Hiper agia ai partenos Maria, akrantos Mitéra tou Khristos Theos - soson imas!
Batul Lala Marian Wallidat al illah - ʕawnu ni!

Nossos pais e avós foram protestantes, nossos tetravos papistas, as gerações do passado remoto no entanto foram Católicas, apostólicas e ortodoxas, e nós, consagrando todas as forças do intelecto ao estudo da coisas santas e divinas desde a mais tenra idade, reencontramos e resgatamos a fé verdadeira, pura, santa e imaculada dos apóstolos, mártires e padres aos quais foi confiada a palavra divina. E tendo resgatado as raízes históricas de nossa preciosa e vivificante fé não repousaremos por um instante até comunica-la aos que forem dignos, segundo o preceito do Senhor. Esta é a senda da luz e da justiça, lei do amor, da compaixão, da misericórdia e da paz entregue uma única vez aos santos e heróis dos tempos antigos.

João I

João I
O Verbo se fez carne




Hei amigo

Se vc é protestante ou carismático certamente não conhece o canto Ortodoxo entoado pelos Cristãos desde os tempos das catacumbas. Clique abaixo e ouça:

Mantido pelo profo Domingos Pardal Braz:

de pentecostal a ORTODOXO.

Jesus aos apóstolos:

"QUEM VOS OUVE É A MIM QUE OUVE E QUEM VOS REJEITA É A MIM QUE REJEITA."


A CRUZ É UM ESCÂNDALO PARA OS QUE SE PERDEM. MAS PARA OS SANTOS PODER E GLÓRIA DE DEUS.

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terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Das sucessões conciliares.

Se bem que no livro dos Concilios e da Igreja, Lutero tenha protestado fidelidade aos quatro primeiros concilios gerais, em suas conversações a mesa (in Erlangen XXXV - 207) não deixou de referir-se a pessoa de Cristo e a suas naturezas nos seguintes termos:

"CRISTO TEM DUAS NATUREZAS, EM QUE ISTO ME INTERESA? SE ELE TRÁS ESTE NOME MAGNÍFICO - Salvador - E CONSOLADOR TENDO EM VISTA SEU MINISTÉRIO E TAREFA... CRER EM CRISTO NÃO É CONFESAR QUE É UMA PESSOA EM DUAS NATUREZAS; DIVINA E HUMANA, COISA QUE PARA NADA SERVE, SIGNIFICA QUE SAIU DE DEUS E VEIO AO MUNDO PARA SALVAR-NOS E DA SALVAÇÃO QUE NOS DÁ TIRA SEU NOME."

Assim Lutero confesa importar-se muito mais com o que o Verbo nos dá ou oferece do que com o que o Verbo é... sua prioridade não deixa de ser egoista e oportunista, pois é função da pessoa e não a pessoa ou sua natureza íntima.

Pauta-se pois tal concepção no interese e não no amor.

Pois se amamos verdadeiramente o Cristo tanto mais desejamos conhece-lo até as ínfimas minudências, a ponto da alma enlevada dizer a si mesma: "De Christus
nunquam satis” e poder exclamar com Tereza De Ávila:



No me mueve, mi Dios, para quererte
el cielo que me tienes prometido,
ni me mueve el infierno tan temido
para dejar por eso de ofenderte.

Tú me mueves, Señor, muéveme el verte
clavado en una cruz y escarnecido,
muéveme ver tu cuerpo tan herido,
muévenme tus afrentas y tu muerte.

Muéveme, en fin, tu amor, y en tal manera,
que aunque no hubiera cielo, yo te amara,
y aunque no hubiera infierno, te temiera.

No me tienes que dar porque te quiera,
pues aunque lo que espero no esperara,
lo mismo que te quiero te quisiera.


Nós porém, que desejamos aumentar a cada dia nosso amor para com Jesus, para como disse Bernanos, suportar-mos a paixão sofrida pela Igreja em sua carne todos os dias, cuidamos que analisar tanto mais de perto as formulações conciliares referentes a sua pessoa, começando por Nikaia, não é uma tarefa inutil e ociosa mas antes uma tarefa util, vantajosa e edificante.

Afinal a ligação entre os sete primeiros concilios gerais tem sugerido aos racionalistas e incrédulos a tése segundo a qual, tendo sido inventado o dogma da divindade de Cristo pelo primeiro concilio, a doutrina da igreja teve de adaptar-se a ela forjando outras tantas doutrinas subsequentes proclamadas pelos concilios posteriores. De modo que o triunfo do atanasianismo em Nikaia e o triunfo da própria fé nicena após 365 foi causa de todas as tensões doutrinárias surgidas até o século VIII

Os positivistas porém, como o Dr Audiffrent sustentam que o dogma da divindade de Cristo foi inventada pelo apóstolo Paulo...

Por ora deixemos esta questão de lado, para analisar-mos a História dos primeiros concilios e estabelecer as verdadeiras relações existentes entre eles.

Todos temos lido nas Histórias eclesiásticas que Jerônimo o Presbitero, teria exclamado certa vez: Eis que o mundo viu-se ariano e que o arianisno havia solapado quase que por completo a fé ortodoxa.

TODAVIA TAIS PALAVRAS NÃO PASSAM DE PURA E SIMPLES EXAGERAÇÃO.

Afinal proferiu-as Jerônimo após tomar conhecimento de que diversos sínodos e o Bispo romano Libério inclusive, haviam regeitado a partícula "Homousios" - que significa literalmente consubstancialidade, querendo significar propriamente como afirma Lombardo nas sentenças COEXISTENCIALIDADE - SEM NO ENTANTO TEREM REGEITADO A DOUTRINA ORTODOXA DA DIVINDADE DE CRISTO.

E por terem regeitado a particula canonizada pelos trezentos e dezesseis padres de Nikaia (pois Secundo de Ptolomais e Theonas de Mármarica recusaram-se a assinar as atas) passaram a ser chamados impropriamente - como reconheceu S Atanásio - de semi-arianos (pois de arianos nada tinham).

Acontece que passados vinte e cinco anos o mesmo Jerônimo adotou a opinião dos semi arianos, escrevendo numa carta a Dâmaso, recém empossado como Bispo de Roma, pedindo-lhe que admitisse a regeição da partícula "Homousios" tendo em vista o grande tumulto que sua adoção desencadeara, a ponto de parecer-lhe que tal palavra "continha algum veneno".

A verdade é que apesar de ter sido empregada nos escritos e Irineu, Tertuliano e - segundo o testemunho do mártir Pânfilo - Origenes, a expressão "homousius" também fora empregada e de modo abusivo pelos sabelianos e como tal condenada pelo Sínodo de Antioquia congregado por Malkion em 270 com o objetivo de condenar o adocionismo apregoado por Paulo de Samosata.

De modo que os 'tradicionalistas', por fidelidade ao dito sínodo recusava-se a aceita-la.

S Epifânio porém - como podemos ler nas "Questões disputadas" do latino Gabriel Vasquez - marca distinção entre "Synousios" e "Homousios", afirmando que'synousios' significa uma tal unidade de substância que não permite distinção; sendo por isso mesmo preferido pelos sabelianos, enquanto que "homousios" inda que empregado por eles, admite distinções na mesma unidade.

No fim das contas tendo em vista os sofismas com que os arianos e ainda hoje as jeovistas manipulam e corrompem as expressões mais rigorosas como: Deus, Deus verdadeiro, gerado, etc atribuindo-lhes sentidos completamente diferentes daqueles que lhes haviam sido fixados pela tradição, somos levados a confesar que o único remédio capaz de sanear tais males e de impedir tais manipulações era e ainda é o emprego do termo técnico 'homousios', consagrado por Nikaia e mantido inalterado pela igreja em que pesem os dissabores enfrentados por ela.

Desde então só restou aos arianos gritar como os sectários - anabatistas, sabatistas, et aliae - e dizer que 'tal expressão não se encontra nas escrituras sagradas." (fala de Ario contra S Atanásio no dialogo sobre a Trindade contra os arianos de Virgílio de Tapso)

E no entanto esses mesmos arianos que condenavam o emprego do 'Homousios' por não encontra-se tal termo na Bíblia, empregavam do mesmo modo termos que de modo algum se encontravam na Bíblia como 'Transcendente' ou 'ingênito', igualando-se mais uma vez - em hipocrisia - aos hereges de hoje os quais vivem a escrever sobre 'pecado original', 'juizo investigativo', 'corpo governante', 'vinda invisivel' e outras tantas expressões que não se encontram nas Escrituras canônicas.

Antes porém, de entramos no terreno da Cristologia propriamente dita, cumpre-nos fazer uma breve observação sobre a pneumatologia.

Admitindo inclusive que embora a doutrina na S Trindade fosse admitida e professada pela Igreja desde os tempos apostólicos, a terceira pessoa desta Trindade, o Espírito Santo, sempre ficara as sombras, como que oculta ou menosprezada, a ponto de alguns resvalarem em diteismo supondo-a criada e de natureza angelical. Afinal esta terceira pessoa da Trindade nem fora claramente conhecida pelos hebreus, como a do Pai Eterno, nem se encarnara entre nós como o Filho, permanecendo pois, até hoje, na obscuridade, como que envolvida por uma aura de mistério.

Daí certas tendências diteistas apresentadas por alguns homens da Igreja durante dos primeiros séculos e renovadas pelo Patriarca Makedonios logo após o Concilio de Nikaia. A totalidade dos cento e cinquenta padres reunidos em Constantinopla porém - 381 - afirmou que a Igreja sempre reconhecera a divindade do Espírito Santo e condenou, anatematizou e depoz Makedonios e seus sequazes, e por incrivel que pareça não houve com relação a este concilio resistência semelhante a que houvera com relação ao primeiro.

Quanto a Cristologia é absolutamente falsa a alegação segundo a qual sua problemática tivera inicio em Nikaia, afinal por mais de meio século, ninguém lembrou-se de levantar tal questão.

Levantou-a, mais de meio século depois Apolinário, o jovem - 310 a 380 - Bispo de Laodicéia. Homem extremamente sagaz e engenhoso, durante suas polêmicas com os arianos, Apolinário desenvolveu uma teoria cristológica que a seu ver não rompia com a tradição da Igreja - na medida em que admitia a divindade de Cristo - por um lado e que por outro se prestava a golpear de modo tanto mais incisivo aos seguidores de Ario.

Segundo esse homem Jesus era verdadeiro homem, como sempre afirmara a igreja, na medida em que possuia verdadeiro corpo e verdadeira alma - Apolinário era tricotômico - mas não verdadeiro espírito, pois nele, Jesus, o Espírito era substituido pelo Logos ou pela Natureza divina. Conclusão: a natureza humana do Senhor era uma natureza humana incompleta ou mutilada, o que causou furor entre os ortodoxos, sendo o apolinarismo condenado juntamente com o Macedonismo em 381 ou seja um ano após a morte de seu inventor, homem honesto, fiel e que morrera na paz da Igreja.

Era de se esperar que todos os problemas parassem por aqui e que a Igreja passa-se a desfrutar de paz e sossego.

Foi exatamente o que não se deu já porque os seguidores de Apolinário - segundo o testemunho de Leôncio de Bizâncio in "Fraudes dos apolinaristas" - puzeram-se a forjar uma larga série de documentos falsos, atribuindo-os ora a S Atanasio, ora Júlio I de Roma, ora a S Gregório o Taumaturgo.

Desgraçadamente parte desta literatura encontrou acolhida em Alexandria, a ponto do Bispo Kirilo, tomar tais obras, inquinadas de apolinarismo, por obras de S Atanásio.

Seja como for o apolinarismo encontrou grande oposição por parte da Igreja de Antioquia, cujo mestre e teologo Diorodo de Tarso - professor de S Crisóstomo, de Teodoro de Mopsuestes e de Nestor - procurou vindicar a integralidade da natureza humana do Senhor e a distinção entre as duas naturezas, pois os termos empregados até então eram regionais e ambiguos, embora a fé fosse apostólica.

E quanto Nestor em 429/430 ventilou o delicado problema da comunicação de propriedade, Kirilo aproveitou-se da oportunidade para o termo 'MIA FISIS' expressão de natureza dúbia, tomada as falsificações apolinaristas e que tanto podia significar uma natureza, quanto uma pessoa. É certo que para Kirilo, seus sucessores e todos os coptas - que se aferraram a expressão de Kirilo - designou sempre uma pessoa, numa perspectiva puramente ortodoxa, lida entretanto como uma natureza por nestorianos e ortodoxos, fortaleceu a oposição e aumentou a confusão que pouco depois haveria de dar inicio a querela suprema do monofisitismo.

Embora Kirilo, Dioscoro e os coptas jamais tenham tomado mia fisis, por mono fisis, a dita expressão ciriliana, chegando a grande laura de Constantinopla assim foi tomada e traduzida pelo arquimandrita Eutiques, homem tacanho e sem instrução que lavado ao concilio recusou-se a retratar-se.

Basta dizer que o próprio Dióscoros acusado injustamente de monfisitismo por aferrar-se a terminologia do Papa Kirilo, foi um dos primeiros a excomungar Eutiques. Tampouco a Igreja dos armênios, até então em parte nestoriana, adotou as teorias do monge babão, regeitando os decretos de calcedônia por razões de ordem meramente etnicas, politicas e temporais.

A verdadeira igreja herética que renovou a maldição do Docetismo associando-o ao apolinarismo e regeitando aqui a encarnação verdadeira do Verbo e acolá a glorificação de seu corpo físico nos céus, originou-se em Constantinopla mesmo por iniciativa Justianiano, Teodora, Asquideus, Juliano de Halicarnaso e Baradeus, todos negadores da humanidade do Cristo.

Posteriormente todavia Severo de Antioquia, valendo-se de outra terminologia, logrou aproximar esses dissidentes todos da fé ortodoxa, até que o monofisitismo extinguiu-se por completo lá pelos idos do século XII/XIII, passando o jacobismo novamente ao terreno da Ortodoxia, embora formalmente o desencontro permaneça de pé.

Antes que o celeuma tivesse chegado ao fim, o patriarca ortodoxo Sérgio, adito ao Concilio de Kalkedon e adversário do monofisitismo, creu, como Apolinário havia crido com relação aos arianos, ter encontrado uma solução genial tendo em vista a reconciliação dos teimosos jacobitas. Imaginou ele poder negar a doutrina tradicional pertinente as duas vontades do Senhor Jesus Cristo, afirmando que a vontade humana fora como que eclipsada e destruida pela vontade divina e dando origem a doutrina monotelita, recebida pela Igreja monástica dos maronitas e por eles professada até o século XII/XIV - quando por ocasião das Cruzadas associaram-se ao papado tendo em vista resistir ao Islan - segundo o testemunho de seu patriarca Paulo Massad.

Evidentemente que as controvérsias cristológicas pondo em fóco o mistério da encarnação e pondo em equilibrio tanto a divindade quanto a humanidade do Senhor e condenando a regeição de qualquer uma delas como oposta a tradição constante da Igreja, colaborou para que a prática apostólica de se confeccionar imagens pintadas ou icones do Senhor Jesus Cristo, de sua Mãe e de seus apóstolos se dilatasse de vento em popa em que pese as heranças judaicas transcendentes e iconoclásticas igualmente herdadas pela Igreja por parte da sinagoga.

Pois as Icones se prestavam magnificamente para testemunhar já a verdadeira humanidade de Cristo negada pelos monofisitas e já sua natureza divina patenteada pela Encarnação. No fundo a icone de Cristo sempre significou: Deus encarnado ou Deus humanado...

Por incrivel que pareça o ponto culminante deste culto por parte da igreja coincidiu exatamente com o surgimento e a expanssão do Islan, movimento de origem sincrética surgido na árabia por iniciativa do sábio Maomé abu Kassim e tendo por inspirador o arianismo (alem do judaismo é claro pois a mãe de Maome Amina era judia). Dai seu teor iconoclástico que principio pela destruição de todos os idolos e imagens que até então estavam guardados na Caaba de Maca.

É natural que a expansão do islan e seu cárater iconoclástico tenha suscitado ou alimentado aquela herança judaica e iconoclástica ainda presente e bastante viva no seio da Igreja. Herança que certamente não via com bons olhos o crescimento da até então tolerada iconofilia...

Tais os fundamentos da revolução inconoclástica, verdadeira revolução - a última delas no Oriente - judaizante deflagrada no seio da igreja e que minava pela base o mistério da encarnação, como salientou S João Damasceno. Mais uma vez a igreja de Deus foi convulsionada por lutas e batalhas durante cerca de um século, até o triunfo da ortodoxia em 787.

Foi então que pela derradeira vez Oriente e Ocidente se juntaram para condenar uma heresia.

Naquela ocasião congregaram-se trezentos e cinquenta Bispos e doutores sob a presidência do Patriarca Tarasius, tal o sentido da festa que comemoramos sob a designação de festa da ortodoxia.

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