
"A resposta é que tais livros JAMAIS FORAM CONSIDERADOS COMO DIVINAMENTE INSPIRADOS... POR ISSO NUNCA FORAM ADOTADOS COMO CANÔNICOS PELOS JUDEUS." Edward J Young in "Revelation and Bible" pp 167
"Os judeus não os consideravam como palavra de Deus." allan MacRae
Tal o imaginário ou a crença dos protestantes. É o que escrevem, dizem e gritam...
Vejamos no entanto se tais clamores estão mesmo de acordo com os fatos.
Tése: Que tais livros foram considerados canônicos, inspirados e divinos por parte dos judeus, antes, durante e mesmo depois do ministério de Nosso Senhor Jesus Cristo patenteando uma idéia mais ampla de Canon em oposição a que veio a triunfar mais tarde em Iabné.
Já tivemos a oportunidade de observar que os Essênios - que floresceram do terceiro século a C ao ano 70 d C - admitiam um Canon bem mais amplo que o dos fariseus de Jerusalem...
Mas será que só os essênios tendiam a receber um Canon mais amplo em oposição a ortodoxia farisaíca?
Ao que tudo indica e até onde nos é dado ver parece que os judeus alexandrinos também admitiam um Canon mais amplo e que mesmo alguns elementos do farisaismo acalentaram tal opção até pelo menos o século IV desta era quando finalmente o Canon palestianiano foi definitivamente sancionado e imposto a todo povo sob pena de exclusão.
Segundo o DBU: "Embora tais livros não fizessem parte do Canon hebraico (palestiniano) todos eram mais ou menos aceitos pelos judeus de Alexandria que liam o grego, e pelos de outros lugares; e alguns são citados no Talmude."
"Desde que a Septuaginta começou a ser publicada começou a ser empregada pelos alexandrinos já nos oficios publicos da sinagoga ja em seus estudos domiciliares." reconhece o Dr Prideaux. (in Con. part II, B i p 40)
Já tivemos a oportunidade de observar que os Essênios - que floresceram do terceiro século a C ao ano 70 d C - admitiam um Canon bem mais amplo que o dos fariseus de Jerusalem...
Mas será que só os essênios tendiam a receber um Canon mais amplo em oposição a ortodoxia farisaíca?
Ao que tudo indica e até onde nos é dado ver parece que os judeus alexandrinos também admitiam um Canon mais amplo e que mesmo alguns elementos do farisaismo acalentaram tal opção até pelo menos o século IV desta era quando finalmente o Canon palestianiano foi definitivamente sancionado e imposto a todo povo sob pena de exclusão.
Segundo o DBU: "Embora tais livros não fizessem parte do Canon hebraico (palestiniano) todos eram mais ou menos aceitos pelos judeus de Alexandria que liam o grego, e pelos de outros lugares; e alguns são citados no Talmude."
"Desde que a Septuaginta começou a ser publicada começou a ser empregada pelos alexandrinos já nos oficios publicos da sinagoga ja em seus estudos domiciliares." reconhece o Dr Prideaux. (in Con. part II, B i p 40)
Até mesmo o polemista Boettner viu-se constrangido a admitir que: "Assim, descobrimos que no tempo de Cristo HAVIAM DUAS VERSÕES EM USO NA PALESTINA, A MAIS LIBERAL OU SEPTUAGINTA ALEXANDRINA , INCLUINDO OS LIVROS APÓCRIFOS, EM GREGO E A MAIS CONSERVADORA VERSÃO HEBRAICA QUE INCLUIA APENAS OS LIVROS CANÔNICOS DOS JUDEUS." id, pp 72
Cumpre perguntar ao Dr Boettner e seus corifeus sobre quem empregava a Septuaginta na Palestina e em toda diaspora, se eram os indianos, os chineses ou os germânicos? POIS ATÉ ONDE NOS É DADO SABER A DITA SEPTUAGINTA, COM SEU CANON MAIS AMPLO ERA EMPREGADA POR JUDEUS, OS QUAIS MUITO PROVAVELMENTE ULTRAPASSAVAM EM NÚMERO SEUS IRMÃOS DA PALESTINA E DE JERUSALEM...
Como pois se diz que os judeus jamais receberam os Deuterocanonicos se os alexandrinos, essênios e outros eram todos judeus?
Segundo o protestante Walton - in Prologomenos IX, 02 - a versão mais larga dos alexandrinos: "Chegou a gozar de uma autoridade tal a ponto de ser lida na sinagoga deles - os alexandrinos - em Jerusalem.". O que por sinal chegou a atrair o olhar e a simpatia de alguns fariseus...
"A versão dos LXX era frequentemente lida na sinagoga dos alexandrinos." refere Stackhouse. (na História da Bíblia pp 1661)
Como pois se diz que os judeus jamais receberam os Deuterocanonicos se os alexandrinos, essênios e outros eram todos judeus?
Segundo o protestante Walton - in Prologomenos IX, 02 - a versão mais larga dos alexandrinos: "Chegou a gozar de uma autoridade tal a ponto de ser lida na sinagoga deles - os alexandrinos - em Jerusalem.". O que por sinal chegou a atrair o olhar e a simpatia de alguns fariseus...
"A versão dos LXX era frequentemente lida na sinagoga dos alexandrinos." refere Stackhouse. (na História da Bíblia pp 1661)
Eis porque o exegeta metodista Adam Clarcke - in Atos 7,14 - reconheceu honestamente que "Toda defesa de S Estevão perante os sínodo farisaico que o fez condenar esteve fundamentada na Septuaginta."
O próprio Josefo, inda que fariseu piedoso, senão fanático, não só recorreu amiude a Septuaginta como citou espressamente fontes deuterocanonicas, como I Macabeus, o Ezra grego e os aditamentos de Ester tanto nas Antiguidades judaicas como em sua defesa contra Apio. Portanto ele não prescindia delas no que diz respeito a compreenção da História de seu povo e não as considerava menos fidedignas do que os demais registros.
“O grupo de judeus que estava em Jâmnia tornou-se dominante no decorrer da história judaica, e hoje, muitos judeus aceitam o canon imposto por eles. Entretanto, alguns judeus, como os da Etiópia, seguiam um cânon diferente, e idêntico ao cânon Católico do Antigo Testamento, pois incluíam os sete livros deuterocanônicos.” reza a Enciclopédia Judaica in vol 6, p. 1147
Tradição que por sinal foi mantida pela Igreja Ortodoxa daquela terra.
"Na verdade os judeus alexandrinos do primeiro século d.C. reconheciam como sagrados os livros deuterocanônicos [do AT]; não obstante isso, eles estavam em plena comunhão de fé com seus irmãos os judeus da palestina, o que não teria sido possível se houvesse divergências absolutas ou dogmáticas em relação aos livros sagrados. Com efeito, os doutores hebreus faziam uso de pelo menos alguns dos livros deuterocanônicos [do AT]; de modo especial Baruc, o Sirácida [Sabedoria de Sirac ou Eclesiástico] e Tobias." assevera o professor F. Pasquero.
O próprio Josefo, inda que fariseu piedoso, senão fanático, não só recorreu amiude a Septuaginta como citou espressamente fontes deuterocanonicas, como I Macabeus, o Ezra grego e os aditamentos de Ester tanto nas Antiguidades judaicas como em sua defesa contra Apio. Portanto ele não prescindia delas no que diz respeito a compreenção da História de seu povo e não as considerava menos fidedignas do que os demais registros.
“O grupo de judeus que estava em Jâmnia tornou-se dominante no decorrer da história judaica, e hoje, muitos judeus aceitam o canon imposto por eles. Entretanto, alguns judeus, como os da Etiópia, seguiam um cânon diferente, e idêntico ao cânon Católico do Antigo Testamento, pois incluíam os sete livros deuterocanônicos.” reza a Enciclopédia Judaica in vol 6, p. 1147
Tradição que por sinal foi mantida pela Igreja Ortodoxa daquela terra.
"Na verdade os judeus alexandrinos do primeiro século d.C. reconheciam como sagrados os livros deuterocanônicos [do AT]; não obstante isso, eles estavam em plena comunhão de fé com seus irmãos os judeus da palestina, o que não teria sido possível se houvesse divergências absolutas ou dogmáticas em relação aos livros sagrados. Com efeito, os doutores hebreus faziam uso de pelo menos alguns dos livros deuterocanônicos [do AT]; de modo especial Baruc, o Sirácida [Sabedoria de Sirac ou Eclesiástico] e Tobias." assevera o professor F. Pasquero.
Até no Talmude
Efetivamente os três livros acima citados são mencionados no Talmud (Chagiga 2.1, 10b Sinédrio) o sirácida (em Berakoth) por sinal COMO 'ESCRITURA' ou seja como Livro a par dos canônicos. ( Talmud babilónico , Erubin 65a; ibid. baba kama 92b). Restos substanciais de sua versão original - composta em hebraico - foram encontrados já no Khumran, já na geniza da sinagoga do Cairo... Sabemos ainda que Moshe ben Maimon foi o derradeiro teologo hebreu a cita-lo no século XII e que também fora citado em diversos Midraxes.
Foi dele que Samuel Hakatan extraiu o tefitat Ha amidah (oração padrão) ou Shmoneh Esreh (dezoito bençãos) que se encontra no Sidur.
JOSEFO E OS PADRES DA IGREJA
O primeiro volume dos Macabeus - segundo o testemunho do Talmude babilônico (Yoma 29a) - foi lido na íntegra na festa Encenias ou festa da dedicação do Templo (Hanukkah) e Baruch traduzido por Teodocion e lido publicamente pelos judeus, até o século IV, no dia da Expiação - no monte Garmia - segundo lemos nas Constituições dos Santos Apostolos. (V,20)
Tobias e Judite são frequentemente citados nos midraxins e os fragmentos de Ester citados como canonicos e não como espúrios por Josefo.
São Jerônimo - no prologo tão decantado pelos protestantes - afirma que o Cântico dos jovens na fornalha e a estória do Dragão faziam parte da tradução grega feita pelo judeu ortodoxo Teodósio... enquanto que a narrativa de Suzana encontrava-se na versão de Símaco...
S Epifânio de Constança - descendente de judeus, profundo conhecedor do hebraico e do aramaico e perito nas tradições hebraicas - assevera (Panarion VIII,06) que durante na sua época (século IV) os judeus ainda disputavam sobre a canonicidade do livro da Sabedoria e Eustátio de Antioquia, naquela obra ímpia que escreveu contra S Origenes (ad Orig XVIII) afirma que alguns dentre eles ainda admitiam sua canonicidade
A festa de Chanuká por sua vez, indica que ao menos alguns judeus dos séculos I a C - I d C, chegaram a incluir os livros dos Macabeus no Canon de suas escrituras, afinal é somente ali - em II Mcbs 2,18 - que a instituição da festa é explicitamente mencionada, o que esta de pleno acordo com Josefo. (cf Ida Frohlich in 'Time and times and half a time... pp 111 > 'II Maccabees is the historiographical narrative of this feast')E NEM SE COMPREENDE QUE OS HEBREUS TENHAM ACATADO UMA ORDENANÇA QUE AO MENOS DURANTE ALGUM TEMPO NÃO FIZESSE PARTE DE SUAS ESCRITURAS.
Junilius por fim assevera que parte deles ainda era admitido por parte dos hebreus.
Assim sendo só nos resta concluir que os doutrinadores e polemistas protestante teem faltado com a verdade e violado o mandamento divino do "Não darás falso testemunho" com o pérfido intuito de sustentar a fábula do Canon esdrino/palestiniano.
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