Hiper agia ai partenos Maria, akrantos Mitéra tou Khristos Theos - soson imas!
Batul Lala Marian Wallidat al illah - ʕawnu ni!

Nossos pais e avós foram protestantes, nossos tetravos papistas, as gerações do passado remoto no entanto foram Católicas, apostólicas e ortodoxas, e nós, consagrando todas as forças do intelecto ao estudo da coisas santas e divinas desde a mais tenra idade, reencontramos e resgatamos a fé verdadeira, pura, santa e imaculada dos apóstolos, mártires e padres aos quais foi confiada a palavra divina. E tendo resgatado as raízes históricas de nossa preciosa e vivificante fé não repousaremos por um instante até comunica-la aos que forem dignos, segundo o preceito do Senhor. Esta é a senda da luz e da justiça, lei do amor, da compaixão, da misericórdia e da paz entregue uma única vez aos santos e heróis dos tempos antigos.

João I

João I
O Verbo se fez carne




Hei amigo

Se vc é protestante ou carismático certamente não conhece o canto Ortodoxo entoado pelos Cristãos desde os tempos das catacumbas. Clique abaixo e ouça:

Mantido pelo profo Domingos Pardal Braz:

de pentecostal a ORTODOXO.

Jesus aos apóstolos:

"QUEM VOS OUVE É A MIM QUE OUVE E QUEM VOS REJEITA É A MIM QUE REJEITA."


A CRUZ É UM ESCÂNDALO PARA OS QUE SE PERDEM. MAS PARA OS SANTOS PODER E GLÓRIA DE DEUS.

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segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Cap XII - A doutrina da salvação entre Calvinistas e anabatistas





Neste artigo o amigo leitor encontrará os seguintes tópicos e assuntos>


  • Parte dos Luteranos (juntamente com os papistas) aderem a soteriologia calvinista das obras NECESSÁRIAS, a posteriori.

  • PRONUNCIAMENTO DE S FÓCIO EM FAVOR DE TEODORO, O BENDITO E SUA OBRA COMPOSTA CONTRA A AGOSTINHO DE HIPONA, PRONUNCIAMENTO EM QUE FÓCIO CLASSIFICA AS OPINIÕES MANIQUÉIAS DE AGOSTINHO COMO HERÉTICAS, SACRÍLEGAS E BLASFEMATÓRIAS.
  • Denunciação de S Juliano de Eclanum, contra a doutrina protestante (fixada em Augsburgo) que descreve o Cristão como simultaneamente 'justo e pecador'.
  • A FARSA DA NOVA SALVAÇÃO FÁCIL E INCONDICIONAL.
  • As hesitações dos calvinistas em torno do mérito e da salvação no pecado, os antinominiastas.
  • Oposição entre os batistas e demais sectários a respeito desta matéria.
  • CONCLUSÃO> os protestantes também encontram-se divididos em teorias, opiniões e palpites a respeito da salvação porque ignoram o ensinamento comunicado pela divina Revelação i é a verdade divina.



Um dos motivos que levou-nos a romper os derradeiros laços que prendiam-nos a Igreja romana e passar a Santa fé Ortodoxa, apostólica, Católica, pura e imaculada deu-se a 31 de outubro de 1999.

Trata-se da "DECLARAÇÃO COMUM SOBRE A DOUTRINA DA JUSTIFICAÇÃO" emitida pelas organizações papista e luterana com o intuito de salientar tudo quanto há de comum entre ambos os credos a respeito do destino eterno dos seres humanos.

O próprio título do documento deixa bem claro que o foco da analise é o primeira fase do processo redentor, designada pelo termo justificação; alias, cunhado pelo próprio apóstolo Paulo nos albores desta nossa Era.

É imensamente trágico e ao mesmo tempo patético para nós, perceber luteranos e papistas - após tanto terem brigado - abandonaram suas posições originais e esposaram a teoria concebida por mestre João Calvino, o conhecido assassino de Servet e déspota genebrino.

Conforta-nos no entanto saber que tomaram por mestre e guia um reconhecido matador de homens ou carniceiro.

Enquanto o apóstolo testifica: "EM ASSASSINO ALGUM ESTA A VIDA".

Há porém quem vá pedir instruções sobre a vida eterna a esse mal caráter, como se a Igreja não possuísse tradições e memórias que reportam aos Santos Apóstolos e que foram recolhidas por varões piedosos que jamais haviam manchado as mãos com sangue inocente violando os divinos preceitos de Jesus Cristo nosso Senhor.

É sumamente necessário que toda família Ortodoxa (Assíria, Pré calcedoniana e Bizantina)- e até mesmo os romanos de boa fé - esteja muito bem informada a respeito de tal declaração e seu significado.

Pois do ponto de vista tradicional trata-se, no mínimo, de um documento insatisfatório.

Principiamos reconhecendo que para os luteranos - teóricos do solifideismo - a dita Declaração corresponde a um progresso ou melhor a um saudável retorno a Regius, Cruziger, Osiander, Melanchton ou seja aos teóricos da nova obediência, doutrina de que o astuto Calvino acabou-se fazendo-se porta voz. Pois ao menos enquanto frutos ou A POSTERIORI as boas obras são afirmadas como NECESSÁRIAS a salvação e a salvação é conciliada com as exigências da ética.

Eis porque os luteranos merecem parabéns e aplausos!

O mesmo, no entanto, não pode ser dito sobre os papistas...

Uma vez que a Igreja romana - instituição que parece tão simpática a alguns de nossos Ortodoxos - ao CALVINIZAR, traiu seus próprios postulados abraçando ensinamentos espúrios no que concerne a primeira fase do processo reeducativo do homem, i é da justificação, fase de que as obras fazem parte efetiva atuando o poder celestial e a vontade livre conjuntamente.

Tal não admite J Calvino. Pois para ele o princípio de nossa salvação é obra exclusiva de Deus.

Deus é que toma a iniciativa vivificando aqueles que desde toda eternidade escolheu e abandonando todos os mais...

Nem poderia o homem colaborar ou cooperar com Deus uma vez que tendo sido totalmente corrompido pelo pecado ancestral não pode sequer compreender ou assimilar intelectualmente os mistérios divinos, quanto mais desejar abraça-los ou aderir a divina Revelação. E se sequer pode crer ou desejar crer como poderia obedecer ou fazer qualquer coisa????

Julgo que todo homem de boa fé, amante da verdade e filho da tradição, deve estar cônscio de que se a igreja romana aproximou-se do calvinismo corresponde esta aproximação ao derradeiro triunfo do AGOSTINIANISMO (gracismo). Obtido ao cabo de mil anos!

E como os padres congregados em Trento julgaram por bem afastar sua igreja desta malfadada senda -  o Agostinianismo estrito  - podemos classificar a dita declaração como uma ruptura com o padrão tridentino. (situado entre o agostinianismo estrito e o semi-pelagianismo).

DIANTE DISTO OS PAPISTAS AO MENOS, FICAM OBRIGADOS A EXPLICAR-NOS POR  QUE NÃO ENDOSSARAM IGUALMENTE O 'DECRETO ABOMINÁVEL' DE CALVINO, FICANDO PARADOS NO MEIO DO CAMINHO??? Sustendo a causa e repudiando a consequência...

Foi graças a atitudes caprichosas como estas que certo ateu pode - e com certa dose de razão - exclamar: "Os homens não devem buscar racionalidade ou coerência nas religiões, APENAS TOLICES..."

É por sinal bastante conhecida de todos a desconfiança - legada por Agostinho e rematada por Kant como - com que Lutero costumava encarar os imperativos da razão e o profundo ódio por ele votado ao "Mestre de todos os que sabem"...

Diante disto como deixar de concluir que a igreja romana traiu o 'Dr Angélico' nos mesmos termos que a Luterana apunhalou mestre 'Gehard'... Os quais a estas horas devem estar saltitando em suas frias sepulturas... Gehard no entanto - como seguidor de Melanchton - é que havia traído Messer Lutero... E temos diante de nós mais uma patética sucessão de traidores, na medida em que um buscou reformar o outro.

Quanto aos luteranos pouco temos a dizer... Não emitimos juízo a respeito dos que encontram-se 'fora da casa', exceto quando atacam a mãe igreja.

No que concerne aos romanos no entanto - cuja origem é apostólica - muito temos que dizer e julgar.

Especialmente quando seus cardeais e papas buscam insistentemente aliciar nossos ortodoxos, atraindo-os ao movimento ecumênico.

Que leva Roma e seus lacaios, a crerem que podem estender uma mão a Lutero, ou melhor a Calvino e outra a AL KUDS, A ANTAKIA, A SKANDARIA, A ATINA, A DAMASCO???????

ACREDITAM SINCERAMENTE QUE A TOTALIDADE DOS ORTODOXOS OU DE SEUS CLÉRIGOS SEJA IMBECIL??? Há quem o seja e há quem não seja....





É necessário por as coisas em tais termos uma vez que não estamos separados da igreja romana - como é dito por tantos e tantos - apenas pelas doutrinas da MONARQUIA PAPAL E DO INFERNISMO (a ímpia teoria das penas eternas) mas também PELA doutrina da graça ou do GRACISMO/AGOSTIANISMO "Dogma ímpio e ímbecil" (Juliano de Eclano apud Epistola a Rufo)

Não comungamos da antropologia pessimista elaborada por Agostinho de Hipona e tampouco das terríveis - mais lógicas e necessárias - inferências sacadas por Lutero e Calvino. 

Não cremos e nem podemos crer que 'O mestre dos latinos' - que pouco ou nada sabia de grego - tenha assimilado e compreendido melhor o pensamento do apóstolo enquanto que nossos mestres e doutores, versados na lingua original das escrituras (o grego) tenham permanecido na ignorância...

Sendo assim não pertencemos ao número dos agostiniamos ou gracistas, mas dos semi-pelagianos, seus adversários declarados, a exemplo de Juliano, Bispo de Eclano, o qual em pleno século V havia já previsto o caminho que as coisas tomariam e as considerações ímpias e blasfemas a que os homens chegariam caso partissem dos erros proclamados pelo Bispo de Hipona.

Por isso, com o mesmo Juliano recusamo-nos a endossar as "Profanações maniquéias" de Agostinho.

Ignorou ou melhor, minimizou Agostinho o papel do homem, de nossa condição, de nosso entendimento, de nossa vontade, da razão e da liberdade enfim no processo da salvação notadamente quanto a seu primeiro passo: a justificação; apresentando-a como obra inteiramente divina e sobrenatural.

Todavia é impossível negar e excluir a liberdade do processo sem afirmar ou ao menos dar por suposto a falaciosa doutrina da predestinação particular, sempre associada a falsa doutrina do infernismo ou das penas eternas. Assim abismo chama abismo e se chega ao fundo...

DIANTE DISTO CUMPRE-NOS O GRAVE DEVER DE TRADUZIR OS FRAGMENTOS DE TEODORO, O BENDITO; TRANSMITIDOS E APROVADOS POR S FÓCIO E A CONSEQUENTE CONDENAÇÃO DO AGOSTINIANISMO PELA TRADIÇÃO ORIENTAL DA IGREJA -










CONDENAÇÃO DO AGOSTINIANISMO POR  MAR TEODORO, O BENDITO E POR S FÓCIO - 



"Surgiu no Ocidente uma nova heresia cujos escritos chegaram ao Oriente...

ELES DECLARAM QUE A NATUREZA HUMANA FOI ALTERADA PELO PECADO - refere-se ao dogma agostiniano/luterano da depravação total da natureza humana - DIZEM QUE A NATUREZA ANTES ERA BOA MAS QUE FOI TRANSFORMADA APÓS O PECADO, QUE TORNOU-SE CORRUPTA E MÁ E QUE O LIBRE ARBÍTRIO FOI SUPRIMIDO.


E DIZEM QUE A NATUREZA DAS CRIANÇAS É PECAMINOSA... E QUE SERÃO CASTIGADAS E CONDENADAS... E APELAM AS ESCRITURAS 'MINHA MÃE CONCEBEU-ME EM PECADO .' E A PRÁTICA DA IGREJA QUE COSTUMA BATIZAR E CRISMAR AS CRIANÇAS ANTES DE MINISTRAR-LHES A SAGRADA COMUNHÃO...



SEGUE O VEREDITO DE SÃO FÓCIO: - SEGUNDO NOSSA OPINIÃO A RAZÃO ESTA COM TEODORO QUE REFUTA O CÁRATER ÍMPIO E BLASFEMATÓRIO DE TAIS TEORIAS..." In Bibliotheca codice 177


Em determinado momento os "Ocidentais perversos seguidores de Manes." (S Mikail Cerulario) conceberam um outro deus que á não é o deus de amor apresentado por Jesus Cristo mas UM 'ALLA DO MAL', um deus maligno ou anti deus, como descrito por Kunta Kinte, personagem de Alex Haley in "Negras raízes".

Nem podemos deixar de constatar, inda que a contra gosto,  que o deus apresentado por Agostinho e seus seguidores é um deus maligno ou um diabo na medida em que não teria amado e consequentemente acolhido e destinado, ou melhor dizendo, predestinado o gênero humano como um todo mas apenas um diminuto número de privilegiados a felicidade eterna e imperecível.

E como não podería ter escolhido e salvo a estes sem necessariamente abandonar aqueles; somo obrigados a concluir que reservou a maior parte dos homens a um banquete de ciclopes ou canibais chamado Armagedon... 

Forçoso é concordar mais uma vez com o Santo Bispo de Aeclanum e concluir que não estamos diante do'Ente necessário' de Aristóteles e menos ainda do 'Sumo Bem' platônico mas dum Ser vulgar, grosseiro e cruel imaginado por mentes doentias, primitivas a rasteiras. Nem mais nem menos.

O deus Agostiniano/calvinícola - cujas raízes genealógicas remontam as tendas dos patriarcas hebreus ao infame culto de Tanit - fede a sangue e a carniça. Canonizando-o a igreja barbarizada do Ocidente nada mais fez do que avançar pela vereda aberta pelos antigos etruscos, com seus gênios infernais e castigos hediondos traçados nas paredes de Cerveteri... Não piedoso leitor, já não estamos mais no doce reino de Jesus Cristo, mas no tenebroso império de Tuchulta! É para tais paragens tenebrosas e obscuras que somos conduzidos pelo temperamento pessimista do hiponense! Não para o reino dos céus cuja lei é a benevolência mas para os domínios de uma vingança que não cabe ao Supremo Ser, quanto mais ao Pai generoso!

O pior do quanto houve no paganismo antigo e no judaismo ante cristão encontra-se cristalizado nas doutrinas sacrílegas, blasfematórias e ateísticas da predestinação e do infernismo!!! Eis a apoteose do sadismo! 

Nem podemos compreender como a 'maravilhosa' reforma protestante, capaz de detectar vestígios pagãos na Trindade, na Encarnação de Cristo, na Maternidade divina de Maria, no mundo intermediário ou purgatório, etc foi completamente inepta para constatar que a única doutrina essencialmente pagã incorporada pelo judaísmo primeiramente e em seguida pela igreja romana foi justamente a doutrina nas penas eternas!!!! EIS O QUANTO BASTA PARA CONSTATAR QUE ESTA REFORMA NASCEU ESPIRITUAL CEGA!!!!!





Nossos excelentes padres no entanto - como Clemente, Justino, Origens, Eusébio, Gregório, Basílio, Teodoro, Ambrósio... - souberam manter acesa e viva a chama do Evangelho puro que agora ilumina-nos para a santificação e a perfeição. Evangelho que não conhece acepção de pessoas, que ignora qualquer padrasto celestial e que repudia decididamente esse fogo caprichoso que queima sem cessar! Evangelho proclamado para a salvação de todos os seres, para a glorificação do Pai Generoso e para a punição medicinal que é a aniquilação do pecado.

A duras penas este Evangelho puro e doutrina da verdade tem permanecido e subsistido nas terras do Oriente, em que pesem a opressão islâmica e a sanha luciferina com que romanos e protestantes, seguidores de Agostinho tem buscado seduzir-nos.

Em que pese o Estado de boçalidade a que este pobre povo foi submetido pelo Islam após a depredação dos monastérios, Escolas, acadêmias e bibliotecas... Em que pese a defecção monacal que a favor da 'peste' palamita... Em que pese a miséria e a absoluta falta de recursos materiais... Nem por isto nossa Santa e preciosa Igreja precipitou-se por inteiro no abismo da falsa doutrina... Nem por isso foi destruída, arruinada e engolida pela operação do erro como as congregações do Ocidente... Nem por isso ousou negar o apanágio da vontade livre ou duvidar, por um momento sequer, de que os homens todos possam atingir a comunhão de Jesus Cristo na adesão ao bem a da virtude!!!!

Porque temos permanecido fiéis ao depósito que nos foi entregue pelas gerações do passado longevo, folgamos ignorar a 'recente' pregação do gracismo e assim o dogma ímpio dos castigos eternos (infernismo),

Uma vez inoculado o gracismo - e excluido o papel do homem quanto ao primeiro passo dado no processo de salvação - no organismo da igreja de Cristo sobrevirá necessariamente ou a desmoralização completa ou o calvinismo e após ele o obscurecimento da fa. O ateísmo, o materialismo, a incredulidade... E com razão, pois crenças há que a dignidade da razão não pode admitir.

Com efeito, até mesmo o homem natural sabe perfeitamente quão contraditória e vá é a ideia de um deus maléfico ou malvado. Sócrates se bem me lembro declarou em diversas ocasiões que os deuses só podiam desejar o bem dos mortais, jamais o mal...

Ou será Deus sumamente, infinitamente e ilimitadamente Bom ou não será, não existirá.... Ou será Deus nos termos de Jesus Cristo e do Evangelho, ou será Pai de amor ou não será, não existirá.... OU será benevolente, filantropo, tolerante ou não será, não existirá!

Pai é aquele que sempre acolhe, sempre perdoa e sempre recebe em paz aqueles que rompem com a malignidade, abandonam os pecados e exercem verdadeira penitência reparando os efeitos de seus erros.
Segundo lemos na profecia do vidente Hermas, irmão de Pio, que foi ouvinte dos abençoados apóstolos... a correção e a penitência são portas sempre abertas aqueles que sofrem e padecem as consequências das ações perniciosas... a esperança vive para sempre no Reino de Cristo...

Faz-se sumamente necessário que todos os Ortodoxos, tomem conhecimento do perigo real representado pelo agostianismo/gracismo e que empenhem-se decididamente por desmascara-lo. Pois como, diria S Inácio de Antioquia é veneno letal misturado com vinho doce... 

Uma piedade tosca e irrefletida faz com que aspirem tudo atribuir a Deus e torna-os incapazes de perceber que no fim das constas estão a atribuir-lhe a pratica do mal, do vício e do pecado tornando-o não apenas imperfeito mas imundo. Nada mais desastroso do que atribuir tudo a Deus uma vez que coisas há indignas de sua natureza. A Deus atribuímos apenas tudo quanto dele seja digno, o restante a livre vontade do homem!

Os ocidentais simulam honrar o Senhor Jesus Cristo, ao atribuírem a ele toda responsabilidade pelo processo de salvação e consequentemente toda glória. Todavia seus pensamentos convertem-se em delírio na mesma medida em que ousam apresentar o mesmo Jesus Cristo como Salvador de alguns apenas e, consequentemente como juiz de muitos, e; logo, como um Ser que pouco ama e em que sobeja o rancor.. O deus pintado por Agostinho, Próspero, Gosteschalk, Wicliff, Lutero, Calvino, Jansenius, é deus mesquinho e restritor, não o munificente Deus do Evangelho...

Tão fictício quanto javé ou alla, jupiter ou Mixipli semelhante entidade não é digna de nossas considerações e menos ainda de nossos eflúvios afetivos...

O Deus da Igreja não pode ser outro que aquele Pai, apresentado por Jesus Cristo como estando sempre a espera do filho pródigo... com o objetivo de estreita-lo a si, oscula-lo, acolhe-lo e perdoa-lo. Tal o Deus verdadeiro e a vida eterna!

Perdoem-nos as almas ingênuas e de boa vontade mas A RELIGIÃO DE AGOSTINHO E SEUS SEQUAZES NÃO É A RELIGIÃO DE JESUS CRISTO SENHOR NOSSO, DE JOÃO E DOS APÓSTOLOS!

Passemos no entanto a declaração comum:

"Confessamos juntos que boas obras - uma vida cristã em fé, esperança e amor - se seguem à justificação e são frutos da justificação."

No frigir dos ovos o monumento fraseológico acima nada tem de Ortodoxo, papista ou luterano.

A teoria segundo a qual as obras, são NECESSARIAMENTE, executadas a 'posteriori' e não a priori; foi ardilosamente confeccionada por Calvino tendo em vista conciliar proposta Ortodoxo/papista duma salvação ética - e como tal indispensável a uma boa ordem social - com a opinião solifideista e antinominiastica elaborada pelo 'pai da mentira' Dr Martinho Lutero. (O qual tomou por ponto de partida os delírios de Agostinho e seus seguidores.)

Segundo esta perspectiva, rapidamente assumida por Melanchton e seu círculo (os filipistas), o homem não era mais salvo PELAS boas obras, mas PARA as boas obras.

Destarte - apresentadas como fruto ou produto da fé - entravam as obras como coisa necessária e sem a qual não era possível estar em posse da salvação; mas não como coisa que salvava ou pela qual se adquiria a salvação.

Naturalmente que semelhante ideia não correspondia de modo algum algum a pregação de Lutero - Cf capitulo anterior e nosso estudo e refutação ao princípio do Solifideismo; a ser publicado futuramente neste livro - segundo a qual o homem era salvo por deus - pela fé ou pela graça -apenas sem qualquer tipo de obra > a priori ou a posteriori. Lutero ignorava supinamente qualquer vínculo existente entre princípios e valores e a aquisição da vida eterna...

Como solifideista e anti nominiasta Lutero jamais entrou em acordo com Melanchton e/ou Calvino sobre este tema. E tampouco seus discípulos e sucessores mais fiéis como Flacius, Praetorius, Heshusius, Spangemberg... Amsdorf por exemplo chegou a congregar junto a si um núcleo de Luteranos 'ortodoxos', os quais sob a alcunha de amsdorfianos, sustentavam não só a inutilidade mas a periculosidade das boas obras no que diz respeito a salvação dos verdadeiros crentes.

No momento oportuno revelaremos ao leitor amigo e fiel, os péssimos frutos e funestas consequências com que a pregação de Lutero e de seus discípulos mais chegados, bridaram a pobre Alemanha do seculo XVI, convertendo-a - segundo reconhecem os próprios pregadores luteranos em seus sermões - numa espécie de lupanar, botequim, açougue, cova de argentários... de dimensões colossais. A cloaca do gênero humano!

Bastou menos de uma década para que a pregação solifideista (A mesma que no tempo presente floresce aqui no Brasil) ameaçasse a própria existência da sociedade alemã. Diante disto os políticos e juristas (Striegel, Wessembeck, Vigelius, etc ) - que sequer encontravam tempo para dormir diante de tantos e tantos crimes e vícios a serem punidos - voltaram-se contra os luteranos fiéis (Fossem flacianos e/ou amsdorfianos) responsabilizando-os por este triste estado de coisas.

Foi quando Melanchton e Pffefinger optaram por abraçar a doutrina da nova obediência ou da necessidade das obras 'a posteriori' articulada com uma perícia verdadeiramente escolástica por Mestre Calvino e introduziram-na mais ou menos subrepticiamente no 'Credo' luterano - assim que o corpo ainda quente de Lutero foi introduzido em sua sepultura - dando inicio a revolução teológica que descrevemos no capítulo anterior e que prolongou-se por quase meio século...

Regius, Zell, Creuziger e Osiandro, haviam feito já alguns remendos... no entanto foi pai Calvino, estilista de primeira ordem, que costurou na nova roupa destinada a encobrir a nudez moral do 'Novo Evangelho' tornando-os menos escandaloso e vil.

Apesar disto, passados quase trinta anos de disputações, a artimanha calvinista veio a ser repudiada por Andraeas e Chemnitz; na fórmula da concórdia, cujo teor é mais ou menos expresso pela declaração conjunta (que é por isso mesmo contraditória):

Permanece aqui a velha e perniciosa doutrina do Cristianismo enquanto fonte de perdão, logo de licença; para que o homem permaneça vivendo como sempre viveu, isto é na maldade, no crime e no pecado; como de fato tem vivido a maior parte dos falsos cristãos nestes tristes tempos post Lutero..

Já o citado Bispo de Eclanum prevenia com toda razão: "Sob o nome de graça, eles (os agostianisnos), sustentam uma espécie de destino, afirmando que o pecado isentou o homem da liberdade e que ele já não é capaz de aspirar pelo bem, e após sua adesão ao bem permanece imperfeito, e que não seria perfeitamente capaz de romper com mal e de abraçar o bem. "

UMA NOVIDADE TODAVIA FOI URDIDA NESTES NOVOS E TRISTES TEMPOS. 

Novidade porque ignorada pelos primitivos agostianianos e pelos luteranos do décimo sexto século...


Referi-mo-nos a palavra incondicional enquanto parte constituitiva do discurso neo protestante, pentecostal e/ou carismático e torno da pecabilidade ou fragilidade dos que estão em Jesus Cristo. Por incondicional bem podemos ler aqui: fácil, comodo, imoral... 


Trata-se verdadeiramente duma palavra venenosa já porque subverte por completo ou melhor destrói o plano de Jesus Cristo para nossas vidas, falseando a proposta do Evangelho que é a correção e a santidade.

Ao contrário do que eles dizem podemos constatar QUE NO EVANGELHO TUDO É CONDIÇÃO BAIXADA PELO SUPREMO LEGISLADOR, NOSSO SENHOR JESUS CRISTO TENDO EM VISTA A PRÁTICA DO BEM E DA VIRTUDE POR PARTE DE SEUS SEGUIDORES.

Basta trazermos a memória as Bem aventuranças - vergonhosamente menosprezadas nova cristandade solifideista - a derradeira instrução do Senhor a respeito do juizo - transmitida pelo Evangelista Mateus - a lei absolutamente condicional do Amor, repetida diversas vezes pelo autor do quarto Evangelho ou simplesmente este preceito categórico: "PERDOAI SETENTA VEZES SETE... REZAI PELOS QUE VOS MALTRATAM... FAZEI BEM AOS QUE VOS PERSEGUEM..."

Não há como falsear doutrina tão simples: ou cultivamos as virtudes e qualidades apresentadas e propostas por Jesus Cristo em seu abençoado Evangelho ou ficamos apartados dele como os sarmentos da vide e expostos a morte... Caso enterremos nossos talentos no chão e nada façamos não podemos permanecer nele, não podemos estar nele.

Quem diz estar nele e permanece pecando é mentiroso, declara S João na Epistola!

Com ele é necessário fazer e muito fazer, ou seja, observar, cumprir e executar as leis, normas, regras e mandamentos que correspondem a sua vontade inapelável. Agir, operar, colaborar, trabalhar, esforçar, lutar, etc

Felizmente dizer ou mesmo gritar que a salvação é fácil ou incondicional, a ponto de qualquer celerado - como Assurbanipal, Átila, Maomé, Justiniano, Gengis, Tamerlão, Lutero, Stalin, Bush, etc - poder obte-la sem maior esforços (neste Evangelho não são mais os valentes que crucificam a si mesmos e fazem-se dignos do prêmio prometido mas qualquer 'serial killer' que se ajoelhe atrás da porta) não a torna incondicional de fato... É apenas o que eles dizem ou declaram com o objetivo de atrair a clientela.

Tendo Jesus Cristo obtido nossa remissão ao fazer-se um de nós, decidiu comunica-la apenas e tão somente aqueles que recebem-no por meio da fé viva e atuante, isto é, daquela fé que opera pela caridade, que se manifesta por meio da santidade perfeita e que leva a peito tudo fazer e cumprir para sua maior glória. Esta fé reverente é a fé que incorpora nossas almas da Jesus Cristo e não outra...


A fé verdadeira ou se externaliza e encarna por meio de obras a semelhança de seu autor ou não passa de aparência, sendo ilusória e vã.


É pois tão falacioso o anúncio comum dos luteranos e romanos - a respeito duma graça frágil que coexiste com o pecado - quanto a insistência fanática dos anabatistas a respeito dum evangelho sem Lei, obras, excelência, virtude ou santidade; capaz de restaurar o homem em seus pecados. É impossível que o homem seja simultaneamente santo e pecador... amigo de Cristo e escravo da maldade... filho de Deus e agente do capeta.... servo de Jesus e imitador de Belial...

Não é possível que os espinheiros deitem figos ou que as figueiras lançam abrolhos, que a mesma fonte deite água doce e água salgada... 


Se possui de fato a vida de Deus e dele nasceu, como tal viverá e dará testemunho: evitando o vício e abraçando o hábito da virtude. Do contrário devemos concluir que não passa dum hipócrita ou farsante cuja fé não é autentica. Se de fato crê, viverá! Assim a prática é o crivo da fé!


"Não, não é aquele que diz Senhor Senhor que entrará no Reino de Deus..." a menos que suas obras sejam imaculadamente puras e piedosas ou que viva segundo a vontade do Pai que esta nos céus ou seja segundo a Lei eterna do amor, fazendo o bem a todos e a todos servindo...

Noto além disto outra contradição de termos. Pois se a salvação é mesmo incondicional ou graciosa por que raios assentam a necessidade da fé??? Pois se a fé é necessária enquanto condição temos condicionalidade... e nem vemos que seja absolutamente graciosa mas adquirida em troca da fé...

Agora se a salvação é de fato incondicional e graciosa podemos descartar absolutamente tudo: a fé, a graça, o evangelho, os pastores, as seitas, etc... 

Incondicional certamente, mas não tão incondicional e graciosa que não exija algo como a fé e a submissão aos pastores! Portanto incondicional até onde querem ou desejam: sem obras de justiça, mas com submissão aos pastores. Eis o novo evangelho do oportunismo!

Mantiveram a condição duma fé teórica e morta por ser comoda... e assim podem comodamente excluir os que não queiram professar semelhante fé e apresentar a si mesmos como salvos e remidos. Quanto as condições mais dificeis, as legítimas, as autênticas, as baixadas por Jesus Cristo, aboliram-nas sem maiores cerimônias, despojando-o do caráter de Legislador!!!!

Pastores, Bíblias e orações são necessários.... Boas obras, ética, virtude, excelência; não!!! Desde quando isto é Evangelho????? Fábulas e preceitos judaicos são restabelecidos enquanto os Sacramentos da nova lei são repudiados!!! 


Por outro lado, se Deus ama mesmo, incondicionalmente, todas as criaturas, independentemente do que venham a fazer mesmo após sua sua adesão a Jesus Cristo; por que esse mesmo povinho sustenta a existência de castigos eternos???

Enquanto prevaleceu esta compreensão entre os luteranos do final do século décimo sexto (pós 1577) todos os homens virtuosos e honestos passaram a ser apresentados - e até mesmo punidos - como papistas ou calvinistas. Bastava qualquer homem amar a Deus a ponto e observar seus preceitos para ser encarado como herético...

Havendo entre os piedosos luteranos quem temesse que o exercício da santidade pelos Cristãos viesse a privar Nosso Senhor Jesus Cristo de seu ofício enquanto perdoador dos pecados... assim para que Jesus Cristo fosse devidamente honrado devia o homem pecar!!!!

Em determinado momento a palavra calvinismo passou a ser encarada pelos luteranos como sinônimo de impiedade, não porque os calvinistas afetando o erro dos fariseus restabelecessem diversos preceitos da lei judaica, mas apenas porque os calvinistas afirmavam que após a conversão a vontade dos eleitos era restaurada para a prática do bem e da virtude... tornando-se eles capazes de cumprir e executar os mandamentos divinos... Esta simples ideia era capaz de exasperar os Luteranos

Entre eles qualquer alusão a uma graça regeneradora, forte e capacitante era encarada como essencialmente herética ou diabólica. Pois implicava admitir que faltaria matéria para Jesus Cristo exercer seu ofício enquanto redentor! Assim tanto mais o homem pecava, tanto mais Jesus Cristo redimia...

Durante mais de meio século combateram os luteranos - flacianos, amsdorfianos, etc - contra a vida santa e piedosa, alegando ter sido inventada ora por Osiandro, ora por Melanchton, ora por João Calvino ou mesmo por qualquer outro... Sendo suficiente para eles admitir que a justificação continha qualquer elemento moralmente dinâmico ou vital para ser encarado como um pestilencioso. 

E no entanto após terem dito num paragrafo - com Calvino - QUE AS OBRAS SÃO FRUTOS DA FÉ, sustem, logo mais abaixo que não devem ser encaradas como condições!!! ACONTECE QUE CALVINO APRESENTOU-AS COMO FRUTOS NECESSÁRIOS DA FÉ; LOGO, COMO CONDIÇÕES EMBORA 'A POSTERIORI' APENAS!!! É pois manifesto que os Evangelhos de Lutero e Calvino não estão de acordo... E que Calvino ao menos aqui comporta um tímido retorno ao Cristianismo.

Pois mesmo invertendo o esquema das obras, admite sua necessidade enquanto o sistema luterano exclui-as por completo... ou seja tanto antes quanto depois da conversão. Assim o calvinismo é monergista apenas pela metade enquanto o luteranismo apenas é plenamente monergista e portanto anti nomiasta. 

Já os apologistas romanos - referi-mo-nos aos autores semi-pelagianos que floresceram antes de Trento como Pighius - costumavam apelar, muito naturalmente, para a narrativa da conversão de Cornélio. Narrativa em que o oficial romano - ao invés de ser apresentado como uma pedra ou um 'pedaço de madeira' - é APRESENTADO COMO ALGUÉM QUE POR MEIO DE SUAS OBRAS MERECEU SER CHAMADO A UNIDADE DE JESUS CRISTO.

Doutro modo, caso admitamos que Cornélio já estivesse em posse da Graça divina, por merce da Encarnação de Cristo, seríamos obrigados a admitir que a graça pode atuar independente ou separadamente da fé e em muitos casos precede-la. E aqui, a ministração da graça a todo homem de boa vontade, implicaria a demolição do solifideismo e a conclusão segundo a qual o gênero humano é recebido em graça para frutificar em obras e virtude ou que recebe os talentos para multiplica-los...

Nem ouse alguém dizer ou declarar que a fé dos judeus na vindo do Senhor suplementava a fé Cristã pois o Cristo que eles esperavam não era o Cristo pendente da Cruz, mas um guerreiro implacável e vingativo cujo ofício era escravizar as nações pagãs! E já haviam decerto profanado suas escrituras e substituído o termo 'Virgem' por moça!

Assim nem o Cristo deles era o nosso nem os princípios e valores afirmados pelo nosso Jesus estava de acordo com os preceitos da lei deles. E nem podiam admitir que o Cristo fosse legislador ou que tivesse poder e autoridade para alterar as leis de seus ancestrais. 

De um modo ou de outro - diante deste texto - a rejeição absoluta das obras torna-se impossível. Ficando o homem salvo por elas ou para elas, mas de modo algum sem elas... Podem escolher a Ortodoxia ou o Calvinismo que o luteranismo fica abatido e aniquilado do mesmo modo.

Sucedeu todavia que muito antes de parte dos luteranos ter passado ao calvinismo parte dos calvinistas é que havia abraçado o luteranismo e admitido que o homem é predestinado a graça e a fé sem consideração de obras nem virtude. Agora partindo da teoria de Calvino, segundo a qual tanto a graça e quanto a fé estavam postas para a virtude e a virtude era o fim último da economia Cristã, os críticos luteranos concluíam que Deus predestinava i é reservava a graça e a fé aqueles que haveriam de fazer bom uso da vontade restaurada... O QUE CONDUZ-NOS A ANTIGA DOUTRINA DOS MÉRITOS PREVISTOS... e a não gratuidade da graça...


Era uma graça não gratuita a de Calvino logo uma falsa graça.

Achou-se Calvino num beco sem saída, pois não desejava abrir mão da ideia fixa da gratuidade ou da compreensão de graça segundo o desvio dos latinos. Sugeriu então que Deus concedia sua graça aleatoriamente, predestinando sem prever para em seguida punir os que recusavam-se a fazer bom uso da vontade restaurada... Como esta teoria, no entanto, destruísse a doutrina da predestinação absoluta ousou declarar que as vezes os remidos e predestinados podiam pecar ou cometer iniquidades sem que isto alterasse sua condição de salvos e remidos ou eleitos. Pelo que não havia impecabilidade, santidade inalienável ou sinal externo e objetivo de salvação...

E como misturasse tais doutrinas umas com as outras, não pudesse admitir meia predestinação, fosse incapaz de responder aos luteranos a respeito dos méritos previstos, quisesse conservar a teoria de graça gratuita... parte de seus adeptos chegaram a conclusão de que a restauração da livre vontade em comunhão com a graça não era garantia de santidade ou de impecabilidade e consequentemente que a predestinação da graça e a fé não era incompatível com uma vida de pecado ou como diziam então de deboche.

Pelo que contestavam a necessidade de obras ainda que 'a posteriori' declarando que nem sempre a fé produzia frutos e que nem por isso deixava de salvar ou perdia sua força remidora, sendo os homens salvos em seus pecados ou predestinados apenas a graça. Enfim deus nada exigia de seus eleitos além da fé... única condição que eles mantiveram. 


Este grupo de calvinistas recebeu o nome de anti nomiastas sendo frequentemente citados nas obras de Wesley e seus primeiros colaboradores como adversários da santidade, das obras, da excelência, da virtude; e fautores de crimes verdadeiramente abomináveis.

Como observamos a pouco é impossível admitir que o homem seja salvo para obras e que este homem permanece livre para pecar... daí a predestinação ter sido apresentada em termos anti nomiastas pelos neo calvinistas e Calvino - devido a sua insistência a respeito dos preceitos e regulamentos judaicos - ter sido apresentado como legalista. Pois ainda que admitindo a necessidade a posteriori das obras tendiam a confundir as obras mortas da lei judaica com as obras decretadas por Jesus Cristo. Apesar da Bíblia clara e auto evidente...


Quanto aos anabatistas é sabido de todos com que obstinação aderiram ao Novo Evangelho de Lutero e puseram-se a anunciar uma salvação, fácil, comoda e irresponsável. Face a eles, os unitários, quackeres, adventistas, jeovistas e demais sectários tem denunciado a inanidade desta salvação imoral.


Ainda aqui o pobre Servet foi pioneiro ao afirmar a impiedade da salvação luterânico batista e após ele Castellio e Socino... Barclay, o quacker; propendeu igualmente ao calvinismo ortodoxo e a 'via da santidade'... a falsa profetiza E G White, Joseph Smith e o sr Ch Tazel Russel reconheceram igualmente que o homem é salvo para uma vida ética caracterizada por obras santas e piedosas e portanto a estrita necessidade de obras A POSTERIORI. Wesley também anunciou em alto e bom som que o homem é regenerado graciosamente ou salvo por Cristo para uma vida fecunda em boas obras e santidade, ousando dizer que os filhos de Deus não deveriam mais pecar...


Mesmo entre os batistas e os pentecostais no entanto há quem, na esteira de Calvino, propenda a um legalismo farisaico... pois em quanto a ADD, cujas raízes são batistas, proclama um tipo de salvação no pecado - Limitando se a substituir o confessionário papista pelo cantinho atrás da porta - a CCB, cuja matriz é calvinista, proclama um tipo de salvação bastante próximo do legalismo ou da 'via da santidade'. E nós mesmos temos percebido esta sutil diferença no curso da vida, pois enquanto grande número de jovens educados na lei de Berg e Vrigen el aliae tem passado ao mundo das drogas e do crime após terem aprontado bastante em nossas salas de aula

a juventude formada na CCB - A verdade mesma nos constrange a confessa-lo - tem se mostrado muito mais firme nos padrões éticos enunciados pelo Evangelho e pela Cristandade; isto tanto dentro de nossas escolas como fora delas.

Quando meninos na CCB ouviamos frequentemente exortações a vida piedosa ou como diziam a piedade, já quando visitávamos a ADD o discurso insistia prioritariamente na fé, na proclamação verbal da fé, no perdão, etc... 


Já tivemos ocasião de observar que uma das supremas desventuras do protestantismo é que quando seus adeptos suas seitas buscam alguma lei, mostram-se sempre ineptos e incapazes para discernir uma lei verdadeiramente evangélica ou de Jesus Cristo confundido-a amiúde com a lei étnica dos antigos hebreus ou com as opiniões teológicas do apóstolo Paulo - Pautadas igualmente nas tradições judaicas - judaizando e estabelecendo modelos de comportamento absurdos. 


Eles quase nunca dão com a nova lei de Jesus Cristo, posta no Evangelho. Daí excluírem precipitadamente todo tipo de lei e descreverem o homem como um pecador inveterado...

O protestantismo quase nunca escapa aos extremos e jamais atinge um saudável meio termo... produzindo uma espiritualidade desequilibrada e extremista. O homem ou se salva sem qualquer lei, muito facilmente, á moda do Dr Lutero, ou desespera de praticar a virtude e de salvar-se esmagado pelas exigências estúpidas da Torá.


Importa saber que o discurso imoralista e o legalista são inconciliáveis e excludentes; e que nenhum deles corresponde a verdade divina.

De minha parte acredito que esta confusão seja devida a ideia de Bíblia unitária. Ficando a lei divina de Jesus Cristo posta entre as leis humanas dos hebreus e os ensinamentos falíveis de Paulo, tendem os protestantes a encarar tudo como uma e mesma coisa, sem atinar que entre Moisés, Paulo e Jesus Cristo haja uma diferença crucial - um é Deus puro e perfeito e os outros dois servos frágeis, precários e limitados.

A ideia de um Corão Cristão miraculosamente baixado dos céus e constando da primeira página de Gênesis até derradeira de Apocalipse é fantasma ou espectro que paira sobre mente da Cristandade nominal. O protestantismo encontrou-o quiçá preparado, cometeu porém o erro fatal de canoniza-lo e alimenta-lo... e de tal modo contentou-se com ele que não ousa sequer pensar em dele abrir mão.

Tem este sistema incoerente, admitido na teoria a excelência de Jesus Cristo ou sua singularidade absoluta enquanto Deus encarnado. Recusa-se no entanto a tirar as consequências e a admitir a singularidade e excelência das palavras de Cristo ou do Evangelho, afirmando-as acima de quaisquer outros escritos, mesmo bíblicos ou em certo grau inspirados. O protestantismo não admite nem aceita a decorrência lógica do atanasianismo que é a soberania do Evangelho ou sua autonomia e superioridade face a Torá ou mesmo os escritos apostólicos.

Daí seus adeptos, abandonados ao livre examinismo e totalmente despreparados, confundirem a lei de Jesus Cristo com as leis dos judeus ou as opiniões pessoais de cada apóstolo. Pois nem todos os apóstolos escreveram a todo tempo nem nome de Jesus Cristo com o intuito de legislar.

Daí o estado calamitoso acima descrito: uns ensinando a salvação pela lei de Moisés e a adoção de costumes e modos judaicos e outros afirmando que não é necessário fazer coisa alguma para salvar-se. 






ATÉ AQUI DEMONSTRAMOS QUE O SISTEMA PROTESTANTE ENCONTRA-SE CINDIDO EM DIVERSAS TEORIAS A RESPEITO DOS SEGUINTES MISTÉRIOS>


  • A DIVINDADE DE NOSSO SENHOR E SALVADOR JESUS CRISTO, apresentado por parte deles como homem ordinário.
  • A FORMA OU NATUREZA DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, havendo dentre eles quem conceba nosso Redentor a maneira de Dociteu, de Eutiques ou dos primitivos nestorianos.
  • O NÚMERO E A NATUREZA DOS SANTOS E DIVINOS MISTÉRIOS ESTABELECIDOS POR NOSSO SUPREMO MESTRE E PASTOR. Havendo dentre eles quem sustente a existencia de seis, quatro, tres, dois sacramentos ou mesmo de sacramento algum!!!
  • O CÁRATER DO BATISMO. Havendo dentre eles que sustente o pedobatismo como sendo uma instituição divina e quem o repudie como equivalendo a uma novidade profana; quem batize por exclusivamente por imersão, quem batize por infusão e aspersão; quem admita a fórmula trinitária e quem a rejeite, etc, etc, etc
  • A NATUREZA E O CÁRATER DA EUCARISTIA OU CEIA COMO DIZEM. Havendo quem encare a como mero pão e quem a encare como carne e sangue de Cristo, quem a administre com um único calice e quem empregue calicezinhos individuais; quem empregue vinho e quem empregue suco de uva, etc
  • A NATUREZA DO PROCESSO DE SALVAÇÃO. Havendo dentre eles quem creia serem as obras necessárias  A POSTERIORI (ENQUANTO FRUTOS DO ESPÍRITO SANTO NOS REDIMIDOS) e quem, como Lutero (os batistas), creia serem as obras inuteis ou mesmo perniciosas e que o homem possa salvar se em seus pecados por uma aceitação meramente verbal do Cristo como Salvador misericordioso...


ATÉ AQUI VIMOS SEIS (6) TIPOS DE CISÕES EXISTENTES NO SISTEMA PROTESTANTE, nos próximos artigos analisaremos uma sétima cisão, pertinente ao estado da natureza humana após o pecado e a liberdade.

Depois analisaremos as cisões pertinentes a Escatologia; a pessoa da Virgem Maria; as imagens e o ritual; o Domingo ou dia de adoração e a Bíblia. SOMANDO UM TOTAL DE DOZE CISÕES QUE FRAGMENTAM A CASA EDIFICADA POR MARTINHO LUTERO SOBRE A AREIA DO LIVRE EXAMINISMO.


Valha nos o Senhor Jesus Cristo e seus santos e preciosos Evangelhos.





















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