Hiper agia ai partenos Maria, akrantos Mitéra tou Khristos Theos - soson imas!
Batul Lala Marian Wallidat al illah - ʕawnu ni!

Nossos pais e avós foram protestantes, nossos tetravos papistas, as gerações do passado remoto no entanto foram Católicas, apostólicas e ortodoxas, e nós, consagrando todas as forças do intelecto ao estudo da coisas santas e divinas desde a mais tenra idade, reencontramos e resgatamos a fé verdadeira, pura, santa e imaculada dos apóstolos, mártires e padres aos quais foi confiada a palavra divina. E tendo resgatado as raízes históricas de nossa preciosa e vivificante fé não repousaremos por um instante até comunica-la aos que forem dignos, segundo o preceito do Senhor. Esta é a senda da luz e da justiça, lei do amor, da compaixão, da misericórdia e da paz entregue uma única vez aos santos e heróis dos tempos antigos.

João I

João I
O Verbo se fez carne




Hei amigo

Se vc é protestante ou carismático certamente não conhece o canto Ortodoxo entoado pelos Cristãos desde os tempos das catacumbas. Clique abaixo e ouça:

Mantido pelo profo Domingos Pardal Braz:

de pentecostal a ORTODOXO.

Jesus aos apóstolos:

"QUEM VOS OUVE É A MIM QUE OUVE E QUEM VOS REJEITA É A MIM QUE REJEITA."


A CRUZ É UM ESCÂNDALO PARA OS QUE SE PERDEM. MAS PARA OS SANTOS PODER E GLÓRIA DE DEUS.

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sábado, 3 de abril de 2010

O cavalo de Tróia na Ortodoxia> Cirilo Lucaris




No tópico anterior tivemos ocasião de ver que já por ocasião da morte de Crusius em 1607 os luteranos haviam desesperado de qualquer acordo com a Ortodoxia e classificado nossas igrejas como mais supersticiosas que a igreja papólica.



Os calvinistas porém não se davam por reduzidos e cuidavam em obter, por bem ou por mal, o testemunho da Ortodoxia.



Esta ocasião se lhes apresentou na última década do século XVI quando um jovem grego de grande talento - sabedor de Latim e francês - Cirilo Lucaris, fora enviado a Polônia com o objetivo de sustentar os intereses da Ortodoxia frente a sacrílega união de Brest e os ataques cada vez mais furiosos do romanismo.



E como os protestantes poloneses também se opunham as pretenssões romanas acabou ocorrendo uma aproximação estratégica entre o jovem sacerdote e os teólogos da seita.



Desde então o jovem Lucaris - após peregrinar por Genebra e Wittemberg - principiou a estudar com ardor as obras dos principais corifeus da pseudo reforma, em especial as de Calvino e a afastar-se gradativa, imperceptivel e irremissivelmente dos padrões Ortodoxos. Até que sem perceber ou dar-se conta estava já perfeitamente calvinizado...



Era de se esperar que como tantos e tantos clérigos e prelados ocidentais, o nosso Cirilo lança-se a batina as urtigas e se fizesse pregador protestante...



Foi exatamente o que não se deu permanecendo Lucaris entre as fileiras do clero ortodoxo como cripto calvinista.



Tal e qual o 'deformador' inglês Cramner, o nosso Lucaris executava todos os ofícios pescritos no ritual violando sua própria consciência na medida em que não acreditava neles e escrevia a seus amigos ocidentais sobre o quanto se sentia mortificado ao dirigir preces a Virgem e aos Santos em nossa hierúrgia.



Tal a geração dos reformadores de Albion a Constantinopla, geração de fariseus hipócritas, de covardes e oportunistas que não se envergonhava de por em prática uma série de obras que na verdade odiava...



Assim eles diziam Missa sem crer nela, incensavam imagens e ícones que no fundo criam não passar de ídolos pagãos, intercediam pelos mortos sem crer que tais intercessões fossem uteis...



O caso é que os calvinistas do Ocidente ainda contavam em obter o testemunho de nossas igrejas contra a igreja papal objetivando sua desmoralização. Assim sendo os embaixadores da Holanda e da Inglaterra aconselharam Cirilo a permanecer formalmente na Ortodoxia com o intuito de realizar suas esperanças pois era de fato um homem de grande talento.



E por ser um homem de grande talento não devemos nos espantar por ve-lo elevado, no ano de 1602, a séde do patriarcado greco-bizantino de Skanderia, séde que veio a governar pelo espaço de quase vinte anos com graves danos para a fé reta e imaculada.



Pois durante esse tempo estabeleceu relações públicas de cordialidade com os soberanos heréticos do Ocidente chegando a presentear Tiago IV de Inglaterra com um dos códices bíblicos mais antigos preciosos de que se tem notícia, o código alexandrino.



E enviou parte de seu clero para estudar as ímpias doutrinas de Calvino já em Oxford, já em Genebra e assim logrou corromper a fé de muitos e a semear as novas e falsas doutrinas por todo o Oriente provocando grande comoção entre os filhos da Verdade.

Dentre estes clérigos estavam Zacarias Garganos que mais tarde tornou-se Bispo de Larta e Yhoana Caryophylles, dito o Logotheta.

Tendo falecido Timóteo II, Cirilo, sentindo-se forte pelo apoio ($) que lhe era dado pelos embaixadores das potências protestantes e pelo prestígio dos clérigos que lho acompanhavam, passou a Istamboul com o intuíto de fazer-se eleger e sagrar como novo patriarca.

E mal desembarcara na cidade mandou chamar o superior dos Frades franciscanos - in "Nueva historia de La Iglesia" Vol V ed Cristianidad - para dizer-lhe que: "sentia-se inclinado a submeter-se a sé apostólica."

Em contrapartida o Papa Urbano VIII remeteu-lhe quatro mil taleres através do embaixador austríaco Schmid, parte deste montante foi somado ao que já lhe havia sido oferecido pelos embaixadores da Holanda e da Inglaterra e repassado ao Sultão.

Nove anos depois - 1629 - Cirilo compoz uma 'confisão de fé' inspirada nos ensinamentos de Calvino querendo fazer passa-la por ortodoxa e visando convencer os Ocidentais de que a fé de nossas igrejas estava de pleno acordo com a fé protestante.

Dentre outras coisas afirmava o desatinado Patriarca, a suficiência das Escrituras em matéria de fé, a falibilidade da Igreja, o solifideismo, o predestinacionismo, o infernismo, o bi sacramentalismo, o iconoclasmo bem como a doutrina zinwigliana da presença simbólica de Jesus na Eucaristia, que por esse tempo já havia suplantado a doutrina calvinista dentro do próprio calvinismo...

Esta ímpia confisão foi publicada, primeiro na Holanda - sob os auspícios do embaixador holandês na sublime porta - depois em Genebra (em 1633) e sucessivamente reproduzida pelos principais apologistas e corifeus do protestantismo como Claude, Allix, Smith, Hottinger, Spanheim... causando grande espanto e escândalo entre os adptos do papismo.

Uma tal discusão serve apenas para ilustrar a má fé e a desonestidade dos protestantes. Afinal não foi no Oriente que Lucaris e seus partidários receberam tais teorias mas do Ocidente ou seja dos próprios Lutero e Calvino... Portanto tais ensinamentos jamais representaram a tradição ou o testemunho de nossas igrejas, mas apenas e tão somente a infiltração de doutrinas e crenças luteranas e calvinistas entre os nossos, noutras palavras: jamais significaram outra coisa que doutrinas alienígenas e importadas.

E no entanto os calvinistas não cessavam de atribuir tais doutrinas que eles mesmos ensinaram a Lucaris a tradição de nossas igrejas...

Seja como for o dito Lucaris acabou por enredar-se em diversas intrigas políticas, até ser estrangulado por ordem do Sultão e ter seu corpo lançado ao Bósforo na era de 1638. É inexato que os jesuitas estejam por trás de sua execução, apoiada todavia pela maior parte de nossos clérigos que lho encaravam como uma espécie de anti-Cristo subido dos infernos para destruir a igreja...

Enquanto Lucaris promovia tais distúrbios na Ásia menor e na Grécia, causando tantos dissabores a mãe Igreja, o Patriarca de todas as Rússias Petrus Mohila forcejava por desacreditar sua 'confisão de fé' e por refutar as heresias nela contidas. Assim, passados dois anos da morte de Lucaris - em 1640 - fez imprimir sua própria 'confisão', esta sim, ao menos em essência, fiel ao sentimento e a crença de nossas igrejas.

Foi assim que o pensamento de Lutero atingiu nossas Santas Igrejas de Deus quase cem anos após a sua morte.

Segundo somos informados por Mircea Eliade, Lucaris "Além de trocar cartas com George Abbot, arcebispo de Canterbury, em 1617 enviou um jovem monge grego, Metrophanes Kritopoulos (1589-1639), para estudar em Oxford. Kritopoulos permaneceu na Inglaterra até 1624, vindo posteriormente - em 1636 - a ocupar a sé grega de Alexandria."

Séde que ocupou até 1639 dando seguimento as lucubrações de seu mestre e protetor Cirilo.

Sabemos outrossim que Metrophanes também havia circulado pela Suiça e pela Alemanha - chegou a fixar-se em Altdorf - entretendo-se em conversações com os principais líderes protestantes e quiçá acreditando na possibilidade duma união entre tais seitas e nossas Santas Igrejas Apostólicas.

Ele também legou a posteridade uma 'confisão de fé', igualmente infectada pelos calvinismo - no que concerne a graça e a predestinação - mas sob todos os outros aspectos muito mais sóbria do que aquela que fora composta por Lucaris. Esta confisão foi direcionada aos anglicanos com o objetivo de reconcilia-los com a ortodoxia e é bastante apreciada pelos ocidentalizantes e ecumenistas de nossa época.

É forçoso admitir que apesar de seus flertes com o protestantismo Metrophanes de Alexandria morreu na paz da igreja. Pois participou, em 1638 do sínodo congregado por Kontaris no qual a memória e as teorias de Cirilo foram solenemente condenadas pelos Bispos das principais sés do Oriente.

Entrementes as nuvens se acumulavam no céu da Igreja e um novo sínodo, tanto mais solene, teve de ser congregado, desta vez em Jassy, na Moldávia. Corria a era de 1642.

Examinadas as duas confisões, a de Lucaris e a de Mohila, foi esta solenemente aprovada e louvada pelos padres enquanto aquela foi solenemente denunciada e anatematizada como herética, abominável, ímpia e sacrílega.

Meletius Sverigos após fazer algumas acomodações e suprimir algumas expressões que cheiravam a papismo - como transubstanciação por exemplo - verteu-a para o grego e fez com que fosse pregada as portas de todas as nossas Igrejas, mas, nem assim as coisas serenaram, pois Zacarias, Caryophylles e outros teimavam em disseminar as doutrinas de Calvino em meio ao povo de Cristo.

Contra estes lôbos ferozes ergueram-se diversos padres ortodoxos cheios de toda doutrina e piedade como Coressyus, Meletius Pigas - antecessor de Lucaris na Sé grega de Skanderia - Gabriel Severios de Veneza, Nectarios de Jerusalem, Arsênio, Meletius Sverigos, Genádio, Gregório Protocyncelos, Gabriel de Filadélfia e outros que trilharam fielmente a senda de Jeremias II e dos antepassados; os teóforos apóstolos, egrégios mártires e abençoados confesores amados de Cristo Jesus Nosso Senhor.

Para por fim a tais controvérsias e disputassões iniciadas pelo infeliz Lucaris, Dossiteus Notaras fez congregar outro sínodo em Al Kudush na era de 1672, o qual afirmou ponto por ponto as doutrinas ensinadas pelos Padres e condenou, mais uma vez, a memória e os ensinamentos de Cirilo qualificando-o como Mestre ímpio e ministro da apostasia. O mesmo sínodo reconheceu a versão grega da confisão de Pedro Mohila como prístina expressão da fé ortodoxa e ameaçou depor tantos quantos não se submetessem a seus decretos.

Assim a Igreja de Deus ficou purificada da lepra maligna do calvinismo e as intenções dos calvinistas, de apresentar suas novidades profanas como pertencentes a tradição apostólica e a veneranda antiguidade, ficou frustrada para todo sempre.

Desde então os calvinistas, tal e qual os luteranos, passaram a referir-se a Igreja Ortodoxa como sendo mil vezes mais idolatra e perniciosa do que a Igreja papal...

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