Hiper agia ai partenos Maria, akrantos Mitéra tou Khristos Theos - soson imas!
Batul Lala Marian Wallidat al illah - ʕawnu ni!

Nossos pais e avós foram protestantes, nossos tetravos papistas, as gerações do passado remoto no entanto foram Católicas, apostólicas e ortodoxas, e nós, consagrando todas as forças do intelecto ao estudo da coisas santas e divinas desde a mais tenra idade, reencontramos e resgatamos a fé verdadeira, pura, santa e imaculada dos apóstolos, mártires e padres aos quais foi confiada a palavra divina. E tendo resgatado as raízes históricas de nossa preciosa e vivificante fé não repousaremos por um instante até comunica-la aos que forem dignos, segundo o preceito do Senhor. Esta é a senda da luz e da justiça, lei do amor, da compaixão, da misericórdia e da paz entregue uma única vez aos santos e heróis dos tempos antigos.

João I

João I
O Verbo se fez carne




Hei amigo

Se vc é protestante ou carismático certamente não conhece o canto Ortodoxo entoado pelos Cristãos desde os tempos das catacumbas. Clique abaixo e ouça:

Mantido pelo profo Domingos Pardal Braz:

de pentecostal a ORTODOXO.

Jesus aos apóstolos:

"QUEM VOS OUVE É A MIM QUE OUVE E QUEM VOS REJEITA É A MIM QUE REJEITA."


A CRUZ É UM ESCÂNDALO PARA OS QUE SE PERDEM. MAS PARA OS SANTOS PODER E GLÓRIA DE DEUS.

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terça-feira, 26 de maio de 2009

Uma reavaliação Velho testamento, saldo atual

Naturalmente que nem todas as constatações de Wellhausen são consideradas como válidas em nossos dias.

Nós não encaramos a pessoa de Wellhausen como uma espécie de Abraão, oferecendo bolinhos e manteiga a javé; como um tipo de Moisés a contemplar os 'quartos' ou o traseiro de Eloim, ou como uma espécie de Salomão a receber o todo conhecimento humano do mesmo modo como Atena saira da cabeça de Zeus seu pai... muito menos confundimos o douto biblista protestante com o Verbo Eterno Jesus Cristo Nosso bem todo perfeito, infalível e irreformável. Welhausen não é nem Santo Padre, nem Papa, nem 'reformador' para nós...

No entanto é assim mesmo que progride o conhecimento humano.

Por meio do esforço depurativo das gerações.

É assim que as arestas ou acidentes, ou particularidades duma teoria ou interpretação vão sendo polidas.
Este reconhecimento desta ou daquela inexatidão não afasta, antes aproxima a pesquisa e o pesquisador de seu objeto que é a Verdade; não obscurece a exatidão mas conquista uma nitidez cada vez maior... reconhecer os erros e inexatidões é caminho para a construção dum saber qualitativamente seguro e certo, é uma passagem para a verdade e uma garantia de honestidade intelectual.

Enquanto a maior parte das religiões (como o israelitismo, judaismo, islamismo, protestantismo...) "Movem-se, transformam-se e evoluem, asseverando a suas ovelhas que permanecem estacionadas e imutáveis." (Charles Guignebert) dando mostra de desonestidade e má fé, a ciência reconhece que se move, admite que reavalia seus dados, reconhece que repensa e corrige parte de suas constatações, sem no entanto sacrificar todo seu depósito ou mergulhar no pântano do ceticismo. O hábito da auto correção é que confere credibilidade a suas conclusões como declarou Sagan (in 'Mundo assombrado por demônios')

Tornemos porem as formas e a Wellhausen...

Sem embargo (das correções, que foram por assim dizer periféricas), de modo geral - em essência - a Teoria das formas não só permanece de pé como foi enriquecida e aperfeiçoada pelas contribuições de outros tantos pesquisadores. De um modo ou de outro a sistematização inicial, promovida por ele, foi útil no sentido de levantar a problemática referente as origens do Velho Testamento. Problemática que na verdade já havia sido levantada por Aben Ezra, setecentos anos antes.

Durante séculos a Cristandade - iludida por uma idéia mágica de inspiração - foi pura e simplesmente pondo de lado, disfarçando ou contornando o problema ao invés de encara-lo com dignidade.

Mesmo sem ser absolutamente fiel, exata ou infalivel, a teoria, tal e qual fora concebida por Wellhausen teve o mérito de encarar honestamente a questão... ao invés de continuar fugindo aos fatos, torcendo-os, falseando-os e destarte corrompendo, como de fato corrompeu o 'ethos' cristão, pautado na honestidade. Foi justamente com este tipo de teologia podre e carunchosa que os santos aprenderam a mentir sem constrangimento ou pudor...

Mentia-se ou engana-se 'por deus' sem discernir as consequências.

Lutero afirmara em alto e bom som que "É lícito pregar uma boa mentira com o intuito de favorecer a verdadeira igreja ( i é a sua)enquanto o papado esperou até o fim do décimo nono século, para com Leão XIII, proclamar que "Deus não precisa ser justificado com as mentiras dos homens.". No entanto toda a apologética tecida - a partir do século XX - em torno do antigo testamento, especialmente em torno do gênesis e de seus primeiros capítulos - por Alvaro Reis, a Torre de Vigia, Archer e mesmo o insigne MacDowell - esta fundamentada nas mais escabrosas mentiras, em trapaças, fraudes, desonestidades, falsificações, etc

Nada mais ímpio, anti cristão e corruptor do que esta defesa desesperada e a qualquer preço de 'Moisés'. Defesa sujas e pestilenciosa que tantos e tantos ateus tem fabricado afastando-os da fonte da vida que é Jesus cristo e seu Evangelho de amor. Toda tarefa destes falsos mestres e profetas parece resumir-se em malquistar as pessoas civilizadas com a fé Cristã, lançando-as nos braços abertos do materialismo e da incredulidade... Como fariseus perfeitos aparecem eles com a canga de Moisés, desejando por o fardo inutil  do pentateuco hebraico sobre as costas dos adoradores e servos de Jesus Cristo.

Analisando as coisas por este ângulo a teoria de Wellhausen é absolutamente Cristã, perfeitamente e legitimamente Cristã, Cristianissíma mesmo; enquanto o fundamentalismo, com suas estratégias e sofismas, mostra-se cinicamente farisaico...

É inacreditável que milhões e milhões de Cristãos continuam trocando a primogenitura celestial por um pratinho de lentilhas... pois na medida em que forjam uma realidade falsa e pecam contra a moral evangélica tendo em vista a promoção de uma falsa doutrina, de uma doutrina que desfigura o sentido da palavra 'inspiração', de uma doutrina cujo fundamento é o comodismo dos seres humanos e não a glória de Deus.

Se no décimo nono século a teoria de Wellhausen foi acolhida por muitos como sendo a quitessencia da verdade, tal acolhida se deveu mais a atmosfera positivista da época segundo a qual era possivel reconstituir a história humana nos mínimos detalhes e quase que infalivelmente, do que a locubrações metafisicas...

O positivismo por sinal não deixou de construir outra faceta mística, mágica, quiçá fetichista em torno da ciência, de suas descobertas e de seu propósito (cf João Ameal 'A verdade é so uma' 'A Europa e seus fantasmas'). Hoje no entanto, somos bem mais sóbrios e realistas...

E assim já não exigimos a perfeição absoluta ou a infalibilidade características do ser divino no plano da natureza. Contenta-mo-nos com garantias razoaveis e com o aproximar-se gradativamente duma verdade que talvez jamais venha a ser deslindada em sua plenitude. Isto não significa que a apreensão das partes constituitivas seja humanamente impossível ou isenta de garantias que satisfaçam as exigências da razão.

Quem desejar algo de mais elevado e divino que vá a Jesus Cristo e aos Evangelhos servindo-se do aparato da crítica e não a Moisés ou aos sacerdotes israelitas com seus registros de natureza moralmente duvidosa para não dizermos baixa.

Em termos de ciência e de conhecimento humano estamos a procura de algo, em demanda, em esforço; mas, ao menos não estamos paralisados diante duma miragem... Melhor uma visão parcial, mas que se constrói em dialogo com o mundo real, do que a ilusão duma quimera...

Hoje sabemos que talvez jamais venhamos a saber, como o próprio Deus sabe e ninguém mais sabe - i é com riqueza e profusão de detalhes - de que modo surgiram e como foram formadas as escrituras hebraicas... podemos no entanto fazer uma ideia geral, humanamente válida e verdadeira. Já podemos ver como por um espelho o que antes de forma alguma víamos, tendo os olhos cobertos pelo véu da ignorância e da superstição.

Simon, Astruc e Wellhausen, apesar de seus erros e desacertos foram os demolidores desta vã ilusão e os arquitetos duma teoria muito superior, capaz de enfrentar a singeleza dos fatos ao invés de recorrer a expedientes de natureza duvidosa...

Eis as principais conjecturas a que temos chegado:

I - É possivel ou até mesmo certo que Moisés, tenha codificado o Decálogo em tabuas de pedra valendo-se duma escrita alfabética recém inventada nos desertos do Sinai ou mesmo de hieróglifos egípcios. O emprego de tais sinais gráficos em tais circunstâncias teve por objetivo impressionar os rudes hebreus, em sua totalidade analfabetos e incutir neles o devido respeito para com a 'lei'...

Em suma: o emprego da escrita teria servido para sacralizar os mandamentos diante do povo.

II - É duvidoso mas não impossivel que Moisés tenha composto alguns hinos e cânticos mais ou menos preservados oralmente pela tradição.

III - Isto é praticamente tudo que podemos atribuir a Moisés, além de alguma tradição oral que circulava a respeito de sua pessoa.

Foi justamente a prevalência desta tradição oral no decorrer meio milênio - de mais ou menos 1400 a 900 ou 850 a C - engendrou uma série de mitos e fábulas, além de erros e contradições.

IV - Os profetas e sacerdotes anônimos que compuzeram o livro, especialmente a partir de Ezequias e Josias, recorreram a um grande número de fontes tanto nacionais quanto estrangerias. As nacionais seriam os tais cânticos e hinos registrados - talvez em papiros egípcios e com sinais egípcios por escribas egípcios - talvez durante o X século sob Saul ou qualquer outro monarca do Norte, após séculos de oralidade...

Estamos pois, diante duma verdadeira colcha de retalhos formada por elementos de origem egipcia, sumeriana e autotocne, artificialmente antrelaçados pelos redatores. Buscar unidade neste reino da heterogeneidade seria como buscar cubos de gelo ou neve no Sol.

Podemos pois falar num núcleo mosaico (decalogo + alguns hinos e cânticos) que em sua maior parte permaneceu sob o domínio da tradição e da oralidade ao cabo de séculos.

Em fragmentos de registros anteriores pertinentes ao tempo em que a tradição passou a ser escrita.

Tais fragmentos consistem nos cânticos e hinos introduzidos no corpo da narrativa como os de Miriam, o núcleo do de Moisés, o de Josué e o de Debóra.

Nos empréstimos feitos pelo javista e pelo redator sacerdotal aos registros babilônicos e sumerianos; em empréstimos tomados a sabedoria do Egito pelos redatores deuteronomista e sacerdotal... Os 'sacerdotes' também tiveram acesso aos registros provenientes da escola de Elias, cujos fastos narraram e cuja antiguidade é manifesta...

Posteriormente tudo isto foi revisado, corrigido e alinhavado pelo imame Ezra ou seus apaniguados.

Ezra e aqueles que o sucederam até cerca de 400 a C coligiram as memórias de Natã, Gad, Miquéias, Semeias, Oded e Ado (fontes das Crônicas), bem como os escritos dos Reis e profetas, a excessão da profecia de Daniel, outra falsificação que também é um caso a parte.

Os salmos não foram compostos pelo rei David, exceto um ou outro talvez, mas por seus cantores e mestres de côro como Asaf e os filhos de Coré, ou por levitas do tempo de Ezequias, Josias e Ezra.

Parte dos provérbios tem por fonte Agur e lamuel, ambos massaitas, isto é xeques árabes do deserto ou como se diz beduinos.

Jó e Judite são ficções ou romances conforme já dizia o Santíssimo Teodoro de Mopsuéstia.

É bastante provável que Jó não passe duma adaptação feita a a partir de original fenício, babilônico ou mesmo sumeriano.

O mesmo se diga de Ester e Tobias.

Estamos pois diante dum verdadeiro cipoal de fontes procedentes deste nosso mundo mesmo e não diante de palavras baixadas diretamente dos céus como postulam os fundamentalistas cegos.

Tais informações são absolutamente exatas e não podemos deixar de tirar as devidas consequências a menos que abracemos ao conspiracionismo infantilista ou a teoria das duas verdades...

Assim, por um lado só nos restaria apelar ao Diabo e multiplicar ao máximo sua atuação no mundo ( a ponto de fazer dele um vice-deus) e por outro comprometer a natureza divina em sua santa sabedoria...

Ficamos pois entre Siger e Pomponazi de um lado e o "Malleus maleficorum" do outro.

O protestantismo não nos oferece outras opções fora Cila ou Caribde... tudo ou nada, ame ou odeie.




"Alguns acrescentam que profeta algum citou os livros do Pentateuco, que não é citado nem pelos Salmos nem pelos livros que são atribuidos a Salomão, tampouco por Isaias ou Jeremias, enfim por Livro canonico algum. Os termos que correspondem a Genesis, Êxodo, Números, Levítico e Deuteronômio não são encontrados em qualquer parte do antigo testamento e nem mesmo no Novo." voltaire in D F p 275


Os termos correspondentes a que alude Voltaire são: Berexit (princípio), Veelee Chemot (eis os nomes), Vayedabber (ele falou), Vaykra (ele chamou) e Elle haddebarim (eis aqui as palavras) conforme lemos na História Sagrada do Pe Roquette. (Tomo I - in praef.)






ROTEIRO DAS QUATRO FONTES - J E D P - NO PENTATEUCO:




Fontes do primeiro livro atribuído a Moisés, o Gênesis.


- De Gn 1,1 a 2,4 PRIMEIRA NARRATIVA A RESPEITO DA CRIAÇÃO, FONTE P OU SACERDOTAL, emprega apenas Eloim ou deuses
- De Gn 2,4 a 5,1 FONTE J OU JAVISTA
- De Gn 5,1 a 5,32 FONTE P
- De Gn 6,1 a 6,8 FONTE J
- De Gn 6,8 a 6,22 FONTE P
- De Gn 7,1 a 8,22 FONTE J
- De Gn 9,1 a 9,27 FONTE P
- De Gn 9,18 a 11,9 FONTE J
- De Gn 11,10 a 11,31 FONTE P
- Gn 12 & 13 FONTE J com acréscimos ou correções sacerdotais
- Gn 14 é de Fonte indeterminada
- Gn 15 é javista com possíveis resquícios eloistas.
- Gn 16 é javista com acréscimos ou correções sacerdotais
- Gn 17 FONTE P
- Gn 18 FONTE J
- Gn 19 FONTE J
- Gn 20 FONTE E OU ELOISTA
- Gn 21, 1 - 7 É UMA MISTURA DAS TRÊS FONTES - J, E & P
- Gn 21, 8 - 32 FONTE E
- Gn 22 FONTE E com elementos de J
- Gn 23 FONTE P
- Gn 24 FONTE J
- Gn 25, 1 - 7 FONTE J
- Gn 25, 7 - 17 FONTE P
- Gn 25, 19 - 20 FONTE P
- Gn 25, 20 - 34 FONTE J
- Gn 26,1 - 33 FONTE J
- Gn 26, 34 e 35 FONTE P
- Gn 27 FONTE J
- Gn 28, 1 - 5 FONTE J
- Gn 28, 6 - 9 FONTE P
- Gn 28, 10 - 22 MESCLA DE FONTES J e E
- Gn 29 FONTE J
- Gn 30 FONTE J com elementos de E
- Gn 31 FONTE E com elementos de J
- Gn 31, 43 - 54 FONTES J e E
- Gn 32, 1 - 3 FONTE E
- Gn 32, 4 - 14 FONTE J
- Gn 32, 14 - 22 FONTE E
- Gn 32, 22 ao fim Mescla de J e E
- Gn 33, 1 - 17 FONTE J
- Gn 34 é de fonte indeterminada
- Gn 35 e 36 mescla de J, E e P
- Gn 37, 3 - 11 FONTE J
- Gn 37, 11 até o fim FONTES J e E misturadas
- Gn 38 FONTE J
- Gn 39 FONTE J
- Gn 40 FONTE E
- Gn 41 FONTE E a partir do verso 33 elementos de J
- Gn 42 FONTE E
- Gn 43 & 44 FONTE J com algumas adições
- Gn 45 até 46,8 MESCLA DE FONTES J e E
- Gn 46,8 a 30 FONTE P
- Gn 46,31 - 47,6 FONTE E
- Gn 47, 5 - 12 FONTE P
- Gn 47,13 até o fim FONTE J
- Gn 48 mescla das fontes J, E e P 
- Gn 49 é de fonte indeterminada contendo elementos que remontam a Salomão e Davi
- Gn 49,29 até o fim FONTE P
- Gn 50 mescla das fontes J e E com adição de P nos versos 12 e 13

Até aqui as fontes de Gênesis.




Fontes do segundo livro atribuído a Moisés, o Êxodo:


- Ex 1, 1 - 5 FONTE P
- Ex 1, 6 - 14 FONTE J
- Ex 1, 15 sg FONTE E
- Ex 2 FONTE E com adições de J
- Ex 2,23 sg FONTE P
- Ex 3 & 4 FONTES J e E
- Ex 5 FONTE J
- Ex 6 FONTE P
- Ex 7 - 10 FONTE P com resquícios de J e E
- Ex 11 composição indeterminada
- Ex 12, 1 - 21 FONTE J
- Ex 12, 24 - 27 FONTE D
- Ex 12, 27 - 39 FONTE J
- Ex 12, 39 até o fim FONTE P
- Ex 13, 1 - 16 FONTE D
- Ex 13, 1 sgs FONTES J e E
- Ex 15,22 FONTE J
- Ex 16 FONTE D com elementos de J
- Ex 17, 8 - 16 FONTE J
- Ex 18 FONTE E
- Ex 19, 1 - 15 FONTE P
- Ex 19, 16 até o fim FONTE J
- Ex 20 FONTE E
- Ex 20,22 a 23,33 CÓDIGO DA ALIANÇA
- Ex 24, 1 -11 mescla de fontes J e E
- Ex 24, 12 até o fim mescla de fontes E e P
- Ex 25 - 31 FONTE P
- Ex 32 - 34,29 mescla de fontes J e E
- Ex 34,39 até o fim pertence a fonte indeterminada
- Ex 35 - 40 FONTE P

Até aqui as fontes do Êxodo.


Fontes do terceiro livro atribuído a Moisés, o Levítico:

Lv 1 - 10 FONTE P
Lv 11 tradições arcaicas
Lv 13 - 16 iden
Lv 17 - 26 > A 'LEI DA SANTIDADE' - FONTE D com acréscimos de P
Lv 27 FONTE P pós exílio.
Forma do livro - pós exílio. Coligido por Ezra e seus auxiliares.

Até aqui as fontes do Levítico.


Fontes do quarto livro atribuído a Moisés, o livro dos Números:

Nm 1 - 4 FONTE P
Nm 5 a 10,28 FONTE P
Nm 10,29 até o fim FONTE J
Nm 11 mescla das fontes J e E
Nm 12 FONTE E retocada por P
Nm 13 - 14 mescla de fontes J e E num quadro de P
Nm 15 FONTE P
Nm 16 FONTE J ou E mesclada com P
Nm 17 - 20 FONTE P
Nm 21, 1 - 9 fonte indeterminada porém antiga
Nm 21, 10 - 20 FONTE P
Nm 21, 21 até o fim, fonte indeterminada porém antiga
Nm 22 - 24 FONTE E com adições de J, os oráculos procedem ou de livros mais antigos ou da tradição oral sendo muito antigos.
Nm 25 fonte indeterminada porém bastante antiga.
Nm 26 - 31 FONTE P
Nm 32 FONTE D
Nm 33 a 36 FONTE P pós exílio

Até aqui as fontes do livro dos Números.


Fonte do quinto livro atribuído a Moisés, o Deuteronômio:

Dt 1, 1 - 6 FONTE P pós exílio
Dt 1, 6 - 4,40 FONTE P
Dt 4,40 - 12 FONTE P
Dt 12 - 28 CÓDIGO DEUTERONOMISTA > FONTE D
Dt 28 - 34 Peças deuteronomistas e sacerdotais de diversas épocas reunidas durante o período pós exílio.





PORQUE OS FANÁTICOS REJEITAM A DOUTRINA DAS FONTES



Uma das indagações mais comuns a respeito da doutrina das fontes diz respeito a resistência que ela tem enfrentado nos meios populares ou como se diz entre os 'crentes'... e a sua prevalência quase que exclusiva entre os eruditos e pessoas sem fé, que apresentam-se como liberais em matéria de Cristianismo.

Naturalmente que esta pergunta possui uma resposta adequada e de certo modo simples.

A alma mesma do protestantismo tem consistido em divulgar as escrituras gregas e hebraicas em lingua vernácula ou seja em traduções e versões.

Divulga o protestantismo pálidos reflexos humanos do que afirma ser a palavra infalível e divina.

Tais as palavras do Tyndale, do Lutero, do Zwinglio, do Valera, do Almeida, do Pe Figueiredo, da WT, do Smith, etc ou seja palavras meramente humanas enquanto filtradas ou seja postas no vernáculo por uma tradutor humano e falível.

Os protestantes não gostam de considerar a mediação humana e falível do tradutor humano e a discrepância das traduções porque não lhes convém. Preferem empurrar o assunto com a barriga e posterga-lo até o dia do juízo... no entanto vivem corrigindo e expurgando perpetuamente suas versões.

No caso do Pentateuco tais traduções são todas desastrosas na medida em que obscurecem a percepção das fontes preparando o terreno para a negação das mesmas. A ponto do useiro e vezeiro Alvaro Reis referir-se a elas como a 'estilos'...



A eliminação dos 'nomes'



Aparentemente este confusionismo teve inicio com a sagrada Septuaginta, cujos redatores teriam eliminado os nomes Eloim e Javé, dentre outros, vertendo-os igualmente por Theos ou seja Deus e eliminando assim toda e qualquer discrepância. E como os gregos abominavam narrativas sem pé nem cabeça, com cortes, misturas e associações disparatadas, os doutores e teólogos de Alexandria acharam por bem unir as sessões e paragrafos que no original encontram-se truncados. Conferiu pois a Septuaginta ao Pentateuco a aparência de unidade tão alardeada pelos tabaréus desta nossa terra.

A segunda proposição é verídica na medida em que os tradutores fizeram uma série de ajustes formais reorganizando o material bíblico de modo a torna-lo agradável e atraente a mentalidade dos gregos. Quanto a remover os nomes porém, a suposição não parece ser exata.

Por Origenes na 'Hexapla', somos informados de que - ao menos até o terceiro seculo desta Era -  os hebreus conservaram os nomes, mesmo em sua versão grega i é na Septuaginta. Em confirmação do que foi dito pelo ilustre padre alexandrino, alguns versos gregos da escritura hebraica que foram encontrados no Mar Morto e no Egito, trazem o nome em caracteres hebraicos.

Destarte, somos levados a concluir que os nomes foram removidos do texto grego pelos Cristãos, cujo objetivo era identificar tanto mais facilmente, o deus dos antigos hebreus com o Deus e Pai presente na pessoa de Jesus Cristo. 

O tradutor da Vulgata e os tradutores protestantes, - seguindo os exemplos dos tradutores gregos e dos primeiros cristãos - deram outros tantos empurrões e fizeram outros tantos arranjos, assim a camuflagem ficou perfeita e as cicatrizes ficaram mais ou menos bem disfarçadas.

Basta abrirmos a Lutherbibel, a Coverdale, a Valera, a Diodati, a JFA, etc para nos depararmos com o Deus ou Senhor de capa a capa...

Todavia, caso abramos a TNM - versão editada por um movimento herético de inspiração ariana e judaizante que pretende restabelecer o javismo (ou jeovismo) no corpo mesmo da Cristandade - damos já com algo do original. Pois onde o redator Eloista ou Sacerdotal registrou ELOIM, elas traduzem Deus e onde o Javista, o deuteronomista ou o Sacerdote registraram Javé, elas traduzem Jeová.

Em meio aos hebreus porém a mudança seguiu outro rumo. A partir do quarto século desta nossa Era, obcecados pela ideia de que pronunciar o nome divino equivalia a tomar o nome de Deus em vão, os rabinos também optaram por remove-lo das escrituras. 

Acontece que ao faze-lo, puzeram em seu lugar o termo 'Aschem' i é NOME (O), embora outros tenham escolhido 'Ehad' i é Uno e outros ainda 'Edone' ou Adonai, Senhor, que em aramaico corresponde a 'Ribon'. Então eles sabiam que onde tais nomes haviam sido postos o original correspondia a javé. E eram igualmente capazes de ler Eloim, onde os Cristãos liam 'Deus'.

Eis porque o questionamento a respeito de Moisés teve de partir de um rabino judeu como Aben Ezra e de um filósofo judeu como Spinoza, que tinham acesso aos originais do livro e estavam aptos para perceber os nomes e as junturas, ou pelos padres Mazius e Simon e pelo Dr Astruc, que eram versados no conhecimento do hebraico e do aramaico. 

E a continuação também ficou a cargo de especialistas e peritos conhecedores da lingua dos hebreus - como Eichorn, De Wette, Reuss, Graff, Kuenen e Wellhausen - e não dos soletradores de traduções recicláveis, ouvintes do Maiscedo e do Malafalsa.

Agora diz o Reis e com ele o Archer e o Geisler que é tudo uma questão de estilo.

Efetivamente poderia ser o caso do redator ou como dizem 'Moisés' muito preocupado com considerações de ordem estética, busca-se alternar os nomes Javé e Eloim, no corpo dum texto que do contrário pareceria monótono... 

Acontece que os termos javé e eloim não aparecem alternada ou metricamente como nas rimas do Bilac. 

Na verdade os termos javé e eloim além de aparecem aleatoriamente formam NÚCLEOS PERFEITAMENTE DISTINTOS PARA OS QUAIS CONVERGE TODA NARRATIVA.

É como se numa sessão aparecesse cinquenta vezes - repetida e monotonamente - o nome javé e sequer uma só vez o nome Eloim e na sessão seguinte cinquenta vezes o nome Eloim e sequer uma unica vez o outro...

Seria o caso de 'Moisés' ter procurado um estilo sem ter dado com ele???

Ao que tudo indica não foi isto que aconteceu...

Pois entre uma sessão e outra, percebe-se algumas vezes o límite exato do recorte ou seja o espaço onde acaba uma das narrativas e termina a outra. Eis porque o documento pertinente a 'História de Abraão' principia deste modo:
"Então Abraão saiu daquela terra." sem dizer qualquer coisa a respeito da terra donde o patriarca havia saido... já Êxodo 19,25 reza: "Então Moisés, desceu, foi té o povo e disse:" seguindo-se as palavras de Deus referentes ao Decálogo; conclusão: Moisés nada disse porque o documento foi recortado e a narrativa interrompida exatamente onde seu discurso começava... tendo em vista a introdução do Decálogo procedente doutra fonte.

Eis porque os nomes diferentes contem narrativas diferentes, uma narrativa de criação para Eloim (até Gn 2,4) e outra narrativa de criação para javé (após Gn 2,4); uma narrativa de dilúvio para Eloim e outra para javé... uma narrativa que atribui a descoberta do nome divino javé a Enós e outra que posterga a descoberta do nome até Moisés.

Notória a duplicidade do êxodo, ora apresentado como fuga, ora como expulsão; tendo em vista obviamente dois grupos sociais e dois núcleos de tradições, uma procedente do Norte e outra do Sul, embora estejam já bastante diluidas e quase que fundidas numa só.

Por outro lado as narrativas interrompidas para a introdução doutra fonte, conhecem certa sequência ou continuidade mais adiante. De certo modo as fontes J e P e E alternam-se uma a outra, sendo o fio da meada de cada uma retomado mais a frente. Eis porque é perfeitamente possível perceber que o Abraão de J e P circula quase sempre em torno de Hebron no Sul, enquanto que o Abraão de E e Jacó circulam sempre em torno dos grandes santuários do Norte, Siquem e Betel. Via de regra E apresenta o Norte como cenário das aventuras patriarcais enquanto J e P situam tal cenário quase que sempre no Sul...

Eis porque a transposição dos textos da a impressão que os patriarcas andavam de jatinho, pois se quando José é raptado seu pai vive nas cercanias de Hebron (fonte J), quando o faraó manda chama-lo o Eloista apresenta-o sacrificando em Bersabéia... Diante disto alegam os diletantes que os patriarcas eram nômades ou beduínos.
Certamente que deslocavam-se dum lugar para o outro, segundo as vicissitudes do clima, mas não continuamente, pois esta registrado que Rubem, filho de Jacó, labutava num campo de trigo.

Correspondem pois esses contínuos deslocamentos dos patriarcas hebreus a uma estratégia implementada com o intuito de conciliar o terreno especifico de cada fonte. Pois via de regra o ciclo de Jacó/José pertencem ao Norte, enquanto o de Abraão, pertence de certo modo ao Sul.

Como tivemos já ocasião de observar nas traduções e versões ideologicamente forjadas todas estas discrepâncias são habilmente ocultadas pelo intérprete. Eis porque as massas tem permanecido iludidas a respeito da verdadeira forma e origem do Pentateuco e estacionadas no século XVI ou XV.

Não podendo ver, perceber ou apreender a verdadeira forma - literal e original - do registro israelítico, permanecem os leigos a merce dos pastores e charlatães os quais, por isso mesmo, não tem o mínimo receio de reproduzir as locubrações compostas por Dawson, Geikei, Rawlinson, Smith, Arduim ou Sayce há mais de século e meio, como se fossem a última palavra em matéria de ciência histórica e arqueológica.

Assim é fácil encher a boca e gritar alegando que o Gênesis de Moisés esta de pleno acordo com a ciência, isto é com a ciência 'ideológica' (pois foi criada com o intuito de justificar a Bíblia hebraica e suas pretensões) e ultrapassada do décimo nono século. Efetivamente a apologética protestante judaizante estacionou no século XIX, com Sayce (pastor protestante seja dito) e Petrie, e se deu algum passo além só foi até Albrigth ou seja até meados do vigésimo século, mesmo sabendo que Albrigth jamais corroborou os primeiros capítulos ou a cosmogonia do gênesis, limitando-se a justificar a parte do livro pertinente aos patriarcas hebreus, Abraão, Isaac e Jacó.

Qualquer grupo de pessoas civilizadas teria receio de argumentar sobre qualquer assunto ou matéria recorrendo preferencialmente e quase que exclusivamente a autoridades, sábios e pesquisadores, mortos há mais de século pelo simples fato de que a ciência é viva e o saber uma elaboração contínua. A apologética protestante no entanto rescende a bolor, tal e qual as múmias do Antigo Egito...

Eles batem os pés e negam a teoria das formas porque lhes convém, porque querem, desejam, decretam... porque lhes agrada. E como sabemos a vontade é irredutível a qualquer argumentação.

Com relação aos fanáticos a única atitude verdadeiramente sábia é o afastamento e o riso... ridendo castigat mores.






UMA PROSA COM O PASTOR ALVARO REIS.



Pr Reis: "Já encontrou, porventura, o nosso contendor quem afirmasse que este verso do Deuteronômio (34,7) fosse escrito por Moisés, para traze-lo como prova contra a autenticidade do Pentateuco? INCONTESTAVELMENTE NÃO, PORQUE TODOS OS INTÉRPRETES DA SAGRADA ESCRITURA SÃO UNÂNIMES EM AFIRMAR QUE NÃO SÓ ESTE VERSO, MAS TODO CAPÍTULO 34 DO DEUTERONÔMIO FOI ESCRITO POR JOSUÉ."

Cristão: Penso que vossa ilma ou ignora a verdade ou falta com o respeito devido a ela, quando diz que todos os intérpretes da escritura estão de acordo em atribuir a autoria do capítulo 34 do Dt a Josué. Pois tanto Flávio Josefus - Contra Apion I,8 e A J IV, VIII 3 e 48 - quanto Filon - Vita Mosis II, 02, III Genebra 1613 p 511 e 538 - dentre os judeus, quanto vosso pai Lutero descrevem como Moisés teria escrito entre lágrimas o relato de sua própria morte. Eis até onde vão as ideias fixas e o fanatismo.

Pr Reis: "Quanto a esta passagem 'E estes são os reis que reinaram em Edom antes que reinasse Rei algum sobre os filhos de israel - é necessário dizer que nada prova contra Moisés; PRIMEIRO, PORQUE ELE, COMO PROFETA, PODIA, POR INSPIRAÇÃO DE DEUS, SABER QUE MAIS TARDE EXISTIRIAM REIS ENTRE OS ISRAELITAS."

Cristão: Neste caso, sendo ele profeta e iluminado, contemplado com ciência infusa a respeito de todas as coisas, porque teria ele compilado supostas memórias de Abraão e Jacó como admite vossa ilma - a p 75 das 'Origens Chaldaicas' - ou recorrido ao 'Livro das guerras do Senhor' em Nm 21,14? Afinal para um homem milagroso deve ser muito mais fácil conhecer o passado, que já aconteceu, do que conhecer o futuro, que ainda esta para acontecer...
Na verdade o Dt não contém apenas um 'oráculo' ou fragmento relativo a uma futura monarquia, mas uma sessão inteira - Cap 17 - formada por orientações devotas ministradas aos futuros titulares do regime então inexistente...
Trata-se dum autêntico discurso clericalista cujo objetivo é intimidar o poder secular representado pela realeza.
Diante de semelhante discurso tanto a razão quanto a virtude levam-nos a concluir que este registro foi composto no tempo da monarquia, muito provavelmente sob Ezequias correspondendo certamente ao 'livro da achado no recinto do templo por Hilcias, sob Josias. Ao invés de recorrer a mistérios (como a profecia) que só fazem algum sentido quando associados a figura do Cristo e voltados para ela.
Ademais fosse mesmo o tal 'Moisés' profeta com conhecimento a respeito do futuro, teria visto e sabido que a serpente de bronze feita por si, seria convertida em objeto de adoração até ser destruida pelo piedoso Josias; e no caso antecipado a ação do dito rei ou evitado forjar a dita imagem... mas ele - Moisés - não fez uma coisa nem outra porque nada sabia de concreto a respeito do futuro.
É de fato muito estranho que o 'profeta' conhecesse antecipadamente os nomes dos reis de Edom (coisa tão importante para a humanidade Cristã e para o Reino celestial) e ignorasse supinamente o destino da serpente forjada por si, bem como o nome daquele por quem somos salvos do mal e do pecado.
Teria Moisés prestado mais serviços a humanidade presenteando-a com uma lista completa dos reis das cidades etruscas ou de Tartessos, cobrindo destrate uma lacuna que ainda não foi preenchida em nossos manuais de história. Moisés no entanto fornece-nos miraculosamente os nomes dos reis de Edom... reino do qual pouco possuimos, em termos de cultura material, além de meia dúzia de cacos!!!!
E para dar tais nomes contou com o auxílio do poder profético...
Curiosos esses protestantes, pois ovacionam os sacerdotes e profetas hebreus, asseverando que eles tinham conhecimento antecipado e sobrenatural sobre os nomes dos reis de Edom, de Josias, de Ciro... enquanto o nome de Deus, o único nome que realmente importa, o nome de Jesus, fica em surdina... POIS DEBALDE PROCURAMOS NOS TAIS REGISTROS HEBRAICOS, SEJA EM MOISÉS, DAVI, JEREMIAS, ETC O ANUNCIO ANTECIPADO E MIRACULOSO DESTE BELO E SANTO NOME.
Por isto asseveramos que não há qualquer milagre, sinal ou profecia em tais nomes de homens, mas indicação a respeito das épocas em que os registros nos quais acham-se inseridos foram compostos.
Eis porque, noutro passo, damos com este: "Eis as palavras que Moisés proferiu e pronunciou do outro lado do Jordão." Dt 1,1; indicando que o redator do livro encontrava-se dentro da terra, quando sabemos que Moisés jamais entrou nela.

Pr Reis: Acaso o amigo não sabe que "Esta passagem na verdade esta mal traduzida... ELA FOI A NOSSO PEDIDO EXAMINADA PELO DISTINTO FILÓLOGO SANCTOS SARAIVA, QUE ASSIM TRADUZIU 'TRANS JORDÂNICA' 'BE - EBER' É AQUI UM NOME E NÃO UMA PREPOSIÇÃO..." opus cit 67

Cristão: É patético. Sabe v ilma ("Esta outra passagem é objeção formulada por Spinoza contra o pentateuco." id ibd) que o argumento encontra-se originalmente no 'Tratado político teológico' de Spinoza, QUE ERA HEBREU, VERSADO NA LINGUA E NAS TRADIÇÕES ANCESTRAIS - além de pensador universalmente aclamado - e mesmo assim opõe ao testemunho dele, o veredito do brasileiro Eliezer dos Sanctos Saraiva, COINCIDENTEMENTE - como o senhor - MEMBRO DA SEITA DOS CALVINISTAS. De fato o tal Sanctos Saraiva deve ter sido uma sumidade, a ponto de ministrar lições de hebraico a Spinoza.
Spinoza no entanto, diz ter colhido suas objeções nos escritos do rabino ABEN EZRA... conclusão: Aben Ezra também ignora o verdadeiro significado de 'Be eber', conservado apenas entre os adeptos  da IPB, da WT, da SBB, etc
A arrogância protestante é de fato ilimitada: a respeito do A T e do hebraico sabem mais do que Spinoza e Aben Ezra... a respeito do N T e do grego sabem mais do que todos os Padres Gregos dos primeiros séculos; enfim é gente que dá lições de latim a Cícero e a Vírgilio.
Nós no entanto adicionamos este outro testemunho:
"Nesse tempo os cananeus habitam esta terra." Gn 12,6 Logo o texto em questão só pode ter sido redigido após a expulsão ou submissão dos cananeus, seja por Josué, Davi, Ezequias ou Josias, em qualquer tempo após a morte de Moisés.


Pr Reis: "Consultada esta passagem a luz do hebraico, disse-nos o erudito filólogo Sanctos Saraiva que 'ela simplesmente designava os cananeus como sendo os primitivos habitantes do pais' EIS PORQUE APÓS OS DOÉSTOS DA INCREDULIDADE PERMANECE O PENTATEUCO INCÓLUME." opus cit 68

Cristão: Fica pois a dita passagem equivalendo a 'Nesse tempo os cananeus JÁ habitavam esta terra'?

Pr Reis: É o que diz nosso distinto correligionário e filólogo Sanctos Saraiva...

Cristão: Neste caso porque nenhuma das dezenas de traduções protestantes que possuo (nem mesmo a TNM) introduziu a palavra JÁ??? Todas, sem exceção vertem: NESSE TEMPO OS CANANEUS OCUPAVAM A TERRA.

W ·e·  knoni          az    b·aretz

E   o   cananeu estava na terra

Reproduzindo o texto dos infiéis.

E a Septuaginta:

cananaioi tote katwkoun thn ghn

Cananeu morava dentro desta terra

Portanto o JÁ não faz parte da letra.

Fará parte da interpretação? 

Não para Aben Ezra e para Spinoza, ambos hebreus e um rabino, para os quais a lição deveria ser lida em passado simples em oposição ao presente narrativo, tempo em que os cananeus já haviam sido desarraigados seja pela espada ou pela assimilação cultural.


Pr Reis: "Jamais Homero aproximou-se da sublimidade de Moisés - assevera Fénelon - nos seus cânticos, particularmente o último, que os filhos dos israelitas devem aprender de cor." opus cit 57

Cristão: Curiosa a apologética protestante, num primeiro momento desce a madeira nos sacerdotes e clérigos papistas, sem poupar sequer os fiéis; bando de alarves, imbecis, estúpidos, cegos, etc No entanto quando se trata de justificar as bobagens e tonteiras do antigo testamento lá vão os pastores fazer promessas a S Agostinho, Fenelon, Bossuet, Lenormant, Vigouroux, Moigno, etc
'Idiotas' (sic) a ponto de não saber o que seja Deus, é natural que tais homens tenham se deixado prender pelas bobagens vetero testamentárias rsrsrs.
Por outro lado se os papistas sabem ser defensores tão habeis e advogados tão capazes quanto a divindade do A T, o sistema teológico construido por eles não deve ser lá tão grosseiro. Neste caso grosseira é a mente dos pastores protestantes incapazes de compreende-lo...
Quanto ao juízo estético valorativo do Bispo de Cambrai, certamente que não é endossado por nós, afinal, na Iliada e na Odissea damos com duas obras que seguem por assim dizer uma sequência ordenada, enquanto nos livros atribuidos a Moisés não damos com qualquer tipo de sequência ou de ordenamento, sendo a narrativa concernente a José, cortada no capítulo trigésimo oitavo pela narrativa de Judá e Tamar. E outros tantos cortes do gênero permeiam todo livro conferindo-lhe um aspecto confuso e desagradavel que faz lembra o Corão.
Nem é preciso dizer que os Santos Evangelhos também conhecem a sequência ordenada que vai da natividade a ressurreição de Jesus.

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