Hiper agia ai partenos Maria, akrantos Mitéra tou Khristos Theos - soson imas!
Batul Lala Marian Wallidat al illah - ʕawnu ni!

Nossos pais e avós foram protestantes, nossos tetravos papistas, as gerações do passado remoto no entanto foram Católicas, apostólicas e ortodoxas, e nós, consagrando todas as forças do intelecto ao estudo da coisas santas e divinas desde a mais tenra idade, reencontramos e resgatamos a fé verdadeira, pura, santa e imaculada dos apóstolos, mártires e padres aos quais foi confiada a palavra divina. E tendo resgatado as raízes históricas de nossa preciosa e vivificante fé não repousaremos por um instante até comunica-la aos que forem dignos, segundo o preceito do Senhor. Esta é a senda da luz e da justiça, lei do amor, da compaixão, da misericórdia e da paz entregue uma única vez aos santos e heróis dos tempos antigos.

João I

João I
O Verbo se fez carne




Hei amigo

Se vc é protestante ou carismático certamente não conhece o canto Ortodoxo entoado pelos Cristãos desde os tempos das catacumbas. Clique abaixo e ouça:

Mantido pelo profo Domingos Pardal Braz:

de pentecostal a ORTODOXO.

Jesus aos apóstolos:

"QUEM VOS OUVE É A MIM QUE OUVE E QUEM VOS REJEITA É A MIM QUE REJEITA."


A CRUZ É UM ESCÂNDALO PARA OS QUE SE PERDEM. MAS PARA OS SANTOS PODER E GLÓRIA DE DEUS.

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sexta-feira, 2 de abril de 2010

Das relações entre a ortodoxia e o protestantismo.








Em que pesem seus inumeros erros em matéria de fé e de doutrina, emitiu o Bispo de Hipona uma das normas mais sábias enunciadas por boca de homem:


"Odeia as doutrinas errôneas mas ama aquele que as professa."


Pois se amassemos ao erro como haveriamos de honrar a Verdade Suprema?


Por outro lado, caso odiassemos aqueles que erram, como haveriamos de glorificar ao Amor Infinito?


De modo que odiando ao erro fazemos juz a verdade e amando ao homem que erra fazemos juz ao amor divino.


Pois se sucede na maioria das vezes que aquele que erra cuida estar acertando e por verdade prístina toma o erro.


Sendo até possivel que haja nele mais amor e zelo pelo que pensa ser a verdade do que naqueles que conhecem a verdade.


Conforme estar certo ou errado pertencem ao domínio do conhecimento e não da vontade.


A mentira enquanto oposição entre o que se conhece e o que se diz esta no domínio da vontade e merece ser qualificada como má.


Erro porém é outra coisa.


Pois pode se suceder que se tome a parte pelo todo ou o provável pelo certo...


Erra pois o homem sem saber que erra e sem ter conhecimento de seu erro.


Erra pois de boa fé ou de boa vontade e errando de boa vontade não é digno de castigo ou punição mas de dó.


Aquele que mente bem merece castigo, aquele que erra desejando estar em posse da verdade tem no erro que dela o afasta seu pior castigo.


Portanto a única 'punição' com que se deve punir o erro é o esclarecimento daquele que erra.


Esclarecer aquele que erra não é favor mas necessidade.


Necessidade imposta pelo amor.


Pois se aquele que erra tem por meta a aquisição duma verdade que não possui e que tendo em vista tal meta dissipa baldadamente seu tempo e suas forças, seria demasiadamente trágico, que aqueles que estão já em posse da verdade que ele tão empenhadamente procura, nada fizessem para auxilia-lo, assistindo seus fracassos de camarote...


É pois um grave dever para aqueles que cuidam estar em posse da verdade auxiliar aos demais para que também cheguem a ela.


Auxiliar aos que erram não é como muitos pensam um ato de orgulho ou uma manifestação de vaidade mas um ato de amor...


Afinal como o pão é alimento do corpo a verdade é o alimento da alma.


Acaso mostra ter amor pelo próximo aquele que o contempla impassivelmente, com o rosto velado, tateando em meio as trevas e dando voltas em torno de si mesmo?


Portanto se amamos aos protestantes não podemos nos calar diante de seus erros, antes haveremos de exorta-los e de admoesta-los, com muita suavidade, paciência e ternura.


Não quero dizer com isto que devemos sempre e a todo momento contender com eles.


O homem sábio e prudente sabe quando deve e quando não deve contender.


Pois sabe que em certos momentos e situações é melhor calar.


Especialmente quando há perigo de se perder de vista a caridade que é o dom supremo.


Em tais conjecturas é melhor calar.


Afinal como poderias discutir lições de grego com a diarista ou o açougueiro?


Não é porque o protestantismo não esta a nossa altura que todos estão a altura ou preparados para receber a Ortodoxia ou mesmo o espiritismo ou ainda o romanismo em sua forma mais elevada.


Tudo isto supõe certo preparo intelectual e certa educação que por razões de ordem econômica não são acessiveis a maior parte da população. De modo que parte dos homens, por razões de ordem material ou econômica são lançados nos braços da superstição e do charlatanismo sem que haja neles qualquer culpa.


São as condições sociais desumanas e injustas que impedem a assunção espiritual de grande parte de nossos irmãos enquanto lhos mantem prezos a miséria e a ignorância.


Discutiras tu com os ignorantes?


Certamente que não.


No entanto caso te depares com pessoas cultas e civilizadas que professem os erros de Lutero, Muntzer e Calvino e sobretudo se elas tomarem a iniciativa - é sempre bom que elas tomem iniciativa - convem resistir firmemente a argumentação delas e redarguir ponto por ponto.


Caso elas se voltem para a verdade tanto melhor, caso não se voltem ao menos ficarão cientes de que nem todo ortodoxo é estúpido.


Tantos quantos saimos das fileiras protestantes sabemos muito bem que os heréticos em geral creem ser peritos e especialistas nas escrituras e que os ortodoxos e papistas em geral nada sabem sobre elas... ficam pois surpreendidos e confundidos sempre que topam com algum ortodoxo ou papista conhecedor das escrituras e isto lhes causa grande pavor.


No que toca a nossas pessoas nenhum protestante culto desta região aceitaria disputar em público conosco... resta-nos pois vir a público para refutar tudo quanto costumam a dizer e escrever a respeito da ortodoxia.


É pois este espaço um espaço de partilha no qual pretendemos exercitar aos ortodoxos e demais interesados para que possam sair a campo e dar a competente resposta a esses intrujões...










Até onde nos é dado saber - e nosso conhecimento sendo humano é limitado - Lutero jamais teve qualquer conhecimento EXPERENCIAL sobre a Igreja Ortodoxa.


Queremos dizer com isto que jamais assistiu a suas cerimônias ou conferenciou com seus ministros.


Partindo de tal fato luteranos e ortodoxos ecumenistas procuram desculpa-lo por não ter se limitado a romper com o papado e a erigir uma igreja 'cismática' reconciliada com as demais igrejas apostólicas... alguns atrevidos ousam dizer que ele sequer deveria ser encarado como herético pela Igreja Ortodoxa já porque nunca emitiu qualquer juizo com relação a ela.


Salvo a sinceridade e a boa fé de tais pessoas, penso que tais alegações não passam de sofisma.


Pois se Lutero não teve qualquer conhecimento experencial sobre a igreja Ortodoxa, teve certamente um bom conhecimento histórico ou conceitual sobre ela.


Quero dizer que Lutero ao invés de ignorar a existência de tais igrejas apostólicas independentes com relação a tirânia romana, tinha pleno conhecimento delas e um conhecimento bastante nítido por sinal.


Digo isto porque as obras de Lutero contra o papa romano e sua igreja estão cheias de alusão as 'igrejas dos gregos' no sentido de que tais igrejas subsistiam e muito bem sem cogitar das pretenssões papais... amiude Lutero recorre ao exemplo de tais igrejas contra os curialistas e defensores da monarquia romanista.


É certo porém que Lutero, o mesmo Lutero que por milhares e milhares de vezes achincalhou despudoradamente ao papado, deu como absolutamente certa a doutrina corrente na igreja latina segundo a qual nossas igrejas não passavam de igrejas apóstatas ou decaidas.


Se Lutero ao romper com a igreja romana fundou sua própria seita ao invés de associar-se a alguma de nossas igrejas apostólicas e receber a fé ortodoxa, isto se deu porque ele certamente cria ser a Igreja romana a única remanescente ortodoxa dentre todas as igrejas apostólicas...


Fazer uma 'releitura' de 1054 e considerar a possibilidade de que a igreja romana fosse uma igreja particular e cismática parece jamais ter passado pela cabeça de Lutero.


Sinceramente ou por razões de ordem política parece que jamais passou pela cabeça de Lutero revisar ou reformar o dogma romano do 'cisma oriental'. Sua visão permaneceu tão ocidental e ocidentalizante como a do papa...


Do contrário ele teria percebido que os novos princípios por ele enunciados bem como a própria tradição agostiniana eram ignorados pela tradição comum de todas as nossas igrejas e que certas doutrinas ou práticas postas em dúvida por ele - como a do sacríficio da missa e da intercessão dos Santos - eram patrimônio comum a todas as igrejas orientais e não peculiaridades ou invenções da igreja romana.


Podemos dizer então que Lutero tomou o caminho mais fácil: considerou como apóstatas todas as demais igrejas apostólicas (mesmo sem conhece-las mais de perto) - mantendo neste sentido a tradição do papa - e inaugurou uma nova comunidade - não apostólica - que recebeu seu nome, passando a chamar-se luterana.


E neste estado de espírito veio a adormecer sem procurar qualquer tipo de aproximação com nossas igrejas ou com nossa tradição. Como era de se esperar de um teólogo tão ilustrado como ele.


Entrementes os protestantes, especialmente os luteranos, começavam a espalham entre os seus em entre os papistas que a crença deles era idêntica a crença de nossas Igrejas ortodoxas.


Os padres papistas no entanto diziam que não e que salvo a doutrina do papado, a fé ortodoxa era bem mais conforme com a deles.


Desde então houve grande celeuma e ambas as partes cuidaram de obter o testemunho de nossa Santa Igreja.


Os protestantes com a vã esperança de dar algum fundamento histórico aos novos dogmas do solifideismo e da predestinação e os romanistas com o intuito de afirmar que não haviam alterado qualquer iten no que concerne a fé.


Cerca de dez anos após a morte de Lutero seu púpilo e braço direito, Phillip Schwarzerd dito Melanchtonius ou Melanchton, convenceu Paulo Dolscius a traduzir para o grego uma das versões correntes da "Confisão de Augsburgo". Em 1559 chegou a Wittemberg o diácono Demetrius Misos enviado pelo patriarca Josafá II com o objetivo de examinar a revolução religiosa inaugurada pelo falecido Lutero. Após conversar bastante com Misos Melanchton entregou-lhe a referida tradução e mais um prólogo escrito em grego clássico, rogando que ambas fossem entregues a Josafá... pouco tempo depois Melanchton veio a falecer, o patriarca por sua vez declinou de pronunciar-se sobre o teor dos documentos recevidos.


Passados cerca de vinte anos, em 1574/5 dois erúditos alemães versados em grego Jacob Andreas e Martin Kruzius tomaram a tradução de Melanchton, acrescentaram-lhe a fórmula da concórdia e enviaram tais documentos ao Phanar pelas mãos de Stephen Gerlach. E assim chegaram as mãos do novo patriarca Jeremias II, homem de fina e sólida erudição.


Após examinar detidamente os documentos que lhe haviam sido enviados do Ocidente o venerando patriarca compoz uma judiciosa resposta na qual após elogiar o restabelecimento do matrimônio entre os clérigos, rechaçou como novidades profanas os principios fundamentais do protestantismo enunciados cinquenta anos antes por Lutero.


Tendo recebido a resposta do patriarca, os doutores da universidade Luterana de Tubigen compuzeram uma 'apologia' da 'confisão de augsburgo' e da 'fórmula da concórdia' e remeteram-na ao pobre Patriarca.


Desta vez o bom padre - que ja lhes havia enviado duas cartas plenas de amabilidade e cortesia - resolveu-se a dar-lhes uma boa lição e compoz um livreto de noventa páginas reafirmando cada dogma recebido pelas igrejas ortodoxa e latina a excessão é claro, do papado. Cada afirmação doutrinária vinha acompanha por diversas citações dos padres da Igreja grega...


Ninguém sabe como mas - para o azar dos reformados - tal livreto vindo a cair nas mãos de um sacerdote romanista polonês foi logo posto ao prelo - com o sugestivo título de "Censura Orientalis Ecclesiae" - vindo a destruir as pretenssões dos reformados que esperavam por fazer passar por ortodoxas suas caprichosas doutrinas.


Uma terceira carta foi enviada ao patriarca.


Na qual parece que os protestantes ou haviam tirado a máscara ou perdido toda compostura; pois nela afirmavam que jamais tiveram a "intensão de aprender algo com ele - o Patriarca ortodoxo - mas a esperança de ensinar-lhe a 'doutrina de Jesus Cristo' e que se ele, não queria recebe-la restava-lhes apenas 'lançar-lhe o pó das sandálias'..."


Para sua maior glória Jeremias II jamais respondeu a tais disparates...


Os protestantes todavia continuaram sua chicana.


E segundo lemos em Arnauld passaram a alegar que: "Os gregos criam como eles - protestantes - só que se expressavam com outras palavras ou não sabiam bem o que criam." in "perpetuité de la foi..."


Entrementes, no ano de 1577, ao fazer sua entrada em Kochenhausen, na Livônia, Ivan dito 'o terrivel' travou em plena rua amigavel discussão teologica com um pastor luterano, todavia quando este poz-se a comparar Lutero com o apóstolo Paulo, o czar bateu-lhe com o chicote na cabeça e se afastou gritando: - Para o Diabo contigo e o teu apóstolo Lutero. in Chadwick opus cit


Vitus Myller todavia assim se expressou nos funerais de seu mestre Crucius (em 1607):

"Pontificiis Longe magis superstitiosi graecos sunt." Ph. Schaff in "Creeds of cristendom"


Ao que parece, neste momento os luteranos começaram a perceber que o juizo emitido pelo patriarca Jeremias - de que Ortodoxia e Luteranismo são incompatíveis - era rigorosamente exato e a posicionarem-se tanto mais seriamente em face à nossas igrejas.
Desde então abriu-se um abismo entre as duas formas e a única forma de transpo-lo e a conversão de uns ou a apostasia de outros.








Extra, extra> Próximo tópico: Cirilo Lucaris, Ortodoxia X calvinismo.









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