Hiper agia ai partenos Maria, akrantos Mitéra tou Khristos Theos - soson imas!
Batul Lala Marian Wallidat al illah - ʕawnu ni!

Nossos pais e avós foram protestantes, nossos tetravos papistas, as gerações do passado remoto no entanto foram Católicas, apostólicas e ortodoxas, e nós, consagrando todas as forças do intelecto ao estudo da coisas santas e divinas desde a mais tenra idade, reencontramos e resgatamos a fé verdadeira, pura, santa e imaculada dos apóstolos, mártires e padres aos quais foi confiada a palavra divina. E tendo resgatado as raízes históricas de nossa preciosa e vivificante fé não repousaremos por um instante até comunica-la aos que forem dignos, segundo o preceito do Senhor. Esta é a senda da luz e da justiça, lei do amor, da compaixão, da misericórdia e da paz entregue uma única vez aos santos e heróis dos tempos antigos.

João I

João I
O Verbo se fez carne




Hei amigo

Se vc é protestante ou carismático certamente não conhece o canto Ortodoxo entoado pelos Cristãos desde os tempos das catacumbas. Clique abaixo e ouça:

Mantido pelo profo Domingos Pardal Braz:

de pentecostal a ORTODOXO.

Jesus aos apóstolos:

"QUEM VOS OUVE É A MIM QUE OUVE E QUEM VOS REJEITA É A MIM QUE REJEITA."


A CRUZ É UM ESCÂNDALO PARA OS QUE SE PERDEM. MAS PARA OS SANTOS PODER E GLÓRIA DE DEUS.

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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Questões disputadas sobre o quinto Concilio ou II Concilio de Constantinopla







Na História da Igreja de Philip Hugues, nos deparamos com esta citação assaz reveladora: "DEVE LER-SE ALHURES OS COMPLICADOS DETALHES DESTE CONCÍLIO GERAL QUE FOI O MAIS ESTRANHO DE TODOS." p 50

Segundo os autores da "Nova História da Igreja" ed Vozes - obra preciosa por sua objetividade histórica e acuidade teológica - a convocação do dito concilio envolveu diversas manobras por parte dos Cripto monofisitas - Menas, Justiniano, Teodora, Asquideus e outros seguidores de Julio de Halicarnasso, humilhados pelo decreto de Calcedônia que reabilitara Teodoro de Mopsuestes, Teodoreto de Cirro e Ibas de Edessa, resolveram tirar a desforra convocando este Novo Concilio.


"As obras de três teólogos nestorianos ou seminestorianos, Teodoro de Mopsuéstia, Teodoreto de Ciro e Ibas de Edessa, tinham sido resumidas como os "três capítulos" e aprovadas em Calcedônia. Mas os monofisitas pressionaram o Imperador justiniano através de sua mulher Teodora, conseguindo que ele condenasse os "três capítulos" por um edito em 543. O Papa Virgílio foi persuadido, ou intimidado, a confirmar essa condenação, mas a opinião surgida no Ocidente o levou a solicitar a convocação de um concílio ecumênico, que se reuniu em Constantinopla e condenou os "capítulos". Assim, o Oriente foi reconciliado às custas do Ocidente.
" (M. Deanesley, History of the Medieval Church, p. 11

Isto é tão certo quanto Teodora ter patrocinado as ordanações ilicitas realizadas em toda Síria, Palestina e Arábia por Baradeus, líder dos monofisitas e quanto seu esposo Justianiano ter composto diversos hinos de sabor monofisita hoje incorporados a nossa liturgia bizantina e por ter assinado, pouco antes de morrer, um édito imperial a favor do eutiquianismo. Cf Justiniano nas patrologias Altaner/Stuiber e Cadiz dentre outras.

Não podiam entretanto aluir por completo ao Concilio ortodoxo de Calcedônia sem se arriscarem a provocar uma revolução por parte dos Católicos. Decidiram-se então a contentar ou conciliar ambas as partes: ortodoxos e eutiquianos, já publicando cerca de 10 (dez) canones de teor calcedoniano ou ortodoxo aos quais adicionaram outros quatro condenando as memórias e escritos daqueles três varões ortodoxos justificados pelos padres de Calcedônia.

Foi justamente esta parte do Concilio que recebeu o nome de 'Três capítulos' e mereceu unissono repúdio especialmente por parte das igrejas do Norte da África e da Europa Ocidental, causando grande comoção.

Pressionado pelos Bispos ocidentais o Papa romano Virgílio, o único dos cinco patriarcas da Igreja que ainda não havia assinado as atas conciliares, recalcitrou e precisou ser convencido pelo braço secular... nem por isso deixaram de chover anatemas contra o dito concilio na medida em que de certo modo, inda que sutil, tocava a reputação dos padres congregados em Calcedônia.

Disto resulta que, ao menos a parte do concílio referente aos três capítulos, não tendo recebido adesão firme e sincera por parte do Bispo de Roma, jamais obteve autoridade universal mesmo enquanto mera lei eclesiástica.

Afinal, já vimos que tais julgamentos pessoais não estando diretamente ligados a divina revelação não podem gozar do 'status' da infalibilidade mesmo quando são propostos por verdadeiros concilios ecumênicos com a sincera aprovação de todos os Bispos.

Grosso modo nem o julgamento dos Padres de Calcedônia nem o dos Padres de
Constantinopla, pertinente as obras de Teodoro, Teodoreto e Ibas, gozam de infalibilidade. De modo que tudo se restringe a questões de reputação e dedução, tais como: se os padres de Calcedônia não souberam julgar corretamente as ditas obras dos referidos personagens, como poderia julgar infalivelmente sobre a doutrina ortodoxa? Posto esta que já naqueles tempos, as vésperas da Idade Média, grassava enorme confusão a respeito dos fins e das prerrogativas concialiares.

Afinal a própria tentativa de atingir e macular a reputação e a autoridade dos Padres de Calcedônia ficava reduzida a nada se consideramos que os primeiros dez canônes de Constantinopla são de teor calcedoniano e perfeitamente ortodoxos.

Daí a referida "Nova História da Igreja" fazer questão de registrar que os teologos latinos ainda não são capazes de ajuizar algo sobre o "real valor" da dita reunião.

O que tem servido de pretexto já para os sectários, os membros de outras religiões, os incrédulos, os materialistas e os ateus aventarem a FALIBILIDADE DOS CONCILIOS ECUMÊNICOS E DA IGREJA.

Todavia recorrer ao III Concilio de Constantinopla com o intuito de desmoralizar a Igreja é meter os pés pelas mãos e fazer tempestade em copo d água se considerar-mos que:


  • A matéria em questão não sendo pertinente a doutrina não pode implicar em infalibilidade por parte do Concilio
  • A primeira parte do Concilio, de teor calcedoniano/ortodoxo e que certamente contou com a adesão de todos os patriarcas ortodoxos, inclusive de Vírgilio de Roma, não contem erro algum
  • Evidentemente que a segunda parte - referente aos três capítulos - carece até mesmo de autoridade meramente eclesiástica na medida em que o Papa romano Vírgilio e os demais patriarcas certamente, foram coagidos pelo déspota Justianiano a referenda-la. Logo não tendo sido livremente referendada tal parte carece de todo valor.
  • Devemos neste caso preterir o julgamento do II Concilio de Constantinopla e ficar com o julgamento emitido pelos padres de Calcedônia, pelo simples fato deste ser mais antigo e ter podido arguir a um dos réus.

Seguem os canônes doutrinais e ortodoxos do concilio:







1. Se alguém não reconhece a única natureza ou substância (oysia) do Pai, Filho e Espírito Santo, sua única virtude e poder, uma Trindade consubstancial, uma só divindade adorada em três pessoas (hypostáseis) ou caracteres (prósôpa), seja anátema. Porque existe um só Deus e Pai, do qual procedem todas as coisas, e um só Senhor Jesus Cristo, através do qual são todas as coisas, e um só Espírito Santo, no qual estão todas as coisas.


2. Se alguém não confessa que há duas concepções do Verbo de Deus, uma antes dos tempos, do Pai, intemporal e incorporal, e a outra nos últimos dias, concepção da mesma pessoa, que desceu do céu e foi feito carne por obra do Espírito Santo e da gloriosa Genitora de Deus e sempre virgem Maria, e que dela nasceu, seja anátema.


3. Se alguém disser que existiu um Deus-Verbo, que fez os milagres, e um Outro Cristo, que sofreu, ou que Deus, o Verbo, estava com Cristo quando nasceu de uma mulher, ou que estava nele como uma pessoa em outra, e que ele não era um só e o mesmo Senhor Jesus Cristo, encarnado e feito homem, e que os milagres e os sofrimentos que ele suportou voluntariamente na carne não pertenciam à mesma pessoa, seja anátema.


4. Se alguém disser que a união de Deus, o Verbo, com o homem foi feita quanto à graça, ou à ação, ou à igualdade de honra ou autoridade, ou que era relativa ou temporária ou dinâmica1 ou que era conforme o beneplácito (do Verbo), sendo que o Deus Verbo se comprazia com o homem...


5. Se alguém conceber a única personalidade (hypóstasis) de nosso Senhor Jesus Cristo de tal modo que permita ver nela diversas personalidades, tentando introduzir por este meio duas personalidades ou dois caracteres no mistério de Cristo, dizendo que dessas duas personalidades introduzidas por ele provém uma única personalidade quanto à dignidade, à honra e à adoração, como Teodoro e Nestório escreveram em sua loucura, caluniando o santo Concílio de Calcedônia ao alegar que a expressão "uma personalidade" foi por ele usada com essa ímpia intenção; e se não confessar que o Verbo de Deus foi unido à carne quanto à personalidade (kath' hypóstasin)...


6. Se alguém aplicar à gloriosa e sempre virgem Maria o título de "genitora de Deus" (theotókos) num sentido irreal e não verdadeiro, como se um simples homem tivesse nascido dela e não o Deus Verbo feito carne e dela nascido, enquanto o nascimento só deve ser "relacionado" com Deus o Verbo, como dizem, porquanto ele estava com o homem que foi nascido...


10. Se alguém não confessar que aquele que foi crucificado na carne, Nosso Senhor Jesus Cristo, é o verdadeiro Deus e Senhor da glória, parte da santa Trindade, seja anátema.

[Os quatro cânones restantes tratam com mais pormenores das opiniões dos três teólogos.]




Bettenson, Henry (Editor) in Documentos da Igreja Cristã.




Como se vê praticamente nada de novo foi acrescentado e podemos dizer que estamos diante duma cópia de Calcedônia.

CONVEM RELATAR ENTRETANTO QUE O CANON SEXTO TORNOU-SE MUITO QUERIDO AO POVO CRISTÃO PELO SIMPLES FATO DE MENCIONAR O MISTÉRIO/DOGMA NA VIRGINDADE PERPÉTUA DE MARIA, ALIAS, A ÚNICA MENÇÃO FEITA POR UM CONCÍLIO COM O PROPÓSITO DE REFERENDA-LO.

Não é pois ocioso perguntar-nos até que ponto uma tal alusão tem sido responsável pela admissão deste obscuro Concilio entre os demais.

NA PIOR DAS HIPÓSTESES ELE TERIA SIDO UM CONCILIO INUTIL.



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