Hiper agia ai partenos Maria, akrantos Mitéra tou Khristos Theos - soson imas!
Batul Lala Marian Wallidat al illah - ʕawnu ni!

Nossos pais e avós foram protestantes, nossos tetravos papistas, as gerações do passado remoto no entanto foram Católicas, apostólicas e ortodoxas, e nós, consagrando todas as forças do intelecto ao estudo da coisas santas e divinas desde a mais tenra idade, reencontramos e resgatamos a fé verdadeira, pura, santa e imaculada dos apóstolos, mártires e padres aos quais foi confiada a palavra divina. E tendo resgatado as raízes históricas de nossa preciosa e vivificante fé não repousaremos por um instante até comunica-la aos que forem dignos, segundo o preceito do Senhor. Esta é a senda da luz e da justiça, lei do amor, da compaixão, da misericórdia e da paz entregue uma única vez aos santos e heróis dos tempos antigos.

João I

João I
O Verbo se fez carne




Hei amigo

Se vc é protestante ou carismático certamente não conhece o canto Ortodoxo entoado pelos Cristãos desde os tempos das catacumbas. Clique abaixo e ouça:

Mantido pelo profo Domingos Pardal Braz:

de pentecostal a ORTODOXO.

Jesus aos apóstolos:

"QUEM VOS OUVE É A MIM QUE OUVE E QUEM VOS REJEITA É A MIM QUE REJEITA."


A CRUZ É UM ESCÂNDALO PARA OS QUE SE PERDEM. MAS PARA OS SANTOS PODER E GLÓRIA DE DEUS.

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segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Diálogo entre o Cristão verdadeiro e o Criacionista boçal








Cria. - Não acredito na teoria da 'evolução' mas na criação divina como esta escrito na Bíblia.
Cristão - Gostaria de saber porque motivo o amigo rejeita o postulado científico da Evolução dos seres vivos?
Cria. - Poderia responder sua pergunta com uma pergunta?
Cristão - Fique a vontade.
Cria. - Segundo sua opinião qual é o fundamento do conhecimento científico?
Cristão - A base de nossos conhecimentos verdadeiros é a experiência ou como se diz a experiencialidade.
Cria. - Excelente. E como definimos a experiência ou a tal da experiencialidade?
Cristão - Consiste a experiência no contato dos sentidos com a realidade ou com o mundo sensivel. Por meio de nossos sentidos percebemos e exploramos as coisas, objetos e fenômenos que nos cercam adquirindo conhecimento a respeito deles.
Cria. - Poderia dizer como os sentidos executam sua tarefa?
Cristão - Os olhos coletam cores e formas ou impressões visuais; o conduto auditivo coleta sons ou impressões sonoras; o olfato coleta odores ou impressões odoríferas; a boca coleta sabores ou impressões gustativas e o tato coleta texturas e temperaturas ou impressões tácteis.
Cria - Eis porque não aceito a teoria evolucionista.
Cristão - ...
Cria - Porque cientista algum jamais experimentou a evolução, noutras palavras ninguém jamais VIU ou PERCEBEU os seres vivos evoluindo. Não sendo observado, nem percebido pelos sentidos, nem experimentado não poder ser considerado como científico.
Cristão - Neste caso o amigo nega a existência do macro cosmos e do micro cosmos, i é, tanto dos demais sistemas solares e galáxias quanto das partículas sub atômicas que se encontram fora de nosso campo visual?
Cria. - Não rejeito a existência de tais partículas e sistemas porque a existência das mesmas foi captada por meio de aparelhos e instrumentos cujo objetivo é ampliar a capacidade e o limite de nossos sentidos.
Cristão - Seja como for devemos convir que a observação por meio de aparelhos como telescópios e microscópios, é de cárater indireto e não direto na medida em que o observador serve-se de aparelhos e instrumentos como mediadores entre si e os objetos observados. Afinal, sem eles, galáxias e partículas permanecem fora dos limites de nossas experiencialidade.
Cria - Parece-me que tais instrumentos e aparelhos sirvam como intermediários entre o observador e o observado e que este tipo de contato ou de experiência seja indireto, e, sem embargo disto, não vejo porque negar sua validade.
Cristão - Se o amigo admite a validade da observação indireta não há porque negar a pertinência da teoria evolucionista.
Cria - Não percebo a relação.
Cristão - Caso admitamos, ao menos a hipótese, de que a terra em que habitamos seja imensamente antiga seria verdadeiramente impossível ao homem, tendo em vista a exiguidade de sua existência mortal, perceber diretamente todas as revoluções e processos pelos quais ela teria passado. Neste caso qualquer tipo de experiência direta só seria possível caso a vida mortal do homem se estende-se por dezenas ou centenas de milhões de anos.
Cria - Sua suposição parece plausível caso admitamos uma antiguidade de milhões de anos para a terra.
Cristão - Neste caso a única solução adequada seria interrogar os elementos da própria terra em busca dos sinais de sua idade. Tal e qual examinamos a pele, os ossos e os músculos dos seres humanos com o objetivo de detectar-lhes a idade...
Cria - Dá para ser um pouco mais claro.
Cristão - Sem dúvida. Da mesma maneira como o tempo deixa marcas nos seres vivos, deve ter deixado suas marcas na terra caso ela seja imensamente antiga.
Cria - Compreendo, quer dizer vestígios ou resíduos.
Cristão - Exatamente. É a partir de tais resíduos e vestígios que podemos calcular a idade da terra. Por meio deles a própria terra fala e confessa sua idade.
Imagine que um banquete aconteceu no 'Cibus'... Para saber que o banquete aconteceu de fato bastar-me-ia chegar algum tempo depois e dar com as mesas forradas, com os pratos, copos baixelas, restos de comida e bebida, sujeira, etc A partir de tais vestígios ou resíduos a certeza do banquete que não pude presenciar ficaria patente parta mim... seria uma experiência indireta tão válida quanto aquelas que os cientistas efetuam recorrendo a instrumentos e aparelhos.
Outro não é o método aplicado por Holmes ou Poirot...
Cria - No caso quais seriam os vestígios de terra?
Cristão - Para provar que o homem é muito mais antigo com relação a data proposta pelos registros hebraicos - 4000 a 8000 a C - para sua aparição, basta analisar os vestígios e resíduos deixados pela própria cultura humana.
Para calcular a idade relativa de tais vestígios recorrem os cientistas a diversos tipos de analise como:
  • A dendrologia ou analise dos anéis dos troncos das árvores vivas, mortas ou fossilizadas.
  • A palinologia que consiste na analise do polem depositado nas camadas examinadas.
  • A analise das deposições aluvionais num lago ou na foz de um rio.
  • A analise do carbono encontrado nos resíduos orgânicos.




Cria - Porque deveria confiar em tais analises?
Cristão - Porque ela esta fundamentada no princípio experimental exposto no começo deste nosso diálogo. Tudo quanto fazemos é pesar, mensurar e contar o montante de matéria e calcular o tempo da formação, da deposição ou da morte partindo da mesma frequência com que tais fluxos e fenômenos ocorrem na própria natureza. Neste caso as constatações são matemáticas e quase tão exatas quanto equações.
Cria - O amigo esta querendo dizer que não há qualquer margem de erro?
Cristão - Quando disse que tais constatações são exatas não quis dizer que são absolutamente exatas, apontando dia, mês e hora; mas que são relativa ou suficientemente exatas restringindo-se há alguns poucos anos num quadro de milhares de anos ou há alguns milhares no caso de milhões.
Certamente não temos como saber se a ossada X tem quarenta ou quarenta e dois mil anos, podemos saber no entanto que não tem nem vinte, nem dez, nem parcos quatro mil anos. Isto em termos exatos.
Erros acontecem mas não numa margem que possam favorecer a superstição criacionista mesmo de longe.
Cria - Neste caso me seria defeso rejeitar todos estes cálculos e constatações e ficar com a palavra de Deus.
Cristão - Ao rejeitar tais cálculos e constatações deve estar ciente de que rejeita a própria base de nossos conhecimentos... rejeitar a experiência indireta é rejeitar a experiência e rejeitar a experiência é questionar a validade de todos os conhecimentos, não só científicos, mas humanos encaminhando-se para o ceticismo.
Cria. - De modo algum sou cético pois certifico crer em tudo quanto se encontra escrito na Bíblia.
Cristão - A bíblia, sei. Neste caso diga-me cá uma coisa, em meio a tantos e tantos milhões de livros existentes como faz o amigo para distinguir a Bíblia? 
Cria - Simples, vou a livraria evangélica e peço uma Bíblia a balconista vem e me trás um livro em cuja capa ou a folha de rosto esta escrito: Bíblia. Assim sei que a Bíblia é a Bíblia.
Cristão - Compreendo. Agora suponhamos que uma pessoa de má fé editasse os Vedas, a Tripitaca, o Corão ou o livro de Mórmon sob a capa da Bíblia ou com o nome de Bíblia, neste caso como o amigo saberia que não se trata da Bíblia?
Cria - Ora meu amigo, que pergunta mais idiota, lendo, pela leitura dos primeiros capítulos saberei que se trata do gênesis, dos Salmos, dos profetas, do Evangelho, das Epistolas ou do apocalipse.
Cristão - Ah, pela leitura, é pela leitura que o amigo distingue o livro sagrado dos demais livros.
Cria - Naturalmente que sim.
Cristão - E com que mesmo o amigo lê?
Cria - Ora essa, com os olhos, de que outro modo poderia ler a não ser com os olhos?
Cristão - Logo para perceber a Bíblia o amigo recorre a visão ou a audição, certo?
Cria - Sem dúvida.
Cristão - Sabemos todavia que a visão e a audição são sentidos e que as impressões coletadas por eles são sensoriais certo?
Cria - Certo.
Cristão - Logo o amigo admite a validade do testemunho dos sentidos para perceber o que seja a Bíblia ou palavra de deus, face a literatura profana?
Cria - É o que parece.
Cristão - E não pode duvidar de forma alguma quanto a validade e veracidade de tais impressões sob pena de ser incapaz de distinguir a Bíblia dos demais livros com grave perigo para sua salvação?
Cria - É parece exato.
Cristão - Neste caso duvidar do testemunho fornecido pelos sentidos implicaria em introduzir a confusão, a dúvida e a incerteza nos domínios da fé, certo?
Cria - Certo.
Cristão - Diante disto fica demonstrada a má fé e a desonestidade dos criacionistas.
Cria - Como assim?
Cristão - Pois ao invés de rejeitar o testemunho dos sentidos e da percepção como um todo e abraçar o ceticismo, os senhores aceitam-no mas apenas até onde interessa ou convém no sentido de distinguir e identificar a Bíblia. No caso, quando a ciência recorre ao mesmo padrão - dos sentidos, da percepção e da experiência - com o intuito de estabelecer a idade da terra, o tempo em que apareceram os primeiros homens ou o inicio da civilização, vocês modificam o discurso e passam a atacar o testemunho dos sentidos e a capacidade da experiência humana.
Para vocês a experiência só tem valor enquanto parece beneficiar a religião, no momento em que a mesma experiência oferece perigo quanto a credibilidade das fábulas e mitos contidos nos escritos hebraicos, vocês passam a ataca-la.
Como isto se chama? Oportunismo.
Cria - É que a percepção da Bíblia é diferente.
Cristão - Diferente porque vocês querem que seja diferente, todavia se o testemunho dos sentidos e da experiência é válido num campo porque não haveria de se-lo no outro?
Se é válido para distinguir o livro porque não seria igualmente válido para aquilatar a idade da terra e/ou os processos porque tem passado e que cominaram com o aparecimento da vida e do homem?
Francamente, vocês usam de dois pesos e duas medidas.
Cria - De minha parte devo confessar que jamais havia pensado detidamente sobre o assunto.
Cristão - Então pare, pense e depois responda-me que diferença há nos sentidos exerceram sua ação sobre o livro ou sobre a terra???





Este diálogo, em traços gerais, aconteceu numa sala de aula, tendo por participantes eu mesmo e um aluno fundamentalista.






Ingenuo: Porque o amigo não crê no poder de deus testificado pela criação dos seres?
Cristão esclarecido: Certamente grande foi o poder daquele que acionou o Big bang, no entanto maior é a Sabedoria responsável pelo controle do poder.
Ingenuo: A que sabedoria se refere.
Cristão esclarecido: A Sabedoria que estabeleceu as leis responsáveis pelo comando deste universo sob a forma de causa e efeito. Na natureza observamos tudo evoluir lentamente, do mais simples ao mais complexo. Nada surge repentinamente ou ex nihilo, num passe de mágica.
Se hoje vemos o universo regido por tão sábias leis, porque no começo teria sido diferente?
Ingenuo: Pode ser mais claro?
Cristão esclarecido: Observe a formação duma ilha na foz de um rio qualquer. É produto da deposição lenta, porém continua e sucessiva de depósitos aluvionais.
Ilha alguma surge na foz de um rio da noite para o dia ou seja repentinamente.
Agora observe uma ilha vulcânica, como a 'nova' Krakatoa, fruto de revoluções vulcânicas ocorridas no leito do Oceano segundo suas próprias leis e fluxo. Bem, tais ilhas surgem sempre estéreis ou seja isentas de vida vegetal e/ou animal... tampouco a vida surge em tais ilhas duma hora para outra mas ao cabo de centenas ou milhares de anos, começando pelas formas mais simples, primitivas e pequenas trazidas pelas correntes ou pelo vento.
Por mais que procures não darás com um elefante ou com uma sequóia numa Ilha vulcânica recém saída do fundo do mar.
A natureza procede sempre assim, jamais da salto.
Ingenuo: Admitamos que seja assim, que decorre disto?
Cristão esclarecido: Se este fluxo lento, cumulativo e progressivo das leis naturais, foi estabelecido por Deus, que é um Ser Perfeito, devo concluir que este fluxo, esta ação e estas leis manifestam a perfeição divina.
Ingenuo: E?
Cristão esclarecido: Caso admitamos que este fluxo progressivo que observamos na natureza corresponda a  perfeição divina, somos obrigados a admitir que a negação deste fluxo progressivo e a afirmação de que as coisas foram feitas como são e que possuem formas fixas, é uma negação da perfeição divina, ou seja, uma imperfeição. A imutabilidade mesma da natureza divina exige que o universo seja governado por um padrão imutável, dinâmico ou fixo, como observamos o predomínio do dinâmico, deduzimos que o fixismo corresponda a um erro. Deus só é fixo e imutável enquanto perfeito, aos seres que ainda estão a caminho do Uno e da reintegração convém o movimento segundo o fluxo das leis.
Ingenuo: Talvez seja possível buscar alguma outra explicação para a aparente dissonância que existe entre o fluxo que rege este mundo e o padrão predominante durante os momentos iniciais de seu surgimento.
Naturalmente que este nosso mundo, o mundo presente, que somos capazes de observar é conduzido por leis de cárater lento, constante e cumulativo que operam dinamicamente sobre os seres materiais e vivos alterando a estrutura dos mesmos ou transformando-os. Daí o esquema da geração e da corrupção dos seres...
Cristão esclarecido: Tal a realidade percebida e experimentada por nossos sentidos, uma realidade que não é fixa, imposta por leis que são fixas.
Ingenuo: Tais os fatos, ao que parece. A explicação no entanto pode ser diferente.
Cristão esclarecido: Diferente como?
Ingenuo: Diferente no sentido de que esta lei que percebemos no tempo presente não tem sua origem na mente, na vontade e na perfeição divinas.
Cristão esclarecido: Como é que é? Creio não ter ouvido direito. Seja mais claro.
Ingenuo: Julgo que não seria absurdo supor que as leis que regem este nosso mundo não sejam perfeitas, mas de fato imperfeitas, precárias e até certo ponto nefastas.
Cristão esclarecido: Como podem ser imperfeitas as leis estabelecidas pela Mente Suprema que concebeu este universo?
Ingenuo: Julgo que o cerne da questão esta no pecado.
Cristão esclarecido: Ham:!?!
Ingenuo: Exatamente, no pecado ou melhor no aparecimento do pecado, no advento do pecado, no pecado original. Toda argumentação naturalista em torno do mundo, de suas leis e da suposta evolução ignora o fato ou o fenômeno do pecado.
Cristão esclarecido: Continuo sem entender nada.
Ingenuo: Grosso modo podemos cindir a história do universo em duas partes: anterior ao pecado e posterior ao pecado. No primeiro caso estamos falando do mundo pré pecado, cujas formas fixas foram produzidas pela vontade de Deus e cuja estrutura correspondia a perfeição divina; já no segundo caso, estamos falando do mundo pós pecado, cujas leis, as leis que observamos no momento presente, correspondem a uma degeneração ou corrupção. Eis porque não podemos nos basear no agora para dizer como era antes. O MUNDO DESCRITO NO GÊNESIS CORRESPONDE AO MUNDO PERFEITO, I É, ANTERIOR AO PECADO.
Cristão esclarecido: Vamos ver se fui mesmo capaz de compreender. De acordo com a sua opinião existiram ou existem dois mundos diferentes, o que antecedeu o pecado dos pais e aquele que sucedeu o pecado dos pais. Neste primeiro mundo as formas dos seres eram fixas e imutáveis, o que corresponde a vontade de Deus e ao relato do gênesis. Já este segundo mundo, o mundo presente ou posterior ao pecado, é um mundo afetado ou corrompido por ele e consequentemente regido por leis imperfeitas.
Ingenuo: Exatamente.
Cristão esclarecido: E posso saber quem deu origem ao pecado?
Ingenuo: Adão e Eva, ou seja, o primeiro casal humano quando desobedeceu o decreto divino por instigação do Diabo.
Cristão esclarecido: Opa, pera lá; neste caso qual teria sido o primeiro principio do pecado?
Ingenuo: Uma vez que os pais foram tentados, cooptados e desviados o primeiro princípio do mal e do pecado é o Diabo.
Cristão esclarecido: Ah, o Diabo.
Ingenuo: O Diabo sem sombra de dúvida.
Cristão esclarecido: E na sua opinião que é o Diabo?
Ingenuo: Segundo as escrituras o Diabo era inicialmente um anjo que rebelou-se contra jeová, sendo por isso mesmo expulso do reino celestial. Eis porque veio ter a terra e tentar os pais com o intuito de fazer com que se rebelassem também.
Cristão esclarecido: Era pois o Diabo um anjo?
Ingenuo: Um anjo de luz que voltou suas costas para o Criador e caiu dando origem ao mal e ao pecado.
Cristão esclarecido: Compreendo. Mas que seria um anjo?
Ingenuo: Anjos são como que ministros ou servidores criados por Deus sob a forma de chamas de fogo, segundo esta escrito: 'Das chamas e labaredas de fogo faz seus ministros.'
Cristão esclarecido: Logo tratam-se de meras ou simples criaturas produzidas por Deus e infinitamente inferiores em comparação com sua 'pessoa'.
Ingenuo: Sem dúvida. Anjo algum pode comparar-se tanto em poder quanto em sabedoria a seu Criador.
Cristão esclarecido: Sendo o Diabo um anjo caido, devemos concluir que tornou-se mais forte ou mais poderoso após afastar-se de Deus e romper com o bem?
Ingenuo: De modo algum, tornou-se apenas mau e mais ousado, mas não mais forte ou mais poderoso a ponto de rivalizar com deus. Nós 'Evangélicos' não concebemos o Diabo como uma espécie de deus do mal ou de princípio paralelo, mas apenas e tão somente como uma criatura ou ministro em estado de rebelião.
Cristão esclarecido: E com relação ao homem, é o Diabo mais forte?
Ingenuo: Da mesma maneira como o homem é um grão de pó ou verme insignificante diante de seu Criador e Senhor é, igualmente um ser frágil e inexperiente diante do Diabo, tendo em vista a existência multimilenar desta entidade.
Cristão esclarecido: E, sem embargo disto, o amigo acredita que o homem ou o Diabo, por meio do pecado foi capaz de anular a lei divina e de estabelecer uma nova lei e um novo mundo... Neste caso deveríamos crer que o verdadeiro Deus é o homem ou o pecado na medida em que suas obras suplantaram a obra de Deus.
Ingenuo: Já disse que o Diabo, mesmo sendo forte com relação ao homem mortal, praticamente nada é em termos de força em comparação com o Todo poderoso.
Cristão esclarecido: Se a obra perfeita do Todo poderoso, a lei perfeita do todo poderoso, o universo perfeito do todo poderoso foram atingidos, e desfigurados, e corrompidos por uma ação iniciada ou pelo homem ou pelo Diabo é porque o homem ou o Diabo são mais fortes do que Deus, na medida em que Deus chamou a existência um universo frágil a ponto de ser alterado por tais entidades.
Ingenuo: A corrupção foi exercida pelo pecado não pelo homem ou pelo Diabo mas pelo poder do pecado.
Cristão esclarecido: Pecado de quem?
Ingenuo: Do homem.
Cristão esclarecido: Tentado por quem?
Ingenuo: Pelo Diabo.
Cristão ingenuo: Logo o pecado recebe seu poder e força do homem ou do Diabo e não de Deus, e se recebe um poder ou uma força capaz de alterar as estruturas perfeitas deste mundo, estabelecidas pela vontade de Deus, é porque este poder ou esta força é superior ao poder de Deus.
Ingenuo: Seus raciocínios não me parecem saudáveis.
Cristão ingenuo: O que não é saudável e nem um pouco saudável é esta sua teologia maniquéia que atribui mais poder e força ao principio corruptor do mal e do pecado, do que a natureza divina e perfeita.
Acaso não são as leis responsáveis pela coordenação dos fenômenos pertinentes a matéria, a força e a vida?
Acaso tais leis não atuam inexoravelmente no bojo da natureza e no seio da natureza?
Acaso não são impostas pelo poder do Senhor e Criador do Universo?
Ingenuo:???
Cristão esclarecido: Acaso pecou a matéria livremente ou pecaram livremente os vegetais e animais???
Então como se diz que no interior da matéria e da natureza operam leis e forças que não correspondem a vontade de Deus?
Neste caso que poder e força operam dentro da natureza e da matéria?
Opera o Diabo no seio da natureza e da matéria empastelando as leis divinas?
Como poderia o Diabo operar no interior da matéria se não é o criador da matéria?
Como poderia por outras leis em funcionamento se não é todo poderoso?
Quem fixaria estas novas leis para ele? Deus?
Operaria Deus em favor do Diabo, do mal ou do pecado?
Ingenuo: Jamais havia pensado a respeito de tais questões e confesso não estar preparado para responde-las.
Cristão esclarecido: Confessa pois e da glória ao legislador Perfeito, sábio e Todo poderoso, cujas leis perfeitas, sábias e auto reguladoras são incorruptíveis, não podendo ser alteradas pela ação dos anjos e/ou dos homens mortais.
Sabe e fica ciente de que jamais houve universo diferente do nosso, leis diversas das nossas, padrões e fluxos distintos dos que conhecemos por via da experiência, porque a obra divina não pode ser desfigurada ou corrompida pela ação das criaturas.
Sabe e fica ciente de que ação do mal e do pecado restringiu-se a esfera da vida moral e social vivida pelo homem sem jamais atingir a fauna, a flora, a matéria a força ou a estrutura do universo. Porque o mal sendo um desvio volitivo e não uma entidade ou um ser, não possui poder algum.
Sabe e fica ciente de que o mundo é como sempre foi e que a partir dele é possível inferir a existência da mente Suprema.
Sabe enfim e fica ciente de que essa teoria de mundo anterior e posterior ao pecado não passa duma construção falaciosa além de irreverente, sacrílega, blasfema e torpe, concebida a imagem e semelhança de seus fabricantes.





Aluno - Professor, o senhor não acha que a teoria do evolucionismo é inconciliável com a existência de deus?
Professor - Francamente não percebo a relação entre uma coisa e outra.
Aluno - Veja bem professor, ou o senhor acredita na Bíblia, digo no relato do gênesis ou na teoria evolucionista.
Professor - Sem dúvida. Entre a mitologia hebraica e a ciência, fruto da experiência, há uma contradição insolúvel. De minha parte fico com a ciência... mas não percebo o que isto tenha a ver com Deus ou com o ateísmo.
Aluno - Ora professor se o senhor não crê no gênesis esta negando a palavra de deus, se nega a palavra de deus é porque não cre em deus.
Professor - Seus raciocínios estariam corretos se Deus fosse um livro como o Corão, o Velho Testamento, etc ou se Deus fosse a mesma coisa que revelação ou religião. Entre Deus e um livro ou entre Deus e a manifestação de Deus há uma diferença muito grande. Milhões de pessoas acreditam na existência de um Deus sem que para isso precise de livros sagrados ou religiões, são os deístas ou os indiferentes em matéria de fé.
Aluno - Como alguém é capaz de crer em deus e de negar sua palavra?
Professor - Se ao menos as pessoas estivessem de acordo a respeito de 'sua palavra'... Mas o que é palavra de Deus para uns não passa de papel para outros... afinal para os Indus deus fala por meio dos Vedas, para os hebreus deus fala na Torá, para os cristãos no Evangelho, para os maometanos no Corão, para os mazdeistas no Avesta, e assim sucessivamente; o que é palavra de Deus para uns não é para os outros. Cada qual rejeita as demais palavras de deus ou as palavras rivais...
Aluno - A maioria das pessoas crê que a palavra de deus esta na Bíblia.
Professor - Os judeus acreditam que o Velho Testamento, a Torá ou o gênesis seja a palavra pura de Deus, suficiente e perfeita. Os Cristãos em quase sua totalidade acreditam que o Velho Testamento contenha palavras de Deus na medida em que dá testemunho a respeito de Jesus Cristo através da profecia... quanto a crer que o Velho Testamento ou o gênesis corresponde a pura palavra de Deus nos termos da Torá para os judeus ou do Evangelho para os Ortodoxos, papistas e espíritas, é afirmação que carece de todo fundamento. A doutrina da inspiração verbal, plenária e linear é uma doutrina característica do protestantismo 'ortodoxo' de matriz calvinista e enquanto tal professada por uma minoria de fanáticos e não pela cristandade como um todo.
Crer que o Evangelho seja a infálivel e perfeita palavra de Deus é uma coisa. Crer que o gênesis ou qualquer outro registro vetero testamentário goze da mesma autoridade é outra.
Aluno - Seja como for o gênesis mostra a atuação de deus ao produzir este universo.
Professor - O que o gênesis mostra de fato são as concepções tacanhas e ultrapassadas dos antigos judeus. A ciência pautada no testemunho da percepção e da experiência é que mostra verdadeiramente a força
e sabedoria implicadas na evolução deste nosso universo, das formas de vida, do homem e da organização social.
Aluno - Se o senhor nega que Deus tenha produzido todos os seres, objetos e coisas partidário do ateismo.
Professor - A maioria dos evolucionistas - incluo-me em seu número - não nega que Deus tenha produzido os seres. O que todos os evolucionistas rechaçam é o modo ou a forma através da qual deus operou. Os fundamentalistas creem que todas as formas foram produzidas de uma só vez e que a tais formas são fixas e imutáveis, é a doutrina da criação mágica, fetichista ou fixista. Nisto de fato não cremos... Admitimos no entanto que ao acionar o Big Bang ou a grande explosão a Mente Suprema e Perfeita, deu inicio a um processo criador ou a uma ação criadora que se prolonga até hoje através da lei natural e do que chamamos de evolução.
Podemos pois dizer que acreditamos numa criação por evolução ou numa criação evolutiva segundo foi planejado pela Consciência universal, mas de modo algum numa criação imediata e acabada.
Aluno - Se o senhor acredita em leis naturais e que tais leis conduzem o processo onde fica deus?
Professor - Embora não possamos falar num deus que tenha produzido todas as coisas direta ou imediatamente, buscando mostrar seu imenso poder e atrair o beneplácito e os aplausos da platéia podemos e devemos falar num Deus Legislador que concebeu tais leis, que decretou-as e que é o responsável pela manutenção das mesmas e pela conservação deste universo em termos de equilíbrio e harmônia.
Aluno - Não te parece que sobre muito pouco para Deus executar?
Professor - Tendo em vista a grande complexidade implicada no processo evolutivo sou levado a crer que a evolução é o esquema ou a teoria que mais exige nos termos duma sabedoria divina. Não há como ponderar a respeito deste processo sem concluir a favor duma mente operante eminentemente sábia e perfeita. A teoria da evolução é uma das melhores homenagens prestadas pela inteligência humana a sabedoria divina. Já a criação imediata e formas fixas envolve uma manifestação espetaculosa e vulgar de poder mas muito pouca sabedoria... por isso fico com a evolução e não com o gênesis ou com o livro, crendo que a apreensão sensorial da realidade é mais temerosa e reverente para com Deus na medida em que faz juz a sua infinita perfeição.





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