos:

"Há algum tempo a questão do cálice único na Santa Ceia tem alimentado 

discussões entre os irmãos pró e contra a utilização do cálice único 
durante o sacramento.


Essa discussão torna-se mais problemática e calorosa quando o assunto é discutido entre membros de diferentes denominações, visto que cada denominação faz como bem entende."

Perseveram pois os protestantes em suas controvérsias e discussões infindáveis a respeito do cálice, como perseveram em suas discussões a respeito do vinho, do sábado, do sangue, da imortalidade, da Trindade e de tudo que seja doutrina Cristã, mesmo porque, cada denominação faz como bem entende. (E cada entendimento, sendo puramente humano, é distinto...)

Já nas "Actas do synodo da egreja presbyteriana no Brasil" - 1905 depara-mo-nos com uma consultação feita pela sessão de Minas Gerais a respeito do uso dos tais cálices individuais; a qual, talvez devido ao 'fogo' da questão maçônica, não obteve qualquer resposta.

Seja como for a dita consultação foi reproduzida por diversas 'igrejas' particulares, abrindo mais um amargo debate entre nossos reformados.

Dez anos depois - em 1913 - (doze anos antes de seu falecimento sucedido em 1925) durante o 'auge' da discussão; publicou Alvaro Reis, um ruidoso panfleto em favor do tradicional 'cálice único'.

No dito panfleto empregava ele palavras muito parecidas com as que cem anos depois foram empregadas pelo Pr Natalino Gabriel, a respeito da reverência devida ao mistério e da necessidade de não fazer qualquer alteração significativa. Pouco faltou para Reis classificar a inovação como herética, o que no entanto registrado nas entrelinhas.

O mais curioso no entanto é como o fanático pastor, paladino do anti catolicismo tupiniquim, alude, a tradição, ao 'exemplo histórico da igreja' e a outros critérios típicos da Ortodoxia...

"...Bizâncio, Roma, Wittemberg, Genebra... jamais em qualquer tempo ou lugar é sabido que tenham sido empregados cálices individuais na comunhão... neste ponto toda e qualquer alteração seria desastrosa..." Alvaro Reis 1913

Aos individualistas bastou, como bons livre examinadores que eram, suster teimosamente que a expressão "Único cálice" é livre, devendo ser interpretada 'metafóricamente'... no fim das contas se a presença do Mestre no Sacramento é meramente simbólica, porque a expressão 'mesmo cálice' não pode ser meramente simbólica. PELO QUE FICOU A ESCRITURA 'TORCIDA' A GOSTO DO FREGUÊS e nada pode fazer em favor de si mesma...

... a Trindade 'simboliza' apenas as relações e operações externas de Deus face ao gênero humano... a Divindade de Jesus 'simboliza' a tomada de consciência por parte de Jesus quanto ao 'divino' presente em cada ser humano... os sacramentos são símbolos que nada produzem ou comunicam... ENFIM TODA INSTITUIÇÃO CRISTÃ NÃO PASSA DUMA SOFISTICADA SIMBOLOGIA CABALÍSTICA... E ESTAMOS JÁ NO PÓRTICO DA ACADÊMIA DE PLATÃO; GUIADOS POR SEU PUPILO DR ZWINGLIO...

Eis como o cristianismo vai perdendo toda sua consistência na medida em que o emprego arbitrário da argumentação simbólica permite o esvaziamento de toda realidade nele contida. E cada um ve-se perfeitamente livre para agir e proceder como quer...  E JÁ TEREMOS AQUI DOS CRISTIANISMOS COMPLETAMENTE DISTINTOS: o real, fiel ao padrão da encarnação, e o simbólico ou alegórico....

Ontem com calicezinhos de metal polido, hoje com COPINHOS DESCARTAVEIS!!! Tudo porque a grande e antiga igreja emprega um só cálice de metal precioso, o qual após ser esvaziado é lavado pelo sacerdote, para que veículo algum da presença do Salvador seja malbaratado... tal o amor e zelo da verdadeira igreja para com o Sacramento que trás a presença de seu Mestre e fundador. Os protestantes no entanto, por ódio a igreja, porfiam-se em minimiza-lo, desprestigia-lo, banaliza-lo ao máximo com seus 'artefatos' de botequim...

Assim cada qual produz sua ceia para sua própria memória...

Umas com adorações, outras sem; umas com suco de uva, outras com vinho; umas com apenas um cálice, outras com calicezinhos individuais; umas aberta, outras restritamente; CADA QUAL PRODUZ UMA CEIA E UM RITO A SUA IMAGEM E SEMELHANÇA... embora o Senhor e Mestre de todos tenha oficiado sua ceia dum único modo somente... os protestantes no entanto; por terem posto de lado o critério seguro da Tradição IGNORAM QUAL SEJA ESTE ÚNICO TIPO OU MODO E OFICIAM GRANDE VARIEDADE DE SACRAMENTOS, EUCARISTIAS E CEIAS sempre com algum elemento distinto...

Mesmo quanto aqueles que podem ou devem receber a dita ceia estão os protestantes cindidos em grupos e partidos que ameaçam-se mutuamente com a cólera divina.

Haja visto o exemplo do Dr Goodspeed; que assim se expressa: "Nossa posição de Batistas tem sido FREQUENTEMENTE DESVIRTUADA por pessoas que HAVERÃO DE DAR CONTAS AO SENHOR." C Goodspeed in "Communhão restrita" Porto 1913; apresentação.

Por aborrecer a prática da comunhão aberta ou livre aos não batistas; prática a respeito da qual não há acordo entre os mesmos Batistas, fazendo cada lider ou grupo valer sua opinião. Assim não há opinião BATISTA mas o ponto de vista deste ou daquele batista, o que é bastante diferente...

Também as demais seitas, em geral praticantes duma comunhão mais ou menos livres contam com pequenos grupos e núcleos de ultraortodoxos contrários a ela para significar que eles, protestantes, não se reconhecem e estão doutrinariamente cindidos em diversas seitas....

Entre os protestantes a 'comunhão aberta ou livre' encontra-se comumente associada ao relativismo doutrinário ou ao ceticismo credal segundo o qual, uma vez que é impossível estar certo a respeito de qualquer doutrina, é aconselhável tolera-las todas. Este belo argumento - fruto das continuas disputas e polêmicas travadas pelos protestantes em torno do sentido da Bíblia - foi sistematizado primeiramente por Locke no 'Tratado da tolerância' e importa dizer que imola o conceito de divina Revelação ou de verdade revelada as exigências subjetivas do livre exame i é a dúvida ou ao ceticismo, pois se o protestantes examina, busca e se busca não esta em posse da verdade divina...

Ora Jesus não nos mandou buscar ou examinar o que quer que fosse mas receber a instrução da Igreja i é a verdade por intermédio de seus emissários os apóstolos. 

Para por fim a esta narrativa a respeito das  variadas tendências existentes no seio do protestantismo no que diz respeito a sagrada Eucaristia, optamos por divulgar uma pesquisa bastante recente. O objetivo é certificar que as ditas tendências contraditórias permanecem vivas no âmago da instituição reformada, como uma pedra no sapato de um homem!

Encontra-se a dita pesquisa inclusa no artigo "Santa Ceia: uma das mais significativas controvérsias entre os reformadores Lutero, Zwinglio e Calvino." por PEREIRA LOPES & CUNHA FERNANDES in Ciências da Religião - História e sociedade, Vol VI, N 02 - ano 2008

http://www3.mackenzie.br/editora/index.php/cr/article/view/424/250


E vem a corroborar o que sabíamos já por experiência: que parte dos sectários protestantes (pentecostais e Batistas) acredita num tipo de presença real analogo aquele que é ensinado pela igreja romana ou seja numa espécie de transubstanciação...que outra parte deles acredita numa espécie de presença real nos termos propostos pelos antigos padres ou por João Calvino... enquanto que apenas uma parte tem permanecido fiel ao padrão zwigliano, predominante quando o protestantismo foi introduzido neste nosso país. NEM PODERIAM LER O EVANGELHO E RECEBER A FARSA ZWINGLIANA!!!

Assim no livro do calvinista norte americano Loraine Boettner, damos com este rasgo: "O cálice representa o vinho... e o pão não era seu corpo." pp 144

Que representa a opinião de Karlstadt, Capiton e Zwinglio... e não a de 'mestre' Calvino... e menos ainda a de 'messer' Lutero...

Tal nossa experiência na CCB, seita em que fomos criados e em cujo seio depara-mo-nos com as duas teorias contrárias e as duas variantes pertinentes a doutrina da presença real.

Implica isto admitir que 21 % dos presbiterianos encaram o sacramento como um memorial ou como elementos simbólicos, enquanto que 79% deles; na esteira de Calvino, encaram o mesmo sacramento como veículo da presença divina. Para a minoria deles há apenas pão enquanto que para a maioria Deus se faz presente no mesmo pão. DIFERENÇA CONSIDERÁVEL ESTA QUE DIZ RESPEITO, como já foi salientado por nós,  A PRESENÇA DIVINA.

Quanto aos batistas com sua 'Sola Scriptura' tanto pior... pois para 6% deles Jesus se faz material e fisicamente presente no Sacramento, enquanto que para 82% os elementos comportam uma presença divina não menos real. 12% deles no entanto pondera com Zwinglio que tudo não passa dum simples repasto... Destarte o que é divino para 88% dos batistas é obreia de farinha para 12%... a diferença aqui também esta entre lanche ou Cristo...

A ADD e a Seita Renascer apresentam praticamente as mesmas variáveis... 

Por nossa conta asseveramos que o mesmo se passa na CCB e na IEDP...

Também dentre estes há quem creia ser o sacramento uma colação de pão e vinho ou um veiculo, seja material ou espiritual, da presença de Deus. 

Assim sendo o que alguns engolem com toda reverência TENDO EM VISTA UMA VERDADEIRA POSSE DE JESUS CRISTO, outros ingerem como mero pão ou vinho servidos em padaria, tendo na memória apenas a recordação do sacrifício da cruz.

E se algum protestante disser que semelhante divisão não deva ser levada a sério; nós não levaremos a sério quem não percebe qualquer diferença entre um simples pedaço de pão segundo a natureza e a presença real de Jesus Cristo Nosso Verdadeiro Deus. E completaremos e arremataremos nossas observações afirmando que uma 'igreja' incapaz de estabelecer concordância ou uniformidade a respeito de tão grande mistério não presta para nada.

RECAPITULANDO:

Quanto a sagrada Eucaristia estão os protestantes cindidos:

• Quanto a natureza da mesma: se é mero pão ou Cristo Jesus.
• Se devem empregar vinho ou suco de uva.
• Se devem utilizar um ou diversos cálices para o vinho.
• Se a comunhão deve ser ministrada a todos os protestantes ou aos membros da seita somente.

E em quase meio milênio de discussões e polêmicas ainda não chegaram a qualquer acordo a respeito de tais questões.

ENTÃO COM QUE DIREITO DESEJAM ENSINAR AOS CRISTÃOS ORTODOXOS O QUE SEJA CRISTIANISMO???