Hiper agia ai partenos Maria, akrantos Mitéra tou Khristos Theos - soson imas!
Batul Lala Marian Wallidat al illah - ʕawnu ni!

Nossos pais e avós foram protestantes, nossos tetravos papistas, as gerações do passado remoto no entanto foram Católicas, apostólicas e ortodoxas, e nós, consagrando todas as forças do intelecto ao estudo da coisas santas e divinas desde a mais tenra idade, reencontramos e resgatamos a fé verdadeira, pura, santa e imaculada dos apóstolos, mártires e padres aos quais foi confiada a palavra divina. E tendo resgatado as raízes históricas de nossa preciosa e vivificante fé não repousaremos por um instante até comunica-la aos que forem dignos, segundo o preceito do Senhor. Esta é a senda da luz e da justiça, lei do amor, da compaixão, da misericórdia e da paz entregue uma única vez aos santos e heróis dos tempos antigos.

João I

João I
O Verbo se fez carne




Hei amigo

Se vc é protestante ou carismático certamente não conhece o canto Ortodoxo entoado pelos Cristãos desde os tempos das catacumbas. Clique abaixo e ouça:

Mantido pelo profo Domingos Pardal Braz:

de pentecostal a ORTODOXO.

Jesus aos apóstolos:

"QUEM VOS OUVE É A MIM QUE OUVE E QUEM VOS REJEITA É A MIM QUE REJEITA."


A CRUZ É UM ESCÂNDALO PARA OS QUE SE PERDEM. MAS PARA OS SANTOS PODER E GLÓRIA DE DEUS.

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quarta-feira, 3 de junho de 2009

Resposta as mentiras de um pastor - A idade do livro do Gênesis e a moralidade dos escritos egípcios e sumerianos.

Livros muito mais antigos do que o Gênesis.




Estavamos nós a folhear as "Origens Chaldaicas da Bíblia" do Pr Alvaro Reis ( Rio de Janeiro - O puritano - 1918) quando topamos á página 23 com a seguinte asservativa:

"Não obstante estarmos no século XX QUEM OUSARÁ NEGAR QUE DE TODOS OS DOCUMENTOS BIBLIOGRÁFICOS DA ANTIGUIDADE, O LIVRO DO GÊNESIS É INCONTESTAVELMENTE UM DOS MAIS ANTIGOS, MAIS COMPLETOS, E, MAIS: QUE É O DE MAIOR VALOR HISTÓRICO (!!!), LITERÁRIO (!!!), CIENTÍFICO (!!!), MORAL (!!!) E RELIGIOSO. (!!!)" os parentéticos são nossos e representam nosso espanto e admiração diante da ousadia do pastor.

Tivesse ele proferido seus juizinhos de essência e valor em meados do décimo nono século, cremos seria possível encontrar alguma justificativa para eles em termos de ignorância... acontece que o ilustre teólogo tupiniquim proferiu-os em pleno século XX, quando estavam já completamente ultrapassados face aos progressos científicos em termos de arqueologia e paleografia. Diante disto somos forçados a concluir pela má fé do nosso cacique protestante...

Sejamos justos no entanto.

Pois a gente muito mais desonesta e atrevida do que Alvaro Reis...

Os pastores que até hoje repetem e publicam tão grandes e clamorosas mentiras.

Alegando que o gênesis, o pentateuco ou mesmo a maior parte do antigo testamento constituem a literatura mais antiga de se tem notícia, ao menos no terreno religioso.

De minha parte não sei como é possível mentir assim com tanto descaramento, e em nome de Deus!!! Depois essa gente ainda se queixa de que o ateismo cresce! Mas é claro, quem não abraçaria o ateismo, o materialismo ou a descrença diante das mentiras tão grossas publicadas pelos paladinos da religião 'bíblica'?

Felizmente, para a vergonha dessa ralé, disseminam-se cada vez mais por este nosso pais as letras e o esclarecimento, espancando as densas trevas da superstição e do obscurantismo.

Assim já se vai sabendo e cada vez mais que após a descoberta de tantos papiros e tabuletas, exumados nos desertos do Egito ou nas planícies da mesopotâmia, é simplesmente ridículo insinuar a prioridade do gênesis ou do pentateuco mesmo no campo da literatura religiosa. Afinal uma biblioteca inteira por assim dizer, precede os primeiros registros legados pelos antigos israelitas...

Suster a prioridade do gênesis nos termos dum Xchouppe ou dum Roquette é causa perdida e tão perdida que até mesmo o clero papista, sempre melhor preparado intelectualmente falando e reacionário capitulou já  a quase setenta anos quanto o Pe R. de Vaux compoz sua edição do Gênesis na esteira de Lagrange e Lenormant.


Mesmo o grande campeão papista do biblismo, F. Vigouroux, que tombou em 1910, foi forçado a admitir que 'Moisés' havia consultado outros registros no caso anteriores ao Gênesis.

Vestígios de tais registros vieram a luz vinte anos depois - em 1930 - nas escavações de Raz Shamra a antiga Ugarit, quando a biblioteca de um templo pagão foi desenterrada em sua quase que totalidade...

Nippur (Tello), Ur, Ninive, Raz Shamra, Mari e Ebla, foram apenas alguns dos 'golpes' desferidos ao gênesis em termos de prioridade... pois havia um mundo de literatura religiosa anterior a ele.

Mundo que lhe havia servido de substrato, embora os pastores continuem alegando que o livro baixou miraculosamente dos céus as mãos de 'Moisés'... como nos contos do Pinóquio, da gata borralheira, da chapeuzinho vermelho, etc

Para começo de conversa temos os Vedas, os quais segundo Blavatsky no 'Glosario teosofico', remontariam a cerca de 2000 aC, mas que segundo Gaarder et aliae 2000 p 40, remontam, ao menos em parte a 1500 a C.

Admitindo, apenas hipotéticamente, que Moisés tivesse escrito o gênesis, cerca de vinte ou trinta anos após o Êxodo (ocorrido cerca de 1450 - 1430 a C) chegariamos a data de 1400 a C para sua composição, o que daria aos Vedas um século de vantagem.

Por outro lado, caso admitamos como devemos admitir que as partes mais antigas do gênesis remontam no máximo a 950 - 900 a C, temos meio milênio de vantagem para os Vedas.

Circulavam pois na antiga Índia epopéias e cânticos cronologicamente anteriores ao gênesis mesmo em termos de pura e simples oralidade.

Um destes cânticos por sinal assevera que Agni, Varuna, Garuda, etc não passam de nomes ou atributos do Uno, enquanto os israelitas ainda prestavam culto a seus deuses - Eloim.

Passemos agora a literatura da antiga Suméria.

Uma obra bastante vulgarizada em nosso pais e de certo modo até ultrapassada, 'As maravilhas do conhecimento humano' de Henry Thomas (Porto Alegre, Globo, 1954, Vol II) mas ainda bastante instrutiva e fácil de ler, reproduz a seguinte notícia:

"Uma biblioteca de 30.000 tijolos. Essa biblioteca babilônio-sumeriana, situada em Tello (A antiga Nippur - para os rabinos Nipra) , foi talvez a primeira coleção de livros do mundo. Não era uma edifício de tijolos, mas uma biblioteca contendo uns 30.000 manuscritos de tijolos... Entre tais livros encontramos HISTÓRIAS, gramáticas, aritméticas, dicionários, HINOS SACROS E UM POEMA ÉPICO CONTENDO O RELATO DA INUNDAÇÃO DE BABILÔNIA... TEM CERCA DE 5.500 ANOS DE IDADE." P 18

Trata-se na verdade de 40.000 tijolos, datados de cerca de 2300 a C e portanto com aproximadamente 4.300 anos de idade. O que de pronto supera Ezra, Josias, eloista, javista, Samuel, Josué, Moisés, Abraão (1750 a 1700 a C), os tetravós de Abraão. Anterior em mais de meio milênio aos patriarcas hebreus, a biblioteca de Tello deixa o gênesis no chinelo...

Assim morrem as fábulas e mitos acalentadas pelos pastores e líderes religiosos fanáticos...

Em Ur (Wooley, 1923) também foram descobertos alguns cilindros nos alicerces dos templos e algumas tabuinhas religiosas.

Quanto a biblioteca de Nínive (Koyundjik), trata-se certamente dum registro mais recente, datando de cerca do sétimo século a C. Os originais das obras compiladas no entanto, remontam em idade as obras encontradas em Nippur, isto porque os escribas Babilônicos e Assírios costumavam registrar ao final de cada cópia que o original encontrava-se neste ou naquele templo sumeriano... A dezenas e dezenas de séculos.

Segundo Werner Keller (A bíblia tinha razão p 46) esta biblioteca era "composta por cerca de 20.000 ladrilhos, fora reunida pelo rei Assurbanipal." ( Que fizera gravar num de seus livros: 'Amo ler bons livros e cortar as orelhas e narizes dos meus cativos de guerra' apud Henry Thomas, opus cit)

As bibliotecas de Ebla (missão italiana, 1964) e Mari (André Parrot, 1933) parecem ser mais modestas datando a primeira do final do terceiro milênio a C e a segunda de meados do segundo milênio. O que as coloca igualmente numa posição de anterioridade face ao gênesis. Contam no entanto com pouquíssimos hinos e histórias...

Já a biblioteca de Raz Shamra, tão rica e exuberante quanto as de Nippur e Ninive, parece remontar a 1400 - 1200 a C, embora os originais das obras ali contidas sejam alguns séculos mais antigos datando de 1500/1600 ou até mesmo 2000 a C, o que também lhes confere larga vantagem face ao gênesis. Faz parte dela - além de inumeros outros textos - a famosa epopéia de 'Baal e Anath'.


São mais de 100.000 tabuletas, contendo centenas de centenas de obras, parte das quais (talvez mais da metade) versando sobre assuntos de natureza religiosa. Tudo muito mais antigo ao gênesis, cujos redatores por sinal, beberam em tais fontes até a saciedade...

E sequer mencionamos outro grande 'filão' de registros e documentos primitivos, o antigo Egito!

Esta grande e requintada civilização legou-nos, dentre outros, os seguintes registros:




  • Os 'Textos das pirâmides' (como a de Unias/Venis) remontam a 2600/2500 a C
  • O papiro 'Prisse' que contem a 'Sabedoria de Ptah-Hotep, ministro da quinta dinastia. esta obra remonta a  2450 a C (in Grollenberg p 208) Mesmo o pastor A Reis, reconhece, muito a contragosto que este registro é muito mais antigo que seu idolatrado e querido gênesis. (opus cit 23)
  • 'Os ensinamentos  do rei Merikare', que datam de aproximadamente 2000 a C
  • 'A Sabedoria de Kagmeni' parece remontar a 1900 a C, admitindo o citado pastor (id ibd) que se trata realmente duma obra anterior ao gênesis.
  • O 'Livro dos mortos' recebeu sua forma final cerca do décimo sexto século a C.
Admitindo-se - com os fundamentalistas - que o gênesis remonte a 1400 a C, todas as obras acima elencadas precedem-no.

Além destas temos ainda:

  • Os contos de 'Sinuhe', dos 'animais', do 'O marinheiro naufragado', da 'gata borralheiras', do 'fantasma maravinhoso', e 'Dos irmãos' (Bitiu e Anupu ou o eterno triângulo' (citados por Henry Thomas opus cit. p 13). Todos anteriores ao ano 1000 a C
  • 'A Sabedoria de Ani' de 1250 a C (Grollenberg id. ibd)
  • 'O poema de Pentaur' composto por volta da mesma época e relatando a 'vitória' de Ramsés II em Kadesh
  • 'A Sabedoria de Amenemope' de aproximadamente 900 a C.

Conclusão: Admitindo-se que as partes mais antigas do gênesis remontem a 950 - 900 a C, as quatro acima seriam mais antigas.


Fornece-nos o Egito outra biblioteca inteira anterior ao gênesis, que vem somar forças com a biblioteca da mesopotâmia... e aos Vedas da Índia antiga.

Não há pois qualquer necessidade de se recorrer a fontes e registros de natureza fantasiosa como as 'Memórias da Atlântida' do Churchward com o intuito de desmascarar os pastores cegos e fanáticos, bastam os verdadeiros papiros e tabuinhas e os registros legítimos, diminuto remanescente duma ampla literatura ora perdida para nós.

Quem desejar conhecer tanto mais de perto as ditas fontes e certificar por si mesmo a dependência da literatura hebraica para com elas consulte:

'Breasted' na Sabedoria do Antigo Egito nos textos das pirâmides & J Pritchard 'Ancient Near Eastern texts relating to the Old Testament.' Princeton 1955





UMA MORAL MUITO MAIS ELEVADA DO QUE A MORAL HEBRAICA.



Já explicitamos em diversas ocasiões que não temos nada contra a moral hebraica, desde que encarada como fruto de seu tempo numa perspectiva natural. Nossa disputação é contra os protestantes e demais fundamentalistas (sejam ortodoxos ou papistas) na medida em que elevam a moral hebraica as sumas alturas colocando-a acima de todos os demais povos da antiguidade. 

Para essa gente analfabeta ou desavergonhada tudo quanto é israelita ou hebraico é necessariamente superior a tudo quanto seja pagão.

Que os rabinos e pensadores judeus sintam-se inclinados a pensar assim, compreendemos. Pois são membros do povo e de certo modo impermeáveis a consciência católica, universal ou cosmopolita...

Agora que um Cristão comungue deste tipo de pensamento provinciano e mesquinho é verdadeiramente revoltante, afinal o Deus Cristão, Jesus Cristo manifestou-se não a um determinado povo enquanto unidade étnica mas ao gênero humano como um todo, a todos os povos, raças e culturas, sem qualquer tipo de acepção...

Eis porque Justino, Clemente, Origenes, Eusébio e Gregório buscaram por sinais de sua vinda em todas as culturas nos termos duma preparação universal.

Portanto essa antipatia sistemática por tudo quanto seja pagão, deita suas raízes mais profundas numa certa corrente de pensamento judaico ante cristão e não no Evangelho que é o legítimo herdeiro duma consciência profética universalizante...

O pastor no entanto permanece a margem de tal corrente, como podemos deduzir de suas próprias palavras:

"Mas é no gênesis que se encontra a tradição histórica primitiva ESCRITA EM SUA MAIOR PUREZA E FIDELIDADE.

Sob este ponto de vista, OS LIVROS DE MOISÉS DISTINGUEM-SE DOS DEMAIS LIVROS COMO A LUZ FULGURANTE DO SOL SE DISTINGUE E SOBREPUJA A LUZ PÁLIDA DA LUA.

NAQUELES LIVROS DO PAGANISMO, A VERDADE DESAPARECE NUM LABIRINTO DE MITOS E MENTIRAS.

NOS LIVROS DE MOISÉS PORÉM, A VERDADE, EM CARACTERÍSTICA SIMPLICIDADE E CLAREZA, INSTRUI E ENCANTA.

NAQUELES VOLUMES PAGÃOS O POLITEISMO ENGENDRA A IMORALIDADE..." Alvaro Reis 'Origens chaldaicas da Bíblia' p 24

Rabino algum, creio eu, jamais manifestou tão insopitável arrogância quanto o pastor calvinista brasileiro para o qual nos livros pagãos tudo é imoralidade, mentira e erro; um acervo de tonteiras, repositório de banalidades e amontoado de idiotices em comparação com a majestade do gênesis que 'instrui' e 'encanta' deleitando os auditórios protestantes desta nação de capiaus.

Naturalmente que há no gênesis belas instruções para nossas filhas e netas, como aquela em que a incestuosa e mentirosa Tamar é louvada como 'santa' (Gn 38,26)... ou aqueloutra em que Jacó engana seu próprio pai e rouba a benção do irmão, sem que javé se importe ou faça qualquer coisa...

Quanto as partes do livro que encantaram o pastor carioca bem pode ter sido o relato de como Abraão prostituiu duas vezes sua esposa Sara, obtendo grande cópia de bens... aqueloutro em que o devoto patriarca abandonou sua amante com o filho ainda pequeno para morrerem tostados em meio as areias escaldantes do deserto ou ainda aquele os filhos de jacó enganam, atroiçoam e massacraram a casa de Hemor...

Eis porque rogo ao bom Deus Jesus Cristo que me preserve de cruzar com semelhante tipo de gente instruida e encantada por tais relatos...

Abraão sacrifica ou tenta sacrificar o próprio filho e o pastor sente-se instruido! Jacó passa a perna no sogro e o pastor fica encantado! Os filhos de Jacó mentem, assassinam e fornicam e o pastor vibra... Javé permanece mudo e calado diante de tantos crimes e calamidades e o pastor deleita-se. Afinal esta tudo no gênesis que é 'inspirado e divino'... 

Eis até onde vão as ideias fixas... pois caso tais relatos e narrativas pertencessem ao 'Enuma Elish', a 'Epopéia de Gilgamesh', ao 'Poema de Baal e Anath' ou ao 'Pentaur' seriam imediatamente condenados pelo pastor enquanto fruto da imoralidade politeística! No gênesis porém adquirem tais estórias ares de requintada e sã moralidade, é mesmo como dizia minha avó: 'Ao que ama o feio bonito lhe parece.'

No entanto aquele que ama o feio deve possuir uma alma feia e mal formada.

Como poderia aquele que ama o Evangelho e sua bela mensagem que fala ao coração, amar o gênesis ou o pentateuco e seu conteúdo tão vulgar?

Para os pastores no entanto é assim mesmo: as civilizações que nos deram a escrita, a arquitetura, a matemática, a astronômia, a medicina, a filosofia, a História, a gramática, a tecnologia, as artes, etc ou seja tudo quanto faz este nosso mundo belo e deleitoso; apresentavam uma moralidade duvidosa, enquanto que os antigos israelitas, que nada criaram ou deram ao mundo em termos de originalidade, apresentavam o mais elevado padrão de moralidade por terem sido os verdadeiros inventores do monoteismo.

Quanta mentira, quanta treva, quanta cegueira e quanto cinismo.

Pois nem o monoteismo foi inventado ou descoberto pelos antigos hebreus, nem apresentam eles qualquer superioridade no campo das moralidades.

Eis porque o gênesis comunga de todos os vícios e virtudes predominantes no tempo em que foi escrito.

Querer fazer do gênesis um livro 'universal' como a profecia de Isaias, o Evangelho, a carta de Paulo aos Corintios, a Ilíada, a Apologia de Sócrates ou as Bucólicas de Ovídeo, é rematada sandice, intenção de cérebros obscuros e entontecidos.

Comparemos pois os escritos dos antigos israelitas com os demais elementos ou tipos representativos da antiga literatura oriental.



  • SABEDORIA DO ANTIGO EGITO



1. Ptah Hotep:

- "Quem é idoso esta engolfado num oceano de dores... mas a mente esta repleta de experiência... ouve pois com atenção as palavras de teu pai para que a experiência possa conduzir teus passos.

- "Não desprezes aqueles que sabem menos do que tu. Pois não há límite para o saber. Assim ocasiões há em que até os ignorantes podem ensinar algo aos sábios."

- "Palavras bondadosas são mais raras que esmeraldas e o coração amigo tesouro precioso."

- "Coisa para ser lembrada e querida é o cárater de um filho generoso."

- "Ama tua esposa e não te juntes a outras mulheres..."

Aqui o divino gênesis: "Ela - Raquel (1 - uma) - emprestou a Jacó sua serva Bala (2 - duas) e jacó uniu-se a ela (Gn 30,4)... Lia (3 - três) tomou sua serva Zilpa (4 - quatro) e deu-a a jacó e Zilpa gerou um filho de jacó (30,9)."

A um lado temos a família de Ptah Hotep e do outro o bordel ou lupanar de jacó, efetivamente gênesis só instrui e encanta (os pastores protestantes é claro).

- "Fala quando tiveres algo de util a dizer do contrário permanece calado."

- "Em todo tempo e lugar detem o controle sobre ti mesmo, este é o melhor meio de ser feliz e garantia de exito na vida."

Até aqui as citações foram extraidas de 'Henry Thomas' opus cit ps 159 e sg

- "Quando te assentares a mesa para um banquete, provai de todos o pratos que vos oferecerem. Não fiqueis olhando fixamente para um determinado prato devorando-o com os olhos, é indelicadeza. Baixai os olhos até que vos dirijam a palavra, antes disso, é melhor nada dizer. Só depois do anfitrião ter rido rireis, assim tudo quanto fizeres alegrará seu coração."

- "Ao entrares numa casa como mestre, irmão ou amigo, caso desejeis manter a amizade para sempre não tenhais intimidade com as mulheres. A felicidade jamais prevalecerá se esta norma for esquecida." 

Que diferença entre a passagem acima e os relatos do gênesis a respeito dos filhos de deus e das filhas dos homens, de Sara, das filhas de Lot, dos moradores de Sodoma, de Dina, de Tamar... numa apoteose da promiscuidade... assim o gênesis instrui e encanta as almas dos devassos como o Marquês de Sade...

(As duas últimas citações foram extraidas de Grollenberg opus cit 208)




- "O filho que obedece seu pai chegará a ser velho por causa disso." papiro de Ptah Hotep.


"Honra teu pai e tua mãe para que teus dias se prolonguem sobre a terra." Ex 20,12




"A obediência de um filho é a alegria de seu pai." papiro de Ptah Hotep



"O filho obediente alegra seu pai." prov 10,1 e 15,20


2. Merikare:


- "É mais agradável a divindade o homem puro de coração do que a oferenda do criminoso."

"Não posso anular a benção que teu irmão usurpou." Gn 27,35 sgs

E depois disto ainda tem gente que tem a cara de pau de falar em 'monoteismo ético' antes do profetismo/deuteronomismo.

Definitivamente a ética foi primeiramente relacionada com a fé na Suméria ou no Egito antigos e não no antigo Israel.


3. Papiro de Ani:

- "DUPLICA A ALIMENTAÇÃO DA TUA MÃE E SUSTENTA-A COMO ELA TE CARREGOU. TEU CORPO MUITO LHE PESOU MAS ELA NADA DIZIA SENTIR. MESMO DEPOIS, DURANTE ALGUM TEMPO ELA TEVE DE TE CARREGAR NOS BRAÇOS E DURANTE TRÊS ANOS LHE SUGASTES O SEIO. A TODOS CAUSAVA NOJO A TUA IMUNDÍCIE MAS NÃO A ELA. ASSIM COLOCOU-TE ELA NA ESCOLA PARA QUE APRENDESSES A ESCREVER E PREPARAVA TUA REFEIÇÃO DE MODO QUE A TUA MESA JAMAIS FALTAVAM PÃO E CERVEJA QUANDO CHEGAVAS A CASA FATIGADO. QUANDO FORES POIS HOMEM CASADO E TIVERES TUA PRÓPRIA HERDADE NÃO ABANDONES  A MULHER QUE TE GEROU E ASSISTIU. QUE ELA JAMAIS TE REPREENDA, QUE JAMAIS ERGA SUAS MÃOS AO CÉU E QUE A DIVINDADE JAMAIS ESCUTE SEUS LAMENTOS."

Só mesmo um degenerado e torpe para tripudiar de tais palavras ou para suster que no gênesis encontra-se algo de mais belo ou de mais elevado.


4. O livro dos mortos:

- "Senhor da Verdade e da Justiça em teu nome dei combate a mentira, não fraudei, não prejudiquei a viúva, não tirei o leite da boca das crianças e jamais fiz qualquer pessoa passar fome. Não fui levado ao tribunal, jamais cometi perjuro. Não cometi crimes e não executei o que era proibido.
Não fiz ninguém chorar, não trai, não matei, não cometi assassinato. Não roubei nem ouro nem prata ... não desviei o fluxo dos canais.
Não fiz o que abominam os deuses.
Nunca expulsei o faminto de minha porta, não sobrecarreguei o  lavrador, não denunciei qualquer escravo ao senhor.
Não maltratei os animais e não prendi os pássaros em gaiolas.
Jamais fui preguiçoso, negligente ou invejoso.
Jamais pratiquei a injustiça e jamais exerci a opressão, assim estou puro meu senhor."

"Protegei-me do Typhon destruidor das almas meus juízes e senhores. Neste dia de juízo concedei a vida a alma que se aproxima de vós e que jamais pecou, que não mentiu, que não praticou o mal, que não cometeu crime. 
Que não deu falso testemunho, que jamais fraudou, que vive da verdade e que se alimenta da justiça.
Que por toda parte semeou o bem, que soube agradar os homens e os deuses...
Que soube dar pão a quem tinha fome e água ao que tinha sêde, que vestiu o nu com suas próprias roupas e cedeu uma barca ao viajante..."

Isto é de certa forma um prenúncio da ética divina enunciada por Jesus no Santo Evangelho e o pastor inepto ainda ousa falar em imoralidades pagãs.

Mesmo sabendo que no gênesis proliferam assassinatos, roubos, fraudes, mentiras, traições, adultérios e toda casta de vícios degradantes do primeiro ao último capítulo! Do assassinato de Abel, a troca da taça por ordem de José, passando pelas estórias escabrosas de Dina e Tamar, sem falar nos anjos tarados e na maldição lançada sobre o inocente!



5. Amenemope:


- "Volta teus ouvidos para estas palavras e aplica tua inteligência a instrução, guarda no coração o que te digo..."

- "Guarda-te de despojar o indigente, não exerça violência contra o fraco. Não estenda tuas mãos contra o homem idoso..."

- "Não desloques os marcos de divisas dos campos." 

"Não desloques os marcos de divisa postos no campo do orfão." Prov 

- "Não te fies nas riquezas roubadas pois como os pássaros elas criam asas e vão voando." 

- "Não convivas com o homem exaltado e não te aproximes para falar com ele."

- "Não cobices os bens do pobre nem ouses saciar-te com seu pão, os bens tomados ao pobre queimarão tua garganta e encherão teu estomago de amargor."

- "Jamais reveles a quem quer que seja teus pensamentos mais íntimos."

- "Jamais escarneças do cego, não ridicularizes o anão e não agraves o sofrimento do aleijado."

Bem eu não me recordo em qual de suas partes o gênesis ou a Torá façam quaisquer alusões aos direitos das pessoas portadoras de deficiência. Aqui, mais uma vez o Egito leva a palma.


Aqui G Fougéres ('As Primeiras Civilizações): "De todas as transformações a mais transcendental e sobre a qual todas as outras se apoiram foi a elaboração do senso moral pautado na religiosidade." 





  • FARAÓ AKHENATON PLAGIADO PELO SALMISTA





"Há diversos exemplos quanto a este acento, também bíblico, que lembram as mais dolentes passagens dos Salmos, nos fragamentos deste lirismo anterior em muitos século a Bíblia, e que, pelas traduções e imitações em lingua assiria, exerceram grande influência sobre os primeiros ensaios da poesia semítica e contribuir com muitas imagens e feições..." Lenormant in "Primeiras civilizações." II, 169



Extratos do Hino ao Sol de Iknaton, cotejados com o salmo centésimo quarto:



"Todos os leões saem de suas cavernas... Sl 104,21

A terra inteira se põe a trabalhar. Sl 104,23

Todo animal goza de sua pastagem. Sl 104,20

Árvores e relvas verdejam. Sl 104,14

Os pássaros voam de seus ninhos, Sl 104,12

Com as asas (em forma de) adoração à tua essência (ka),

Os animais selvagens pulam em seus pés.

Aqueles que vão embora,

aqueles que pousam,

Eles vivem quando tu te levantas para eles.

As barcas sobem e descem a corrente

Porque todos os caminhos se abrem quando tu surges.

Os peixes do rio movem-se deslizando em tua direção Sl 104,25

Os teus raios chegam ao fundo do mar...

Quando o pintinho está no ovo (loquaz na pedra)

Tu ali dentro lhe dás o para viver.

Tu o completas para que quebre a casca

E dela sai para piar e completar-se

E caminhe com seus dois pés recém-nascidos. Sl 104, 27 sg

Quão numerosas são as tuas obras... Sl 104, 24 IPSO LITERA

e tu resplandeces, eles vivem,

Se tu te pões no horizonte, eles morrem;

Tu és a própria duração da vida. Sl 104,29 sg




Conclusão: A partir do décimo sexto verso, o salmista reproduziu as estrofes do hino ao Sol composto pelo faraó Iknaton, sequer se dando ao trabalho de alterar a sequência das mesmas, ficando patente sua compilação...


São cerca de quinze estrofes retiradas do poema egipcio, uma delas literalmente reproduzida (Sl 104,24) e duas outras ligeiramente modificadas (104,29)


Diante de tais fatos fica estampada a má fé e a desonestidade dos fundamentalistas e a estultícia da teoria magico/fetichista a respeito da inspiração.


Neste caso o salmista foi inspirado pelo faráo...



"Na mitologia babilônica Misor e Sydic são os acessores do deus Shamash. A passagem dos Salmos (LXXX,14) - A justiça e a equidade são o sustento do teu trono" - já opinou alguém, poderia provir dessa imagem, uma vez que Misor significa justiça e Sydic equidade." Marstoniden p 66




  • SABEDORIA DA MESOPOTÂMIA E CANAÃ.

1. Dos atos de Urukagina 'Ishakku' de Lagash.

"Então apareceu entre nós um homem chamado Urukagina, ele restabeleceu a justiça e libertou os homens da opressão.
Ele demitiu o inspetor dos barcos e o inspetor do gado demitiu.
Ele demitiu aquele que cobrava tachas para tosquiar.
E quando um homem repudiava sua mulher nem o Ishakku nem o vizir recebiam emolumentos.
E quando o perfumista fabricava unguentos não percebiam emolumentos.
Quando alguém era conduzido ao cemitério a maior parte dos bens revertia em favor de sua família e não dos funcionários.
Ele fez respeitar os bens do templo.
Ele acabou com a tirania dos cobradores de impostos...
Ele obrigou o homem rico a respeitar o vizinho pobre e a pagar um justo preço por suas propriedades caso desejasse adquiri-las.
Se o filho do pobre pescava um peixe no rio ninguém ousava já toma-lo.
O pomar da mãe do homem humilde já não era invadido e despojado.
Ele fez um pacto com Ningirsu e obrigou-se a jamais permitir que os orfãos e as viúvas fossem vítimas dos homens poderosos." Crônica de Lagash in S N Kramer 'A História começa na Suméria' 75

2. O 'Livro sumeriano dos mortos':


"Ao invés de dizer sim disse não?... Deixou de libertar algum prisioneiro? ... desprezou pai ou mãe? Uniu-se a mulher alheia?
Derramou sangue de seu próximo? Roubou o traje do semelhante???." in Dhorme Ed. 'A religião de babilônia e Assíria'


3. Outras tabuletas sumerianas:

- "Ela conhece o orfão, ela conhece a viúva.
Ela sabe que o homem é o opressor do homem.
Mas Nanshe é a mãe do orfão.
Ela cuida da viúva
Ela busca fazer justiça ao pobre.
É rainha que trás o humilhado em seus braços.
Nela o fraco encontra amparo...

Assim confortarei o orfão e alegrarei a viúva.
Desolarei os fortes e poderosos
Enfraquecerei o homem poderoso
Nanshe procura o coração do povo." Hino a Nanshe de Lagash

4. O Código de Hamurabi:

"Assim com o apoio de Shamash publico estas leis para que o forte não faça violência ao fraco, afim de velar pelos interesses do orfão e da viúva, para dilatar as vias da justiça... assim elas propiciem bem estar a esta nação, evitem disputas e garantam direitos ao fraco e ao oprimido."


5. A saga de Danel (Raz Shamra):

"Cada qual pode sentar-se tranquilo em sua eira a sombra duma árvore.
Pois eis que ele vem para exercer a justiça assentado as portas da cidade.
LÁ ELE JULGA O PROCESSO DA VIÚVA
E ESTABELECE O DIREITO DO ORFÃO."

Muito antes dos antigos hebreus cogitarem a respeito do orfão, do estrangeiro e da viúva, os ancestrais cananeus já haviam baixado normas e regulamento com o intuito de vindica-los.

6. Esparsos:

- "Acaso bates no boi que tritura com uma correia no focinho?"

"Não amordaçaras o boi que debulha o grão."

- "Dá de comer aos outros e oferece-lhes do bom vinho de palmeira; não insultes aquele que pede esmola, antes fornece-lhe uma muda de roupa, tudo isto alegrara o deus e Shamash te dará a recompensa." 

- "Não dissemines o mal antes espalha o bem e jamais calunies a quem quer que seja."

(apud Grollenberg 210)

- "Sou orfão, és minha Mãe.
Não tenho pai, tu és meu Pai." Invocação de Gudea, Patési de Lagash.

Mais uma antecipação do espírito do Evangelho.

Do qual em vão procuramos um só traço ou vestígio no gênesis...



7. A Sabedoria de Aquicar:

"Duas coisas são convenientes mas a terceira é superior para Shamash: Um homem que partilha seu vinho com os demais, um homem que acumula sabedoria e um homem que rendo ouvido um segredo retem-no ao invés de conta-lo."

- "Fecha tua boca as palavras injuriosas e teu coração guarde todos os segredos que te foram confiados. Uma palavra é semelhante a um pássaro, uma vez solta não há mortal que a possa apanhar." 

Aqui Dhorme: "Aqui do mesmo modo como entre os israelitas vemos já uma correlação entre mal moral e mal físico, entre pecado e desgraça." in "A religião de Babilônia e Assíria"

A única diferença é que egípcios e sumerios haviam atingido semelhante estádio de consciência quase mil anos antes do nascimento de Abraão, mais de mil anos antes de Moisés e do gênesis (segundo a datação que lhes é imputada pelos fanáticos)  e quase dois mil anos antes dos deuteronomistas.

Conclusão: tanto em datação quanto em conteúdo o gênesis perde de lavada para os escritos egípcios e sumerianos cujos mitos e lendas por sinal reproduziu largamente.

E quanto aos valores "HISTÓRICO (!!!), LITERÁRIO (!!!), CIENTÍFICO (!!!)... E RELIGIOSO. (!!!)" alardeados pelo afoito pastor?

Historicamente falando é o gênesis uma nulidade absoluta, ao menos quanto aos dez primeiros capítulos, que servem de prelúdio a biografia de Abraão, a respeito do qual admite o Pe De Vaux "Quase nada sabemos."

Para tanto basta saber que ao capítulo décimo o redator apresenta cidades e países como se fossem pessoas dando prova da supina ignorância de que estava animado... mas ele era filho do seu tempo.

Grotesco mesmo é ver os pastores e suas ovelhas imbecilizadas discorrendo sobre Misraim, Javan, Nemrod, Assur, Kaftor, Elam e Aram como se se tratassem de homens de carne e osso.

Se isto pode ser chamado de História não vejo porque as obras de Hesíodo e Homero não possam fazer juz ao mesmo título... ao mesmos eles não atribuem ao universo uma idade pouco superior a da pirâmide de Sakkara...

A nível de literatura não podemos negar que o gênesis seja um monumento incomparável no que diz respeito a literatura hebraica, tal e qual os Vedas o são para a literatura indiana, os canônes de Confúcio para a literatura chinesa, o Avesta para a literatura parsi, a Iliada e a Odisséa para a literatura helênica, as obras de Cícero e Vírgilio para a literatura latina, o Corão para a literatura árabe ou a Lutherbibel para a literatura germânica... devido principalmente a sua condição de obra inaugural ou mais antiga (embora o livro dos juizes contenha fragmentos mais antigos). Quanto ao lirismo no entanto não trocaria Isaias, Jó ou mesmo alguns dos Salmos pelo gênesis... mesmo quanto ao enredo o êxodo me parece superior.

No campo científico gênesis é tão pré científico e nulo quanto qualquer outra obra de seu tempo ou que tenha sido composta antes de Hipócrates ou antes de Roger Bacon.

Basta recordar a clamorosa asnice das águas superiores e inferiores, das comportas celestiais e da inundação universal...

Em gênesis há tanta ciência quanto água em mercúrio ou oxigênio em Neptuno...

Já quanto a religião, com sua matéria pré existente, seu Eloim (deuses), seu javé de carne e ossos (Que vem tomar a fresca no paraíso), seu deus cheirador de carne queimada, seus sacrificios humanos, suas bençãos de teor fetichista, seus maçeboths, seus bosques sagrados, seus terafins, etc representa como já foi dito um tipo de paganismo dos mais vulgares que nos é dado conhecer.

Enfim nada há no gênesis de vetusta antiguidade anterior a todos os demais livros existentes, de elevada moralidade como nos escritos que nos foram legados pelos antigos egípcios e sumerianos, e menos ainda em termos de Historicidade, de conhecimento científico ou mesmo de sã religiosidade, a semelhante aquela com que nos deparamos nos escritos dos Santos profetas, do Deus Jesus Cristo, dos apóstolos, dos nossos Santos padres, de Zoroastro, de Buda, de Confúcio, dos antigos pensadores gregos ou mesmo de Maomé.

A única coisa que o gênesis possui a seu favor é a fé cega, o fanatismo e os preconceitos de pessoas como o pastor Alvaro Reis.

Nós no entanto cremos no triunfo e na vitória do esclarecimento, da informação, da verdade e da luz, para a maior glória de Jesus Cristo e de seus Santo e Único Evangelho.








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