A credibilidade da Septuaginta era tanta entre os hebreus que foi empregada sem maiores problemas por Filo - que refere-se a seus tradutores como profetas - por Josefo e por diversos rabinos na própria Palestina.
A partir do século II d C no entanto a atitude dos hebreus para com a Septuaginta começou a mudar...
Isto coincide exatamente com o auge da Polêmica deflagrada entre Judeus e Cristãos quarenta anos antes, em Jamnia/Iabné.
Desde o ano 120 d C - quando Aristion publicou seu 'Dialogo entre o Cristão Jasão e o judeu papisco' - até 180 vários padres e doutores como Apolinário, Melitão, Justino, etc entraram na liça contra a fé judaica.
Os judeus tampouco permaneceram inativos.
Por volta de 124 - 144 (após a morte de Gamaliel II e de Eliezer o grande) um cristão apóstata de nome Aquila - Onkelos - aparentado com o Adriano Cesar e funcionario imperial, foi instigado pelo Rabino Aquiba com o intuito de elaborar uma nova versão das escrituras gregas (baseada no texto proto massorético) capaz de desbancar a Septuaginta SEMPRE EXPLORADA PELOS CRISTÃOS EM SUA POLÊMICA CONTRA A SINAGOGA
Especialistas há que julgam ser a atual Massorá, a dita ressenção do Khumran CORRIGIDA por Aquila...
Seja como for Aquila foi acusado tanto por S Justino quanto por S Irineu de ter adulterado as escrituras na medida em que logrou construir - com materiais extraidos da proto Massorá - uma versão POLÊMICA E PONTUADAMENTE 'anti-cristã'. Basta dizer que inumeros elementos presentes na Septuaginta e que favoreciam uma interpretação Cristã foram simplesmente eliminados... toda e qualquer profecia ou tipo referente a Jesus que não correspondia a proto Massorá foi pura e simplesmente posto de lado.
Eis porque passado algum tempo os rabinos publicaram um decreto de punição contra todo e qualquer hebreu que recorresse a Septuaginta... pois durante os séculos subsequentes os escribas não pouparam esforços no sentido de promover a tradução de Aquila.
Podemos no entanto, inferir que tais esforços laboraram em vão, e que, fixado definitivamente o Canon, os rabinos e escribas foram levados a tomar medidas cada vez mais rigorosas com relação a uma obra que - como a Septuaginta - favorecia amplamente a heresia dos nazarenos.
Este período - dos séculos IV e V d C - corresponde pois a condenação de toda literatura grega por parte dos hebreus devotos, sem quaisquer reservas, mesmo com relação a Septuaginta
Embora a tradição faça remontar semelhantes anatemas ao tempo de Trajano César (117):
"Depois os 'polemos schel quitos' OS FILHOS FORAM PROIBIDOS DE APRENDER O GREGO."
O certo porém é que de século a século, contando do primeiro desta era, a animosidade dos escribas e rabinos para com a lingua grega só aumentou...
A ponto de um fariseu devoto afirmar que preferia ver seu filho cego do que ve-lo lendo obras escritas em grego...
Por volta dos séculos V e VI desta Era mesmo a versão de Aquila, bem como a de Símaco e a de Teodósio foram condenadas...
Desde então o Cristianismo passou a ser encarado pelos judeus como consequência ou produto duma tradução mal feita das escrituras: a Septuaginta, ponto de vista adotado inclusive por alguns racionalista do século décimo nono
Os erros contidos na versão grega das escrituras hebraicas é que engendraram ou alimentaram a 'abominação Cristã'.
O reinado de Justiniano Cesar marcou o fim da aventura grega - iniciada no Egito mil anos antes - e o regresso definitivo do povo ao hebraico e a Massorá...
PROFECIAS MÓRMONS NÃO CUMPRIDAS
Há 11 meses
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